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Fici:-^ 1 - A corrci;i postura, sóbria e ereta, porém descon- Figura 2 - Abandonar-se ao relaxamento do corpo dificulta a
tra..^'- facilita a emissão sonora e o caminhar no palco. F. emissão canora. A capacidade respiratória diminui pela ausên-
M.vi^^-iís Alexander [preconiza que esta postura elegante exer- cia do apoio abdominal.
cií.-.-;.-. diante do um espelho e estudada diariamente corrige
Os •.--•canismos doÍUIK ionamento vocal e respiratório. (Adap-
ta.i,- .-.o CD de Fril/. Wunderlich, 1965).
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palavra, porque não se fala de amor e ódio com a mesma Toscanini (1867-1957) quais eram os meios que ele empre-
entonação. gava para decorar tantas partituras de orquestra. O gran-
o estudo do idioma italiano é de suma importân- de regente respondeu com a maior simplicidade: "decoro
/ c i a , por ser sonoro e pela valorização dos sons orais. É tam- com o coração".
bém importante por ser a língua makr do bel canto. Ou- Formadas essas concepções, o estudante precisa
tros idiomas devem ser igualmente estudados, pois é sem- ser alertado no que se refere à necessidade do aprendiza-
pre preciso saber o que se está dizendo, para se interpre- do da teoria musical e solfejo, pois se depreende que o can-
tar os textos com propriedade. tor desprovido desses conhecimentos dificulta o trabalho
Com a formação do ebco existente que liga o apara- dos pianistas repassadores e dos regentes de orquestras.
to respiratório e os ressoadores, forma-se a coluna sonora, Um cantor que não está preparado musicalmente dificil-
estabelecendo-se a união dos registros (veja capítulo 7, Re- mente conseguirá galgar um lugar de destaque entre os
gistro). O /exílio é de suma importância para se conseguir bons artistas. O aprimoramento musical define-se com a
refinamento no canto. Segundo a excelente soprano Rena- aplicação da dinâmica por ser esta a parte que trata da
ta Scotto: "o mesmo deve ser executado por cima das notas" diferença de intensidade. Enriquece o fraseado, dando be-
(Master Class, Pittsburgh, 1996) e não de outras formas leza e colorido a todo o trecho a ser cantado.
como entendem alguns orientadores vocais. Esse maravi- E na intensidade do som e em sua dinâmica que en-
lhoso refinamento, quando bem-delineado, demonstra o contramos o grau de força existente do som, que vai do mais
grau de potencialidade dos conhecimentos técnicos de um fraco ao mais forte. Durante o estudo, o aluno, por meio
cantor. Deve-se exercitar as escalas ascendentes e descen- de seu professor, aprenderá os indicadores para a devida
dentes, assim como os intervalos de terça, quintas, oitavas execução, estando as mesmas assinaladas nas partituras.
e nonas, seguidos do ataque, trinado, staccato, mezza voce No estudo do solfejo urge levar-se em conta o rit-
e demais vocalises, que enriquecem os harmónicos da voz, mo e a melodia. O sentido do ritmo e da métrica são im-
dando-lhe beleza, sonoridade, intensidade e ampUtude. portantes para se assegurar o cantar a tempo, levando-se em
O professor não deve jamais se impressionar com conta a pulsação cadenciada, como se fosse uma música
o volume da voz do aluno. Não existe voz grande e sim interna. A melódica serve para condicionar o ouvido à exa-
grandes vozes. Geralmente a riqueza não é sinal de boa ad- tidão das notas, seus intervalos e modulações.
ministração. Com o canto verifica-se o mesmo. Canta-se Após esse período, depara-se com um novo pano-
também com a_voz; é um antigo provérbio itaUano. rama, que deverá ser o estudo dos Métodos Vaccai, Conco-
Independentemente dos fatores já mencionados, o ne, Panofka ou Marchesi, por serem valiosos auxiliares do
cantor deve possuir boa memória, por ser um importante canto, pois foram estruturados por verdadeiros mestres
indicador. Memorizar ajuda o aluno a libertar-se da parti- dessa difícil arte, que conheciam a fundo todos os segre-
tura, evitando a dispersão, estando à disposição para pen- dos concernentes ao rendimento das vozes. Observa-se que
sar mais no mecanismo e, com isso, colher melhores resul- as primeiras lições são relativamente fáceis e adequadas a
tados. Certa vez, perguntaram ao insigne maestro Arturo um prinrini^ntp Nn àpcnvrp
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vão-se apresentando, preparando os cantores para as comple- manter o equilíbrio do corpo e da cabeça, estabelecendo o
xidades que encontrarão nos diversos géneros de música. pé de apoio como um dos pontos de referência. Não pen-
O estudo das Arias Antigas, igualmente muito bem- sar em relaxamentos, pois essa atitude tende ao abando-
,> compostas, resultará em benefícios apreciáveis, bem como no. Cantar diante do espelho é o que leva ao condiciona-
os lieder alemães, canções francesas, compositores contem- mento do que acabamos de descrever.
'"^v porâneos e brasileiros, As árias de óperas devem ser acres- Por meio da assimilação, o cantor que entendeu as
centadas, obviamente, condizentes com as possibilidades regras da técnica vocal e as mecanizou cede espaço à ins-
de cada aluno. piração, que o levará ao rumo da boa interpretação.
As partituras devem ser minuciosamente estuda-
das. Luciano Pavarotti (em entrevista concedida ao jornal
O Estado de S. Paulo, 1997) afirma: "cjimido um cantor estu-
da uma ária, deve marcar quais os pontos mais importantes e
difíceis e se concentrar para cantá-los deforma clara. E por isso
que será preciso ensaiar cem vezes antes de cantá-la em públi-
co ". Deduz-se que se deverá repetir quantas vezes forem
necessárias, naturalmente com boa orientação, tirando van-
tagem da associação do conhecimento e da consciência.
Quando se está vendo um instrumento, o incenti-
vo para aprendê-lo é bem maior, porque está ao alcance de
todos. No aprendizado do canto, as situações são mais com-
plexas, por não serem tangíveis.fomente pela conscientiza-
_^_das_Lensjçêes ,é que se alcança o objetivo desejado.
Convencer-se de que se canta como se fala è a mais natu-^
ral maneira de se entender os princípios básicos da forma-
ção vocal.
O estudante que já possui predicados para se apre-
sentar em público, o que não deve acontecer prematura-
mente, obriga-se a estar tecnicamente seguro e musicalmen-
te preparado. Com esses requisitos evita-se, em grande
parte, o pânico ao se deparar com a plateia. A autoconfian-
ça, aliada a uma postura elegante, demonstra, no primeiro
contato, que se trata de um candidato a cantor que se pro-
pôs a encarar as situações com segurança e tranquilidade.
Pisar o palco com firmeza e determinação. Plantar-se para