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SISTEMAS ELÉTRICOS
2014
Presidente da FIEMG
Ouro Preto
2014
SENAI/MG
Ficha Catalográfica
S474d SENAI-MG
182 p.
CDU: 621.3
FIEMG
Bairro Funcionários
Figura 43 - Tensão continua de valor igual ao valor eficaz da tensão senoidal aplicada a um resistor de
100 Ohms .............................................................................................................................................. 62
Figura 65 – Fórmula............................................................................................................................... 86
Figura 100 - Contatos acionados por botão tipo rolete ...................................................................... 120
Figura 113 - Exemplo de ligação contator com selo e 3 carga ............................................................ 129
Figura 114 - Exemplo de ligação contator com selo, 3 carga e botão desliga ................................... 129
1 ELETRICIDADE BÁSICA 22
1.1 Matéria 22
1.6 Exercícios 30
2 GRANDEZAS ELÉTRICAS 31
2.4.1 Resistores 42
2.5 Exercícios 48
3 POTENCIA ELÉTRICA 49
3.5 Exercícios 54
4.3 Exercícios 63
5.1 Galvanômetro 65
5.2 Amperímetro 66
5.3 Voltímetro 69
5.4 Ohmímetro 71
5.5 Wattímetro 72
5.6 Multímetros 73
5.9 Exercícios 74
6 CIRCUITO ELÉTRICO 75
6.1 Circuito 75
8.6.1 Sistema158
9 TRANSFORMADOR 207
REFERÊNCIAS 212
PREFÁCIO
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento”. Peter
Drucker
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e ,consciente do seu papel
formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:” formar o profissional com
responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com
conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI,
fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem
em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às
suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes
para sua formação continuada!
APRESENTAÇÃO
O conteúdo deste treinamento permitirá ao aluno obter os conceitos fundamentais de
eletricidade, conhecer as principais grandezas elétricas, interpretação de circuitos elétricos e suas
associações, aplicação das leis de Ohm e Kirchhoff.
Matéria
É definida como tudo que possui massa e ocupa lugar no espaço e esta sujeita a inércia. O
termo “matéria” é empregado genericamente para caracterizar qualquer substância existente na
natureza, nos estados sólido, líquido e gasoso.
Estrutura da matéria
Após os cientistas dotarem esta afirmativa dita posteriormente sobrematéria. Por volta de
400 A.C. o filósofo grego Demócrito sugeriu que a matéria não é contínua, isto é, ela é feita de
minúsculas partículas indivisíveis.Pode ser dividida sucessivamente em partes cada vez menores.
Uma grande quantidade de água, por exemplo, pode ser dividida em várias porções, em qualquer
destas divisões, a quantidade separada continua sendo água.
Constituição de matéria
ÁTOMO: Até fins do século XIX, era consideradoa menor porção em que se poderia dividir a matéria.
Mas nas duas últimas décadas daquele século, as descobertas do próton e do elétron revelaram o
equívoco dessa ideia. Posteriormente, o reconhecimento donêutron e de outras partículas
22
subatômicas reforçou a necessidade de revisão do conceito de átomo. Como ainda não se tem um
modelo certo para os atomos e como eles estão divididos iremos trabalhar com o que se tem de mais
novo. Apesar de ser uma estrutura muito complexa o atomo faz se muito importante para a eletrica
e este ‘preceito iremos compreender durante o curso.
Para começar precisamos entender o que nos interessa, que é como é este modelo de
átomo, como ele é subdividido. A imagem a seguir, nos ajuda a visualiza-lo.
ELÉTRON - O elétron tem uma carga elétrica negativa de −1.6 × 10−19Coulomb e uma massa de 9.10 ×
10−31kg (0.51 MeV/c²), que é aproximadamente 1/1836 da massa do próton.
23
PRÓTON - Partícula nuclear com carga positiva igual, em grandeza, à do elétron. Junto com o
nêutron, está presente em todos os núcleos atômicos (exceto o do hidrogênio, que não tem
nêutron). A massa de um próton é de 1,6726 x 10-27 kg, ou seja, 1.836 vezes a do elétron. O número
atômico de um elemento indica o número de prótons em seu núcleo e determina de que elemento
se trata. Convencionalmente tem se que o próton tem carga positiva (+).
NÊUTRON - uma das partículas fundamentais que compõem a matéria. Sua massa é de 1,675 x 10-27
kg, aproximadamente 0,125% maior que a do próton. Não tem carga elétrica. É uma partícula
constituinte de todos os núcleos, exceto o do hidrogênio comum. Os nêutrons livres, que formam
parte de um núcleo, são produzidos em reações nucleares. Convencionalmente tem se que ele tem
carga igual à zero (0).
24
Os átomos reúnem-se, em diferentes arranjos, dando origem as moléculas de todas as
substâncias da natureza. Um exemplo bastante importante é a união de dois átomos de hidrogênio
com um de oxigênio, que forma a molécula de água (H2O) exemplificada abaixo.
Cátion – Átomo desequilibrado eletronicamente, com carga predominante positiva (+), isto
acontece devido o átomo perder elétrons.
Ânion – Átomo desequilibrado eletronicamente, com carga predominante negativa (-), isto
acontece devido o átomo perde alguns prótons ou ganhou elétrons.
Carga elétrica
25
Como já visto acima que quando se divide a matéria obtemos a molécula que por sua vez
quando dividida se tem o átomo que ainda não é a menor porção, pois possui partes menores.
Conhecidas como de importância para nós como prótons, nêutrons e elétrons.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são
partículas com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais embora tenham sinais opostos. O
valor da carga de um próton ou de um elétron é chamado carga elétrica elementar e simbolizado por
e. A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas elétricas é o Coulomb
(C).
Podemos concluir que cargas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrarios se atraem.
26
Figura 5 - Efeito de atração e repulsão
Como já visto, pode se concluir que quando as quantidades de prótons e de elétrons forem
diferentes, de forma que cause um desequilíbrio entre o numero de prótons e elétrons, significa que
a substancia apresenta propriedades elétricas.
Processo de eletrização
27
Os processos de eletrização ocorrem na natureza constantemente e, muitas vezes, tais
fenômenos passam despercebidos por nós. O fenômeno da eletrização consiste na transferência de
cargas elétricas entre os corpos, e essa transferência pode ocorrer por três processos conhecidos:
por atrito, por contato e por indução.
Como o próprio nome diz, atritando-se, ou melhor, colocando-se dois corpos constituídos
de substâncias diferentes e inicialmente neutros em contato muito próximo, um deles cede elétrons,
enquanto o outro recebe. Ao final, os dois corpos estarão eletrizados e com cargas elétricas opostas.
Num sistema eletricamente isolado, onde é constante a soma algébrica das cargas elétricas.
Temos as seguintes constatações.
28
Figura 6 - Principio de conservação de energia
Lei de coulomb
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração
e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são
atraídas e com sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual,
independente do sentido para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre
cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:
Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerar uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando
esta interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:
29
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de
suas cargas, ou seja:
Exercícios
30
GRANDEZAS ELÉTRICAS
São as grandezas que provocam ou são provocadas por efeitos elétricos; ou ainda, que
contribuem ou interferem nesses efeitos.
Carga elétrica
Toda vez que houver desequilíbrio elétrico num material haverá deslocamento de elétrons.
A esse fluxo de elétrons dar-se-á o nome de carga elétrica, cuja unidade de medida será o Coulomb.
[C].
01 Coulomb é igual a 6,25 x 1018 de elétrons ou 6250 000 000 000 000 000 (seis quintilhões
e duzentos e cinquenta quatrilhões) de elétrons. Quando circularem 6,25 x1018 de elétrons por um
condutor, dir-se-á que está circulando uma corrente elétrica de 1 Coulomb.
31
Figura 8 - Corrente elétrica de 1 Coulomb
Corrente elétrica
O Coulomb não é, porém, uma unidade muito prática, pois podemos constatar uma carga
elétrica com uma intensidade de 1 Coulomb percorrendo um condutor em um segundo.
32
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 19.
Então, para se puder realmente medir e comparar a corrente elétrica houve a necessidade
de se medir a intensidade da corrente em relação ao tempo.
Portanto, criou-se uma unidade prática, o ampère, que é representado pela letra (A) e
equivale a 1 Coulomb por segundo.
[ 1 A ] ⇔ [ 1 Coulomb/seg. ]
𝑄
Formulando temos que: 𝐴 =
𝑡
Sendo:
A: Corrente elétrica
T: Tempo em segundos.
Onde: 𝑄 =𝑁∗𝑒
Sendo:
Q: Carga
N: Número de elétrons
3 Amperes 1 Amper
33
Figura 11 - Representação de condutor carregado
No condutor (A), a intensidade da corrente é muito maior que no condutor (B). Calculando
o número de elétrons que circulam pelos condutores, teremos:
1. no condutor A: 3 x 6,25 x 1018 = 18 750 000 000 000 000 000 elétrons por segundo, e
2. no condutor B: 1 x 6,25 x 1018 = 6 250 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.
Essas são fontes geradoras, que produzem uma força eletromotriz (f.e.m.), a qual provoca o
deslocamento dos elétrons, de um para o outro extremo do material. Força eletromotriz - é a força
que movimenta os elétrons.
34
Figura 13 – Circuito
Se dois materiais tiverem um mesmo potencial elétrico neutro, isto é, sem carga, não
haverá d.d.p. entre eles.
35
Figura 15 - Potencial elétrico neutro
Os materiais (E) e (F) têm o mesmo potencial elétrico neutro (sem carga); não há Diferença
de Potencial entre eles.
Para existir Diferença de Potencial entre dois materiais, é preciso que haja uma diferença
na quantidade de elétrons que eles possuem.
Figura 16 – DDP
36
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 22.
O material (G) está com potencial negativo e o material (H) está com potencial positivo;
portanto, existe Diferença de Potencial entre eles.
Existirá também Diferença de Potencial entre dois materiais que possuem excesso ou falta
de elétrons, mas em quantidade diferente:
37
Figura 18 – DDP
Entre os extremos (bornes) das fontes geradoras de energia elétrica existe Diferença de
Potencial, sempre que a fonte geradora estiver funcionando:
A Diferença de Potencial que há entre os dois extremos do material, ou entre os bornes das
fontes geradoras, existem também entre dois materiais com carga elétrica diferente.
38
Figura 20 – DDP
Se dois materiais tiverem o mesmo potencial elétrico, não haverá Diferença de Potencial
entre eles.
39
Unidade de medida de VOLT Representado pela letra V.
Diferença de Potencial
Agora, fica mais fácil estabelecer e comparar a d.d.p. Podemos utilizar sua unidade de
medida, o volt. Veja, por exemplo, os casos A e B:
Em ambos existe d.d.p. No caso A, a d.d.p. corresponde a 100 volts. Nocaso B ela é bem
maior; corresponde a 200 volts. A diferença de potencial (d.d.p.) pode ainda ser chamada de:
voltagem - pode ser medida em volts;tensão - por ser a pressão elétrica.
40
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 25.
41
Atualmente, a unidade empregada para medir a condutância é denominada SIEMENS é
representada pela letra S.
Resistores
Figura 24 – Resistor
42
Todo resistor para ficar mais fácil descobrir qual a resistência ele exercerá ele exercerá no
circuito, ou qual o valor de sua resistência possui 4 cores em seu comprimento onde cada cor
corresponde a um valor e cada uma tem uma função que esta descrito abaixo.
43
Figura 25 - Código de cores de resistores
Associação de resistores
Um circuito necessita de mais de um resistor associado a ele cada uma com uma função e
esta associações são feitas das seguintes formas:
Associação em série
Na associação em série todos os resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica.
Os resistores são ligados um em seguida do outro, existindo apenas um caminho para a corrente
elétrica. Observe a figura abaixo:
A DDP de uma associação de resistores em série é a soma das DDP’s em cada um dos
resistores associados que é o mesmo que a soma das quedas de tensão.
O valor da resistência equivalente é dado pela soma das resistências dos resistores que
constituem a série.
44
Rn=R1+R2+R3
Associação em paralelo
45
Figura 28 – Fórmulas
Associação mista
46
Calculando a resistência de um material
Onde:
L – comprimento do corpo
P – Letra grega “rô”, indica a resistividade do material de que é feito o corpo na mesma
temperatura “T” em que se deseja determinar a resistência elétrica, isto é, a resistência elétrica
própria do material.
A resistividade de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção
transversal, isto é, quanto mais fino for o condutor.
47
Isolante elétrico
São os materiais que possuem altos valores de resistência elétrica e por isso não permitem
a livre circulação de cargas elétricas, por exemplo, borracha, silicone, vidro, cerâmica. O que torna
um material bom condutor elétrico é a grande quantidade de elétrons livres que ele apresenta à
temperatura ambiente, com o material isolante acontece o contrário, ele apresenta poucos elétrons
livres à temperatura ambiente. Os isolantes elétricos são separados de acordo com a tensão que se
quer fazer o isolamento. Um pedaço de madeira, por exemplo, só pode ser considerado isolante até
uma determinada classe de tensão, se elevar essa tensão a determinados níveis, ele pode se tornar
um condutor de eletricidade.
Exercícios
48
POTENCIA ELÉTRICA
Define-se potência elétrica como a razão entre a energia elétrica transformada e o intervalo
de tempo dessa transformação. Observe o quadro abaixo:
Para a corrente passar por esse bipolo, é necessário estabelecer uma diferença de potencial
(U) nos seus terminais, ou seja, uma tensão. Sabendo-se o valor dessa tensão e o valor da corrente
que flui pelo bipolo, podemos calcular o valor da potência elétrica através da formula mostrada no
quadro abaixo.
49
Figura 31 - Potencia elétrica
Se tomarmos a lei de Ohm, junto com a fórmula que se encontra no segundo quadro deste
artigo, é possível determinar o valor da potência elétrica dissipada. Observe o quadro abaixo:
Lei de Joule
50
Também conhecida como efeito Joule. É uma lei física que expressa à relação entre o calor
gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. O nome é devido à
James Prescott Joule (1818-1889) que estudou o fenômeno em 1840.
Q = I2 . R . t
Onde:
Q é o calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma determinada resistência
elétrica por determinado tempo.
Isto porque quando uma corrente elétrica atravessa um material condutor, há produção de
calor. Essa produção de calor é devida ao trabalho realizado para transportar as cargas através do
material em determinado tempo.
51
Tabela 1 - Grandezas elétricas
52
Figura 33 - Energia hidráulica – ilustração simplificada de uma usina hidrelétrica
53
Fonte: BARDINE, 2012, não paginado.
Exercícios
54
CORRENTES E TENSÕES CONTÍNUAS E ALTERNADAS
Corrente elétrica
Define-se intensidade de corrente como sendo a razão entre a quantidade de cargas pelo
intervalo de tempo, de forma que matematicamente fica:
∆𝑄
𝐼=
∆𝑡
Corrente alternada
55
Aparece com as abreviaturas C.A. (de corrente alterna/alternada) ou A.C. (do inglês,
alternating current).
Como o nome sugere, é o tipo de corrente que alterna constantemente de sentido. Nesta
corrente não existem pólos, mas sim fases, pois os condutores variam continuamente de polaridade.
Estas variações sucedem-se a uma determinada frequência que, no caso dos países europeus é de 50
vezes num segundo (50 Hz) e nos países americanos é de 60 vezes num segundo (60 Hz). Podemos
encontrar este tipo de corrente nas nossas casas, nas centrais eléctricas, nos alternadores dos
automóveis, entre tantos outros.
Corrente continua
Aparece com as abreviaturas C.C. (de corrente contínua) ou D.C. (do inglês, direct current).
É a corrente que circula sempre num único sentido, daí o nome de contínua. Ou circula no
sentido do pólo positivo para o pólo negativo, se considerarmos o sentido convencional da corrente,
ou circula do pólo negativo para o pólo positivo, se considerarmos o sentido da corrente dos
electrões. Este tipo de corrente é encontrada nos dispositivos que têm dois pólos: um pólo negativo
e um pólo positivo. As pilhas e as baterias são os melhores exemplos onde é possível encontrar este
tipo de corrente.
56
No começo dos estudos e observações sobre a corrente elétrica, os cientistas supunham
que ela era constituída pelo movimento de um fluido elétrico positivo.
Esse fluido se deslocaria fora da pilha, do seu polo positivo para o negativo, ou seja, contra
o sentido dos elétrons. Após vários anos, mais precisamente no século XX, os cientistas verificaram
que nos metais a corrente elétrica estava relacionada ao movimento dos elétrons, contudo eles já
estavam habituados com o sentido de corrente de cargas positivas. Para não gerar transtornos com
uma possível mudança eles concordaram em continuar a trabalhar com o sentido de corrente
positiva, denominada agora de corrente imaginária, para substituir a corrente de elétrons. Isso foi
possível porque verificaram que as duas correntes, a de cargas positivas e a de elétrons, eram
equivalentes. Assim sendo, a corrente de cargas positivas passou a ser conhecida como corrente
convencional. Esse sentido de corrente é contrário ao movimento dos elétrons.
Tensão elétrica
Tensão Alternada
É uma tensão cujo valor e polaridades (+) e (-) se modificam ao longo do tempo. Conforme
o comportamento da tensão então tem os diferentes tipos de tensão: Senoidal, quadrada, triangular,
pulsante, etc.
De todas essas, a senoidal é a que tem um maior interesse, pois é a tensão que é gerada
nas usinas e que alimenta as indústrias e residências. Antes de estudarmos mais a fundo a tensão
senoidal, vamos procurar conceituar melhor a tensão alternada. Seja o circuito da Figura a baixo, no
qual temos duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 ao resistor, ora conecta a bateria
57
B2 ao resistor. Vamos supor que cada bateria fica conectada ao resistor durante 1s. Como seria o
gráfico da tensão em função do tempo nos terminais da bateria?
Observe que:
O valor negativo significa que a polaridade da tensão mudou. O tempo que leva para repetir uma
mesma situação é 2s, sendo chamado de período (T). O valor máximo da tensão é 12 v (com
58
qualquer polaridade, sendo chamado de valor de pico ou valor máximo VM). A seguir estudaremos
mais em detalhes a tensão senoidal.
Tensão senoidal
É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto nesse caso
temos uma expressão matemática para expressar a tensão. A expressão matemática é:
Ou em função do ângulo
V(Ө) = VM.sem(Ө)
Onde VM (em V) é o valor de pico (valor Maximo que a tensão pode ter) e w em (rd/s) é a
frequência angular q0 em (rd ou graus) é o angulo de fase inicial, q é o ângulo num determinado
instante t.
S = S0 + v.t
59
Figura 40 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do tempo
Uma tensão senoidal varia em função do tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto
a sua representação será como na Fig03, mas a mesma tensão pode ser representada em função do
angulo, Fig04, (não esqueça que a função seno tem período de 360 graus ou de 2p rd), sendo a
relação entre angulo e tempo dada por:
q = q0 + w.t
v(q) = 10.sen(q) existindo uma relação entre angulo e tempo dada por: q=w.t
60
Figura 41 - Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do ângulo
Na Figura 40 e Figura 41, VPP (em V) é chamado de tensão de pico a pico, T (em s) é o
período (tempo que o fenômeno leva para se repetir).
Como (q = w.t se q = 2 p). Então o tempo será chamado de período (T) t = T logo: (2.p= W.T
ou w = 2 P/T). O numero de ciclos completados segundos chamamos de frequência (f). A frequência
está relacionada com o período por: f =1/T (Hz)
Tensão eficaz
Para uma senoidal definimos o seu valor eficaz (VRMS ou VEF) como sendo igual ao valor de
uma tensão contínua que produzirá a mesma dissipação de potência que a tensão alternada em
questão.
61
Por exemplo, uma tensão senoidal de 155 v de pico é aplicada a uma resistência de 100
Ohms. Se ao mesmo resistor for aplicado uma tensão de 110 v contínuos, a dissipação de potência
será a mesma.
Figura 43 - Tensão continua de valor igual ao valor eficaz da tensão senoidal aplicada a um resistor de
100 Ohms
Tensão continua
62
Figura 44 - Fonte de corrente continua
A polaridade da tensão nos terminais de fonte de tensão contínua não se altera nunca, o
terminal positivo é sempre positivo e o negativo é sempre negativo. A fonte de tensão continua
mantém constante a DDP entre os seus terminais. Como exemplos de fontes de tensão contínua
podemos citar a pilha de controle remoto bactéria de automóvel, bateria de celular etc. Vemos a
seguir o gráfico da tensão versus tempo de uma fonte de tensão contínua. Observe que a tensão se
mantém constante ao longo do tempo
Exercícios
63
64
USO DE INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO
Galvanômetro
Quando uma corrente elétrica atravessa a bobina, esta interage com o campo magnético
do imã e esta interação depende do valor e sentido da corrente. Observamos, então, o aparecimento
de um torque sobre a bobina que provoca uma deflexão no ponteiro. Esta deflexão é proporcional à
corrente elétrica e é contrabalançada por uma mola até que o ponteiro atinja uma posição de
equilíbrio.
65
Corrente campo torque deflexão.
Há então um limite para o valor da corrente que pode passar pelo galvanômetro sem
danificá-lo, isto é, sem que o fio da bobina possa ser danificado por alta temperatura. Além disso, a
bobina vai mover-se e a estrutura mecânica que a suporta é muito delicada, impondo torques
pequenos. Os galvanômetros utilizados no laboratório suportam correntes máximas da ordem de
22,5 A (0,9 A/div), têm resistência interna Ri=150 , e sua precisão é de 1% do (f.e) (fundo de
escala). Pode ser colocada ainda uma proteção que eleva seu (f.e) para aproximadamente 2mA mas
mantendo a mesma Ri).
Amperímetro
Na Figura 48, if representa a corrente máxima que poderá ser lida no amperímetro e é
chamada de corrente de fundo de escala pois à sua passagem o ponteiro deve apresentar a maior
deflexão. O que deve ser feito na construção de um amperímetro é:
Associar ao ponteiro uma escala e graduá-la em unidades de corrente elétrica usando para
tal correntes padrão (correntes de valores conhecidos por outros processos);
66
Figura 47 - Esquema de um amperímetro
Para cumprir o requisito do item 3 precisamos encontrar uma expressão que forneça Rs
como função de if, ig e r. O valor adequado de Rs deve ser encontrado de forma que quando passar
uma corrente if pelo amperímetro (Figura 31) deve passar ig pelo galvanômetro. Então, da Figura 31:
𝑖𝑓 = 𝑖𝑔 + 𝑖𝑠
Vg = Va
R.i8=Rs(if - ig)
E substituindo
𝑟. 𝑖𝑔
Rs =
𝑖𝑓 − 𝑖𝑔
67
Figura 48 - Amperímetro com vários fundos de escala.
Uma alternativa para dois fundos de escala, nesse caso, seria utilizar dois terminais
negativos A e B e um terminal positivo, ou vice-versa, e dois resistores R1 e R2 conforme o esquema
(Figura 50).
68
Figura 50 – Amperímetro
A tensão nos dois ramos do circuito é, em cada caso, a mesma. Assim teríamos para o
terminal A: (r + R2)ig = R1.i1, para uma corrente de fundo de escala if1 = i1+ig; e para o terminal B:
r.ig = (R1 + R2).i2, para uma corrente de fundo de escala if2 = i2+ig. Conhecido o galvanômetro (r, ig)
e as correntes de fundo de escala if1 e if2 desejadas é possível calcular R1 e R2 a partir das duas
equações. O amperímetro possui, então, uma resistência interna resultante. Há uma polaridade em
seus terminais, pois é relevante o sentido em que a corrente elétrica vai atravessá-lo. Note que a
resistência equivalente do amperímetro é menor que a resistência interna do galvanômetro R. O
amperímetro deve então ser ligado em série com o ramo do circuito em que queremos conhecer a
corrente.
Voltímetro
69
Desejando-se construir um voltímetro para medir tensões maiores do que Vg do
galvanômetro disponível, devemos associar a ele um resistor em série Rm (resistor multiplicador).
Para escolher o valor de Rm adequado à obtenção de uma tensão de fundo de escala Vf
consideremos que, neste caso, a corrente que passa pelo galvanômetro (e que passa também por
Rm) é ig. Do circuito dado pela Figura 51 vemos que (Vf = Vg + Vm) e como (Vg = r.ig e Vm = Rm.ig),
temos:
𝑉𝑓 − 𝑟. 𝑖𝑖
𝑅𝑀 =
𝑖𝑔
Se quisermos construir um único voltímetro para vários fundos de escala calculamos pela
eq. (4) todas as Rm adequadas, as quais podem ser selecionadas por uma chave externa K (Figura
52). Na calibração das escalas (acopladas ao ponteiro) de um voltímetro também podemos usar
correntes padrão. Os valores que são marcados na escala não são, todavia, os valores das correntes,
mas sim, o seu produto com a resistência elétrica total do voltímetro R, com R = Rm + r, para cada
fundo de escala. Deve-se observar que um voltímetro (na medida de tensão contínua) também
apresenta uma polaridade e uma resistência interna. O voltímetro deve ser ligado em paralelo ao
ramo do circuito em que se deseja conhecer a tensão.
70
Figura 52 - Voltímetro com fundo de escala variável
Ohmímetro
O ohmímetro é o instrumento que serve para medir as resistências elétricas. Ele também
pode ser construído a partir de um galvanômetro, somente deve-se, neste caso, utilizar uma fonte de
tensão interna (bateria) de força-eletromotriz adequada. As resistências, que podem ser
selecionadas pela chave K (Figura 53), servem para trocar os fundos de escala.
𝐸
𝑅𝑥 ∝
𝑖𝑥
71
ATENÇÃO: Os Ohmímetro devem sempre medir as resistências desligadas do circuito.
Wattímetro
Figura 54 – Wattímetro
72
Figura 55 - Diagrama de aplicação deste instrumento
Multímetros
São instrumentos que servem para medir tensões, correntes e resistências elétricas através
de uma chave seletora. Tais instrumentos são construídos com apenas um galvanômetro. A chave
seleciona diferentes resistores ligados em série ou em paralelo com o galvanômetro segundo as
conveniências. A chave tem ainda a função de acionar a pilha, ou bateria, no caso de medidas de
resistências.
Outros instrumentos
Além dos descritos anteriormente há outros instrumentos de medida elétrica que não
utilizaremos neste curso. Entre eles temos o wattímetro e o osciloscópio. Estes são instrumentos que
permitem medidas de tensões alternadas, frequências e certos tipos de sinais elétricos. O princípio
de funcionamento dos osciloscópios é diferente daquele que mostramos nos itens anteriores onde à
unidade básica na construção dos instrumentos é um galvanômetro.
Utilizaremos também no curso multímetros digitais. A leitura dos resultados, nesse caso,
não é feita analogicamente através da deflexão de um ponteiro acoplado a uma bobina. A leitura é
feita em um display após a comparação de sinais feita eletronicamente pelo circuito do aparelho.
Cuidados básicos
73
Alguns cuidados são essenciais na utilização de instrumento de medida elétrica, em especial
aqueles que usam galvanômetros:
Nas medidas de tensões e correntes contínuas é preciso cuidado para não ligar os
instrumentos com polaridade invertida. Isso fatalmente irá danificar o instrumento;
Ao ligar fontes de tensão contínua em circuitos elétricos contendo dispositivos tais como
capacitores, voltímetros e amperímetros tomar cuidado com as polaridades desses elementos.
Exercícios
74
CIRCUITO ELÉTRICO
Circuito
Para facilitar, vamos observar um “rádio de pilha” aberto, para você ver o caminho por
onde passa a corrente.
Figura 56 – Radio
Figura 57 - Lanterna
A corrente elétrica:
75
Sai da pilha;
Note que a corrente tem que percorrer o mesmo caminho, continuamente. É um caminho
fechado; é um circuito.
Circuito elétrico
É um caminho fechado por condutores elétricos ligando uma carga elétrica a uma fonte
geradora.
76
Figura 58 - Fontes de tesão
Aparelho consumidor é o elemento do circuito que emprega a energia elétrica para realizar
trabalho.
Estamos nos referindo a alguns tipos de Consumidores Elétricos. Eles utilizam a energia
elétrica para realizar trabalhos diversos; ou seja, eles transformam a energia elétrica, recebida da
fonte geradora, em outro tipo de energia.
Trenzinho Elétrico
Ferro de Soldar
Televisor
77
Transforma a energia elétrica em energia luminosa e sonora (transmite sons e imagens).
Lâmpada
Transforma a energia elétrica em energia luminosa e energia térmica (transmite luz e calor).
Dispositivo de Manobra
No consumidor (quando a lâmpada queima, a corrente não pode prosseguir seu caminho,
retornando à fonte).
Na fonte geradora (por exemplo, quando a pilha ou bateria se esgota e não provoca mais a
D.D.P.).
78
Figura 59 - Dispositivos de manobra
Circuito fechado - É o circuito que tem continuidade. Por ele a corrente pode circular.
Circuito desenergizado - É o que a fonte geradora está desconectada do circuito ou não funciona.
79
Fonte: SENAI-ES; CST, c1996, p. 16.
Condutor Elétrico
Cada tipo de condutor pode ser preparado com características variadas, dependendo de
sua aplicação.
Podem ser rígidas ou flexíveis, isolados ou não, com proteção adicional (além da isolação)
ou outras características.
80
Figura 62 – Exemplo de aplicação com tipos diferentes de condutores elétricos
Como você vê cada aplicação exige tipos diferentes de condutores elétricos. Mas sua
função no circuito será sempre a mesma.
Função do Condutor
81
O condutor liga os demais componentes do circuito elétrico, conduzindo a corrente: da
fonte ao consumidor e de retorno à fonte.
Nos condutores é totalmente indesejável que haja o efeito joule, que se reflete em seu
aquecimento e em diminuição da tensão disponível para o receptor. Para reduzir ao máximo a perda
de energia, a resistência dos condutores que ligam o gerador ao receptor deve ser a menor possível o
que significa que a área de secção transversal deve ser a maior possível.
A bitola escolhida para o condutor deverá ser tanto maior quanto maior for a corrente e a
distância entre o gerador e o receptor, escolha da bitola do condutor é denominada
dimensionamento do condutor.
Dimensionamento de condutores
O dimensionamento do condutor que servirá a uma instalação deve em primeiro lugar levar
em consideração a corrente que deve conduzir; em segundo lugar a queda de tensão admissível no
circuito.
Pela capacidade de corrente basta procurar na tabela qual bitola suporta a corrente da
carga.
A tabela a baixo mostra a capacidade de corrente de fios Pirelli de cobre isolados com pvc,
quando instalados unidos à temperatura ambiente de 500C. Outras condições determinam outros
valores de capacidade e devem ser procurados em tabelas dos fabricantes.
82
Tabela 2 - Corrente elétrica
83
Fonte: SILVA, [s.d.], p. 6.
84
Pela queda de tensão pode-se usar a fórmula a seguir, que fornece a bitola em função da
queda de tensão, da corrente e da distância com a fórmulas distintas para sistema monofásico ou CC
e para o sistema trifásico:
Deverá ser escolhida a maior entre as bitolas conseguidas por cada método.
85
Figura 64 - Calculando a corrente no sistema monofásico
Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o condutor deve ser o de 6mm2.
Figura 65 – Fórmula
O condutor deve ser então o de 50mm2. Aceitando-se uma queda de tensão um pouco
maior poderia ser usado nesse caso o condutor de 35mm2, que está muito próximo do valor
calculado.
Ex2.: Necessita-se escolher o condutor para alimentar um motor trifásico de 30cv, 440V,
rendimento 84%, fator de potência 0,85, que dista 80 metros do gerador. Admite-se uma queda de
5%
Solução.
86
A corrente de um motor trifásico pode ser calculada pela mesma fórmula usada no ex.1,
desde que se transforme a potência de cv para watts (multiplicando o valor em cv por 736) e
multiplicando a tensão por √ 3.
Outra opção é usar a fórmula já modificada, dada a seguir, para usar com a potência em cv
e na qual já se encontra o fator √3 para a tensão no denominador.
Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o fio deve ser o de 10mm2.
Figura 67 - Fórmula
87
Ex. 3: Escolha o condutor para ligar um motor trifásico de 100cv, 440V, rendimento 88%, fator de
potência 0,82, que dista 80 metros do gerador. Admite-se uma queda de 5%
Figura 68 - Solução
Pelo critério da capacidade de corrente, usando a tabela, o condutor deve ser o de 70mm2.
Figura 69 - Fórmula
Circuitos resistivos
88
Os circuitos elétricos constituídos por resistências são amplamente utilizados tanto na
alimentação, no controle, ganho, redução de tensão ou corrente contínua como por tensão variável.
89
Figura 71 - Circuito resistivo
Lei de Ohm
90
Figura 72 - Lei de Ohm
Cálculo de Tensão
91
Se você pretende saber o valor da tensão, cubra a letra (E) no triângulo.
Cálculo de resistência
92
Cálculo de Corrente
Suponhamos que você queira saber o valor de I, então, cubra a letra (I).
Você vai mudar de casa e deverá fazer as ligações dos aparelhos elétricos na nova
residência: chuveiro ferro de passar, etc.
93
Figura 75 - Ferro e chuveiro
Qual a incógnita?
Resistência
94
Figura 77 – Resolução
Se você for usá-lo em 220 V, ele terá que ter a resistência em dobro.
Ao compará-la, compare com esse valor, para que o seu chuveiro funcione bem. Vamos ao
outro exemplo:
Você quer instalar um fusível ou disjuntor, para o seu ferro de passar. A tensão é de 110 V e
sua resistência tem 25 Ω. Qual seria a corrente elétrica em Ampères do ferro de passar? Voltemos ao
triângulo: Qual é a incógnita?
Corrente
R R
R 25
95
A resistência dos condutores é de 0,25 e você quer saber qual será a diferença de tensão,
entre o começo e o fim da rede, ou a queda de tensão.
E = R x I E = 0,25 x 12 = 3 Volts
Leis de kirchhoff
Para solução de circuito mais complexa, onde aparecem varias fonte de tensão bem como
diversas correntes elétricas utiliza-se as leis de Kirchhoff para facilitar a resolução.
1ª Lei de Kirchhoff
Conhecida como a lei dos nos, define que a soma das intensidades das correntes elétricas
que chegam a um no é igual à soma das correntes que saem deste nó.
Pode se considerar ainda que o somatorio algebrico das correntes que chegam e que saem
de um nó, é igual a 0 (zero).
96
Figura 79 - Divisor de corrente
2ª Lei de Kirchhoff
Conhecida como a lei das malhas, considera que a soma algebrica das tensões nos
dispositivos que compoem um circuito elétrico fechado (malha) é igual a 0.
97
A tensão da fonte (U total) provoca uma diferença de potencial no circuito fechado em
serie.
Quando essa corrente passa pelos resistores R1, R2 e R3, provoca nestes uma queda de
tensão com valores determinados por:
U1= R1 x I
U2= R2 x I
U3= R3 x I
98
Figura 82 - Choque elétrico
A quantidade de corrente que pode fluir através do corpo, sem perigo para a saúde ou risco
de vida, depende do indivíduo e do tipo, percurso e tempo de duração do contato.
99
A resistência ôhmica do corpo varia de 1.000 a 500.000 ohms quando a pele estiver seca.
Um valor de corrente igual a 5 miliamperes pode ser perigoso. Se a palma da mão fizer
contato com um condutor de corrente, uma corrente de 12 miliamperes será suficiente para produzir
contrações nos músculos, fazendo com que involuntariamente a mão se feche sobre o condutor. Tal
choque pode causar sérios danos, dependendo do tempo de duração do contato e das condições
físicas da vítima, particularmente das condições do coração. Muitos acidentes fatais têm ocorrido
com um valor de corrente igual a 25 miliamperes. Considera-se fatal um fluxo de corrente pelo corpo
igual a 100 miliamperes.
1. Considere cuidadosamente o resultado de cada ação a ser executada. Não há razão, em absoluto,
para um indivíduo correr riscos ou colocar em perigo a vida do seu semelhante.
100
2. Afaste-se de circuitos alimentados. Não substitua componentes nem faça ajustamento dentro de
equipamento com alta tensão ligada.
3. Não faça reparo sozinho. Tenha sempre ao seu lado uma pessoa em condições de prestar
primeiros socorros.
4. Não confie nos interloques, nem dependa deles para a sua proteção. Desligue sempre o
equipamento. Não remova, não coloque em curto-circuito e não interfira com a ação dos
interloques, exceto para reparar a chave.
5. Não deixe o seu corpo em potencial de terra. Certifique-se deque você não está com o seu corpo
em potencial de terra, isto é, com o corpo em contato direto com partes metálicas do equipamento,
particularmente quando estiver fazendo ajustagens ou medições. Use apenas uma das mãos quando
estiver reparando equipamento alimentado. Conserve uma das mãos nas costas.
6. Não alimente qualquer equipamento que tenha sido molhado. O equipamento deverá estar
devidamente seco e livre de qualquer resíduo capaz de produzir fuga de corrente antes de ser
alimentado. As regras acima, associadas com a ideia de que a tensão não tem favoritismo e que o
cuidado pessoal é a sua maior segurança, poderão evitar ferimentos sérios ou talvez a morte.
Curto-circuito
Quando dois pontos de um circuito são ligados por um fio de resistência desprezível,
dizemos que há curto-circuito, o que significa que os dois pontos têm o mesmo potencial. Em alguns
casos, provocando um curto-circuito podemos eliminar um resistor do circuito, pois ele deixará de
ser percorrido por corrente.
Na figura abaixo vemos um circuito em que os pontos X e Y foram ligados por um fio de
resistência desprezível.
101
Figura 85 - Circuito ligado por um fio de resistência desprezível
Quando a corrente elétrica atinge o ponto X, ela é totalmente desviada pelo fio de
resistência r = 0, indo para o ponto Y. Desse modo, os pontos X e Y passam a ter o mesmo potencial e
pode ser considerado o mesmo ponto, como mostra a figura abaixo.
O resistor de resistência R2 não é percorrido por corrente e pode ser eliminado do circuito.
Desse modo, a resistência equivalente desse circuito é calculada da seguinte maneira:
Req = R1 + R3 + R4
Exercício
102
Apostila de exercícios Eletricidades.
103
LIGAÇÕES EXTERNAS DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS
Sistema de alimentação
- Frequência: poderá variar dentro de uma faixa entre -3 e +5% do valor nominal.
Sendo que estas ligações podem sofrer variações sendo ela do tipo estrela Ẏ ou triangulo ∆.
Ligação estrela Ẏ
Este tipo ligação é feita para ligar o motor na maior (entre duas) tensão existente (Na
maioria dos casos, 380 v trifásico). Para inverter o sentido do giro do motor (trifásico) basta inverter
a ligação de uma das fases (trocar a fase R pela S)
104
Figura 87 - Ligação estrela
Ligação em triangulo ∆
Este tipo de ligação é feito para ligar o motor na menor voltagem existente (Na maioria dos
casos, 220/440 v trifásico). A ligação em triangulo é feita ligando o começo de uma bobina no final da
outra.
Estrela - triângulo
105
- Segunda tensão √3 vezes maior que a primeira;
- Cabos: 6 ( seis )
- Tensões: 220/380/440/760 V
- Cabos: 12 ( doze )
Série - paralela
- Cabos: 9 ( nove )
Cada bobina do motor trifásico deve receber 220 v em funcionamento normal, exceto se
for motor especial para alta tensão.
106
A tensão com que se pode alimentar o motor depende da forma como são associadas suas
bobinas.
Tal ligação pode ser estrela (ou y) ou triângulo (ou Δ) sendo que em triângulo as bobinas
recebem a tensão existente entre fases e em estrela as bobinas recebem tal tensão dividida por √3.
107
Figura 90 - Ligação em estrela
108
Figura 91 - Ligação do motor de 12 pontas
Exercícios
109
COMANDOS ELÉTRICOS
Entretanto, não era suficiente controlar dispositivos por meio do acionamento de uma
bobina de um contator era necessário muitas vezes acionar as cargas numa sequencia lógica, ou a
intervalos de tempo regulares, ou seja, havia a necessidade de um relacionamento lógico entre os
elementos de manobra, uma necessidade que levou a implementar a chamada “lógica de contato”.
Além da necessidade de sequenciar os acionamentos, outra necessidade se estabeleceu, que era há
de desabilitar manobras que não poderiam ser executadas simultaneamente com outra, sob pena,
de dano ou falha iminente. O bloqueio de manobras de forma automática, visando proteger o
sistema de falhas e danos denomina-se intertravamento. Surgem também os dispositivos destinados
a manobrar não cargas de potência, mas sim outros dispositivos de manobra, ou seja, são
dispositivos destinados a trabalhar com pequenas correntes e a auxiliar no estabelecimento de lógica
entre os dispositivos de manobra. São, portanto chamados de dispositivos de comando ou
dispositivos auxiliares.
Normalmente estes dispositivos ficam protegidos por meio de caixas metálicas e são
conhecidas como painéis de comando ou quadros de comando.
Dada à natureza discreta da atuação do contator, isto é, pode-se acionar a ele dois estados
lógicos possíveis, como ligado ou desligado, temos que a representação binária de um computador
ou controlador digital é mais do que adequada para a implementação da chamada lógica de contato.
Essa é a base dos Controladores Lógicos Programáveis, ou simplesmente CLP. Assim sendo, os
110
arranjos de contatos para fins de lógica estão sendo substituídos pelos CLP’s com vantagens tais
como: facilidade de manutenção reduz de espaço e custo, etc.
Conceitos Básicos:
Uma chave elétrica é comanda sempre mecanicamente, por meio de um dispositivo do tipo
alavancam ou outra forma qualquer. Quando uma chave elétrica é construída com a finalidade de
manobrar cargas, isto é, ligar ou desligar cargas a qualquer momento ela é chamada de chave
interruptora ou simplesmente interruptora. Quando a chave destina-se apenas a abrir ou fechar um
circuito previamente desligado por uma chave interruptora, esta é chamada de chave seccionadora.
Contatos Elétricos
Não passam de chaves elétricas para pequenos valores de corrente, destinados à manobra
de pequenas cargas. Normalmente são utilizados para o estabelecimento de funções lógicas e o
acionamento de pequenas cargas, tais como bobinas de contatores e lâmpadas sinalizadoras.
111
Normalmente seu acionamento é mecânico e estão associadas à ocorrência de algum evento.
Exemplo: acionamento de um contato de um pressostato por um evento de pressão máxima,
acionamento de um contato de um relé por ocorrência de uma sobrecarga, etc.
Para fins de classificação, os contatos são designados por seu estado de repouso. Como os
contatos “normalmente” se encontram nas situações de repouso, os contatos são classificados de
duas formas:
Figura 93 - Contato NA e NF
Lógica de contato
112
A associação fica, portanto conforme a tabela abaixo:
Assim sendo, conforme a tabela se um contato está acionado, este poderá ser
representado por um “1”.
As normas técnicas brasileiras , de acordo com a regra básica estabelecida dentro da ABNT,
devem estar coerentes com as normas internacionais da Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC,
que engloba todas as normas da área elétrica com exceção das ligadas a transmissão de pulsos, como
é o caso das de telecomunicações no seu todo. Isso, para que não hajam conflitos em termos
internacionais, seja dos produtos aqui produzidos, seja de tecnologias importadas. Entretanto, em
algumas áreas de produtos, como é o caso de transformadores de distribuição, e como consequência
da tradição que foi implantada há muito tempo por fabricantes, outras normas poderão
excepcionalmente ser a referência.
As normas da ABNT vem caracterizadas por um conjunto de letras ( NBR ) e números que as
identificam. As letras NBR significam Normas Brasileiras de Referência, sendo que em termos de
conteúdo, assim se apresentam:
113
Os símbolos gráficos usados nos diagramas são definidos pela NBR 5444, para serem
usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização exata
dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos. Consultar à NBR 5444
(disponível na biblioteca).
Dispositivos de sinalização
Indicador visual
As lâmpadas são usadas para sinalizar tanto situações normais quanto anormais, tendo
uma cor referente a cada tipo de ocorrência.
Figura 95 – Lâmpada
114
Tabela 3 - Identificação de sinaleiros segundo IEC
Indicador acústico
115
Figura 96 - Símbolo de indicador acústico
Figura 97 – Dispositivos
116
O contato tem dois terminais: um deve ser ligado à fonte (ou gerador) e outro ligado à
carga (ou receptor). É feito de metal de baixa resistência elétrica para não atrapalhar a passagem de
corrente e alta resistência mecânica, de modo a poder ligar e desligar muitos milhares de vezes. A
estrutura metálica tem área de secção transversal proporcional à corrente que comandam: quanto
maior for a corrente que se deseja comandar, maiores são os contatos. O valor de corrente a ser
comandada também influencia na pressão de contato entre as partes móveis do contato: maiores
correntes exigem maiores pressões de contato para garantir que a resistência no ponto de contato
seja a menor possível.
A separação dos contatos na condição de desligamento deve ser tanto maior quanto maior
for a tensão para a qual o contato foi produzido.
A velocidade de ligação ou desligamento deve ser a mais alta possível, para evitar o
desgaste por arco voltaico, provocado no desligamento quando a carga for indutiva.
O contato pode ser do tipo com trava (por exemplo, o tipo alavanca usado nos
interruptores de iluminação) e também pode ser do tipo de impulso, com uma posição normal
mantida por mola e uma posição contrária mantida apenas enquanto durar o impulso de atuação do
contato. Nesse caso se chama fechado ou aberto conforme a posição mantida pela mola.
Botoeiras
Essa botoeira possui um contato aberto, um contato fechado, sendo acionado por um
botão pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o botão não for acionado, os contatos 11 e
12 permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente elétrica, ao mesmo tempo em que os
contatos 13 e 14 se mantêm abertos, interrompendo a passagem da corrente. Quando o botão é
acionado, os contatos se invertem de forma que o fechado abre e o aberto fecha. Soltando-se o
botão, os contatos voltam à posição inicial pela ação da mola de retorno.
117
Fechado: Também chamado ligado, é mantido aberto por ação de uma mola e se fecha
enquanto acionado. Como a mola o mantém aberto é ainda denominado normalmente aberto (ou
NA ou do inglês NO).
Aberto ou ligado: é mantido fechado por ação de uma mola e se abre enquanto acionado.
Como a mola o mantém fechado, é chamado também de normalmente fechado (ou NF, ou do inglês
NC).
118
Tabela 4 - Identificação de botões segundo IEC
119
O contato pode ter diversos tipos de acionamento, como por exemplo, por botão, por
pedal, por alavanca, por chave (chave de tranca), por rolete por gatilho, ou ainda por ação do campo
magnético de uma bobina (eletroímã), formando neste último caso um conjunto denominado
contator magnético ou chave magnética.
A seguir estão os símbolos de contatos acionados por botão (os dois à esquerda), e por
rolete.
Sensor
C1 é uma chave magnética com bobina de 24Vcc e poderá acionar cargas de tensão
alternada como a bobina de outra chave magnética por exemplo, através da qual pode-se por
exemplo acionar um motor de indução.
120
Figura 101 - Esquema de ligação de sensores
Chaves elétricas
121
Chave sem retenção ou impulso
É um dispositivo que uma vez acionado, seu retorno à situação anterior acontece somente
através de um novo acionamento. Construtivamente pode ter contatos normalmente aberto (NA) ou
normalmente fechado (NF) conforme mostra a figura 73.
122
Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção
Existem chaves com ou sem retenção de contatos múltiplos NA e NF. A figura 74 mostra
estes dois modelos.
Chave seletora
É um dispositivo que possui duas ou mais posições podendo selecionar uma ou várias
funções em um determinado processo. Este tipo de chave apresenta um ponto de contato comum
(C) em relação aos demais contatos. A figura 76 apresenta dois tipos de chaves seletoras.
Chave seccionadora
123
É um dispositivo que tem por função a manobra de abertura ou desligamento dos
condutores de uma instalação elétrica. A finalidade principal dessa abertura é a manutenção da
instalação desligada.
A seccionadora tem, por norma, seu estado-ligado ou desligado visível externamente com
clareza e segurança.
Esse dispositivo de comando é construído de modo a ser impossível que se ligue (feche) por
vibrações ou choques mecânicos, só podendo, portanto ser ligado ou desligado pelos meios
apropriados para tais manobras.
No caso de chave seccionadora tripolar, esta deve garantir o desligamento simultâneo das
três fases.
Sem carga – neste caso o desligamento da corrente se fará por outro dispositivo, um
disjuntor, de modo que a chave só deverá ser aberta com o circuito já sem corrente. Neste caso a
124
seccionadora pode ter uma chave NA auxiliar que deve desliga o disjuntor antes que a operação de
abertura da chave seja completada.
A seguir vê-se o símbolo de uma chave magnética com a identificação típica das chaves: os
terminais do eletroímã são identificados por letras, em geral a1 e a2 ou a e b, e os terminais das
chaves são identificados com numeração.
O número de chaves do contator é bem variado dependendo do tipo. De acordo com o fim
a que se destinam, as chaves do contator recebem denominações específicas:
Chaves principais: São mais robustas e destinam-se a comandar altos valores de corrente
típicos de motores e outras cargas. São sempre do tipo NA. Sua identificação se faz com números
unitários de 1 as 6.
A identificação das auxiliares se faz com dezenas de final 3 e 4 para as NA e com 1 e 2 para
as do tipo NF. Essas numerações podem aparecer identificando terminais de contatos mesmo que
não sejam operados por chave magnética e sim por botão ou rolete por exemplo.
125
Figura 109 - Contatos auxiliares de contatores
O eletroímã (formado por bobina e entreferro) da chave magnética deve ser ligado à tensão
nominal e obedecendo ao tipo: CA ou CC.
Um eletroímã feito para operar em CC, se for ligado em CA de valor suficiente para acioná-
lo ficará superaquecido no entreferro por causa do alto valor da corrente de Foucaut induzida no
entreferro. No caso do eletroímã de CA, o entreferro é laminado para evitar essas correntes e no de
CC o entreferro é maciço.
Um eletroímã de CA, caso seja ligado em CC (com mesmo valor de tensão de CA) ficará
superaquecido no eletroímã pela alta corrente, já que em CC só haverá resistência enquanto em CA
há resistência e reatância indutiva. O eletroímã alimentado por CC gera alto valor de tensão de
autoindução e isso provoca suavidade na ligação e um arco voltaico na chave que o comanda,
durante o desligamento, bem maior que em CA. Este arco no desligamento exige alguns cuidados
para diminuir os seus efeitos destrutivos.
126
Figura 110 - Contator explodido
Algumas chaves magnéticas são construídas apenas com contatos de alta potência, quando
então se denominam chaves (ou contatores) de potência. Há também chaves magnéticas que só
possuem chaves auxiliares sendo por isso é chamada de chaves (ou contatores) auxiliares.
Inversão de lógica: usa-se uma chave ou contato NF acionado pelo contator para acionar
uma carga e isso provoca uma inversão na lógica de funcionamento da chave ou contato que
comanda o eletroímã do contator.
No exemplo, a chave 1 é NA, porém a carga será acionada (pela chave 41-42) como se a
chave S1 fosse NF pois sempre que a mesma estiver em repouso a carga estará acionada e quando a
chave S1 estiver acionada a carga estará desligada.
127
Caso a chave 1 fosse NF a carga ficaria acionada como se a chave fosse NA, ligando-se e
desligando-se juntamente com a mesma.
Multiplicação de contatos: com uma única chave pode-se acionar o contator, que pode ter
várias chaves, que ligarão (NA) ou desligarão (NF) os circuitos que estiverem ligados através dessas
chaves, permite que uma única chave opere diversos circuitos simultaneamente, como visto no
exemplo abaixo onde S1 liga o eletroímã que por sua vez aciona três cargas.
128
Ampliação (indireta) da capacidade de corrente de um contato: A corrente do eletroímã é
muito menor que a corrente comandada pelos seus contatos, por isso é possível acionar o eletroímã
por um contato que só suporta 1A e através dos seus contatos acionarem uma carga de 80A, por
exemplo.
Figura 114 - Exemplo de ligação contator com selo, 3 carga e botão desliga
Associações de chaves
129
Série
Paralelo
Associadas em paralelo entre si as chaves acionam a carga (ligada a elas em série é claro),
desde que pelo menos uma chave esteja fechada.
130
Figura 116 - Chave paralelo
Proteção
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos de proteção contra curto-circuito (e contra sobrecarga caso não
seja usado relé para este fim) de utilização única: após sua atuação devem ser descartados.
131
São compostos por: elemento fusível, corpo, terminais e dispositivo de indicação da
atuação do fusível.
Elemento fusível: é um fio ou fita de metal com constituição e dimensões calculadas para
entrar em fusão (daí o nome fusível) quando atravessado por corrente elétrica de determinado valor.
Corpo: São feitos de material isolante (porcelana no caso dos industriais, mas existem
também de papelão de vidro e de plástico). Serve para sustentar o elemento fusível e os terminais.
No corpo há a indicação de sua corrente de atuação da tensão em que pode funcionar e do seu tipo
se rápido ou retardado. Dentro do corpo dos fusíveis usados em instalações industriais existe uma
espécie de areia que tem por função extinguir a chama proveniente da fusão do elemento fusível.
Terminais: São feitos de metal com robustez bastante para que não sofrer com a corrente
que flui pelo fusível. Fazem o contato do elemento fusível com o porta fusível. O porta fusível é um
compartimento que fica fixo no circuito e serve de encaixe para o fusível.
A indicação pode ser feita pela transparência do corpo, que permite ao operador ver o
elemento partido, ou por um pequeno botão (em geral vermelho) que se solta do corpo em caso de
atuação.
NH - Usados em circuito de alta potência e conectados por encaixe, com ferramenta própria
(punho) para proteção do operador;
132
Figura 118 - Fusível NH
133
Velocidade
O fusível interrompe o circuito quando houver correntes maiores que 160% da sua corrente
nominal. O tempo de atuação diminui há medida em que aumenta o valor relativo da sobrecarga.
Assim uma sobrecarga de 190% da corrente nominal será interrompida mais rapidamente que uma
de 170%.
2. retardados: fusíveis para circuitos de motores elétricos e de capacitores normalmente são mais
lentos pois há a necessidade de não se romper durante os picos de corrente existente durante alguns
instantes após sua ligação. Na partida dos motores há corrente de até oito vezes o valor nominal,
porém caso a corrente seja muito maior que oito vezes a normal o fusível passa a agir tão rápido
quanto um de ação rápida. A escolha do fusível se faz pela corrente, pela tensão e pelo tipo de
circuito (se sujeito a grandes variações de corrente, ou não).
Relés
Embora esta seja também a denominação de pequenas chaves magnéticas (de uso, por
exemplo, em automóveis), quando se tratam de circuitos de comandos elétricos industriais os relés
são dispositivos de proteção que através de seus contatos atuam o comando de chaves magnéticas
de potência, sendo atuados por diversas variáveis físicas, conforme seu tipo.
Relé térmico
134
Definição - Dispositivo de proteção e eventual comando a distância, cuja operação é
produzida pelo movimento relativo de elementos mecânicos (termopares), sob a ação de
determinados valores de correntes de entrada.
O relé térmico é intercalado nas fases do motor para detectar a intensidade de corrente
solicitada pelo motor. As correntes do motor atravessam os três elementos térmicos dentro do relé
que aquecer demais, devido à corrente, os elementos térmicos atuam num contato auxiliar para
sinalizar a sobrecarga do motor. Isto significa que um relé térmico deve sempre trabalhar em
conjunto com um contator ou um comando elétrico, para realizar a função.
Sobrecarga balanceada
135
Os fabricantes de contatores oferecem geralmente relés térmicos que encaixam
mecanicamente nos contatores por eles fabricados. Nesse caso, as três entradas do relé térmico
estão ligadas automaticamente aos três primeiros contatos de carga do contator. Esse é o tipo
comum de conexão entre os dois. Mas existem ainda dispositivos para permitir a montagem do relé
térmico separadamente do contator, facilitando assim a realização de comandos elétricos mais
complexos.
Nos relés térmicos, há um meio para ajustar os elementos, conforme a corrente nominal
(IN) do motor supervisionado. Cada tipo de relé cobre apenas uma determinada faixa de corrente.
Por isso, cada fabricante fornece uma variedade de relés de proteção. O ajuste da corrente nos relés
deve ser feito conforme fórmula.
136
Relé de tempo ou temporizador
Retardado na energização – Esse tipo atua suas chaves um tempo após a ligação, ou
energização do relé e as retorna ao repouso imediatamente após seu desligamento ou
desenergização.
No painel desse relé se encontra um botão pelo qual se seleciona o tempo de retardo.
Gráficos de acionamento x tempo, das bobinas e dos contatos dos relés temporizados.
137
Figura 123 - Relé retardado na desenergização
Por terminais apropriados se faz fluir por este relé a corrente da carga que se pretende
proteger e quando a corrente assume um valor superior ao selecionado, o relé atua seus contatos.
No tipo mais simples chamado térmico, a corrente flui por elementos que se aquecem e o
aquecimento atua em um par bimetálico, cuja torção promove a atuação das chaves. São três os
elementos pelos quais flui a corrente monitorada, um para cada fase, e mesmo que haja
sobrecorrente em uma só das fases o relé age da mesma forma.
As chaves atuadas retornam ao repouso assim que a corrente volta ao normal, mas podem
se manter atuados desde que a função de rearme manual esteja selecionada.
138
Outro tipo de relé, para maiores valores de corrente, funciona associado a um
transformador de corrente (tc).
Caso a tensão que alimenta ou ativa o relé se torne maior ( no caso do relé de sobretensão)
ou menor (relé de subretensão) que o valor selecionado o relé atua suas chaves. Há um relé que atua
tanto no caso de subtensão quanto no caso de sobretensão. No painel do relé se encontra o botão
de ajuste do valor de tensão.
Alguns relés têm simbologia própria como é o caso dos temporizadores e dos de sobre
corrente térmicos.
As chaves desses relés quando separadas de seu atuador também têm símbolos específicos.
139
Figura 125 - Chaves relés
Disjuntores
São também usados na proteção contra altas correntes com a vantagem de poderem ser
religados várias vezes. O número de vezes é determinado pelo fabricante, mas é sempre da ordem de
milhares.
Os grandes disjuntores são desligados através de relés que podem por sua vez atuar por
diversas grandezas físicas como, por exemplo, tensão, corrente ou temperatura.
Como a potência comandada é muito grande os processos de ligar e desligar devem ser
precisos, e isso é conseguido, nos disjuntores de alta potência, por uma forte mola que é tensionada
por um motor elétrico, e no momento de retornar à sua posição de repouso se descarrega no
mecanismo de fechamento ou de abertura do disjuntor, fazendo com estes sejam muito rápidos.
Em circuitos de baixa potência o termo disjuntor normalmente se refere a uma chave com
desligamento automático quando a corrente se eleva acima do valor nominal de funcionamento. O
desligamento pode se dar pelo efeito térmico que é o mais lento, ou magnético que é o mais rápido.
140
Figura 126 – Disjuntores
Proteção de um disjuntor
Sobrecarga
Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente nominal que durante um
período prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. Esta proteção baseia-se no
princípio da dilatação de duas lâminas de metais distintos, portanto, com coeficientes de dilatação
diferentes. Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lâminas deformarem-se (efeito térmico) sob o
calor desligando o circuito.
141
Figura 127 - Princípio de proteção para sobrecarga
Curto-circuito
Diagramas esquemáticos
Nos diagramas a seguir vêm-se circuitos simples, onde o gerador está identificado por G, o
receptor por R e os condutores são as linhas que os interligam.
A maioria dos circuitos reais não se resume apenas nos componentes do diagrama 1, pois
há a necessidade de se dispor de um dispositivo para ligar e desligar o circuito, e isso é conseguido
pela adição de uma chave (contato elétrico) em série com o receptor, como se vê no diagrama 2. A
chave está identificada por S1
142
Figura 128 – Diagramas
A utilização de chaves e outros dispositivos que permitem ligar e desligar cargas elétricas,
nos momentos adequados para que essas cargas desempenhem suas funções se denomina comando
elétrico.
Diagramas elétricos
Os diagramas elétricos podem ser feitos de acordo como o modelo unifilar ou multifilar
conforme seu objetivo.
Unifilar > Objetiva mostrar as interligações entre equipamentos sem minúcias quanto aos
pontos de conexão existentes nesses equipamentos.
No exemplo abaixo, no gerador há apenas uma linha quando na realidade há pelo menos
cinco.
143
Figura 129 - Circuito unifilar
144
Figura 130 - Esquema multifilar
Durante a partida a corrente pode atingir valores muito altos. Por isso, nos motores de
maiores potência utilizam-se meios de aplicar às bobinas menor valor de tensão durante a partida, a
fim de se reduzir a corrente nesse momento.
Partida direta
145
Pode provocar: Queda de tensão na rede;
Suscita: Restrições por parte da concessionária; Redução da vida útil da rede (quando não
dimensionada de acordo).
146
Figura 132 – Partida com reversão
147
Partida estrela-triângulo
5. na partida o motor é ligado em estrela até próximo da rotação nominal e, então, ocorre à
comutação para a configuração triângulo.
Uma das formas de se conseguir essa redução é ligar as bobinas de forma que pudessem
receber tensão maior que a de funcionamento. Por exemplo, se o motor funciona em 220V, na
partida este pode ser ligado em estrela, de forma que cada bobina receba 127V, e depois que o
motor atinge pelo menos 75% da rotação nominal as bobinas passam para ligação triângulo. Esta
técnica de partida é chamada estrela triângulo, Υ/Δ.
Esta mesma técnica pode ser usada para o motor de 12 terminais que funciona em 440V.
Os motores de maior porte, e, por conseguinte maior custo justifica a utilização de relés de proteção,
148
um para cada parâmetro protegido, como relé de sobrecorrente, de subtensão, de sobretensão, de
falta de fase e de sobretemperatura.
Dimensionar uma chave de partida estrela-triângulo para um motor de 100cv, II polos, 380
v/660 v - 60hz, com comando em 220 v, Tp = 10s.
149
Figura 135 – Dimensionamento
150
Figura 136 - Rampa de desaceleração
151
Dimensionar uma chave de partida compensadora para um motor de 30cv, VIII polos,
220V/60Hz, com comando em 220V, tap de 80%, Tp = 15s.
152
Figura 138 – Dimensionamento
Partida série-paralela
153
O motor deve possuir 9 terminais; dupla tensão, sendo a segunda tensão 2 vezes a
primeira. Ex. (220/440 Volts); na partida o motor é ligado em série até próximo da rotação nominal e,
então, faz-se a comutação para a configuração paralela.
Aciona contator 1 (C1) que aciona o temporizador que conta ate 120s mantém motor 1
ligado e aciona o segundo motor que aciona o segundo temporizador que conta ate 80s mantém os
outros motores ligados e liga o terceiro motor. Para desliga devesse acionar b0.
154
Partida eletrônica por soft-starter
A chave de partida estática foi projetada para partir motores elétricos trifásicos utilizados
em cargas consideradas leves (exemplo: bombas centrífugas, ventiladores de pequeno porte e
pequenos compressores).
155
A chave Soft-starter apresenta muitas vantagens em relação às chaves de partidas
convencionais, se sobrepondo inclusive em relação à chave compensadora. Pois, consegue-se variar
o tempo de aceleração, o tempo de desaceleração e ainda o nível de tensão na partida.
Corrente de Saída = de 3 a 30 A
Inversores de frequência
156
Os inversores de frequência alimentam o motor trifásico com três fases produzidas
eletronicamente de modo que, se na alimentação trifásica do inversor faltar uma fase, o motor
continua recebendo as três fases para sua alimentação. A sofisticação do inversor de frequência
garante a proteção do motor contra sobre e subtensão, sobrecorrente, sobretemperatura mediante
sensor e proteção contra falta de fase já comentada.
Com tais inversores de frequência pode-se ainda fazer o motor partir ou parar com
aceleração predeterminada (mesmo com carga, pois o inversor para parar o motor não apenas tira a
alimentação do motor, ele o alimenta adequadamente de modo a freá-lo).
Embora muitas vezes não percebemos, todos os dias participamos ativa ou passivamente
de diversos sistemas de controle. Sempre que o ser humano participa de um determinado processo
com a função de monitorá-lo, está participando do fechamento de uma malha. Como exemplos de
sistemas de controle, pode-se citar: Ato de guiar um automóvel (malha fechada); Ato de utilizar um
liquidificador (malha fechada); Ato de utilizar uma máquina de lavar (malha aberta); Ato de utilizar
um micro-ondas (malha aberta).
Sendo assim o básico para entender sistemas de controle automáticos são as seguintes:
10. Planta: A planta de um sistema de controle é definida como sendo a parte do sistema a ser
controlada. Ex: reator químico, caldeira, gerador, etc., e
157
11. processo: O processo é definido como sendo a operação a ser controlada na planta. Ex: processo
químico, físico, biológico, etc.
Sistema
Controle
Estuda como agir sobre um dado sistema de modo a obter um resultado arbitrariamente
especificado.
Controlador
Sistema de controle
158
Sistema de controle a malha aberta
É aquele em que a saída ou resposta não possui nenhuma influência sobre a entrada.
159
Figura 144 – Sistema malha fechada
Exemplos
160
Figura 146 – Sistema 2
161
A despeito destas mudanças, os conceitos básicos de sistemas de controle e algoritmos de
controle permanecem essencialmente os mesmos. Agora é mais fácil implementar estruturas de
controle, pois basta reprogramar um computador. A tarefa dos engenheiros de controle é a mesma:
projetar um sistema de controle que atenda às especificações seja estável, robusto.
O sistema de malha fechada é composto por um sensor que detecta a variável de processo
(PV), um transmissor que converte o sinal do sensor em um sinal adequado (um sinal do tipo ar
pressurizado em sistemas pneumáticos ou um sinal elétrico em sistemas eletrônicos) e o transmite
para um controlador que compara o valor da variável de processo (PV) com o valor do Set Point (SP)
desejado e produz um sinal de controle apropriado e um elemento final de controle que muda a
variável manipulada (MV). Usualmente o elemento final de controle é uma válvula de controle
operada por ar que abre e fecha modificando uma razão de fluxo.
162
O sensor, transmissor e válvula de controle estão localizados fisicamente no campo, onde
está o processo. O controlador é usualmente localizado em um painel ou computador em uma sala
de comando distante do processo. A ligação entre o painel e o campo é feita através de sinais
elétricos que são enviados do transmissor para o controlador e do controlador para o elemento final
de controle.
Visto que muitas válvulas são ainda acionadas por ar pressurizado, sinais de corrente são
usualmente convertidos para ar pressurizado. Um conversor I/P (corrente para pressão) é usado para
converter sinais de 4-20 mA em sinais de 3-15 psi.
Além disso, o ganho do controlador pode ser feito negativo ou positivo selecionando se
entre ação direta e reversa do controlador. Um ganho positivo resulta em uma saída do controlador
decrescendo a medida que a variável do processo cresce (ação reversa). Já um ganho negativo
resulta em uma saída do controlador crescendo a medida que a variável do processo cresce (ação
direta). A escolha correta entre ação direta e reversa depende da ação do transmissor (que é
usualmente direta), da ação da válvula (ar para abrir, AO, ou ar para fechar, AC) e do efeito da
variável manipulada (MV) na variável de processo (PV). A ideia fundamental a ser seguida para a
escolha correta da ação do controlador, é que a ação tomada pelo controlador deve levar a variável
de processo (PV) a se aproximar do Set Point (SP).
2. indicar o valor do sinal enviado para a válvula: a saída do controlador (usualmente nominada MV);
163
5. ter uma forma de alterar o valor do SetPoint quando o controlador está em automático;
6. ter uma forma de alterar o sinal para a válvula quando o controlador está em manual;
Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparado uma especificação que
refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística,
como de toda a indústria manufatureira.
Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a
variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão de
blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de
programação e a interface com o usuário.
Divisão histórica
164
1a. Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação intimamente ligada ao
hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo com o
processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar era necessário conhecer a
eletrônica do projeto do CLP. Assim a tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe
técnica altamente qualificada, gravando - se o programa em memória EPROM, sendo realizada
normalmente no laboratório junto com a construção do CLP.
3ª. Geração: Os CLPs passam a ter uma Entrada de Programação, onde um Teclado ou Programador
Portátil é conectado, podendo alterar, apagar , gravar o programa do usuário, além de realizar testes
( Debug ) no equipamento e no programa. A estrutura física também sofre alterações sendo a
tendência para os Sistemas Modulares com Bastidores ou Racks.
5ª. Geração: Atualmente existe uma preocupação em padronizar protocolos de comunicação para os
CLPs, de modo a proporcionar que o equipamento de um fabricante “converse” com o equipamento
outro fabricante, não só CLPs , como Controladores de Processos, Sistemas Supervisórios, Redes
Internas de Comunicação e etc., proporcionando uma integração afim de facilitar a automação,
gerenciamento e desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e normalizadas, fruto da
chamada Globalização. Existe uma Fundação Mundial para o estabelecimento de normas e
protocolos de comunicação.
12. Ocupam;
165
13. requerem menor potência elétrica;
Aplicações
166
33. sistemas de tratamento de água, e
34. indústrias de alimentos, bebidas, automotiva, química, têxtil, plásticos, papel e celulose,
farmacêutica e siderúrgico-metalúrgica, mineração, entre outras.
Iniciação
No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré - programadas,
gravadas em seu Programa Monitor:
167
36. verifica a configuração interna e compara com os circuitos instalados;
37. verifica o estado das chaves principais ( RUN / STOP , PROG, etc. );
40. emite um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.
O CLP lê os estados de cada uma das entradas, verificando se alguma foi acionada. O
processo de leitura recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente é de alguns micros -
segundos (scan time).
O CLP ao executar o programa do usuário, após consultar a Memória Imagem das Entradas ,
atualiza o estado da Memória Imagem das Saídas, de acordo com as instruções definidas pelo
usuário em seu programa.
O CLP escreve o valor contido na Memória das Saídas, atualizando as interfaces ou módulos
de saída.
168
Figura 150 - Estrutura interna do C.L.P.
Fonte de alimentação
41. Converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 VCA) para a tensão de alimentação dos circuitos
eletrônicos, (+ 5VCC para o microprocessador, memórias e circuitos auxiliares e +/- 12 VCC para a
comunicação com o programador ou computador);
42. manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio em tempo real e Memória do tipo
R.A.M., e
43. fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas (12 ou 24 VCC).
169
Unidade de processamento
Bateria
As baterias são usadas nos CLPs para manter o circuito do Relógio em Tempo Real, reter
parâmetros ou programas ( em memórias do tipo RAM ) ,mesmo em caso de corte de energia ,
guardar configurações de equipamentos etc. Normalmente são utilizadas baterias recarregáveis do
tipo Ni - Ca ou Li. Neste caso, incorporam se circuitos carregadores.
Memória do usuário
170
É onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo usuário. Pode ser alterada
pelo usuário, já que uma das vantagens do uso de CLPs é a flexibilidade de programação.
Inicialmente era constituída de memórias do tipo EPROM, sendo hoje utilizadas memórias do tipo
RAM ( cujo programa é mantido pelo uso de baterias ) , EEPROM e FLASH-EPROM , sendo também
comum o uso de cartuchos de memória, que permite a troca do programa com a troca do cartucho
de memória. A capacidade desta memória varia.
Memória de dados
Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma modificação
nas saídas, ela armazena os estados da cada uma das entradas ou saídas em uma região de memória
denominada Memória. Imagem das Entradas / Saídas. Essa região de memória funciona como uma
espécie de “tabela” onde a CPU irá obter informações das entradas ou saídas para tomar as decisões
durante o processamento do programa do usuário.
Circuitos auxiliares
São circuitos responsáveis para atuar em casos de falha do CLP. Alguns deles são:
48. POWER ON RESET: Quando se energiza um equipamento eletrônico digital, não é possível prever
o estado lógico dos circuitos internos. Para que não ocorra um acionamento indevido de uma saída,
que pode causar um acidente existe um circuito encarregado de desligar as saídas no instante em
que se energiza o equipamento. Assim que o microprocessador assume o controle do equipamento
esse circuito é desabilitado.
171
49. POWER - DOWN: O caso inverso ocorre quando um equipamento é subitamente desenergizado.
O conteúdo das memórias pode ser perdido. Existe um circuito responsável por monitorar a tensão
de alimentação, e em caso do valor desta cair abaixo de um limite pré - determinado, o circuito é
acionado interrompendo o processamento para avisar o microprocessador e armazenar o conteúdo
das memórias em tempo hábil.
50. “WATCH - DOG - TIMER: Para garantir no caso de falha do microprocessador, o programa não
entre em “loop”, o que seria um desastre, existe um circuito denominado “ Cão de Guarda “ , que
deve ser acionado em intervalos de tempo pré - determinados . Caso não seja acionado, ele assume
o controle do circuito sinalizando uma falha geral.
São circuitos utilizados para adequar eletricamente os sinais de entrada para que possa ser
processado pela CPU ( ou microprocessador ) do CLP . Temos dois tipos básicos de entrada: as
digitais e as analógicas.
ENTRADAS DIGITAIS: São aquelas que possuem apenas dois estados possíveis, ligado ou
desligado, e alguns dos exemplos de dispositivos que podem ser ligados a elas são:
51. Botoeiras;
55. termostatos;
56. pressostatos, e
As entradas digitais podem ser construídas para operarem em corrente contínua (24 VCC)
ou em corrente alternada (110 ou 220 VCA). Podem ser também do tipo N (NPN) ou do tipo P (PNP).
No caso do tipo N, é necessário fornecer o potencial negativo (terra ou neutro) da fonte de
alimentação ao borne de entrada para que a mesma seja ativada. No caso do tipo P é necessário
fornecer o potencial positivo (fase) ao borne de entrada. Em qualquer dos tipos é de praxe existir
172
uma isolação galvânica entre o circuito de entrada e a CPU. Esta isolação é feita normalmente
através de optoacopladores.
Entradas analógicas
173
As Interfaces de Entrada Analógica permitem que o CLP possa manipular grandezas
analógicas, enviadas normalmente por sensores eletrônicos. As grandezas analógicas elétricas
tratadas por estes módulos são normalmente tensão e corrente. No caso de tensão as faixas de
utilização são: 0 á 10 VCC, 0 á 5 VCC, 1 á 5 VCC, -5 á +5 VCC, -10 á +10 VCC ( no caso as interfaces que
permitem entradas positivas e negativas são chamadas de Entradas Diferenciais ), e no caso de
corrente, as faixas utilizadas são : 0 á 20 mA , 4 á 20 mA.
Uma informação importante a respeito das entradas analógicas é a sua resolução. Esta é
normalmente medida em Bits. Uma entrada analógica com um maior número de bits permite uma
melhor representação da grandeza analógica. Por exemplo:
Uma placa de entrada analógica de 0 á 10 VCC com uma resolução de 8 bits permite uma
sensibilidade de 39,2 mV , enquanto que a mesma faixa em uma entrada de 12 bits permite uma
sensibilidade de 2,4 mV e uma de 16 bits permite uma sensibilidade de 0,2 mV.
174
Figura 153 - Circuito de entrada analógico
SAÍDAS DIGITAIS: As saídas digitais admitem apenas dois estados: ligado e desligado.
Podemos com elas controlar dispositivos do tipo:
64. Reles;
65. contatores;
67. solenoides;
68. válvulas, e
175
As saídas digitais podem ser construídas de três formas básicas: Saída digital a Relê, Saída
digital 24 VCC e Saída digital à Triac. Nos três casos, também é de praxe, prover o circuito de um
isolamento galvânico, normalmente opto - acoplado.
Saídas analógicas
176
Figura 154 - Circuito de saída analógico
Dispositivos de programação
Para inserir um programa em um CLP, os dois dispositivos mais utilizados são o computador
pessoal (PC) e o Terminal Portátil de Programação (Hand-Held Programmer – HHP).
O PC é usado para rodar o software de programação do CLP. Este software permite aos
usuários criar, editar, documentar, armazenar e localizar as falhas dos diagramas ladder, gerando
também relatórios impressos. As instruções dos softwares são baseadas em símbolos gráficos para as
várias funções. Não é necessário o conhecimento das linguagens mais avançadas de programação
para se usar o software, bastando um entendimento genérico dos diagramas elétricos funcionais.
Veja figura abaixo:
Linguagens de programação
Um programa é uma série de instruções ou comandos que o usuário desenvolve para fazer
com que o CLP execute determinadas ações. Uma linguagem de programação estabelece regras para
combinar as instruções de forma que gerem as ações desejadas.
177
Classificação
Linguagem de alto nível - Uma linguagem de programação passa a ser de alto nível à
medida que esta se aproxima da linguagem corrente utilizada na comunicação entre pessoas.
Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita através
das chamadas portas lógicas.
178
Figura 155 - Blocos lógicos
179
Figura 156 - Diagrama “ladder”
180
Figura 158 - Partida direta com versão em Ladder
Modos de operação
181
80. apagando informações previamente gravadas.
Off-line
Neste modo de programação, o CLP poderá estar ou não em operação, pois o programa
que estiver sendo desenvolvido no sistema de programação não será transferido para o CLP durante
o seu desenvolvimento. Portanto, alterações ou apagamentos de programa não provocarão
alterações nos dispositivos de saída.
Este modo de programação é o mais seguro, pois o programa só será transferido para o CLP
quando o mesmo estiver parado.
On-line
Para mudar o modo do controlador para RUN, gire a chave seletora de PRPG ou REM para
RUN. Ao selecionar a chave no modo RUN, não é possível utilizar uma interface de
operação/programação para alterar o modo do controlador.
Instruções de “examinar”
182
Formato da Instrução ON
Quando o controlador localiza uma instrução com o mesmo endereço, ele determina que o
dispositivo de entrada está energizado (1), ou fechado, e ajusta a lógica da instrução para verdadeira.
Quando o dispositivo de entrada não mais fecha seu circuito, o controlador verifica que o bit está
desenergizado (0) e ajusta a lógica dessa instrução para falsa (tabela 1A).
183
Figura 161 - Formato da Instrução XIO
184
Figura 163 - Resumo dos contatos de equivalência
RS logix 500
O pacote de software RSLOGIX 500 é composto pelos softwares: RSLogix 500 + RSLinx Lite.
O RSLogix 500 é o software responsável pela configuração e programação dos CLP’s das
famílias SLC 500 e Micrologix. Este software permite trabalhar-se tanto em ambiente Windows 95
quanto em ambiente Windows NT.
O RSLinx Lite é um pacote de software que através de drives, permite a comunicação dos
softwares de programação da Rockwell Software, tais como RSLogix 500 com os CLP’s da Allen-
Bradley. Além do RSLinx Lite, existem outras versões do RSLinx, com maiores recursos, como por
exemplo, o RSLinx OEM, etc..
185
Figura 164 - Comunicação entre PC e PLC
Para chamar o RSLINX v 2.01, à partir do menu principal, escolha a opção: RSLINX do menu
RSLINX, do menu ROCKWELL SOFTWARE do menu PROGRAMAS.
Antes que pode se conectar à Micrologix 1100 através da porta Ethernet, devemos atribuir
um endereço IP inicial. Há duas maneiras de fazer isso.
Primeira maneira
1. Vá à linha com do Micrologix através da porta ethernet e configurá-lo. Para este método de ver
o "Micrologix 1100 ethernet Configuration" artigo, siga as instruções.
2. Use um servidor BOOTP ou DHCP - RSLinx vem com um servidor BootP assim abaixo é um
exemplo de configuração com o servidor BootP que você já deve ter
186
Vá ao Menu Iniciar> Rockwell Software> Servidor BOOTP-DHCP e selecione o programa do
Servidor BOOTP-DHCP. Seu atalho podem variar em seu computador, mas este é o padrão para este
atalho.
Dentro de alguns segundos, você vai ver o seu dispositivo de começar a fazer pedidos de
um endereço.
187
Figura 166 – BootP / DHCP Server 2
Selecione um dos IPs fora da "Histórico Pedido" e pressione o botão "Adicionar à lista de
Relação". Digite o endereço IP que você deseja atribuir ao dispositivo e pressione OK. Para este
exemplo o endereço IP é 192.168.210.100, mas o seu será diferente, dependendo da configuração da
rede.
188
Figura 167 – BootP / DHCP Server 3
Na metade inferior da tela, você vai ver agora o dispositivo acrescentado a "Lista de
Relação".
“Dentro de alguns segundos, você vai ver o seu dispositivo solicitar um endereço IP
novamente só que desta vez você vai ver o endereço IP atribuído na coluna de endereço IP”. Agora
você está pronto para configurar RSLinx.
189
Figura 168 – BootP / DHCP Server 4
Note-se que esta é apenas uma atribuição temporária do endereço IP e você ainda tem de
atribuir o dispositivo um endereço IP permanente. Agora você pode fechar o servidor BOOTP. que eu
não iria se preocupar em salvar suas alterações no servidor BOOTP como essas configurações eram
temporárias apenas para definir o endereço IP para que você possa se conectar ao dispositivo com
Rslinx.
Agora que inicialmente definir o endereço IP usando um dos métodos acima, estamos
prontos para configurar o RSLinx para se conectar ao dispositivo. RSLinx aberta Primeiro vamos. Este
programa já está em execução como um serviço e tudo que você precisa fazer é encontrar o RSLinx
ícone no canto inferior direito e clique sobre ele
190
Figura 169 – Barra de inicialização rápida
Há dois condutores que podem ser utilizados no RSLinx para ligar ao dispositivo.
Ethernet / IP Driver - Este driver é de longe o mais fácil de usar, pois não requer
configuração. Cada dispositivo de transmissão de informações através da rede Ethernet com RSLinx
usa para descobrir dispositivo. A desvantagem deste método é dependendo de suas Firewalls de
configuração de rede e configurações de VPN pode bloquear estes transmissão. Se você não pode ver
o seu dispositivo usando este método usar o driver Ethernet descrito no método 2
Va no menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel
à esquerda e procure por um guia dizendo "ETHIP-1." Se você ver esse guia, então, está tudo pronto,
vá para o passo (e). Caso Não vá para a etapa (c).
191
Figura 170 – Rslinks RS who
192
Figura 171 – Rslinks configure drives
193
Figura 172 – Configure drivers
Vá no menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel
à esquerda, encontrar o seu "ETHIP-1" driver, e selecioná-lo. Em alguns momentos você deve ver
agora o seu dispositivo no painel da direita.
194
Figura 173 – Rs classic
Se você não vê o dispositivo, verifique se você seguiu os passos anteriores. Se você tente o
Driver Ethernet abaixo como você pode ter algo na rede bloqueando a solicitação.
Segundo método
Ethernet Driver - Este driver não é plug and play como o driver de Ethernet / IP. Você deve
configurar os endereços IP que você deseja RSLinx para procurar dispositivos em.
195
Figura 174 – Configure drivers 2
196
Figura 175 – Configure drivers 2.1
197
Figura 176 – Configure Drivers AB_ETH-1
198
Figura 177 – Configure Drivers AB_ETH-1
5. Vá a menu na parte superior do RSLinx ir para Comunicações> RSWho. Olhe para o painel à
esquerda, encontrar o seu "ABETH-1" driver, e selecioná-lo. Em alguns momentos você deve ver
agora o seu dispositivo no painel da direita.
199
Figura 178 – Rs classic 2
Tudo o que resta agora é definir o seu caminho de comunicações no RSLogix 500.
200
Figura 179 – Rs 500
7. Selecione o driver Ethernet no painel esquerdo que você escolheu para configurar no passo 2 e
clique no seu dispositivo no painel da direita.
201
Figura 180 – Rs 500 – Comunications
8. A partir daqui, selecione OK e você está pronto para ir. Além disso, você pode selecionar "on-
line" em vez de OK para ir imediatamente on-line ou "Upload" para carregar a imagem fora do
processador.
9. Agora você está em linha com o dispositivo, mas não pode ter permanentemente definir o
Endereço IP. Você pode fazer isso por qualquer definição do endereço IP em seu arquivo offline e
depois baixá-lo ou você pode defini-lo enquanto estiver online com o processador. Os passos são o
mesmo. A única diferença é que se você fazê-lo com o arquivo offline, então não se esqueça de fazer
o download.
11. No painel esquerdo, vá para Project> Controller e Configuração do canal duplo clique.
202
Figura 181 – Rs 500 – Chanel configuration
12. Selecione o Canal 1 guia e configurar o endereço IP, sub-rede e Gateway. Desmarque a opção
"Ativar BOOTP" e clique em OK. seu endereço IP é agora definido permanentemente.
203
Figura 182 – Rs 500 – Chanel configuration 1
Estrutura de projeto
204
Como todo software baseado em ambiente Windows, o RSLogix 500 possui todos os
recursos disponíveis deste sistema, tais como: Barra de ferramentas; Barra de Status; Help; etc..
Faça isso antes de iniciar um novo projeto. As definições que você estabelecer irão fazer
parte do projeto e serão aplicadas quando você tentar carregar qualquer programa lógico.
205
Os drivers configurados no RS LINX, estarão disponíveis na configuração da comunicação do
RSLOGIX, como veremos à seguir.
Ao abrir o RS LOGIX, sempre observe no canto inferior esquerdo da barra ON-LINE, qual o
driver que está configurado atualmente.
Caso não exista nenhum driver selecionado, à partir do menu Comunicação, clique em
Comunicação do Sistema, quando irá aparecer a janela mostrada à seguir, na qual deve-se duplo-
clicar no ícone AB-DF1-1 DH485, conforme mostrado, para ativar este driver, vinculando-o ao
projeto.
Exercícios
206
TRANSFORMADOR
São maquinas elétricas “estacionarias” que servem para transformar valores de tensão e
corrente elétrica, podendo elevar essas grandezas ou abaixar.
207
Figura 186 – Transformador
208
A bobina indutora faz parte do circuito primário, que é aquele energizado pela fonte C.A e a
bobina induzida ao circuito secundário, de onde retira se a tensão que foi induzida ao circuito
secundário, de onde se retira a tensão que foi induzida, no qual geralmente fica ligada a uma carga.
O acoplamento (ligação magnética) entre as duas bobinas ocorre pela geração de um fluxo
magnético variável no núcleo (material de ferro laminado) do transformador produzido pela bobina
primaria a qual foi aplicada uma tensão CA. Esse fluxo corta a bobina secundaria induzindo nessa
uma tensão elétrica.
Potencia que é consumida pelo transformador é igual a oferecida pelo mesmo a uma carga.
Assim desconsiderando as perdas (efeito joule e outras) a potencia aparente no primário (S1) do
transformador é igual a potencia aparente em seu secundário (S2).
Tipos de transformadores
𝐸1 𝑁1 𝐼2
= = = 𝑎
𝐹 𝑁 𝐼
209
Figura 188 - Representação do trafo
Potência = 20VA
Determine:
A = Ep/Es = 220/10 = 22
210
211
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