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Goiânia/GO
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CPT/BC/UFG
CDU – 658.5(81)
Geronimo Carlos de Meira Detoni
1 INTRODUÇÃO 16
1.1 Contexto 16
1.2 Justificativa e colocação do problema 20
1.3 Objetivos 21
1.3.1 Objetivo geral 21
1.3.2 Objetivos específicos 21
1.4 Contribuição do estudo 22
1.4.1 Limitações do estudo 22
1.5 Estrutura do trabalho 23
2 REFERENCIAL TEÓRICO 24
2.1 O conceito de qualidade 24
2.1.2 Gestão da Qualidade Total (TQM) 27
2.2 Excelência em Gestão 29
2.3 Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) 31
2.4 Modelo de Excelência em Gestão (MEG) 33
2.4.1 Fundamentos de Excelência 34
2.4.2 Construção do MEG 36
2.4.3 Estrutura do MEG 37
2.5 Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ 40
2.5.1 Critérios de Excelência 41
2.5.2 Sistema de Pontuação 43
2.5.3 Processos gerenciais no PNQ 44
2.5.4 PNQ na Eletrobras Eletronorte 45
2.6 Novo Modelo do Setor Elétrico 45
2.6.1 Mercado de Energia Elétrica 48
2.6.2 Segmentação de Mercado 49
2.6.3 Presença da Eletrobras Eletronorte no Mercado de Energia 50
2.7 Processos 51
2.7.1 Melhoria contínua - Kaisen 52
2.7.2 Ciclo Plan, Do, Check, Act (PDCA) 55
2.8 Clientes – Captação e Retenção 56
3 MÉTODOS E MATERIAIS 59
3.1 Caracterização do estudo e da pesquisa 61
3.2 Universo da pesquisa – Eletrobras Eletronorte 61
3.3 Determinação das variáveis 63
3.4 Levantamento dos dados 64
3.4.1 Resultados da Pesquisa de Satisfação de Clientes da 65
Comercialização
3.4.2 Resultados do desempenho do processo de comercialização 65
de energia
3.4.3 Resultados das avaliações da banca examinadora do PNQ 66
3.5 Métodos 67
3.5.1 Método de pesquisa “janela do cliente” 67
3.6 Período e janelas de tempo do estudo 69
3.6.1 Correlação entre os resultados das pesquisas de satisfação de 70
clientes aplicadas na área de comercialização de energia da
Eletrobras Eletronorte entre 2007 e 2011
3.6.2 Tabulação dos dados para análise 72
74
4 ANÁLISE DOS DADOS
4.1 Considerações iniciais 74
4.2 Dados relativos à pontuação obtida no critério clientes - PNQ 75
4.2.1 Análise gráfica da pontuação do item 3.1 - imagem e 77
conhecimento de mercado
4.2.2 Análise gráfica do item 3.2 – relacionamento com clientes 79
4.2.3 Análise gráfica do comportamento da pontuação média global 81
do critério clientes
4.2.4 Comparativo da relação entre o número de pontos fortes e 82
oportunidades de melhoria
4.2.5 Análise gráfica da relação entre pontos fortes e oportunidades 83
de melhorias, considerando todos os marcadores dos itens 3.1
e 3.2
4.2.6 Análise gráfica da relação entre pontos fortes e oportunidades 86
de melhorias, considerando os marcadores relativos á
identificação de clientes alvo e medição do grau de satisfação
dos clientes
4.2.7 Comentários gerais sobre a análise da pontuação do critério 87
clientes
4.3 Pesquisa de satisfação aplicada aos clientes da Eletrobras 89
Eletronorte
4.3.1 Resultado da Pesquisa de Satisfação de Clientes referente aos 89
anos de 2007, 2008, 2009 e 2010
4.3.2 Análise gráfica da evolução dos resultados da pesquisa 92
referente aos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010
4.3.3 Análise gráfica da pontuação média global da pesquisa de 93
satisfação de clientes referente aos anos de 2007, 2008, 2009
e 2010
4.3.4 Resultado da entrevista com a equipe responsável pela 94
aplicação da pesquisa de satisfação de clientes da área de
Comercialização de Energia da Eletrobras Eletronorte no
período de 2007 a 2010
4.3.5 Incorporação do resultado da Pesquisa de Satisfação de 94
Clientes referente ao ano de 2011
4.3.6 Resultado global da pesquisa de satisfação de clientes para o 99
ano de 2011, de acordo com a metodologia "Janela do Cliente"
4.3.7 Comparativo entre o comportamento das séries da pesquisa de 100
satisfação de clientes e da pontuação obtida no PNQ
4.3.8 Análise geral da evolução das séries "Pesquisa de satisfação 102
de clientes" e "Pontuação no PNQ"
4.4 Desempenho econômico-financeiro do processo de 103
comercialização de energia na Eletrobras Eletronorte
106
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Sugestões de estudos futuros 108
109
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS 113
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
Segundo histórico apresentado pela Comerc (2006), nos anos 90 o Brasil se
deparou com o esgotamento da capacidade de geração das usinas hidrelétricas já
existentes e com a falta de investimentos por parte dos órgãos governamentais. Ao
mesmo tempo foram feitas várias privatizações no setor, que somadas ao cenário
descrito anteriormente, resultaram na criação do Projeto de Reestruturação do Setor
Elétrico Brasileiro - Projeto RE-SEB, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia,
entre 1996 e 1998, cuja base era a desverticalização e a transparência das relações
entre os agentes. As empresas do setor tiveram que rever a organização de seus
processos, uma vez que:
As empresas foram proibidas de realizar simultaneamente atividades de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Essas operações
deveriam ser divididas em empresas específicas, acrescentando-se a
comercialização ao conjunto de atividades do Setor. ELETRONORTE (201-?).
1.3 Objetivos
considerou apenas a pontuação do critério Clientes, haja vista sua relação direta com o
processo estudado. Com relação aos processos da organização, o estudo se limitou à
Comercialização de Energia, por possuir ligação direta com os clientes estudados.
Ademais, consideraram-se dentro do universo de clientes pesquisados, aqueles que
realizam transação de compra de energia, não sendo considerados os clientes da
Transmissão e de Novos Negócios.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para a FNQ (2011) o termo qualidade pode ser definido como uma totalidade de
características de uma organização (atividade ou processo) que lhe permite satisfazer
as necessidades claras e latentes de seus clientes.
Apesar de não ser um conceito novo, a noção do termo “qualidade” foi evoluindo
ao longo do tempo, dadas as especificidades que cada período apresentou na história
do desenvolvimento humano (PALADINI, 1995). Definir a qualidade pode ser bastante
difícil, pois se tratando de um termo dinâmico e de uso comum, pode assumir diferentes
significados para diferentes pessoas e organizações.
Considerando o verbete apresentado pelo dicionário Michaelis (1998), o termo
qualidade significa: 1 Atributo, condição natural, propriedade pela qual algo ou alguém
se individualiza, distinguindo-se dos demais; maneira de ser, essência,
natureza. 2 Excelência, virtude, talento... 4 Grau de perfeição, de precisão, de
conformidade a um certo padrão.
Vários autores, tanto do campo da administração, quanto de outras áreas do
conhecimento vêm tentando atribuir um conceito fidedigno para o termo qualidade,
entretanto PALADINI (2011) afirma que a palavra “qualidade” possui características que
implicam dificuldades de porte considerável para sua perfeita definição.
Para Deming (1990) o conceito de qualidade é claro:
O princípio básico é que qualidade é, essencialmente, um modo de gerenciar
organizações. Causa melhoramento nos negócios, nas atividades técnicas
para, ao mesmo tempo, permitir que seja alcançada a satisfação dos
consumidores, eficiência de recursos humanos e menores custos (Leonardo
Stachelski, 2001 apud Deming, 1990).
25
OAKLAND (1994), diz que o termo qualidade muitas vezes é utilizado como o
significado de excelência de um produto ou serviço, e ainda afirma que a noção de
qualidade depende, em sua essência, da percepção de cada um. O que tem qualidade
para algumas pessoas pode não suprir as necessidades de outras. Ou seja, o conceito
de qualidade dependeria da percepção pessoal do indivíduo.
Voltando o contexto para a área deste estudo, Chiavenato (1999) diz que, para
um engenheiro, o termo qualidade significa a aderência perfeita e conformidade às
especificações e padrões de referência do produto.
Talvez o conceito mais aceito e difundido atualmente, seja o de JURAN e GRYNA
(1991), onde afirmam que qualidade seja adequação ao uso: a qualidade é sempre
definida com base no cliente, que em sua análise, faz uso do produto ou serviço.
Toda e qualquer atitude da organização visando essa adequação torna-se
relevante e, do ponto de vista do produto, isso quer dizer toda a diversidade de itens
que ele dispõe para melhor se ajustar a sua utilização. PALADINI (2011).
Entretanto, OAKLAND (1994) ressalta que a definição de qualidade como
“atendimento das exigências dos clientes” não é restrita às características funcionais
dos produtos ou serviços.
Na tentativa de formar um conceito mais amplo para o termo, Ishikawa (1993) foi
além e apontou as seguintes considerações "Interpretando de forma mais ampla,
qualidade significa qualidade de trabalho, qualidade de serviço, qualidade de
informação, qualidade de processo, qualidade de divisão, qualidade de pessoal".
Feigenbaum (1994, apud Fusco, 2007) coloca a qualidade do produto como
sendo o resultado da ação de vários fatores sobre o sistema de operações, ilustrando o
processo conforme mostrado na figura 2 na página a seguir.
26
Garvin (1992) foi além dos conceitos e identificou cinco abordagens para se
definir a qualidade: a transcendental, a centrada no produto, com base no valor,
baseada na produção e centrada no cliente.
1. Transcendental – nesta abordagem a qualidade é vista como algo que não se
pode analisar, que se reconhece apenas pela experiência e só pode ser
percebida após a análise de uma série de objetos com essa característica;
2. Centrada no produto – Neste ponto, Garvin defende que a qualidade é uma
variável precisa e mensurável; diferenças na qualidade são imputadas às
diferenças em algum atributo possuído pelos produtos;
3. Baseada no valor – esta definição avalia a qualidade em termos de custos e
preços; sendo assim, um produto tem qualidade se oferece um bom
desempenho com um custo aceitável;
4. Baseada na produção – esta abordagem focaliza os conceitos de engenharia;
Ela define qualidade como “conformidade com as especificações”. Uma vez que
27
Slack et. al. (1997) considera a TQM (Total Quality Management) como extensão
natural das abordagens anteriores, sendo estas: a Inspeção, o Controle de Qualidade e
a Garantia da Qualidade.
Gardin (1992, apud Bernardo, 2009) afirma que é possível dividir a evolução da
gestão da qualidade em 4 eras distintas, ilustradas e explicadas na tabela 1.
29
Papel do
Carac. Interesse Visão da Responsável
Ênfase Métodos profissional da
básicas principal qualidade pela qualidade
qualidade
Inspeção,
classificação,
Um problema Uniformidade Instrumentos Depto. de
Inspeção Verificação contagem,
a ser resolvido do produto de medição Inspeção
avaliação e
reparo
Solução de
Uniformidade
Controle Ferramentas e problemas e a Dptos. de
Um problema do produto,
estatístico do Controle técnicas aplicação de fabricação e
a ser resolvido com menos
processo estatísticas métodos engenharia
inspeção
estatísticos
Toda cadeia
Todos os dptos.
Um problema de fabricação, Planejamento,
A alta
a ser ea medição da
Garantia da Programas e administração
Coordenação resolvido, contribuição quaidade e
qualidade sistemas se envolvendo
enfrentado de todos para desenvolvimento
superficialmente
positivamente impedir falhas de programas
nos processos
na qualidade
Essas mudanças somadas à turbulência gerada por elas têm tido um grande
impacto sobre as organizações. Compreendendo o contexto apresentado, destacam-se
na tabela a seguir as seguintes mudanças de paradigmas:
gestores ter uma nova perspectiva acerca da conquista de alto padrão de qualidade nos
processos inerentes ao alcance das metas administrativas, uma vez que é reputado
como base de uma cultura de gestão voltada para resultados e aumento da
competitividade.
Liderança e constância Atuação de forma aberta, democrática, Ter líderes como mentores, com visão
35
de propósitos inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao sistêmica e abrangente, que ultrapassam
desenvolvimento da cultura da excelência e à as barreiras da organização.
promoção de relações de qualidade.
Responsabilidade Relação ética e transparente da organização com Exercício constante da consciência moral
social todos os públicos com os quais ela se relaciona e cívica da organização
Fonte: Elaborada pelo autor a partir dos conceitos definidos no livro "Conceitos fundamentais de
excelência em gestão", FNQ, 2008.
Pontuação
Critérios Itens
Máxima
1.1. Governança corporativa 40
1.2. Exercício da liderança e promoção da cultura da 40
1. Liderança
excelência
1.3. Análise do desempenho da organização 30
2.7 Processos
Davis (2001) nos apresenta alguns exemplos que mostram de que forma os
processos podem ocorrer dentro da organização. A figura abaixo ilustra o processo de
transformação dos insumos em resultados:
Vários autores vêm tentando conceituar “Melhoria contínua” tal como acontece
com o termo qualidade. A tabela a seguir apresenta definições de diversos autores ao
longo do tempo:
54
Com a evolução do mercado e o foco cada vez mais voltado para o cliente,
estudiosos acabaram por definir que o ciclo deveria se chamar PDCL – Plan, Do,
Check, Learn.
Cabe salientar que o MEG adota o ciclo PDCL, onde as etapas Plan, Do e Check,
são seguidas conforme descrição feita acima, mudando apenas a etapa Act para Learn,
onde os resultados alcançados retornam em forma de informação e conhecimento para
toda a organização, para que esta possa executar ações e buscar o aprendizado
organizacional. A gestão das informações e dos ativos intangíveis é um elemento
essencial à jornada em busca da excelência (FNQ, 2011).
Kotler e Keller (2006) apontam que existem duas formas principais de fortalecer a
retenção de clientes:
1. Erguer barreiras elevadas para impedir a mudança (contratos de fidelização) e
2. Dar aos clientes um alto grau de satisfação – método mais eficiente que por si só
já representa uma barreira natural para a mudança.
Para Duffy (2002), pode-se dividir a fidelização de clientes em dois enfoques:
estratégico e tático. O estratégico habilita a empresa a manter a clientela no longo
prazo; o tático representa o esforço proativo para incrementar o total de negócios com
cada cliente, por meio de relacionamentos e benefícios exclusivos oferecidos
individualmente.
Desta forma, se a fidelização de clientes é o fim, as diversas classificações
semânticas correlatas são os meios para se atingi-la. Sendo assim, deve-se estar
sempre enfocando os seus três principais objetivos que segundo Duffy (2002) são:
1. Aumentar o valor unitário das compras dos clientes e, consequentemente,
o seu valor;
2. Aumentar a repetição de compras estendendo o ciclo de vida do cliente na
empresa e, novamente, o seu valor; e
58
3 MÉTODOS E MATERIAIS
CIRIBELLI (2003) finaliza a ideia apresentada acima, afirmando que "o método
científico, portanto implica o uso adequado da reflexão e da experimentação, como
também de outros procedimentos utilizados nas ciências sociais".
Lakatos e Marconi (2003) defende que a finalidade da pesquisa científica não
representa apenas uma descrição dos dados levantados empiricamente, mas também o
desenvolvimento de um caráter interpretativo, no que se refere aos dados obtidos.
Espírito Santo (1992) aponta que as pesquisas são normalmente classificadas em
4 tipos: experimental, ex post facto; levantamento (survey) e histórica. A pesquisa
caracterizada como levantamento, utilizada neste trabalho, é usada para verificar a
incidência, inter-relação e distribuição de variáveis. Serve também para nos dar
características das variáveis. (ESPÍRITO SANTO, 1992).
Fonseca (2002) complementa a ideia da pesquisa por levantamento afirmando
que este método é especialmente empregado em estudos exploratórios e descritivos e
que a coleta de dados em ambos os casos é feita por meio de questionários ou
entrevistas.
60
Doby (1954 apud Espírito Santo, 1992) sugere que as etapas para a realização de
pesquisas não experimentais, sigam os passos ilustrados à seguir:
Fonte: Eletronorte.
63
Fonte: Eletronorte.
Lakatos e Marconi (2003) destacam que são vários os instrumentos apara realizar
a coleta de dados e que estes variam de acordo com os cenários e com o tipo de
investigação. Os autores afirmam ainda que “esta etapa exige do pesquisador
paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registro dos dados”.
Os dados desta pesquisa foram levantados seguindo os instrumentos de coleta a
seguir:
1. Observação - instrumento básico em se tratando de coleta de dados;
Os dados coletados foram tabulados de modo a oferecerem clareza para a
realização da análise.
65
Fonte: Eletronorte.
3.5 Métodos
tabulados nesta pesquisa, foi obtido o valor médio anual do indicador para cada ano do
estudo.
Neste capítulo é realizada a análise dos dados coletados na pesquisa. O item 4.1
apresenta uma breve explanação sobre os dados a serem analisados. O item 4.2
analisa a pontuação obtida no PNQ. O item 4.3 apresenta a análise dos dados da
pesquisa de satisfação de clientes. No item 4.4 é feita a análise do preço médio da
energia dos contratos de venda de energia. Por fim, o item 4.5 apresenta a correlação
entre as três séries apresentadas.
Os dados relativos ao critério Clientes foram obtidos por meio dos Relatórios
Anuais de Gestão - RAs a partir de cada ciclo de avaliação do PNQ. Os dados foram
tabulados considerando-se separadamente os itens 3.1 – Imagem e Conhecimento de
Mercado e 3.2 – Relacionamento com Clientes. Dentro de cada item são mostrados os
critérios de avaliação da régua utilizada pelos examinadores, conforme apresentado no
próprio RA, sendo eles enfoque, aplicação, aprendizado, integração e a totalização de
todos os itens. Para facilitar a visualização dos resultados na realização da análise,
considerou-se o percentual de pontuação de cada item em relação à pontuação
máxima. Ressalta-se que para consideração do resultado total do Critério Clientes, o
valor percentual representa uma média, enquanto a pontuação absoluta representa a
soma da pontuação dos itens 3.1 e 3.2.
Os resultados da tabulação da pontuação obtida na avaliação do critério clientes
no período de 2007 a 2011, estratificado para cada item do critério, são mostrados na
tabela 9 a seguir.
76
100%
90%
80%
obtida
70% Enfoque
60% Aplicação
50%
40% Aprendizado
30% Integração
20%
10%
0%
2007 2008 2009 2010 2011
100%
90%
80%
70% Linear (Enfoque)
60%
obtida
Linear (Aplicação)
50%
40% Linear (Aprendizado)
30% Linear (Integração)
20%
10%
0%
2007 2008 2009 2010 2011
110%
100%
90%
80%
obtida
70% Enfoque
60% Aplicação
50%
40% Aprendizado
30% Integração
20%
10%
0%
2007 2008 2009 2010 2011
110%
100%
90%
80%
obtida
21
20
15 15 15
15 3.1
12 14
12 3.2
10
12 Média
9 9
9
0
2007 2008 2009 2010 2011
Visando enriquecer a análise dos dados, foram criadas duas bases de dados a
partir dos PFs e OMs. A primeira base de dados considera os comentários relativos a
todos os marcadores dos itens 3.1 e 3.2 (marcadores de "a" a "f", em ambos os casos).
A segunda base de dados considera apenas os marcadores dos itens 3.1 e 3.2
relacionados ao foco desta pesquisa, i.e., busca de novos clientes (identificação de
clientes alvo) e grau de satisfação dos atuais clientes (medição do grau de satisfação).
PF 5 3 4 5 6
3.2 - Relacionamento com clientes
OM 6 5 5 6 0
TOTAL (RAZÃO) 0,64 1,00 1,11 0,54 5,00
Gráfico 8: Razão entre a pontuação obtida nos comentários dos PFs e OMs para
todos os marcadores dos itens 3.1 e 3.2
6
5,00
5
4
3
2
0,64 1,11
MELHOR
1
1,00 0,54
0
2007 2008 2009 2010 2011
A análise gráfica dos PFs e OMs para o item 3.1 demonstra oscilação entre
PFs e OMs. De forma interessante, se observa que a partir de 2010 há crescimento do
número de PFs, acompanhado de forte queda no número de OMs. Esse resultado
demonstra o salto de percepção positiva significativa por parte dos examinadores com
relação à Imagem e Conhecimento de Mercado.
Com relação aos PFs e OMs gerados para o item 3.2, os resultados demonstram
o seguinte: a tendência de crescimento do número de pontos fortes se dá de forma
gradual desde 2008, enquanto o número de oportunidades de melhoria se manteve
estável até 2010, apresentando queda vertiginosa no último ano do estudo, quando
foram observadas zero OMs na avaliação do item 3.2.
O gráfico 8 apresenta a razão entre a pontuação obtida nos comentários dos PFs
e OMs. Os valores foram obtidos dividindo-se o número total de PFs do critério pelo
número total de OMs em cada período.
86
PF 5 1 2 2 1
3.2 - Relacionamento com clientes
OM 4 2 3 5 1
Total (razão) 0,67 1,25 1,40 0,36 1,00
Gráfico 9: Razão entre a pontuação obtida nos comentários dos PFs e Oms,
considerando apenas os marcadores selecionados.
A análise gráfica dos PFs e OMs para o item 3.1 demonstra oscilação entre
pontos fortes e oportunidades de melhoria. De forma interessante, se observa que a
partir de 2010 há crescimento do número de pontos fortes, acompanhado de forte
queda no número de oportunidades de melhoria. Esse resultado demonstra salto de
percepção positiva significativa por parte dos examinadores com relação à Imagem e
Conhecimento de Mercado.
Com relação aos PFs e OMs gerados para o item 3.2, os resultados demonstram
o seguinte: A tendência de crescimento do número de pontos fortes se dá de forma
gradual desde 2008, enquanto o número de oportunidades de melhoria se manteve
estável até 2010, apresentando queda vertiginosa no último ano do estudo, quando
foram observadas zero OMs na avaliação do item 3.2.
O gráfico 9 apresenta uma análise de sensibilidade, ao demonstrar, para cada
período, a razão entre o número total de PFs e o número total de OMs. Dessa forma,
quanto maior o valor registrado no gráfico, melhor será considerado o resultado da
avaliação para aquele período.
No anexo 1 são listados todas as observações feitas pelos examinadores do
PNQ no critério clientes, marcadores 3.1 e 3.2, tanto os pontos fortes, quanto as
oportunidades de melhoria. As observações listadas em azul mostram os comentários
relativos à Identificação de clientes alvo e Satisfação de clientes.
96 96 97
87
Quanto à visão sistêmica do
90 89 95 mercado pela equipe
79 Quanto à forma de
apresentação do produto
94 92 95
85 Quanto à proatividadeda da
equipe
96
94 94
Pontuação Média
88
tipo de cliente é o que mais se relaciona com a equipe da Eletrobras Eletronorte, haja
vista a necessidade de negociação de preço da venda de energia, cláusulas contratuais
e demais assuntos relacionados ao processo de compra e venda.
Em função do atributo "A", que trata da facilidade para entrar em contato com a
área, ter sido classificado dentro do quadrante "C", a nota desse atributo não foi
contabilizada no resultado global.
cliente
(período completo)
96
da pesquisa (%)
94 94
91
88
Pontuação Média
90
88
21 20
80
15
13,5
70 12
12
10
60 9
5
50
40 0
2007 2008 2009 2010 2011
Pesquisa de Satisfação
94 94 96 88 91
de Clientes (%)
Pontuação obtida no PNQ
9 12 13,5 12 21
(Nº de pontos)
1. Nos três primeiros anos do estudo, entre 2007 e 2009, as duas séries
apresentaram, em média, tendência de crescimento em sua pontuação.
2. No período seguinte, entre 2009 e 2010, houve retração na pontuação de ambas
as séries. A retração na pontuação da pesquisa de satisfação de clientes foi
analisada por meio de entrevista junto à equipe responsável, na área de
Comercialização da empresa. Já as OMs que levaram a uma retração na
pontuação estão descritas no Anexo I. A análise dessas OMs permite verificar
que de um total de 13, oito se referem diretamente à sistematização da
metodologia de divulgação da imagem da empresa perante os diferentes tipos de
clientes e a metodologia de medição da satisfação e insatisfação desses
clientes.
3. No último período do estudo, entre 2010 e 2011, ambas as séries apresentaram
tendência de alta. A análise do gráfico 8 permite concluir que em 2011 número
de PFs sobre o número de OMs foi 9,26 vezes maior, demonstrando a percepção
diferenciada do processo por parte dos examinadores da banca do PNQ.
4. Já a pesquisa de satisfação de clientes apresentou crescimento de três pontos
percentuais e 2011, com relação a 2010, evidenciando melhora na percepção
dos clientes para com a equipe.
96
95
R$/MWh
90
90
87 Preço Total (R$/MWh)
85
83 82
80
75
2007 2008 2009 2010 2011
Combinação A C A B B C
2007 a 2008 1,33 1,12 1,33 1,00 1,00 1,12
Variação 2008 a 2009 1,13 1,09 1,13 1,02 1,02 1,09
por
período 2009 a 2010 0,89 0,91 0,89 0,92 0,92 0,91
2010 a 2011 1,75 1,06 1,75 1,03 1,03 1,06
Coef. de Pearson 0,546574 0,780144 0,852471
Grau de correlação MODERADA FORTE FORTE
Fonte: elaborado pelo autor.
2. Existe uma forte correlação entre a variação dos valores de pontuação obtida
no PNQ e da Pesquisa de Satisfação de Clientes.
3. Existe ainda uma forte correlação entre a variação dos valores da Pesquisa de
Satisfação de Clientes e opreço médio da energia.
106
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
FORTE FORTE
PONTUAÇÃO PNQ CORRELAÇÃO SATISFAÇÃO CORRELAÇÃO DESEMPENHO DA
CRITÉRIO CLIENTES DOS CLIENTES COMERCIALIZAÇÃO
CORRELAÇÃO
MODERADA
BIBLIOGRAFIA
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2011. 339 p.
ANEXOS
Anexo I – Histórico dos pontos fortes e oportunidades de melhoria obtidos do
relatório de avaliação dos examinadores da FNQ
b) Os clientes-alvo são definidos pela CEE, b) Não foi evidenciado como são identificadas e
como todos os CL ou CPL, incluindo os da analisadas as necessidades e expectativas dos
concorrência do Submercado Norte, ou seja, os clientes potenciais, visando a sua captação,
CPL atendidos pela Rede CELPA. nem como são definidos os clientes da
concorrência e os mercados potenciais.
c) As necessidades e expectativas dos clientes
atuais são identificadas e analisadas quanto
aos aspectos comercial e técnico. As c) Não foi evidenciado como as necessidades e
necessidades comerciais são tratadas pela expectativas de ex-clientes são identificadas e
CCE e acompanhadas pelo SISCON; as analisadas, nem foram citados os métodos
necessidades técnicas são identificadas e empregados para determinar a importância
atendidas pelo ONS segundo padrões relativa das necessidades e expectativas
estabelecidos e acompanhadas em tempo real identificadas.
pelos Centros de Operação Regional da
Corporação.
2009 d) As marcas, os produtos e as ações de
melhoria são divulgados aos clientes, nas
campanhas de divulgação nacional, em rádios,
jornais, no Site da Internet, no patrocínio em
feiras, exposições e eventos sociais, como
também nos seminários e congressos. A
clareza e autenticidade são asseguradas por
especialistas da área de comunicação que
verificam o conteúdo técnico e a aderência ao
Código de Conduta. e) Não foram apresentadas a identificação e a
e) Por meio das estratégias de avaliação dos níveis de conhecimento das
comercialização, pesquisas de satisfação do marcas e dos produtos e sua comparação com
cliente e outros mecanismos de análise das referenciais comparativos pertinentes.
manifestações dos clientes, são identificados
os níveis de conhecimento dos clientes a
respeito das marcas e dos produtos.
f) A imagem perante os clientes e os mercados
é avaliada por meio da pesquisa de satisfação
do Cliente ELN (técnica), da Pesquisa de
Satisfação dos Clientes aplicada pela CCE
(Comercial) e da pesquisa feita pela PCR.
PFs OMs
[a +] A segmentação de mercado é definida [* -] Quase todos os padrões de trabalho das
compulsoriamente desde 2004, quando da práticas de gestão relativas à imagem e
definição do marco regulatório do SEB, em dois conhecimento de mercado não possuem
ambientes: ACR - Ambiente de Contratação evidências de refinamentos decorrentes de
Regulado e ACL - Ambiente de Contratação aprendizado, que permita implementar
Livre. Há, ainda uma “sub-segmentação”, em "inovações" incrementais ou de ruptura,
que as áreas do País são divididas em regiões considerando as características do setor e
eletro geográficas, denominadas "submercados mercado de atuação. (Refinamento)
de energia”.
[* -] Não foi evidenciado como, a maioria das
práticas apresentadas varia em função da
segmentação definida, podendo comprometer a
favorabilidade da imagem perante os diferentes
tipos de clientes. (Adequação)
2010 [b -] Evidenciado que o conceito de cliente alvo
possui entendimento diferente entre os
membros da Alta Direção. (Adequação)
[c -] Evidenciada ausência de método referente
aos processos gerenciais: pesquisa em editais
[c +] A introdução do controle das garantias de leilão, reunião de trabalho com clientes e
contratuais no SISCON, em 2007, é um contato contínuo com o cliente, participação em
aperfeiçoamento das práticas de identificação e grupos de trabalho e eventos da ABRAGE
avaliação das necessidades e expectativas dos (apresentados na figura 3.1). Assim como se
clientes, fruto de aprendizado corporativo, verifica falta de métodos sistematizados para
possibilitando aos clientes recebimento de utilização das necessidades e expectativas dos
alerta automático da necessidade mensal de clientes a fim de melhorar os processos da
validação dessas garantias junto à CCEE. organização. (Adequação)
[d -] Constatada a inexistência de métodos
sistematizados que assegurem como a clareza,
autenticidade e o conteúdo adequado das
mensagens divulgadas por meio dos
mecanismos de divulgação da marca, produtos
e ações de melhoria (por exemplo; campanha
de divulgação nacional em TV, rádios, jornais e
revistas, site na internet, participação/patrocínio
em eventos, etc. (Adequação).
[e -] Verificada ausência de padrões de
trabalho sistematizados para caracterizar os
níveis de conhecimento dos clientes e mercado
a respeito das marcas e produtos da
organização. (Adequação)
2010 [f --] Identificada ausência de métodos
sistematizados para identificar os atributos que
caracterizam a imagem da ELN, a partir das
questões qualitativas da pesquisa ELN,
impossibilitando concluir que a citação de
cliente: “A ELN é uma empresa confiável e
eficiente” (pesquisa comercial ELN 2009) seja
resultado de análise metodológica; também
não é apresentado que padrão de trabalho é
utilizado para mensuração de “citações
positivas e imparciais espontâneas”.
(Adequação)
PFs OMs
[a +] As informações apresentadas [* -] Não foram identificadas práticas relativas a
demonstram que a segmentação de mercado este item que representem o estado da arte,
ocorre com base no tipo de Ambiente de limitando a pontuação do fator aprendizado em
Contratação: Livre ACL ou Regulado ACR. E 60%. (Refinamento).
também com base em limitações de
transmissão de energia entre regiões [e --] A organização não identifica nem avalia
eletrogeográficas, chamadas de Submercados os níveis de conhecimento dos clientes e dos
de Energia, e estabelecidas pela ANEEL, de mercados relativos a marca e ao produto da
forma adequada e integrada, mantendo a organização. As práticas evidenciadas referem-
competitividade dos agentes quem atuam no se à avaliação da satisfação de clientes atuais,
mercado. demonstrando lacuna de adequação.
(Adequação)
[b ++] Os clientes-alvo no ACL são definidos
com base em análise de riscos registrada em [f --] Não há avaliação de imagem para a
2011 Notas Técnicas – NT que consideram: preço de organização perante os clientes e mercados.
venda provável; risco de exposição ao As práticas evidenciadas referem-se à
Submercado, volume de energia, prazo de avaliação da satisfação de clientes atuais,
fornecimento, e reputação financeira do cliente demonstrando lacuna de adequação.
potencial. A partir de 2009, como refinamento (Adequação).
da prática, a organização realizou a inclusão de
fatores de estudo relativos às questões
macroeconômicas. No caso do ACR não existe
a possibilidade de definir clientes-alvo, sendo o
risco de exposição assumido pela distribuidora.
2009
d) As transações com os clientes são
acompanhadas nos sistemas de controle e
monitoramento informatizado dos padrões de d) Não foi caracterizada a existência de
qualidade (continuidade, tensão e frequência), acompanhamento de transações com novos
da energia fornecida, tanto nas instalações da clientes.
candidata, quanto nas dos seus fornecedores
de serviços de transmissão (CPA, CTO e
CMA), e no ONS.
Indique o grau com que você concorda ou discorda das seguintes declarações
acerca da área de comercialização da Eletronorte, conforme a seguinte legenda:
Discordo Totalmente 1
Discordo Parcialmente 2
Indiferente 3
Concordo Parcialmente 4
Concordo Totalmente 5
Questionário - Distribuidoras
1. Como você avalia os seguintes Satisfação Importância
atributos de valor na dimensão
1 2 3 4 5 NA 1 2 3 4 5 NA
Atendimento:
K. Facilidade para entrar em contato:
pessoalmente, telefone, e-mail ou
canal “fale conosco”
L. Cordialidade e Cortesia: educação,
respeito e clareza nas informações
transmitidas pela equipe de contato
ao lidar com o cliente
M. Integridade: honestidade, justiça e
imparcialidade com que o cliente é
tratado
N. Eficácia no atendimento das
solicitações: prazo e qualidade
O. Assessoramento comercial,
regulatório ou técnico
Questionário - Comercializadoras
5. Como você avalia os seguintes Satisfação Importância
atributos de valor na dimensão
1 2 3 4 5 NA 1 2 3 4 5 NA
Atendimento:
Z. Facilidade para entrar em contato:
pessoalmente, telefone ou e-mail
AA. Cordialidade e Cortesia: educação,
respeito e clareza nas informações
transmitidas pela equipe de contato
ao lidar com o cliente
BB. Integridade: honestidade, justiça e
imparcialidade com que o cliente é
tratado
CC. Eficácia no atendimento das
solicitações: prazo e qualidade
DD. Assessoramento comercial,
regulatório ou técnico