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NEGÓ

NEGÓCIOS NOS TRILHOS 2010


PAINEL: NECESSIDADES DE EQUIPAMENTOS DAS FERROVIAS BRASILEIRAS

ENGENHARIA FERROVIÁRIA BRASILEIRA


CRIANDO CAMINHOS DE SUCESSO

Eng. Paulo Mauricio Costa Furtado Rosa


Gerente Eng. Desenvolvimento Avanç
Avançado
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Apesar de estar em lugar de destaque no cenário ferroviário, o
Brasil sempre foi dependente da importação de tecnologia.

No caso específico dos vagões, esta dependência estava ligada


ao “desprezo” técnico que estes veículos tinham em relação às
locomotivas.

A indústria nacional, através de suas primeiras fábricas no final da


década de 40 e durante a de 50, tentava desenvolver modelos que
atendessem das ferrovias de forma organizada.

Veio a década de 60 e com ela foi “decretada” a condenação


das estradas de ferro ao esquecimento.

A situação se agravou tanto que por muito pouco toda a indústria


ferroviária não desapareceu, o que seria extremamente danoso para
o Brasil.
Com engenheiros capacitados !

Com uma normalização organizada !

Com pesquisa e desenvolvimento !

Com um mercado sob demanda !

MAS COMO PODEMOS TER UMA TECNOLOGIA DE PONTA ?

Com clientes exigentes !

Com fabricantes preparados !

Com grande dose de nacionalismo !

Com uma matriz de transporte equilibrada !


A ferrovia é feita de mú
múltiplos sistemas e todos precisam evoluir de forma plena.
Dentre estes sistemas podemos destacar:

• Precisa de pesquisa contí


contínua para otimizar seus
Mat. Rodante vários componentes (vagõ
vagões,
es, locomotivas,
locomotivas, carros).
carros).

F
E • Precisa ser capacitada para suportar o grande
Via Permanente impacto proveniente das altas cargas por eixo.
eixo.
R
R
O • Precisa ser conduzida a estudar sempre a
V Operação movimentaçã
movimentação o dos pesados trens de forma
I eficiente,
eficiente, organizada e segura.
segura.
A
• Precisa analisar as novas tendê
tendências de forma
Engenharia consensada,
consensada, definindo a melhor relaçã o custo x
relação
benefí
benefício.
cio.
EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

GRANELEIRO ESPECÍFICO PARA AÇÚCAR

Apenas 1 ponto de operação de


todas as portas de descarga
EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

VAGÃO TANQUE AUTO - PORTANTE

CAPACIDADE DE 118.000 litros


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

GRANELEIRO PARA FERTILIZANTES

DESCARGA SEMI-AUTOMÁTICA
EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

CONTAINERS EMPILHADOS

ESTRUTURA SINGELA OU ARTICULADA


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

VAGÃO FECHADO ALL-DOOR

PROJETO PRÓPRIO PARA CELULOSE


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

TRANSPORTE DE GNL PARA LOCOMOTIVAS

AUTONOMIA PARA 2 DASH9 POR CICLO


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

HOPPER PARA MANGANÊS

PORTAS AUTOMÁTICAS A AR COMPRIMIDO


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

TANQUE PARA ÁCIDO SULFÚRICO

PROJETO INOVADOR PARA AS FERROVIAS CHILENAS


EXEMPLOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO DE VAGÕES NO BRASIL

GRANELEIRO PARA NITRATO DE CÁLCIO

SISTEMA AUTOMÁTICO DE PORTAS


MINÉRIOS: AINDA A GRANDE DEMANDA

No Brasil a grande demanda das ferrovias ainda é o minério de ferro


para exportação, direcionando os projetistas a uma maximização da
capacidade de carga transportada.

As duas grandes ferrovias com perfil de exportação têm desafiado os


fabricantes a desenvolver soluções que visem otimizar não apenas a
parte estrutural dos vagões mas também sua performance.

Assim, hoje estão sendo trabalhados projetos para um peso bruto


máximo igual a:

VALE: 150.000 kg (37,5 t / eixo)


Rolamentos 7” x 12”
MRS: 140.000 kg (35,0 t / eixo)
nova série G D U

Lotação máxima de 128.000 kg


Tara de 22.000 kg
NOVA ORDEM DE PROJETO FERROVIÁRIO

Estruturas, Truques,
Choque e Tração,
Sistemas de Freio

Análise Dinâmica e de Fadiga


NOVA ORDEM DE PROJETO FERROVIÁRIO

A atual tendência de estudos de performance dinâmica tem sido mais


direcionada à análise de desgaste em componentes de alto custo de
reposição para as ferrovias.

Um dos principais componentes que sofre grande desgaste o qual


poderia ser minimizado pela análise dinâmica são as rodas.

Para chegar até o desgaste específico das rodas, no cálculo de sua vida
útil, se faz necessário conhecer muito bem:

* O projeto da caixa estrutural (geometria, inércias, CG, etc)

* O projeto dos truques (suspensão, cunhas de fricção, ampara-


balanços, perfis de rolamento, folgas, distribuição de pesos, etc)

* Condições da via permanente (dados de perfil e manutenção)

* Operação Ferroviária (tipo, peso e tamanho dos trens)


PARA A CAIXA ESTRUTURAL:

Existem softwares de Elementos Finitos onde já se pode estudar com


profundidade:
* As cargas cíclicas que levam à fadiga das conexões
* O limite de deformação da estrutura
* Os pontos de máximo tensão
* A melhor condição de distribuição de tensões

IMPORTANTE: Como uma boa definição da caixa estrutural é muito


importante no processo, seu peso deve ser definido em função da sua
vibração e deslocamento aplicados sobre as molas das suspensões e
adaptadores de contato dos rodeiros nos truques.
Assoalho

Ligações
Estruturais
Paredes
PARA A DINÂMICA DA CAIXA x TRUQUES:

Os modernos simuladores são ferramentas poderosas e que permitem


aos engenheiros ferroviários preverem com grande grau de acerto, os
movimentos dos vagões e analisar com profundidade o contato roda x
trilho, local onde os desgastes ocorrem.

Os simuladores mais usados são o NUCARS e o VAMPIRE, sendo este


último o de melhor interação com o usuário por sua saída tanto gráfica
quanto numérica:
* Os simuladores trabalham com equações matriciais de grande
complexidade e que exigem várias horas de processamento para que
sejam analisadas todas as características do movimento;
* Podem ser alimentados com os dados reais provenientes da
via permanente como empenos, desalinhamentos, etc, gerando ainda
maior precisão;
* Podem ser usados em estudos de desenvolvimento dos
componentes dos truques (pressões de controle, módulos de rigidez
das suspensões) além de análises de descarrilamentos;
DINÂMICA: Hunting x Estabilidade
DESENVOLVIMENTO: Ampara-
Ampara-balanç
balanços
com pressã
pressão e
Estrutura fundida com
atrito regulá
reguláveis
pesos e folgas mais
controladas

Suspensõ
Suspensões especí
específicas
ao conjunto vagã
vagão x
truque x via permanente Deslocamentos laterais
Atrito e pressã
pressão devidos ao perfil das rodas
estudados na cunhas e contato dos adaptadores
nos pedestais
CONCLUSÕES:

Na análise dinâmica, a menor tara pode não ser a melhor tara !!!

Cada vez mais os novos vagões serão definidos com base na


análise da dinâmica ferroviária.

Soluções até então tidas como universais, com no caso dos truques,
serão avaliadas e reajustadas em função do contato roda x trilho.

Os simuladores, sejam eles estruturais ou dinâmicos, serão as mais


importantes ferramentas dos engenheiros ferroviários.

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