A Epidemiologia tem como objetivo tratar sobre a questão saúde/doença em
populações, sejam elas grandes ou pequenas. Tem como finalidade estudar e analisar as questões de saúde relacionadas com a mortalidade e os agravos da doença, e que vai propor as medidas específicas para prevenir ou controlar essas doenças. A Epidemiologia fornecerá os indicadores para que se possa planejar, administrar e avaliar as ações de saúde.
O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA,
2013):
Epi = sobre Demos = população Logos = estudo
Portanto, o termo “epidemiologia” significa o estudo sobre a população, que
direcionado para o campo da saúde pode ser compreendido como o estudo sobre o que afeta a população. Destaco que a epidemiologia agrega técnicas de três áreas principais de conhecimento: a estatística, ciências biológicas e ciências sociais.
Atualmente: A epidemiologia, atualmente, se assenta em três pilares que são: 1. As
ciências biológicas que ajudam a epidemiologia na descrição, classificação e determinação da frequência da doença em uma determinada população; 2. As ciências sociais que contribui para a compreensão da forma como os indivíduos se expõem ao risco do adoecimento na sociedade e a conseqüente intervenção; e a estatística que possibilita a elaboração de indicadores das doenças permitindo o seu controle.
A epidemiologia se apresenta em, pelo menos, quatro áreas principais de
aplicação nos serviços de saúde pública: vigilância epidemiológica, análise dos dados e fatores de saúde, identificação dos fatores de risco e avaliação dos serviços.
No âmbito da promoção da saúde, a epidemiologia exerce importante papel ao se
preocupar não apenas com o controle de doenças e de seus vetores, mas, sobretudo, com a melhoria da saúde da população.
A epidemiologia é uma das áreas fundamentais na elaboração das estratégias
públicas de combate e prevenção às patologias que acometem a sociedade brasileira. O processo de reformulação institucional no qual o SUS tem passado nos últimos anos necessariamente deve dispor de estatísticas epidemiológicas que permitam a descentralização dos serviços e consequentemente uma abordagem mais efetiva junto à comunidade e seus agentes. Os dados que a epidemiologia oferece ao SUS são de extrema importância dentro das políticas de saúde descentralizadas, uma vez que as estatísticas locais permitem identificar populações e fatores de risco e combatê-los de maneira mais efetiva. Por exemplo, a pulverização de inseticidas contra mosquitos da dengue é conveniente apenas em regiões com altos índices pluviométricos e de clima quente, esses dados porém, são levantados apenas com dados locais. É de suma importância que sejam investidos mais recursos e capital humano na área epidemiológica, o levantamento de dados precisos e integração desses dados de maneira funcional é o melhor caminho na construção de um sistema de saúde eficiente. A intersetorialização deve ocorrer em conjunto com o desenvolvimento científico e de pesquisa da epidemiologia.
Vale ressaltar então que é papel da Epidemiologia identificar fatores de risco,
evidenciar a distribuição das doenças que acometem as populações, e subsidiar a adoção de medidas eficazes no combate aos problemas de saúde.