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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG

SISTEMAS ELÉTRICOS

Unidade executora: Ouro Branco


Ouro Preto

2014

Presidente da FIEMG

Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI

Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional

Edmar Fernando de Alcântara


Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI Ouro Preto CFP


SISTEMAS ELÉTRICOS

Elaboração de: Miguel Ângelo Quirino

Ouro Preto

2014

© 2014 SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI/MG

SENAI Ouro Preto CFP

Ficha Catalográfica
S474d SENAI-MG

Sistemas Elétricos / SENAI-MG Ouro Preto, 2014.

182 p.

1. Sistema elétrico 2. Eletricidade básica 3. Grandeza


elétrica 4. Potência elétrica 5. Comandos elétricos I. QUIRINO,
Miguel Ângelo II. SENAI Ouro Preto CFP III.Título

CDU: 621.3

FIEMG

Bairro Funcionários

SENAI 30110-916 – Belo Horizonte

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Minas Gerais

Departamento Regional de Minas Gerais FIEMG

Av. do Contorno, 4456


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema de modelo atómico................................................................................................ 23

Figura 2 - Partes constituintes de um átomo ........................................................................................ 23

Figura 3 - Modelo atômico .................................................................................................................... 24

Figura 4 - Molécula de água .................................................................................................................. 25

Figura 5 - Efeito de atração e repulsão ................................................................................................. 27

Figura 6 - Principio de conservação de energia .................................................................................... 29

Figura 7 - Grandezas elétricas ............................................................................................................... 31

Figura 8 - Corrente elétrica de 1 Coulomb ............................................................................................ 32

Figura 9 - 1 Coulomb por segundo ........................................................................................................ 32

Figura 10 - 1 Coulomb por 10 segundos ............................................................................................... 32

Figura 11 - Representação de condutor carregado .............................................................................. 34

Figura 12 - Fontes de tensão ................................................................................................................. 34

Figura 13 – Circuito ............................................................................................................................... 35

Figura 14 - Desequilíbrio elétrico .......................................................................................................... 35

Figura 15 - Potencial elétrico neutro..................................................................................................... 36

Figura 16 – DDP ..................................................................................................................................... 36

Figura 17 - Potenciais elétricos ............................................................................................................. 37

Figura 18 – DDP ..................................................................................................................................... 38

Figura 19 - Fontes de DDP ..................................................................................................................... 38

Figura 20 – DDP ..................................................................................................................................... 39

Figura 21 - Observando d.d.p. ............................................................................................................... 39

Figura 22 - Casos de DDP....................................................................................................................... 40

Figura 23 - Resistência e condutância ................................................................................................... 40

Figura 24 – Resistor ............................................................................................................................... 42


Figura 25 - Código de cores de resistores ............................................................................................. 44

Figura 26 - Associação em serie ............................................................................................................ 44

Figura 27 - Associação em paralelo ....................................................................................................... 45

Figura 28 – Fórmulas ............................................................................................................................. 46

Figura 29 - Associação mista ................................................................................................................. 46

Figura 30 - Potencia elétrica.................................................................................................................. 49

Figura 31 - Potencia elétrica.................................................................................................................. 50

Figura 32 - Lei de ohm ........................................................................................................................... 50

Figura 33 - Energia hidráulica – ilustração simplificada de uma usina hidrelétrica .............................. 53

Figura 34 - Esquema de uma turbina eólica e sistema de transmissão de energia .............................. 53

Figura 35 – Fontes de energia nuclear .................................................................................................. 54

Figura 36 - Corrente alternada .............................................................................................................. 55

Figura 37 - Corrente contínua ............................................................................................................... 56

Figura 38 - Gerando uma tensão alternada quadrada – Circuito ......................................................... 58

Figura 39 - Tensão alternada quadrada - Tensão em função do tempo ............................................... 58

Figura 40 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do tempo ............................. 60

Figura 41 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do ângulo ............................ 61

Figura 42 - Tensão senoidal aplicada a um resistor de 100 Ohms ....................................................... 62

Figura 43 - Tensão continua de valor igual ao valor eficaz da tensão senoidal aplicada a um resistor de
100 Ohms .............................................................................................................................................. 62

Figura 44 - Fonte de corrente continua ................................................................................................ 63

Figura 45 - Representação gráfica de corrente continua ...................................................................... 63

Figura 46 - Estrutura básica de um galvanômetro ................................................................................ 65

Figura 47 - Esquema de um amperímetro ............................................................................................ 67

Figura 48 - Amperímetro com vários fundos de escala. ....................................................................... 68

Figura 49 - Um esquema de amperímetro ............................................................................................ 68


Figura 50 – Amperímetro ...................................................................................................................... 69

Figura 51 - Esquema de um voltímetro ................................................................................................. 70

Figura 52 - Voltímetro com fundo de escala variável ........................................................................... 71

Figura 53 - Esquema de um ohmímetro................................................................................................ 71

Figura 54 – Wattímetro ......................................................................................................................... 72

Figura 55 - Diagrama de aplicação deste instrumento ......................................................................... 73

Figura 56 – Radio ................................................................................................................................... 75

Figura 57 - Lanterna .............................................................................................................................. 75

Figura 58 - Fontes de tesão ................................................................................................................... 77

Figura 59 - Dispositivos de manobra ..................................................................................................... 79

Figura 60 - Circuitos fechado e aberto .................................................................................................. 79

Figura 61 - Condutores em uso ............................................................................................................. 80

Figura 62 – Exemplo de aplicação com tipos diferentes de condutores elétricos ................................ 81

Figura 63 - Sistema trifásico .................................................................................................................. 85

Figura 64 - Calculando a corrente no sistema monofásico ................................................................... 86

Figura 65 – Fórmula............................................................................................................................... 86

Figura 66 - Fórmula modificada ............................................................................................................ 87

Figura 67 - Fórmula ............................................................................................................................... 87

Figura 68 - Solução ................................................................................................................................ 88

Figura 69 - Fórmula ............................................................................................................................... 88

Figura 70 – Circuito resistivo ................................................................................................................. 89

Figura 71 - Circuito resistivo .................................................................................................................. 90

Figura 72 - Lei de Ohm .......................................................................................................................... 91

Figura 73 - Lei de Ohm .......................................................................................................................... 91

Figura 74 - Cálculo de tensão ................................................................................................................ 92

Figura 75 - Ferro e chuveiro .................................................................................................................. 94


Figura 76 - condições ideais .................................................................................................................. 94

Figura 77 – Resolução ........................................................................................................................... 95

Figura 78 - Triângulo para resolução da incógnita ................................................................................ 96

Figura 79 - Divisor de corrente .............................................................................................................. 97

Figura 80 - Circuito em malha ............................................................................................................... 97

Figura 81 - Somatório das tensões ........................................................................................................ 98

Figura 82 - Choque elétrico ................................................................................................................... 99

Figura 83 - Riscos elétricos .................................................................................................................... 99

Figura 84 - Percurso do choque no corpo ........................................................................................... 100

Figura 85 - Circuito ligado por um fio de resistência desprezível ....................................................... 102

Figura 86 - A resistência R2 não é mais percorrida por corrente elétrica........................................... 102

Figura 87 - Ligação estrela................................................................................................................... 105

Figura 88 - Ligação triangulo ............................................................................................................... 105

Figura 89 - Ligação triangulo .............................................................................................................. 107

Figura 90 - Ligação em estrela............................................................................................................. 108

Figura 91 - Ligação do motor de 12 pontas......................................................................................... 109

Figura 92 - Circuito Aberto e chave fechada ....................................................................................... 111

Figura 93 - Contato NA e NF ................................................................................................................ 112

Figura 94 - Estados lógicos .................................................................................................................. 113

Figura 95 – Lâmpada ........................................................................................................................... 114

Figura 96 - Símbolo de indicador acústico .......................................................................................... 116

Figura 97 – Dispositivos....................................................................................................................... 116

Figura 98 - Botão pulsador tipo cogumelo .......................................................................................... 118

Figura 99 - Tipo de botões................................................................................................................... 119

Figura 100 - Contatos acionados por botão tipo rolete ...................................................................... 120

Figura 101 - Esquema de ligação de sensores ..................................................................................... 121


Figura 102 – Sensores ......................................................................................................................... 121

Figura 103 - Chaves Tipo Impulso ....................................................................................................... 122

Figura 104 - Chaves tipo trava............................................................................................................. 122

Figura 105 - Chaves de contatos múltiplos ......................................................................................... 123

Figura 106 - Chaves seletoras.............................................................................................................. 123

Figura 107 - Chave de partida ............................................................................................................. 124

Figura 108 – Contatores ...................................................................................................................... 125

Figura 109 - Contatos auxiliares de contatores................................................................................... 126

Figura 110 - Contator explodido ......................................................................................................... 127

Figura 111 - Exemplo de ligação contator com 1 carga ...................................................................... 128

Figura 112 - Exemplo de ligação contator com 3 carga ...................................................................... 128

Figura 113 - Exemplo de ligação contator com selo e 3 carga ............................................................ 129

Figura 114 - Exemplo de ligação contator com selo, 3 carga e botão desliga ................................... 129

Figura 115 - Chave em serie ................................................................................................................ 130

Figura 116 - Chave paralelo ................................................................................................................. 131

Figura 117 – Fusível cartucho.............................................................................................................. 131

Figura 118 - Fusível NH........................................................................................................................ 133

Figura 119 - Fusível Diazed .................................................................................................................. 133

Figura 120 - Relé explodido ................................................................................................................. 135

Figura 121 - Rele funções .................................................................................................................... 136

Figura 122 - Relé retardado na energização ....................................................................................... 137

Figura 123 - Relé retardado na desenergização .................................................................................. 138

Figura 124 - Relés ................................................................................................................................ 138

Figura 125 - Chaves relés .................................................................................................................... 140

Figura 126 – Disjuntores ..................................................................................................................... 141

Figura 127 - Princípio de proteção para sobrecarga ........................................................................... 142


Figura 128 – Diagramas ....................................................................................................................... 143

Figura 129 - Circuito unifilar ................................................................................................................ 144

Figura 130 - Esquema multifilar .......................................................................................................... 145

Figura 131 - Diagrama de partida direta ............................................................................................. 146

Figura 132 – Partida com reversão ..................................................................................................... 147

Figura 133 - Diagrama de corrente de ligação estrela triangulo ......................................................... 148

Figura 134 - Dimensionamento de partida estrela triangulo .............................................................. 149

Figura 135 – Dimensionamento .......................................................................................................... 150

Figura 136 - Rampa de desaceleração ................................................................................................ 151

Figura 137 - Chave de partida compensadora .................................................................................... 152

Figura 138 – Dimensionamento .......................................................................................................... 153

Figura 139 - Chave de partida compensadora .................................................................................... 153

Figura 140 - Partida consecutiva de motores elétricos trifásicos ....................................................... 154

Figura 141 - SOFT-STARTER ................................................................................................................. 155

Figura 142 – Sistema ........................................................................................................................... 158

Figura 143 – Sistema malha aberta ..................................................................................................... 159

Figura 144 – Sistema malha fechada................................................................................................... 160

Figura 145 – Sistema 1 ........................................................................................................................ 160

Figura 146 – Sistema 2 ........................................................................................................................ 161

Figura 147 – Sistema 3 ........................................................................................................................ 161

Figura 148 - Principais elementos de um sistema de controle ........................................................... 162

Figura 149 - Diagrama em blocos ........................................................................................................ 167

Figura 150 - Estrutura interna do C.L.P. .............................................................................................. 169

Figura 151 - Circuito de entrada digital 24 VCC .................................................................................. 173

Figura 152 - Circuito de entrada digital 120/220 VCA......................................................................... 173

Figura 153 - Circuito de entrada analógico ......................................................................................... 175


Figura 154 - Circuito de saída analógico ............................................................................................. 177

Figura 155 - Blocos lógicos .................................................................................................................. 179

Figura 156 - Diagrama “ladder”........................................................................................................... 180

Figura 157 - Partida direta com reversão ............................................................................................ 180

Figura 158 - Partida direta com versão em Ladder ............................................................................. 181

Figura 159 - Examine XIC ..................................................................................................................... 183

Figura 160 - Lógica de instrução examine ON ..................................................................................... 183

Figura 161 - Formato da Instrução XIO ............................................................................................... 184

Figura 162 - Lógica de instrução examine OFF.................................................................................... 184

Figura 163 - Resumo dos contatos de equivalência ............................................................................ 185

Figura 164 - Comunicação entre PC e PLC .......................................................................................... 186

Figura 165 – BootP / DHCP Server ...................................................................................................... 187

Figura 166 – BootP / DHCP Server 2 ................................................................................................... 188

Figura 167 – BootP / DHCP Server 3 ................................................................................................... 189

Figura 168 – BootP / DHCP Server 4 ................................................................................................... 190

Figura 169 – Barra de inicialização rápida........................................................................................... 191

Figura 170 – Rslinks RS who ................................................................................................................ 192

Figura 171 – Rslinks configure drives .................................................................................................. 193

Figura 172 – Configure drivers ............................................................................................................ 194

Figura 173 – Rs classic ......................................................................................................................... 195

Figura 174 – Configure drivers 2 ......................................................................................................... 196

Figura 175 – Configure drivers 2.1 ...................................................................................................... 197

Figura 176 – Configure Drivers AB_ETH-1 ........................................................................................... 198

Figura 177 – Configure Drivers AB_ETH-1 ........................................................................................... 199

Figura 178 – Rs classic 2 ...................................................................................................................... 200

Figura 179 – Rs 500 ............................................................................................................................. 201


Figura 180 – Rs 500 – Comunications ................................................................................................. 202

Figura 181 – Rs 500 – Chanel configuration ........................................................................................ 203

Figura 182 – Rs 500 – Chanel configuration 1 ..................................................................................... 204

Figura 183 – Rs 500 – Tela inicial ........................................................................................................ 205

Figura 184 – Rs 500 – Barra de ferramentas ....................................................................................... 206

Figura 185 – Transformador ................................................................................................................ 207

Figura 186 – Transformador ................................................................................................................ 208

Figura 187 - Núcleo de transformador ................................................................................................ 208

Figura 188 - Representação do trafo................................................................................................... 210


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Grandezas elétricas .............................................................................................................. 52

Tabela 2 - Corrente elétrica................................................................................................................... 83

Tabela 3 - Identificação de sinaleiros segundo IEC ............................................................................. 115

Tabela 4 - Identificação de botões segundo IEC ................................................................................. 119


SUMÁRIO

1 ELETRICIDADE BÁSICA 22

1.1 Matéria 22

1.1.1 Estrutura da matéria 22

1.1.2 Constituição de matéria 22

1.1.3 Estado eletrônico de um átomo 25

1.2 Carga elétrica 25

1.2.1 Carga elétrica elementar 26

1.3 Eletrização de uma substancia 27

1.3.1 Processo de eletrização 27

1.4 Principio de conservação de energia 28

1.5 Lei de coulomb 29

1.6 Exercícios 30

2 GRANDEZAS ELÉTRICAS 31

2.1 Carga elétrica 31

2.2 Corrente elétrica 32

2.3 Tensão elétrica (F.E.M.) 34

2.4 Resistência elétrica e condutância elétrica 40

2.4.1 Resistores 42

2.4.2 Código de cores de resistores 42

2.4.3 Associação de resistores 44

2.4.4 Calculando a resistência de um material 47

2.4.5 Fatores que influenciam na resistividade de um material 47

2.4.6 Isolante elétrico 48

2.5 Exercícios 48
3 POTENCIA ELÉTRICA 49

3.1 Cálculo do consumo de energia elétrica 49

3.2 Potência elétrica dissipada 50

3.2.1 Lei de Joule 50

3.3 Múltiplo e submúltiplos das grandezas elétricas 51

3.4 Outros tipos de geração de energia elétrica 52

3.5 Exercícios 54

4 CORRENTES E TENSÕES CONTÍNUAS E ALTERNADAS 55

4.1 Corrente elétrica 55

4.1.1 Corrente alternada 55

4.1.2 Corrente continua 56

4.1.3 Sentido real / convencional 56

4.2 Tensão elétrica 57

4.2.1 Tensão senoidal 59

4.2.2 Representação gráfica de uma tensão senoidal 60

4.2.3 Tensão eficaz 61

4.2.4 Tensão continua 62

4.3 Exercícios 63

5 USO DE INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO 65

5.1 Galvanômetro 65

5.2 Amperímetro 66

5.3 Voltímetro 69

5.4 Ohmímetro 71

5.5 Wattímetro 72
5.6 Multímetros 73

5.7 Outros instrumentos 73

5.8 Cuidados básicos 73

5.9 Exercícios 74

6 CIRCUITO ELÉTRICO 75

6.1 Circuito 75

6.1.1 Circuito elétrico 76

6.1.2 Circuitos resistivos 88

6.1.3 Lei de Ohm 90

6.1.4 Leis de kirchhoff 96

6.1.5 Segurança em circuitos elétricos 98

6.2 Curto-circuito 101

6.3 Exercício 102

7 LIGAÇÕES EXTERNAS DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 104

7.1 Sistema de alimentação 104

7.2 Ligação de motores trifásicos 104

7.2.1 Ligação estrela Ẏ 104

7.2.2 Ligação em triangulo ∆ 105

7.2.3 Estrela - triângulo 105

7.2.4 Tripla tensão nominal 106

7.2.5 Série - paralela 106

7.2.6 Ligações em estrela (Υ) e em triângulo (Δ) 106

7.3 Exercícios 109

8 COMANDOS ELÉTRICOS 110


8.1 Contatos Elétricos 111

8.1.1 Lógica de contato 112

8.2 Simbologia, nomenclatura e sinalização 113

8.2.1 Símbolos literais segundo NBR 5280 114

8.2.2 Dispositivos de sinalização 114

8.3 Dispositivos de comando, proteção e sinalização 116

8.3.1 Botoeiras 117

8.3.2 Sensor 120

8.3.3 Chaves elétricas 121

8.3.4 Proteção 131

8.4 Diagramas esquemáticos 142

8.4.1 Diagramas elétricos 143

8.5 Partidas de motores trifásicos 145

8.5.1 Partida direta 145

8.5.2 Partida direta de motor elétrico trifásico, com reversão 146

8.5.3 Partida estrela-triângulo 148

8.5.4 Partida com chave compensadora 151

8.5.5 Partida série-paralela 153

8.5.6 Partida consecutiva de motores elétricos trifásicos 154

8.5.7 Método de partida suave 154

8.6 Controle de processos industriais 157

8.6.1 Sistema158

8.6.2 Controle 158

8.6.3 Controlador 158

8.6.4 Sistema de controle 158

8.6.5 Sistema de controle a malha aberta 159

8.6.6 Sistema de controle a malha fechada 159


8.6.7 Exemplos 160

8.7 PLC – controlador lógico programável 161

8.7.1 PLC – controlador lógico programável 164

8.7.2 Descrição dos principais itens 169

8.7.3 Dispositivos de programação 177

8.7.4 INSTRUÇÕES DE “EXAMINAR” 182

8.7.5 EQUIVALÊNCIA DE LADDER EM CIRCUITOS 184

8.7.6 RS LOGIX 500 185

8.7.7 ESTRUTURA DE PROJETO 204

8.8 Exercícios 206

9 TRANSFORMADOR 207

9.1 Tipos de transformadores 209

REFERÊNCIAS 212
PREFÁCIO

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento”. Peter
Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais,


especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da
informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e ,consciente do seu papel
formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:” formar o profissional com
responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com
conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se


multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu
acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações –
internet- é tão importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI,
fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem
em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às
suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes
para sua formação continuada!

Gerência de Educação Profissional

APRESENTAÇÃO
O conteúdo deste treinamento permitirá ao aluno obter os conceitos fundamentais de
eletricidade, conhecer as principais grandezas elétricas, interpretação de circuitos elétricos e suas
associações, aplicação das leis de Ohm e Kirchhoff.

Terá ainda a oportunidade de conhecer e utilizar os principais instrumentos de medidas


elétricas.

Os conceitos de magnetismo e eletromagnetismo, corrente alternada/contínua permitem o


entendimento básico de motores e transformadores objetos deste conteúdo.
ELETRICIDADE BÁSICA

Matéria

É definida como tudo que possui massa e ocupa lugar no espaço e esta sujeita a inércia. O
termo “matéria” é empregado genericamente para caracterizar qualquer substância existente na
natureza, nos estados sólido, líquido e gasoso.

Estrutura da matéria

Após os cientistas dotarem esta afirmativa dita posteriormente sobrematéria. Por volta de
400 A.C. o filósofo grego Demócrito sugeriu que a matéria não é contínua, isto é, ela é feita de
minúsculas partículas indivisíveis.Pode ser dividida sucessivamente em partes cada vez menores.
Uma grande quantidade de água, por exemplo, pode ser dividida em várias porções, em qualquer
destas divisões, a quantidade separada continua sendo água.

Mas, se mesmo assim continua se a dividir sucessivamente, em um dado momento


acontecerá um fenômeno particular, onde se terá uma parte muito pequena que recebera o nome
de molécula.

Constituição de matéria

Os cientistas mesmo depois de terem descoberto a molécula ainda tinham interesse em


descobrir se ali era o ponto final e novos experimentos formam feitos. Experimentos estes que
consistiram em dividir a pequena partícula que já então conhecida como molécula, em uma porção
menor, o resultado obtido é o que chamamos hoje de Átomo.

ÁTOMO: Até fins do século XIX, era consideradoa menor porção em que se poderia dividir a matéria.
Mas nas duas últimas décadas daquele século, as descobertas do próton e do elétron revelaram o
equívoco dessa ideia. Posteriormente, o reconhecimento donêutron e de outras partículas

22
subatômicas reforçou a necessidade de revisão do conceito de átomo. Como ainda não se tem um
modelo certo para os atomos e como eles estão divididos iremos trabalhar com o que se tem de mais
novo. Apesar de ser uma estrutura muito complexa o atomo faz se muito importante para a eletrica
e este ‘preceito iremos compreender durante o curso.

Para começar precisamos entender o que nos interessa, que é como é este modelo de
átomo, como ele é subdividido. A imagem a seguir, nos ajuda a visualiza-lo.

Figura 1 - Esquema de modelo atómico

Fonte: ALVES, 2013, não paginado.

Figura 2 - Partes constituintes de um átomo

Fonte: BRAIN, 2003, não paginado.

ELÉTRON - O elétron tem uma carga elétrica negativa de −1.6 × 10−19Coulomb e uma massa de 9.10 ×
10−31kg (0.51 MeV/c²), que é aproximadamente 1/1836 da massa do próton.

23
PRÓTON - Partícula nuclear com carga positiva igual, em grandeza, à do elétron. Junto com o
nêutron, está presente em todos os núcleos atômicos (exceto o do hidrogênio, que não tem
nêutron). A massa de um próton é de 1,6726 x 10-27 kg, ou seja, 1.836 vezes a do elétron. O número
atômico de um elemento indica o número de prótons em seu núcleo e determina de que elemento
se trata. Convencionalmente tem se que o próton tem carga positiva (+).

NÊUTRON - uma das partículas fundamentais que compõem a matéria. Sua massa é de 1,675 x 10-27
kg, aproximadamente 0,125% maior que a do próton. Não tem carga elétrica. É uma partícula
constituinte de todos os núcleos, exceto o do hidrogênio comum. Os nêutrons livres, que formam
parte de um núcleo, são produzidos em reações nucleares. Convencionalmente tem se que ele tem
carga igual à zero (0).

A matéria é geralmente eletricamente neutra, isto é, não apresenta propriedades elétricas,


porque em condições normais, o número de prótons é iguala o número de elétrons. Portanto a carga
positiva dos prótons neutraliza a carga negativa dos elétrons. Os elétrons possuem energias
diferentes, devido à diferença de energia, eles são organizados em sete camadas ou sete níveis
eletrônicos diferentes. À medida que são afastados do núcleo a energia aumenta.

Na figura abaixo esta o exemplo de como é um átomo na concepção Rutherford.

Figura 3 - Modelo atômico

Fonte: ANJOS; BRASIL ESCOLA, [2014], não paginado.

24
Os átomos reúnem-se, em diferentes arranjos, dando origem as moléculas de todas as
substâncias da natureza. Um exemplo bastante importante é a união de dois átomos de hidrogênio
com um de oxigênio, que forma a molécula de água (H2O) exemplificada abaixo.

Figura 4 - Molécula de água

Fonte: FOGAÇA, c2011?, não paginado

Estado eletrônico de um átomo

Um átomo desequilibrado eletronicamente é denominado de íon. Um íon poderá


apresentar-se de duas formas:

Cátion – Átomo desequilibrado eletronicamente, com carga predominante positiva (+), isto
acontece devido o átomo perder elétrons.

Ânion – Átomo desequilibrado eletronicamente, com carga predominante negativa (-), isto
acontece devido o átomo perde alguns prótons ou ganhou elétrons.

Carga elétrica

25
Como já visto acima que quando se divide a matéria obtemos a molécula que por sua vez
quando dividida se tem o átomo que ainda não é a menor porção, pois possui partes menores.
Conhecidas como de importância para nós como prótons, nêutrons e elétrons.

Então se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em


direção a um imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a
do desvio dos prótons e os nêutrons não seriam afetados.

Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são
partículas com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.

Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais embora tenham sinais opostos. O
valor da carga de um próton ou de um elétron é chamado carga elétrica elementar e simbolizado por
e. A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas elétricas é o Coulomb
(C).

Carga elétrica elementar

A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na natureza,


comparando-se este valor com Coulomb, têm-se a relação: E = 1,6. 10-19

A unidade Coulomb é definida partindo-se do conhecimento de densidades de corrente


elétrica, medida em ampère (A), já que suas unidades são interdependentes.

Um Coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em um


segundo, a secção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a um ampère por
segundo.

Podemos concluir que cargas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrarios se atraem.

26
Figura 5 - Efeito de atração e repulsão

Fonte: CARVALHO, 2013, não paginado

Eletrização de uma substancia

Como já visto, pode se concluir que quando as quantidades de prótons e de elétrons forem
diferentes, de forma que cause um desequilíbrio entre o numero de prótons e elétrons, significa que
a substancia apresenta propriedades elétricas.

A eletrização de uma substancia ocorre quando há uma perda ou um ganho de elétrons,


pois as forças Interatômicas que prendem os átomos ao núcleo são vencidas pela energia aplicada
para desprendê-los.

Um corpo pode estar eletrizado de duas formas.

1. Positivamente – quando há falta de elétrons, e

2. negativamente – quando há excesso de elétrons.

Processo de eletrização

27
Os processos de eletrização ocorrem na natureza constantemente e, muitas vezes, tais
fenômenos passam despercebidos por nós. O fenômeno da eletrização consiste na transferência de
cargas elétricas entre os corpos, e essa transferência pode ocorrer por três processos conhecidos:
por atrito, por contato e por indução.

Eletrização por atrito

Como o próprio nome diz, atritando-se, ou melhor, colocando-se dois corpos constituídos
de substâncias diferentes e inicialmente neutros em contato muito próximo, um deles cede elétrons,
enquanto o outro recebe. Ao final, os dois corpos estarão eletrizados e com cargas elétricas opostas.

Eletrização por contato

Dizemos que a eletrização por contato é um processo no qual um corpo eletrizado é


colocado em contato com um corpo neutro. De preferência, devem ser usados dois corpos
condutores de eletricidade.

Eletrização por indução

Dizemos que a indução eletrostática é o fenômeno de separação das cargas elétricas de


sinais contrários em um mesmo corpo. Portanto, esse tipo de eletrização pode ocorrer apenas pela
aproximação entre um corpo eletrizado e um corpo neutro, sem que entre eles aconteça qualquer
tipo de contato.

Principio de conservação de energia

Num sistema eletricamente isolado, onde é constante a soma algébrica das cargas elétricas.
Temos as seguintes constatações.

28
Figura 6 - Principio de conservação de energia

Fonte: Elaborado pelo autor, 2013, p. 25.

Lei de coulomb

Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração
e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.

Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são
atraídas e com sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual,
independente do sentido para onde o vetor que as descreve aponta.

O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre
cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerar uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando
esta interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:

Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

29
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de
suas cargas, ou seja:

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

30
GRANDEZAS ELÉTRICAS

São as grandezas que provocam ou são provocadas por efeitos elétricos; ou ainda, que
contribuem ou interferem nesses efeitos.

Figura 7 - Grandezas elétricas

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 18.

Carga elétrica

Toda vez que houver desequilíbrio elétrico num material haverá deslocamento de elétrons.
A esse fluxo de elétrons dar-se-á o nome de carga elétrica, cuja unidade de medida será o Coulomb.
[C].

01 Coulomb é igual a 6,25 x 1018 de elétrons ou 6250 000 000 000 000 000 (seis quintilhões
e duzentos e cinquenta quatrilhões) de elétrons. Quando circularem 6,25 x1018 de elétrons por um
condutor, dir-se-á que está circulando uma corrente elétrica de 1 Coulomb.

31
Figura 8 - Corrente elétrica de 1 Coulomb

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 19.

Corrente elétrica

O Coulomb não é, porém, uma unidade muito prática, pois podemos constatar uma carga
elétrica com uma intensidade de 1 Coulomb percorrendo um condutor em um segundo.

Figura 9 - 1 Coulomb por segundo

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 19.

Ou a mesma intensidade percorrendo outro condutor em 10 segundos:

Figura 10 - 1 Coulomb por 10 segundos

32
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 19.

Então, para se puder realmente medir e comparar a corrente elétrica houve a necessidade
de se medir a intensidade da corrente em relação ao tempo.

Portanto, criou-se uma unidade prática, o ampère, que é representado pela letra (A) e
equivale a 1 Coulomb por segundo.

[ 1 A ] ⇔ [ 1 Coulomb/seg. ]

𝑄
Formulando temos que: 𝐴 =
𝑡

Sendo:

A: Corrente elétrica

Q: Carga elétrica em Coulomb

T: Tempo em segundos.

Onde: 𝑄 =𝑁∗𝑒
Sendo:

Q: Carga

N: Número de elétrons

E: Carga elementar dos elétrons = 1,6 ∗ 10−19

Vamos fazer agora uma comparação?

3 Amperes 1 Amper

33
Figura 11 - Representação de condutor carregado

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 20.

No condutor (A), a intensidade da corrente é muito maior que no condutor (B). Calculando
o número de elétrons que circulam pelos condutores, teremos:

1. no condutor A: 3 x 6,25 x 1018 = 18 750 000 000 000 000 000 elétrons por segundo, e

2. no condutor B: 1 x 6,25 x 1018 = 6 250 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.

Tensão elétrica (F.E.M.)

Figura 12 - Fontes de tensão

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 20.

Essas são fontes geradoras, que produzem uma força eletromotriz (f.e.m.), a qual provoca o
deslocamento dos elétrons, de um para o outro extremo do material. Força eletromotriz - é a força
que movimenta os elétrons.

34
Figura 13 – Circuito

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 21.

As fontes geradoras produzem, por um determinado espaço de tempo, uma f.e.m.


constante. Portanto, será constante também o movimento de elétrons do extremo B para o extremo
A do material, o que manterá o desequilíbrio elétrico do material. O desequilíbrio elétrico é uma
grandeza elétrica chamada Diferença de Potencial (d.d.p.) e seu símbolo gráfico é a letra E.

Figura 14 - Desequilíbrio elétrico

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 21.

Se dois materiais tiverem um mesmo potencial elétrico neutro, isto é, sem carga, não
haverá d.d.p. entre eles.

35
Figura 15 - Potencial elétrico neutro

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 21.

Os materiais (E) e (F) têm o mesmo potencial elétrico neutro (sem carga); não há Diferença
de Potencial entre eles.

Para existir Diferença de Potencial entre dois materiais, é preciso que haja uma diferença
na quantidade de elétrons que eles possuem.

Figura 16 – DDP

36
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 22.

O material (G) está com potencial negativo e o material (H) está com potencial positivo;
portanto, existe Diferença de Potencial entre eles.

Cargas elétricas diferentes ⇔existem diferença de potencial

Figura 17 - Potenciais elétricos

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 23.

Existirá também Diferença de Potencial entre dois materiais que possuem excesso ou falta
de elétrons, mas em quantidade diferente:

37
Figura 18 – DDP

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 23.

Entre os extremos (bornes) das fontes geradoras de energia elétrica existe Diferença de
Potencial, sempre que a fonte geradora estiver funcionando:

Figura 19 - Fontes de DDP

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 23.

A Diferença de Potencial que há entre os dois extremos do material, ou entre os bornes das
fontes geradoras, existem também entre dois materiais com carga elétrica diferente.

38
Figura 20 – DDP

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 24.

[A d.d.p. será sempre a comparação entre duas cargas elétricas.]

Se dois materiais tiverem o mesmo potencial elétrico, não haverá Diferença de Potencial
entre eles.

Figura 21 - Observando d.d.p.

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 24.

A Diferença de Potencial é uma grandeza. Portanto, pode ser medida.

A unidade de medida da Diferença de Potencial é o VOLT.

39
Unidade de medida de VOLT Representado pela letra V.
Diferença de Potencial

Agora, fica mais fácil estabelecer e comparar a d.d.p. Podemos utilizar sua unidade de
medida, o volt. Veja, por exemplo, os casos A e B:

Figura 22 - Casos de DDP

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 25.

Em ambos existe d.d.p. No caso A, a d.d.p. corresponde a 100 volts. Nocaso B ela é bem
maior; corresponde a 200 volts. A diferença de potencial (d.d.p.) pode ainda ser chamada de:
voltagem - pode ser medida em volts;tensão - por ser a pressão elétrica.

Resistência elétrica e condutância elétrica

Figura 23 - Resistência e condutância

40
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 25.

A facilidade que a corrente elétrica encontra, ao percorrer os materiais, é chamada de


condutância. Essa grandeza é representada pela letra G.

CONDUTÂNCIA (G): Facilidade encontrada pela corrente elétrica, ao atravessar um


material.

Porém, em contrapartida a condutância, os materiais sempre oferecem certa dificuldade à


passagem da corrente elétrica. Essa dificuldade que acorrente elétrica encontra ao percorrer um
material é a resistência elétrica, normalmente representada pela letra R.

RESISTÊNCIA (R): Dificuldade encontrada pela corrente elétrica, ao atravessar um material.

Todo o material condutor de corrente elétrica apresenta certo grau de condutância e de


resistência. Quanto maior for a condutância do material, menor será sua resistência. Se o material
oferecer grande resistência, proporcionalmente apresentará pouca condutância.

A condutância é o inverso da resistência. A condutância e a resistência elétrica se


manifestam com maior ou menor intensidade nos diversos tipos de materiais.

Exemplo: No cobre, a condutância é muito maior que a resistência. Já no plástico, a


resistência é muito maior que a condutância.

PLÁSTICO _____________ MAIOR resistência ___________ MENOR condutância

COBRE _______________ MENOR resistência ___________ MAIOR condutância.

A condutância e a resistência são grandezas; portanto, podem ser medidas. A unidade


utilizada para medir a resistência é o OHM, representada pela letra Ω (lê-se ômega).

Resistência R ________ é medida em OHM Ω.

Como a condutância é o inverso da resistência, de início, foi denominada MHO (inverso de


OHM), e representada simbolicamente pela letra grega ômega, também invertida .

41
Atualmente, a unidade empregada para medir a condutância é denominada SIEMENS é
representada pela letra S.

Resistores

Elementos que apresentam resistência à passagem de eletricidade. Podem ter uma


resistência fixa ou variável. A resistência elétrica é medida em ohms.

Chama-se de Resistência a oposição à passagem de corrente elétrica. Quanto maior a


resistência, menor é a corrente elétrica que passa num condutor.

A seguir vejamos como é um resistor

Figura 24 – Resistor

Fonte: CARVALHO, 2011, não paginado.

Código de cores de resistores

42
Todo resistor para ficar mais fácil descobrir qual a resistência ele exercerá ele exercerá no
circuito, ou qual o valor de sua resistência possui 4 cores em seu comprimento onde cada cor
corresponde a um valor e cada uma tem uma função que esta descrito abaixo.

43
Figura 25 - Código de cores de resistores

Fonte: DIGITEI, 2009?, não paginado.

Associação de resistores

Um circuito necessita de mais de um resistor associado a ele cada uma com uma função e
esta associações são feitas das seguintes formas:

Associação em série

Na associação em série todos os resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica.
Os resistores são ligados um em seguida do outro, existindo apenas um caminho para a corrente
elétrica. Observe a figura abaixo:

Figura 26 - Associação em serie

Fonte: ESTEVÃO, 2008, não paginado.

A DDP de uma associação de resistores em série é a soma das DDP’s em cada um dos
resistores associados que é o mesmo que a soma das quedas de tensão.

O valor da resistência equivalente é dado pela soma das resistências dos resistores que
constituem a série.

44
Rn=R1+R2+R3

Associação em paralelo

A associação de resistores em paralelo é um conjunto de resistores ligados de maneira a


todos receberem a mesma diferença de potencial (ddp). Nesta associação existem dois ou mais
caminhos para a corrente elétrica, e desta maneira, os resistores não são percorridos pela corrente
elétrica total do circuito. Observe a figura.

Figura 27 - Associação em paralelo

Fonte: ESTEVÃO, 2008, não paginado.

A corrente, em uma associação de resistores em paralelo, é a soma das correntes nos


resistores associados.

Na associação em paralelo, o valor da resistência equivalente é sempre menor que o valor


de qualquer resistência dos resistores da associação. Este valor pode ser obtido com as seguintes
equações:

45
Figura 28 – Fórmulas

Fonte: ESTEVÃO, 2008, não paginado.

Associação mista

Uma associação mista é composta quando associamos resistores em série e em paralelo no


mesmo circuito. Observe na figura abaixo que os resistores R1 e R2 estão em série e os resistores R3
e R4 estão em paralelo:

Figura 29 - Associação mista

Fonte: ESTEVÃO, 2008, não paginado.

Nas associações mistas também podemos encontrar um valor para a resistência


equivalente. Para isto devemos considerar cada associação (série ou paralelo) separadamente, sendo
que todas as propriedades descritas acima são válidas para estas associações.

46
Calculando a resistência de um material

Onde:

R – resistência elétrica do corpo numa determinada temperatura “T”

L – comprimento do corpo

S – área da seção transversal do corpo

P – Letra grega “rô”, indica a resistividade do material de que é feito o corpo na mesma
temperatura “T” em que se deseja determinar a resistência elétrica, isto é, a resistência elétrica
própria do material.

Fatores que influenciam na resistividade de um material

A resistividade de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento.

A resistividade de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção
transversal, isto é, quanto mais fino for o condutor.

A resistividade de um condutor depende do material de que ele é feito. A resistividade de


um condutor depende da temperatura na qual ele se encontra.

47
Isolante elétrico

São os materiais que possuem altos valores de resistência elétrica e por isso não permitem
a livre circulação de cargas elétricas, por exemplo, borracha, silicone, vidro, cerâmica. O que torna
um material bom condutor elétrico é a grande quantidade de elétrons livres que ele apresenta à
temperatura ambiente, com o material isolante acontece o contrário, ele apresenta poucos elétrons
livres à temperatura ambiente. Os isolantes elétricos são separados de acordo com a tensão que se
quer fazer o isolamento. Um pedaço de madeira, por exemplo, só pode ser considerado isolante até
uma determinada classe de tensão, se elevar essa tensão a determinados níveis, ele pode se tornar
um condutor de eletricidade.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

48
POTENCIA ELÉTRICA

Define-se potência elétrica como a razão entre a energia elétrica transformada e o intervalo
de tempo dessa transformação. Observe o quadro abaixo:

Figura 30 - Potencia elétrica

Fonte: BISQUOLO, 2006, não paginado.

Cálculo do consumo de energia elétrica

Para a corrente passar por esse bipolo, é necessário estabelecer uma diferença de potencial
(U) nos seus terminais, ou seja, uma tensão. Sabendo-se o valor dessa tensão e o valor da corrente
que flui pelo bipolo, podemos calcular o valor da potência elétrica através da formula mostrada no
quadro abaixo.

49
Figura 31 - Potencia elétrica

Fonte: BISQUOLO, 2006, não paginado.

Potência elétrica dissipada

Se tomarmos a lei de Ohm, junto com a fórmula que se encontra no segundo quadro deste
artigo, é possível determinar o valor da potência elétrica dissipada. Observe o quadro abaixo:

Figura 32 - Lei de ohm

Fonte: BISQUOLO, 2006, não paginado.

Lei de Joule

50
Também conhecida como efeito Joule. É uma lei física que expressa à relação entre o calor
gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. O nome é devido à
James Prescott Joule (1818-1889) que estudou o fenômeno em 1840.

Ela pode ser expressa por:

Q = I2 . R . t

Onde:

Q é o calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma determinada resistência
elétrica por determinado tempo.

I é a corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência R.

R é a resistência elétrica do condutor.

t é a duração ou espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor.

Isto porque quando uma corrente elétrica atravessa um material condutor, há produção de
calor. Essa produção de calor é devida ao trabalho realizado para transportar as cargas através do
material em determinado tempo.

Múltiplo e submúltiplos das grandezas elétricas

As variações no sistema métrico são de 10 (dez) vezes:

51
Tabela 1 - Grandezas elétricas

Fonte: Adaptado de SENAI-ES; CST, c1996, p. 27.

Outros tipos de geração de energia elétrica

52
Figura 33 - Energia hidráulica – ilustração simplificada de uma usina hidrelétrica

Fonte: Adaptado de WIKIMÉDIA, 2010, apud DIAS, 2011, não paginado.

Figura 34 - Esquema de uma turbina eólica e sistema de transmissão de energia

53
Fonte: BARDINE, 2012, não paginado.

Figura 35 – Fontes de energia nuclear

Fonte: JUNQUEIRA, 2011, não paginado.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

54
CORRENTES E TENSÕES CONTÍNUAS E ALTERNADAS

Corrente elétrica

Na física, corrente elétrica é o movimento ordenado de partículas portadoras de cargas


elétricas. Microscopicamente as cargas livres estão em movimento aleatório em razão da agitação
térmica. No entanto, se aplicarmos um campo elétrico na região das cargas é possível observar que
elas passam a ter movimento ordenado. Esse movimento se chama movimento de deriva de cargas
livres. Como vimos anteriormente.

Os condutores elétricos oferecem maior facilidade à passagem de corrente elétrica.


Quando se aplica uma tensão nos terminais de um condutor metálico origina-se um campo elétrico
que exerce força sobre os elétrons livres, que abandonam os átomos e movimentam-se em sentido
contrário ao do campo.

Define-se intensidade de corrente como sendo a razão entre a quantidade de cargas pelo
intervalo de tempo, de forma que matematicamente fica:

∆𝑄
𝐼=
∆𝑡

Onde ΔQ é a quantidade de carga. A unidade de corrente elétrica no Sistema Internacional


de Unidades (SI) é o ampère (A) em homenagem a André-Marie Ampère, físico francês, um dos
fundadores do eletromagnetismo.

Corrente alternada

Figura 36 - Corrente alternada

Fonte: MIGUEL, 2009, não paginado.

55
Aparece com as abreviaturas C.A. (de corrente alterna/alternada) ou A.C. (do inglês,
alternating current).

Como o nome sugere, é o tipo de corrente que alterna constantemente de sentido. Nesta
corrente não existem pólos, mas sim fases, pois os condutores variam continuamente de polaridade.
Estas variações sucedem-se a uma determinada frequência que, no caso dos países europeus é de 50
vezes num segundo (50 Hz) e nos países americanos é de 60 vezes num segundo (60 Hz). Podemos
encontrar este tipo de corrente nas nossas casas, nas centrais eléctricas, nos alternadores dos
automóveis, entre tantos outros.

Corrente continua

Figura 37 - Corrente contínua

Fonte: MIGUEL, 2009, não paginado.

Aparece com as abreviaturas C.C. (de corrente contínua) ou D.C. (do inglês, direct current).

É a corrente que circula sempre num único sentido, daí o nome de contínua. Ou circula no
sentido do pólo positivo para o pólo negativo, se considerarmos o sentido convencional da corrente,
ou circula do pólo negativo para o pólo positivo, se considerarmos o sentido da corrente dos
electrões. Este tipo de corrente é encontrada nos dispositivos que têm dois pólos: um pólo negativo
e um pólo positivo. As pilhas e as baterias são os melhores exemplos onde é possível encontrar este
tipo de corrente.

Sentido real / convencional

56
No começo dos estudos e observações sobre a corrente elétrica, os cientistas supunham
que ela era constituída pelo movimento de um fluido elétrico positivo.

Esse fluido se deslocaria fora da pilha, do seu polo positivo para o negativo, ou seja, contra
o sentido dos elétrons. Após vários anos, mais precisamente no século XX, os cientistas verificaram
que nos metais a corrente elétrica estava relacionada ao movimento dos elétrons, contudo eles já
estavam habituados com o sentido de corrente de cargas positivas. Para não gerar transtornos com
uma possível mudança eles concordaram em continuar a trabalhar com o sentido de corrente
positiva, denominada agora de corrente imaginária, para substituir a corrente de elétrons. Isso foi
possível porque verificaram que as duas correntes, a de cargas positivas e a de elétrons, eram
equivalentes. Assim sendo, a corrente de cargas positivas passou a ser conhecida como corrente
convencional. Esse sentido de corrente é contrário ao movimento dos elétrons.

Tensão elétrica

Em física, tensão é a grandeza de força de tração exercida a um cabo, corda ou um objeto


sólido similar por outro objeto. É a resultante das forças de atração e de repulsão eletrostática entre
as partículas de um sólido quando submetido à uma deformação, em que a tendência de voltar ao
seu estado inicial é observada. A tensão é o oposto de compressão.

A tensão é medida em newtons segundo o sistema internacional de unidades, sempre


mensurada paralelamente à corda em que se aplica. Há duas possibilidades básicas de sistemas
formados por corda e objeto: ou aceleração é zero e o sistema está em equilíbrio, ou existe
aceleração e, portanto, há uma força resultante. Note que em ambos os casos a massa da corda será
assumida como desprezível.

Tensão Alternada

É uma tensão cujo valor e polaridades (+) e (-) se modificam ao longo do tempo. Conforme
o comportamento da tensão então tem os diferentes tipos de tensão: Senoidal, quadrada, triangular,
pulsante, etc.

De todas essas, a senoidal é a que tem um maior interesse, pois é a tensão que é gerada
nas usinas e que alimenta as indústrias e residências. Antes de estudarmos mais a fundo a tensão
senoidal, vamos procurar conceituar melhor a tensão alternada. Seja o circuito da Figura a baixo, no
qual temos duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 ao resistor, ora conecta a bateria

57
B2 ao resistor. Vamos supor que cada bateria fica conectada ao resistor durante 1s. Como seria o
gráfico da tensão em função do tempo nos terminais da bateria?

Figura 38 - Gerando uma tensão alternada quadrada – Circuito

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Figura 39 - Tensão alternada quadrada - Tensão em função do tempo

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Observe que:

O valor negativo significa que a polaridade da tensão mudou. O tempo que leva para repetir uma
mesma situação é 2s, sendo chamado de período (T). O valor máximo da tensão é 12 v (com

58
qualquer polaridade, sendo chamado de valor de pico ou valor máximo VM). A seguir estudaremos
mais em detalhes a tensão senoidal.

Tensão senoidal

É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto nesse caso
temos uma expressão matemática para expressar a tensão. A expressão matemática é:

V(t) = VM.sem(w.t + Ө0)

Ou em função do ângulo

V(Ө) = VM.sem(Ө)

Onde VM (em V) é o valor de pico (valor Maximo que a tensão pode ter) e w em (rd/s) é a
frequência angular q0 em (rd ou graus) é o angulo de fase inicial, q é o ângulo num determinado
instante t.

Observe que a relação entre ângulo e tempo é dada por: q = q0 + w.t


Esta equação é análoga à equação que rege o movimento uniforme de um móvel:

S = S0 + v.t

A Figura 40 mostra a sua representação gráfica em função do tempo (v(t)=10.sen.(w.t) ) e a


Figura 41 o gráfico em função do angulo.

59
Figura 40 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do tempo

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Representação gráfica de uma tensão senoidal

Uma tensão senoidal varia em função do tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto
a sua representação será como na Fig03, mas a mesma tensão pode ser representada em função do
angulo, Fig04, (não esqueça que a função seno tem período de 360 graus ou de 2p rd), sendo a
relação entre angulo e tempo dada por:

q = q0 + w.t

O gráfico a seguir mostra a mesma tensão em função do angulo.

v(q) = 10.sen(q) existindo uma relação entre angulo e tempo dada por: q=w.t

60
Figura 41 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do ângulo

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Na Figura 40 e Figura 41, VPP (em V) é chamado de tensão de pico a pico, T (em s) é o
período (tempo que o fenômeno leva para se repetir).

Pelos gráficos da Figura 40 e Figura 41 tiramos as seguintes conclusões:

Como (q = w.t se q = 2 p). Então o tempo será chamado de período (T) t = T logo: (2.p= W.T
ou w = 2 P/T). O numero de ciclos completados segundos chamamos de frequência (f). A frequência
está relacionada com o período por: f =1/T (Hz)

Logo podemos também escrever que: w = 2.p.f

Tensão eficaz

Para uma senoidal definimos o seu valor eficaz (VRMS ou VEF) como sendo igual ao valor de
uma tensão contínua que produzirá a mesma dissipação de potência que a tensão alternada em
questão.

61
Por exemplo, uma tensão senoidal de 155 v de pico é aplicada a uma resistência de 100
Ohms. Se ao mesmo resistor for aplicado uma tensão de 110 v contínuos, a dissipação de potência
será a mesma.

Figura 42 - Tensão senoidal aplicada a um resistor de 100 Ohms

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Figura 43 - Tensão continua de valor igual ao valor eficaz da tensão senoidal aplicada a um resistor de
100 Ohms

Fonte: ALBUQUERQUE, [s.d.], não paginado.

Tensão continua

62
Figura 44 - Fonte de corrente continua

Fonte: ZANCO, 2006, p . 11.

A polaridade da tensão nos terminais de fonte de tensão contínua não se altera nunca, o
terminal positivo é sempre positivo e o negativo é sempre negativo. A fonte de tensão continua
mantém constante a DDP entre os seus terminais. Como exemplos de fontes de tensão contínua
podemos citar a pilha de controle remoto bactéria de automóvel, bateria de celular etc. Vemos a
seguir o gráfico da tensão versus tempo de uma fonte de tensão contínua. Observe que a tensão se
mantém constante ao longo do tempo

Figura 45 - Representação gráfica de corrente continua

Fonte: ZANCO, 2006, p . 11.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

63
64
USO DE INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO

Neste capítulo mostraremos ao aluno os princípios básicos de funcionamento e construção


de instrumentos analógicos de medida elétrica bem como a utilização de alguns instrumentos,
inclusive digitais.

Galvanômetro

O galvanômetro é um instrumento muito sensível cuja característica principal é ter um


ponteiro que sofre uma deflexão quando por ele passa uma corrente elétrica (Figura 47).

Figura 46 - Estrutura básica de um galvanômetro

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 7.

Quando uma corrente elétrica atravessa a bobina, esta interage com o campo magnético
do imã e esta interação depende do valor e sentido da corrente. Observamos, então, o aparecimento
de um torque sobre a bobina que provoca uma deflexão no ponteiro. Esta deflexão é proporcional à
corrente elétrica e é contrabalançada por uma mola até que o ponteiro atinja uma posição de
equilíbrio.

65
Corrente campo torque deflexão.

Todo galvanômetro apresenta características intrínsecas importantes, as quais determinam


os limites de sua utilização. A primeira delas é a sua resistência interna r que vem da maior ou menor
dificuldade apresentada à passagem de corrente. A segunda é a corrente máxima ig suportada pelo
galvanômetro. Toda vez que uma corrente elétrica percorre um fio (bobina) este se aquece por
efeito Joule.

Há então um limite para o valor da corrente que pode passar pelo galvanômetro sem
danificá-lo, isto é, sem que o fio da bobina possa ser danificado por alta temperatura. Além disso, a
bobina vai mover-se e a estrutura mecânica que a suporta é muito delicada, impondo torques
pequenos. Os galvanômetros utilizados no laboratório suportam correntes máximas da ordem de
22,5 A (0,9 A/div), têm resistência interna Ri=150 , e sua precisão é de 1% do (f.e) (fundo de
escala). Pode ser colocada ainda uma proteção que eleva seu (f.e) para aproximadamente 2mA mas
mantendo a mesma Ri).

Amperímetro

Amperímetros são instrumentos construídos com a finalidade de medir correntes elétricas.


Como vimos na seção anterior, galvanômetros são dispositivos úteis para construirmos aparelhos de
medida de corrente. Na construção de um amperímetro usando um galvanômetro temos a limitação
da corrente máxima ig. Se quisermos construir um amperímetro para medir correntes maiores que a
máxima do galvanômetro disponível devemos associar em paralelo à ele um resistor de valor Rs
(resistor shunt) a ser determinado.

Na Figura 48, if representa a corrente máxima que poderá ser lida no amperímetro e é
chamada de corrente de fundo de escala pois à sua passagem o ponteiro deve apresentar a maior
deflexão. O que deve ser feito na construção de um amperímetro é:

Selecionar um galvanômetro adequado (com r e ig conhecidos);

Associar ao ponteiro uma escala e graduá-la em unidades de corrente elétrica usando para
tal correntes padrão (correntes de valores conhecidos por outros processos);

“Escolher os valores adequados das resistências paralelos” para conseguir as correntes de


fundo de escala desejadas.

66
Figura 47 - Esquema de um amperímetro

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 8.

Para cumprir o requisito do item 3 precisamos encontrar uma expressão que forneça Rs
como função de if, ig e r. O valor adequado de Rs deve ser encontrado de forma que quando passar
uma corrente if pelo amperímetro (Figura 31) deve passar ig pelo galvanômetro. Então, da Figura 31:

𝑖𝑓 = 𝑖𝑔 + 𝑖𝑠

Vg = Va

Aplicando lei de OHM

R.i8=Rs(if - ig)

E substituindo

𝑟. 𝑖𝑔
Rs =
𝑖𝑓 − 𝑖𝑔

Se quisermos construir um amperímetro para vários fundos de escala, com o mesmo


galvanômetro, utilizamos uma série de Rs adequadas e uma chave seletora (Figura 32). O arranjo das
resistências pode ser diferente dependendo do projeto do amperímetro. Usaremos alguns
amperímetros que possuem diferentes terminais para diferentes fundos de escala ao invés de chaves
seletoras.

67
Figura 48 - Amperímetro com vários fundos de escala.

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 8.

Uma alternativa para dois fundos de escala, nesse caso, seria utilizar dois terminais
negativos A e B e um terminal positivo, ou vice-versa, e dois resistores R1 e R2 conforme o esquema
(Figura 50).

Figura 49 - Um esquema de amperímetro

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 8.

68
Figura 50 – Amperímetro

Fonte: MAQGUTIERREZ, 2014, não paginado.

A tensão nos dois ramos do circuito é, em cada caso, a mesma. Assim teríamos para o
terminal A: (r + R2)ig = R1.i1, para uma corrente de fundo de escala if1 = i1+ig; e para o terminal B:
r.ig = (R1 + R2).i2, para uma corrente de fundo de escala if2 = i2+ig. Conhecido o galvanômetro (r, ig)
e as correntes de fundo de escala if1 e if2 desejadas é possível calcular R1 e R2 a partir das duas
equações. O amperímetro possui, então, uma resistência interna resultante. Há uma polaridade em
seus terminais, pois é relevante o sentido em que a corrente elétrica vai atravessá-lo. Note que a
resistência equivalente do amperímetro é menor que a resistência interna do galvanômetro R. O
amperímetro deve então ser ligado em série com o ramo do circuito em que queremos conhecer a
corrente.

Voltímetro

Voltímetros são instrumentos construídos com a finalidade de medir tensões elétricas.


Também podemos construir voltímetros a partir de galvanômetros. Sempre que uma corrente i
percorre um galvanômetro as extremidades deste ficam sujeitas a uma tensão dada por r x i. Como
no caso do amperímetro, há uma tensão máxima suportável pelo galvanômetro que é dada por (Vg =
r.ig)

69
Desejando-se construir um voltímetro para medir tensões maiores do que Vg do
galvanômetro disponível, devemos associar a ele um resistor em série Rm (resistor multiplicador).
Para escolher o valor de Rm adequado à obtenção de uma tensão de fundo de escala Vf
consideremos que, neste caso, a corrente que passa pelo galvanômetro (e que passa também por
Rm) é ig. Do circuito dado pela Figura 51 vemos que (Vf = Vg + Vm) e como (Vg = r.ig e Vm = Rm.ig),
temos:

𝑉𝑓 − 𝑟. 𝑖𝑖
𝑅𝑀 =
𝑖𝑔

Figura 51 - Esquema de um voltímetro

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 9.

Se quisermos construir um único voltímetro para vários fundos de escala calculamos pela
eq. (4) todas as Rm adequadas, as quais podem ser selecionadas por uma chave externa K (Figura
52). Na calibração das escalas (acopladas ao ponteiro) de um voltímetro também podemos usar
correntes padrão. Os valores que são marcados na escala não são, todavia, os valores das correntes,
mas sim, o seu produto com a resistência elétrica total do voltímetro R, com R = Rm + r, para cada
fundo de escala. Deve-se observar que um voltímetro (na medida de tensão contínua) também
apresenta uma polaridade e uma resistência interna. O voltímetro deve ser ligado em paralelo ao
ramo do circuito em que se deseja conhecer a tensão.

70
Figura 52 - Voltímetro com fundo de escala variável

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 9.

Ohmímetro

O ohmímetro é o instrumento que serve para medir as resistências elétricas. Ele também
pode ser construído a partir de um galvanômetro, somente deve-se, neste caso, utilizar uma fonte de
tensão interna (bateria) de força-eletromotriz adequada. As resistências, que podem ser
selecionadas pela chave K (Figura 53), servem para trocar os fundos de escala.

Figura 53 - Esquema de um ohmímetro

Fonte: UNICAMP, [2012], p. 10.

Quando uma resistência de valor desconhecido Rx é colocada nos terminais do ohmímetro,


uma corrente que lhe é proporcional percorre o instrumento. Na calibração da escala do ponteiro, ao
invés de fazê-lo em termos de correntes, o fazemos em termos de unidades de resistência elétrica,
pois a f.e.m. da fonte é constante. Assim

𝐸
𝑅𝑥 ∝
𝑖𝑥

71
ATENÇÃO: Os Ohmímetro devem sempre medir as resistências desligadas do circuito.

Wattímetro

O wattímetro é um instrumento que permite medir a potência elétrica fornecida ou


dissipada de um dispositivo (equipamento). Este dispositivo implementa o produto das grandezas
tensão e corrente elétrica do dispositivo a ser medido, a razão pela qual a sua ligação ao circuito é
feita simultaneamente em serie e em parare-lo. Dois terminais são ligados em parare-lo com o
dispositivo, efetuando assim a medição da tensão, e mais dois são conectados no caminho da
corrente.

Vejamos a seguir a figura de Wattímetro

Figura 54 – Wattímetro

Fonte: ELECTRÓNICA, 2014, não paginado.

Agora será mostrado o diagrama de aplicação deste instrumento.

72
Figura 55 - Diagrama de aplicação deste instrumento

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 62.

Multímetros

São instrumentos que servem para medir tensões, correntes e resistências elétricas através
de uma chave seletora. Tais instrumentos são construídos com apenas um galvanômetro. A chave
seleciona diferentes resistores ligados em série ou em paralelo com o galvanômetro segundo as
conveniências. A chave tem ainda a função de acionar a pilha, ou bateria, no caso de medidas de
resistências.

Outros instrumentos

Além dos descritos anteriormente há outros instrumentos de medida elétrica que não
utilizaremos neste curso. Entre eles temos o wattímetro e o osciloscópio. Estes são instrumentos que
permitem medidas de tensões alternadas, frequências e certos tipos de sinais elétricos. O princípio
de funcionamento dos osciloscópios é diferente daquele que mostramos nos itens anteriores onde à
unidade básica na construção dos instrumentos é um galvanômetro.

Utilizaremos também no curso multímetros digitais. A leitura dos resultados, nesse caso,
não é feita analogicamente através da deflexão de um ponteiro acoplado a uma bobina. A leitura é
feita em um display após a comparação de sinais feita eletronicamente pelo circuito do aparelho.

Cuidados básicos

73
Alguns cuidados são essenciais na utilização de instrumento de medida elétrica, em especial
aqueles que usam galvanômetros:

Nas medidas de tensões e correntes contínuas é preciso cuidado para não ligar os
instrumentos com polaridade invertida. Isso fatalmente irá danificar o instrumento;

Antes de utilizar um instrumento sempre é necessário conhecer a ordem de grandeza da


tensão ou da corrente que se vai medir. É conveniente sempre iniciar uma medida utilizando o maior
fundo de escala disponível;

Ao ligar fontes de tensão contínua em circuitos elétricos contendo dispositivos tais como
capacitores, voltímetros e amperímetros tomar cuidado com as polaridades desses elementos.

SEMPRE: voltímetros em paralelo e amperímetros em série. Note que se ligarmos um


amperímetro em paralelo com uma fonte, estaremos provocando um curto circuito com riscos de
dano ao amperímetro e à fonte.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

74
CIRCUITO ELÉTRICO

Circuito

É todo percurso que representa um caminho fechado.

Percurso da corrente elétrica ao ligar um aparelho

Para facilitar, vamos observar um “rádio de pilha” aberto, para você ver o caminho por
onde passa a corrente.

Figura 56 – Radio

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 12.

Observe, agora, o percurso da corrente numa lanterna:

Figura 57 - Lanterna

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 12.

A corrente elétrica:

75
Sai da pilha;

Passa pelo condutor de saída;

Passa pelo interruptor;

Caminha pelos componentes do rádio;

Retorna à pilha pelo condutor de entrada;

Continua o percurso, num processo contínuo.

Note que a corrente tem que percorrer o mesmo caminho, continuamente. É um caminho
fechado; é um circuito.

Circuito elétrico

É um caminho fechado por condutores elétricos ligando uma carga elétrica a uma fonte
geradora.

No exemplo da lanterna, você pode observar os diversos componentes do circuito elétrico:

1 – Fonte geradora de eletricidade pilha.

2 – Aparelho consumidor de energia (carga elétrica) lâmpada.

3 – Condutores tira de latão.

Elementos dos circuitos elétricos

Fonte Geradora de Energia Elétrica

É a que gera ou produz Energia Elétrica, a partir de outro tipo de energia.

A pilha da lanterna, a bateria do automóvel, um gerador ou uma usina hidrelétrica são


fontes geradoras de energia.

76
Figura 58 - Fontes de tesão

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 13.

Aparelho Consumidor (carga elétrica)

Aparelho consumidor é o elemento do circuito que emprega a energia elétrica para realizar
trabalho.

A função do aparelho consumidor no circuito é transformar a energia elétrica em outro tipo


de energia.

Estamos nos referindo a alguns tipos de Consumidores Elétricos. Eles utilizam a energia
elétrica para realizar trabalhos diversos; ou seja, eles transformam a energia elétrica, recebida da
fonte geradora, em outro tipo de energia.

Trenzinho Elétrico

Transforma a energia elétrica em energia mecânica (imprime movimento).

Ferro de Soldar

Transforma a energia elétrica em energia térmica (transmite calor).

Televisor

77
Transforma a energia elétrica em energia luminosa e sonora (transmite sons e imagens).

Lâmpada

Transforma a energia elétrica em energia luminosa e energia térmica (transmite luz e calor).

Dispositivo de Manobra

Para avaliar a importância do último componente do circuito, imagine um consumidor (por


exemplo, uma lâmpada) ligado a uma fonte geradora (uma pilha).

Pense! - Uma vez completado o circuito, a lâmpada ficaria permanentemente acesa.

Para que a lâmpada se apague, é necessário interromper o caminho da corrente elétrica. A


corrente pode ser interrompida.

No consumidor (quando a lâmpada queima, a corrente não pode prosseguir seu caminho,
retornando à fonte).

Na fonte geradora (por exemplo, quando a pilha ou bateria se esgota e não provoca mais a
D.D.P.).

No condutor (emprega-se um dispositivo de manobra).

O dispositivo de manobra é um componente ou elemento que nos permite manobrar ou


operar um circuito. O dispositivo de manobra permite ou impede a passagem da corrente elétrica
pelo circuito. Acionando o dispositivo de manobra, nós ligamos ou desligamos os consumidores de
energia.

78
Figura 59 - Dispositivos de manobra

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 15.

Função do dispositivo de manobra

Operar ou manobrar o circuito. Interromper, ou permitir, a passagem da corrente elétrica.

Variações do circuito elétrico:


Circuito aberto - É o que não tem continuidade; onde o consumidor não funciona.

Circuito fechado - É o circuito que tem continuidade. Por ele a corrente pode circular.

Circuito desligado - É o que o dispositivo de manobra está na posição desligado.

Circuito desenergizado - É o que a fonte geradora está desconectada do circuito ou não funciona.

Figura 60 - Circuitos fechado e aberto

79
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 16.

Condutor Elétrico

Observe as ilustrações abaixo.

Figura 61 - Condutores em uso

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 16.

O condutor elétrico faz a ligação entre o consumidor e a fonte geradora, permitindo a


circulação da corrente.

Cada tipo de condutor pode ser preparado com características variadas, dependendo de
sua aplicação.

Podem ser rígidas ou flexíveis, isolados ou não, com proteção adicional (além da isolação)
ou outras características.

80
Figura 62 – Exemplo de aplicação com tipos diferentes de condutores elétricos

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 17.

Como você vê cada aplicação exige tipos diferentes de condutores elétricos. Mas sua
função no circuito será sempre a mesma.

Função do Condutor

81
O condutor liga os demais componentes do circuito elétrico, conduzindo a corrente: da
fonte ao consumidor e de retorno à fonte.

Perda de energia nos condutores

Nos condutores é totalmente indesejável que haja o efeito joule, que se reflete em seu
aquecimento e em diminuição da tensão disponível para o receptor. Para reduzir ao máximo a perda
de energia, a resistência dos condutores que ligam o gerador ao receptor deve ser a menor possível o
que significa que a área de secção transversal deve ser a maior possível.

A área de secção transversal (bitola) mínima é calculada em função de dois parâmetros:


capacidade de corrente e queda de tensão admissível.

A bitola escolhida para o condutor deverá ser tanto maior quanto maior for a corrente e a
distância entre o gerador e o receptor, escolha da bitola do condutor é denominada
dimensionamento do condutor.

Dimensionamento de condutores

O dimensionamento do condutor que servirá a uma instalação deve em primeiro lugar levar
em consideração a corrente que deve conduzir; em segundo lugar a queda de tensão admissível no
circuito.

Os fabricantes de condutores fornecem tabelas com os condutores fabricados identificados


pelas suas bitolas e capacidades correspondentes em ampères.

Pela capacidade de corrente basta procurar na tabela qual bitola suporta a corrente da
carga.

A tabela a baixo mostra a capacidade de corrente de fios Pirelli de cobre isolados com pvc,
quando instalados unidos à temperatura ambiente de 500C. Outras condições determinam outros
valores de capacidade e devem ser procurados em tabelas dos fabricantes.

82
Tabela 2 - Corrente elétrica

83
Fonte: SILVA, [s.d.], p. 6.

84
Pela queda de tensão pode-se usar a fórmula a seguir, que fornece a bitola em função da
queda de tensão, da corrente e da distância com a fórmulas distintas para sistema monofásico ou CC
e para o sistema trifásico:

Para sistema monofásico ou CC:

Figura 63 - Sistema trifásico

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 7.

Deverá ser escolhida a maior entre as bitolas conseguidas por cada método.

Ex.1: Deseja-se alimentar um circuito de iluminação de 6 KW (potência elétrica), tensão de


220 V, fator de potência 0.8, que se encontra a 200m do gerador. Qual deve ser o condutor para essa
função? Considere uma queda admissível de 3%.

R: A corrente no sistema monofásico é calculada por:

85
Figura 64 - Calculando a corrente no sistema monofásico

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 7.

Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o condutor deve ser o de 6mm2.

Pelo critério de queda de tensão tem-se:

Figura 65 – Fórmula

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 7.

O condutor deve ser então o de 50mm2. Aceitando-se uma queda de tensão um pouco
maior poderia ser usado nesse caso o condutor de 35mm2, que está muito próximo do valor
calculado.

Ex2.: Necessita-se escolher o condutor para alimentar um motor trifásico de 30cv, 440V,
rendimento 84%, fator de potência 0,85, que dista 80 metros do gerador. Admite-se uma queda de
5%

Solução.

86
A corrente de um motor trifásico pode ser calculada pela mesma fórmula usada no ex.1,
desde que se transforme a potência de cv para watts (multiplicando o valor em cv por 736) e
multiplicando a tensão por √ 3.

Outra opção é usar a fórmula já modificada, dada a seguir, para usar com a potência em cv
e na qual já se encontra o fator √3 para a tensão no denominador.

Figura 66 - Fórmula modificada

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 8.

Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o fio deve ser o de 10mm2.

Pela queda de tensão:

Figura 67 - Fórmula

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 8.

O condutor escolhido deve ser então o de 10mm2

87
Ex. 3: Escolha o condutor para ligar um motor trifásico de 100cv, 440V, rendimento 88%, fator de
potência 0,82, que dista 80 metros do gerador. Admite-se uma queda de 5%

Figura 68 - Solução

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 9.

Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o condutor deve ser o de 70mm2.

Pela queda de tensão:

Figura 69 - Fórmula

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 9.

O condutor escolhido deve ser então o de 70mm2

Circuitos resistivos

88
Os circuitos elétricos constituídos por resistências são amplamente utilizados tanto na
alimentação, no controle, ganho, redução de tensão ou corrente contínua como por tensão variável.

É um circuito composto de apenas resistências, fontes de tensão ideais e fontes de


alimentação ideal.

Tipos de circuitos com tendência resistiva

O chuveiro, o ferro de solda, o ferro de passar entre outros. Vejamos

Figura 70 – Circuito resistivo

Fonte: UFBA, 2009, p. 1.

89
Figura 71 - Circuito resistivo

Fonte: UFBA, 2009, p. 2.

Lei de Ohm

No século XIX, um filósofo alemão, Georg Simon Ohm, demonstrou experimentalmente a


constante de proporcionalidade entre a corrente elétrica, a tensão e a resistência. Essa relação é
denominada Lei de Ohm e é expressa literalmente como:

“A corrente em um circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada e inversamente


proporcional à resistência do circuito”.

Na forma de equação a Lei de Ohm é expressa como:

90
Figura 72 - Lei de Ohm

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 28.

Figura 73 - Lei de Ohm

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 29.

Cálculo de Tensão

91
Se você pretende saber o valor da tensão, cubra a letra (E) no triângulo.

Figura 74 - Cálculo de tensão

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 29.

Cálculo de resistência

92
Cálculo de Corrente

Suponhamos que você queira saber o valor de I, então, cubra a letra (I).

Vamos a um exemplo prático:

Você vai mudar de casa e deverá fazer as ligações dos aparelhos elétricos na nova
residência: chuveiro ferro de passar, etc.

93
Figura 75 - Ferro e chuveiro

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 31.

Comecemos pela ligação do chuveiro: se o aparelho não tiver as características técnicas


adequadas quanto à corrente, tensão e resistência, em função da rede elétrica de sua casa, poderão
ocorrer alguns acidentes.

Para evitar isso, vamos voltar ao esquema de ligação:

Figura 76 - condições ideais

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 32.

Qual a incógnita?

Vamos montar o triângulo:

Resistência

94
Figura 77 – Resolução

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 32.

O chuveiro deverá ter uma resistência de 5,5 para 110 V.

Se você for usá-lo em 220 V, ele terá que ter a resistência em dobro.

Ele deverá ter, então: 5,5 x 2 = 11 Ω.

Ao compará-la, compare com esse valor, para que o seu chuveiro funcione bem. Vamos ao
outro exemplo:

Você quer instalar um fusível ou disjuntor, para o seu ferro de passar. A tensão é de 110 V e
sua resistência tem 25 Ω. Qual seria a corrente elétrica em Ampères do ferro de passar? Voltemos ao
triângulo: Qual é a incógnita?

Corrente

No triângulo aparece E ; então I= E

R R

Substituindo esses valores, temos I= E = 110 = 4.44 A

R 25

Você usará um disjuntor de 05 Ampères.

Você pretende estender uma rede nos fundos de sua casa.

A corrente dos aparelhos deverá atingir 12 Ampères.

95
A resistência dos condutores é de 0,25 e você quer saber qual será a diferença de tensão,
entre o começo e o fim da rede, ou a queda de tensão.

Use triângulo - Tapando a incógnita, aparece R x I; então, a queda de tensão será:

E = R x I  E = 0,25 x 12 = 3 Volts

Essa queda de tensão está conforme NB-3.

Figura 78 - Triângulo para resolução da incógnita

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 33.

Leis de kirchhoff

Para solução de circuito mais complexa, onde aparecem varias fonte de tensão bem como
diversas correntes elétricas utiliza-se as leis de Kirchhoff para facilitar a resolução.

1ª Lei de Kirchhoff

Conhecida como a lei dos nos, define que a soma das intensidades das correntes elétricas
que chegam a um no é igual à soma das correntes que saem deste nó.

Pode se considerar ainda que o somatorio algebrico das correntes que chegam e que saem
de um nó, é igual a 0 (zero).

96
Figura 79 - Divisor de corrente

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 81.

2ª Lei de Kirchhoff

Conhecida como a lei das malhas, considera que a soma algebrica das tensões nos
dispositivos que compoem um circuito elétrico fechado (malha) é igual a 0.

Figura 80 - Circuito em malha

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 82.

A figura acima é um circuito em malha:

Vamos entender o funcionamento do circuito

97
A tensão da fonte (U total) provoca uma diferença de potencial no circuito fechado em
serie.

Surge uma corrente de único valor, pois o circuito esta em seria.

Quando essa corrente passa pelos resistores R1, R2 e R3, provoca nestes uma queda de
tensão com valores determinados por:

U1= R1 x I

U2= R2 x I

U3= R3 x I

Se somarmos as tensões U1, U2, U3, encontramos o valor da tensão da fonte.


Equacionando teremos:

Figura 81 - Somatório das tensões

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 82.

Segurança em circuitos elétricos

Quando é que a corrente é perigosa?

98
Figura 82 - Choque elétrico

Fonte: ARRUDA; BRINGEL, 2012, p. 3.

Figura 83 - Riscos elétricos

Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 33.

Efeitos do choque elétrico

A quantidade de corrente que pode fluir através do corpo, sem perigo para a saúde ou risco
de vida, depende do indivíduo e do tipo, percurso e tempo de duração do contato.

99
A resistência ôhmica do corpo varia de 1.000 a 500.000 ohms quando a pele estiver seca.

A resistência diminui com a umidade e aumento de tensão. Mesmo a pequena corrente de


1 miliamper pode ser sentida e deve ser evitada.

Figura 84 - Percurso do choque no corpo

Fonte: CURSO NR10, [s. d.], não paginado.

Um valor de corrente igual a 5 miliamperes pode ser perigoso. Se a palma da mão fizer
contato com um condutor de corrente, uma corrente de 12 miliamperes será suficiente para produzir
contrações nos músculos, fazendo com que involuntariamente a mão se feche sobre o condutor. Tal
choque pode causar sérios danos, dependendo do tempo de duração do contato e das condições
físicas da vítima, particularmente das condições do coração. Muitos acidentes fatais têm ocorrido
com um valor de corrente igual a 25 miliamperes. Considera-se fatal um fluxo de corrente pelo corpo
igual a 100 miliamperes.

Dicas e regras (segurança elétrica)

1. Considere cuidadosamente o resultado de cada ação a ser executada. Não há razão, em absoluto,
para um indivíduo correr riscos ou colocar em perigo a vida do seu semelhante.

100
2. Afaste-se de circuitos alimentados. Não substitua componentes nem faça ajustamento dentro de
equipamento com alta tensão ligada.

3. Não faça reparo sozinho. Tenha sempre ao seu lado uma pessoa em condições de prestar
primeiros socorros.

4. Não confie nos interloques, nem dependa deles para a sua proteção. Desligue sempre o
equipamento. Não remova, não coloque em curto-circuito e não interfira com a ação dos
interloques, exceto para reparar a chave.

5. Não deixe o seu corpo em potencial de terra. Certifique-se deque você não está com o seu corpo
em potencial de terra, isto é, com o corpo em contato direto com partes metálicas do equipamento,
particularmente quando estiver fazendo ajustagens ou medições. Use apenas uma das mãos quando
estiver reparando equipamento alimentado. Conserve uma das mãos nas costas.

6. Não alimente qualquer equipamento que tenha sido molhado. O equipamento deverá estar
devidamente seco e livre de qualquer resíduo capaz de produzir fuga de corrente antes de ser
alimentado. As regras acima, associadas com a ideia de que a tensão não tem favoritismo e que o
cuidado pessoal é a sua maior segurança, poderão evitar ferimentos sérios ou talvez a morte.

Curto-circuito

Quando dois pontos de um circuito são ligados por um fio de resistência desprezível,
dizemos que há curto-circuito, o que significa que os dois pontos têm o mesmo potencial. Em alguns
casos, provocando um curto-circuito podemos eliminar um resistor do circuito, pois ele deixará de
ser percorrido por corrente.

Na figura abaixo vemos um circuito em que os pontos X e Y foram ligados por um fio de
resistência desprezível.

101
Figura 85 - Circuito ligado por um fio de resistência desprezível

Fonte: BRASIL ESCOLA, 2014, não paginado.

Quando a corrente elétrica atinge o ponto X, ela é totalmente desviada pelo fio de
resistência r = 0, indo para o ponto Y. Desse modo, os pontos X e Y passam a ter o mesmo potencial e
pode ser considerado o mesmo ponto, como mostra a figura abaixo.

Figura 86 - A resistência R2 não é mais percorrida por corrente elétrica

Fonte: BRASIL ESCOLA, 2014, não paginado.

A resistência R2 não é mais percorrida por corrente elétrica

O resistor de resistência R2 não é percorrido por corrente e pode ser eliminado do circuito.
Desse modo, a resistência equivalente desse circuito é calculada da seguinte maneira:

Req = R1 + R3 + R4

Exercício

102
Apostila de exercícios Eletricidades.

103
LIGAÇÕES EXTERNAS DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS

Sistema de alimentação

É muito importante que se observe a correta alimentação de energia elétrica. Os


condutores e todo o sistema de proteção devem garantir uma qualidade de energia elétrica nos
bornes do motor dentro dos seguintes parâmetros, conforme norma IEC60034-1:

- Tensão: poderá variar dentro de uma faixa de ±10% do valor nominal.

- Frequência: poderá variar dentro de uma faixa entre -3 e +5% do valor nominal.

Sendo que estas ligações podem sofrer variações sendo ela do tipo estrela Ẏ ou triangulo ∆.

Ligação de motores trifásicos

Os motores trifásicos podem apresentar 6 ou 12 terminais sendo cada par de terminais


referente a uma bobina.

Os terminais são numerados como a seguir:

Ligação estrela Ẏ

Este tipo ligação é feita para ligar o motor na maior (entre duas) tensão existente (Na
maioria dos casos, 380 v trifásico). Para inverter o sentido do giro do motor (trifásico) basta inverter
a ligação de uma das fases (trocar a fase R pela S)

104
Figura 87 - Ligação estrela

Fonte: ATLOMIC WORKS, 2012, não paginado.

Ligação em triangulo ∆

Este tipo de ligação é feito para ligar o motor na menor voltagem existente (Na maioria dos
casos, 220/440 v trifásico). A ligação em triangulo é feita ligando o começo de uma bobina no final da
outra.

Figura 88 - Ligação triangulo

Fonte: ATLOMIC WORKS, 2012, não paginado.

Estrela - triângulo

105
- Segunda tensão √3 vezes maior que a primeira;

- Tensões: 220/380 V, 380/660 V, 440/760 V

- Cabos: 6 ( seis )

Tripla tensão nominal

- Tensões: 220/380/440/760 V

- Cabos: 12 ( doze )

Série - paralela

- Cada fase é dividida em 2 partes;

- Segunda tensão é o dobro da primeira;

- Tensões: 220/440 V e 230/460 V

- Cabos: 9 ( nove )

Ligações em estrela (Υ) e em triângulo (Δ)

Cada bobina do motor trifásico deve receber 220 v em funcionamento normal, exceto se
for motor especial para alta tensão.

• O motor de 6 terminais pode ser ligado em 220 v ou em 380V;

• O motor, de 12 terminais pode ser ligado em 220 v, 380 v, 440 v, ou 760 v.

106
A tensão com que se pode alimentar o motor depende da forma como são associadas suas
bobinas.

Tal ligação pode ser estrela (ou y) ou triângulo (ou Δ) sendo que em triângulo as bobinas
recebem a tensão existente entre fases e em estrela as bobinas recebem tal tensão dividida por √3.

As bobinas do motor de 6 terminais podem ser associadas em triângulo (para funcionar em


220 v) ou em estrela (para funcionar em 380V ou para partir em 220 v).

As bobinas do motor de 12 terminais podem ser ligadas de diversas formas diferentes:


triângulo paralelo (220 v), estrela paralelo (380 v), triângulo série (440 v) e em estrela série (760 v)

Observe-se que em paralelo as tensões são as mesmas do motor de 6 terminais e em série


as tensões são dobradas.

Ligação de motores de 6 terminais

Figura 89 - Ligação triangulo

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 45.

107
Figura 90 - Ligação em estrela

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 45.

Ligação do motor de 12 pontas

108
Figura 91 - Ligação do motor de 12 pontas

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 46.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

109
COMANDOS ELÉTRICOS

Dispositivos elétricos de potência como motores, resistências, válvulas solenoides, etc.


precisam ser comandados, isto é, deve ser possível ligá-los ou desligá-los conforme a necessidade.
Para tanto, são utilizados dispositivos específicos para este fim, que são conhecidos como
dispositivos de manobra. Os dispositivos de manobra podem ser do tipo manual, como as chaves de
potência ou automáticos como os contatores, relés e eletroválvulas. Estes dispositivos de manobra
são ativados pelo acionamento de um bobina, por isso eram conhecidos como chave
eletromagnética. Dessa forma, bastava energizar a bobina de um contator para acionar a carga
elétrica que este porventura estivesse comandando. E basta energizá-la para desligar a carga.

Entretanto, não era suficiente controlar dispositivos por meio do acionamento de uma
bobina de um contator era necessário muitas vezes acionar as cargas numa sequencia lógica, ou a
intervalos de tempo regulares, ou seja, havia a necessidade de um relacionamento lógico entre os
elementos de manobra, uma necessidade que levou a implementar a chamada “lógica de contato”.
Além da necessidade de sequenciar os acionamentos, outra necessidade se estabeleceu, que era há
de desabilitar manobras que não poderiam ser executadas simultaneamente com outra, sob pena,
de dano ou falha iminente. O bloqueio de manobras de forma automática, visando proteger o
sistema de falhas e danos denomina-se intertravamento. Surgem também os dispositivos destinados
a manobrar não cargas de potência, mas sim outros dispositivos de manobra, ou seja, são
dispositivos destinados a trabalhar com pequenas correntes e a auxiliar no estabelecimento de lógica
entre os dispositivos de manobra. São, portanto chamados de dispositivos de comando ou
dispositivos auxiliares.

A necessidade de manobras sequenciais e de intertravamento, implementados através de


“lógica de contato” com dispositivos exclusivamente eletromecânicos deram origem ao que se
chama de comandos elétricos. Atualmente os comandos não são mais puramente elétricos, mas
envolvem alguma eletrônica, tais como, relés de tempo e outros. Assim sendo, hoje em dia,
comandos elétricos são aqueles implementados por dispositivos de manobra e/ou comando
eletromecânicos e dispositivos eletrônicos interligados por fios.

Normalmente estes dispositivos ficam protegidos por meio de caixas metálicas e são
conhecidas como painéis de comando ou quadros de comando.

Dada à natureza discreta da atuação do contator, isto é, pode-se acionar a ele dois estados
lógicos possíveis, como ligado ou desligado, temos que a representação binária de um computador
ou controlador digital é mais do que adequada para a implementação da chamada lógica de contato.
Essa é a base dos Controladores Lógicos Programáveis, ou simplesmente CLP. Assim sendo, os

110
arranjos de contatos para fins de lógica estão sendo substituídos pelos CLP’s com vantagens tais
como: facilidade de manutenção reduz de espaço e custo, etc.

Conceitos Básicos:

Um dispositivo de manobra destina-se a comandar o momento do acionamento de uma


carga e o momento de seu desligamento. Isto é feito pela abertura ou fechamento do circuito
elétrico ao qual a carga está inserida, ou seja, o dispositivo estabelece ou interrompe a corrente
elétrica que alimenta a carga que está sendo manobrada. O dispositivo de manobra mais simples que
existe é a chave elétrica, conforme abaixo.

Figura 92 - Circuito Aberto e chave fechada

Fonte: SOUZA, 2004, p. 137.

Uma chave elétrica é comanda sempre mecanicamente, por meio de um dispositivo do tipo
alavancam ou outra forma qualquer. Quando uma chave elétrica é construída com a finalidade de
manobrar cargas, isto é, ligar ou desligar cargas a qualquer momento ela é chamada de chave
interruptora ou simplesmente interruptora. Quando a chave destina-se apenas a abrir ou fechar um
circuito previamente desligado por uma chave interruptora, esta é chamada de chave seccionadora.

Para comandos elétricos, apenas as chaves interruptoras são de nosso interesse.

Contatos Elétricos

Não passam de chaves elétricas para pequenos valores de corrente, destinados à manobra
de pequenas cargas. Normalmente são utilizados para o estabelecimento de funções lógicas e o
acionamento de pequenas cargas, tais como bobinas de contatores e lâmpadas sinalizadoras.

111
Normalmente seu acionamento é mecânico e estão associadas à ocorrência de algum evento.
Exemplo: acionamento de um contato de um pressostato por um evento de pressão máxima,
acionamento de um contato de um relé por ocorrência de uma sobrecarga, etc.

São caracterizados por dois estados possíveis:

Repouso: Sem ocorrência de um evento associado ao contato;

Acionado: Sob a ocorrência de um evento que aciona o contato.

Para fins de classificação, os contatos são designados por seu estado de repouso. Como os
contatos “normalmente” se encontram nas situações de repouso, os contatos são classificados de
duas formas:

Normalmente Aberto (NA): quando o contato é aberto na posição de repouso;

Normalmente Fechado (NF): quando o contato é fechado na posição de repouso.

Assim como na classificação, na representação gráfica, os contatos são representados na


posição de repouso, ou seja, um contato NA será uma chave aberta e um contato NF uma chave
fechada conforme podemos ver abaixo:

Figura 93 - Contato NA e NF

Fonte: SOUZA, 2004, p. 137.

Lógica de contato

A “lógica de contato” é a essência do comando elétrico. Ela é implementada através de


arranjos de contatos elétricos que combinados de forma adequada implementam funções lógicas.
Para a compreensão das funções lógicas é necessário compreender o conceito de estado lógico. Um
contato elétrico tem dois estados lógicos: acionado ou repouso. Assim sendo, podemos associar aos
estados lógicos algarismos binários, ou seja, “0” e “1” para facilidade de interpretação.

112
A associação fica, portanto conforme a tabela abaixo:

Figura 94 - Estados lógicos

Fonte: SOUZA, 2004, p. 138.

Assim sendo, conforme a tabela se um contato está acionado, este poderá ser
representado por um “1”.

Caso contrário será “0”.

Simbologia, nomenclatura e sinalização

As normas técnicas acompanham a evolução das técnicas e de matérias primas.


Consequentemente, são feitas periodicamente, revisões e novas publicações, com conteúdos
parcialmente diferentes, o que invalida a edição anterior dessa norma, na qual se mantém o número
e se altera o anode publicação. Portanto, é necessário cuidado no uso de uma norma, para que se
tenha certeza de que o texto que estamos usando realmente está em vigor.

As normas técnicas brasileiras , de acordo com a regra básica estabelecida dentro da ABNT,
devem estar coerentes com as normas internacionais da Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC,
que engloba todas as normas da área elétrica com exceção das ligadas a transmissão de pulsos, como
é o caso das de telecomunicações no seu todo. Isso, para que não hajam conflitos em termos
internacionais, seja dos produtos aqui produzidos, seja de tecnologias importadas. Entretanto, em
algumas áreas de produtos, como é o caso de transformadores de distribuição, e como consequência
da tradição que foi implantada há muito tempo por fabricantes, outras normas poderão
excepcionalmente ser a referência.

As normas da ABNT vem caracterizadas por um conjunto de letras ( NBR ) e números que as
identificam. As letras NBR significam Normas Brasileiras de Referência, sendo que em termos de
conteúdo, assim se apresentam:

113
Os símbolos gráficos usados nos diagramas são definidos pela NBR 5444, para serem
usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização exata
dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos. Consultar à NBR 5444
(disponível na biblioteca).

Símbolos literais segundo NBR 5280

As normas de SIMBOLOS GRÁFICOS e de SIMBOLOS LITERAIS informam como um


componente deve ser identificado no seu esquema de ligação, tanto no desenho do símbolo quanto
na letra que o deve caracterizar. Na NBR 5280 vamos encontrar um extrato dos símbolos gráficos e
da tabela de símbolos literais padronizados. Consultar à NBR 5280 (disponível na biblioteca).

Dispositivos de sinalização

Para a sinalização de eventos usam-se lâmpadas, buzinas e sirenes.

Indicador visual

As lâmpadas são usadas para sinalizar tanto situações normais quanto anormais, tendo
uma cor referente a cada tipo de ocorrência.

Figura 95 – Lâmpada

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 22.

Identificação de sinaleiros segundo IEC 73

114
Tabela 3 - Identificação de sinaleiros segundo IEC

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 22.

Indicador acústico

Os indicadores acústicos fornecem sinais audíveis indicativos de estado, falha, emergência


etc. São as sirenes e buzinas elétricas. Utilizados em locais de difícil visualização (para indicadores
luminosos) e quando deseja-se atingir um grande número de pessoas em diferentes locais.

115
Figura 96 - Símbolo de indicador acústico

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 22.

Dispositivos de comando, proteção e sinalização

Figura 97 – Dispositivos

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 12.

Chave: É também denominado contato. Tem a função de conectar e desconectar dois


pontos de um circuito4 elétrico.

116
O contato tem dois terminais: um deve ser ligado à fonte (ou gerador) e outro ligado à
carga (ou receptor). É feito de metal de baixa resistência elétrica para não atrapalhar a passagem de
corrente e alta resistência mecânica, de modo a poder ligar e desligar muitos milhares de vezes. A
estrutura metálica tem área de secção transversal proporcional à corrente que comandam: quanto
maior for a corrente que se deseja comandar, maiores são os contatos. O valor de corrente a ser
comandada também influencia na pressão de contato entre as partes móveis do contato: maiores
correntes exigem maiores pressões de contato para garantir que a resistência no ponto de contato
seja a menor possível.

A separação dos contatos na condição de desligamento deve ser tanto maior quanto maior
for a tensão para a qual o contato foi produzido.

A velocidade de ligação ou desligamento deve ser a mais alta possível, para evitar o
desgaste por arco voltaico, provocado no desligamento quando a carga for indutiva.

O contato pode ser do tipo com trava (por exemplo, o tipo alavanca usado nos
interruptores de iluminação) e também pode ser do tipo de impulso, com uma posição normal
mantida por mola e uma posição contrária mantida apenas enquanto durar o impulso de atuação do
contato. Nesse caso se chama fechado ou aberto conforme a posição mantida pela mola.

Botoeiras

As botoeiras são chaves elétricas acionadas manualmente que apresentam, geralmente, um


contato aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando elétrico, as
botoeiras são caracterizadas como pulsadores ou com trava.

As botoeiras pulsadores invertem seus contatos mediante o acionamento de um botão e,


devido à ação de uma mola, retornam à posição inicial quando cessa o acionamento.

Essa botoeira possui um contato aberto, um contato fechado, sendo acionado por um
botão pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o botão não for acionado, os contatos 11 e
12 permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente elétrica, ao mesmo tempo em que os
contatos 13 e 14 se mantêm abertos, interrompendo a passagem da corrente. Quando o botão é
acionado, os contatos se invertem de forma que o fechado abre e o aberto fecha. Soltando-se o
botão, os contatos voltam à posição inicial pela ação da mola de retorno.

117
Fechado: Também chamado ligado, é mantido aberto por ação de uma mola e se fecha
enquanto acionado. Como a mola o mantém aberto é ainda denominado normalmente aberto (ou
NA ou do inglês NO).

Aberto ou ligado: é mantido fechado por ação de uma mola e se abre enquanto acionado.
Como a mola o mantém fechado, é chamado também de normalmente fechado (ou NF, ou do inglês
NC).

Figura 98 - Botão pulsador tipo cogumelo

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 13.

118
Tabela 4 - Identificação de botões segundo IEC

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 14.

Figura 99 - Tipo de botões

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 14.

119
O contato pode ter diversos tipos de acionamento, como por exemplo, por botão, por
pedal, por alavanca, por chave (chave de tranca), por rolete por gatilho, ou ainda por ação do campo
magnético de uma bobina (eletroímã), formando neste último caso um conjunto denominado
contator magnético ou chave magnética.

A seguir estão os símbolos de contatos acionados por botão (os dois à esquerda), e por
rolete.

Figura 100 - Contatos acionados por botão tipo rolete

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 15.

Sensor

C1 é uma chave magnética com bobina de 24Vcc e poderá acionar cargas de tensão
alternada como a bobina de outra chave magnética por exemplo, através da qual pode-se por
exemplo acionar um motor de indução.

120
Figura 101 - Esquema de ligação de sensores

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 34.

Figura 102 – Sensores

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 34.

Chaves elétricas

Elementos de comutação destinados a permitir ou não a passagem da corrente elétrica


entre um ou mais pontos de um circuito. Os tipos mais comuns são:

121
Chave sem retenção ou impulso

É um dispositivo que só permanece acionado mediante aplicação de uma força externa.


Cessada a força, o dispositivo volta à situação anterior. Este tipo de chave pode ter,
construtivamente, contatos normalmente abertos (NA) ou normalmente fechados (NF), conforme
mostra figura 101.

Figura 103 - Chaves Tipo Impulso

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s. d.; p. 2].

Chave com retenção ou trava

É um dispositivo que uma vez acionado, seu retorno à situação anterior acontece somente
através de um novo acionamento. Construtivamente pode ter contatos normalmente aberto (NA) ou
normalmente fechado (NF) conforme mostra a figura 73.

Figura 104 - Chaves tipo trava

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s. d.; p. 2].

122
Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção

Existem chaves com ou sem retenção de contatos múltiplos NA e NF. A figura 74 mostra
estes dois modelos.

Figura 105 - Chaves de contatos múltiplos

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s. d.; p. 3].

Chave seletora

É um dispositivo que possui duas ou mais posições podendo selecionar uma ou várias
funções em um determinado processo. Este tipo de chave apresenta um ponto de contato comum
(C) em relação aos demais contatos. A figura 76 apresenta dois tipos de chaves seletoras.

Figura 106 - Chaves seletoras

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s. d.; p. 3].

Para a escolha das chaves, devem-se levar em consideração as especificações de tensão


nominal e corrente máxima suportável pelos contatos.

Chave seccionadora

123
É um dispositivo que tem por função a manobra de abertura ou desligamento dos
condutores de uma instalação elétrica. A finalidade principal dessa abertura é a manutenção da
instalação desligada.

A chave seccionadora deve suportar, com margem de segurança, a tensão e corrente


nominais da instalação, isso é normal em todos os contatos elétricos mas nesse caso se exigem
melhor margem de segurança.

A seccionadora tem, por norma, seu estado-ligado ou desligado visível externamente com
clareza e segurança.

Esse dispositivo de comando é construído de modo a ser impossível que se ligue (feche) por
vibrações ou choques mecânicos, só podendo, portanto ser ligado ou desligado pelos meios
apropriados para tais manobras.

No caso de chave seccionadora tripolar, esta deve garantir o desligamento simultâneo das
três fases.

As seccionadoras podem ser construídas de modo a poder operar:

Sob carga - então denominada interruptora. A chave é quem desligará a corrente do


circuito, sendo por isso dotada de câmara de extinção do arco voltaico que se forma no desligamento
e de abertura e fechamento auxiliado por molas para elevar a velocidade das operações.

Figura 107 - Chave de partida

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 16.

Sem carga – neste caso o desligamento da corrente se fará por outro dispositivo, um
disjuntor, de modo que a chave só deverá ser aberta com o circuito já sem corrente. Neste caso a

124
seccionadora pode ter uma chave NA auxiliar que deve desliga o disjuntor antes que a operação de
abertura da chave seja completada.

Chave magnética ou contator magnético

É formada basicamente por um eletroímã e um conjunto de chaves operado pelo fluxo


magnético do eletroímã quando energizado.

A seguir vê-se o símbolo de uma chave magnética com a identificação típica das chaves: os
terminais do eletroímã são identificados por letras, em geral a1 e a2 ou a e b, e os terminais das
chaves são identificados com numeração.

O número de chaves do contator é bem variado dependendo do tipo. De acordo com o fim
a que se destinam, as chaves do contator recebem denominações específicas:

Chaves principais: São mais robustas e destinam-se a comandar altos valores de corrente
típicos de motores e outras cargas. São sempre do tipo NA. Sua identificação se faz com números
unitários de 1 as 6.

Chaves auxiliares: Bem menos robustas, se prestam a comandar as baixas correntes de


funcionamento dos eletroímãs (bobinas) de outras chaves magnéticas, lâmpadas de sinalização ou
alarmes sonoros. As chaves auxiliares podem ser do tipo NA ou NF.

A identificação das auxiliares se faz com dezenas de final 3 e 4 para as NA e com 1 e 2 para
as do tipo NF. Essas numerações podem aparecer identificando terminais de contatos mesmo que
não sejam operados por chave magnética e sim por botão ou rolete por exemplo.

Figura 108 – Contatores

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 17.

125
Figura 109 - Contatos auxiliares de contatores

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 17.

O eletroímã (formado por bobina e entreferro) da chave magnética deve ser ligado à tensão
nominal e obedecendo ao tipo: CA ou CC.

Um eletroímã feito para operar em CC, se for ligado em CA de valor suficiente para acioná-
lo ficará superaquecido no entreferro por causa do alto valor da corrente de Foucaut induzida no
entreferro. No caso do eletroímã de CA, o entreferro é laminado para evitar essas correntes e no de
CC o entreferro é maciço.

Um eletroímã de CA, caso seja ligado em CC (com mesmo valor de tensão de CA) ficará
superaquecido no eletroímã pela alta corrente, já que em CC só haverá resistência enquanto em CA
há resistência e reatância indutiva. O eletroímã alimentado por CC gera alto valor de tensão de
autoindução e isso provoca suavidade na ligação e um arco voltaico na chave que o comanda,
durante o desligamento, bem maior que em CA. Este arco no desligamento exige alguns cuidados
para diminuir os seus efeitos destrutivos.

126
Figura 110 - Contator explodido

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 18.

Chave magnética de potência e chave magnética auxiliar

Algumas chaves magnéticas são construídas apenas com contatos de alta potência, quando
então se denominam chaves (ou contatores) de potência. Há também chaves magnéticas que só
possuem chaves auxiliares sendo por isso é chamada de chaves (ou contatores) auxiliares.

O contator tem diversas aplicações, entre elas:

Inversão de lógica: usa-se uma chave ou contato NF acionado pelo contator para acionar
uma carga e isso provoca uma inversão na lógica de funcionamento da chave ou contato que
comanda o eletroímã do contator.

No exemplo, a chave 1 é NA, porém a carga será acionada (pela chave 41-42) como se a
chave S1 fosse NF pois sempre que a mesma estiver em repouso a carga estará acionada e quando a
chave S1 estiver acionada a carga estará desligada.

127
Caso a chave 1 fosse NF a carga ficaria acionada como se a chave fosse NA, ligando-se e
desligando-se juntamente com a mesma.

Figura 111 - Exemplo de ligação contator com 1 carga

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 19.

Multiplicação de contatos: com uma única chave pode-se acionar o contator, que pode ter
várias chaves, que ligarão (NA) ou desligarão (NF) os circuitos que estiverem ligados através dessas
chaves, permite que uma única chave opere diversos circuitos simultaneamente, como visto no
exemplo abaixo onde S1 liga o eletroímã que por sua vez aciona três cargas.

Figura 112 - Exemplo de ligação contator com 3 carga

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 19.

128
Ampliação (indireta) da capacidade de corrente de um contato: A corrente do eletroímã é
muito menor que a corrente comandada pelos seus contatos, por isso é possível acionar o eletroímã
por um contato que só suporta 1A e através dos seus contatos acionarem uma carga de 80A, por
exemplo.

Memorização de acionamento: Através de uma das chaves (então chamada chave ou


contato de selo ou de auto-retenção) pode-se manter o contator acionado após um acionamento
momentâneo da chave que o acionou.

Figura 113 - Exemplo de ligação contator com selo e 3 carga

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 19.

Figura 114 - Exemplo de ligação contator com selo, 3 carga e botão desliga

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 20.

Associações de chaves

129
Série

Associadas em série entre si as chaves só permitem o acionamento da carga ligada a elas


(em série, é claro) se todas estiverem fechadas.

“A carga só se ligará se todas as chaves estiverem fechadas”, executando uma lógica


chamada lógica E.

Figura 115 - Chave em serie

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 21.

Paralelo

Associadas em paralelo entre si as chaves acionam a carga (ligada a elas em série é claro),
desde que pelo menos uma chave esteja fechada.

”A carga só se desligará se todas as chaves estiverem abertas”, executando uma lógica


chamada lógica OU.

130
Figura 116 - Chave paralelo

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 21.

Proteção

Os dispositivos de proteção objetivam proteger os equipamentos e condutores de uma


instalação dos danos de uma corrente de alto valor e de grande duração, como curto-circuito e
sobrecarga.

Os dispositivos de proteção mais comuns são:

Fusíveis

Figura 117 – Fusível cartucho

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s. d.; p. 6].

Os fusíveis são dispositivos de proteção contra curto-circuito (e contra sobrecarga caso não
seja usado relé para este fim) de utilização única: após sua atuação devem ser descartados.

131
São compostos por: elemento fusível, corpo, terminais e dispositivo de indicação da
atuação do fusível.

Elemento fusível: é um fio ou fita de metal com constituição e dimensões calculadas para
entrar em fusão (daí o nome fusível) quando atravessado por corrente elétrica de determinado valor.

Corpo: São feitos de material isolante (porcelana no caso dos industriais, mas existem
também de papelão de vidro e de plástico). Serve para sustentar o elemento fusível e os terminais.
No corpo há a indicação de sua corrente de atuação da tensão em que pode funcionar e do seu tipo
se rápido ou retardado. Dentro do corpo dos fusíveis usados em instalações industriais existe uma
espécie de areia que tem por função extinguir a chama proveniente da fusão do elemento fusível.

Terminais: São feitos de metal com robustez bastante para que não sofrer com a corrente
que flui pelo fusível. Fazem o contato do elemento fusível com o porta fusível. O porta fusível é um
compartimento que fica fixo no circuito e serve de encaixe para o fusível.

A indicação pode ser feita pela transparência do corpo, que permite ao operador ver o
elemento partido, ou por um pequeno botão (em geral vermelho) que se solta do corpo em caso de
atuação.

Os fusíveis de acordo com seu formato e forma de conexão podem ser:

NH - Usados em circuito de alta potência e conectados por encaixe, com ferramenta própria
(punho) para proteção do operador;

132
Figura 118 - Fusível NH

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 24.

Diazed - Usados em circuitos baixa potência e conectados através do porta-fusível que se


monta por rosca. O próprio suporte do fusível protege o operador contra choque elétrico.

Figura 119 - Fusível Diazed

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 24.

133
Velocidade

O fusível interrompe o circuito quando houver correntes maiores que 160% da sua corrente
nominal. O tempo de atuação diminui há medida em que aumenta o valor relativo da sobrecarga.
Assim uma sobrecarga de 190% da corrente nominal será interrompida mais rapidamente que uma
de 170%.

Correntes de até 120% do valor nominal não atuam o fusível.

A velocidade de ação dos fusíveis varia conforme sua aplicação:

1. Rápidos: estes tipos são os que têm atuação mais rápida, e

2. retardados: fusíveis para circuitos de motores elétricos e de capacitores normalmente são mais
lentos pois há a necessidade de não se romper durante os picos de corrente existente durante alguns
instantes após sua ligação. Na partida dos motores há corrente de até oito vezes o valor nominal,
porém caso a corrente seja muito maior que oito vezes a normal o fusível passa a agir tão rápido
quanto um de ação rápida. A escolha do fusível se faz pela corrente, pela tensão e pelo tipo de
circuito (se sujeito a grandes variações de corrente, ou não).

Relés

Embora esta seja também a denominação de pequenas chaves magnéticas (de uso, por
exemplo, em automóveis), quando se tratam de circuitos de comandos elétricos industriais os relés
são dispositivos de proteção que através de seus contatos atuam o comando de chaves magnéticas
de potência, sendo atuados por diversas variáveis físicas, conforme seu tipo.

Os relés apresentam algumas características comuns às chaves magnéticas e outras


específicas. Em comum apresentam terminais de energização e terminais de chaves ou contatos
internos. Porém não basta energizar o relé para que este atue em suas chaves. A atuação de suas
chaves depende de alguma grandeza física, conforme seu tipo.

Relé térmico

134
Definição - Dispositivo de proteção e eventual comando a distância, cuja operação é
produzida pelo movimento relativo de elementos mecânicos (termopares), sob a ação de
determinados valores de correntes de entrada.

Relés térmicos não protegem a linha de alimentação contra curto-circuito,


consequentemente, é necessário empregar ainda fusíveis como proteção contra curto-circuito.

O relé térmico é intercalado nas fases do motor para detectar a intensidade de corrente
solicitada pelo motor. As correntes do motor atravessam os três elementos térmicos dentro do relé
que aquecer demais, devido à corrente, os elementos térmicos atuam num contato auxiliar para
sinalizar a sobrecarga do motor. Isto significa que um relé térmico deve sempre trabalhar em
conjunto com um contator ou um comando elétrico, para realizar a função.

Um relé térmico, uma vez disparado, voltará à posição de repouso automaticamente,


quando essa opção for selecionada, ou manualmente. Para controle remoto de relés térmicos, há
dispositivos que permitem rearmamento e desligamento à distância, proporcionando assim conforto
de uso.

Figura 120 - Relé explodido

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 26.

Sobrecarga balanceada

135
Os fabricantes de contatores oferecem geralmente relés térmicos que encaixam
mecanicamente nos contatores por eles fabricados. Nesse caso, as três entradas do relé térmico
estão ligadas automaticamente aos três primeiros contatos de carga do contator. Esse é o tipo
comum de conexão entre os dois. Mas existem ainda dispositivos para permitir a montagem do relé
térmico separadamente do contator, facilitando assim a realização de comandos elétricos mais
complexos.

Nos relés térmicos, há um meio para ajustar os elementos, conforme a corrente nominal
(IN) do motor supervisionado. Cada tipo de relé cobre apenas uma determinada faixa de corrente.
Por isso, cada fabricante fornece uma variedade de relés de proteção. O ajuste da corrente nos relés
deve ser feito conforme fórmula.

Figura 121 - Rele funções

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 27.

Sendo: IN: a corrente nominal do motor;

IPM: a corrente de ajuste no relé térmico.

Em caso de motores com um fator de serviço indicado de igual ou superior a 115% ou


motores com elevação de temperatura admissível de 40ºC, o ajuste pode ser de até 125% da
corrente nominal (1,25. I ). Nos demais casos, os relés térmicos devem ser ajustados em 115% da
N
corrente nominal (1,15. I ).
N

136
Relé de tempo ou temporizador

Retardado na energização – Esse tipo atua suas chaves um tempo após a ligação, ou
energização do relé e as retorna ao repouso imediatamente após seu desligamento ou
desenergização.

Retardado na desenergização – Este atua as chaves imediatamente na ativação, porém


estas chaves só retornam ao repouso um tempo após a desativação. Não foi usado o termo
energização e sim ativação por que existe um tipo de temporizador na desenergização que
constantemente energizado e na realidade sua ativação e desativação se fazem por intermédio da
interligação e do desligamento respectivamente de dois terminais específicos.

No painel desse relé se encontra um botão pelo qual se seleciona o tempo de retardo.

Gráficos de acionamento x tempo, das bobinas e dos contatos dos relés temporizados.

Figura 122 - Relé retardado na energização

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 29.

137
Figura 123 - Relé retardado na desenergização

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 29.

Figura 124 - Relés

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 29.

Por terminais apropriados se faz fluir por este relé a corrente da carga que se pretende
proteger e quando a corrente assume um valor superior ao selecionado, o relé atua seus contatos.
No tipo mais simples chamado térmico, a corrente flui por elementos que se aquecem e o
aquecimento atua em um par bimetálico, cuja torção promove a atuação das chaves. São três os
elementos pelos quais flui a corrente monitorada, um para cada fase, e mesmo que haja
sobrecorrente em uma só das fases o relé age da mesma forma.

As chaves atuadas retornam ao repouso assim que a corrente volta ao normal, mas podem
se manter atuados desde que a função de rearme manual esteja selecionada.

138
Outro tipo de relé, para maiores valores de corrente, funciona associado a um
transformador de corrente (tc).

O ajuste do valor de corrente é feito em botão presente no painel do relé.

Relé de sobretensão e de subtensão

Caso a tensão que alimenta ou ativa o relé se torne maior ( no caso do relé de sobretensão)
ou menor (relé de subretensão) que o valor selecionado o relé atua suas chaves. Há um relé que atua
tanto no caso de subtensão quanto no caso de sobretensão. No painel do relé se encontra o botão
de ajuste do valor de tensão.

Relé de falta de fase

Destinado a proteger circuitos trifásicos, principalmente motores, contra os danos


provenientes da permanência da alimentação com falta de fase, este relé atua suas chaves caso falte
alguma fase.

Símbolos dos relés

Alguns relés têm simbologia própria como é o caso dos temporizadores e dos de sobre
corrente térmicos.

As chaves desses relés quando separadas de seu atuador também têm símbolos específicos.

139
Figura 125 - Chaves relés

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 31.

Disjuntores

São também usados na proteção contra altas correntes com a vantagem de poderem ser
religados várias vezes. O número de vezes é determinado pelo fabricante, mas é sempre da ordem de
milhares.

Os grandes disjuntores são desligados através de relés que podem por sua vez atuar por
diversas grandezas físicas como, por exemplo, tensão, corrente ou temperatura.

Como a potência comandada é muito grande os processos de ligar e desligar devem ser
precisos, e isso é conseguido, nos disjuntores de alta potência, por uma forte mola que é tensionada
por um motor elétrico, e no momento de retornar à sua posição de repouso se descarrega no
mecanismo de fechamento ou de abertura do disjuntor, fazendo com estes sejam muito rápidos.

Em circuitos de baixa potência o termo disjuntor normalmente se refere a uma chave com
desligamento automático quando a corrente se eleva acima do valor nominal de funcionamento. O
desligamento pode se dar pelo efeito térmico que é o mais lento, ou magnético que é o mais rápido.

140
Figura 126 – Disjuntores

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 28.

Proteção de um disjuntor

Sobrecarga

Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente nominal que durante um
período prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. Esta proteção baseia-se no
princípio da dilatação de duas lâminas de metais distintos, portanto, com coeficientes de dilatação
diferentes. Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lâminas deformarem-se (efeito térmico) sob o
calor desligando o circuito.

141
Figura 127 - Princípio de proteção para sobrecarga

Fonte: CORRADI JÚNIOR, [s.d., p. 6].

Curto-circuito

A proteção contra curto-circuito se dá através de dispositivo magnético, desligando o


circuito quase que instantaneamente (curva de resposta do dispositivo).

Diagramas esquemáticos

Nos diagramas a seguir vêm-se circuitos simples, onde o gerador está identificado por G, o
receptor por R e os condutores são as linhas que os interligam.

A maioria dos circuitos reais não se resume apenas nos componentes do diagrama 1, pois
há a necessidade de se dispor de um dispositivo para ligar e desligar o circuito, e isso é conseguido
pela adição de uma chave (contato elétrico) em série com o receptor, como se vê no diagrama 2. A
chave está identificada por S1

Valores excessivos de corrente provocam aquecimento também excessivo, que pode


determinar a destruição tanto do gerador quanto do receptor e condutores. Por isso, para evitar que
a corrente atinja valores excessivos, coloca-se, também em série, um elemento que interrompa
rápida e automaticamente a corrente caso esta ultrapasse muito o valor estimado como normal para
o circuito.

O elemento mais simples para esta função é o fusível e é representado no circuito 3 e


identificado por (F).

142
Figura 128 – Diagramas

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 10.

A utilização de chaves e outros dispositivos que permitem ligar e desligar cargas elétricas,
nos momentos adequados para que essas cargas desempenhem suas funções se denomina comando
elétrico.

Além de poder ligar e desligar, é de suma importância proteger e sinalizar o estado de


funcionamento das cargas.

Os principais dispositivos utilizados no comando, proteção e sinalização elétricos são vistos


a seguir.

Diagramas elétricos

Os diagramas elétricos podem ser feitos de acordo como o modelo unifilar ou multifilar
conforme seu objetivo.

Unifilar > Objetiva mostrar as interligações entre equipamentos sem minúcias quanto aos
pontos de conexão existentes nesses equipamentos.

No exemplo abaixo, no gerador há apenas uma linha quando na realidade há pelo menos
cinco.

No transformador há duas linhas quando na realidade há oito.

143
Figura 129 - Circuito unifilar

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 11.

Multifilar > Objetiva mostrar todos os condutores existentes em uma instalação.

No circuito da próxima página há um circuito unifilar e seu correspondente circuito


multifilar

144
Figura 130 - Esquema multifilar

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 11.

Após visto termos vistos os dispositivos de comando e proteção e diagramas elétricos


estamos aptos a entender as partidas de motores.

Partidas de motores trifásicos

Durante a partida a corrente pode atingir valores muito altos. Por isso, nos motores de
maiores potência utilizam-se meios de aplicar às bobinas menor valor de tensão durante a partida, a
fim de se reduzir a corrente nesse momento.

Partida direta

IDEAL: (do ponto de vista do motor);

Provoca: Picos de corrente na rede;

145
Pode provocar: Queda de tensão na rede;

Suscita: Restrições por parte da concessionária; Redução da vida útil da rede (quando não
dimensionada de acordo).

Figura 131 - Diagrama de partida direta

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 47.

Partida direta de motor elétrico trifásico, com reversão

146
Figura 132 – Partida com reversão

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 56.

147
Partida estrela-triângulo

1. Utilizada em aplicações cujas cargas têm conjugados baixos ou partidas a vazio;

2. o motor deve possuir 6 terminais;

3. a corrente e o conjugado de partida ficam reduzidos a 33%;

4. dupla tensão, sendo a segunda tensão √3 vezes a primeira; (Ex.: 220/380Volts), e

5. na partida o motor é ligado em estrela até próximo da rotação nominal e, então, ocorre à
comutação para a configuração triângulo.

Figura 133 - Diagrama de corrente de ligação estrela triangulo

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 47.

Uma das formas de se conseguir essa redução é ligar as bobinas de forma que pudessem
receber tensão maior que a de funcionamento. Por exemplo, se o motor funciona em 220V, na
partida este pode ser ligado em estrela, de forma que cada bobina receba 127V, e depois que o
motor atinge pelo menos 75% da rotação nominal as bobinas passam para ligação triângulo. Esta
técnica de partida é chamada estrela triângulo, Υ/Δ.

Esta mesma técnica pode ser usada para o motor de 12 terminais que funciona em 440V.
Os motores de maior porte, e, por conseguinte maior custo justifica a utilização de relés de proteção,

148
um para cada parâmetro protegido, como relé de sobrecorrente, de subtensão, de sobretensão, de
falta de fase e de sobretemperatura.

Dimensionar uma chave de partida estrela-triângulo para um motor de 100cv, II polos, 380
v/660 v - 60hz, com comando em 220 v, Tp = 10s.

Figura 134 - Dimensionamento de partida estrela triangulo

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 48.

149
Figura 135 – Dimensionamento

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 48.

Circuito exemplo de partida em estrela triângulo

150
Figura 136 - Rampa de desaceleração

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 49.

Partida com chave compensadora

6. Partida de motores sob carga;

7. reduz a corrente de partida (dependendo do TAP do transformador), evitando sobrecarga no


circuito;

8. a tensão na chave compensadora é reduzida através de autotransformador; e

9. tap´s do autotransformador: 50, 65 e 80% da tensão.

151
Dimensionar uma chave de partida compensadora para um motor de 30cv, VIII polos,
220V/60Hz, com comando em 220V, tap de 80%, Tp = 15s.

Figura 137 - Chave de partida compensadora

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 49.

152
Figura 138 – Dimensionamento

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 50.

Figura 139 - Chave de partida compensadora

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 50.

Partida série-paralela

153
O motor deve possuir 9 terminais; dupla tensão, sendo a segunda tensão 2 vezes a
primeira. Ex. (220/440 Volts); na partida o motor é ligado em série até próximo da rotação nominal e,
então, faz-se a comutação para a configuração paralela.

Partida consecutiva de motores elétricos trifásicos

Figura 140 - Partida consecutiva de motores elétricos trifásicos

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 129.

Aciona contator 1 (C1) que aciona o temporizador que conta ate 120s mantém motor 1
ligado e aciona o segundo motor que aciona o segundo temporizador que conta ate 80s mantém os
outros motores ligados e liga o terceiro motor. Para desliga devesse acionar b0.

Método de partida suave

São métodos que suaviza a partida de motores através de partida controlada.

154
Partida eletrônica por soft-starter

Controle apenas da tensão (25 a 90% da tensão nominal);

Tempo de aceleração regulável entre 1 e 240 segundos.

Figura 141 - SOFT-STARTER

Fonte: SILVA, [s.d.], p. 51.

Chave de partida soft-starter

A chave de partida estática foi projetada para partir motores elétricos trifásicos utilizados
em cargas consideradas leves (exemplo: bombas centrífugas, ventiladores de pequeno porte e
pequenos compressores).

155
A chave Soft-starter apresenta muitas vantagens em relação às chaves de partidas
convencionais, se sobrepondo inclusive em relação à chave compensadora. Pois, consegue-se variar
o tempo de aceleração, o tempo de desaceleração e ainda o nível de tensão na partida.

Algumas características técnicas

Tensão de Alimentação = Rede / Line 220v a 460V

Corrente de Saída = de 3 a 30 A

Tensão de Saída para o motor = de 220V a 460V

Inversores de frequência

O inversor de frequência é um circuito eletrônico capaz de, recebendo alimentação


alternada, alimentar um motor com tensão de frequência diferente da original e com isso modificar a
velocidade do motor assíncrono, que aumenta com o aumento da frequência.

O inversor aumenta a frequência de alimentação do motor no caso de aumento de carga e


assim compensa o escorregamento, mantendo a velocidade.

Além de modificar a frequência os inversores modificam também a amplitude da tensão,


pois com a variação da frequência há variação, em sentido contrário, tanto da corrente quanto do
torque. Por isso o inversor compensa a diminuição da frequência com diminuição da tensão para
limitar o valor de corrente e, compensa o aumento de frequência com aumento de tensão para
evitar a perda de torque.

Os inversores de frequência modernos se baseiam em um componente eletrônico chamado


IGBT, um tipo de transistor bipolar com corrente de controle de valor praticamente nulo, alta
capacidade de condução da corrente principal e de alta velocidade de comutação, o que lhe garante
a possibilidade de desligar o motor em caso de curto antes que a corrente possa danificar a fonte
que alimenta o inversor ou o próprio inversor.

Nesses inversores de frequência a tensão trifásica recebida é retificada e filtrada,


produzindo tensão contínua que alimenta então um circuito inversor. O inversor produz as três fases
que alimentarão o motor de forma que mesmo que falte uma das fases de alimentação do inversor o
motor poderá continuar a funcionar, dependendo da potência exigida.

156
Os inversores de frequência alimentam o motor trifásico com três fases produzidas
eletronicamente de modo que, se na alimentação trifásica do inversor faltar uma fase, o motor
continua recebendo as três fases para sua alimentação. A sofisticação do inversor de frequência
garante a proteção do motor contra sobre e subtensão, sobrecorrente, sobretemperatura mediante
sensor e proteção contra falta de fase já comentada.

O inversor se encarrega também, é claro, do controle da corrente de partida.

Com tais inversores de frequência pode-se ainda fazer o motor partir ou parar com
aceleração predeterminada (mesmo com carga, pois o inversor para parar o motor não apenas tira a
alimentação do motor, ele o alimenta adequadamente de modo a freá-lo).

Controle de processos industriais

Embora muitas vezes não percebemos, todos os dias participamos ativa ou passivamente
de diversos sistemas de controle. Sempre que o ser humano participa de um determinado processo
com a função de monitorá-lo, está participando do fechamento de uma malha. Como exemplos de
sistemas de controle, pode-se citar: Ato de guiar um automóvel (malha fechada); Ato de utilizar um
liquidificador (malha fechada); Ato de utilizar uma máquina de lavar (malha aberta); Ato de utilizar
um micro-ondas (malha aberta).

Atualmente os sistemas de controle têm assumido um papel progressivamente importante


no desenvolvimento da civilização moderna. Praticamente todos os aspectos de nossa atividade
diária são afetados por algum tipo de sistema de controle. A busca da qualidade, eficiência e
precisão, praticamente exige a presença de sistemas de controle em malha fechada sem a presença
do operador humano, isto é, CONTROLE AUTOMÁTICO. O primeiro dispositivo que utilizava controle
em malha fechada que se tem notícia, é o relógio de água inventado dois séculos antes de cristo. O
tempo era medido pelo volume de água acumulada no reservatório inferior, o qual recebia os pingos
de água com uma vazão constante de um reservatório para o outro. Isto era conseguido, graças a
válvula flutuante do primeiro reservatório que possuía a função de garantir sempre o mesmo nível de
água no primeiro reservatório. Esta válvula apresentava as funções de sensor e atuador do sistema.

Sendo assim o básico para entender sistemas de controle automáticos são as seguintes:

10. Planta: A planta de um sistema de controle é definida como sendo a parte do sistema a ser
controlada. Ex: reator químico, caldeira, gerador, etc., e

157
11. processo: O processo é definido como sendo a operação a ser controlada na planta. Ex: processo
químico, físico, biológico, etc.

Sistema

É uma disposição, conjunto ou coleção de partes conectadas ou relacionadas de tal maneira


a formarem um todo. Pode ser físico, biológico, econômico, etc.

Figura 142 – Sistema

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 133.

Controle

Estuda como agir sobre um dado sistema de modo a obter um resultado arbitrariamente
especificado.

Controlador

Dispositivo utilizado para a obtenção do controle de um sistema.

Sistema de controle

Conjunto formado pelo sistema a ser controlado e o controlador.

158
Sistema de controle a malha aberta

É aquele em que a saída ou resposta não possui nenhuma influência sobre a entrada.

Figura 143 – Sistema malha aberta

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 2].

Sistema de controle a malha fechada

É aquele em que a saída ou resposta influencia a entrada do sistema.

159
Figura 144 – Sistema malha fechada

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 3].

Exemplos

Ser humano tentando pegar um objeto

Figura 145 – Sistema 1

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 3].

Controle de temperatura de uma sala

160
Figura 146 – Sistema 2

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 3].

Controle do nível de um reservatório

Figura 147 – Sistema 3

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 3].

PLC – controlador lógico programável

Nas últimas décadas houve uma verdadeira revolução nos equipamentos de


instrumentação. Quarenta anos atrás, muitos equipamentos eram mecânicos e pneumáticos.
Existiam tubos entre ligando os equipamentos do processo e a sala de controle. Atualmente, os
sistemas de controle são distribuídos com microprocessadores controlando muitas malhas
simultaneamente.

161
A despeito destas mudanças, os conceitos básicos de sistemas de controle e algoritmos de
controle permanecem essencialmente os mesmos. Agora é mais fácil implementar estruturas de
controle, pois basta reprogramar um computador. A tarefa dos engenheiros de controle é a mesma:
projetar um sistema de controle que atenda às especificações seja estável, robusto.

A figura abaixo mostra os principais elementos de um sistema de controle típico de um


processo industrial:

Figura 148 - Principais elementos de um sistema de controle

Fonte: MAITELLI, 2002, [p. 4].

O sistema de malha fechada é composto por um sensor que detecta a variável de processo
(PV), um transmissor que converte o sinal do sensor em um sinal adequado (um sinal do tipo ar
pressurizado em sistemas pneumáticos ou um sinal elétrico em sistemas eletrônicos) e o transmite
para um controlador que compara o valor da variável de processo (PV) com o valor do Set Point (SP)
desejado e produz um sinal de controle apropriado e um elemento final de controle que muda a
variável manipulada (MV). Usualmente o elemento final de controle é uma válvula de controle
operada por ar que abre e fecha modificando uma razão de fluxo.

162
O sensor, transmissor e válvula de controle estão localizados fisicamente no campo, onde
está o processo. O controlador é usualmente localizado em um painel ou computador em uma sala
de comando distante do processo. A ligação entre o painel e o campo é feita através de sinais
elétricos que são enviados do transmissor para o controlador e do controlador para o elemento final
de controle.

Os equipamentos de controle utilizados em plantas químicas ou em plantas típicas da área


de petróleo são analógicos (de pressão ou eletrônicos) ou digitais. Os sistemas analógicos utilizam
sinais de ar pressurizado (3 a 15 psi) ou sinais de corrente/tensão (4-20 mA, 10-50 mA, 0-10 VDC).
Sistemas pneumáticos transmitem sinais através de pequenos tubos, enquanto sistemas eletrônicos
usam fios.

Visto que muitas válvulas são ainda acionadas por ar pressurizado, sinais de corrente são
usualmente convertidos para ar pressurizado. Um conversor I/P (corrente para pressão) é usado para
converter sinais de 4-20 mA em sinais de 3-15 psi.

Um controlador industrial possui um modo de operação manual (malha aberta) ou


automático (malha fechada). Durante a partida ou em condições anormais, o operador do processo
pode utilizar o modo de operação manual, determinando a abertura da válvula de controle,
independentemente do controlador. O chaveamento é usualmente feito no painel de controle ou no
computador.

Além disso, o ganho do controlador pode ser feito negativo ou positivo selecionando se
entre ação direta e reversa do controlador. Um ganho positivo resulta em uma saída do controlador
decrescendo a medida que a variável do processo cresce (ação reversa). Já um ganho negativo
resulta em uma saída do controlador crescendo a medida que a variável do processo cresce (ação
direta). A escolha correta entre ação direta e reversa depende da ação do transmissor (que é
usualmente direta), da ação da válvula (ar para abrir, AO, ou ar para fechar, AC) e do efeito da
variável manipulada (MV) na variável de processo (PV). A ideia fundamental a ser seguida para a
escolha correta da ação do controlador, é que a ação tomada pelo controlador deve levar a variável
de processo (PV) a se aproximar do Set Point (SP).

Em resumo, um controlador industrial deve possuir as seguintes características:

1. Indicar o valor da Variável de Processo (PV): o sinal que chega do transmissor;

2. indicar o valor do sinal enviado para a válvula: a saída do controlador (usualmente nominada MV);

3. indicar o Set Point (SP);

4. ter uma chave para selecionar entre modo manual ou automático;

163
5. ter uma forma de alterar o valor do SetPoint quando o controlador está em automático;

6. ter uma forma de alterar o sinal para a válvula quando o controlador está em manual;

7. ter um modo de seleção entre ações direta e reversa do controlador, e

8. ter um dispositivo intercominicador como os PLC.

PLC – controlador lógico programável

O Controlador Lógico Programável (C.L.P.) nasceu praticamente dentro da indústria


automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors , em 1968,
devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de comando a cada mudança
na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparado uma especificação que
refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística,
como de toda a indústria manufatureira.

Nascia assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se


aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações, o
que justifica hoje ( junho /1998) um mercado mundial estimado em 4 bilhões de dólares anuais.

Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a
variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão de
blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de
programação e a interface com o usuário.

Divisão histórica

Podemos didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de


programação por ele utilizado:

164
1a. Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação intimamente ligada ao
hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo com o
processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar era necessário conhecer a
eletrônica do projeto do CLP. Assim a tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe
técnica altamente qualificada, gravando - se o programa em memória EPROM, sendo realizada
normalmente no laboratório junto com a construção do CLP.

2ª. Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão dependentes do


hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um “Programa Monitor” no CLP, o qual
converte (no jargão técnico, Compila), as instruções do programa, verifica o estado das entradas,
compara com as instruções do programa do usuário e altera os estados das saídas. Os Terminais de
Programação (ou Maletas, como eram conhecidas) eram na verdade Programadores de Memória
EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no CLP para que o programa do
usuário fosse executado.

3ª. Geração: Os CLPs passam a ter uma Entrada de Programação, onde um Teclado ou Programador
Portátil é conectado, podendo alterar, apagar , gravar o programa do usuário, além de realizar testes
( Debug ) no equipamento e no programa. A estrutura física também sofre alterações sendo a
tendência para os Sistemas Modulares com Bastidores ou Racks.

4ª. Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços do micro - computadores (


normalmente clones do IBM PC ), os CLPs passaram a incluir uma entrada para a comunicação serial.
Com o auxílio do microcomputador a tarefa de programação passou a ser realizada nestes. As
vantagens eram a utilização de várias representações das linguagens, possibilidade de simulações e
testes, treinamento e ajuda por parte do software de programação, possibilidade de armazenamento
de vários programas no micro, etc.

5ª. Geração: Atualmente existe uma preocupação em padronizar protocolos de comunicação para os
CLPs, de modo a proporcionar que o equipamento de um fabricante “converse” com o equipamento
outro fabricante, não só CLPs , como Controladores de Processos, Sistemas Supervisórios, Redes
Internas de Comunicação e etc., proporcionando uma integração afim de facilitar a automação,
gerenciamento e desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e normalizadas, fruto da
chamada Globalização. Existe uma Fundação Mundial para o estabelecimento de normas e
protocolos de comunicação.

Vantagens do uso de controladores lógicos programáveis

12. Ocupam;

165
13. requerem menor potência elétrica;

14. podem ser reutilizados;

15. são programáveis, permitindo alterar os parâmetros de controle;

16. apresentam maior confiabilidade;

17. manutenção mais fácil e rápida;

18. oferecem maior flexibilidade;

19. apresentam interface de comunicação com outros CLPs e computadores de controle, e

20. permitem maior rapidez na elaboração do projeto do sistema.

Aplicações

21. Indústria de Plástico;

22. controle de malhas;

23. indústria petroquímica;

24. sistemas SCADA (supervisory control and data aquisition);

25. sistemas de controle estatístico de processo;

26. sistema de controle de estações;

27. sistemas de controle de células de manufatura;

28. montagem automatizada;

29. processos de empacotamento, engarrafamento, enlatamento, transporte e manuseio de


materiais, usinagem;

30. geração de energia;

31. sistemas de controle predial de ar condicionado;

32. sistemas de segurança;

166
33. sistemas de tratamento de água, e

34. indústrias de alimentos, bebidas, automotiva, química, têxtil, plásticos, papel e celulose,
farmacêutica e siderúrgico-metalúrgica, mineração, entre outras.

Princípio de funcionamento - diagrama em blocos

Figura 149 - Diagrama em blocos

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 2.

Iniciação

No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré - programadas,
gravadas em seu Programa Monitor:

35. Verifica o funcionamento eletrônico da CPU, memórias e circuitos auxiliares;

167
36. verifica a configuração interna e compara com os circuitos instalados;

37. verifica o estado das chaves principais ( RUN / STOP , PROG, etc. );

38. desativa todas as saídas;

39. verifica a existência de um programa de usuário, e

40. emite um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.

Transferir para a memória

O CLP lê os estados de cada uma das entradas, verificando se alguma foi acionada. O
processo de leitura recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente é de alguns micros -
segundos (scan time).

Comparar com o programa do usuário

O CLP ao executar o programa do usuário, após consultar a Memória Imagem das Entradas ,
atualiza o estado da Memória Imagem das Saídas, de acordo com as instruções definidas pelo
usuário em seu programa.

Atualizar o estado das saídas

O CLP escreve o valor contido na Memória das Saídas, atualizando as interfaces ou módulos
de saída.

Inicia - se então, um novo ciclo de varredura.

168
Figura 150 - Estrutura interna do C.L.P.

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 4.

Descrição dos principais itens

Fonte de alimentação

A Fonte de Alimentação tem normalmente as seguintes funções básicas:

41. Converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 VCA) para a tensão de alimentação dos circuitos
eletrônicos, (+ 5VCC para o microprocessador, memórias e circuitos auxiliares e +/- 12 VCC para a
comunicação com o programador ou computador);

42. manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio em tempo real e Memória do tipo
R.A.M., e

43. fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas (12 ou 24 VCC).

169
Unidade de processamento

Também chamada de CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos.


Nos CLPs modulares a CPU está em uma placa ( ou módulo ) separada das demais, podendo - se
achar combinações de CPU e Fonte de Alimentação. Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais
circuitos estão todos em único módulo. As características mais comuns são:

44. Microprocessadores ou microcontroladores de 8 ou 16 bits ( INTEL 80xx, MOTOROLA 68xx,


ZILOG Z80xx, PIC 16xx );

45. Endereçamento de memória de até 1 Mega Byte;

46. velocidades de CLOCK variando de 4 a 30 MHZ, e

47. manipulação de dados decimais, octais e hexadecimais.

Bateria

As baterias são usadas nos CLPs para manter o circuito do Relógio em Tempo Real, reter
parâmetros ou programas ( em memórias do tipo RAM ) ,mesmo em caso de corte de energia ,
guardar configurações de equipamentos etc. Normalmente são utilizadas baterias recarregáveis do
tipo Ni - Ca ou Li. Neste caso, incorporam se circuitos carregadores.

Memória do programa monitor

O Programa Monitor é o responsável pelo funcionamento geral do CLP. Ele é o responsável


pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Não pode ser alterado pelo usuário e fica
armazenado em memórias do tipo PROM, EPROM ou EEPROM. Ele funciona de maneira similar ao
Sistema Operacional dos microcomputadores. É o Programa Monitor que permite a transferência de
programas entre um microcomputador ou Terminal de Programação e o CLP, gerenciar o estado da
bateria do sistema, controlar os diversos opcionais etc.

Memória do usuário

170
É onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo usuário. Pode ser alterada
pelo usuário, já que uma das vantagens do uso de CLPs é a flexibilidade de programação.
Inicialmente era constituída de memórias do tipo EPROM, sendo hoje utilizadas memórias do tipo
RAM ( cujo programa é mantido pelo uso de baterias ) , EEPROM e FLASH-EPROM , sendo também
comum o uso de cartuchos de memória, que permite a troca do programa com a troca do cartucho
de memória. A capacidade desta memória varia.

Memória de dados

É a região de memória destinada a armazenar os dados do programa do usuário. Estes


dados são valores de temporizadores, valores de contadores, códigos de erro, senhas de acesso, etc.
São normalmente partes da memória RAM do CLP. São valores armazenados que serão consultados e
ou alterados durante a execução do programa do usuário. Em alguns CLPs, utiliza - se a bateria para
reter os valores desta memória no caso de uma queda de energia.

Memória imagem das entradas / saídas

Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma modificação
nas saídas, ela armazena os estados da cada uma das entradas ou saídas em uma região de memória
denominada Memória. Imagem das Entradas / Saídas. Essa região de memória funciona como uma
espécie de “tabela” onde a CPU irá obter informações das entradas ou saídas para tomar as decisões
durante o processamento do programa do usuário.

Circuitos auxiliares

São circuitos responsáveis para atuar em casos de falha do CLP. Alguns deles são:

48. POWER ON RESET: Quando se energiza um equipamento eletrônico digital, não é possível prever
o estado lógico dos circuitos internos. Para que não ocorra um acionamento indevido de uma saída,
que pode causar um acidente existe um circuito encarregado de desligar as saídas no instante em
que se energiza o equipamento. Assim que o microprocessador assume o controle do equipamento
esse circuito é desabilitado.

171
49. POWER - DOWN: O caso inverso ocorre quando um equipamento é subitamente desenergizado.
O conteúdo das memórias pode ser perdido. Existe um circuito responsável por monitorar a tensão
de alimentação, e em caso do valor desta cair abaixo de um limite pré - determinado, o circuito é
acionado interrompendo o processamento para avisar o microprocessador e armazenar o conteúdo
das memórias em tempo hábil.

50. “WATCH - DOG - TIMER: Para garantir no caso de falha do microprocessador, o programa não
entre em “loop”, o que seria um desastre, existe um circuito denominado “ Cão de Guarda “ , que
deve ser acionado em intervalos de tempo pré - determinados . Caso não seja acionado, ele assume
o controle do circuito sinalizando uma falha geral.

Módulos ou interfaces de entrada

São circuitos utilizados para adequar eletricamente os sinais de entrada para que possa ser
processado pela CPU ( ou microprocessador ) do CLP . Temos dois tipos básicos de entrada: as
digitais e as analógicas.

ENTRADAS DIGITAIS: São aquelas que possuem apenas dois estados possíveis, ligado ou
desligado, e alguns dos exemplos de dispositivos que podem ser ligados a elas são:

51. Botoeiras;

52. chaves (ou micro) fim de curso;

53. sensores de proximidade indutivos ou capacitivos;

54. chaves comutadoras;

55. termostatos;

56. pressostatos, e

57. controle de nível (boia), etc.

As entradas digitais podem ser construídas para operarem em corrente contínua (24 VCC)
ou em corrente alternada (110 ou 220 VCA). Podem ser também do tipo N (NPN) ou do tipo P (PNP).
No caso do tipo N, é necessário fornecer o potencial negativo (terra ou neutro) da fonte de
alimentação ao borne de entrada para que a mesma seja ativada. No caso do tipo P é necessário
fornecer o potencial positivo (fase) ao borne de entrada. Em qualquer dos tipos é de praxe existir

172
uma isolação galvânica entre o circuito de entrada e a CPU. Esta isolação é feita normalmente
através de optoacopladores.

As entradas de 24 VCC são utilizadas quando a distância entre os dispositivos de entrada e


o CLP não excedam 50 m. Caso contrário, o nível de ruído pode provocar disparos acidentais.

Exemplo de circuito de entrada digital 24 VCC:

Figura 151 - Circuito de entrada digital 24 VCC

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 7.

Figura 152 - Circuito de entrada digital 120/220 VCA

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 7.

Entradas analógicas

173
As Interfaces de Entrada Analógica permitem que o CLP possa manipular grandezas
analógicas, enviadas normalmente por sensores eletrônicos. As grandezas analógicas elétricas
tratadas por estes módulos são normalmente tensão e corrente. No caso de tensão as faixas de
utilização são: 0 á 10 VCC, 0 á 5 VCC, 1 á 5 VCC, -5 á +5 VCC, -10 á +10 VCC ( no caso as interfaces que
permitem entradas positivas e negativas são chamadas de Entradas Diferenciais ), e no caso de
corrente, as faixas utilizadas são : 0 á 20 mA , 4 á 20 mA.

Os principais dispositivos utilizados com as entradas analógicas são:

58. Sensores de pressão manométrica;

59. sensores de pressão mecânica (strain gauges - utilizados em células de carga );

60. entrada 24 VCC C.P.U. 110/220 VCA C.P.U.;

61. taco - geradores para medição rotação de eixos;

62. transmissores de temperatura, e

63. transmissores de umidade relativa, etc.

Uma informação importante a respeito das entradas analógicas é a sua resolução. Esta é
normalmente medida em Bits. Uma entrada analógica com um maior número de bits permite uma
melhor representação da grandeza analógica. Por exemplo:

Uma placa de entrada analógica de 0 á 10 VCC com uma resolução de 8 bits permite uma
sensibilidade de 39,2 mV , enquanto que a mesma faixa em uma entrada de 12 bits permite uma
sensibilidade de 2,4 mV e uma de 16 bits permite uma sensibilidade de 0,2 mV.

Exemplo de um circuito de entrada analógico:

174
Figura 153 - Circuito de entrada analógico

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 8.

Módulos ou interfaces de saída

Os Módulos ou Interfaces de Saída adéquam eletricamente os sinais vindos do


microprocessador para que possamos atuar nos circuitos controlados. Existem dois tipos básicos de
interfaces de saída: as digitais e as analógicas.

SAÍDAS DIGITAIS: As saídas digitais admitem apenas dois estados: ligado e desligado.
Podemos com elas controlar dispositivos do tipo:

64. Reles;

65. contatores;

66. reles de estato-sólido;

67. solenoides;

68. válvulas, e

69. inversores de frequência, etc

175
As saídas digitais podem ser construídas de três formas básicas: Saída digital a Relê, Saída
digital 24 VCC e Saída digital à Triac. Nos três casos, também é de praxe, prover o circuito de um
isolamento galvânico, normalmente opto - acoplado.

Saídas analógicas

Os módulos ou interfaces de saída analógica converte valores numéricos, em sinais de saída


em tensão ou corrente. No caso de tensão normalmente 0 à 10 VCC ou 0 à 5 VCC, e no caso de
corrente de 0 à 20 mA ou 4 à 20 mA. Estes sinais são utilizados para controlar dispositivos atuadores
do tipo:

70. Válvulas proporcionais;

71. motores C.C.;

72. servo - Motores C.C;

73. inversores de frequência, e

74. posicionadores rotativos, etc.

176
Figura 154 - Circuito de saída analógico

Fonte: BARROS, [s.d.], p. 10.

Dispositivos de programação

Para inserir um programa em um CLP, os dois dispositivos mais utilizados são o computador
pessoal (PC) e o Terminal Portátil de Programação (Hand-Held Programmer – HHP).

O PC é usado para rodar o software de programação do CLP. Este software permite aos
usuários criar, editar, documentar, armazenar e localizar as falhas dos diagramas ladder, gerando
também relatórios impressos. As instruções dos softwares são baseadas em símbolos gráficos para as
várias funções. Não é necessário o conhecimento das linguagens mais avançadas de programação
para se usar o software, bastando um entendimento genérico dos diagramas elétricos funcionais.
Veja figura abaixo:

Linguagens de programação

Um programa é uma série de instruções ou comandos que o usuário desenvolve para fazer
com que o CLP execute determinadas ações. Uma linguagem de programação estabelece regras para
combinar as instruções de forma que gerem as ações desejadas.

177
Classificação

Podemos classificar as diversas linguagens utilizadas na programação de dispositivos


microprocessados em dois grupos:

Linguagem de baixo nível - A linguagem de máquina é considerada a de mais baixo nível,


pois cada instrução é composta por combinações dos bits 0 e 1.

Linguagem de alto nível - Uma linguagem de programação passa a ser de alto nível à
medida que esta se aproxima da linguagem corrente utilizada na comunicação entre pessoas.

Linguagens de programação de CLP’s

Normalmente podemos programar um controlador programável através de um software


que possibilita a sua apresentação ao usuário em três formas diferentes:

75. Diagrama de blocos lógicos;

76. lista de instruções, e

77. diagrama de contatos;

Alguns CP’s possibilitam a apresentação do programa do usuário em uma ou mais formas.

Diagrama de Blocos Lógicos

Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita através
das chamadas portas lógicas.

178
Figura 155 - Blocos lógicos

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 29.

Diagrama de Contatos Ladder

Esta forma de programação, também é conhecida como: Diagrama de relés; diagrama


escada ou diagrama “ladder”.

Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima a normalmente usada em


diagramas elétricos.

179
Figura 156 - Diagrama “ladder”

Fonte: UNIJALES, 2014, p. 40.

Vamos comparar um hard-logic (programação através de fios - comando) e o soft logic


(programação através de software – ladder)

Figura 157 - Partida direta com reversão

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 30.

180
Figura 158 - Partida direta com versão em Ladder

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 30.

Modos de operação

Normalmente o usuário, poderá dispor dos seguintes modos de operação:

Modo Programação – PROG

Esta posição habilita o controlador ao modo de programação. O controlador não


“varre/executa” o programa ladder e as saídas são desenergizada. É possível desenvolver a edição do
programa on-line. O modo do controlador pode ser alterado somente através da posição da chave
seletora.

O modo programação permite que o usuário altere a memória do processador da seguinte


forma:

78. Acrescentando novos dados e/ou instruções;

79. alterando as informações já gravadas na memória, e

181
80. apagando informações previamente gravadas.

As operações, executadas quando o sistema programador se encontra no modo


programação, podem ocorrer de duas formas:

Off-line

Neste modo de programação, o CLP poderá estar ou não em operação, pois o programa
que estiver sendo desenvolvido no sistema de programação não será transferido para o CLP durante
o seu desenvolvimento. Portanto, alterações ou apagamentos de programa não provocarão
alterações nos dispositivos de saída.

Este modo de programação é o mais seguro, pois o programa só será transferido para o CLP
quando o mesmo estiver parado.

On-line

O modo de programação on-line permite que se alterem dados e/ou instruções na


memória do processador, com o CLP em operação. Portanto, qualquer alteração efetuada no
programa será executada imediatamente pelo processador.

Modo Execução – RUN

Esta posição habilita o controlador ao modo de operação. O controlador “varre/executa” o


programa ladder, monitora dispositivos de entrada e saída, e ativa os pontos forçados de E/S
habilitados. O modo do controlador pode ser alterado somente através da posição da chave seletora.
Não é possível desenvolver a edição do programa on-line.

Para mudar o modo do controlador para RUN, gire a chave seletora de PRPG ou REM para
RUN. Ao selecionar a chave no modo RUN, não é possível utilizar uma interface de
operação/programação para alterar o modo do controlador.

Instruções de “examinar”

182
Formato da Instrução ON

Figura 159 - Examine XIC

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 36.

Quando um dispositivo de entrada fecha seu circuito, o terminal de entrada, conectado ao


mesmo, indica um estado energizado, que é refletido no bit correspondente do arquivo de entrada.

Quando o controlador localiza uma instrução com o mesmo endereço, ele determina que o
dispositivo de entrada está energizado (1), ou fechado, e ajusta a lógica da instrução para verdadeira.
Quando o dispositivo de entrada não mais fecha seu circuito, o controlador verifica que o bit está
desenergizado (0) e ajusta a lógica dessa instrução para falsa (tabela 1A).

Figura 160 - Lógica de instrução examine ON

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 37.

Examinar se Desenergizado OFF

A figura abaixo ilustra o formato da Instrução Examinar se Desenergizado

183
Figura 161 - Formato da Instrução XIO

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 37.

Quando um dispositivo de entrada não é acionado, o terminal de entrada conectado a ele


indica um estado desenergizado, que é refletido no bit correspondente do arquivo de entrada. Ao
localizar uma instrução XIO com o mesmo endereço, o controlador determina que a entrada está
desenergizada ( 0 ) e ajusta a lógica da instrução para verdadeira. Quando o dispositivo é acionado, o
controlador ajusta a lógica dessa instrução para falsa.

Figura 162 - Lógica de instrução examine OFF

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 37.

Equivalência de ladder em circuitos

184
Figura 163 - Resumo dos contatos de equivalência

Fonte: UNIJALES, [s.d.], p. 38.

RS logix 500

O pacote de software RSLOGIX 500 é composto pelos softwares: RSLogix 500 + RSLinx Lite.

O RSLogix 500 é o software responsável pela configuração e programação dos CLP’s das
famílias SLC 500 e Micrologix. Este software permite trabalhar-se tanto em ambiente Windows 95
quanto em ambiente Windows NT.

O RSLinx Lite é um pacote de software que através de drives, permite a comunicação dos
softwares de programação da Rockwell Software, tais como RSLogix 500 com os CLP’s da Allen-
Bradley. Além do RSLinx Lite, existem outras versões do RSLinx, com maiores recursos, como por
exemplo, o RSLinx OEM, etc..

185
Figura 164 - Comunicação entre PC e PLC

Fonte: CORETTI, [s.d.], p. 7.

Configuração do driver de comunicação no rslinx

No RSLINX, é possível configurar os drivers de comunicação que funcionam como interface


entre os aplicativos ROCKWELL SOFTWARE e os equipamentos de campo, por exemplo o SLC/500.

Para chamar o RSLINX v 2.01, à partir do menu principal, escolha a opção: RSLINX do menu
RSLINX, do menu ROCKWELL SOFTWARE do menu PROGRAMAS.

Antes que pode se conectar à Micrologix 1100 através da porta Ethernet, devemos atribuir
um endereço IP inicial. Há duas maneiras de fazer isso.

Primeira maneira

1. Vá à linha com do Micrologix através da porta ethernet e configurá-lo. Para este método de ver
o "Micrologix 1100 ethernet Configuration" artigo, siga as instruções.

2. Use um servidor BOOTP ou DHCP - RSLinx vem com um servidor BootP assim abaixo é um
exemplo de configuração com o servidor BootP que você já deve ter

Conecte seu Micrologix 1100 e seu PC a um switch Ethernet;

186
Vá ao Menu Iniciar> Rockwell Software> Servidor BOOTP-DHCP e selecione o programa do
Servidor BOOTP-DHCP. Seu atalho podem variar em seu computador, mas este é o padrão para este
atalho.

Figura 165 – BootP / DHCP Server

Fonte: THE AUTOMATION STORE, 2014, p. não paginado.

Dentro de alguns segundos, você vai ver o seu dispositivo de começar a fazer pedidos de
um endereço.

187
Figura 166 – BootP / DHCP Server 2

Fonte: THE AUTOMATION STORE, 2014, p. não paginado.

Selecione um dos IPs fora da "Histórico Pedido" e pressione o botão "Adicionar à lista de
Relação". Digite o endereço IP que você deseja atribuir ao dispositivo e pressione OK. Para este
exemplo o endereço IP é 192.168.210.100, mas o seu será diferente, dependendo da configuração da
rede.

188
Figura 167 – BootP / DHCP Server 3

Fonte: THE AUTOMATION STORE, 2014, p. não paginado.

Na metade inferior da tela, você vai ver agora o dispositivo acrescentado a "Lista de
Relação".

“Dentro de alguns segundos, você vai ver o seu dispositivo solicitar um endereço IP
novamente só que desta vez você vai ver o endereço IP atribuído na coluna de endereço IP”. Agora
você está pronto para configurar RSLinx.

189
Figura 168 – BootP / DHCP Server 4

Fonte: THE AUTOMATION STORE, 2014, p. não paginado.

Note-se que esta é apenas uma atribuição temporária do endereço IP e você ainda tem de
atribuir o dispositivo um endereço IP permanente. Agora você pode fechar o servidor BOOTP. que eu
não iria se preocupar em salvar suas alterações no servidor BOOTP como essas configurações eram
temporárias apenas para definir o endereço IP para que você possa se conectar ao dispositivo com
Rslinx.

Agora que inicialmente definir o endereço IP usando um dos métodos acima, estamos
prontos para configurar o RSLinx para se conectar ao dispositivo. RSLinx aberta Primeiro vamos. Este
programa já está em execução como um serviço e tudo que você precisa fazer é encontrar o RSLinx
ícone no canto inferior direito e clique sobre ele

190
Figura 169 – Barra de inicialização rápida

Fonte: THE AUTOMATION STORE, 2014, p. não paginado.

Há dois condutores que podem ser utilizados no RSLinx para ligar ao dispositivo.

Ethernet / IP Driver - Este driver é de longe o mais fácil de usar, pois não requer
configuração. Cada dispositivo de transmissão de informações através da rede Ethernet com RSLinx
usa para descobrir dispositivo. A desvantagem deste método é dependendo de suas Firewalls de
configuração de rede e configurações de VPN pode bloquear estes transmissão. Se você não pode ver
o seu dispositivo usando este método usar o driver Ethernet descrito no método 2

Primeiro vamos ver se você já tem um driver Ethernet / IP configurado

Va no menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel
à esquerda e procure por um guia dizendo "ETHIP-1." Se você ver esse guia, então, está tudo pronto,
vá para o passo (e). Caso Não vá para a etapa (c).

191
Figura 170 – Rslinks RS who

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 163.

A partir do menu na parte superior do RSLinx ir para Controladores Comunicações>


Configurar.

192
Figura 171 – Rslinks configure drives

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 164.

Em "Tipo de unidade disponível", selecione "Driver Ethernet / IP" e clique em "Adicionar


novo." O nome padrão para o dispositivo é "ETHIP-1." Se você deseja mudá-lo pode fazê-lo agora e
clique em "OK". Feche o "Configure Drivers" de diálogo.

193
Figura 172 – Configure drivers

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 164.

Vá no menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel
à esquerda, encontrar o seu "ETHIP-1" driver, e selecioná-lo. Em alguns momentos você deve ver
agora o seu dispositivo no painel da direita.

194
Figura 173 – Rs classic

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 165.

Se você não vê o dispositivo, verifique se você seguiu os passos anteriores. Se você tente o
Driver Ethernet abaixo como você pode ter algo na rede bloqueando a solicitação.

Segundo método

Ethernet Driver - Este driver não é plug and play como o driver de Ethernet / IP. Você deve
configurar os endereços IP que você deseja RSLinx para procurar dispositivos em.

1. A partir do menu na parte superior do RSLinx ir para Controladores Comunicações> Configurar.

195
Figura 174 – Configure drivers 2

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 166.

2. Em "Communications", selecione "Dispositivos Ethernet" e clique em "Adicionar novo." O nome


padrão para o dispositivo é "AB_ETH-1." Se você deseja mudá-lo pode fazê-lo agora e clique em
"OK".

196
Figura 175 – Configure drivers 2.1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 166.

3. Agora você vai ver o “diálogo Mapeamento Estação chegar”.

197
Figura 176 – Configure Drivers AB_ETH-1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 167.

4. Digite o endereço IP do seu dispositivo e clique em "OK".

198
Figura 177 – Configure Drivers AB_ETH-1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 167.

5. Vá a menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel à
esquerda, encontrar o seu "ABETH-1" driver, e selecioná-lo. Em alguns momentos você deve ver
agora o seu dispositivo no painel da direita.

199
Figura 178 – Rs classic 2

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 168.

Tudo o que resta agora é definir o seu caminho de comunicações no RSLogix 500.

6. No menu superior do RSLogix 500 ir para Comms Comuns> Sistema.

200
Figura 179 – Rs 500

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 169.

7. Selecione o driver Ethernet no painel esquerdo que você escolheu para configurar no passo 2 e
clique no seu dispositivo no painel da direita.

201
Figura 180 – Rs 500 – Comunications

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 169.

8. A partir daqui, selecione OK e você está pronto para ir. Além disso, você pode selecionar "on-
line" em vez de OK para ir imediatamente on-line ou "Upload" para carregar a imagem fora do
processador.

9. Agora você está em linha com o dispositivo, mas não pode ter permanentemente definir o
Endereço IP. Você pode fazer isso por qualquer definição do endereço IP em seu arquivo offline e
depois baixá-lo ou você pode defini-lo enquanto estiver online com o processador. Os passos são o
mesmo. A única diferença é que se você fazê-lo com o arquivo offline, então não se esqueça de fazer
o download.

10. Abra o arquivo no RSLogix 500.

11. No painel esquerdo, vá para Project> Controller e Configuração do canal duplo clique.

202
Figura 181 – Rs 500 – Chanel configuration

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 170.

12. Selecione o Canal 1 guia e configurar o endereço IP, sub-rede e Gateway. Desmarque a opção
"Ativar BOOTP" e clique em OK. seu endereço IP é agora definido permanentemente.

203
Figura 182 – Rs 500 – Chanel configuration 1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 171.

Estrutura de projeto

O RSLogix 500 é baseado em projetos . Projetos são o conjunto completo de arquivos


associados à sua lógica de programa.

Apresentação do rslogix 500

204
Como todo software baseado em ambiente Windows, o RSLogix 500 possui todos os
recursos disponíveis deste sistema, tais como: Barra de ferramentas; Barra de Status; Help; etc..

Na figura a seguir, pode-se verificar a apresentação do RSLogix 500.

Figura 183 – Rs 500 – Tela inicial

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 172.

Configuração da comunicação do rslogix 500

Faça isso antes de iniciar um novo projeto. As definições que você estabelecer irão fazer
parte do projeto e serão aplicadas quando você tentar carregar qualquer programa lógico.

205
Os drivers configurados no RS LINX, estarão disponíveis na configuração da comunicação do
RSLOGIX, como veremos à seguir.

Ao abrir o RS LOGIX, sempre observe no canto inferior esquerdo da barra ON-LINE, qual o
driver que está configurado atualmente.

Figura 184 – Rs 500 – Barra de ferramentas

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014, p. 173.

Caso não exista nenhum driver selecionado, à partir do menu Comunicação, clique em
Comunicação do Sistema, quando irá aparecer a janela mostrada à seguir, na qual deve-se duplo-
clicar no ícone AB-DF1-1 DH485, conforme mostrado, para ativar este driver, vinculando-o ao
projeto.

Exercícios

Apostila de exercícios Eletricidades.

206
TRANSFORMADOR

São maquinas elétricas “estacionarias” que servem para transformar valores de tensão e
corrente elétrica, podendo elevar essas grandezas ou abaixar.

O uso dos transformadores é bastante disseminado na distribuição de energia elétrica C.A.


Pois com essa maquina podemos transportar um valor considerado de potencia a uma distancia
bastante considerado.

Na figura a seguir podemos visualizar dois transformadores utilizando na distribuição de


energia elétrica.

Figura 185 – Transformador

Fonte: DIÁRIO JUNIO, 2003, não paginado.

207
Figura 186 – Transformador

Fonte: INZUNZA & INZUNZA, [s.d.], não paginado.

O transformador funciona baseado no principio de indução mútua, onde no mínimo duas


estão dispostas de modo que uma delas fica submetida ao campo magnético criado pela outra. Este
é constituído basicamente de um núcleo de ferro laminado onde são enroladas duas bobinas, uma
chamada de bobina indutora ou primária e outra de bobina induzida ou secundária.

Figura 187 - Núcleo de transformador

Fonte: MUSEU DAS COMUNICAÇÕES DE MACAU, 2014, não paginado.

208
A bobina indutora faz parte do circuito primário, que é aquele energizado pela fonte C.A e a
bobina induzida ao circuito secundário, de onde retira se a tensão que foi induzida ao circuito
secundário, de onde se retira a tensão que foi induzida, no qual geralmente fica ligada a uma carga.

O acoplamento (ligação magnética) entre as duas bobinas ocorre pela geração de um fluxo
magnético variável no núcleo (material de ferro laminado) do transformador produzido pela bobina
primaria a qual foi aplicada uma tensão CA. Esse fluxo corta a bobina secundaria induzindo nessa
uma tensão elétrica.

Potencia que é consumida pelo transformador é igual a oferecida pelo mesmo a uma carga.
Assim desconsiderando as perdas (efeito joule e outras) a potencia aparente no primário (S1) do
transformador é igual a potencia aparente em seu secundário (S2).

Tipos de transformadores

Elevador – É aquele no qual a tensão do secundário é maior do que a do primário.

Abaixador – É aquele no qual a tensão do secundário é menor do que a do primário.

Isolador – É aquele no qual geralmente a tensão do secundário é igual a do primário.


Utilizando elétrica entre circuitos.

Autotransformador – É aquele que possui apenas um enrolamento, podendo apresentar


varias derivações de saída.

𝐸1 𝑁1 𝐼2
= = = 𝑎
𝐹 𝑁 𝐼

A simbologia do transformador pode ser encontrada conforme figura a seguir:

209
Figura 188 - Representação do trafo

Fonte: LEAL, [2013], não paginado.

Dado um transformador com as seguintes características

Potência = 20VA

Tensão do primário Ep: 220V

Corrente no secundário (Is): 2A

Número de espiras do secundário (Ns): 500 esp

Determine:

Corrente no primário (Ip):

Tensão do secundário (Es):

Relação de transformação (a):

Solução: Considerando potência do primário = potência do secundário = 20VA

Lp = Pp/Ep = 20/200 = 0,09ª

Es = Os/Is = 20/2 = 10V

A = Ep/Es = 220/10 = 22

Np/Ns = a Np = 11000 espiras

210
211
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