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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA

1
AEU - UEM

FORMAÇÃO EM MONITORIA E AVALIAÇÃO


DE PROJECTOS
19 de Junho de 2021

Facilitador:
Ivo João Cumbana
Conteúdos da formação

• Conceitos básicos de monitoria e


avaliação;
• Sistema de Monitoria e Avaliação;
• Monitoria e Avaliação orientada para
impactos (Teoria da mudança);
• Tarefas e competências de um técnico de
Monitoria e Avaliação;
• Alguns instrumentos de M&A.
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Exercicio 1
• Cada um deve interpretar a imagem
anterior no contexto da monitoria e
avaliação.
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Monitoria
• Seguimento, Acompanhamento;
• Balanço, ....
• Exercício contínuo
• A monitoria pergunta:
• Estamos a dirigir-nos para o objectivo?
• As actividades planificadas estão a ser
implementadas com os objectivos e calendário
programados?
• O que actualmente está a acontecer?
• O que se está a fazer?
Conceitos de Monitoria e Avaliação

Monitoria significa:

1. Observar 2. Registar

4. Corrigir 3. Analisar
Conceitos de Monitoria e Avaliação

A sequência acção – reflexão – acção é


imprescindível para os processos de monitoria e
avaliação
Conceitos de Monitoria e Avaliação

• Monitoria é a disponibilização contínua e


sistemática de informações relevantes
para o decurso de um projecto ou
programa em relação à sua realização, ao
uso dos recursos e ao alcance dos
objectivos.
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Quanta informação precisamos?

Um erro comum é tentar reunir demasiada informação


Conceitos de Monitoria e Avaliação

• Avaliação é a análise sistemática e


objectiva de um projecto, programa
ou política em curso ou já concluído,
incluindo a sua concepção,
realização e resultados.
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Avaliação:
- Exercício periódico;

- Analisa/mede objectivamente a relevância,


desempenho e sucesso ou insucesso de programas
e projectos em curso ou terminados;
- Responde a seguintes perguntas:
• O que se realizou?
• O que se atingiu?”
• Que impacto se teve?
Conceitos de Monitoria e Avaliação

Perguntas:
• Fazemos o correcto ou certo? (Relevância)
• Alcançamos os objectivos do projecto ou programa?
(Eficácia)
• Trabalhamos de forma económica? (Eficiência)
• Contribuímos para o alcance dos objectivos definidos
a nível macro? (Impacto)
• Será que a intervenção produz impacto duradoiro?
(Sustentabilidade)
• Trabalhamos em consonância com os outros?
(Complementaridade com outros projectos e ou
programas)
Conceitos de Monitoria e Avaliação

Funções objectivas da
avaliação
• Reconhecimento
• Controle
• Aprendizagem
• Legitimidade
Conceitos de Monitoria e Avaliação

Princípios de uma avaliação


• Credibilidade,
• Participação,
• Imparcialidade dos avaliadores (e do
departamento de monitoria e
avaliação),
• Aplicabilidade dos resultados e
• Transparência
Conceitos de Monitoria e Avaliação

O que avaliamos?
• Inputs (Recursos),
• Outputs (resultado ou rendimentos
produzidos pela instituição),
• Outcomes (benefícios directos do grupo
alvo) e
• Impacto (impacto por exemplo ao nível dos
objectivos do desenvolvimento
sustentáveis).
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Principais diferenças entre M&A
Monitoria Avaliação
Periodicidade regular, pontual,
intervalos curtos Intervalos largos

Âmbito da de rotina, profunda,


análise ligada ao leque mais
Cumprimento e alcance alargado de questões
(Foco nos insumos, (Foco nos resultados
produtos e resultados intermédios e impactos
imediatos) directos/indirectos)
Consequências Decisões mais Decisões mais
operacionais estratégicas
Intervenientes Fundamentalmente Fundamentalmente
actores internos actores externos
Conceitos de Monitoria e Avaliação
Tipos de avaliação segundo o
período (1)

Período Tipo de avaliação

Antes do início do Identificação (ante)


programa
Durante a realização do Avaliação durante o
programa decurso
No fim do programa Avaliação final

Depois do fim do programa Avaliação ex-post


Conceitos de Monitoria e Avaliação

Tipos de avaliação (2)


• Avaliação interna: é realizada pelos
membros da organização que são
também implementadores do programa;

• Avaliação externa: é realizada por


pessoas externas e que não fazem parte
na implementação directa do programa.
Conceitos de Monitoria e Avaliação

SIGNIFICADO DE M&A
• Acompanhar actividades e
resultados do projecto em função
dos indicadores, baseando-se
nos M.V. e analisando a
confirmação ou não das
hipóteses.
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Conceitos de Monitoria e Avaliação

SIGNIFICADO DE M&A
• Acompanhar planos de trabalho para julgar o
desenvolvimento das actividades e interacções
existentes no projecto/ programa/ plano;

• Transformar decisões em acções práticas a


serem implementadas no decorrer do período e
examinar efectividade dessas acções em
momentos futuros predefinidos.

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Conceitos de Monitoria e Avaliação

SIGNIFICADO DE M&A
• Rever todos processos internos de
provimento de recursos, em intervalos
regulares, em comparação com o que foi
planeado;

• É um mecanismo que serve para apurar a


eficácia e eficiência e apreciar o impacto;

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M&A nas etapas do ciclo de vida do projecto
Etapas de Tipos de M&A Objectivos Quando utilizar
ciclo
Avaliar a viabilidade da intervenção Desde a identificação
Avaliação ex- em termos financeiros, políticos e das acções até a
ante institucionais. Priorizar/ acções para finalização da
a intervenção formulação

Oferecer a informação dos valores Ao final do processo


iniciais dos indicadores do problema de planejamento/
que deu origem à intervenção. formulação
Formulação/ Linha de base Parâmetro indispensável para avaliar
Planificação os impactos da intervenção, (permite
comparar as situações antes,
durante e após a sua execução)

Programar as actividades, suas Ao final da etapa de


metas, e produtos, de maneira anual formulação e pouco
Plano Operativo de acordo com a periodicidade antes da
Anual/ Plano de operativa, previamente definida entre operacionalizacao do
Trabalho os stakeholders. Constitue a base do plano. Deve ser
monitoramento ajustado
periodicamente a partir
dos resultados obtidos
com o monitoramento
M&A nas etapas do ciclo de vida do projecto
Etapas de Tipos de M&A Objectivos Quando utilizar
ciclo
Questionar e analisar permanentemente o Durante toda a execução da
grau em que as actividades são realizadas intervenção
Monitoriamento e se os resultados obtidos cumprem com o
que foi planejado, para assim detectar
eventuais deficiências, obstáculos e
necessidades de ajuste na execução
Avaliar com profundidade desde a Durante a execução da
perspectiva institucional, e em um intervenção, sempre que
Avaliação de momento determinado, o desempenho da houver necessidade de
Execução
Processo intervenção em todos os seus níveis aprofundar o conhecimento
sobre o seu desempenho

Avaliar o grau de cumprimento dos Após finalizada a execução


Avaliação de objectivos específicos (ou “Resultados”) da da intervenção
Resultados intervenção (imediamente, ou depois de
um tempo determinado).
Finalizaçã Também pode ser realizada
o antes da finalização
Avaliação de Identificar e explicar como, e se, a situação Após um determinado tempo
Impacto inicial medida pelos indicadores de do término da intervenção,
interesse foi modificada por causa da ou um certo momento do
intervenção ciclo da mesma (médio ou
longo prazo)
Sistema de M&A
Sistemas de Informação
É disto que estamos a falar?
Sistemas de Informação
Definições
 Sistema:
• Agrupamento de componentes ou partes com interligação
lógica e interdependente para realizar uma função
específica.
 (Sistema respiratório, sistema nacional de saúde, sistema eléctrico de uma
viatura etc..)

 Sistema de informação:
• Sistema composto por pessoas, meios tecnológicos(?) e
procedimentos organizados para recolher, processar,
armazenar e transmitir dados e informação.
 Sistema de Informação de Saúde,
Sistemas de Informação
Então provavelmente estamos nos referir a isso?

Alguém pode interpretar a figura?


Dado, Informação e Conhecimento

 Dado - Facto cru na sua forma primária que é coleccionado e


forma a base da informação.
• É quantificável e o único passível de uma real definição (símbolos,
marcas, números, etc)

 Informação - Produto da transformação dos dados de tal


forma que adquirem valor adicional, contexto e propósito.
• Deve ser: Precisa, relevante, simples, em tempo útil,
verificável, completa, económica, flexível e confiável

 Conhecimento - Produto do processo de acréscimo de


significado à informação fazendo conexões e comparações
explorando causas e consequências.

 Importante: - Interligação Lógica do conhecimento para


tomada de decisão
Dado, Informação, Conhecimento

Mundo dos dados: Mundo da Informação


Dado, Informação e Conhecimento

Mundo do conhecimento:
Qualidade de dados

• Qualquer sistema de Informação tem


como essência a qualidade de dados

• Estes (os dados) têm que obedecer a


seis critérios fundamentais
Qualidade de dados
Critérios que contribuem para a Qualidade de Dados
1. Exactidão Dados correctos que medem o que se pretende medir.
Dados exactos tentam minimizar os erros (influência do entrevistador, erro de
transcrição, erro de amostragem) a uma percentagem o menor possível

2. Confiabilidade Dados devem ser medidos e colectados de forma consistente, seguindo


procedimentos predefinidos, claros e entendíveis.

3. Perfeição Um sistema de informação deve representar a lista completa de pessoas


(Completo) elegíveis ou unidades que o compõe, e não somente uma fracção desta lista.
Dados devem ser colectados e apresentados por meio de
formatos/registros/relatórios completos

4. Precisão Dados devem ter os detalhes suficientes e requeridos. Por exemplo: um


indicador requer o número de COVs assistidos por sexo. Um sistema de
informação perde precisão se não está habilitado a registrar o sexo dos COVs
assistidos
5. Em Tempo Dados actualizados e informação disponível em tempo oportuno. Oportunidade
(Oportuno) é afectada por:
 Frequência da recolha e de envio de dados
 Se a informação exigida é realmente utilizada
 Se há frequentes mudanças no sistema de informação
 Se há frequentes mudanças no plano de acção do programa/projecto
6. Integridade Dados gerados pelo sistema de informação de um programa devem ser
protegidos de influências deliberadas ou manipulações por razões políticas ou
pessoais
SI versus Monitoria e Avaliação

• Qual é o propósito de um Sistema de


Informação no âmbito de M&A?

5 minutos
SI versus Monitoria e Avaliação
Propósito do Sistema de Informação no âmbito de M&A

 Ferramenta imprescindível e eficaz na geração de informação


completa, precisa e em tempo oportuno, para:
• O processo de Monitoria e Avaliação;
• Indicativos para a tomada de decisão baseada em
evidência;
• Apoio na formulação de novas estratégias e novos planos;
• Propiciar indícios para o processo de re-alocação de
recursos
SI versus Monitoria e Avaliação
Processo de Informação
Indicadores
Fontes

Recolha de Dados

Transferência de Dados Gestão

Processamento de Dados

Análise Normas
Organizacionais

Uso da Informação para


Tomada de Decisão
SISTEMA DE M&A
• Determina o peso do desempenho do
projecto e serve para captar e analisar as
mudanças associado a um Sistema de
Informações que contém os meios e
instrumentos para sua colecta;
• É um mecanismo para analisar e avaliar
dados e informações, comparativamente aos
padrões de desempenho ou de cumprimento,
previamente estabelecidos.
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SISTEMA DE M&A
• Sistema de gestão de informação;

• Avaliação do impacto do projecto e


reacção dos beneficiários;

• Análise do desempenho do projecto.

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SISTEMA DE M&A
• Relatórios Internos: Mensais, Trimestrais e
Semestrais;

• Relatório de Monitoria e Avaliação - M&A;

• Relatórios Financeiros
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Indicadores – O que são?
• Representam evidências, sinais ou marcas que
permitem verificar em que medida um determinado
fenômeno observado está sofrendo variações, que
podem ser resultado de uma ou de um conjunto de
intervenções de actores públicos e/ou privados;

• Sao como uma “placa” que indica se tais actores, ou a


própria sociedade, estão no caminho certo, quanto
caminho já foi percorrido, quanto ainda deve ser
percorrido para se alcançar o objectivo, a meta, o
destino.

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Função dos indicadores
• Permitem verificar se:
1.Se houve mudanças e impactos, quais e para
quem?
2.Sob que aspectos se consideraram essas
mudanças, tais como o socioeconômico,
ambiental, organizacional, operacional,
comportamental, etc
3.Se os meios para essas mudanças estão
adequados, se os bens, produtos e serviços
foram disponibilizados e se os recursos
projectados foram suficientes e eram
necessários.
Função dos indicadores
• Permitem verificar se:
4. Se as condições para a implementação
estiveram de acordo com o esperado e os
riscos foram devidamente considerados e estão
sob controle;

5. Se o grupo-alvo fez uso dos bens, produtos e


serviços disponibilizados, como esperado;

6. Se os parceiros e financiadores agiram como


o esperado, cumprindo com sua parte.
COMO SÃO CONSTITUÍDOS OS INDICADORES?
DEVEM COMPOR CATEGORIAS
ECONOMICAMENTE MENSURÁVEIS
QUANTO AOS ASPECTOS SEGUINTES:

O QUE SE VAI
objecto
MEDIR

PARA QUEM VAI


GRUPO-ALVO
SERVIR

COMO SERÁ
QUALIDADE
AVALIADA

QUANTO SERÁ
QUANTIDADE
MEDIDO

QUANDO SERÁ
TEMPORAL
FEITO

ONDE DEVERÁ
ESPACIAL
OCORRER
Principais categorias de Indicadores
Em função da cadeia de impacto podemos encontrar os
seguintes indicadores:
• Indicadores de insumo

• Indicadores de desempenho ou de processo;

• Indicadores de resultado ou directos;

• Indicadores de Impacto (Indirectos) e

• Indicadores de sustentabilidade
Principais categorias de indicadores

• Os indicadores de insumo correspondem à qualificação


e à mensuração do conjunto de recursos (humanos,
materiais, institucionais, econômico-financeiros,
científicos, tecnológicos etc.) necessários à
implementação das iniciativas que compõem um projecto.

• Os indicadores de processo acompanham e verificam o


desempenho do projecto em função dos insumos
(recursos materiais, humanos e financeiros), dos
processos utilizados e do tempo gasto o e organização
dos recursos para obtenção de bens e serviços (produtos)
a serem disponibilizados.

Principais categorias de indicadores

• Os indicadores de resultados (directos) medem e


avaliam as mudanças comportamentais dos grupos-alvo,
organizacionais ou institucionais resultantes de uma
intervenção no nível operacional.
• ex. adopção de novas práticas pelo grupo alvo.

• Os indicadores de impacto respondem pela mensuração


e avaliação dos impactos positivos e negativos causados
pelo uso dos resultados disponibilizados, inclusive dos
benefícios auferidos pelos grupos-alvo.
• Ex. melhoria das condiçôes de moradia de uma dada
comunidade
INDICADORES 2. INDICADORES FINAIS

1.1. de Insumo 1.2.Processo 13..Resultado 2.1 Impacto - Sustentabilidade

1.1.1 Valor 1.2.1 N.° de 1.3.1. N.° ou % de 2.1Aumentada qualidade e


desembolsado estudantes formados estudantes, pessoal habilidades do pessoal académico e
para o 7º ciclo; no laboratório de administrativo que administrativo ;
informática em 2008. usam TIC;
1.1.3. Orçamento 2.1.1 Experiência e inovação do
atribuído aos 1.2.2. N.° ou % de 1.3.2. N.° de pessoal académico capazes de
salários dos estudantes com experiências responder o crescimento económico
envolvidos no acesso a sala de laboratoriais contínuo.
Projecto; informática efetuadas por
semestre; 2.2. Rendimento dos estudantes
1.1.6. Formações 1.2.3. N.° de derivado de metodologias de ensino
de curta duração; Estudantes que
preparam suas teses 1.3.3. N.° ou % de 2.2.1 Tempo de vida do sistema do
no laboratório. estudantes que laboratório de informática IES depois
usam da injeccao financeira
1.2.4. N.° de correctamente a 2.2.2 Lucros gerados e garantindo o
computadores,impres Internet autofinanciamento.
soras adquiridas.
FONTES DE VERIFICAÇÃO
SÃO DOCUMENTOS QUE COMPROVAM AS
EVIDÊNCIAS DE QUE OS RESULTADOS E
O QUE SÃO? OBJECTIVOS FORAM ALCANÇADOS, COM ÊXITO

SÃO DOCUMENTOS CONTENDO PROVAS


NECESSÁRIAS DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS
INDICADORES

JUNTO COM OS INDICADORES, CONSTITUEM AS


BASES PARA O SISTEMA DE M & A

VERIFICAR SE JÁ EXISTEM FONTES DE


INFORMAÇÃO ACCESSÍVEIS
COMO SE FAZ?
VERIFICAR SE É NECESSÁRIO COLECTAR MAIS
DADOS OU CRIAR NOVAS FONTES

VERIFICAR SE A CRIAÇÃO DE NOVAS


FONTES IMPLICA EM CUSTOS ADICIONAIS PARA O
PROJETO
VERIFICAR SE AS FONTES EXISTENTES
SÃO CONFIÁVEIS
Fontes de dados (primárias e secundárias)

 Fontes Primárias
• Constituídas por trabalhos directamente ligados ao
observador
 Exemplo: Formulários de registo, Formulário de recolha,
Entrevistas

 Fontes Secundárias
• Consiste em todo trabalho que se baseia em
outro, este sendo a fonte original.
 Exemplo: Relatórios, Estatísticas Nacionais, etc
Fonte da informação e métodos de
levantamento de dados
• Métodos participativos
• Observação directa e participativa
• Estudo de casos, visita ao projecto/ programa (não
somente no escritório, como também junto do grupo
alvo)
• Entrevistas dirigidas,
• MAPP (lista de actividades, matriz de influência e de
tendências)
• Entrevistas a grupos, Workshops, painel de peritos
• Estudos de documentos e estatísticas.
FLUXOS DE INFORMAÇÃO
• Comunicação Descendente;
(Directrizes, regras, planos, procedimentos,
objectivos).
• Comunicação Ascendente;
(Relatórios de desempenho, pedidos de ajuda (Ex.
de informação ou recursos); sugestão para a
melhoria e resolução de problemas.
• Comunicação Horizontal.
(colegas do mesmo grupo de trabalho)
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Funcionamento do Processo de Monitoria

1. Estabelecer 3. Comparar
2. Medir o
padrões de indicadores e
indicadores de Desempenho
analisar os
desempenho desvios.

4.Empreender uma
Acção correctiva acção correctiva, Acção correctiva
se necessário
Competências/ tarefas de um
tecnico de M&A
Competências de um Técnico de M&A
• Domínio de ferramentas de comunicação e trabalho
em equipa;
• Conhecimentos sólidos dos princípios e directrizes
que orientam processos de M&A no quadro de
implementação de políticas de desenvolvimento ao
nível global, regional e nacional;
• Domínio e aplicação de diferentes abordagens de
M&A;
• Domínio de técnicas de recolha, análise e
interpretação de dados.
Tarefas básicas de um técnico de M&A
• Desenvolver clareza sobre o papel de M&A na
gestão de projectos da instituição onde trabalha;

• Assegurar que durante a revisão do desenho de


projectos institucionais, o sistema de
M&A e procedimentos são suficientemente
detalhados

• Orientar os implementadores dos projectos onde


trabalha sobre o que monitorar e avaliar

• Verificar se os recursos, capacidades, apoio e


estruturas são suficientes para efectiva M&A
Tarefas básicas de um técnico de M&A
• Apoiar parceiros e outros stakeholders a cumprir
suas responsabilidades de M&A

• Orientar os diferentes stakeholders relacionados


aos projectos institucionais a decidir como
colectar e analisar os dados gerando informação e
conhecimentos necessarios que orientam o
alcance da cadeia de intervenção

• Estimular o uso reflexivo da informação e do


conhecimento adquiridos
Enfoque de M&A baseado em
resultados: A cadeia de
resultados presente na Teoria
da Mudança e seu uso para
M&A
A Teoria da Mudança
• Baseada em uma estrutura de lógica causal, de
encadeamento de insumos, causas, resultados e
efeitos, que levam até à uma mudança
pretendida, ou seja até atingir os resultados
esperados e impactando no problema inicial;

• Possue um aspecto de aprendizagem e


retroalimentação, ao utilizar as informações
produzidas pela Monitoria e a Avaliação para
rever a estratégia e redesenhar o
projecto/programa/política.
A Teoria da Mudança
• A Teoria da Mudança é uma abordagem processual e
causal que orienta - como e porquê - uma intervenção
social conduz à uma mudança positiva de um problema
identificado.

• Caminho que descreve por meio da relação entre


premissas, os passos que levarão ao cumprimento do
objectivo a longo prazo – a mudança almejada – e as
conexões entre as actividades e os resultados de uma
intervenção.

• A TM surge por volta dos anos 1990, nos Estados Unidos,


no contexto de aperfeiçoar a teoria e a prática da
avaliação de iniciativas em comunidades (Stein and
Valters, 2012).
Etapas da TM
1. Identificar um objectivo de longo prazo
2. Elaborar o pathway of change:
2.1 Objectivo de longo prazo
2.2 Resultados
2.3 Resultados intermédios
2.4 Resultados iniciais.
3. Operacionalizar os resultados
3.1 Linha de base
3.2 Beneficiários
3.3 Definição de indicadores
4. Definir as Intervenções
4.1 Análise de alternativas
5. Reflectir sobre os riscos
Inferência causal e contrafactuais
• A pergunta básica de avaliação de impacto
constitui essencialmente um problema de
inferência causal (pergunta de relação causa
efeito) Por ex. a capacitação dos professores
melhora a nota dos alunos?

• O contrafactual é o que teria acontecido — qual


teria sido o resultado (Y) para um participante do
projecto — na ausência do referido projecto (P).

• Como podemos medir o que teria acontecido se


outro estado tivesse prevalecido?
Cadeia de resultados presente na TM
RESULTADOS
INSUMOS ACTIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS
FINAIS

RH,
Acções Produtos
Financeiros
realizadas para resultantes da Os objectivos
entre outros Uso dos
converter conversão de finais do
mobilizados produtos pelo
insumos em insumos em projecto/ Metas
para apoiar grupo alvo
produtos produtos de longo prazo
as
específicos tangíveis
actividades

Bens e serviços Mudanças nos


Orçamento e Não está
Act. realizadas produzidos e resultados
outros completamente
para produzir distribuídos, sob afectados por
recursos sob controlo do
bens e serviços controlo do múltiplos
disponíveis projecto
projecto factores

Resultados
Implementação (lado da oferta)
(Demanda+Oferta)
Cadeia de resultados presente na TM
RESULTADOS
INSUMOS ACTIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS
FINAIS

•Recursos •Desenho do novo •2.000 •Professores •Taxas de


Financeiros currículo Professores de utilizando os conclusão mais
para nova •Formação de Português no manuais de apoio elevadas
disciplina de professores ESG (I ciclo) e o novo currículo
português formados nas salas de
•Produção e aulas •Maiores salários
•Pessoal do Impressão de •500 manuais de
MEDH livros de aluno apoio distribuídos •Alunos seguindo
•Professores nas escolas e o currículo •Maiores taxas
•Distribuição dos acessíveis aos de emprego
•Instalações de manuais de apoio •Melhor
alunos desempenho dos
formação aos
alunos na sala de
aulas

Resultados
Implementação (lado da oferta)
(Demanda+Oferta)
Politica de
incentivos e
Desenvolviment
remuneraçã
o+ direitos
o
democráticos
Professores Docentes em
aumentam conflito com
rendimentos MSG
Profissionais
comparticipam
no Professores
desenvolvimento são
contractados
Conflitos
por ONG
conjugais Estudantes
nacionais e
formados em
estrangeiras
Projectos ePMA
de Programas
Crianças
solitarias
Mulheres
Mulheres com trabalham em Docentes
pouco tempo projectos ensinam no
para família locais MSG
Crianças
sem
cuidados
Docentes
familiares
recrutados e
Mulheres são Treinados em Currículo
capacitadas em Humboldt melhorado
Agro negócios
Educação
sobre
direitos e
Associação para o
deveres na
Desenvolvimento Rural UEM
familia
(ORAM)
Análises de custo-benefício e de custo-efectividade
• Qual é o benefício gerado pelo programa para um
dado custo?

• A análise de custo-benefício estima o total de


benefícios esperados de um programa em
comparação ao total de custos que serão
aplicados.

• Procura quantificar, em termos monetários, todos


os custos e benefícios de um programa e avaliar se
os benefícios ultrapassaram os custos.
Análises de custo-benefício e de custo-efectividade
• Como as várias alternativas de implementação do
programa se comparam em termos de custo-
efectividade?

• Essa análise de custo-efectividade compara o custo


relativo de dois ou mais programas (ou alternativas de
programa) para alcançar um mesmo resultado
comum, como a produtividade agrícola ou as notas de
estudantes.

• NB: Em uma análise de custo-benefício ou custo-


efetividade, a avaliação de impacto estima o lado
do benefício ou da efetividade e a análise de custo
fornece informações sobre os custos do
programa
Bibliografia
• ARMANI, Domingos. Como elaborar projetos? Guia prático para
a elaboração e gestão de projetos sociais. Porto Alegre: Tomo
Editorial, 2003.
• DIAS, Cíntia Mara Miranda. Metodologias participativas em
organizações de cooperação internacional: o caso do Banco
Mundial. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM-
PREENDEDORISMO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS E
DESENVOLVI- MENTO LOCAL, 2., 2004, Rio de Janeiro.
• PFEIFFER, Peter. O Quadro Lógico: um método para planejar e
gerenciar mudan- ças. Revista do Serviço Público, Fundação
Escola Nacional de Administração Pública, v. 51, n. 1, p. 81-122,
jan./mar. 2000.
• ZAFFARONI, Cecília. El marco de desarrollo de base: la
construcción de un sistema participativo la construcción de un
sistema participativo para analizar resultados de proyectos
sociales. Montevideo, Uruguay: Trilce, 1997

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