homossexualidade se origina de um emaranhado sistêmico e não de uma
pré-disposição genética. Alguma pessoa da família precisa representar
uma mulher porque não existe nenhuma mulher à disposição. Então há uma falta de orientação sexual. É por isso que o homossexual costuma demorar a se identificar até perante ele mesmo. Existem os casos em que alguém da família se identificou com uma pessoa excluída, que foi difamada. Isso pode acontecer quando a pessoa se identifica com um antepassado do sexo oposto e mais velho que foi afastado da família. Também acontece de um filho homem não consiga escapar da esfera da influência da mãe e das mulheres e não possa ir para a esfera de influência do pai. Quando a mãe exclui o pai, por exemplo, e ata o filho exclusivamente a si (existem mulheres que querem um filho, mas não um marido).
A homossexualidade não costuma ser reversível quando se trata de
homens. É mais “provável” ser reversível quando se trata de mulheres. Nos casais homossexuais existe um amor pessoal muito profundo. Devemos respeitar. Quando um homossexual reconhece o seu destino pode aceitar a homossexualidade com dignidade e assumi-la. Mesmo reconhecendo que é um destino difícil, assumindo esse destino, homens e mulheres recebem uma força especial.
“Quando um homem homossexual ou uma mulher homossexual
reconhecem o seu destino, podem aceitar a homossexualidade com dignidade e assumi-la com dignidade. Mesmo que a reconheçam como um destino difícil. Em verdade, assumindo esse destino, homens e mulheres homossexuais recebem dele uma força especial.” [Bert Hellinger em NEUHAUSER, 2006, p. 272.] Diferentes áreas das ciências biológicas e sociais estudam a homossexualidade, frequentemente buscando compreender e explicar suas origens. Bert Hellinger afirma que em sua experiência fenomenológica observa a homossexualidade como um destino sistêmico (NEUHAUSER, 2006) e neste sentido, para as Constelações a homossexualidade não se trata de um sintoma ou problema, nem mesmo algo que possa ser “revertido”.
Para as Constelações Familiares, os relacionamentos se
desenvolvem e se mantém sob as ordens universais das Ordens do Amor. Estas se referem ao vínculo de pertencimento ao sistema, à ordem de chegada ao sistema e ao equilíbrio entre o que se dá para a relação e o que recebe. Estas ordens atuam sobre todas as relações, nos diferentes níveis de consciência (pessoal, coletiva e espiritual). Vídeo sobre o tema
Referências HELLINHER, B. A fonte não precisa perguntar pelo caminho HELLINGER, B., WEBER, G. e BEAUMONT, H. A Simetria Oculta do Amor . NEUHAUSER, J. (org.) Para que o amor dê certo.
Senta Que Nem Moça - Um Guia Descomplicado Sobre Sexualidade - Marcela MC Gowan, Pamela Kisner - 1, 2021 - Companhia Editora Nacional - 9786558810049 - Anna's Archive