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considerações:
Subseção III
Do Plano Hospitalar
Art. 21. O Plano Hospitalar compreende os atendimentos realizados em todas as
modalidades de internação hospitalar e os atendimentos caracterizados como de urgência
e emergência, conforme Resolução específica vigente, não incluindo atendimentos
ambulatoriais para fins de diagnóstico, terapia ou recuperação, ressalvado o disposto no
inciso X deste artigo, observadas as seguintes exigências:
[...]
VII - cobertura das despesas, incluindo alimentação e acomodação, relativas ao
acompanhante, salvo contra-indicação do médico ou cirurgião dentista assistente, nos
seguintes casos:
a) crianças e adolescentes menores de 18 anos;
b) idosos a partir do 60 anos de idade; e
c) pessoas portadoras de deficiências.
[...]
Art. 22. O Plano Hospitalar com Obstetrícia compreende toda a cobertura definida no
artigo 21 desta Resolução, acrescida dos procedimentos relativos ao pré-natal, da
assistência ao parto e puerpério, observadas as seguintes exigências: (Redação dada pela
Retificação publicada no DOU nº 234 de 03/12/2013, Seção 1, página 54)
I - cobertura das despesas, incluindo paramentação, acomodação e alimentação,
relativas ao acompanhante indicado pela mulher durante:
a) pré-parto;
b) parto; e
c) pós-parto imediato por 48 horas, salvo contra-indicação do médico ou até 10 dias,
quando indicado pelo médico assistente;
[...]
Para melhor percepção acerca do que deverá ser custeado, devemos tomar como base a
Portaria n. 830/1999, também do MS, que dispõe sobre o que deverá ser incluído em tal
despesa:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 830, DE 24 DE JUNHO DE 1999
DO 120-E, de 25/6/99
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, e
considerando a Portaria GM/MS/N° 280 de, 07 de abril de 1999, que torna obrigatório
nos hospitais públicos, contratados e conveniados com o Sistema Único de Saúde, a
viabilização de meios que permitam a presença do acompanhante de pacientes maiores
de 60 (sessenta) anos de idade, quando internados, resolve:
Art. 1º - Regulamentar a cobrança de diária de acompanhante para
maiores de 60 (sessenta) anos, por meio de Autorização de Internação Hospitalar/AIH.
Art. 2º - Incluir na Tabela de Procedimentos Especiais do SIH-SUS o
seguinte código de procedimento para cobrança de diária de acompanhante para
pacientes idosos:
99.080.01-0 Diária de Acompanhante para Pacientes Idosos.
Valor: R$ 6,00
Limite: 99
§ 1º - O procedimento constante deste artigo somente poderá ser cobrado
mediante autorização prévia do gestor e inclui o fornecimento de 02 (duas) refeições
ao acompanhante, assim como de cama para sua acomodação, por período de 24
(vinte e quatro) horas, respeitadas as normas relativas à área física de enfermarias.
§ 2º - O fornecimento da alimentação poderá ser feito no refeitório ou na
própria enfermaria, conforme a disponibilidade de área física.
§ 3º - A cada paciente será permitido apenas um acompanhante.
Art. 3º - Incluir na Tabela de Procedimentos Especiais do SIH-SUS o
seguinte código de procedimento para cobrança de diária de acompanhante para
pacientes idosos:
99.081.01-6 Diária de Acompanhante para Pacientes Idosos, sem
pernoite.
Valor: R$ 2,65
Limite: 99
§ 1º - A cobrança desta diária será permitida quando não houver área
física disponível na enfermaria para a acomodação do acompanhante em cama, visando,
a não acarretar diminuição de oferta de leitos aos pacientes.
§ 2º - O procedimento constante deste artigo prevê o fornecimento de
uma refeição ao acompanhante, assim como de cadeira ou poltrona para a sua
acomodação, por um período de até 12 (doze) horas, sem pernoite.
§ 3º - O fornecimento da alimentação poderá ser feito no refeitório
ou na própria enfermaria, conforme a disponibilidade de área física de cada
unidade.
§ 4 º - A cada paciente será permitido apenas um acompanhante.
Art. 4º - Determinar que a unidade fica obrigada a oferecer as diárias de
acompanhante de idosos, em uma das modalidades constantes dos artigos 2º ou 3º desta
portaria, de acordo com a sua disponibilidade de área física.
Art. 5º - Definir que para cobrança das diárias de acompanhante para
pacientes idosos, constantes dos artigos 2º ou 3º , deverá ser lançado o código do
procedimento no campo serviços profissionais, da seguinte forma:
Campo Tipo: 20 (diária de acompanhante para pacientes idosos)
Campo CGC/CPF: lançar o CGC da Unidade.
Campo Tipo de Ato: 34 (diária de acompanhante para pacientes idosos).
Campo Ato: preencher com o código da diária de acompanhante para
idoso utilizada.
Quantidade de Ato: preencher com o número de diárias utilizadas.
Parágrafo único. Se o lançamento do número de diárias no campo
quantidade de ato, for superior aos dias de internação do paciente, a AIH será rejeitada.
Art. 6º - Definir que ficam excluídos de acompanhamento os pacientes
internados pelos procedimentos: Cuidados Prolongados, Hospital Dia, Psiquiatria
Diagnóstico e/ou Primeiro Atendimento e UTI, assim como em situações clínicas em
que esteja contra-indicada a presença de um acompanhante.
Parágrafo único. O lançamento de diárias de acompanhante para
pacientes idosos nestes procedimentos acarretará a rejeição da AIH.
Art. 7º - Determinar que os acompanhantes deverão seguir as normas que
disciplinam o funcionamento da Unidade.
Art. 8º - Definir que, sobre os procedimentos criados nos artigos 2º e 3º ,
não incidirá o Fator de Incentivo ao Desenvolvimento e Pesquisa FIDEPS.
Art. 9º - Determinar que os recursos referentes ao custeio dos
procedimentos de que tratam os artigos 2º e 3º serão acrescidos aos limites financeiros
anuais dos Estados e Distrito Federal, nos limites fixados no anexo desta portaria na
área denominada Assistência Ambulatorial, de média e alta complexidade e Hospitalar.
Art. 10 - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com
efeitos a partir da competência julho de 1999.
JOSÉ SERRA
ANEXO
ESTADOS LIMITE FINANCEIRO ANUAL
ESTADOS
LIMITE FINANCEIRO ANUAL
[...]
CEARÁ
1.160.577,00
[...]
Destarte, percebemos que não há uma definição legal acerca do que configura
a acomodação do acompanhante hospitalar, mas podemos aferir que esta
engloba dois conceitos preponderantes: conforto e segurança do paciente, de
modo a assegurar o direito tanto do acompanhante em realizar um
acompanhamento digno quanto do paciente em não ser colocado em mais
risco.
Ao Hospital cabe eleger a qualidade do serviço que deseja ofertar, tendo como parâmetro o
seguinte: cama para os acompanhantes que deverão pernoitar junto ao paciente, e cadeira
para aqueles que permaneçam menos de 24h no acompanhamento.
Ressalte-se, ainda, que os protocolos de segurança do paciente não podem ser aviltados em
nenhuma hipótese, sendo oportuno aqui elencar a necessidade de observar para todos os
procedimentos o enunciado da RDC 63 da ANVISA acerca de higienização:
RDC 63 – ANVISA
[...]
Art. 36 O serviço de saúde deve manter as instalações
físicas dos ambientes externos e internos em boas
condições de conservação, segurança, organização,
conforto e limpeza.
[...]
Art. 55 O serviço de saúde deve garantir que os materiais e
equipamentos sejam utilizados exclusivamente para os fins
a que se destinam.
Art. 56 O serviço de saúde deve garantir que os colchões,
colchonetes e demais mobiliários almofadados sejam
revestidos de material lavável e impermeável, não
apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias.
Art. 57 O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos
processos de desinfecção e esterilização de equipamentos
e materiais.