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PROFESSOR DA EBD
Preparando a lição da EBD CPAD.
F E V E R E I R O 5 , 2 0 2 2 P O R A L E S S A N D R O S I LVA
TEXTO ÁUREO
“Bem -aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam
as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1.3)
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VERDADE PRÁTICA
As profecias são mensagens que expressam a soberana vontade do Senhor. Elas
servem para alertar o povo de Deus, produzindo esperança e confiança nas promessas
divinas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 1.1 Deus falou muitas vezes e de várias maneiras por meio dos profetas
Sábado – Ap 21.2-4 O pecado será banido para sempre e os eleitos herdarão a Nova
Jerusalém
Jeremias 1
6- Então disse eu: Ah, Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar porque sou uma criança.
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7- Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te
enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
8- Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.
9- E estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho
as minhas palavras na tua boca;
10- Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para
derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e para edificares e para plantares.
Joel
2- Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra: Aconteceu isto em
vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais?
3- Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os
filhos destes, à outra geração.
Apocalipse 1
1- Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as
coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a
João seu, servo,
3- Bem -aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
PLANO DE AULA
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1-INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a profecia bíblica, no Antigo e no Novo Testamentos. Os
profetas foram pessoas escolhidas por Deus para anunciar a sua revelação. A
mensagem profética tinha o propósito de gerar despertamento, arrependimento e/ou
fortalecimento da fé e da esperança. Dada sua importância, estudaremos a ação
ministerial dos profetas maiores e menores, que se dirigiram aos hebreus e a outras
nações. Também veremos o conteúdo de Apocalipse, visto que se trata de uma
mensagem profética direcionada à Igreja de Cristo.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Explique aos seus alunos que a profecia bíblica é uma mensagem de
despertamento e/ou esperança. Ressalta que os livros proféticos tem um forte apelo à
prática da justiça e da misericórdia.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
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A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.41, você encontrará
um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na
preparação de sua aula:
2) O auxílio “ Uma Visão Geral do Apocalipse”, localizado ao final do terceiro tópico, traz
uma introdução ao último livro da Bíblia. Lê-lo reverentemente gera oportunidade de
desfrutar das mais ricas bênçãos espirituais.
INTRODUÇÃO COMENTÁRIO
Os livros proféticos do Antigo Testamento se dividem em “ Profetas Maiores” e
“Profetas Menores”. A designação serve para diferenciar o tamanho dos livros e não o
grau de importância de seus autores. Os Profetas Maiores são Isaías, Jeremias,
Lamentações, Ezequiel e Daniel. Já os outros doze, de Oséias a Malaquias, são os
Profetas Menores. No Novo Testamento apenas o livro de Apocalipse é classificado
como profético. A mensagem deste livro desperta e, ao mesmo tempo, produz
esperança para o povo de Deus.
COMENTÁRIO
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Os chamados Profetas Menores — Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum,
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias — viveram em um período de tempo
que vai do século oitavo a.C. ao século quinto a.C.; entretanto, a sua mensagem é ainda
atual e pungente para os nossos dias, pois traz princípios e advertências voltados para
questões sociais, políticas, familiares e espirituais que se aplicam à realidade de
crentes de todas as épocas, além de conterem revelações escatológicas, sobretudo
relacionadas ao futuro de Israel, que ainda irão se cumprir, e muitas profecias relativas
à Primeira Vinda de Cristo, que já se cumpriram e são atestadas nos Evangelhos. Os
Profetas Menores são assim chamados não porque seus ministérios tenliam tido
menos importância em relação aos dos chamados Profetas Maiores — Isaías, Jeremias,
Ezequiel e Daniel.
Essa designação, que tem origem no cristianismo, expressa apenas o fato de que
aqueles foram profetas canônicos veterotestamentários que deixaram um menor
registro de profecias em seus respectivos livros. Na Bíblia hebraica, eles estão contidos
em um só volume e foram provavelmente agrupados dessa forma por volta de 425 a.C.
por Esdras e a chamada Grande Sinagoga, um grupo formado por 120 doutores da Lei.
Como destaca Isaltino Gomes, “o volume contendo todos os Profetas Menores se
constitui de 67 capítulos e 1.050 versículos. É menor que Isaías, que tem 66 capítulos e
1.202 versículos; que Jeremias, que tem 52 capítulos e 1.364 versículos; e que Ezequiel,
que tem 48 capítulos e 1.273 versículos. No entanto, […] não se deve pensar que a
extensão de sua obra possa nos levar a presumir de pouco valor espiritual. […] Se
tivermos sensibilidade e soubermos ouvir o que o Espírito Santo nos ensina através
deles, nossa vida será grandemente enriquecida”.
Na literatura judaica, esses livros são chamados de “Os Doze” ou “Os Doze Profetas”
(ou Dodekapropheton, no texto grego da Septuaginta) pelo menos desde 132 a.C.
(outros datam 190 a.C.), época provavel da produção do livro apócrifo de Eclesiástico,
escrito por Jesus Ben Sirac, que é o primeiro registro conhecido dessa designação:
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“Quanto aos doze profetas, refloresçam os seus ossos em seus túmulos, pois
fortaleceram Jacó, e redimiram-se (da servidão) por uma fé corajosa” (Eclesiástico
49.12). Quanto à designação cristã “Profetas Menores”, ela surgiu na Igreja Latina,
segundo afirma Agostinho (345-430 d.C.), bispo de Hipona, em sua obra A Cidade de
Deus. Alexandre Coelho e Silas Daniel. Os Doze Profetas Menores. Editora CPAD. pag.
9-10.
Palavra-Chave: ESPERANÇA
I – OS PROFETAS MAIORES
COMENTÁRIO
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A Bíblia registra que Deus falou muitas vezes e de várias maneiras por meio dos
profetas (Hb 1.1). O termo grego empregado para profecia é propheteia, com o
significado de “a declaração da mente e do conselho de Deus”. O Dicionário Vine
enfatiza que “a profecia não é necessariamente, nem mesmo primariamente
vaticinadora […] é a descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao
passado, presente ou futuro (Gn 20.7; Ap 1.19)”. A atividade profética na Bíblia tem a
sua origem em Deus e a difere do “profetismo” das demais religiões. A profecia nas
Escrituras é a manifestação do Espírito com o propósito de proclamar os desígnios
divinos, exortar e levar o seu povo à obediência e à fidelidade com Deus e a sua Palavra.
Termos e Definições A palavra hebraica para «profeta» é nabi, que vem da raiz verbal
naba. Essa palavra significa «anunciador», «declarador», e, por extensão, aquele que
anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por alguma revelação ou
discernimento intuitivo. Ademais, os profetas usavam vários meios de adivinhação e
envolviam-se em oráculos. Os termos hebraicos roeh e hozek também são usados.
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Ambos significam «aquele que vê», ou seja, «vidente». Todas as três palavras aparecem
em I Crô. 29:29. Os eruditos procuram estabelecer distinções entre elas, mas talvez
sejam meros sinônimos, usados para emprestar variedade literária às composições
escritas. Nabi é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento.
Alguns exemplos são Gên. 20:7; Êxo. 7:1; Núm. 12:6; Deu. 13:1; Juí. 6:8; I Sam. 3:20; II
Sam. 7:2; I Reis 1:8; II Reis 3:11; Esd. 5:1; Sal. 74:9; Jer. 1:5; Eze. 2:5; Miq. 2:11. É possível
que esta palavra também fosse usada para designar a missão profética. Um título
comumente aplicado aos profetas era «homem de Deus», que ocorre por cerca de
setenta e seis vezes no Antigo Testamento. Cerca de metade dessas ocorrências é
usada em referência a Eliseu, e outras quinze dizem respeito a um profeta cujo nome
não é dado (I Reis 13). Além disso, a expressão é usada para designar Moisés, Elias,
Samuel, Davi e Semeias. Por sua vez, roeh figura por doze vezes no Antigo Testamento:
I Sam. 9:11,18,19; II Sam. 15:27; I Crô. 9:22; 26:28; 29:29; II Crô. 16:7,10; Isa. 30:10. Sete
destas ocorrências aplicam-se a Samuel. Hozeh figura por dezenove vezes: I Crô. 21:9;
25:5; 29:29; II Crô. 9:29; 12:2,15; 19:2; 29:25,30: 33:18,19; 35:15; II Sam. 24:11; II Reis
17:13; Isa. 29:10; Amós 7:12; Miq. 3:7. Ainda outros títulos dados aos profetas são:
Atalaia (no hebraico, sophim): Jer. 6:16; Eze. 3:17; pastor (no hebraico, raah): Zac. 11:5,16.
No Antigo Testamento
Abraão foi a primeira pessoa a ser chamada de «profeta» na Bíblia (ver. Gên. 20:7). E
Moisés foi o primeiro profeta nacional de Israel (ver Deu. 18:15-19). Então Moisés
tornou-se uma espécie de modelo dos profetas de todos os tempos. Muitos rabinos
chegaram a pensar que Jeremias fosse Moisés reencarnado. De acordo com tal
tradição, os principais profetas voltariam para cumprir novas missões proféticas. Essa
tradição também é exemplificada na doutrina acerca de Elias-João Batista. Observando
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esses fatos, podemos perceber a grande importância atribuída aos profetas, dentro da
cultura hebréia.
Deus é quem prepara os profetas, conforme aprendemos em Êxo. 3:1-4:17; Isa. 6′ Jer.
1:4-19; Eze. 1-3; Osé. 1:2; Amós 7:14,15; Jon. 1:1. Porém, um profeta falso pode ter a
ousadia de autonomear-se (ver Jer. 14:14; 23:21).
A Ordem Profética. Esta não foi abandonada à sua própria sorte. Havia toda uma
instituição profética. Os profetas e os sacerdotes eram ambos líderes civis e religiosos
na cultura dos hebreus. Isso foi oficializado nas posições ocupadas por Moisés e Aarão ,
e o ideal foi levado avante durante toda a história subsequente de Israel. Foi feita a
Moisés a promessa da perpetuidade do oficio profético em Israel (ver Deu. 18:9,15), que
culminaria na pessoa do Messias, o maior de todos os profetas. Houve Moisés; então a
sucessão dos profetas, então a fruição do oficio, profético na pessoa de Jesus Cristo.
Entre os dias de Josué e de Eli «as visões não eram frequentes» (I Sam. 3:1), o que
significa que o ofício profético esteve em baixo nível. Mas esse ofício ressurgiu com os
reis-profetas e com o aparecimento das escolas de profetas. Samuel, um levita da
família de Coate (ver I Crô. 6:28), produziu um novo irrompimento da função profética e
de reformas sociais (I Sam. 9:22). Não foi Samuel quem criou essa ordem, mas foi o
instrumento de renovação do seu poder. Quanto às raízes da ordem profética, ver Deu.
13:1; 17:18; 18-20.
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tem erros. Esta atitude envolve certa forma de idolatria, pois somente Deus é infalível.
Para exemplificar, os profetas do Antigo Testamento predisseram o retomo do povo de
Israel à sua terra, após os cativeiros (assírio e babilónico), e que então ocorreria a Idade
Áurea, como acontecimento imediato, segundo é fácil entender com a leitura de seus
textos. Porém, os profetas do Antigo Testamento não perceberam a grande expansão
de tempo que teria de passar-se entre a volta dos cativos israelitas e a era do milênio.
Passaram-se praticamente dois milênios e meio desde aqueles profetas, mas a Idade
Áurea ainda não surgiu no horizonte. Assim, os profetas também não anteciparam a
maior de todas as dispersões: aquela provocada pelos romanos, no século I D.C., a qual,
infelizmente, ocorreu após o retomo dos judeus do cativeiro babilónico, desfazendo
qualquer possibilidade de uma verdadeira restauração, durante muitos e muitos
séculos. E ainda estamos esperando pelo cumprimento dessas predições bíblicas.
Contudo, podemos estar certos de que, no tempo certo, elas terão cumprimento. As
Escrituras Sagradas reservam a Deus o direito de conhecer o futuro. A questão
«tempo» é uma das prerrogativas divinas. «Não vos pertence saber os tempos ou
épocas que o Pai determinou para sua exclusiva autoridade» (Atos 1:7).
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COMENTÁRIO
Isaías profetizou no reino de Judá. Seu ministério ocorreu nos dias dos reis Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias (Is 1.1 ss).
permaneceu negligente e confiado nos falsos profetas (Jr 27.5). Então, no ano 586 a.C.,
após dezoito meses sitiada, Jerusalém caiu diante do exército de Nabucodonosor. Seus
muros foram queimados, o Templo foi destruído, e o restante do povo foi deportado
para a Babilônia (Jr 21.13,14; 52.28-20; Lm 2.7,8).
Conforme se pode ver, Isaías (ou o deutero-lsaías?) viveu na época em que impérios
caíram e se levantaram. Em sua confiança de que nada de mal poderia acontecer a um
obediente povo de Israel, ele partia da ideia de que as tribulações do povo de Deus se
deviam a causas morais e espirituais, e não apenas políticas e militares. Ele
pressupunha que Deus controla todas as coisas, e que todo o desastre que recaiu
sobre Israel poderia ter sido impedido, se o povo de Deus se tivesse mostrado fiel ao
Senhor. Porém, o que sucedeu foi precisamente o contrário. As nações de Israel e Judá
haviam caído em adiantado estado de decadência moral e espiritual. Na primeira
metade do século VIII A.C, tanto Israel (sob Jeroboão II, cerca de 782—753 A.C.) quanto
Judá (sob Uzias) haviam desfrutado de um período de grande prosperidade material. Foi
uma espécie de segunda época áurea, perdendo em resplendor somente diante da
glória da época de Salomão. Os capítulos dois a quatro de Isaías nos fornecem
indicações sobre isso.
Dali por diante, ele declarou, ousadamente, a inevitável queda de Judá e a preservação
de um pequeno remanescente fiel a Deus (Isa. 6.13). Todavia, alguns raios de esperança
alegram as suas predições: Através desse pequeno remanescente, ocorreria uma
redenção de âmbito mundial, quando viesse o Messias, em seu primeiro advento (Isa.
9.2,6; 53.1-12). E, por ocasião do segundo advento do Messias, haveria a salvação e a
restauração da nação (Isa. 2.1-5; 9.7; 11.1-16; 35.1-10; 54.11-17). O tema de que Israel,
um dia, será a grande nação messiânica no mundo, um meio de bênção para todos os
povos (o que terá cumprimento somente no futuro), que fez parte tão constante das
predições de Isaías, tem atraído para ele o título de profeta messiânico” (Unger, em seu
artigo sobre Isaías).
A esperança de Jeremias, em meio ao juízo divino iminente, deu origem a um ato de fé,
quando ele comprou um terreno em Anatote (não distante de Jerusalém), pois sabia
que o povo de Judá haveria de retornar à sua pátria. É lamentável que o próprio
Jeremias tenha sido assassinado no exílio (no Egito), o que significa que o ato de
compra do terreno era simbólico, não lhe tendo trazido nenhuma vantagem pessoal.
Porém, Deus também estava controlando a situação, e podemos ter certeza de que o
profeta nada perdeu, mas somente teve a ganhar. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo
Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2780; 2984.
ISAÍAS
O que se destaca na profecia de Isaías é seu rico conceito acerca do Deus eterno.11
Para o profeta, Deus se eleva acima de todas as coisas terrenas. Ele é “o Senhor dos
exércitos”, “o Alto e Sublime que habitou a eternidade”, “o Poderoso de Israel”,
“Criador” de todas as coisas e o Eterno que fez todas as coisas. Deus dirige o curso da
história; não há outro Deus além dele e Ele não tem nenhuma intenção de repartir sua
divindade com qualquer rival humano. Ele é o Deus de sabedoria e poder. Além disso,
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Se o povo de Deus sofre opressão, é por causa dos seus pecados. No entanto, chegará
o tempo do perdão e conforto de Deus. Assim, na profecia de Isaías Deus fala de si
mesmo como: “teu Redentor”, “teu Deus”, “o Santo de Israel”, “teu Salvador”, “teu
Criador”, “Aquele que te formou” e “teu marido”. O povo de Israel é precioso para Ele,
mais do que as outras nações. Ele não os esqueceu. Ele se compadece dos seus
sofrimentos e fraquezas e está preocupado com as suas necessidades. Como Pastor,
Ele vai alimentá-los e guiá-los a lugares de abençoada abundância. Aquele que os
carregou desde o nascimento vai cuidar deles mesmo em idade avançada. Tendo o
Eterno como seu Deus eles podem estar seguros de que terão um tempo de exaltação
e bênção futura. Isaías tem muito a dizer a respeito do remanescente justo, que ele
entende como a minoria grandiosa de Deus, a semente de um início novo e puro
surgindo de cada crise devastadora.
Aqui está o núcleo da doutrina promulgada mais tarde por Paulo; é este remanescente
espiritual, e não as entidades políticas de Israel e Judá, que é o reino de Deus. A luz do
fato de que um remanescente sempre sobreviveria, Isaías nunca podia falar de
julgamento como um estado de destruição total. Sempre haverá uma minoria
sobrevivente que, no tempo oportuno, será o núcleo santo. Desse remanescente virá o
estado ideal sobre o qual o Messias, o Davi ideal, será o Senhor. A esperança de Judá é,
portanto, projetada além da nação existente. Nesse tempo, o Messias reinará sobre um
Israel redimido e espiritual. Seu futuro será Jerusalém, purificada das impurezas, como
o “monte santo” do Eterno. Os homens então crerão e dependerão somente de Deus.
Por esta razão, esse novo e justo remanescente não é somente a minoria grandiosa
mas uma verdadeira “comunhão de fé”.
natureza predatória e tornar-se mansos. Então a paz será universal por causa do amplo
conhecimento do Eterno. A outra passagem (9.6-7) atribui a esse Rei vindouro
características sobre-humanas. Nascido como uma criança, o domínio estará sobre os
seus ombros em dignidade real, e o nome quádruplo que Ele leva é: “Maravilhoso
Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade” e “Príncipe da Paz”. Messias significa
“Deus conosco”, um Rei justo, um Esconderijo da tempestade, um Córrego no deserto e
uma grande Rocha que proverá sombra em uma terra cansada. Sua salvação terá
integralidade cósmica, e a redenção deverá incluir restauração da ordem material e
animal bem como social e moral.
Finalmente, Isaías tem algo a dizer a respeito da adoração espiritual. Mero ritualismo
exterior não pode satisfazer a Deus. A retidão é mais do que uma mera participação no
templo. Tanto o ritualismo quanto o sensualismo são igualmente falsos. O formalismo e
o viver carnal são pura estupidez. Ninguém pode escapar do “foro judicial” da
consciência diante do qual Deus chama a juízo todos os homens. Assim, uma mudança
genuína do coração é mais importante do que a conformidade ao ritual. A visão que
Isaías teve de Deus nos mostra que a verdadeira adoração é, em primeiro lugar, um
encontro entre o divino e o humano. Ela se move da contemplação reverente à
revelação e percepção morais, e então avança para o estado de comunicação real, que,
por sua vez, leva ao fruir em compromisso e serviço. A visão de Deus sempre provocou
em nós um sentimento da nossa própria indignidade, e o primeiro impulso de um
coração limpo é a tentativa de levar outros a Deus.
convicção poderemos voltar ao nosso Deus, que terá misericórdia de nós, com a
certeza de que Ele também nos perdoará abundantemente. Ross E. Price. Comentário
Bíblico Beacon Isaías. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 24-26;
COMENTÁRIO
Como resposta, Deus lhe revelou o tempo da restauração da nação, a vinda de Cristo, o
advento do anticristo e o julgamento final (Dn 9.24-27). Essas profecias ilustram que
Deus está no controle de tudo e tem propósito para cada indivíduo. Portanto,
promovem despertamento e esperança de reconciliação com Deus. Baptista., Douglas,
A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora
CPAD. 1ª edição: 2021.
EZEQUIEL
Ele era filho de Buzi, pelo que ou era sacerdote ou filho de um sacerdote
(provavelmente, ambas as coisas), tendo sido chamado por Deus como profeta, por
ocasião da maior crise de Judá; e então tornou-se um dos pastores de todo o Israel no
exílio. Foi chamado por Deus para o exílio profético no quinto ano do primeiro exílio
judaico, que teve início em 598 A.C., ou seja, o seu trabalho profético começou em 593
A.C. Sua última mensagem vem datada do ano 571 A.C. (ver Eze. 29.17). Dos vinte ou
vinte e dois anos em que ele serviu, cerca de três foram os mais difíceis da história da
nação de Judá. Os severos modos e os ensinamentos morais de Ezequiel têm-lhe
conquistado a alcunha de João Calvino de Judá. Períodos Pessoais e Proféticos de
Ezequiel O trabalho da vida de Ezequiel pode ser dividido em cinco períodos: 1. sua
chamada (Eze. 1.4-28); 2. seus atos simbólicos (Eze. 4.1-3; 4.4-8; 4.9-17; 5.1-17; 12.1-16);
3. suas denúncias contra os pecados de Israel (Eze. 8—11; 16 e 20); 4. seus
ensinamentos sobre a responsabilidade humana (Eze. 3.16-21; 8.4; 14.12-20; 33.1-29);
5. suas promessas de restauração de Israel (Eze. 33.21 ss. e os capítulos 40—48, onde
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Conceitos Específicos de Deus. Ele é um Ser glorioso (1.2 ss.), que requer da parte dos
homens santidade equiparada à Sua santidade. A glória de Deus pode revelar-se em
qualquer lugar, até mesmo entre os pagãos (3.23). O nome de Deus é “eu sou Yahweh”
(em nossa versão portuguesa, “eu sou o Senhor* (6.7). Deus poupava Seu povo, embora
este fosse pecaminoso, por amor ao Seu nome, a fim de eles não serem ridicularizados
entre as nações
(20.9.14.22). Eles retornarão do exílio não por merecerem tal misericórdia, mas por
causa do nome do Senhor (36.22). A santidade de Deus é constantemente enfatizada
(Eze. 20.41; 28.22,25; 36.23; 38.16,23; 39.27). É prometida a exaltação do nome de
Deus entre as nações gentílicas (Eze. 28.22; 38.16,23).
Conceito de Israel. Israel foi escolhida para ser instrumento da glória de Deus,
beneficiando espiritualmente a outras nações (20.5.14.22). Também havia a revelação
de Deus em Israel, para o próprio beneficio de Israel, por ser a nação que estava
cumprindo a vontade do Senhor (39.23). Foram prometidos o triunfo e a salvação final,
que serão obtidos devido à inexorável vontade de Deus (Eze. 20.42-44; 36.11,37;
39.28,29).
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DANIEL
Daniel era descendente da família real de Judá, ou pelo menos, da alta nobreza dessa
nação (Dan. 1.3; Josefo, Anti. 10.10,1). É possível que ele tenha nascido em Jerusalém,
embora o trecho de Daniel 9.24, usado como apoio para essa idéia, não seja conclusivo
quanto a isso. Entre doze e dezesseis anos de idade, Daniel já se encontrava na
Babilônia, como cativo judeu entre todos outros jovens nobres hebreus, como Ananias,
Misael e Azarias, em resultado da primeira deportação da nação de Judá, no quarto ano
do reinado de Jeoiaquim. Ele e seus companheiros foram forçados a entrar no serviço
da corte real babilónica. Daniel recebeu o nome caldeu de Beltessazar, que significa
“príncipe de Baal”.
De acordo com os costumes orientais, uma pessoa podia adquirir um novo nome, se as
suas condições fossem significativamente alteradas, e esse novo nome expressava a
nova condição (II Reis 23.34; 24.17; Est. 2.7; Esd. 5.14). A fim de ser preparado para suas
novas funções, Daniel recebeu o treinamento oriental necessário. Ver Platão, Alceb.
seção 37. Daniel aprendeu a falar e a escrever o caldeu (Dan. 1.4) e não demorou para
que se distinguisse por sua sabedoria e piedade, especialmente na observância da lei
mosaica (Dan. 1.8-16). O seu dever de entreter a outras pessoas sujeitou-o à tentação
de comer coisas consideradas impróprias pelos preceitos levíticos, problema que ele
enfrentou com sucesso. A educação de Daniel se deu durante três anos, ao final dos
quais ele se tornou um dos cortesãos do palácio de Nabucodonosor, onde, pela ajuda
divina, conseguiu interpretar um sonho do monarca, para inteira satisfação deste. Tudo
em Daniel impressionava o rei, pelo que ele subiu no conceito real, tendo-lhe sido
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Posteriormente, em outro sonho que Daniel interpretou, ficou predito que o rei, por
causa de sua prepotência, deveria ser humilhado por meio da insanidade temporária,
após o que seu juízo ser-lhe-ia restaurado (Dan. 4). As qualidades pessoais de Daniel,
como sua sabedoria, seu amor e sua lealdade, resplandecem por toda a narrativa. Sob
os sucessores indignos de Nabucodonosor, ao que parece, Daniel sofreu um período de
obscuridade e olvido. Foi removido de suas elevadas posições, e parece ter começado
a ocupar postos inferiores (Dan. 8.27). Isto posto, ele só voltou à proeminência na época
do rei Belsazar (Dan. 5.7,8), que foi co-regente de seu pai, Nabonido. Belsazar, porém,
foi morto quando os persas conquistaram a cidade. No entanto, antes desse
acontecimento, Daniel foi restaurado ao favor real, por haver conseguido decifrar o
escrito misterioso na parede do salão de banquete (Dan. 5.2 e ss.).
A essa altura dos acontecimentos, Daniel recebeu as visões registradas nos capítulos
sétimo e oitavo, as quais descortinam o curso futuro da história humana, juntamente
com a descrição dos principais impérios mundiais, que se prolongariam não somente
até a primeira vinda de Cristo, mas exatamente até o momento da “parousia”, ou
segunda vinda de Cristo. Os medos e os persas conquistaram a Babilônia, e uma nova
fase da história se iniciou. Daniel mostrou-se ativo no breve reinado de Dario, o medo,
que alguns estudiosos pensam ter sido o mesmo Ciaxares II. Uma das questões
envolvidas foram os preparativos para a possível volta de seu povo do exílio para a
Terra Santa. Sua grande ansiedade, em favor de seu povo, para que fossem perdoados
de seus pecados e restaurados à sua terra, provavelmente foi um dos fatores que o
ajudaram a vislumbrar o futuro, até o fim da nossa atual dispensação (Dan. 9), o que
significa que ele previu o curso inteiro da futura história de Israel. Daniel continuou
cumprindo seus deveres de estadista, mas sempre observando estritamente a sua fé
religiosa, sem qualquer transigência. Há um hino cujo estribilho diz: “Ouses ser um
Daniel; ouses ficar sozinho”.
DANIEL
Ele estava com os seus pés firmemente plantados na terra, entre os acontecimentos
terrenos. Mas, a sua cabeça ficava numa atmosfera mais clara; ele vivia diante da
realidade de coisas eternas. Algumas verdades tomam-se claras na mensagem de
Daniel, revelando o plano de Deus para a Terra e seus habitantes. Em primeiro lugar,
poderes terrenos e circunstâncias são temporários. As tiranias mais poderosas ficam
no poder durante um curto período. Em segundo lugar, Deus faz com que a ira do
homem acabe se transformando em louvor a Ele e faz com que todo o resto seja
impedido. Tanto Nabucodonosor, o déspota enfurecido, quanto Ciro, o soberano sábio e
cordial, testificaram dessa verdade. Em terceiro lugar, Deus mantém as suas
promessas para o seu povo; Ele não esquece.
Em quarto lugar, Deus tem seu próprio tempo para realizar a sua obra. Ele nunca se
adianta nem se atrasa. Em quinto lugar, os reinos desse mundo são designados para
dar lugar ao reino do nosso Senhor e do seu Cristo. Em sexto lugar, embora Deus tenha
uma visão eterna e cósmica, Ele tem um interesse amoroso em relação aos afazeres
mais insignificantes de um indivíduo. O livro de Daniel foi um livro para Daniel e para o
atribulado povo remanescente de Deus dos seus dias. Esse também é um livro para
todas as gerações, designado para manter a história em perspectiva. O livro continua
sendo relevante para os nossos dias. Certamente, estamos mais próximos do tempo da
consumação do Reino de Deus do que qualquer povo que viveu antes de nós. Em dias
de profunda escuridão e conflitos cruciais, vamos extrair esperança e coragem da
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SINÓPSE I
Os profetas maiores tiveram uma atuação proeminente tanto no reino de Judá como na
Babilônia.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“[O ofício do profeta] Ao abordarmos o ofício do profeta, encontraremos uma relação
estreita entre palavra e visão. É indivisível a função de ser vidente e portador da
palavra. O profeta sempre será visionário, já que, no desempenho do seu trabalho, fará
com que os receptores de sua mensagem alcancem uma compreensão divina do
presente e, também, fará com que se perceba o futuro sem as incertezas que
ocasionam o devir daqueles que, ignorando a profecia, vivem alheios aos desígnios de
Deus e, portanto, se convertem em títeres das circunstâncias temporais ou, o que
poderia ser pior, acabam sendo vítimas da manipulação dos multiformes oráculos dos
falsos profetas ou iluminados de plantão. Para uma maior compreensão da relação
entre profeta e vidente, farei referência a três termos hebraicos que se referem, de
forma especial, ao profeta do Antigo Testamento.
Ainda que, com mais empenho, eu me refira ao que talvez seja o vocábulo mais
importante: nabbi. Esse termo comumente se traduz “ profeta” mais de 300 vezes nas
Escrituras hebraicas. A ideia básica do significado de nabbi é:“ alguém que fala em lugar
de Deus” ; o nabbi foi necessariamente estabelecido para transmitir a mensagem de
Deus. […] Quero fazer referência a outros dois termos para profeta, traduzidos como
“vidente”. Um é ro’eh, e o outro é hozeh. Ambos são usados muito menos que o termo
principal nabbi.
II – OS PROFETAS MENORES
Dois profetas menores profetizaram para Israel: Amós e Oséias. Amós profetizou
quando Israel vivia grande prosperidade (Am 6.1). Contudo, Deus reprovava as ações do
povo, tais como: suborno, corrupção e injustiça (Am 2.6-8; 5.11). Em razão disso, Amós
vaticinou o cativeiro como julgamento (Am 6.7). Oséias condenou a infidelidade de
Israel, que como uma meretriz, traiu e abandonou o Senhor para seguir o caminho da
idolatria, da luxúria, do homicídio, do roubo e da opressão (Os 1.2; 4.10; 5.2; 7.1; 12.7).
Como consequência, a nação foi conduzida ao cativeiro pela Assíria (Os 9.3). Apesar
dos erros, ambos os profetas anunciaram que Deus prometeu restaurar o povo (Am
9.14; Os 14.4).
COMENTÁRIO
Dois profetas menores profetizaram para Israel: Amós e Oseias. Amós vivia em Tecoa,
aldeia de Judá, mas foi chamado para profetizar em Samaria, no Reino do Norte (Am 1.1)
nos dias do rei Jeroboão II (793-746 a.C.). Ele era boiadeiro e cultivador de sicômoros, a
comida dos pobres. Não era membro da classe dos profetas, mas foi comissionado por
Deus para o ministério profético (Am 7.14,15). Foi ameaçado por Amazias — sumo
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Em razão disso, Amós vaticinou o cativeiro como julgamento (Am 6.7; 7.11). Contudo, o
profeta encerra suas profecias com a promessa de restauração (Am 9.11-15). Oseias
registra que a Palavra lhe foi dirigida, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de
Judá, e de Jeroboão II, rei de Israel (Os 1.1). Esse período abrange cerca de 60 anos.
Conjectura-se que Oseias fora padeiro (Os 7.4ss) ou até mesmo sacerdote em virtude
de seu apreço ao sacerdócio (Os 4.7-9; 5.1; 6.9). A erudição veterotestamentária
reconhece que ele era nativo do Reino do Norte. Sua abordagem profética enfoca a
infidelidade de Israel, que, como uma meretriz, traiu e abandonou o Senhor,
representado pelo casamento do profeta com uma mulher prostituta (Os 1.2).
Oseias nos apresenta a história de um Deus que ama de forma insistente seu povo.
Esse amor não é correspondido na mesma medida, como vemos ao longo da história
do Antigo Testamento. Apesar de Deus ter dado aos israelitas a liberdade, uma terra,
transformando-os em uma nacão e trazendo-lhes prosperidade, os israelitas contínua e
facilmente se esqueciam de Deus e de seus preceitos, abandonando-o e se voltando a
outros deuses. Essa situação não é distante da nossa própria realidade, pois o homem
tem facilidade de se esquecer de Deus e do amor demonstrado por Ele.
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Ele deveria predizer a destruição que viria sobre eles por causa de seu pecado, nos
nomes de seus filhos, o que significava que Deus os estava rejeitando e abandonando…
Ele deveria falar da consolação ao reino de Judá, que ainda retinha a adoração pura a
Deus, e assegurar-lhe a salvação do Senhor… Ele deveria dar uma declaração da grande
misericórdia que Deus tinha reservado tanto para Israel quanto para Judá, nos últimos
dias… A reprimenda de Deus não deve ser desmerecida. O estado espiritual do povo
era deplorável, e nem a liderança religiosa dava o exemplo necessário para que o povo
se arrependesse. Faltava ensino, como também o temor: O meu povo foi destruído,
porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te
rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei
do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Como eles se multiplicaram,
assim contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha. Alimentam-se do
pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente. Por isso, como é o povo,
assim será o sacerdote; e visitarei sobre ele os seus caminhos e lhe darei a recompensa
das suas obras. (Os 4.6-9) Alexandre Coelho e Silas Daniel. Os Doze Profetas Menores.
Editora CPAD. pag. 17-18.
Em primeiro lugar, Amós nos mostra que Deus se utiliza de quem Ele quer, e que Ele
pode se utilizar de pessoas que, dentro dos nossos padrões, não seriam enquadradas
como adequadas a certas funções. Amós era um homem rústico, de origem humilde,
com um vocabulário limitado e nenhum compromisso com as normas cerimoniais que
regiam a convivência dentro das suntuosas casas dos ricos israelitas. Ele era de Judá,
mas profetizou para Israel. E além de tudo, era um “leigo na igreja”, ou melhor, não era
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O pagão Abraão tornou-se o pai dos fiéis. O octogenário e gaguejante Moisés tornou-
se o grande doador da Lei e libertador de Israel. O jovem pastor Davi tornou-se o maior
rei de Israel… e Deus chamou Amós, o leigo da igreja e lavrador, para ser profeta de uma
nação que parecia próspera e bem-sucedida. O cenário religioso e social de Israel era
de total descaso para com as coisas de Deus. Os sacerdotes se aproveitavam de suas
funções para tratar de seus próprios interesses e se tornarem ricos. Quem tinha
dinheiro podia comprar sentenças judiciais de juizes corruptos, usurpando o direito dos
mais necessitados. Pai e filho dormiam com uma mesma prostituta.
E todos tinham a certeza de que, se seguissem os rituais descritos na lei de Moisés, não
precisariam se preocupar com suas vidas pessoais. A situação era tão séria que Deus
deu a Amós uma visão em que apareceu um prumo, um instrumento com o qual uma
parede era medida, para que se verificasse se estava reta ou não. Com o prumo, um
hábil construtor poderia ver se a parede poderia ser ou não aproveitada em uma
reforma, ou se deveria ser demolida para que outra fosse colocada em seu lugar. E o
prumo de Jeová mostrou que a parede Israel estava torta. Essa falta de retidão não era
demonstrada apenas na forma como cultuavam, mas principalmente na forma como os
mais abastados tratavam os mais carentes, exigindo deles tributos e fazendo pouco
caso do que a Lei ordenava no tocante à ajuda necessária aos pobres. A profecia de
Amós tinha por objetivo mostrar ao povo de Deus que a prosperidade financeira não
poderia instituir a arrogância e a acomodação em relação à prática da justiça social.
Alexandre Coelho e Silas Daniel. Os Doze Profetas Menores. Editora CPAD. pag. 32-
33.
Amós foi um dos doze profetas menores, sendo nativo de Tecoa, cidade dez
quilômetros ao sul de Belém. Era pastor, mas foi chamado por Deus a fim de profetizar
nos dias dos reis Uzias, de Judá, e Jeroboão, de Israel, em cerca de 786—746 A.C. Os
profetas menores não são aqueles que se revestem de menor importância, como
alguns poderiam entender a expressão, mas, sim, aqueles que escreveram menos. A
vida tranquila de Amós foi perturbada por uma série de visões que o levaram à
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conclusão hesitante de que Israel estava prestes a ser aniquilada como nação, a
despeito de afirmar-se sob a perpétua proteção de Deus. Yahweh, que lhe deu a
mensagem, é visto como o Criador e Soberano de toda a natureza, bem como o Justo
Juiz da história, na qual intervém assim como faz em relação à vida humana. Isso expõe
um ponto de vista teísta, e não deísta, de Deus.
O teísmo ensina que Deus não somente criou, mas também está interessado e
intervém em Sua criação, recompensando ou punindo. Por sua vez, o deísmo ensina
que o criador, ou alguma força cósmica que deu origem às coisas, abandonou a criação
ao controle das leis naturais. Pano de Fundo Uzias, de Judá, e Jeroboão II, de Israel
(ambos reinaram no mesmo período), desfrutaram de paz e prosperidade. Os inimigos
militares estavam quietos ou haviam sido esmagados. A Assíria havia derrotado a Síria,
permitindo que Jeroboão II ampliasse suas fronteiras (ver II Reis 14.25). O comércio
trouxe novo surto de riquezas. Tanto Judá (ao sul) quanto Israel (ao norte) cresceram, e
o reino de Israel combinado com o de Judá chegou a ter quase as mesmas dimensões
que tivera na época de Davi e Salomão, a época áurea de Israel. Embora a Assíria
estivesse se tornando uma ameaça militar, sob o governo de Tiglate-Pileser III (745—
727 A.C.), qualquer ameaça vinda daquela direção parecia remota àqueles que
descansavam na prosperidade de Israel. Sucedeu que a prosperidade material, como é
usual, provocou suas corrupções sociais e religiosas. A vida fácil estava debilitando
moralmente o povo (ver Amós 2.6-8; 5.11,12).
Amós sentiu ser necessário denunciar a vida de luxo, a idolatria e a depravação morai
do povo, advertindo sobre julgamento e cativeiro final. A adoração do Baal dos
cananeus foi incorporada ao culto de Israel, e a arqueologia tem demonstrado que a
religião Cananéia contemporânea do profeta era a mais corrupta que havia no Oriente
Próximo. A prostituição ritual fazia parte desse culto. Alcoolismo, violência, grosseira
sensualidade e idolatria eram fatores constantes. Israel participava dessa corrupção
(ver Amós 4.4,5 e 5.5), corrompendo totalmente o ideal do monoteísmo (ver no
Dicionário o artigo a respeito).
ilustra as realizações artísticas do povo daquela época. Seus leitos eram decorados
com engastes de mármores, com representações de lírios, veados, leões, esfinges e
figuras humanas aladas. Foi um período de vida ociosa, riqueza, arte e lassidão moral.
Em outras palavras, Israel se tornara uma nação doente, como sucede à maioria das
sociedades abastadas. A opressão contra os pobres era intensa (ver Amós 2.6 ss.), os
famintos permaneciam à míngua (ver Amós 6.3-6), a justiça se vendia a quem
subornasse mais (ver Amós 2.6 e 8.6), os agiotas exploravam suas vítimas (ver Amós
5.11 ss.; 8.4-6). A religião não era negligenciada, mas havia sido pervertida (ver Amós
3.4; 4.4 e 7.9). O julgamento divino era iminente. Mensagem e Conteúdo
O Conceito de Deus. Amós tinha um elevado conceito de Deus. Deus é o criador (4.13),
além de ser o sustentador da criação (4.8; 9.6). Deus julga e castiga o pecado sob a
forma de fome (ver 4.6-11), ou confere a abundância (9.13). Deus controla o destino dos
povos (1.5). Ele é o Juiz e o determinador das leis morais, considerando os homens
responsáveis por seus atos (1.3—2.3),
A Lei Moral. Amós deixou claro que nenhuma formalidade, rito, cerimônia, festividade
ou nenhum outro fator, pode substituir a moralidade e a piedade básicas. Se os homens
não seguirem as implicações dessa verdade, terão de enfrentar o julgamento (ver 5.27).
Deus ameaça os ímpios (9.1) e denuncia a injustiça social (ver 2.6-8; 4.1 ss. e 6.1 ss.).
O Julgamento Não é a Palavra Final. O profeta encerra com uma promessa de dias mais
brilhantes (ver Amós 9.11-15), dizendo que essa será a obra divina no futuro. Ver Rom.
11.26. Contudo, a profecia de Amós foi rejeitada. E suas ameaças tiveram cumprimento,
cerca de cinquenta anos depois.
OSÉIAS
relação em que ela fora posta com Yahweh”. (SCO) “Oséias é a profecia sobre o
imutável amor de Deus por Israel. Apesar das contaminações da nação com o
paganismo cananeu e com os cultos de fertilidade, o profeta fez todo o esforço para
advertir o povo a arrepender-se, em face do perpétuo amor de Deus por eles.
A Graça Divina. Deus é quem toma a iniciativa na salvação do homem (Osé. 11.1). A
condição de Israel era de profunda depravação, que só poderia ser curada mediante a
graça de Deus. Por todo o livro, a nação de Israel é convidada a arrepender-se, o que dá
a entender que isso está dentro do alcance da vontade humana. Ver Osé. 5.4; 11.7. A
restauração final prometida (Osé. 1.2—2.23) é o resultado final da graça de Deus, o que
é uma verdade no tocante à criação inteira, e não apenas à nação de Israel (Efé. 1.9,10).
Ver no Dicionário o artigo geral sobre a Restauração.
O Difícil Caminho para o Arrependimento (ver Osé. 6.1-4). Alguns intérpretes aceitam
essa passagem como se ela retratasse um autêntico arrependimento. Mas outros
veem superficialidade, de tal modo que o arrependimento logo reverte ao estado
pecaminoso anterior. Há algo de profundamente ilustrativo nisso, que visa todos os
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homens. Por que razão o arrependimento é tão espasmódico, tão fugidio, tão
facilmente reversível? Oséias ensina-nos que não é fácil o caminho que conduz ao
arrependimento, depois que a pessoa se deixa envolver pela idolatria, pela imoralidade
e pelas formas corruptas de adoração religiosa. O evangelho promete arrependimento,
mediante o poder do Espírito, mas esse poder só se torna disponível àqueles que
realmente o cultivam. Ver no Dicionário o artigo intitulado Arrependimento.
2- Os profetas Pré-exílio.
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Os profetas de Judá Pré-exílio são quatro: Joel, que pregou o arrependimento (Jl 2.12), e
profetizou o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28); Miquéias, que denunciou a falsa
espiritualidade (Mq 2.11; 3.11), anunciou a destruição de Jerusalém , o cativeiro
babilônico, e a restauração de Judá (Mq 3.12; 4.10); Habacuque, que reclamou da
violência, do litígio e da sentença distorcida (Hc 1.1-4), vaticinou que Deus usaria os
babilônios para punir a nação (Hc 1.6); Sofonias, que apontou os pecados dos príncipes,
a destruição no grande “ Dia do Senhor” (Sf 1.4, 8, 14), e a restauração do remanescente
(Sf 3.13).
COMENTÁRIO
Joel profetizou no reino de Judá por volta do ano 835 a.C., durante o reinado de Joás (2
Cr 22–24). Ele se identifica como “filho de Petuel” (Jl 1.1). O seu nome significa “Jeová é
Deus”. Ele pregou o arrependimento nacional por meio do jejum, choro, pranto e
santificação (Jl 2.12,13,16,17). O profeta anunciou o derramamento do Espírito Santo (Jl
2.28) que se cumpriu no dia de Pentecostes (At 2.17-21), e vaticinou o “dia do Senhor”
como dia de salvação e de juízo (Jl 1.15; 2.1,11,31). Nesse sentido, Cristo veio para salvar
o mundo (Jo 3.16), e um dia voltará para julgar (At 17.31). Miqueias profetizou nos
reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (742–687 a.C.), reis de Judá (Mq 1.1). Seu ministério
durou cerca de 50 anos.
Era da cidade de Moreste, um profeta humilde em Judá (Mq 1.1). Miqueias denunciou a
falsa espiritualidade do povo. A nação participava dos ritos sagrados, mas sua
religiosidade era meramente legalista (Mq 2.11; 3.11). Condenou a exploração dos
pobres (Mq 2.1,2); lamentou a impiedade (Mq 1.9); anunciou a destruição de Jerusalém e
o cativeiro babilônico (Mq 3.12). Ainda assim, Deus concederia esperança de
restauração a um remanescente (Mq 2.12,13; 4.10). Habacuque iniciou seu ministério
por volta do ano 609 a.C., no governo de Jeoaquim, rei de Judá (2 Rs 23.30-34). Seu
nome significa “abraço amoroso” e ainda “lutador”. Ele próprio se apresenta como
sendo profeta (Hc 1.1). O texto é tecnicamente um “oráculo”.
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Ele recebeu orientação divina para escrever, em lugar de transmitir oralmente como
era o usual (Hc 2.2). Ele reclamou da violência, do litígio e da sentença distorcida (Hc 1.1-
4), e vaticinou que Deus usaria os babilônios para punir a nação (Hc 1.6). Por fim, Deus
haveria de julgar os ímpios e restaurar o seu povo (Hc 3.13). Sofonias afirma que foi
chamado “nos dias de Josias, […] rei de Judá” (Sf 1.1). A erudição bíblica concorda que o
ano 632 a.C. marca o início de suas profecias. Ele condenou a degeneração religiosa
que reinava em Judá: o culto a Baal, a astrologia e a profanação dos sacerdotes (Hc
1.4,5); a má conduta dos príncipes, o engano e a violência (Sf 1.8,9). Anunciou a invasão
da cidade e a destruição no grande “Dia do Senhor” (Sf 1.10-11,14), e a restauração do
remanescente (Sf 3.13-17). Como é possível notar, os profetas pré-exílio abordam o
juízo, mas enfatizam a misericórdia divina em prover o livramento. Baptista., Douglas, A
Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora
CPAD. 1ª edição: 2021.
JOEL
Joel foi um profeta do reino de Judá, que alguns pensam ter agido em cerca de 800
A.C., enquanto outros imaginam ser dos tempos pós-exílicos. Mas, apesar de suas
profecias terem sido dirigidas especificamente ao reino do sul, Judá, a sua mensagem é
universal. Se aceitarmos a data mais antiga, então o seu ministério se deu durante o
reinado de Joás (II Crô. 22—24). Assim sendo, é possível que tenha conhecido Elias,
quando ainda era menino, e por certo era contemporâneo de Eliseu. Joel escreveu uma
obra-prima poética, falando sobre a devastadora praga de gafanhotos que havia
assolado a Palestina. Todavia, seu poema profético envolve quatro mensagens
centrais. Além da espantosa devastação produzida pelos gafanhotos (símbolo da ira
divina, além de poder predizer outros juízos divinos), Joel também falou sobre a
frutificação renovada da terra, sob a condição de arrependimento; o dom do Espírito,
nos últimos dias; e o julgamento final das nações que tinham perseguido ou causado
dano à nação de Israel.
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toa que Pedro, no primeiro sermão da igreja cristã, tenha citado diretamente somente
Joel e Davi! Ver Atos 2.14-36.
MIQUÉIAS
O nome Miquéias vem de uma palavra hebraica que significa “Quem é como Yahweh?”.
O nome do autor do livro de Miquéias aparece na Septuaginta como Michaías. A
Vulgata Latina diz Michaeas. Ele foi o autor do livro que figura em sexto lugar na
disposição dos profetas menores, segundo o nosso cânon do Antigo Testamento. No
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Durante a primeira parte da vida de Miquéias ocorreu a guerra siro-efraimita, que teve,
como contendores, por um lado, Judá, e, por outro lado, a coligação de Israel (nação do
norte) com a Siria. Parte da razão desse conflito foi a recusa de Acaz de juntar-se na
aliança ocidental contra Tiglate-Pileser III. Miquéias, pois, acabou sendo testemunha da
derrota do reino do norte e da queda de sua capital, Samaria, diante da Assiria, em
722/721 A.C. E o final de seu ministério provavelmente ocorreu antes da invasão
encabeçada por Senaqueribe (ver II Reis 18.13 ss.), que cercou Jerusalém, reino do sul,
em 701 A.C., dando motivos para a construção do túnel de Siloé, por parte do rei
Ezequias. De fato, até mesmo isso, e o futuro exílio babilónico, foram preditos por
Miquéias, quando ele disse: as suas feridas são incuráveis; o mal chegou até Judá;
estendeu-se até à porta do meu povo, até Jerusalém” (Miq. 1.9). Miquéias vivia na
fronteira entre Judá e uma “terra de ninguém”, cobiçada pelos filisteus, pelos egípcios e
até pelos assírios. Os levantes dos filisteus contra a Assíria, que sucederam no período
entre 721 e 711 A.C., estavam em mira. As incursões de Sargão II, naquela área, entre
715 e 711 A.C., talvez estejam em pauta no trecho de Miq. 1.10-16.
Acaz conseguia manter uma paz muito precária, pagando tributo aos assírios. Durante o
longo reinado de cinquenta e dois anos de Uzias (terminando em 742 A.C.), e depois,
houve um período de prosperidade econômica comparativa, ocasionada em parte pelo
fato de que Judá passou a controlar o comércio entre o interior e o porto de Elate, ao
sul (cf. II Reis 14.7). Essa prosperidade concentrou riquezas e seu consequente poder
nas mãos de alguns poucos privilegiados, provocando injustiças sociais que o profeta
atacou decididamente. Ver, por exemplo, Miq. 2.2. “Cobiçam campos, e os arrebatam, e
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
casas, e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à
sua herança”. Muitos estudiosos opinam que as reformas religiosas instituídas pelo rei
Ezequias, de Judá, ocorreram perto do fim do ministério registrado de Miquéias. Ou,
então, essas reformas afetaram somente o cerimonial e o culto, alcançando pouco
impacto sobre a vida pessoal e social dos judaítas. Esse é o pano de fundo do livro de
Miquéias.
Razão e Propósito Procedente das classes mais pobres, Miquéias tinha plena
consciência das injustiças praticadas pelos ricos e da avareza que os dominava. Apesar
de estar vivamente interessado nas condições políticas da nação, Miquéias só fez
comentários a esse respeito naquilo em que essas condições estavam vinculadas à
situação moral e religiosa do povo. Sua mensagem pode ser sumariada com as suas
próprias palavras: “Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de
juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Miq.
3.8). Foi em razão dos pecados de Seu povo que Deus estava enviando os assírios
como látego castigador. Todavia, o castigo divino haveria de ser seguido por um
período futuro de bênçãos sem paralelo, ligadas à vinda do Messias. Para Miquéias,
pois, a fé em Yahweh deve resultar em justiça social e santidade pessoal, porquanto
Yahweh é justo e soberano.
OBADIAS
Obadias é o mais curto livro do Antigo Testamento, pois consiste em apenas vinte e um
versículos. Nada se sabe sobre o profeta Obadias, e as poucas tradições que falam
sobre ele não são dignas de confiança. Mas, embora o seu livro seja tão minúsculo,
muitos eruditos creem que não foi um único autor que o produziu por inteiro, e que
partes do livro vieram de diferentes épocas. De acordo com eles, alguns dos oráculos
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
do livro foram proferidos ou escritos pouco depois da queda de Jerusalém frente aos
babilônios, o que deu início ao cativeiro babilónico (587—586 A.C.). Talvez Obadias
tenha-se valido das coleções de declarações que haviam sido oralmente transmitidas
peias escolas dos profetas. Isso poderia explicar as incríveis similaridades entre os vss.
1-9 e Jer. 49.7-22.
Mesmo nesse caso, porém, aquelas declarações refietem bem o ponto de vista de
Obadias. Obadias foi, primariamente, um poeta que exprimiu algumas questões
proféticas. Edom havia-se aliado a outras nações a fim de derrubar Menaém e despojar
Judá, num ato inacreditável e imperdoável que foi denunciado por Obadias (vss. 10-14).
À semelhança de Joel, Obadias passou a descrever profeticamente o julgamento
dessas nações. Ademais, em visão profética, ele previu a voita de Judá à sua terra, o
domínio de Judá sobre Edom e o triunfo universal de Yahweh. Alguns estudiosos
acreditam que o livro de Obadias foi escrito às vésperas do avanço árabe-nabateu
(cerca de 312 A.C.), que haveria de conquistar os edomitas, e que Obadias estava
clamando por vingança pelo que Edom havia feito contra Judá. Sal. 137.7 refere-se à
maliciosa alegria expressa por Edom diante da destruição de Jerusalém e dos
subsequentes sofrimentos causados peio cativeiro babilónico. Foi isso o que fez
Obadias sentir-se tão ultrajado, sendo também a principal inspiração dessa profecia
condenatória contra Edom.
bíblicos) têm um aspecto escatológico decisivo, que não podemos desprezar. No seu
conjunto, eles formam o quadro que Deus queria dar-nos acerca dos dias finais desta
dispensação, que abrirão caminho para uma nova época “áurea”, o milênio ou reinado
de Jesus Cristo à face da terra! CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3483-3484; 3569-3570;
3537-3538;3631.
JOEL
Ela aparece pela primeira vez no versículo 15 do primeiro capítulo. Tal expressão se
refere tanto ao julgamento divino de forma geral — sendo, nesse caso, usada para se
referir a um julgamento específico que poderia ser tomado como símbolo do Grande
Julgamento Final — como também, e na maioria das vezes, ao Juízo do Fim dos Tempos,
quando toda a impiedade será julgada pelo Senhor. Este último e mais recorrente
sentido é explorado a partir do capítulo 2 de Joel, quando o profeta faz claramente
referência a acontecimentos que se darão em um futuro mais distante. A descrição do
cenário decorrente do julgamento dos gafanhotos é terrificante (J1 1.10-12,15-20). Por
isso, há até quem acredite que essa profecia inicial de Joel sobre essa desolação não
está se referindo a uma praga literal, mas a uma nação que se levantaria contra Judá
para destruí-la por causa de seus pecados (J1 1.6), o que realmente aconteceria tempos
depois.
Porém, não parece prudente essa interpretação à luz do próprio texto. O que parece
mais claro e coerente é que Joel alude a uma praga de gafanhotos mesmo, só que, na
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sequência, usa esse acontecimento como gancho e símbolo para um castigo que
ocorrerá ainda mais à frente sobre Judá e, por extensão, também como símbolo do Dia
do Juízo de Deus no fim dos tempos. Como sublinha o teólogo judeu pentecostal Myer
Pearlman, “o profeta vê nesta calamidade uma visitação do Senhor e se refere a ela
como um tipo do castigo final do mundo — o Dia do Senhor (Jl 1.15). Como muitos dos
outros profetas, Joel predisse o futuro à luz do tempo presente, considerando um
acontecimento presente e iminente como símbolo de um acontecimento futuro. Por
isso ele vê na invasão dos gafanhotos um indício da invasão vindoura do exército
assírio (Jl 2.1-27 c/c Is 36 e 37).
Projetando a sua visão ainda mais para o futuro adentro, vê a também invasão final da
Palestina pelos exércitos confederados do Anticristo”. Sendo assim, podemos dividir a
profecia de Joel em pelo menos três partes: um juízo imediato (Jl 1), um juízo iminente (Jl
2.1-27) e o Juízo futuro (Jl 2.28—3.21). MIQUÉIAS Miqueias profetizou nos dias dos reis
Jotão, Acaz e Ezequias em Judá (Mq 1.1) e dos reis Pecaías, Peca e Oseias em Israel (2
Rs 15.23-30), e sua mensagem era tanto para Judá quanto para Israel (Mq 1.1-9). Ele
predisse o cativeiro do povo do Reino do Sul e do Reino do Norte. Viu a queda de
Samaria pela Assíria e a queda de Jerusalém pela Babilônia. Pelos reis que lhe foram
contemporâneos,, o período de seu ministério profético pode ser estabelecido de 752
a.C. a 697 a.C. Um detalhe muito significativo é que Deus escolheu Miqueias para
profetizar o local do nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1,5,6).
HABACUQUE
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Posto isso, para chegarmos à data considerada a mais provável, basta considerarmos
três fatos: em primeiro lugar, uma possível ameaça babilônica só se tornaria evidente
após a destruição de Nínive em 612 a.C.; em segundo lugar, devemos considerar que
Josias, que reinou de 639 a 609 a.C., havia sido um bom rei e simpatizava politicamente
com os babilônios, tanto que se levantou contra Faraó Neco para estorvá-lo na batalha
contra o exército babilônico. Ora, se Habacuque se mostrou surpreso ao saber que
Deus escolhera os caldeus para castigarem a desobediente Judá, temos um sinal de
que o profeta escreveu seu livro no fim do reinado de Josias. Judá, nos tempos de
Josias, simpatizava com os caldeus. Eles eram vistos, de certa forma, como aliados.
Mas, em terceiro lugar, o último detalhe histórico que reforça a possível data é que os
primeiros prisioneiros dos babilônios (inclusive Daniel e seus amigos) só foram levados
depois da batalha de Carquemis, em 605 a.C. Nabucodonosor vai até o Egito e,
retornando, invade Judá. A segunda invasão de Judá só se deu em 597 a.C.
Manassés são, sem dúvida, os reis cujas atividades mais marcaram o contexto
espiritual e moral da geração do profeta. Manassés expandiu o paganismo em sua
nação, depois ele mesmo se entregou ao culto pagão, abraçando a magia negra do
Oriente, tendo até queimado seus filhos como sacrifício.
Um bom sinal disso era que a Assíria, diante dos ataques caldeus, começava a perder a
sua força. Porém, de repente, morre Josias. Joacaz, seu filho, assume o trono, mas só
reina por três meses. Faraó Neco vem da campanha em Carquemis, depõe Joacaz e
coloca seu irmão, Jeoaquim (ou Eliaquim), em seu lugar. Judá começa agora a pagar
tributo ao Egito. E pior: a impiedade volta a reinar. As reformas haviam tido um
resultado superficial. Não atingiram em cheio o coração do povo que, mal enterrara seu
bom rei, já se entregava de novo ao paganismo. Habacuque fica indignado. O impacto é
muito forte. Os fatos desiludem o profeta, traumatizam-no, fragilizam sua esperança.
Habacuque está abalado. Desmancha-se em lamentos. Resolve, então, clamar ao
Senhor e o faz desesperadamente. Mas o céu parece de bronze. O profeta-levita está
perturbado por causa da impiedade de Judá. Entretanto, enquanto o coevo Jeremias
preocupa-se mais com a falta de arrependimento do povo, Habacuque, desiludido,
preocupa-se com a aparente relutância de Deus em julgar. Violência e desconsideração
para com a lei de Deus campeiam incontidamente (Hc 1.2-4). O profeta clama, mas
Deus parece mudo, distante e insensível ao que está acontecendo.
SOFONIAS
Nos dias de Josias, sabemos que houve um período de avivamento e reforma em Judá
(2 Cr 34—35) e, ao que tudo indica, Sofonias participou intensamente desse processo,
antecipando-se a ele, profetizando sobre os pecados de Judá e as mudanças que a
nação precisava, como podemos ver em passagens como a dos versículos 4 e 5 do
capítulo primeiro. Os versículos de 4 a 13 do capítulo 1 e os primeiros sete versículos do
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Talvez até o próprio Sofonias tenha sido um instrumento de Deus para influenciar e
despertar Josias espiritualmente em sua infância e adolescência. Pouco tempo após as
profecias de Sofonias, as reformas de Josias começaram. Elas tiveram início no décimo
segundo ano do seu reinado, o que põe sua execução por volta do ano 627 a.C. (2 Cr
34.3). Essa primeira fase das reformas durou seis anos (2 Cr 34.8), e o paralelo entre o
que representaram e as profecias de Sofonias é extremamente significativo, isso
porque se percebe claramente que o conteúdo que o profeta recebera de Deus para
entregar ao povo quanto ao que precisava ser feito (Sf 1.4-6) foi materializado e
executado cabalmente pelo reinado de Josias (2 Cr 34.3-7).
O evento que catalisou a segunda e grande fase dessas reformas foi, como sabemos, a
descoberta do Livro da Lei no Templo do Senhor (2 Cr 34.8-21). Diz a Bíblia que, ao
acompanhar a leitura do texto sagrado, o jovem rei logo percebeu ainda mais a
enormidade do pecado do seu povo e conclamou-o ao arrependimento e a mais
reformas necessárias (2 Cr 34.8—35.19). No momento da leitura do texto sagrado,
Josias mui provavelmente deve ter se lembrado das profecias de Sofonias, só que este,
ao que tudo indica, já era falecido nessa época, posto que quando o rei ordena ao sumo
sacerdote Hilquias, a Aicão, a Abdom, a Safa, o escrivão, e a Asaías, ministro do rei, que
procurem um profeta do Senhor para consultarem a Deus sobre o assunto, estes não
procuram o profeta Sofonias, que seria a primeira escolha, aquela mais provável, mais
buscam a profetisa Hulda, que também morava em Jerusalém (2 Cr 34.21,22).
Logo, tudo leva a crer que Sofonias já era falecido quando da segunda fase de reformas
de Josias. Por essa época, Jeremias já devia ter cerca de cinco anos de ministério
profético. Ou seja, Deus não deixou o seu povo sem voz profética nesse período: sai o
ancião Sofonias, entra o jovem Jeremias. A maioria dos expositores bíblicos coloca, por
todos esses fatores, a profecia de Sofonias por volta do ano 630 a.C., isto é, três anos
antes do início da primeira fase de reformas de Josias; e a morte do profeta, durante a
realização dessa primeira fase de reformas, quando o ministério de Jeremias estava
começando. Alexandre Coelho e Silas Daniel. Os Doze Profetas Menores. Editora
CPAD. pag. 25-26; 56-57; 73-75; 80-81.
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3- Os profetas Pós-exílio.
Os profetas de Judá Pós-exílio são três: Ageu, que persuadiu o povo a reconstruir o
Templo (Ag 1.2-6), e Deus prometeu prover os recursos da construção (Ag 2.8), e
assegurou que a glória dessa casa seria maior do que a da primeira (Ag 2.9); Zacarias,
que animou o povo e Zorobabel a concluírem o Templo, com a mensagem “ não por
força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6), e anunciou a vinda do Messias,
como o renovo do Senhor (Zc 3.8); Malaquias, que repreendeu o desleixo dos
sacerdotes (Ml 1.7,8), os pecados do povo (Ml 3.5), e a negligência com os dízimos e
ofertas (Ml 3-8,9 ). O livro encerra o cânon do Antigo Testamento e conclui com a
promessa de que o Dia do Senhor está vindo (Ml 4.4-6).
COMENTÁRIO
Ageu era um homem idoso quando começou a profetizar (Ag 2.3). O início de seu
ministério se deu no ano 520 a.C., correspondente ao “sexto mês do segundo ano do rei
Dario” (Ag 1.1). Nesse tempo, após 17 anos de paralisação, a obra do Templo foi
retomada. Ageu persuadiu o governador Zorobabel, o sumo sacerdote Josué, os líderes
judeus e o povo a concluir a reconstrução do Templo de Jerusalém (Ag 1.2-9; 2.2,4).
Deus prometeu prover os recursos da construção (Ag 2.8) e assegurou que a glória
dessa casa seria maior do que a da primeira (Ag 2.9). O livro encerra com uma
mensagem de esperança. Deus fará abalar céus e terra para abençoar o seu povo, e,
numa referência a Cristo, estabelecerá o Reino messiânico para sempre (Ag 2.21-23).
Zacarias era membro da família sacerdotal (Ne 12.4). Foi comissionado profeta em 520
a.C., no segundo ano de Dario (Zc 1.1). Esdras registra que Zacarias e Ageu atuaram
juntos para despertar o povo, Josué e Zorobabel a concluir o Templo (Ed 5.1,2; 6.14).
Com a mensagem “não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6) o
profeta advertia que, embora fosse necessário o esforço humano, tanto o retorno do
exílio, como a reconstrução da cidade e do Templo eram obras do poder divino.
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Zacarias é considerado o mais messiânico dos profetas menores. Ele anuncia a vinda
do Messias como o renovo do Senhor (Zc 3.8), e, nos capítulos 1.7–6.8 apresenta uma
profunda descrição acerca de Cristo. Malaquias significa “mensageiro”, e seu ministério
teve início por volta de 433 a.C.
AGEU
Em 586 a.C., Jerusalém foi destruída por Nabucodonosor em sua terceira investida
contra Judá. O cativeiro duraria até 538 a.C., quando Ciro, rei da Pérsia, que havia
derrotado os caldeus, promulga um decreto permitindo o retorno dos exilados judeus
para a sua terra. Apenas dois anos após esse decreto, o povo que retornara inicia a
reconstrução do Templo de Jerusalém. Porém, seis anos depois, no ano 530 a.C., essa
obra, ainda inconclusa, é interrompida, porque Cambises — sucessor de Ciro, que
falecera — decretou o embargo da obra de reconstrução, dando ouvidos a denúncias
falsas de povos vizinhos inimigos de Israel. Somente após o falecimento de Cambises,
quando Dario Histaspes assume o Reino da Pérsia, o povo judeu recebe autorização de
novo para reconstruir o Templo. Só que em vez de os judeus voltarem-se para o projeto
de reconstrução, relaxam totalmente.
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
contexto que Deus levanta o ancião Ageu como profeta para responder à pergunta do
seu povo, para conclamá-lo ao arrependimento e para despertá-lo a voltar ao seu
compromisso de reconstruir o Templo em Jerusalém. Nessa época, o governador de
Israel era Zorobabel e o sumo sacerdote chamava-se Josué (Ag 1.1). Ambos aparecem
também no Livro de Zacarias.
ZACARIAS
Agora, os judeus estavam sem rei, despojados e sob o governo de um povo estrangeiro,
mas, no futuro, a nação seria completamente restaurada e se tornaria, inclusive, a sede
do governo do Messias sobre toda a Terra (Zc 2.10-13 e capítulo 8). Essa mensagem
trouxe ânimo ao povo para que terminasse a reconstrução do Templo (Ed 5.1). Esse
reinicio começou durante o ministério de Ageu, que antecedera em dois meses o
ministério de Zacarias (Ag 1.1 c/c Zc 1.1). Este, por sua vez, teve um ministério profético
mais longo do que o de Ageu. Finalmente, em um segundo plano, essas profecias
deveriam também ser registradas para a posteridade com o objetivo de fazer com que
o povo de Deus, durante a história, se conscientizasse do plano divino para o fim dos
tempos, sobretudo no que concerne ao futuro de Israel. Não por acaso, o tema central
do livro, enfatizado nos últimos capítulos, é o Messias. Eis o contexto e o propósito do
Livro de Zacarias. Nas próximas páginas, nos deteremos na análise do conteúdo e do
significado de suas mensagens. Porém, antes disso, é preciso apreciar, para fins
práticos de estudo, como podem ser divididas as suas profecias. MALAQUIAS Sua
Mensagem Malaquias tem pelo menos quatro temas principais em sua profecia.
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
Ele trata do desprezo dos israelitas pelos sacrifícios no templo. Os sacrifícios que os
israelitas deveriam apresentar ao momento de adoração deveriam ser pautados pelo
que eles tinham de melhor. Mas Deus os acusa de serem relaxados quando
apresentavam suas ofertas: “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis: Em que
te havemos profanado?
Nisto, que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando trazeis animal cego
para o sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal!
Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? —
diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1.7,8).
Trata dos casamentos com vizinhos estrangeiros Deus condena os filhos de Israel pela
prática dolosa do divórcio com suas esposas judias, a fim de se casarem com mulheres
estrangeiras. Pelo teor do texto, entendemos que se tratava de homens com certa
idade, que desprezavam a esposa com quem tinham se casado na juventude para
contraírem núpcias com mulheres estrangeiras mais novas.
Esse não é um dia em que Deus há de acertar as contas com seus inimigos. “Então,
vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que
não o serve. Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e
todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os
abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo”
(Ml 3.18,4.1).
AGEU
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
O primeiro livro profético de tempos pós-exíiicos foi o de Ageu, que registra quatro
discursos dirigidos aos judeus que retornaram do exílio a Jerusalém, entre agosto e
dezembro de 520 A.C. A comunidade, com dezoito anos de existência, estava
desencorajada devido ao fracasso nas colheitas, à seca e à hostilidade das populações
vizinhas, a ponto de que já se dispunha a retornar à Babilônia.
Ageu repreendeu-os por terem deixado o templo semidestruído. Após terem iniciado
uma pequena estrutura, Ageu falou novamente, convocando o povo a construir um
edifício ainda mais glorioso que o de Salomão. Ele também queria restaurar a
monarquia, tendo Zorobabel como monarca. Ageu foi diferente dos outros profetas
reformadores anteriores ao exílio, por ser mais sacerdotal em caráter, salientando a
adoração no templo e os rituais, como a chave para maior prosperidade. Ageu foi um
dos chamados doze profetas menores, e o primeiro dentre os três que profetizaram
após o retorno dos judeus do cativeiro babilónico (ver no Dicionário o artigo a respeito).
Esses profetas são chamados menores não por haverem sido menos importantes do
que os profetas maiores, mas apenas porque os volumes que escreveram são menos
volumosos.
Propósito
Assim, é correto chamar as profecias dos dois de “livros companheiros”, já que eles se
uniram nos esforços de corrigir os mesmos problemas espirituais dos exilados que
retornaram a Jerusalém após o cativeiro babilónico. Propósito Os exilados voltaram a
Jerusalém com entusiasmo, mas logo isso acabou. Trabalho duro os havia deixado
cansados e eles estavam dispostos a permitir que o templo permanecesse
parcialmente terminado. Além disso, eles haviam perdido zelo pela renovação do
yahwismo na Nova Jerusalém. O livro foi escrito para agitar o povo apático; para refutá-
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04/03/2022 06:58 10 LIÇÃO AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA -
los por sua grande variedade de pecados e para mobilizá-los a acabar o Segundo
Templo e estabelecer seu culto como a religião nacional. Uma atitude relaxada precisou
ser substituída por fortes prioridades espirituais. O povo precisou voltar a manter um
relacionamento viável de pacto com Yahweh, renovando os antigos Pactos (ver a
respeito). Uma teocracia devia ser restabelecida, e o povo tinha de ter fé na
restauração de todas as coisas e nações sob a liderança de Israel. O povo precisava ser
entusiástico sobre a Esperança Messiânica.
MALAQUIAS
E isso ele procurava fazer indicando, diante dos seus contemporâneos, as causas do
declínio espiritual e mostrando-lhes, ato contínuo, os degraus pelos quais eles
deveriam subir, até que a vida espiritual da comunidade judaica pudesse ser revigorada.
Tendo plena consciência de que aqueles elementos deletérios que haviam precipitado
a catástrofe do exílio babilónico, em 597 A.C., ainda estavam bem presentes na ordem
social de sua época, Malaquias esforçava-se deveras por instruir aos seus
conterrâneos as lições ensinadas pela história, guiando-os a um estado de
espiritualidade mais profunda. Para ele, esse era o remédio precípuo para as perigosas
condições morais, religiosas e espirituais em que se encontravam os habitantes da
Judéia nos seus dias.
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terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as
nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos
Exércitos” (Mal. 3.11,12). Sim, se houvesse correção dos abusos, haveria tanto
prosperidade material quanto felicidade individual, e boa fama entre as nações
estrangeiras. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 3645; 3659-3560; 3701-3702.
O profeta Jonas foi enviado para pregar em Nínive, a capital da Assíria (Jn 1.2). A
mensagem era de destruição por causa da maldade do povo (Jn 3.4). Porém, a nação se
converteu, e Deus cancelou o juízo sobre ela (Jn 3.8-10). Contudo, 150 anos depois,
Naum profetizou a condenação de Nínive (Na 1.1,9). Os Assírios foram destruídos pela
insistência em praticar a crueldade (Na 3.1-4). Obadias denunciou a soberba dos
Edomitas (Ob 1.1-3). Eles eram descendentes de Esaú e praticavam violência contra
Judá (Ob 1.8-11). Por essa razão, Deus os condenava à destruição (Ob 1.15,16), enquanto
Judá seria restaurada (Ob 1.17).
COMENTÁRIO
Jonas era um profeta do Norte, mas foi enviado para pregar em Nínive, a capital da
Assíria (Jn 1.2). Seu livro é datado por volta de 762 a.C., quando a Assíria ainda era
dotada de poder e grandeza (Jn 1.2). A mensagem era de destruição por causa da
maldade da nação (Jn 3.4). O império era inimigo implacável de Israel, e o nacionalismo
de Jonas o levou a desobedecer à ordem divina (Jn 1.3; 4.1,2). No entanto, após ser
punido e liberto do ventre do grande peixe (Jn 2.1,10), Jonas pregou aos ninivitas, a
nação se converteu, e Deus cancelou o juízo sobre eles (Jn 3.8-10).
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A mensagem do livro demonstra o amor divino para com todas as nações. Ao tratar de
sua morte e ressurreição, Jesus a comparou ao evento do profeta Jonas (Mt 12.39-41;
Lc 11.29-32). Naum era um profeta da vila de Elcós (Na 1.1) cuja localização é incerta,
mas que provavelmente ficava em Judá. Ele profetizou a condenação de Nínive e dessa
vez não houve arrependimento (Na 1.1,9). Pouco mais de um século antes, em 722 a.C.,
os assírios tinham deportado e torturado o reino de Israel. O reino de Judá também era
atormentado pela tirania dos ninivitas. Por fim, Deus ordenou a destruição dos assírios
pela insistência em praticar a crueldade (Na 3.1-4). Em 612 a.C., conforme vaticinado
pelo profeta (Na 1.8), os babilônios sitiaram Nínive por três meses e a subjugaram
quando o rio Tigre transbordou e destruiu os muros da cidade. Tinham se passado 150
anos desde o episódio envolvendo o profeta Jonas. Obadias é o profeta menor com o
registro da mensagem mais curta dos livros proféticos.
São apenas 21 versículos com referência ao julgamento de Edom (Ob 1.1). A data do
livro é muito disputada. No versículo 11, o profeta faz menção a um evento histórico
envolvendo Jerusalém. A maior parte dos eruditos conservadores acredita que se trata
da queda de Jerusalém em 586 a.C., assim a composição do livro teria ocorrido por
volta de 585 a.C., um ano antes do exílio babilônico. Obadias denunciou a soberba e a
arrogância dos edomitas (Ob 1.1-3). Eles eram descendentes de Esaú e praticavam
violência contra Judá (Ob 1.8-11). Por essa razão, Deus os condenava à destruição (Ob
1.15-16), enquanto Judá recebia a promessa de restauração (Ob 1.17). Baptista., Douglas,
A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora
CPAD. 1ª edição: 2021.
JONAS
Esse profeta e homem de Deus ouviu a palavra do Senhor: “E veio a palavra do Senhor a
Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até mim” (Jn 1.1). Jonas foi chamado para pregar aos
inimigos do povo de Deus, os assírios, que tinham um histórico de crueldades para com
os povos dominados. Tal mensagem era um desafio aos israelitas daqueles dias. Deus
era Deus dos israelitas, e não um Deus que deveria mostrar compaixão para com outras
nações. E Jonas aprendeu isso do próprio Deus: “… não hei de eu ter compaixão da
grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não
sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos
animais?” (Jn 4.11).
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Se para os dias de Jonas tal mensagem era inconcebível, o mesmo ocorreu nos dias de
Jesus. Nos dias em que o Senhor esteve nesta terra, trouxe a mensagem do Reino de
Deus primeiramente aos judeus, mas não desprezou os estrangeiros. A mulher siro-
fenícia, os gregos que queriam ver Jesus, a mulher samaritana e o centurião são
exemplos de que Deus se interessa por todas as pessoas, e não apenas pelos israelitas.
Mesmo depois da vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, os então apóstolos
tiveram dificuldades em administrar esse tipo de conflito. A nacionalidade dos
estrangeiros atrapalhava a pregação do evangelho — pelo menos para os primeiros
cristãos! Pedro inicialmente teve dificuldades em entender que Deus o estava
chamando para falar a um gentio, Cornélio.
Mesmo depois de ter recebido a revelação divina, quando chegou à casa do centurião,
não sabia o que fazer: E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu
ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem
chame comum ou imundo. Pelo que, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto,
pois: por que razão mandastes chamar-me? (At 10.28,29) Jonas, portanto, é o exemplo
do judeu de seus dias, mas também de outras épocas. Mas como veremos, Deus
trabalharia na visão de Jonas, de forma que ele viesse a entender que o Senhor não
resume sua atuação salvífica aos filhos de Israel. Ainda mostrando Jonas como um
homem tributário do seu tempo, vemos que ele não apenas reconhece a voz de Deus,
mas tenta fugir dela. Quando confrontado pelos marinheiros durante a tempestade que
acometeu a embarcação em que estava, ele diz: “Eu sou hebreu e temo ao Senhor, o
Deus do céu, que fez o mar e a terra seca. Então, os homens se encheram de grande
temor e lhe disseram: Por que fizeste tu isso? Pois sabiam os homens que fugia de
diante do Senhor, porque ele lho tinha declarado” (Jn 1.9,10).
Ele já deveria saber que, sendo profeta do Deus que fez o mar e a terra seca (por sinal,
muito desejada naquele momento…), não poderia fugir da presença divina. A mão de
Deus sempre é mais longa do que imaginamos. Mas não culpemos Jonas. Quantas
vezes agimos como ele, praticando coisas que são contrárias aos preceitos divinos e
tentando fugir de sua presença? NAUM Naum significa “compassivo”, mas a
mensagem que ele traz, pelo menos em parte, é uma demonstração do juízo de Deus.
Por isso é preferível dividir sua mensagem em duas partes: a condenação de Nínive e o
consolo aos judeus. Naum apresenta o limite da tolerância divina para com os inimigos
do seu povo. Isso não anula o fato de que Ele é misericordioso, mas também demonstra
que há um limite para que as atitudes de um povo sejam toleradas. O principal objetivo
de Naum foi consolar Judá com referência ao seu feroz inimigo, a Assíria.
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No seu recado profético, Naum revelou o detalhado plano divino para destruir e
devastar Nínive completamente. Essa mensagem foi entregue ao povo de Judá a fim de
lembrá-los da soberania do Senhor sobre todas as nações, e que Ele não tolera por
muito tempo aqueles que governam com pilhagem e violência… Era uma mensagem
muito positiva para os israelitas, aqueles que estavam padecendo nas mãos dos
assírios. Não é a toa que o nome Naum significa “consolação”, pois sua mensagem era
um consolo aos israelitas, que esperavam o juízo de Deus para os seus inimigos. Naum
começa seu livro com a expressão “peso de Nínive”, uma referência à pesada sentença
do Deus de Israel contra o império conhecido por suas conquistas e crueldades. A forte
mão de Deus se absteve temporariamente de punir àquela nação, mas como o Império
Assírio manteve suas maldades, revogando o arrependimento originário advindo da
pregação de Jonas, a destruição não tardaria. Sobre a mensagem do profeta, comenta
Matthew Henry: Dizia respeito a Nínive, e à monarquia assíria, da qual este era o
assento real.
Cerca de 100 anos antes disso Judá tinha, em nome de Deus, predito a rápida
derrubada dessa grande cidade; mas, então, os ninivitas se arrependeram e foram
poupados, e esse decreto não saiu. Os ninivitas viram então o quão era vantajoso para
eles deixarem os seus maus caminhos; era a salvação da cidade. No entanto, logo
depois, eles voltaram a ele novamente; ela se tornou pior do que antes, uma cidade
sangrenta e cheia de mentiras e roubos. Eles se arrependeram de seu arrependimento,
voltaram como o cão para o seu vômito, e por fim se tornaram piores do que haviam
sido. Então, Deus não lhes enviou este profeta, como Jonas, mas esta profecia, para ler
a eles a sua condenação, que era agora irreversível. Note que a suspensão temporária
da pena não continuará se o arrependimento não continuar.
OBADIAS
Mas Edom recebeu seus primos? Não, Edom lhes preparou uma emboscada. Então
Edom os prendeu, e os entregou aos invasores, e saqueou de Judá tudo o que tinha
ficado para trás. Os muitos pecados de Israel foram o motivo de seu exílio e da perda
temporária de sua nação. Mas isso não era motivo para que Edom aproveitasse a
situação e colocasse em prática seu desprezo pelos israelitas, tratando-os com
malignidade. Alexandre Coelho e Silas Daniel. Os Doze Profetas Menores. Editora
CPAD. pag. 48-50; 66-67; 41-42.
Também poderíamos encarar esse propósito como didático. O autor não estaria sendo
beligerante. Estava meramente procurando ensinar Israel acerca do interesse de Deus
pelos demais povos da terra. O perdão divino é muito amplo; Seu amor vai desde os
mais altos céus até os mais profundos infernos. Outro propósito possível era mostrar
que a própria nação de Israel deveria interessar-se pelas missões às nações. Nesse
caso, o livro é uma espécie de antigo evangelho, cujo intento é impelir à atividade
missionária. O Julgamento é Remediai. Deus não tem prazer na destruição e na dor.
Contudo, destruição e dor podem ser aplicadas quando se fazem necessárias. O juízo
divino tem por escopo produzir nos homens o arrependimento. O trecho de I Ped. 4.6
mostra que esse princípio continua atuante no pós-túmulo, e não apenas durante a vida
biológica do indivíduo.
NAUM
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povos com a sua prostituição e as gentes com as suas feitiçarias. Eis que eu estou
contra ti, diz o Senhor dos Exércitos…”. Por semelhante modo, da mesma maneira que
Nínive seria destruída, Judá seria liberada do dominio assírio. “Mas de sobre ti, Judá,
quebrarei o jugo deles, e romperei os teus laços…” (1.13).
OBADIAS
Obadias é o mais curto livro do Antigo Testamento, pois consiste em apenas vinte e um
versículos. Nada se sabe sobre o profeta Obadias, e as poucas tradições que falam
sobre ele não são dignas de confiança. Mas, embora o seu livro seja tão minúsculo,
muitos eruditos creem que não foi um único autor que o produziu por inteiro, e que
partes do livro vieram de diferentes épocas. De acordo com eles, alguns dos oráculos
do livro foram proferidos ou escritos pouco depois da queda de Jerusalém frente aos
babilônios, o que deu início ao cativeiro babilónico (587—586 A.C.). Talvez Obadias
tenha-se vaiido das coleções de declarações que haviam sido oralmente transmitidas
peias escolas dos profetas. Isso poderia explicar as incríveis similaridades entre os vss.
1-9 e Jer. 49.7-22.
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Mesmo nesse caso, porém, aquelas declarações refietem bem o ponto de vista de
Obadias. Obadias foi, primariamente, um poeta que exprimiu algumas questões
proféticas. Edom havia-se aliado a outras nações a fim de derrubar Menaém e despojar
Judá, num ato inacreditável e imperdoável que foi denunciado por Obadias (vss. 10-14).
À semelhança de Joel, Obadias passou a descrever profeticamente o julgamento
dessas nações. Ademais, em visão profética, ele previu a voita de Judá à sua terra, o
domínio de Judá sobre Edom e o triunfo universal de Yahweh. Alguns estudiosos
acreditam que o livro de Obadias foi escrito às vésperas do avanço árabe-nabateu
(cerca de 312 A.C.), que haveria de conquistar os edomitas, e que Obadias estava
clamando por vingança pelo que Edom havia feito contra Judá. Sal. 137.7 refere-se à
maliciosa alegria expressa por Edom diante da destruição de Jerusalém e dos
subsequentes sofrimentos causados peio cativeiro babilónico. Foi isso o que fez
Obadias sentir-se tão ultrajado, sendo também a principal inspiração dessa profecia
condenatória contra Edom.
SINÓPSE II
Os doze profetas menores foram usados por Deus antes e depois do exílio do povo
escolhido.
COMENTÁRIO
A obra apresenta o apóstolo João como seu autor (Ap 1.1, 22.8). No século III, Dionísio
de Alexandria questionou a autoria joanina alegando diferenças de linguagem,
vocabulário e estilo entre o Evangelho de João e o Apocalipse. Porém, os primeiros
patriarcas da Igreja confirmaram que a autoria era de João. Por exemplo, Justino de
Roma em seu “Diálogo com Trifão”, escrito por volta do ano 155 d.C., assegura que João
recebeu a revelação acerca do milênio, da ressurreição universal e do juízo final.9 A
data da escrita do Apocalipse ocorreu por volta do ano 95 d.C. João recebeu a
revelação exilado na ilha de Patmos durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.). Os
destinatários são identificados pelas cidades das sete Igrejas da Ásia Menor (atual
sudoeste da Turquia). Embora a mensagem sirva para todos os crentes, em todas as
partes do mundo e em todos os tempos, especificamente os primeiros leitores
habitavam em: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Filadélfia, Laodiceia e Sardes (Ap 1.11).
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Como essas cidades estavam localizadas em uma rota bastante movimentada com
estradas que formavam uma conexão entre elas, acredita-se que o livro de Apocalipse
pretendia ser uma carta circular a ser lida em cada uma dessas igrejas. O livro encerra o
cânon do Novo Testamento, e revela a vitória final do Reino de Deus. Baptista., Douglas,
A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora
CPAD. 1ª edição: 2021.
AUTORIA , Duas posições extremas são tomadas quanto à questão da autoria aos livros
Joaninos (que consistem do evangelho de João, de três epístolas de João e do
Apocalipse), a saber: 1. Teria havido um único autor desses cinco livros, o qual foi o
apóstolo João. 2. Cada um desses cinco livros teria tido um autor diferente, pelo que
nenhuma conexão real com o apóstolo João pode ser demonstrada entre eles. A
resposta mais simplista a ambas essas posições extremas consiste da afirmativa que o
evangelho e as epístolas de João foram escritas por um autor (João ou um discípulo
imediato seu), ao passo que o Apocalipse teria sido de autoria de um outro João, o
ancião. À sia Menor, embora também pertencente à escola joanina. Essa declaração
simplista está sujeita a todas as formas de objeção e disputa; mas é tão boa como
qualquer outra ideia que já tenha sido apresentada. Pelo menos é certo que o
evangelho de João e o livro de Apocalipse não podem ter sido escritos pelo mesmo
autor. O grego do evangelho de João é simples, quase infantil, embora gramaticalmente
correto.
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Esse ponto de vista veio a ser largamente aceito na igreja, conforme a secção anterior o
demonstra; em alguns lugares, entretanto, essa posição era ardorosamente combatida,
e até mesmo rejeitada. O próprio livro não afirma ser de autoria de João, o «apóstolo»; e
poderíamos supor corretamente que se ele o tivesse realmente escrito, ter-se-ia
identificado como tal. Outrossim, se João, o apóstolo, o escreveu, não há razão para
supormos que não tivesse recebido reconhecimento antigo e universal, conforme
sucedeu no caso das epístolas de Paulo. O fato que somente nos meados do século II
D.C. é que seu autor foi identificado como o apóstolo João e que mesmo assim muitos
continuavam a rejeitar sua autoridade, sob qualquer consideração, especialmente
como livro de autoria joanina, mostra-nos que é quase impossível que o próprio
apóstolo João tivesse sido o seu autor. Destino.
O destino também é claramente afirmado em Apo. 1:4, bem como em seus capítulos
segundo e terceiro, a saber, as «sete igrejas» da Asia Menor. Provavelmente uma cópia
do livro foi enviada para cada uma delas, e não apenas as cópias individuais das
pequenas cartas. Às igrejas foi ordenado que lessem a composição inteira (ver Apo.
1:3). Na Ásia Menor havia maior número de igrejas do que apenas aquelas sete, e
podemos supor que não demoraram a receber cópias da mesma. Alguns estudiosos
têm pensado que essas sete igrejas representam sete períodos distintos da história da
igreja: mas isso é repelido por outros. Seja como for, representam as principais
condições que podem ser encontradas na igreja universal, em qualquer período de
história. Ê interessante a observação que o Apocalipse foi aceito como autoritário, isto
é, «canônico», inicialmente na Asia Menor. (Ver a secção II da presente introdução).
MOTIVO E PROPÓSITOS
Motivo. Deve ser óbvio, por aquilo que foi dito nas secções I e V desta introdução, que o
«motivo» que provocou a escrita deste livro foi uma grande perseguição tão severa que
os cristãos primitivos só poderiam pensar que viviam nos dias imediatamente
anteriores à «parousia» ou segundo advento de Cristo. A maioria dos estudiosos crê
que essa foi a perseguição movida por Domiciano, o «segundo Nero», que houve pouco
antes do fim do primeiro século de nossa era. A literatura apocalíptica tem a
característica de tenta r «saltar por cima» das crises presentes a fim de dirigir a mente
dos fiéis para um futuro triunfo sobre os inimigos, com o estabelecimento da retidão. A
última declaração do Apocalipse promete o retomo de Cristo para «breve».
do mal absoluto, pois ele será o servo perfeito de Satanás (ver o décimo terceiro
capítulo deste livro). E os cristãos primitivos criam que uma vez que se estabelecesse
seu império mundial, logo Cristo voltaria, a fim de destruir o seu ímpio império. Este
livro, portanto, foi escrito a fim de encorajar aos cristãos, pois o fim parecia bem
próximo, ou seja, o «começo» do fim, o que eles podiam observar pessoalmente com
facilidade.
Este livro, pois, infunde «esperança» aos crentes que sofriam, relembrando-os sobre o
«mundo eterno» que eventualmente seria estabelecido, ao passo que os reinos
humanos, caracterizados, pela cobiça e pelo poder, seriam reduzidos a nada. Domiciano
decretou o «culto ao imperador» de um modo que seus predecessores nunca tinham
feito. Ele fez disso uma prova de lealdade ao império. Os cristãos, naturalmente, se
recusavam a adorar ao imperador como se fosse um «deus», e as consequências disso
foram desastrosas para os crentes. Desenvolveu-se até mesmo o culto à família dos
Flávios, na qual se encarnaria a natureza divina da família de Domiciano. Mediante sua
suposta divindade, além de sua «ascendência divina», procurou estabelecer um
governo absoluto sobre os corpos e as almas dos homens.
Não somente perseguiu aos cristãos, mas também mandou matar e banir a políticos,
filósofos e até mesmo membros de sua família que parecessem oferecer-lhe
resistência. Mandou executar seu primo, o cônsul Clemente, porque este parecia haver
adotado o modo de vida judaico, o que, segundo pensava Domiciano, fizera dele um
ateu. Os livros de I Clemente, escritos de Roma, e Hebreus, escrito a cristãos romanos,
evidenciam claramente as tremendas perseguições dessa época da história.
Propósitos. O propósito imediato da composição deste livro foi o de contrabalançar o
temor e o desespero que, naturalmente, tomou conta da igreja cristã, o que talvez
conduziu alguns à apostasia. Pois este livro mostra que o Senhor Jesus Cristo é o
verdadeiro governante, o qual, finalmente, haverá de esmagar os poderes malignos, ao
estabelecer o seu reino.
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Naquele tempo pensava-se que esse reino seria estabelecido dentro em breve (ver
Apo. 22:20); assim sendo, havia boas razões para os crentes se encorajarem a sofrer
pelo bem, como espirito triunfal até. O autor sagrado assegura a seus leitores que sem
importar quão negra fosse a noite, o Dia estava próximo, o qual também os vingaria das
perseguições que experimentavam, porquanto o «direito» seria universalmente
estabelecido, ao qual pregavam e no qual criam. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo
Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 6. pag. 354;
3557-3558.
Apocalipse é a grande consumação das Escrituras, assim como o Gênesis é o livro das
primeiras coisas, onde o homem fracassou pelo pecado. Este livro apresenta as últimas
coisas, onde aparece o homem salvo e triunfante em Cristo. E bom que se observe o
grande contraste existente entre esses dois livros: Gênesis
A antiga criação.
A entrada de Satanás.
O paraíso é perdido.
A vida é limitada.
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Apocalipse
A nova criação.
O juízo de Satanás.
Paraíso restaurado.
A morte é vencida.
A vida é eterna.
Não há maldição.
Pelo seu alto conteúdo profético e por sua natureza altamente simbólica, o livro do
Apocalipse é um livro que não deve ser negligenciado pelos cristãos. Fala de guerras e
também de paz triunfante e final sobre o mundo. O Apocalipse, do grego apokallupsus,
significa “revelação”, ou seja, o afastamento do véu, manifestando algo oculto ou
encoberto. O livro contém segredos divinos revelados por Cristo a João e, finalmente,
de João à Igreja (Apocalipse 1.1, 2).
O Apocalipse é, sem dúvida, um dos livros mais fascinantes e váliosos da Bíblia, visto
que nele João pôde olhar pelo corredor do tempo e revelar o plano de Deus para os
séculos. Trata-se de um livro de difícil interpretação e, por esta razão, mesmo que
compreendamos muitas coisas sobre ele, só o compreenderemos mais perfeitamente
a medida em que os eventos nele contidos estiverem se aproximando do seu
cumprimento final. Mesmo assim, este livro é uma janela da revelação divina sobre
todos os eventos futuros. Basta compararmos Daniel 12.4, 9 com Apocalipse 22.10
para vermos como Deus quer mostrar aos seus servos as coisas que brevemente
devem acontecer (Apocalipse 1.1).
Eusébio ainda cita Eurígenes, dizendo: “(…) Ele (João) também escreveu Apocalipse,
quando se ordenou que ocultasse e não registrasse as vozes dos sete trovões”. Papias,
falecido no ano 130, conheceu João pessoalmente, tendo transmitido informações de
primeira mão a Melito, o qual foi bispo de Sardes (160 a 190 d.C.), que conhecia e usava
o livro do Apocalipse. É significativo o fato de que Melito viveu em Sardes, uma das
cidades às quais o livro foi originalmente enviado (Apocalipse 3.1). É natural que ele
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tenha aceitado o livro antes mesmo de ter sido aceito em outras partes da cristandade
antiga. O Cânon Muratório (200 d.C.) atribui o Apocalipse ao apóstolo João. A tradição
primitiva é confirmada pelos pais do terceiro século, como Tertuliano, Hipólito e
Eurígenes.
Eles atribuem o livro ao apóstolo João e o fazem sem qualquer indício de existir uma
ideia diferente a respeito deste assunto. A conclusão de Gerhard Maier é que nenhum
outro livro do Novo Testamento tem uma tradição mais forte ou mais antiga sobre a sua
autoria do que o livro do Apocalipse. Época e local do livro Como se pode ver, atribuir ao
livro do Apocalipse a época do reinado de Domiciano (já no final deste reinado, digamos
nos anos 95 ou 96) tem o apoio da maioria dos pais da igreja primitiva. Segundo o
historiador Eusébio, João pastoreava a igreja em Éfeso quando foi exilado por
Domiciano no ano 95. Voltou a Éfeso no ano seguinte, tendo escrito o livro do
Apocalipse nesse meio tempo (História Eclesiástica, 111.20).
Clemente de Alexandria fala ainda da atividade posterior de João nos seguintes termos:
“Quando logo após a morte do tirano (Domiciano), ele voltou da ilha de Patmos para
Éfeso, e foi logo visitar as regiões vizinhas a fim de instalar bispos em alguns lugares,
em outros, para pôr em ordem as congregações; e, em outros ainda, para ordenar
aqueles que foram designados pelo Espírito Santo”. Patmos é uma ilha rochosa
escarpada com cerca de 10 quilômetros de largura por 15 de comprimento, situada a
uns 80 quilômetros a sudeste de Éfeso.
A ilha era usada por autoridades romanas como um local de exílio, e João diz ser este o
motivo de estar ali, ou seja, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus
Cristo (Apocalipse 1.9). Vitorino afirmou que o exílio de João foi acompanhado de
trabalhos forçados nas minas de sal em Patmos. No entanto, poucos autores
mencionam este fato. Sabe-se, também, que estando já velhinho, João assentava-se ao
púlpito da igreja em Éfeso, levantava a sua mão, e assim falava à igreja: “Filhinhos, amai-
vos uns aos outros”. E ali terminou os seus dias, na época do imperador Trajano (98 a
117). Paixão, Waldemar Pereira. Apocalipse, a Revelação Final. Editora Kairos. 1 edição
2009. pag. 11-16.
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Na revelação, Cristo disse a João: “ escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as
que vão acontecer” (Ap 1.19). Significa o registro do passado, presente e futuro. No
passado, João testificou da Palavra de Deus (Ap 1.2). No presente, todos devem guardar
as palavras da profecia (Ap 1.3,22.14). No futuro, irá se cumprir a esperança da volta de
Jesus (Ap 1.7). Desse modo, o livro nos ensina a viver com Deus no presente, a fim de
participar da eternidade com Ele. As revelações do futuro atestam que Deus controla a
história (Ap 14.7,8); Satanás será derrotado (Ap 20.10); o pecado será banido; e aqueles
que vencerem herdarão a Nova Jerusalém (Ap 21.2-4). Por isso, somos encorajados a
clamar: “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
COMENTÁRIO
Cristo disse a João: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois
destas hão de acontecer” (Ap 1.19). Significa o registro do passado, presente e futuro.
No passado, João “testificou da Palavra de Deus” (Ap 1.2). O tempo verbal grego
empregado aqui, o aoristo (“testificou”) provavelmente refere-se a um “aoristo
epistolar”, porque a escrita “das coisas que ele viu” estaria no passado quando seus
leitores a recebessem. A declaração também aponta o testemunho de João para as
coisas já acontecidas, tais como a visão do Filho de Deus (Ap 1.10-17) e até mesmo o
nascimento e a ascensão de Jesus (Ap 12.1.17). Ainda, a expressão indica que as
“palavras desta profecia” são verdadeiras, portanto, divinamente inspiradas (Ap 22.7).
As “coisas que são” sinalizam aquilo que estava acontecendo no tempo presente do
autor. Diz respeito à situação das Igrejas mostrada nos capítulos 2 e 3 do livro, mas que
também se aplicam às igrejas de todas as épocas, tal como o dever de guardar as
palavras da profecia (Ap 1.3, 22.14). As “coisas que hão de acontecer” revelam o futuro.
Com algumas exceções de presente e passado, referem-se aos eventos narrados a
partir do capítulo 4 que antecedem a volta de Jesus (Ap 1.7), e as coisas que acontecem
depois, tais como a instauração do milênio (Ap 20.2,3), o julgamento final (Ap 20.13), o
novo céu e a nova terra (21.1) e a nova Jerusalém (Ap 21.2).
O Comentário Bíblico Pentecostal faz o seguinte resumo dessa mensagem: (i) Deus
está no controle, não Satanás; (ii) Espere pela volta do Cordeiro, e não pela Besta; (iii)
Combata todas as suas batalhas com as armas do Espírito, e não com as do mundo; (iv)
Quando estiver em dúvida, adore a Deus! A adoração é a maior e mais poderosa
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expressão de fé; (v) Você está sendo preparado para uma colheita; (vi) A noiva está
quase pronta para as bodas com o Filho; (vii) Os preparativos para o casamento já
foram feitos, as festividades do final da colheita começaram, e nenhum outro sinal é
necessário.
Ouça… a última trombeta vai soar. Os temas acima enumerados devem refletir na
maneira como vivemos. Sua mensagem apresenta a esperança de um presente e de
um futuro com Deus. Ratifica-se que o livro nos ensina a viver com Deus no presente, a
fim de participar da eternidade com Ele. As revelações do futuro atestam que Deus
controla a história (Ap 14.7,8); Deus triunfará sobre o mal; Satanás será derrotado (Ap
20.10); o pecado será banido; e os eleitos herdarão a Nova Jerusalém (Ap 21.2-4). Por
isso, somos encorajados a clamar “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20). Baptista.,
Douglas, A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de
Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.
b) A igreja que tem sido perseguida ao longo dos séculos, mesmo suportando martírio
é vencedora (7:14; 22:14; 15:2).
c) Os juízos de Deus mandados para a terra são uma resposta de Deus às orações dos
santos (8:3-5).
A Esperança da Igreja (Ap 1.7) “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os
mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim.
Amém”. Apesar de João estar aproximando-se do fim de sua longa vida, esta esperança
ainda acha-se firme nele. A vinda de Jesus, nas nuvens, será o cumprimento de Daniel
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7.13, uma profecia que o próprio Cristo aplicou-se a si mesmo (Mt 26.64). No versículo
sete, João olha para o futuro, e vislumbra-nos o que discorrerá com mais detalhes no
capítulo 19. Com o pensamento no poder e no domínio de Cristo, o evangelista
imediatamente manifesta a esperança da Igreja: “Ele vem com as nuvens”.
A maioria das pessoas a quem está escrevendo é gentia que, à semelhança dos crentes
em Tessalônica, haviam se convertido dos ídolos para Deus, para servir Aquele que é
vivo, Quando de seu retorno, “todos” (nações, povos e tribos)” lamentar-se-ão num
terrível gemido por causa de sua presença. Contudo, este não é o desejo de Deus. A
promessa feita a Abraão era de que este e a sua semente (Jesus) trouxessem a benção
sobre todas as famílias da terra.
Mas devido à rejeição do mundo aos planos divinos, Jesus terá de retornar “como
labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não
obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Ts 1.7). É claro que a Igreja
não estará mais na terra quando Cristo retornar trazendo este julgamento. Nós já
estaremos com Ele. São os que não foram arrebatados, por ocasião do rapto, é que hão
de se lamentar sobre Ele.
Nos dias atuais, temos o privilégio de obter a salvação e receber o Espírito Santo.
Entretanto, quando Jesus já houver retornado, triunfando sobre os exércitos do
Anticristo, só restará aos descrentes o batismo do fogo do julgamento. João aqui
adiciona “sim, certamente”. Com esta dupla afirmativa, não deseja necessariamente
que o julgamento venha sobre o mundo, mas confirma a verdade da profecia. A vitória e
o reino pertencem verdadeiramente ao Senhor. HORTON. Staleym. M. Serie
Comentário Bíblico Apocalipse. As coisa que brevemente devem acontecer. Editora
CPAD. 7ª Edição 2011.
SINÓPSE III
O livro do Apocalipse, escrito às sete Igrejas da Ásia Menor, traz uma mensagem de
esperança e fortalecimento da fé.
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AUXÍLIO TEOLÓGICO
[Uma visão geral do Apocalipse] “Os cristãos da Igreja Primitiva, como os primeiros a
receber o Apocalipse, devem ter ficado maravilhados com as suas profecias. Embora
tantos séculos já tenham se passado, o livro continua a merecer atenção e estudo, pois
bênçãos são prometidos a todos os que guardam a sua mensagem. Suas profecias
centralizam-se em Jesus e nos últimos tempos, revelando o clímax e o triunfo final do
plano divino […]. A razão e a autoridade com que o apóstolo escreve vêm da tremenda
visão de Jesus como ‘um semelhante ao Filho do Homem’ (Ap 1.13), identificando-o
com o mesmo personagem visto por Daniel (Dn 7.13,14), a quem foi dado ‘o domínio e a
glória, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem’.
Esta é uma identificação que o próprio Jesus fez de si mesmo durante seu ministério
terreno (Mt 26.64). Além de utilizar o linguajar de Daniel, a descrição de Jesus feita por
João usa também uma linguagem extraída de Ezequiel. Este tipo de descrição do
Antigo Testamento, aliás, é aplicada somente a Deus Pai. Através dela, os leitores de
João são lembrados de que Jesus é a revelação do Pai (Jo 14 .9 -11). A ordem vem de
igual modo diretamente de Jesus, que determina a João que escreva às sete igrejas (Ap
2 e 3)” (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.9-10).
CONCLUSÃO
A mensagem dos profetas é de suma importância para despertar o cristão. Nos livros
proféticos, a soberania, a justiça e a misericórdia divina estão claramente reveladas. Os
fatos narrados comprovam o poder, a autoridade e o controle divino sobre todas as
coisas. Eles nos servem de experiência de fé, que produz esperança (Rm 5.4).
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que significa a palavra “ Profeta”?
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O livro nos ensina a viver com Deus no presente, a fim de participar da eternidade com
Ele.
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U N C AT E G O R I Z E D
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