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UNICEUG – CENTRO UNIVERSITARIO DE GOIÂNIA

RESUMO DA CARTA DE ATHENAS

ARQUITETURA E URBANISMO

JOÃO PEDRO SOUZA GUIMARÃES

CARTA DE ATHENAS 1933

Resumo

GOIÂNIA, GO

2022
1. Resumo (Carta de Athenas – 1933)

No ano de 1933, na cidade de Athenas – Grécia, foi realizado o IV Congresso


Internacional de Arquitetura Moderna que resultou em um manifesto urbanístico
redigido e assinado por grandes arquitetos e urbanistas do início do século XX (entre
eles Le Corbusier) que mostrava o pensamento desses profissionais em relação ao
meio urbano da época.

Foi criada então, a Carta de Athenas, um documento que buscava encontrar


respostas para os diversos problemas urbanísticos causados principalmente pelo
rápido crescimento das cidades. A carta analisava as cidades como um todo e
propunha aspectos que deveriam ser seguidos para melhorar a estrutura urbana,
fazendo considerações sobre as habitações, o lazer, o trabalho, a circulação e o
patrimônio histórico das cidades, pregando a separação das áreas residenciais, de
lazer e de trabalho, através da setorização das áreas e de um planejamento do uso
do solo.

Determinaram então, que seria destinado aos setores habitacionais as


melhores localidades urbanas e que deveria haver limites em sua densidade para
evitar problemas futuros e melhorar da qualidade de vida. Além disso, a carta diz que
cada moradia deve receber insolação mínima, por direito; devem afastar-se do
alinhamento das vias para se distanciarem da poeira, dos gases e dos ruídos; deve
haver uma distância mínima entre as construções mais elevadas, liberando o espaço
entre elas para criar áreas verdes. Os locais de trabalho e moradia devem ficar
próximos e as indústrias devem se concentrar em locais afastados de modo que os
setores industriais e habitacionais sejam separados por zonas verdes.

Em relação ao lazer, o estatuto do solo deve garantir a existência de superfícies


verdes satisfatórias de acordo com cada região. Nas periferias da cidade devem
conter áreas de lazer de fácil acesso, que ofereçam atividades diversas e saudáveis
de entretenimento e novas áreas verdes devem servir ao embelezamento e ao mesmo
tempo abrigar instalações coletivas. Quanto a circulação, as vias devem ser
classificadas de acordo com seu uso e suas velocidades média, sendo então
categorizadas e administradas por um regime próprio. Zonas de vegetação devem
isolar os leitos de grande circulação que serão afastados das edificações.

A Carta de Atenas fala também dos patrimônios históricos das cidades,


decretando que os valores arquitetônicos devem ser mantidos, respeitando-se a
personalidade e o passado próprios da cidade. Se sua presença for, entretanto,
prejudicial, este será destruído e deve dar lugar a áreas verdes de forma que beneficie
os bairros vizinhos. Mas se o edifício possui algum tipo de valor, se buscarão outras
soluções, desde que sua conservação não deve cause problemas para a população.
O documento ainda diz que não será permitido o uso estilos antigos em novas
construções sob hipótese nenhuma, para que se evite uma reconstituição “falsa”, já
que a intenção inicial é a preservação.

A Carta de Atenas pode ser definida como um documento sobre teoria e


métodos de planejamento. Atenas, que se ergueu como o berço da civilização
ocidental representou a racionalidade personificada por Aristóteles e Platão.

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