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IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA: CONCEITO E PRINCÍPIOS

Andréia dos Santos SANTANA1


Wilma Cardoso da CRUZ2
Ademir da SILVA3

RESUMO

O imposto de renda é uma espécie de tributo que incide sobre os rendimentos dos indivíduos
em determinado ano-calendário, sendo que isso ocorre por meio da incidência de alíquotas
conforme o enquadramento em faixas de rendimentos pré-estabelecidas. Trata-se de um
importante imposto que, na perspectiva do governo, se mostra como fonte de recursos, além de
promover justiça social e distribuição de renda, uma vez que paga mais imposto aquele que
aufere mais renda. Na perspectiva do contribuinte, portanto, trata-se de algo de complexo
entendimento que, mensalmente, retira parte de seus rendimentos. Estudar e compreender um
imposto de tamanha importância é de fundamental para os profissionais que atuam na área de
contabilidade, bem como para cidadãos que pagam o imposto em questão ou fiscalizam o
emprego dos recursos públicos. Assim, o presente artigo tem como objetivo apresentar um
estudo sobre a Declaração do Imposto de Renda, de maneira a apresentar os principais aspectos
relacionados a este tributo, por meio de uma pesquisa bibliográfica. Assim, espera-se contribuir
com o conhecimento dos profissionais e demais interessados a respeito de vários aspectos desse
imposto.

Palavras-chave: Tributos. Imposto de renda. Pessoa física.

PHYSICAL PERSON INCOME TAX: CONCEPT AND PRINCIPLES

ABSTRACT

Income tax is a kind of tax that is levied on the income of individuals in a given calendar year,
and this is done through the incidence of rates according to the framework in pre-established
income brackets. This is an important tax that, from the perspective of the government, shows
itself as a source of resources, in addition to promoting social justice and income distribution,
since it pays more tax on those who earn more income. From the taxpayer's point of view,
therefore, this is a complex understanding which, on a monthly basis, derives part of its income.
Studying and understanding a tax of such importance is crucial for accounting professionals as
well as for citizens who pay the tax in question or oversee the use of public resources. Thus,
the present article aims to present a study on the Income Tax Declaration, in order to present
the main aspects related to this tax, through a bibliographical research. Thus, it is hoped to
contribute with the knowledge of professionals and other interested parties about various
aspects of this tax.

Keywords: Taxes. Income tax. Physical person.

1
Graduanda em Ciências Contábeis-FIU, e-mail: andreiasantana1982@hotmail.com
2
Graduanda em Ciências Contábeis-FIU, e-mail: wilmaccf@hotmail.com
3
Professor do curso de Ciências Contábeis – FIU. decao_77@hotmail.com
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1 INTRODUÇÃO

O imposto de renda é um imposto cobrado tanto de pessoas físicas quanto de pessoas


jurídicas, de maneira que o contribuinte deve pagar uma porcentagem de sua renda auferida em
determinado período, sendo esta porcentagem progressiva, isto é, por meio de faixas de
rendimentos, de forma que quanto maiores os rendimentos, maior será a alíquota incidente.
O Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) tem sido um tema bastante polêmico para
diversas pessoas, cada qual com seu interesse e dúvidas. Com base nesses referenciais, o artigo
fornece dados e informações importantes com o intuito de esclarecer as questões polêmicas do
mesmo. Os contribuintes, que muitas vezes não entendem características deste imposto,
desejam pagar menos, e em contrapartida o Governo precisa arrecadar mais.
Assim, o presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a Declaração
do Imposto de Renda, de maneira a apresentar os principais aspectos relacionados a este tributo.
Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio da consulta a diversos meios
disponíveis. Desta forma, foram obtidas informações que foram analisadas e utilizadas para a
construção do presente trabalho. Com isso, busca-se contribuir com o conhecimento acerca dos
variados fatores relacionados a este importante imposto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Breve Histórico do Imposto de Renda

Inicialmente, a fim de compreender os aspectos relacionados ao imposto de renda, cabe


apresentar um breve histórico da instituição deste imposto no país.
Encontra-se na literatura relatos de que os primeiros estudos acerca da criação de um
imposto sobre a renda no país datam do século XIX, tendo como expoentes desta criação nomes
como Ruy Barbosa, Conselheiro Lafayette, o Barão de Rosário e os Viscondes de Ouro Preto e
de Jequitinhonha (BALEEIRO, 2001). A título de exemplo, o Visconde de Jequitinhonha
(Francisco Gé Acaiaba de Montezuma) argumentou em sessão do Conselho do Estado Pleno,
no Senado Federal, realizada em 26 de abril de 1867, o seguinte:

[...] passarei a tratar do imposto sobre a renda [...] Sustenta-se que o imposto pessoal
não é injusto, porque o imposto é devido pela proteção dada tanto às pessoas, como
às causas. [...] sobre que base deve assentar para torná-lo proporcional, como deve ser
todo o imposto, e como sobretudo este deveria sê-lo, sendo destinado a garantir
pessoas colocadas em situações tão diversas? Por esta dificuldade, sem dúvida existe

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ele autorizado na nossa lei fundamental, sob o título Copilação, sem que até hoje se
haja cobrado. (RODRIGUES, 1978, p. 144).

Com isso, observa-se que já nos tempos do Império existia alguma preocupação por
parte de algumas figuras políticas a respeito da necessidade de um imposto que incidisse sobre
a renda dos indivíduos, frente à injustiça do imposto pessoal existente.
Durante este período, muitas tentativas de implementação do referido imposto foram
executadas, porém, apenas em 1922 foi criado o Imposto Geral Sobre a Renda, por meio da Lei
n° 4.625 de 31 de dezembro de 1922, segundo a qual, “Art. 31. Fica instituído o imposto geral
sobre a renda, que será devido, anualmente, por toda a pessoa física ou jurídica, residente no
território do país, e incidirá, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de
qualquer origem” (BRASIL, 1922, on-line).
Por meio deste artigo e de seus oito incisos foi criado e regulamentado timidamente o
imposto de renda no Brasil. No entanto, devido ao seu caráter complexo, este imposto não foi
implementado imediatamente; houve, na verdade, um estudo por parte do governo para elaborar
um regulamento e organizar a sua arrecadação (PIVA, 2008). Estes estudos, baseados no
sistema francês, fundamentaram a proposição de um sistema misto, no qual os rendimentos
deveriam ser agrupados em categorias sobre as quais incidiriam taxas proporcionais e sobre a
renda global, ficando ainda sujeitos a taxas complementares (RFB, 2007).
Posteriormente, em 1934, o imposto de renda passou a integrar a Constituição Federal,
como pode ser observado abaixo:

Art. 6º – Compete privativamente a União:


I – decretar impostos:
c) Sobre de renda e proventos de qualquer natureza, excetuada a renda cedular de
imóveis. (BRASIL, 1934, on-line).

Segundo este modelo cedular tradicional, que vigorou por muitos anos, os rendimentos
tributáveis eram classificados em quatro categorias ou cédulas e tributados proporcionalmente.
A soma destes rendimentos constituía a renda bruta que, após determinadas deduções, sofria o
imposto complementar progressivo (BALEEIRO, 2001). A sistemática da apuração mensal do
imposto devido pelas pessoas físicas e o modelo cedular anteriormente descrito foram
suprimidos apenas por meio da Lei 7.713, de 22 de dezembro de 2018 (SETTI, 2010).
Com o passar dos anos, diversos dispositivos legais foram alterando as disposições e
regulamentações relativas ao imposto de renda, em especial, alterando-se as alíquotas deste
tributo, até que se chegasse ao modelo atualmente vigente e que será descrito adiante no
presente trabalho.

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2.2 Conceito

O imposto de renda é um imposto exigido e administrado pela Receita Federal do Brasil


(RFB), achando-se condigno tanto pelas pessoas jurídicas quanto físicas. Trata-se do valor
anualmente descontado do rendimento do colaborador ou da organização e confiado ao governo
federal, sendo que a alíquota de dedução é fixada pelo governo de cada país onde é empregado
tal imposto.
A contribuição devida pelo trabalhador é denominada Imposto de Renda sobre Pessoa
Física (IRPF) e a declaração anual comprovativa dos rendimentos é nomeada Declaração de
Ajuste Anual (DIRPF). Tal declaração é exigida da totalidade dos que possuem rendimento
eminente ao valor mínimo determinado pelo governo, assim, sobre o conjunto líquido dos
rendimentos de qualquer origem, bem como que a arrecadação se daria por meio de lançamento.
Com isso, apenas com a Lei nº 4.984, de 31 de dezembro de 1925, a tributação da renda
foi efetivamente posta em prática no País, deixando para trás as demais legislações que, apesar
de válidas, haviam sido totalmente ineficazes (COSTA, 2005). Nos dias atuais, o imposto sobre
a renda e ganho de qualquer natureza dispõe da previsão constitucional e passa ser conhecedor
pelos critérios da generalidade, universidade e progressividade (artigo 153, inciso III, e § 2º,
inciso I, da CF/88). Com tal característica, Yamashita (2014, p. 105) aduz que “[...] o imposto
de renda deve tributar todos os cidadãos (generalidade) e todo rendimento (universalidade), de
acordo com sua renda global”. Isto posto, tem sentido que a atividade estatal não está
subordinada a oferecer privilégios a pessoa passiva da obrigação tributária.
Toda quantia recebida proveniente da arrecadação de imposto é empregue para financiar
a administração e atividades públicas. Segundo o artigo 167, inciso IV, da Constituição Federal
(BRASIL, 1988, p. 57), não se pode vincular receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa.
A princípio, o imposto era averiguado pelo Decreto-lei n. 1.804/39, como “a designação de
imposto fica reservada para os tributos destinados a atender indistintamente às necessidades de
ordem geral da administração pública [...]” (BRASIL, 1939, p. 6), sendo transformado no artigo
1º, § 2º, do Decreto-lei nº 2.416/40.
Assim, fica em evidencia o mérito do imposto sobre a renda, em ênfase, da pessoa física
que pode ser empregado como dispositivo de política econômica e social; para tal, o Estado
deve aplicar estratégias de redistribuição de renda. Porém, precedentemente, será observado
esse imposto perante a constituição e legislação tributária. Assim, verifica-se que o imposto de
renda, como tributo pessoal e direto, deve ser capaz de aferir a capacidade contributiva global
do sujeito passivo da relação jurídico-tributária, expurgando determinados fatores que impeçam

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o enquadramento correto do cidadão na ordem fiscal (FAVEIRO, 2002). Em razão disso, há
compromisso de explorar traços particulares referente ao seu fato gerador, base de cálculo,
competência e alíquotas vigentes, individualidades essas que tornar-se-á interpelado a seguir.

2.3 Competência Tributária

A competência tributária, no olhar de Melo (2012, p. 148), pode ser compreendida como
a “aptidão para criar os tributos, legalmente e de forma abstrata, indicando todos os elementos
da hipótese de incidência, compreendendo o aspecto pessoal (sujeitos ativos e passivos), a
materialidade, base de cálculo e alíquota”. Com base nisso, ressalta-se que o principal para
ordenar sobre o objeto tributário foi concedido, pela Constituição, às pessoas políticas de
Direito Público interno (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), os quais devem atentar
às diretrizes que foram estabelecidas pela Carta Magna.
Assim disposto, a competência tributária equivale à faculdade apresentada pela
Constituição à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal para editar leis que
disponham sobre a criação, de tributos (CARRAZZA, 2011). Para o desempenho desse dever,
os entes poderão estabelecer de forma integral compatível o artigo 6º do Código Tributário
Nacional (CTN):

Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a


competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição
Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos
Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, as
outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa
daquela a que tenham sido atribuídos. (BRASIL, 1966, p. 1).

O dispositivo legal acima exposto, segundo Baleeiro (2003, p. 75-76), apresenta a


sistematização do “[...] quantum do tributo, a época e forma do pagamento, a competência
administrativa dos órgãos e repartições que o devem lançar, cobrar, fiscalizar”. Com isso, o
autor destaca que esses preceitos devem se manter intactos, sem o descumprimento do mesmo,
expressa ou implicitamente, a Constituição Federal e as normas gerais do Direito Financeiro da
União.
Ainda, conforme o parágrafo único do artigo 6º do CTN, já citado, a classificação da
receita tributária não abala a competência que tenha sido concedida a uma entidade pública.
Assim, o acontecimento de existir partilha de receitas em conexão a alguns tributos não faz com
que haja qualquer alteração no tocante a sua competência legislativa (MACHADO, 2014).

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Sem embargo, em vínculo ao imposto de renda pessoa física, detém a União como
sujeito ativo da correlação jurídico-tributário, posto que o tributo é de sua competência (artigo
153, inciso III, CF/88). Em referência ao sujeito passivo, refere-se à pessoa física domiciliada
no Brasil, que foi quem designou da “disponibilidade jurídica, ou econômica, da renda e dos
proventos referidos, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor a qualquer título,
dos bens produtores de renda ou proventos tributáveis (artigo 45 do CTN)” (MELO, 2012, p.
474). O autor conclui, acentuando que o Código Tributário Nacional carrega a viabilidade de
outorgar à fonte pagante do sujeito passivo a disposição de cumpridor pelo recolhimento do
tributo em tela, concordante ao parágrafo único do artigo 45: “Parágrafo único. A lei pode
atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo
imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam” (BRASIL, 1966, p. 6).
Assim, mediante o exposto neste item, verifica-se que a competência para estabelecer e
exigir os tributos é definida pela Constituição Federal, cabendo ao ente competente exercer esta
função.

2.4 Princípios Constitucionais Tributários

Neste tópico serão apresentados alguns dos princípios aplicáveis ao imposto de renda.

2.4.1 Princípio da Reserva Legal

Segundo este princípio, a instituição, majoração, redução ou extinção de tributos,


definição do fato gerador e da obrigação tributária principal e seu sujeito passivo, fixação da
alíquota e sua base de cálculo devem ser definidor por lei (BRASIL, 1966).
Neste sentido, ressalta-se o exposto por Tavares (2005, p. 15):

Em síntese, por força dos proclamas do princípio da estrita legalidade tributária


(CRFB/88, art. 150, I), o processo de criação ou majoração de tributos exterioriza-se,
instrumentalmente, em leis de caráter meramente ordinário. É a lei ordinária, por
excelência, o veículo natural da imposição tributária, diferentemente da lei
complementar que configura fonte excepcional não presumível, isto é, na hipótese do
silêncio da Constituição, a presunção é de que basta simples lei ordinária para eu se
tenha por respeitada a garantia do auto-consentimento da tributação, marca finalística
do postulado da legalidade.

Assim, não é possível que se crie um tributo por meio de dispositivo que não seja uma
lei, podendo esta ser ordinária, uma vez que a Constituição Federal não reservou esta matéria à
Lei Complementar.

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2.4.2 Princípio da Anterioridade Tributária

O referido princípio se caracteriza como a garantia constitucional de que não será criado
um tributo de cobrança imediata, de forma a surpreender os contribuintes, mas sim com a devida
anterioridade, como se depreende do texto constitucional:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
III - cobrar tributos:
[...]
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou. (BRASIL, 1988, on-line).

O dispositivo constitucional acima transcrito apresenta uma vedação ao Poder Público,


sendo, portanto, a sede do princípio em análise. Desta forma, não é possível que sejam cobrados
tributos instituídos no mesmo exercício financeiro em que os mesmos foram instituídos. Cabe
destacar que, segundo a Lei 4.320/64, o exercício financeiro coincide com o ano civil (art. 34),
isto é, do dia 1° de janeiro a 31 de dezembro (BRASIL, 1964, on-line).
Ainda a respeito deste princípio, aponta Coelho (1990, p. 317):

O princípio da não surpresa do contribuinte é de fundo axiológico. É valor nascido da


aspiração dos povos de conhecerem, com razoável antecedência, o teor e o quantum
dos tributos a que estariam sujeitos no futuro imediato, de modo a poderem planejar
as suas atividades, levando em conta os referenciais da lei.

Desta forma, resume-se que o objetivo principal deste princípio é justamente que não
haja surpresa do contribuinte quanto a exigência e o valor de um tributo.

2.4.3 Princípio da Irretroatividade Tributária

Este princípio pode ser compreendido como um complemento ao princípio da


anterioridade (MARTINS, 2001a) e possui sede no mesmo dispositivo constitucional:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado. (BRASIL, 1988, p. 52).

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Para além das matérias tributárias, este princípio decorre da vedação de retroatividade
das leis, previsto no art. 5°, XXXVI, do Texto Maior, relacionando-se à segurança jurídica.
Nesse sentido:

A segurança jurídica, um dos pilares de nosso Direito, exige, pois, que as leis
tributárias tenham o timbre da irretroatividade. Afinal, a necessidade de assegurar-se
às pessoas a intangibilidade dos atos e fatos ilícitos já praticados impõe que sejam as
leis tributárias irretroativas. (CARRAZA, 2011, p. 341).

Assim, da mesma forma que deve haver anterioridade na criação ou majoração de um


tributo, não pode a lei criá-lo exigindo-o sobre um fato gerador anteriores à sua vigência.

2.4.4 Princípio da Vedação de Tributo Confiscatório

Trata-se de uma regra disposta no texto constitucional, segundo a qual: “Art. 150. Sem
prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: [...] IV - utilizar tributo com efeito de confisco; [...}”
(BRASIL, 1988, p. 52).
Este princípio deriva ainda da garantia constitucional da propriedade privada, evitando
que o Estado use de sua posição para apropriar-se indevidamente do patrimônio do contribuinte
(LEONETTI, 2003). Segundo este princípio, assevera Martins (2001b, p. 141):

Se a soma de diversos tributos incidentes representa carga que impeça o pagador de


tributos de viver e desenvolver, estar-se-á perante carga geral confiscatória, razão pela
qual todo o sistema terá que ser revisto, mas, principalmente, aquele tributo que,
quando criado, ultrapasse o limite da capacidade contributiva do cidadão.

Desta forma, cria-se um limite ao direito de tributar do Estado, assegurando a


propriedade privada e demais direitos dos contribuintes.

2.4.5 Princípio da Isonomia Tributária

Este princípio estende às matérias tributárias o princípio da isonomia previsto no art. 5°


da Lei Maior. Assim, alçou-se ao texto constitucional, especificamente no capítulo que trata do
Sistema Tributário Nacional, a igualdade que permeia o ordenamento jurídico do país.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função
por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos. (BRASIL, 1988, p. 52).
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É importante ressaltar a igualdade material, segundo a qual deve ocorrer “discriminação,
na medida de suas desigualdades, isto é, segundo a capacidade contributiva de cada um, os
contribuintes que não se encontrem em situação equivalente” (CARRAZA, 2011, p. 61).

2.4.6 Princípio da Capacidade Contributiva

Tal princípio encontra-se insculpido na Constituição Federal, no §1° do artigo 145,


conforme transcrito a seguir:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte. (BRASIL, 1988, on-line).

Assim, os impostos devem ser graduados segundo a capacidade econômica do


contribuinte.

2.4.7 Princípio da Pessoalidade

Segundo Leonetti (2003, p. 56):

A personalização, que deve, tal como a capacidade contributiva, ser aplicada aos
impostos sempre que possível, dirige-se ao legislador e implica a estruturação do
tributo de modo que determinadas características do contribuinte, tais como renda,
patrimônio, número de dependentes, despesas médicas e com instrução, estão de
saúde etc., sejam tomadas em consideração. Assim, a personalização permite que a
capacidade contributiva seja eficazmente respeitada, conferindo concretude ao
princípio da igualdade.

Desta maneira, este princípio decorre do mesmo dispositivo no qual encontra-se a sede
do princípio da capacidade contributiva, e a este se relaciona.

2.4.8 Princípios da Generalidade e da Universalidade

Segundo o princípio da generalidade, todas as pessoas se sujeitam ao imposto sobre a


renda, enquanto que a universalidade determina que todas as manifestações de renda do
contribuinte se sujeitem à incidência do tributo (AMARO, 1997). No entanto, esta visão não é
unânime na doutrina, havendo divergência quanto a natureza de cada um destes.
2.4.9 Princípio da Progressividade
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Este princípio permite que as alíquotas sejam variáveis, aumentando de acordo com a
renda tributável do constituinte. Sobre isso, ressalta-se: “desse modo, o contribuinte com renda
mais elevada deve arcar com uma carga tributária superior a dos demais, não apenas em termos
absolutos, mas também em termos relativos, ou seja, deve comprometer um percentual maior
de sua renda” (LEONETTI, 2003, p. 59).
Assim, busca-se mais uma vez a prevalência da igualdade material, conforme exposto
anteriormente.

2.5 Fato Gerador

O Código Tributário Nacional (CTN) refere ao fato gerador o êxito característico da


obrigação tributária. No entanto, caracteriza-se verdadeiro que a relação jurídico-tributária
nasce com a ocorrência do fato gerador, que se torna juridicamente relevante ao corporificar a
incidência da norma tributária no mundo real (YAMASHITA, 2014).
Ainda, Amaro (2016) firma sua exposição na materialidade (ou elemento material) do
conceito. Por conseguinte, para o autor, o fato gerador do tributo diz respeito a uma situação
material, que é previamente descrita pelo legislador e faz alusão a uma ação ou situação
identificada como núcleo do fato.
Com as devidas definições, em vínculo ao imposto de renda, o CTN, em seu artigo 43
dispõe:

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza


tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior. (BRASIL, 1966, p. 6).

Segundo Carrazza (2005, p. 38), “renda e proventos são conceitos que, para fins de
tributação específica, referem-se a um resultado, isto é, a diferença positiva entre as receitas e
as despesas do contribuinte, dentro de um determinado período”. Período esse representado
pelo exercício financeiro, mantendo impossível a condição do rendimento ser apresentado
isoladamente.
Por fim, para a exata verificação, os lucros alcançados devem ser apurados
posteriormente à comparação entre entradas e saídas de recursos, dentro de um período. O
imposto, portanto, deverá incidir somente sobre os acréscimos patrimoniais do contribuinte, ou
seja, sobre o saldo positivo resultante do exame das receitas (entradas) e despesas (saídas),

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tendo sempre presente que a tributação deverá alcançar apenas o real enriquecimento
econômico (CARRAZZA, 2005). Enfim, constata-se que, o fato gerador do imposto de renda,
por ter incidência anual, é do gênero acontecimentos contínuos e, ainda, mostra a peculiaridade
como complexo, eis que a quantidade recebida é formada por um agrupamento de fatos
sucedidos no decorrer de um período de tempo.

2.6 Bases de Cálculo e Alíquotas

A fim de estabelecer a incidência do imposto em questão, é preciso determinar a sua


base de cálculo. Segundo a legislação, deve ocorrer a dedução do rendimento bruto do
contribuinte, de outras despesas que não aquelas necessárias à produção da renda ou proventos
(SETTI, 2010).
A base de cálculo efetiva do imposto em análise depende da modalidade de tributação,
podendo esta ser mensal, anual, na fonte ou definitiva (LEONETTI, 2003).
A apuração mensal pode ser compreendida mediante leitura de Machado (2014, p. 261):

Para tanto, adotou-se a apuração e recolhimento mensal obrigatório do imposto, por


meio da sistemática denominada oficialmente de “carnê-leão”, que veio unir-se à já
adotada retenção do imposto na fonte. Assim, ao final do ano-calendário o
contribuinte terá pago virtualmente todo montante devido relativamente àquele ano,
havendo eventualmente apenas um pequeno saldo a pagar ou a ser restituído.

Desta forma, para o cálculo mensal do imposto de renda de pessoa física, aplica-se a
tabela progressiva que apresenta as alíquotas incidentes, conforme as faixas determinadas. Esta
tabela pode ser observada no Quadro 1 abaixo:

Quadro 1 – Tabela progressiva mensal.

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)

Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36


Fonte: Brasil, 2015.

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Quadro 2 – Tabela dedução por dependente.

Quantia a deduzir por dependente


Ano-calendário
(R$)

2015 (a partir do mês de abril) e


189,59
posteriores

2015 (até o mês de março) 179,71

2014 179,71

2013 171,97

2012 164,56

150,69 – nos meses de janeiro a


março
2011
157,47 – nos meses de abril a
dezembro

2010 150,69

2009 144,20

2008 137,99

2007 132,05
Fonte: Brasil, 2015.

Assim, rendimentos até o valor de R$ 1.903,98 são isentos de tributação, e a partir disso,
aplica-se a alíquota referente à faixa de valores constantes da tabela.
Após a apuração e recolhimento mensais do imposto de renda, anualmente é feita uma
declaração com a finalidade de efetuar-se um ajuste do tributo devido. Assim, anualmente, deve
o contribuinte prestar informações ao fisco relativas à sua renda e proventos auferidos no ano-
calendário anterior, bem como sua evolução patrimonial no período (LEONETTI, 2003).
Para a declaração anual, apura-se a base de cálculo para como sendo a diferença entre a
soma dos rendimentos auferidos, excluídos os isentos, os não tributáveis, os tributáveis
exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva (BRASIL, 1999).
Segundo a Instrução Normativa RFB n°1794, de 23 de fevereiro de 2018:

Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício


de 2018 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2017:
I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi
superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta
centavos);
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II - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na
fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
III - obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito
à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias,
de futuros e assemelhadas;
IV - relativamente à atividade rural:
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois
mil, setecentos e noventa e oito reais e cinquenta centavos);
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2017 ou posteriores, prejuízos de anos-
calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2017;
V - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive
terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
VI - passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição
encontrava-se em 31 de dezembro; ou
VII - optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital
auferido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na
aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da
Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. (BRASIL, 2018, p. 1).

A seguir, no Quadro 3 observa-se a tabela progressiva com as alíquotas anuais:

Quadro 3 – Tabela progressiva anual.

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)


Até 22.847,76 - -
De 22.847,77 até 33.919,80 7,5 1.713,58
De 33.919,81 até 45.012,60 15 4.257,57
De 45.012,61 até 55.976,16 22,5 7.633,51

Acima de 55.976,16 27,5 10.432,32


Fonte: Brasil, 2015.

Observa-se que as alíquotas são as mesmas incidentes mensalmente, apenas com a


alteração das faixas de rendimentos anuais. Após a apuração do valor devido como imposto, é
abatido o valor referente ao imposto pago mensalmente durante o ano-calendário, desta forma,
verifica-se se há a necessidade de pagar a diferença ou se houve excesso de cobrança, devendo,
portanto, haver restituição.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O imposto de renda é uma importante fonte de recursos para o governo, e como tal, sua
receita deve ser direcionada à realização dos programas governamentais, de forma a trazer
benefícios e melhorias para os cidadãos em geral.

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Trata-se de um importante imposto que traz em sua natureza o ideal de distribuição de
renda, uma vez que incide em porcentagem menor sobre os rendimentos daqueles que recebem
menores quantias, estabelecendo-se inclusive uma faixa de isenção do imposto, e apresenta
alíquotas maiores quando os rendimentos também o são. Desta forma, evidencia-se a igualdade
material que, enquanto princípio, informa todo o ordenamento jurídico pátrio.
Enquanto um imposto, existe a obrigatoriedade de seu pagamento, com consequências
impostas aos inadimplentes. Assim, é importante que os profissionais que lidam com finanças
ou com folhas de pagamento, como os contadores, conheçam as particularidades deste tributo.
Ademais, trata-se de um imposto de certa complexidade, que recebe críticas. Assim, salienta-
se ainda mais a importância de seu estudo.
O presente artigo propôs uma pesquisa bibliográfica para apresentar os principais
aspectos referentes a este imposto. Por certo que as limitações de um artigo científico não são
suficientes para esgotar o tema, porém, neste estudo foram abordados o caráter histórico do
imposto, seu conceito, a competência tributária, princípios específicos que informam o direito
tributário, seu fato gerador, base de cálculo e alíquotas. Desta forma, acredita-se terem sido
abordados os principais aspectos deste tributo, contribuindo com o conhecimento de
profissionais e cidadãos que se interessam pelo tema.

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Aceito em: 17 de outubro de 2018

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