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51. Desbalanceamento
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
A transferência de energia mais eficiente entre duas máquinas ocorre se seus eixos
estiverem corretamente alinhados, se comportando como uma única máquina. Quanto mais
alinhado maior será a eficiência de transmissão de energia.
Mais da metade de todos os problemas que ocorrem nas máquinas são causados
por desalinhamentos. Os demais problemas, tais como pé manco e rolamentos danificados,
são diretamente ligados ao desalinhamento.
O desalinhamento ocorre quando os eixos, acoplamentos e rolamentos não são
adequadamente alinhados ao longo de suas linhas de centro. O desalinhamento gera forças
indesejáveis no acoplamento acrescentado cargas extras nos componentes mecânicos,
como vedações e rolamentos.
Os tipos de desalinhamento são o angular ou axial, radial ou paralelo e ainda uma
combinação entre os dois.
Comumente, tem-se a combinação dos dois tipos, conforme mostrado na Figura 5.6.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Uma das razões mais comuns das paralisações não planejadas de máquinas
acionada por correia é o desalinhamento de polias. O desalinhamento de polias pode
aumentar o desgaste em polias e correias, além de aumentar os níveis de vibração e ruído.
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5.5. Rolamentos
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Exemplificando, para um rolamento da série 6206 a 1745 rpm sua frequência central
de ressonância é em torno de 5000 Hz. Estes impulsos irão ocorrer periodicamente com
uma frequência que é determinada, unicamente, pela localização do defeito, podendo estar
na pista interna, na pista externa ou no elemento girante, MacFadden e Smith (1984).
As frequências características em (Hz) da pista externa (BPFO - Ball Pass Frequency
Outer Race), da pista interna (BPFI - Ball Pass Frequency Inner Race), do elemento rolante
(BSF - Ball Spin Frequency) e da gaiola (FTF - Fundamental Train Frequency), são dadas,
respectivamente, pelas Equações 5.2 a 5.5, onde fr é a frequência de rotação (Hz), d é o
diâmetro da esfera ou do rolo (mm), D é o diâmetro primitivo do rolamento (mm), n é o
número de esferas ou rolos e é o ângulo de contato do rolamento, conforme mostrado na
Figura 5.17, Brito (2002).
n
( )
d
BPFO= f r 1- cosβ
2 D (5.2)
n
( )
d
BPFI= f r 1+ cosβ
2 D (5.3)
BSF=
d
2D [() ]
f r 1-
d 2 2
D
cos β
(5.4)
FTF=
1
2 ( )
f r 1+
d
D
cosβ
(5.5)
Segundo Abreu et al. (2007), essas frequências podem ser identificadas, caso o
rolamento apresente falha, no domínio da frequência através da FFT como uma amplitude,
não síncrono da velocidade de operação, numa região de alta frequência (frequência central
de ressonância) e espaçado por bandas laterais na frequência de falha correspondente às
pistas, esferas e ou gaiola.
Na Figura 5.18, tem-se um espectro FFT de uma falha na pista interna e externa
(BPFI e BPFO) de um rolamento da série 6206.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Figura 5.19 - Falha na pista interna (BPFI) e externa (BPFO) de um rolamento da série
6206.
Figura 5.20 – Envelope: Falha presente na pista externa (BPFO) do rolamento 1315.
A maioria dos softwares de análise de vibração incorpora um banco de dados interno
contendo informações sobre rolamentos identificados segundo seus fabricantes e modelos.
As quatro frequências de falha de rolamentos são armazenadas nesse banco de dados.
Como parte da configuração da medição de um rolamento. O usuário apenas especifica o
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
fabricante e o modelo do rolamento que está sendo monitorado. Uma vez especificados as
frequências de falha os rolamentos são associadas à medição. Após a obtenção dos dados,
a frequência de falha do rolamento pode ser exibida nos espectros da vibração. Uma
amplitude numa frequência de falha conhecida indica que o rolamento possui um problema
em potencial.
5.6. Engrenamento
Os problemas de vibrações relacionados com engrenagens são facilmente
identificados porque eles ocorrem geralmente na frequência de engrenamento (f eng), isto é,
número de dentes vezes a rotação da engrenagem defeituosa.
Na Figura 5.21, tem-se um espectro típico de vibrações em engrenagens
(feng = 1883 Hz). Em arranjos complexos de engrenagens onde estão presentes várias
frequências de engrenamento, é bom esquematizar o arranjo e testar todos os produtos a
fim de identificar a origem do problema.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Irregularidades locais, tais como trincas, fissuras, rebarbas nos dentes entre
outras.
Engrenagens excêntricas ou com erro no módulo.
Engrenagens com dentes quebrados.
Desalinhamentos entre as engrenagens.
O dente de uma engrenagem é uma viga engastada num extremo e livre no outro.
Assim, quando excitado, pode vibrar na sua frequência natural, cujo valor depende das
dimensões, geometria e material do dente. No momento do engrenamento, uma força de
contato é aplicada ao dente fletindo-o. Após a liberação do contato, o dente oscila livre com
vibração amortecida e de alta frequência. Essas vibrações são transmitidas ao eixo da
engrenagem e daí, aos mancais. As frequências naturais das engrenagens são altas quando
comparadas com as frequências de engrenamento do sistema.
5.7. Ressonância
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Visto que a vazão da bomba é variada, determinados ajustes fazem com que a
tubulação comece a vibrar violentamente. A compreensão da interação entre as forças e a
resposta vibratória resultante em um caso como este torna relativamente fácil diagnosticar a
falha e corrigi-la. Contudo, muitos profissionais não têm essa compreensão e, portanto, esses
problemas de ressonância são muito comuns nas indústrias. Em outros casos, a máquina
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
inteira pode ressoar sobre sua base ou fundação. Frequentemente, os fabricantes de uma
máquina a projetam para uma determinada aplicação. Eles escolhem um determinado motor e
uma determinada bomba e montam esses componentes em uma base ou estrutura padrão.
Determinadas combinações de componentes podem produzir uma máquina que
ressoa exatamente na velocidade de operação. Essas máquinas geralmente trazem muitas
dificuldades, visto que são sensíveis à mais leve alteração no balanceamento ou no
alinhamento. Em alguns casos, elas nunca funcionarão bem. Novamente, reconhecendo-se
isso como um problema de ressonância, correções simples podem produzir uma melhora
significativa. A seguir tem-se algumas características da ressonância.
Amplitude incomum e alta quando comparada com outras.
Sensibilidade às alterações de velocidade e aumentos e reduções na velocidade,
produzindo alterações grandes na amplitude.
Episódios repetidos de surgimento de trincas devido à fadiga produzida pelas
altas tensões provenientes da condição ressonante.
Dificuldade em realizar o balanceamento devido a ressonância que ocorre na
velocidade de operação.
É necessário diagnosticar a máquina para que se possa confirmar que a ressonância
não é a causa de problemas de tal equipamento. Se a ressonância não for considerada desde
o início, a correção de um problema óbvio pode ser ignorada.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
5.9. Truncamento
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
5.10. Ventilação
Os ventiladores produzem vários tipos de excitações dinâmicas que geram
vibrações. A seguir destacam-se as mais importantes.
Passagem das pás: com frequência igual à rotação vezes o número de pás, que
vão induzir tensões nas pás e gerar fadiga, principalmente se excitarem
ressonâncias.
Região instável do ventilador: as vibrações são provocadas por flutuações na
pressão dinâmica do ventilador, podendo ser resolvido variando as aberturas de
fluxo de ar.
Desbalanceamento: ocorrem devido a incrustações e/ou desgastes nas
ventoinhas gerando esforços dinâmicos e gerando vibrações ou fadiga.
As ventoinhas internas do motor merecem atenção especial. A quebra de uma das
pás pode danificar seriamente o estator ou até mesmo destruí-lo.
Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
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Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
- O desbalanceamento de forças estará em fase e
será permanente.
- A amplitude devida ao desbalanceamento
crescerá com o quadrado da velocidade.
- Amplitude em 1 x fr estará sempre presente no
espectro e será a de maior energia.
- Pode ser corrigida pela colocação, simplesmente,
de um peso de balanceamento em um plano no
centro de gravidade do Rotor (CG).
- O desbalanceamento de acoplamento tende a
ficar 180° fora de fase no mesmo eixo.
- Amplitude em 1 x fr estará sempre presente no
espectro e será a de maior energia.
- A amplitude varia com o quadrado do crescimento
da velocidade.
- Pode provocar vibrações axiais e radiais
elevadas.
- A correção exige a colocação de pesos de
balanceamento em pelo menos dois planos.
- Observe que pode existir aproximadamente 180°
de diferença de fase entre as horizontais OB e IB,
bem como entre as verticais OB e IB.
- O desbalanceamento do rotor em balanço causa
elevada amplitude em 1 x fr tanto na direção axial
como na direção radial.
- Leituras axiais tendem a estar em fase, enquanto
leituras de fase radiais podem ser instáveis.
- Rotores em balanço comumente têm
desbalanceamento de força e de acoplamento,
cada um dos quais exigirá igualmente que se faça a
correção.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
- Problemas de arqueamento do eixo causam alta
vibração axial com as diferenças de fase axial
tendendo para 180° no mesmo componente da
máquina.
- A vibração dominante é normalmente de 1 x fr se a
curvatura for próxima ao centro do eixo, mas será
de 2 x fr se a curvatura estiver próxima ao
acoplamento. (Ao fazer as medições seja
cuidadoso com a orientação do transdutor ,
invertendo a direção do transdutor para cada
medição axial).
Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
- Rolamento enjambrado pode gerar considerável
vibração axial.
- Causará movimento de torção com
aproximadamente 180° de variação de fase de alto
a baixo e/ou lado a lado quando medido na direção
axial do mesmo local do mancal.
- Tentativas de realinhar o acoplamento ou
balancear o rotor não aliviarão o problema. O
rolamento deve ser removido e instalado
corretamente.
Espectro
Observações
Típico
- O roçamento do rotor produz espectro similar à folga mecânica quando as
partes rotativas entram em contato com componentes estacionários.
- O atrito pode ser parcial ou em toda a rotação. Usualmente, gera uma série de
frequências, muitas vezes excitando uma ou mais ressonâncias. Muitas vezes
excita uma série completa de sub-harmônicos frações da velocidade de rotação
(1/2, 1/3, 1/4,1/5, ...1/n), dependendo da localização das frequências naturais do
rotor.
- O roçamento do rotor pode excitar muitas frequências altas (ruído de banda
larga semelhante ao ruído do giz quando risca o quadro-negro).
- Ele pode ser muito sério e de curta duração se provocado pelo contato do eixo
com o metal-patente do mancal (babbit).
- Pose ser menos sério quando o eixo roça em uma vedação, a pá de um
misturador roça na parede de um tanque, e o eixo ou a luva roça no guarda-
acoplamento.
Tabela 5.8 - Diagnóstico de ressonância.
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VIBRAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS
Espectro
Relação de Fases Observações
Típico
- Ocorre ressonância quando uma frequência
forçada coincide com uma frequência natural do
sistema, podendo provocar um grande aumento da
amplitude, resultando em falha prematura ou
mesmo catastrófica.
- Esta pode ser uma frequência natural do rotor,
mas pode, muitas vezes, se originar da carcaça, da
fundação, da caixa de engrenagens ou mesmo de
correias de transmissão.
- Se o rotor estiver em ressonância ou próximo
dela, será quase impossível balanceá-lo devido à
grande variação de fase (90° em ressonância;
aproximadamente 180° quando a ultrapassa).
- Muitas vezes exige-se que a frequência natural
seja mudada.
- Frequências naturais não mudam com a mudança
de velocidade, o que ajuda a facilitar sua
identificação.
Estágio de Falha 2
- Defeitos de pequena monta começam a "cercar" as
frequências naturais dos componentes do rolamento (Fn) que
ocorrem predominantemente na faixa de 30K a 120K CPM.
- Frequências das bandas laterais aparecem acima e abaixo
do pico da frequência natural ao fim do Estágio 2.
- A energia de ponta cresce, por exemplo, de 0,25 para
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0,50 gSE.
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