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Acção de Formação: Sustentabilidade na Terra e Energia na

Didáctica das Ciências


Contexto: utilização da Web 2.0 aplicada à didáctica do ensino das
Ciências

Relatório Final da Acção de Formação

Centro de Formação da Batalha

Formando: Maria Gorete Duarte Gaudêncio Almeida Mendes; Grupo 510, Ciências
Físico-Naturais – 3º Ciclo e Grupo 230, Ciências da Natureza – 2º Ciclo

Formador: Dr. Ricardo Pimentel

Duração da acção de formação: 25 horas presenciais e 25 horas de trabalho autónomo.

1. Justificação da participação na acção:

A minha participação na acção prendeu-se essencialmente com a determinação


em modificar, de forma mais concertada, as minhas práticas lectivas. O
desenvolvimento tecnológico trouxe mudanças na Sociedade. A evolução da Internet
alterou bastante os hábitos dos nossos alunos. Estes novos meios de comunicação
exercem uma poderosa atracção nos nossos alunos, desviando muitas vezes a atenção
dos professores. Esta concorrência coloca novos desafios aos professores. É
fundamental que se torne a escola, um local também atractivo, onde os alunos tenham
ao seu dispor, não apenas dentro da sala de aula como fora dela, um ambiente idêntico
ao que os rodeia. Está fora de questão que o computador é um recurso muito importante
para o processo ensino-aprendizagem. As mais recentes pesquisas no domínio da
cognição apontam para o facto de que a motivação é o motor da aprendizagem. Os
nossos alunos aprendem melhor quando retiram prazer do próprio processo de
aprendizagem. Quantos de nós já não sentimos na “pele” que preparámos uma aula

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excelente, que o tema abordado é de extremo interesse, que solicitamos a participação
activa dos nossos alunos e, muitos deles não reagiram aos nossos estímulos. Estou cada
vez mais crente que mais que um mero mediador entre o conhecimento e os alunos, o
professor deverá saber como utilizar as TIC e como integrá-las no currículo. Devemos
caminhar para uma metodologia diferenciada e diversificada, adaptada aos diferentes
contextos de aprendizagem e ao perfil de cada aluno, valorizando os processos e a sua
evolução.
Encontrando-me em exercício de funções há vinte anos e, não tendo qualquer
formação nas novas tecnologias na minha licenciatura tenho-me “socorrido” destas
formações em que tenho participado, com muito empenho e dedicação. Considero que a
minha principal função como docente é motivar os meus alunos e tornar as
aprendizagens verdadeiramente eficazes e duradouras.

2. Consecução dos objectivos:

Considero que os objectivos propostos para esta Acção de Formação foram


concretizados e alcançados com bastante êxito. A nível profissional desenvolvi
competências a nível das novas tecnologias; descobri/compreendi e desenvolvi
capacidades para realização de actividades/projectos, com base em TIC web 2.0 Esta
acção permitiu-me explorar materiais e recursos TIC em contexto da minha didáctica
disciplinar, sobre a temática da acção de modo a poder contribuir para a Educação
Ambiental, promovendo nos nossos alunos a responsabilização dos seus actos e a
sensibilização/ intervenção na Sociedade. A minha participação na acção conduziu-
me a muitos momentos de reflexão sobre a importância em inovarmos as nossas
práticas. Estou cada vez mais consciente que temos que estar preparados para
enfrentar os desafios da nova geração da Internet.

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3. Adequação da metodologia:

A metodologia usada na formação foi ajustada ao tipo de formação pretendido.


É “Aprendendo fazendo” que realmente aprendemos. É através das tentativas, com
os erros, com os desesperos, com a persistência, … que vamos evoluindo. Não tinha
sentido outra metodologia, quando todos sabemos a importância da “construção do
saber” para que a aquisição de competências seja eficaz. Parece-me que estamos
“cansados” das acções de formação meramente teóricas e pouco enriquecedoras. As
quatro fases da realização da acção foram cumpridas na íntegra e de forma
organizada. De registar a total disponibilidade revelada pelo Formador, no sentido
de superar as nossas dificuldades, quer nas sessões presenciais, quer no trabalho
autónomo, nas plataformas da formação. Eram praticamente instantâneas as
respostas às nossas “angústias”. Reforço também as ferramentas de apoio que nos
foi sempre fornecendo.
Deixo aqui o meu apreço à atitude de encorajamento e valorização do nosso
trabalho, manifestados sistematicamente pelo Ricardo.

4. Duração da acção e cronograma:

Relativamente às 25 horas presenciais poderiam ter sido suficientes se não


tivessem acontecido os entraves muito frequentes com a ligação à Internet. Estas
falhas foram no entanto sendo superadas com o apoio constante do Ricardo, no blog
da formação. Valeu-me também a partilha, principalmente com a colega Cristina.
Quanto às horas destinadas ao trabalho autónomo, considero-as francamente
insuficientes.
No que concerne ao cronograma, não foi o melhor. O início da formação
coincidiu com uma fase de extremo cansaço e o seu términus, num período de grande
agitação nas escolas. Na minha opinião, uma acção de formação deste género deveria
começar no início do ano lectivo, seguindo-se o tempo de aplicação, “no terreno”,
com os nossos alunos e finalmente, a avaliação dos resultados. Sei no entanto que o
que refiro poderá ser uma utopia.

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5. Participação e envolvimento:

Relativamente às sessões presenciais, considero que participei com muito


empenho e dedicação nas temáticas da acção, de forma a compreender e poder
depois aplicar. Contribui positivamente para a organização do trabalho e para um
bom ambiente de trabalho. Partilhei práticas e materiais, mais evidente nas pesquisas
online sobre os recursos didácticos que efectuei, relativamente à temática da acção.
No que diz respeito ao trabalho autónomo, ressalvo que foram muitas, muitas
horas de trabalho. De forma alguma as vinte e cinco horas previstas. Contudo,
quando estamos perante situações novas, é necessário muito tempo para nos
adaptarmos. São avanços e recuos constantes. São angústias e alegrias por termos
conseguido. Mas lá está! É “ Aprender fazendo” que efectivamente aprendemos.
No que concerne à participação nas plataformas da formação, cumpri com todas
as tarefas que foram propostas. Contribui com a partilha da ferramenta de
audiovisual Truveo. Sempre que senti dificuldades, utilizei a caixa de comunicação
do blog da formação. Relativamente aos debates fui um pouco mais privativa,
embora navegasse quase diariamente pelo blog. Esta situação prendeu-se talvez com
a minha forma de ser, um pouco pacata.

6. Produtos Finais:

Começo por referir a minha Wiki: http://goretemendes.wikispaces.com/


Embora considere que é o desabrochar de algo que tem muito a crescer, parece-
me que consegui atingir as minhas expectativas. Com muitos percalços pelo
caminho, lá a fui construindo. Tentei que fosse organizada, com elementos
significativos e enquadrados no contexto da acção, interactiva, apelando sempre à
intervenção dos alunos, atractiva e sem muita informação, efectuando hiperligações,
quando necessário. Destaco:
- A página destinada à proposta da realização dos trabalhos de pesquisa, com
indicações muito precisas e sugestões de sites pertinentes, para todos os grupos de
trabalho (tenho a intenção “legendar” cada um dos sites);
- A página destinada às dúvidas dos alunos. Espaço de extrema importância
essencialmente, por duas razões: tentar solucionar os défices, no momento certo

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(muitas vezes os alunos não registam as duas dificuldades e, na aula, acabam por
passar despercebidas). Por outro lado, muitos alunos, os mais tímidos, não gostam de
se expor na sala de aula. Acrescento ainda que nos poderá fornecer -nos, uma visão
mais clara dos diferentes ritmos de aprendizagem;
- A calendarização das actividades propostas também é muito importante. Evita
que andemos sistematicamente a avisar os alunos sobre os prazos a respeitar,
obrigando-os a se responsabilizarem;
- A página destinada às curiosidades e notícias importantes leva a uma partilha
de informações e a um enriquecimento de todos;
- Ao colocar as matrizes das fichas de avaliação estou de imediato a evitar “mais
fotocópias” e em consequência, a preservação do ambiente.
Na minha Wiki tive a preocupação em utilizar todas as ferramentas de
audiovisual solicitadas, tais como: o Slideshare, o Isuu, o Youtube. Usei ainda o
Google Calendar e o Truveo, para a plataforma da formação. Explorei outras
ferramentas, no sentido de as poder aplicar. No entanto, muito há ainda a fazer com
reflexão prévia e disponibilidade de tempo.
Gostaria de ter utilizado o Overstream e de ter acrescentado ainda alguns
pormenores à minha Wiki, neste momento. No entanto tive uma semana
extremamente ocupada, o que me impediu de o fazer.
Relativamente ao nosso blog: http://as3evaristas.blogspot.com/ , considero que
está bastante atractivo, como pode ser visualizado. Dinamizei-o com bastante
entusiasmo.
Considero que concretizei os objectivos da acção e da modalidade de formação,
preocupei-me com a qualidade da execução e fui pertinente face aos contextos a que
se destinam. Estou satisfeita com o trabalho que desenvolvi.

Estou certa que esta formação irá trazer mudanças na minha prática lectiva. Não
tenho dúvidas que as ferramentas Web 2.0 têm enormes potencialidades de utilização
no processo ensino/aprendizagem, quer na organização das próprias disciplinas e
apoio aos alunos, quer na utilização por parte destes na gestão dos seus trabalhos
individuais ou em grupo, organizando o trabalho colaborativo e o estudo. A
motivação dos alunos será naturalmente diferente com a aplicação destas
ferramentas.

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Relativamente ao Blog tenho a certeza que o irei aplicar desde já, com a minha
Direcção de turma. Será uma plataforma de comunicação muito importante para
apresentação das várias etapas dos projectos realizados pelos alunos, na Área
Projecto em interdisciplinaridade com as diferentes disciplinas. Poderá também criar-
se um jornal de turma online.

Com a Wiki da disciplina, embora a considere de extrema importância pelas


razões já apontadas, sinto constrangimentos em relação à sua aplicabilidade neste
momento. Grande parte dos nossos alunos é economicamente desfavorecida, não
possuindo computador. Os da escola, que se encontram directamente disponíveis aos
alunos para trabalho extra-aulas, são muito poucos. Temos um Centro de Recursos e
uma sala, devidamente equipados mas, destinados às aulas de TIC, Área Projecto ou
a outras disciplinas, quando disponíveis. Sendo assim, os alunos têm poucas
oportunidades de utilizar os computadores para trabalho autónomo. Poderá sempre
pensar-se no contributo da Área Projecto. No entanto, esta alternativa é bastante
limitativa, uma vez que aquele contributo terá que ser partilhado pelas diversas
disciplinas. Não gostaria de aumentar a desigualdade de oportunidades entre os
alunos. Estou no entanto confiante que o Programa e - Escolas facilitará a aquisição
de computadores pelos nossos alunos, com a vantagem da Internet.

Para terminar, manifesto o meu agradecimento a todos os colegas, pela sua


simpatia e espírito de cooperação, factores que tornaram o ambiente de trabalho
muito agradável, permitindo-nos ultrapassar com facilidade algumas adversidades
relativas às condições de trabalho.

E ao Ricardo, um apreço muito especial pelo seu trabalho, disponibilidade e por


nos ter despertado de forma tão evidente para a importância destas ferramentas na
mudança das nossas práticas docentes.

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