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TERREO
PISO SUPERIOR
BIOTÉRIO
CALDEIRA
A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos,
classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande.
Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde,
marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico,
biológico, ergonômico e mecânico.
A idéia é que os funcionários de uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os
principais problemas da respectiva unidade. Na planta da seção, exatamente no local
onde se encontra o risco (uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no
tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspondente ao grau de risco.
O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os
perigos existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três
tamanhos distintos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm; médio, com diâmetro de 5 cm; e
grande, com diâmetro de 10 cm.
A empresa receberá o levantamento e terá 30 dias para analisar e negociar com os
membros da CIPA ou do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT), se houver, prazos para providenciar as alterações
propostas. Caso estes prazos sejam descumpridos, a CIPA deverá comunicar a
Delegacia Regional do Trabalho.
03 - Riscos Físicos
RUÍDOS
Conseqüências
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
• fadiga nervosa;
• alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
• hipertensão;
• modificação do rítmo cardíaco;
• modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
• modificação do ritmo respiratório;
• perturbações gastrointestinais;
• diminuição da visão noturna;
• dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a
perda temporária ou definitiva da audição.
Medidas de controle
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser
adotadas as seguintes medidas:
• Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído;
isolamento de ruído.
• Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual
(EPI) (nocaso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de
eliminar o ruído ou como medida complementar.
• Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho,
revezamento.
• Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de
conscientização.
• Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
VIBRAÇÕES
Medidas de controle:
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento
dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
RADIAÇÕES
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem
ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes:
Os operadores de raio-x e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de
radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas
expostas.
Medidas de controle:
• Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor
para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes
revestidas de chumbo em salas de raio-x).
• Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental,
luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
• Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
• Medida médica: exames periódicos.
CALOR
FRIO
Medidas de controle:
• Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o
calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
• Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).
PRESSÕES ANORMAIS
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem
com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os
trabalhadores expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em
trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões
pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos,
compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é
injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o
trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
Conseqüências:
• ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco;
• liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Medidas de controle
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.
UMIDADE
Conseqüências:
• doenças do aparelho respiratório;
• quedas;
• doenças de pele;
• doenças circulatórias.
Medidas de controle:
• Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do trabalho,
colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento.
• Medidas de proteção individual: fornecimento do EPI (ex: luvas, de borracha, botas,
aventa para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
04 - Riscos Químicos
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida,
líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e
substâncias, compostos e produtos químicos em geral.
Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides).
POEIRAS
FUMOS
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex: fumos de
óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro.
Conseqüências: doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação
específica de acordo com o metal.
NÉVOAS
Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de
líquidos. Ex: névoa resultante do processo de pintura a revólver, monóxido de carbono
liberado pelos escapamentos dos carros.
GASES
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex: GLP,
hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.
VAPORES
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina,
etc.
Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:
• Irritantes: irritação das vias aéreas superiores.
Ex: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, cloro, etc.
• Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.
Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de
carbono, etc.
• Anestésicos: (a maioria solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema
nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno), etc.
• Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno,
tolueno, álcoois, percloritileno, xileno, etc.
05 - Riscos Biológicos
07 - Riscos de Acidentes
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente;
máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas;
eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.
Eletricidade
Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de
aterramento elétrico; falta de manutenção.
Incêndio ou explosão
Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte
inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de
sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.
08 - Como elaborar o Mapa de Risco
1º) PASSO:
Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para quem e quanto
produz (direito de saber);
2º) PASSO:
Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produção);
3º) PASSO:
Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos,
priorize aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças
ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou não, ou que haja suspeitas). Julgar
importante qualquer informação do trabalhador.