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SECRETARIA DE CULTURA DE TOLEDO

 
 
 
 
 
 
 

PROGRAMA DE ENSINO DE
 
 
 

VIOLÃO
E
VIOLA CAIPIRA
 
 
 
“A música governa o mundo e torna os seres humanos melhores”.

 
ORGANIZADO POR DAVI FERREIRA
TOLEDO, 2009

 
1º SEMESTRE
HISTÓRIA DO VIOLÃO
A história do violão – um dos instrumentos mais difundidos em todo o mundo – tem início no
século XVI na Espanha. Depois disso, passou por várias transformações, até que por volta de
1870 assumiu a forma atual, com o trabalho do luthier Antonio Torres. Está presente em
inúmeras culturas, das mais diversas manifestações da música popular às salas de concerto. No
Brasil, pela facilidade de adaptação a diferentes gêneros e estilos, o violão marca sua presença
nas músicas do campo e da cidade (choro, samba, pagode, MPB, jazz). É um instrumento básico
para a prática da música popular brasileira, utilizado como solista, em bandas e em orquestras.
O som é intimista, com infinitas possibilidades de timbres e harmonias. Para quem se inicia na
música, o violão é extremamente versátil.

ANATOMIA DO VIOLÃO
DICAS DE CONSERVAÇÃO DO VIOLÃO
  Não colocar nenhum peso ou objeto em cima do violão

  Não derramar líquidos em cima do violão. Não deixar o violão à exposição do sol ou umidade

  Não bater o violão ou deixá-lo cair

  Proteger o violão de temperaturas muito altas ou muito baixas


  Mantenha o violão dentro de um estojo ou em uma capa, transporte-o sempre com bastante
cuidado

  Guarde-o deitado e com as cordas para cima e em local seguro

  Para realizar a limpeza utilize uma flanela seca e limpa

AFINANDO O  VIOLAO
Tome como base a sexta corda, e resolva afinar as outras: apertar a 6ª corda na casa 5 e comparar com a
5ª corda. Depois, apertar a 5ª corda na casa 5 e comparar com a 4ª corda. Apertar a 4ª na casa 5 e
comparar com a 3ª corda. A 3ª corda na casa 4 e comparar com a 2ª. E, finalmente, apertar a 2ª corda na
casa 5 e comparar com a 1ª. Porém, esse método é altamente desaconselhado. Vamos descrever dois
métodos de afinação:
1º MÉTODO FACILITADO
Afinar a 5ª corda, Lá, através de um diapasão, ou de alguma referência externa confiável.
Corda 6: afinar a 6ª corda (Mi grave) presa na casa 5, comparando com a 5ª corda solta.
Corda 4: afinar a 4ª corda solta, comparando com a 5ª corda presa na casa 5.
Corda 3: afinar a 3ª corda presa na casa 2, comparando com a 5ª corda solta (ou com o seu
harmô nico oitavado da casa 12).
Corda 2: afinar a 2ª corda solta, comparando com a 5ª corda presa na casa 2 (ou com o seu
harmônico oitavado produzido na casa 14 mantendo a casa 2 apertada).
Corda 1: afinar a 1ª corda presa na casa 5, comparando com a 5ª corda solta (ou com o seu
harmô nico oitavado produzido na casa 5).
2º MÉTODO DOS HARMÔNICOS
 Afinar a Corda 1 presa na casa 5, através de um Lá de referência externa confiável.
Corda 2: afinar a 2ª corda pelo harmô nico na casa 12, comparando com a 1ª corda presa na casa 7.
Corda 3: afinar a 3ª corda pelo harmônico na casa 12, comparando com a 1ª corda presa na
casa 3.
Corda 4: afinar a 4ª corda pelo harmô nico na casa 5, comparando com a 1ª corda presa na casa 10.
Corda 5: afinar a 5ª corda pelo harmônico na casa 5, comparando com a 1ª corda presa na
casa 5.
Corda 6: afinar a 6ª corda pelo harmô nico na casa 5, comparando com a 1ª corda solta.

POSTURA ADEQUADA
Para se tocar violã o, uma boa postura é fundamental para que o aprendizado se dê de
forma eficiente. Ao manter a boa postura, você nã o correrá riscos de sentir dores nos
membros superiores ou sofrer com distensões musculares e tendinites.

COMO SEGURAR O VIOLÃO

O violã o deve repousar sobre a perna esquerda que deve ter uma apoio para ficar um
pouco mais alta que a direita. O cotovelo do braço direito deve ser colocado, de maneira
confortá vel, sobre a parte superior traseira do violã o. Já o pulso da mã o direita deve estar
levemente flexionado, para que os dedos formem um angulo de 90° com as cordas do
violã o.

MÃO DIREITA

P- polegar       I-indicador     M-médio       A-anular


As cordas sã o dedilhadas com o polegar, indicador, médio e anular da mã o direita,
enquanto os dedos da mã o esquerda (menos o polegar) fazem pressã o nos espaços entre
os trastes para produçã o das notas. Para indicaçã o do dedilhado da mã o esquerda, a
numeraçã o usada é:

ATENÇÃO PARA OS EXERCÍCIOS PARA A MÃO DIREITA

 
 

 
 
 
 
 
 
MÃO ESQUERDA
     1 = indicador –  2 = médio–  3 = anular –  4 = mínimo

                                     E o polegar funciona como apoio no braço do violão.

Para conseguir a firmeza necessá ria ao tocar violã o na mã o esquerda é muito importante
que o dedo polegar mantenha-se no centro da parte traseira do braço, de forma leve para
que se possa movimentar a mã o pela escala,  sempre que preciso. É necessá rio também
que a parte inferior do braço nã o esteja em contato com a mã o, para se ter maior conforto
e para que se alcance o â ngulo necessá rio dos dedos em relaçã o à escala desse
instrumento.

Exercícios para agilidade da Mão esquerda


Procure executar esse exercício o mais lento possível no começo. Não se preocupe com
a velocidade que você toca as notas, se preocupe sim em tocá-las da forma mais clara e
limpa possível. Você precisa ouvir exatamente cada nota que está tocando, uma por
uma. Assim você irá desenvolver cada vez mais firmeza na hora de fazer qualquer
acorde.

                

              

INTRODUÇÃO A TEORIA MUSICAL


1.      Música - é uma arte cuja a matéria fundamental é o som, que através dele

formamos a melodia, harmonia e o ritmo.

2.      Melodia - Combinação de sons sucessivos;

3.      Harmonia - Combinação de sons simultâneos;

4.      Ritmo - Uma combinação de valores das notas dispostas no tempo em que são
executadas.
Existem maneiras diferentes de tocar o violão onde temos:

5.      Violão Cifrado: O mais usado pelos violonistas onde o instrumento é usado para

acompanhar seu canto, dispondo de acordes ou posições embutidos em umritmo.

6.      Violão Solado:  Um método mais aprofundado onde o intérprete executa a

melodia da música sem cantar. Muito usado em música erudita onde os

violonistas realizam verdadeiras "acrobacias" com o instrumento.

7.      ESCALA = é uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último

som será a repetição do primeiro.

8.      INTERVALO = é a distância entre dois sons.

9.      SEMITOM (ou 1/2 tom)= é o menor intervalo entre dois sons

10.  TOM = é o intervalo formado por dois semitons.

11.  SUSTENIDO (#) = eleva o som em um semitom.

12.  BEMOL (b) = abaixa o som em um semitom.

13.  SOM = é o choque entre dois objetos sonoros, possui quatro qualidade básicas:

altura, intensidade, timbre e duração.

14.  ALTURA = é a propriedade que podemos distinguir os sons graves, médios e agudos.

15.  INTENSIDADE = é a força empregada na execução dos sons. As músicas

poderão ser tocadas forte, fraco etc.

16.  TIMBRE = é a qualidade pela qual podemos distinguir o corpo sonoro(instrumentos).

17.  DURAÇÃO = é a qualidade pela qual podemos distinguir o prolongamento dasnotas.

NOTAS MUSICAIS
Os nomes das sete notas musicais que usamos são:

DÓ - RÉ - MI - FA - SOL - LA – SI

Para escrevermos a música usamos a pauta ou pentagrama composta de 5

linhas e 4 espaços contados sempre de baixo para cima.


As notas DÓ - RÉ - MI - FA - SOL - LA - SI, forma a escala de tom maior.

              É importante automatizar o nome das notas em ordem ascendente e descendente.

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
RÉ            
MI            
FÁ            
SOL            
LÁ            
SI            

1.       Fale o nome das notas em ordem ascendente;

2.       Toque no violã o as notas ascendentes. Comece com o dedo 1, prendendo a segunda corda
na primeira casa.

3.       (Dó ). Escorregue o dedo na mesma corda, encontrando as notas em ordem ascendente.

4.       Complete os exercícios conforme a seqü ência das notas.

DÓ SI LÁ SO FÁ MI RÉ
L
SI            
LÁ            
SOL            
FÁ            
MI            
RÉ            

1)     Falar o nome das notas em ordem descendente;

2)     Tocar no seu instrumento, em uma corda. É o mesmo exercício anterior, em ordem
descendente.

3)     Completar o exercício acima.

Alguns países como a Alemanha, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos,

empregam estas notas através de sinais, chamadas de cifras. Veja:

 
 
  B
  A     A# 
 
  Bb
  G      G# 
   
Ab
F       F# 
 
Gb
E  
D D#
 
Eb
C   C# Db  

VALORES POSITIVOS E NEGATIVOS

Em música trabalhamos com figuras que são determinadas pelos seus devidos tempos.

As figuras musicais também são chamadas de valores positivos.

Juntamente com elas, conheceremos as pausas que são valores negativos,

momentos de silêncio onde nenhuma nota ou nenhum som deverão ser produzidos ou
tocados.

Cada figura ou pausa possui seu respectivo tempo

As notas da escala também podem ser chamadas de graus.

DÓ DÓ
NOTAS RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
GRAVE AGUDO
CIFRA
I II III IV V VI VII VIII
ANALÍTICA
CIFRA
C D E F G A B C
PRÁTICA
ACIDENT SUSTENIDO   C#   D#     F#   G#   A#    
E BEMOL   Db   Eb     Gb   Ab   Bb    

SUSTENIDO #: Eleva a altura da nota em 1/2 tom

BEMOL b: Abaixa a altura da nota em 1/2 tom

Atentem para a regrinha:

Baixando um “ S “ - BEMOL ( b )

Subindo um “ S “ - SUSTENIDOS ( # )

Exemplo:

LÁ subindo um “ S ” = LÁ#

LÁ baixando um “ S “ = Láb

Obs.: As notas MI e SI não admitem SUSTENIDOS.

As notas FÁ e DÓ não admitem BEMOL.

As notas em Bemol ou Sustenidos podem emitir o mesmo som mas recebem

dois nomes diferentes. Podemos dizer que: Db e igual a C#, Eb é igual a D#,

Gb é igual a F#, Ab é igual a G# e Bb é igual a A# Observe a disposição das

notas no braço do instrumento

ACORDES INICIAIS
 
FAZER OS ACORDES E O RITMO SEM PARAR NA
MUSICA
Um problema que 100% dos iniciantes enfrentam é que, para tocar o acompanhamento
de uma música, no caso do violão, a mão esquerda fica parada em uma posição
( também chamada de acorde ) , e a mão direita fica

"batucando " o ritmo , até trocar a posição da mão esquerda e assim por diante.
Acontece que a mão esquerda demora demais até ficar ágil e habilidosa o suficiente para
trocar na hora certa sem "atrasar " o ritmo . Ou seja:
enquanto estamos no mesmo acorde, tudo bem, só a mão direita trabalha. Na hora de
mudar de posição, que sufoco ! se descuidar , acaba "atrasando " ou "cruzando " o
ritmo.

ENTÃO, PARA SUPERAR ESSAS DIFICULDADES, SIGA OS PASSOS:

1.      Análise os acordes e o ritmo da música

2.      Memorize os acordes da musica sem o ritmo, faça 10 vezes cada um deles

3.      Memorize o ritmo da música sem, e depois com os acordes

4.      Monte o acorde 1 e toque 4 vezes só o ritmo e assim com todos sucessivamente

5.      Entre um acorde e outro conte quatro tempos que serão suficientes para que faça outro
acorde

6.      Vá tocando os acordes ainda sem se preocupar em entrar na música

7.      Diminua os  tempos de 4 para 3, 2, 1 até tiver tocando sem parar os acordes

EXEMPLO:

ACORDE D ESPERA A7 ESPERA G ESPERA Em ESPERA


Conte até 4
toque toque toque toque
Conte até 4 Conte até 4 Conte até 4 e volte ao
4vezes 4vezes 4vezes 4vezes
inicio
Conte até 2
toque 2 toque 2 toque 2 toque 2
ESTUDO Conte até 2 Conte até 2 Conte até 2 e volte ao
vezes vezes vezes vezes
inicio
Conte até 1
toque 1 toque 1 toque 1 toque 1
Conte até 1 Conte até 1 Conte até 1
vez vez vez vez
 

NOTAS NO BRAÇO DO VIOLÃO


 

PARTITURA  NO VIOLÃO

A tablatura e a partitura é uma escrita musical por meio números a


partir da relação entre cordas e casas. De cima para baixo, a primeira
linha representa a primeira corda (mizinho), enquanto a sexta linha
representa a sexta corda (mizão). As notas são posicionadas desta
forma na partitura e na tablatura.

ESCALAS (ESCADA) DAS NOTAS NO VIOLÃO


 
Exercício para o ouvido
O ouvido devidamente treinado, compreende bem a relação grave-agudo e reconhece a tonalidade das
notas e acordes. É o que se diz; “Tirar uma música de ouvido”.

Vamos exercitar essa técnica:

1) Toque qualquer nota do violão e escute bem sua tonalidade. Agora, toque uma nota igual a essa em
outra corda e compare sua semelhança.

2) Toque essa mesma nota seguidamente e depois seus vizinhos anterior e posterior, comparando as
tonalidades. Descubra quem é mais grave e quem é mais agudo.

3) Sem olhar a escala nem fazendo contas, procure em cada corda as notas iguais a essa nota.

4) Compare outras notas no mesmo esquema.

5) Qual a nota mais grave no violão? E a mais aguda?

Procurando uma melodia


Escolha uma música qualquer que conheça bem e procure as notas de sua melodia. Vá tocando e
anotando as notas pelo sistema de cifragem de melodia. Não se aprece, mas seja perseverante. Use a
técnica do ouvido para saber quando a nota sobe ou baixa.

 
 
 
 
 
          PRINCIPAIS RITMOS MUSICAIS PARA
VIOLÃO
 

MARCHA, FOX, FADO, QUADRILHA


Marcha: Criada no século XV para 1 e 2 e
cadenciar o deslocamento dos soldados, se TEMPO
associa à exaltaçã o cívica e heró ica,
despertou mais tarde o interesse de
grandes compositores clá ssicos e P T P T
româ nticos. No Brasil designa um gênero BATIDO
de mú sica popular urbana nascida nos
ranchos e cordõ es carnavalescos, em DEDILHADO P ima P ima
compasso biná rio, cuja coreografia
consiste num andar ritmado em voltas.

VALSA, RANCHEIRA, MINUETO


Valsa: Dança de salã o derivada do Lä ndler, 1 2 3
popular na Á ustria, Baviera e Boêmia. TEMPO
Caracteriza-se pelo compasso terná rio da
P T T
mú sica, pelos passos em que os pés deslizam BATIDO
pelo chã o e pelos giros dos pares. Surgiu entre
1770 e 1780 DEDILHADO P ima ima
 
GUARANEA, VALSEADO, QUERUMANA
GUARANEA: Guarâ nia é um
gênero musical de origem
paraguaia, em andamento lento,
geralmente em tom menor.

  1 e 2 e 3 e
TEMPO
Querumana: Este ritmo veio de
P T P T T PAUSA
uma dança paranaense geralmente BATIDO
utilizada na mú sica caipira com PAUSA
temá tica saudosista, româ ntica ou o DEDILHADO P i ma i ma i
dia-a-dia do caipira. A pulsaçã o deste
ritmo é um composto 6/8 e podemos
dividí-lo em seis partes iguais, como
segue:

 
 
 

 
DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO

Xote: Tipo de dança


de salão de origem
alemã, popular no
Nordeste do Brasil,
executada ao som de T
sanfonas nos bailes E 1e2e
populares. Trazida ao
TEMPO
1 e 2 e M
Brasil em 1851 pelo P
professor de dança O
José Maria Toussaint,
com o nome original
P i T i D
E Pi
m
a
i
DEDOS
de schottische
  D
O
  S

DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO

Cururu: podemos
definir o cururu como
desafio cantado,
praticado na região do
Médio Tietê que teve
origem a partir da
T
adaptação das danças 1e2e
cerimoniais indígenas. 1 e 2 e E
M
TEMPO
P  
    O

P i T  
D
Pi
m
 
  E a
DEDOS
D
      O  
S

DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO

VANERA: A vanera TEMP


1 e 2 e
T
é de origem cubana. É 1 e2e
um dos estilos de
música mais tocada
nos fandangos, e ou
bailes gaúchos. De
ritmo um pouco mais
E
acelerado que a
M
vaneira, o vaneirão
P
também é muito
O
praticado nos bailes O
P
T i T
gauchescos.
P D
DEDOS
E i i
FORRÓ: chegou em P m
São Paulo e aos
D m a
O
estados do sul através S a
de Luiz Gonzaga por
volta dos anos 40 e
através de migrantes
nordestinos que
procuravam trabalho
na capital
Toada: É um estilo de
T
música que reproduz
E 1234
todo o clima que
existe na tarefa de TEMPO
1 2 3 4 M
P
conduzir o gado pelos O

P i T T
pastos. Levar gado é D
uma tarefa cuja
DEDOS E Pi m a

 
monotonia D
normalmente só é O
quebrada quando tem S
boi fujão
COUNTRY: nasceu em Nashville no sul dos Estados Unidos, no século
XIX, quando imigrantes partiam para o oeste em busca de terra e ouro.
HISTÓRIA Viajavam a cavalo, em grupos, montando acampamento nas paradas todos se
reuniam em torno de fogueiras, cantavam e dançavam ao som de violõ es,
banjos, bandolins e rabecas
BATIDO DEDILHADO
TEM 1 2 e 3 e 4
TEMP 1 2 e 3 e 4 e PO
O   P i i P i m
P T i P i T   DED m m a
DEDOS OS a a
 

HISTÓRIA JOVEM: Ou simplesmente


Rock, é o estilo musical que
surgiu nos Estados Unidos em
meados da década de 1950 e,
tornou-se a forma dominante de
mú sica popular em todo o
mundo. Os elementos mais
característicos do estilo sã o as
bandas compostas de um ou mais
vocalistas, baixo e guitarras
elétricas muito amplificadas, e
bateria. Do ponto de vista
musical, o Rock surgiu da fusã o
da mú sica Country, dos
primitivos cantos de trabalho
negros e do Jazz instrumental
urbano. Destacaram-se Chuck
Berry, Little Richards e Bill
Halley. As letras das cançõ es da
época referiam-se, de forma
inculta e irreverente, a temas
comuns ao universo dos jovens,
como amor, sexo, crises da
adolescência e automó veis.

BATIDO DEDILHADO

1 2 e
1 2 e 3 e 4 e TEMPO
TEMPO
 
P ima ima
P T i i T   DEDOS
DEDOS
 
ARPEJO PIMAMIAM

CATERETÊ: no Brasil o Jovem desenvolveu uma nova dinamica


diferente a partir de uma dança chamada cateretê, misturando a nova
linguagem musical com os temas nativos dos indios e dos africanos.
HISTÓRIA Hoje este ritmo ganhou um novo nome chamado de sertanejo
universitário, poi tem em sua estrutura o ritmo Jovem, mas com
temas nacionais.
BATIDO DEDILHADO
TEMP 1 2 e 3 TEMP 1 2 e 3 e 4 e
O O  
P T i P ima ima P ma  
DEDOS DEDOS
 
Polca: Dança e      
mú sica originá ria da
Boêmia, popular em
meados do século XIX
nos salõ es europeus.
Caracteriza-se pelo
movimento rá pido,
em compasso biná rio
e andamento alegreto.

 
 
FORMAÇÃO DOS ACORDES
            Acorde é o agrupamento de três ou mais notas da escala que podem ser
codificadas através de letras, números e sinais. A esta codificação, chamamos cifras.

As linhas horizontais representam as cordas e as linhas verticais são os trastes

TIPOS DE ACORDES
Formação do acorde Sinal Denomine o  acorde de “dó”em
espaço abaixo
PERFEITO MAIOR Sem sinal Exemplo: C – DÓ MAIOR
PERFEITO MENOR m  
7ª   MAIOR 7+  
7ª   MENOR 7  
7ª   SENSÍVEL 7dim  
7ª  DIMINUTA 5dim/7dim  
7ª  DIMINUTA COM 5ª  5dim/7+  
AUMENTADA
4ª 4  
6ª 6  
9ª 9  

 
 
 
 
 
 

INTERVALOS MELÓDICOS
Intervalo, na música, é a distância entre duas notas. Veja abaixo como os classificamos:

Distância em
Nome do Intervalo Distância em Tons
Semitons
Segunda Menor 1/2 tom (1 semitom)
Segunda Maior 1 tom (2 semitons)
Terça Menor 1 tom e meio (3 semitons)
Terça Maior 2 tons (4 semitons)
Quarta Justa 2 tons e meio (5 semitons)
Quarta Aumentada 3 tons (6 semitons)
Quinta Justa 3 tons e meio (7 semitons)
Quinta aumentada 4 tons (8 semitons)
Sexta Maior 4 tons e meio (9 semitons)
Sétima Menor 5 tons (10 semitons)
Sétima Maior 5 tons e meio (11 semitons)
Oitava Justa 6 tons (12 semitons)
Nona Menor 6 tons e meio (13 semitons)
Nona Maior 7 tons (14 semitons)
Décima Menor 7 tons e meio (15 semitons)
Décima Maior 8 tons (16 semitons)
Décima Primeira Justa 8 tons e meio (17 semitons)
Décima Segunda
9 tons (18 semitons)
Diminuta
Décima Segunda Justa 9 tons e meio (19 semitons)
Décima terceira Menor 10 tons (20 semitons)
Décima Terceira Maior 10 tons e meio (21 semitons)

Intervalos Simples são aqueles que estão contidos até a oitava (T, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)

Intervalos Compostos são aqueles maiores que oitavas (9, 10, 11, 12, 13)
ESCALA

 
 
 
MODOS DA ESCALA MAIOR

PADRÃO HARMONICO DOS ESTILOS MUSICAIS


SERTANEJO: I, IV e V7   -   D  A7  G 

ROCK: I, IIm,  IV, V7 e Vim     -  D  Em A7  G  Em

Treine bastante em todos os acordes:

  Mudanças lentas de acordes inicialmente espere 4 segundos e aos poucos diminua


esse tempo ate mudar normalmente.

  Persistência e paciência se fazem necessá rio neste está gio.

TONALIDADES - CAMPO HARMONICO MAIOR


 

EXERCÍCIOS: COMPLETAR A TABELA DOS CAMPOS HARMONICOS


MAIORES

 
II VI
I III IV V VII VIII
Meno Meno
MAIOR Menor MAIOR Com Sétima Meio Diminuto MAIOR
r r
TOM Semiton TOM TOM Semiton Repetição do I
TOM TOM
C D E F G A B C
C#     
             
Db
D              
D#    Eb              
E              
F              
F#    Gb              
G              
G#   Ab              
A              
A#   Bb              
B              

 
ACORDES RELATIVOSACORDES R ELAT I VOS
Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam

pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que

os iniciantes fogem! Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som

bem parecido com outro acorde!

Como os acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA, acordes

que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de relativas (A primeira

nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se

fosse igual seria a mesma nota).

 
ACORDES – POSIÇÕES NO VIOLÃO
 

 
ESCALAS MELODICA E SEUS MODOS
     maior               menor          harmônica             maior                  menor          
harmônica

                             

PERCEPÇÃO MUSICAL
O ouvido devidamente treinado, compreende bem a relação grave-agudo e reconhece a tonalidade das
notas e acordes. É o que se diz; “Tirar uma música de ouvido”. Vamos exercitar essa técnica:

1) Toque qualquer nota do violão e escute bem sua tonalidade. Agora, toque uma nota igual a essa em
outra corda e compare sua semelhança.

2) Toque essa mesma nota seguidamente e depois seus vizinhos anterior e posterior, comparando as
tonalidades. Descubra quem é mais grave e quem é mais agudo.

3) Sem olhar a escala nem fazendo contas, procure em cada corda as notas iguais a essa nota.

4) Compare outras notas no mesmo esquema.

5) Qual a nota mais grave no violão? E a mais aguda?

 
 
 
 
 
CAMPO HARMONICO MENOR
CAMPO I
II
III IV
V
VI VII VIII
HARMONI Meio
Sétim
Men Diminu MAIO Men MAIO MAIO MAIOR
CO or to R or
a
R R
MENOR Semit
Repetiç
TOM Semito TOM TOM TOM TOM ão do I
on
n
Cm              
C#m                 
  
Dbm
Dm              
D#m  
             
  Ebm
Em              
Fm              
F#m   
             
Gbm
Gm              
G#m  
             
Abm
Am Bm/5b C Dm Em F G Am
A#m  
             
Bbm
Bm              

CAMPO HARMONICO MAIOR COM SÉTIMA


 
Pratique as seqü ências abaixo e observe os valores de cada acorde e toque a cançã o:

1) D D7+ D7 G Gm A7 D

2) B7+ E7+ B7+ F#7 B7+

3) G7+ Bb Cm D7 G7+

4) F Am7 D7 Gm Gm7+ Gm7 C7 F

5) C7+ F Em7 Dm7 G7 C Fm C

6) Am Am7+ Am7 B7 Em Em7+ Em7 A7 Dm E7 A A7+

FAZ PARTE DO MEU SHOW (Cazuza)

C7+ Bb7+

Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor

C7+ Bb7+

Te levo pra festa e texto teu sexo com ar de professor

Ab7+ Db7+
Faço promessas malucas tã o curtas quanto um sonho bom

Ab7+ Db7+

Se eu te escondo a verdade, baby; é pra te proteger da solidã o

C7+ Ab7+ C7+

Faz parte do meu show, faz parte do meu show, meu amor oh.

 
 

 
HARMONIA
 

FORMAÇÃO E ESTRUTURAS DOS ACORDES;

ESCALAS: CROMÁTICA, DIATÔNICA, NATURAL, GREGAS, MELÓDICAS,


HARMÔNICAS, DIMINUTAS, PENTATÔNICAS.

SINAIS COMUNS E SÍMBOLOS MUSICAIS

NOÇÕES DE IMPROVISAÇÃO: RITÍMICA, BASE PARA


ACOMPANHAMENTO, BAIXO E DEDILHADOS PARA TECLADOS E
GUITARRA.

ARPEGIOS: USANDO AS ESCALAS COMO BASE.

INVERSÕES: DE BAIXOS, ACORDES E SÍNTESE HARMÔNICA.

CONHECENDO AS NOTAS NO: TECLADO, GUITARRA, BAIXO E


TABLATURAS.
CONHECENDO E ENTENDENDO OS RÍTMOS MAIS USADOS.

FONTE DE PESQUISA: REVISTA COVER TECLADO, APRENDENDO MÚSICA


(CARLOS IAFÉLICE),

P. BONA, REVISTA TOQUE TECLADO, RME (REVISTA MUSICAL


EVANGÉLICA) E LIVROS ESPECÍFICOS.

 
 

INTRODUÇÃO.

Nesta apostila eu procuro simplificar a Teoria Geral de Estrutura dos Acordes.

Isto porque nos Métodos hoje encontrado no mercado a Teoria é muito resumida, isto
dificulta o entendimento do aluno/mestre que deseja aprimorar e entender os princípios
básicos dos acordes e harmonização.

Meu ensejo não é criar um novo conceito de harmonização, pois regra é sempre regra,
viso apenas facilitar a compreensão da mesma.

Voltado mais para o leigo, espero poder contribuir para a expansão da aprendizagem do
aluno que chegar às mãos esta apostila.

O autor.

 
 

MÚSICA

Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma por meio dos sons.

A música divide-se em 4 partes fundamentais, que são:

1)         Melodia  que é a combinação dos sons quando são executados uns após os outros
formando um sentido inteligível;

2)         Harmonia  é a combinação dos sons quando são executados juntamente (dois ou
mais sons), formando um conjunto que soam como se fossem um só.

3)         Timbre  é a propriedade que tem um som de ser diferente dos demais, mesmo
quando têm em comum o nome, mas soa diferente dos outros;

4)         Rítmo  é a arte de combinar os sons, subdividi-los e organiza-los dentro de


determinados espaços de tempo, criando uma variação de estilos e forma de executa-los.

As propriedades da música e suas diversas variações foram criadas em função de tempo


e de combinações.

O princípio gerador das combinações é uma seqüência de sete notas (sons), que é
chamada Escala Base.
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Que se repetem quase que infinitamente tanto no sentido positivo (ascendente ())
quanto no sentido negativo (descendente ()). Damos o nome de Agudos aos sons
Ascendentes e Graves aos sons descendentes.

Criou-se, para efeito de organização, uma definição que todo os sons são gerados à
partir do DÓ chamado central no piano. Sendo sua freqüência variável em 4,100 Hz.
Daí partimos em ambos os sentidos formando as escalas.

Como estas sete notas têm um combinação perfeita, mas que partindo de outra nota que
não seja o DÓ central, dá se a impressão de que não forma o mesmo sentido. Daí criou-
se os intervalos, que são notas que estão entre as sete notas convencionais. Para
representa-los, das sete notas existentes, dividiram-se cinco, formando uma escala de
doze notas.

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI



SI – SIb – LÁ – LÁb – SOL – SOLb – FÁ – MI – MIb – RÉ – Réb -  DÓ.

Sendo: # (sustenidos) em sentido ascendente e b (bemóis) em sentido decrescente.

À essa Escala de doze notas, damos o nome de Escala Cromática, Diatônica ou


Semitônica.

A menor distância que existe entre uma nota (som) e outra(o) é chamada de
SEMITOM, e a distância entre duas nota é chamada de TOM. Observe:

DÓ –  DÓ#  -   RÉ  –   RÉ#  - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI – DÓ


(Reinício)

     ST                 ST             ST             ST         ETC...

         TOM                               TOM                    ETC...

 
Observe que a distância entre Dó e Dó# é de meio tom ou um semitom, e a distância
entre Dó e Ré e de um tom. A distância entre Dó e Ré# e de um tom e meio, a distância
entre Ré e Fá# é de dois tons e assim por diante, soma-se de meio em meios-tons e
descobre-se a distância entre as notas da Escala.

Cada nota de uma Escala é chamada de Grau dessa Escala. Dentro da Escala Natural –
de sete notas há sete Escalas. E na Escala Diatônica existem doze Escalas naturais.

Para descobrir cada Escala, basta iniciarmos de quaisquer das sete ou doze notas das
Escalas e percorrermos o caminho, conforme escala padrão natural. Observe abaixo:

DÓ  –  RÉ   –   MI   –   FÁ   –  SOL  –  LÁ  –   SI   –   DÓ 

                                       T         T           ST         T            T            T          ST

ONDE:

T (um tom) e ST (semitom)

Se iniciarmos uma Escala em Ré, teremos:

RÉ   –   MI  –   FÁ#  –  SOL  –  LÁ  –  SI   –   DÓ#   -  RÉ

                                       T          T           ST         T            T            T          ST

                                                                                                          

Esta escala será chamada Escala Natural de Ré, porque começa com a nota Ré. E assim
por diante... a escala que começa em Dó será chamada de Dó, etc.

Baseado na Escala Natural podemos criar variações e assim através disto descobrir
novas possibilidades de combinações.

Harmonização   é a propriedade da música que tem como objetivo combinar e


organizar os sons de maneira que formem um conjunto em harmonia (que soa bem aos
ouvidos).

 
Para definirmos o sentido de harmonização, tomaremos como exemplo o acorde de DÓ
MAIOR.

O acorde de DÓ MAIOR é formado pela combinação de três sons:

Dó – que é chamado tônica, porque é ele quem dá nome ao acorde e porque é o que soa
mais destacado.

Mi – que é chamado terça porque é o terceiro grau, partindo da tônica;

Sol – é chamado Quinta porque é o quinto grau, partindo da tônica.

Graus:

Usamos a escala cromática de Dó maior como exemplo.

ESCALA CROMÁTICA DE DÓ MAIOR


GRA
DÓ DÓ # RÉ RÉ# MI FÁ FÁ# SOL SOL# LÁ LÁ# SI
US
GRA
1º - 2º - 3º 4º - 5º - 6º - 7º
US
TE TE SE SÉT
NOM SEG SEG QU QUIN QUI QUINT SÉT
RÇ RÇ XT IM
E TÔ UND UND ART TA NT A IM
A A A A
DOS NIC A A A DIMI A AUME A
ME MA JU ME
GRA A MEN MAI JUS NUT JUS NTAD MA
NO IO ST NO
US OR OR TA A TA A IOR
R R A R
SÍMB
OLO T 2m 2M 3M 3m 4 5º 5 5+ 6 7m 7+
S

Os acordes (harmonias) são nada mais que pilhas de notas que pertencem a mesma
escala.

Para isso vamos dispor a escala de Dó maior assim:

Partindo do primeiro grau:


DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
– FÁ – SOL – LÁ – SI
Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ

Partindo do quinto grau:

SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI – FÁ

As notas empilhadas ficam assim:

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL
SI
MENOR
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ
C/ *
MAIOR MENOR MENOR MAIOR MAIOR MENOR
QUINTA
MENOR

Existem dois tipos de harmonias:

Tríades   que é formada por três graus da escala, no caso de Dó maior:

DÓ   Tônica do acorde

MI   Terça do acorde

SOL   Quinta do acorde

A tríade é um tipo de harmonia consonante, porque seus graus combinam-se


perfeitamente, formando um som definido.

Tétrades   que é formada por quatro graus da escala, no caso de Dó maior:

DÓ   Tônica do acorde

MI   Terça do acorde

SOL   Quinta do acorde


SI   Sétima do acorde

A tríade é um tipo de harmonia dissonante, porque seus graus quando soam juntos dão
um idéia de desarmonia, mas pertencem à mesma escala.

Maior ou menor ?

Um acorde é maior quando sua Terça (terceiro grau) é maior.

Para que seja maior é preciso observar a seguinte regra:

DÓ –  RÉ –  MI –  FÁ – SOL –  LÁ –  SI –  DÓ
                                               1t      1t        ½ t     1t         1t       1t     ½ t

Observe o caminho que fez a escala de Dó maior, conforme explicado anteriormente.

Um tom de Dó à Ré, um tom de Ré à Mi, meio tom (semitom) de Mi à Fá, um tom de


Fá à Sol, um tom de Sol à Lá, um tom de Lá à Si e meio tom de Si à 8ª (Dó)

Agora contado de Dó (1º grau) a Mi (3º grau) são exatamente dois tons.

Então quando a distância entre a Tônica e a Terça forem de dois tons, a Terça será
maior.

Agora conte da Tônica até a 5ª (Sol), serão três tons e meio. Quando a distância entre a
tônica e a 5ª forem de três tons e meio a 5ª será maior.

Confira:

Todo acorde, como já vimos anteriormente, é formado por três graus maiores, que são: 
1º (tônica), 3º (Terça) e 5º (Quinta). Então a tríade de Dó maior será:

                                             
Dó                                                     (Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó)         
Mi                                                               

Sol                                                             

Quando a Terça de um acorde for menor (se a distância


entre a tônica e a Terça for de um tom e meio) o acorde
também será menor. Veja no exemplo:
 

Dó                                                     (Dó - Ré - Mib - Fá - Sol - Láb - Si - Dó)

Mi bemol (ou Ré sustenido)

Sol

                                                   #    #            #       #     #             #     #

                                             Dó  Ré   Mi   Fá  Sol   Lá   Si   Dó  Ré  Mi

Sustenido e bemol são formas diferentes de representar


os semitons.
 

Enquanto sustenido (#) representa meio tom subindo na escala, bemol (b) significa meio
tom descendo na escala.

 
Existem uma vasta complexidade na harmonização, isto dá-se porque existem infinitas
combinações. Mas cada tipo de harmonia têm um escala como origem.

Para defini-las foi preciso criar escalas, que são chamadas gregas, pois têm seu princípio
baseado nos estudos da música grega. São elas:

Jônio

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
 

Dórico
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
 

Frígio
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
 

Lídio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
 

Mixolídio

SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
 

Aeólio

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ
 

Lócrio
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
 

Toda escala, como já foi explicado, têm sua formação na escala Cromática:

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL#


- LÁ – LÁ# - SI
 

TÉTRADES (DISSONANTES)

Toda tétrade, como já vimos, têm como formação quatro graus. E esses graus seguem o
mesmo padrão da tríade, ou seja, são notas empilhadas, que, de acordo com sua posição
terão um nome específico.

Ex.:

A tétrade de  Dó maior

Escala natural maior DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL –


LÁ – SI – DÓ
Começando da Tônica  MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ  – RÉ – MI

Começando da Terça  SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL

Começando da Quinta SI – DÓ– RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Então vemos que a tétrade de Dó maior formada pelo empilhamento das notas,
sequenciando de três em três graus, formamos um acorde maior com uma sétima maior.

C7M
 

Vamos analisar as tríades

Como já vimos, a tríade é formada por três graus (1º, 5º e 6º graus).

A tríade muda de nome de acordo com sua formação:

Para mudarmos sua formação devemos analisar os intervalos que existem entre um grau
e outro.

Vejamos:

DÓ – DÓ# – RÉ – RÉ# – MI – FÁ – FÁ# – SOL –


SOL# – LÁ – LÁ# – SI – DÓ
 

Como já podemos observar, a escala acima é uma escala cromática. Que é formada por
semitons, e por ela ter começado em DÓ será chamada de escala cromática de DÓ
MAIOR.

Baseado nisto vamos estudar os intervalos entre uma nota (grau) e outra.

QUADRO DE INTERVALOS DE DÓ MAIOR


SUSTENIDOS   BEMÓIS
INTERVALOS NOME * INTERVALOS NOME
DÓ a RÉ 2ª maior ou DÓ a RÉb 2ª menor
DÓ a RÉ# 2ª aumentada ou DÓ a RÉ 2ª maior
DÓ a MI 3ª maior ou DÓ a Mib 3ª menor
3ª aumentada ou 4ª 3ª maior ou 4ª
DÓ a FÁ ou DÓ a MI
justa diminuta
DÓ a FÁ# 4ª aumentada ou DÓ a FÁ 4ª justa
DÓ a SOL 5ª justa ou DÓ a SOLb 5ª diminuta
DÓ a SOL# 5ª aumentada ou DÓ a SOL 5ª maior
DÓ a LÁ 6ª maior ou DÓ a LÁb 6ª diminuta
DÓ a LÁ# 6ª aumentada ou DÓ a LÁ 6ª maior
DÓ a SI 7ª maior ou DÓ a Sib 7ª menor
DÓ a DÓ 7ª aumentada ou 8ª ou DÓ a SI 7ª maior
justa
DÓ a DÓ# 8ª aumentada ou DÓ a DÓb 8ª diminuta
DÓ a RÉ 9ª justa ou DÓ a DÓ 8ª justa
DÓ a RÉ# 9ª aumentada ou DÓ a RÉb 9ª diminuta
DÓ a MI 10ª maior ou DÓ a RÉ 9ª maior
10ª aumentada ou 11ª
DÓ a FÁ ou DÓ a Mib 10ª menor
justa
DÓ a FÁ# 11ª aumentada ou DÓ a MI 10ª maior
DÓ a SOL 12ª justa ou DÓ a FÁ 11ª justa
DÓ a SOL# 12ª aumentada ou DÓ a SOLb 12ª diminuta
DÓ a LÁ 13ª maior ou DÓ a SOL 13ª maior
DÓ a LÁ# 13ª aumentada ou DÓ a LÁb 14ª diminuta
DÓ a SI 14ª maior ou DÓ a LÁ 14ª maior

Como mostra a tabela acima os graus dependem do acidente (# ou b) para serem


identificados.

Se for # (sustenido) serão maiores ou aumentados

Se for b (bemol) serão menores ou diminutos.

Trabalhando com as tríades veremos que existem quatro tipos delas:

1ª) sendo:

DÓ   T (tônica)

MI   3ª (Terça maior)            TRÍADE NATURAL

SOL   5ª (Quinta maior)

DÓ   T (tônica)

MIb   3ª (Terça menor)        TRÍADE MENOR

SOL   5ª (Quinta maior)

 
 

DÓ   T (tônica)

MI   3ª (Terça maior)                     TRÍADE AUMENTADA

SOL#   5ª (Quinta aumentada)

DÓ   T (tônica)

MIb   3ª (Terça menor)         TRÍADE DIMINUTA

SOLb   5ª (Quinta maior)

Vamos analisar agora as tétrades

A tétrade têm sua formação parecida e originária da tríade, só que com um grau a mais.
Esse grau é justamente uma Terça maior (partindo da Quinta) exemplo:

 
Partindo da Tônica:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
– FÁ – SOL – LÁ – SI
 

2 tons - então é uma Terça maior

 
Partindo do terceiro grau:

MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ

1 tom e ½ - então é uma Terça menor

Partindo do quinto grau:

SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI – FÁ

2 tons - então esta é uma Terça maior.

Empilhando as notas

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ

SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI – FÁ

SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ   nova


seqüência partindo do sétimo grau.

Dessa forma nós temos as tétrades de Dó maior. E seus nomes serão:

GRAUS ESCALAS
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL
7º SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
DÓ RÉ MI SOL LÁ SI MENOR

COM MENOR MENOR MAIOR MENOR C/ QUINTA
NOME COM
SÉTIM COM COM COM COM MENOR E *
S SÉTIMA
A SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA
MAIOR
MAIOR MENOR MENOR MENOR MENOR MENOR

Outros tipos de escalas:

CROMÁTICA
A escala cromática  é formada por ½ e ½ tons, isto chama-se simetria, porque são
distâncias iguais.

 
HEXAFÔNICA
Agora temos a escala hexafônica.

A escala hexafônica é formada de tom em tons:

DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL# - LÁ# - DÓ

DIMINUTA
 

Formada de um tom e meio consecutivos:

DÓ – RÉ – MIb - MI- FÁ – SOLb – LÁb - SIbb – DÓ


 

PENTATÔNICA
 

A escala pentatônica origina-se da escala maior, na verdade é uma escala maior sem os
4º e 7º graus:

Exemplo:

Escala maior (modo Jônio)                                                                          Escala


pentatônica maior

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI                                                         DÓ – RÉ –
MI – SOL – LÁ

Diz-se pentatônica porque é formada de apenas 5 graus.

Existem também as escalas harmônicas e melódicas

Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importantes de novas
combinações harmônicas. Mas para que se possa entender, preste atenção na explicação
abaixo.

Toda escala maior têm uma outra escala dentro dela, que é uma escala menor. E essa
escala têm sua formação baseada da mesma forma que a tríade. A essa escala damos o
nome de escala relativa e que começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja
no exemplo abaixo:

Escala natural maior de Dó maior

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

 
Aqui começa a escala relativa menor.

Então a escala relativa menor de Dó maior será:

LÁ –    SI    –    DÓ   –    RÉ   –    MI    –   FÁ    –    SOL   –   LÁ

                                 1 t            ½ t          1 t         1 t           ½ t          1 t         1 t

Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor.

Mas voltando às escalas Harmônicas e Melódicas ...

Harmônicas

A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado. Ex.:

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL #

Sendo                                       T      2ª M  3ªm     4J     


5J   6m     7ªM

Analisando a escala:

                          LÁ  –   SI    –   DÓ  –    RÉ    –   MI   –   FÁ  –   SOL #   –  LÁ

                                 1 t         ½ t         1 t       1 t          ½ t          1 t         ½  t


 

         Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Terça forem menor que dois tons a
Terça será uma Terça menor, é o caso desta escala. Ela é uma escala menor por esta
razão.

         Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Quinta forem de três tons e meio a
Quinta será uma maior. Neste caso a Quinta desta escala será uma Quinta maior.

Agora vamos empilhar as notas:

Partindo do primeiro grau:


LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ

Partindo do terceiro grau:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ

Partindo do quinto grau:

MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI

Dispondo-os em ordem, a tríade de Lá menor será:

LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SI
SOL #
LÁ DÓ RÉ MI FÁ
DIMINUT *
MENOR MEIO MAIOR MENOR MENOR MAIOR
A
DIMINUTO

Agora o empilhamento para a descrição das tétrades:

 
Partindo do primeiro grau:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ

Partindo do terceiro grau:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ

Partindo do quinto grau:

MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI

Partindo do sétimo grau:

SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI– FÁ – SOL#

Dispondo-os em ordem, a tétrade de Lá menor será:

LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ
DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL
SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
#
LÁ RÉ MI  FÁ

MENO MENOR MAIO MAIO
SI MAIOR SOL
R COM R R
COM 5 SUSTENI
COM SÉTIMA E COM COM
MEIO AUMENTA DO *
SÉTIM DÉCIMA SÉTIM SÉTIM
DIMINU DA E DIMINUT
A PRIMEIRA A A
TO SÉTIMA A
MAIO AUMENTA MAIO MAIO
MAIOR
R DA R R

Se você observar nas escala gregas (Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Aeólio e
Lócrio), que estão na página 4, vai  ver que a escala relativa menor chama-se Aeólio na
escala de Dó maior. Mas devido à alteração que ela sofreu no sétimo grau (sol#), na
Tétrade ela se chamará:

Aeólio7+ (Aeólio com sétima maior)


A sétima será chamada maior porque o sol é sustenido. Veja no quadro de graus na
página 05.

A escala harmônica então terá o nome de AEÓLIO7+.

Agora, se separarmos os modos, começando da harmônica (AEÓLIO7+), teremos os


agrupamentos harmônicos da relativa menor de Dó, no nosso caso é a Lá menor (6º grau
da escala de Dó):

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ   modo AEÓLIO7+

SI – DÓ –  RÉ – MI –  FÁ – SOL# – LÁ – SI   modo LÓCRIO6

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ   modo JÔNIO5#

RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ   modo DÓRICO4#

MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI   modo MIXOLÍDIO6b9b

FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI – FÁ   modo LÍDIO9

SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI– FÁ – SOL#   ALT6/DIMINUTA

Veja só uma nova escala (ALT6/diminuta). Explicando-a:

Esta escala têm nome de escala diminuta (ALT significa alterado), então ela é uma
escala diminuta alterada. Na verdade ela não é bem uma diminuta, e sim um arpegio
diminuto. E o nome de diminuta é uma referência à tríade, o 7º grau dobrado bemol,
conforme página 8 (DIMINUTAS).

Primeiro vamos entender o termo ALT (ALTERADA). Diz-se tríade alterada quando 
uma tríade vem acompanhada de:

2b/9b que é 2ª menor/9ª menor

2/9 que é 2ª aumentada/9ª aumentada que também é uma 3ª menor

5b/11 que é 5ª diminuta ou 11ª aumentada que também é uma 5ª diminuta

5/13b

6b ou 6m  que é Sexta menor

Daí conclui-se que ALT se refere à:


 

SOL# – LÁ – SI – DÓ –  RÉ – MI– FÁ – SOL#

 T                 3ªm           5ªdim         6ªm  

Ou seja, neste acorde: modo que é o Sétimo grau da escala relativa menor, no caso uma
escala harmônica, encontramos as características de ALT. Mas, simplificando, o ALT é
uma escala que começa no 7º grau de uma escala relativa menor.

ESCALA MENOR MELÓDICA

A escala menor melódica é uma escala montada a partir da relativa menor, só que com
os 6º e 7º graus aumentados. Veja no exemplo:

                                               LÁ –   SI –   DÓ –   RÉ –    MI –   FÁ# – SOL# –   LÁ

                                                     1t        ½ t       1t        1t          1t        1t        ½ t

E seus intervalos são:                  T       2M     3m      4J      5J       6M      7M

Se você montar a escala natural de Lá maior verá que a única diferença que há entre a
maior e a menor melódica é a Terça, que é maior na maior, e menor na menor melódica.
Conclusão: para tornar um acorde maior em menor basta diminuir a sua Terça.

Campo harmônico da menor melódica

TÉTRADES
GRAU
Am7+ Bm7 C75# D7 E7 F#º G#º *
S
1º LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ# SOL# LÁ

3º DÓ RÉ MI FÁ# SOL# LÁ SI DÓ
5º MI FÁ# SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL
7º SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ#
#

SUPERLÓCR
MODO DÓRICO7 FRÍGIO LÍDIO7/5 MIXOLÍDI MIXOLÍDI LÓCRIO IO
 
S + 6 + O 4# O 6b 9
ou ALT7

Vamos agora trabalhar com as escalas gregas. Combinando-as.

Dispondo as escalas gregas, temos (as maiores):

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ    modo Jônio

RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ   modo Dórico

MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI  modo Frígio

FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ  modo Lídio

SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL  modo Mixolídio

LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ  modo Aeólio

SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ– SI   modo Lócrio

Arpegios:

Os arpegios são notas dos acordes que são executadas uma após outra.

Os arpegios de Dó maior (Jônio) são:

Tríade

DO – MI – SOL
Tétrade

DO – MI – SOL – SI

Como você pode observar usamos o modo Jônio e empilhamos, no caso


da tríade, usamos os 1º, 3º e 5º graus. E no caso da tétrade usamos os
1º, 3º, 5º e 7º graus. Vamos fazer o mesmo com os demais modos.

Observe na separação, no quadro abaixo.

ARPEGI
TRÍADES
OS
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SO
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
L

MOD JÔN DÓRI FRÍG LÍDI MIXOLÍ AEÓL LÓCRI


*
OS IO CO IO O DIO IO O

GRAUS TÉTRADES
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SO
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
L
7º SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
LÍDI
JÔNI DÓRI FRÍGI AEÓL
O
O C/ CO C/ O C/ MIXOLÍD IO C/
COM LÓCRIO
MOD SÉTIM SÉTIM SÉTIM IO C/ SÉTIM
SÉTIM DIMINU *
OS A A A SÉTIMA A
A TO
MAIO MENO MENO MENOR MENO
MAIO
R R R R
R

Veja que o Lócrio ganhou o nome de acorde diminuto. Isto porque seus
3º e 5º graus são bemóis (compare no quadro da página 6).
 

REPRESENTAÇÕES – SINAIS GRÁFICOS

Para representar os acordes foram criados sinais. As cifras (nome dos


acordes) são identificadas por letras.

A     B     C     D     E     F     G

Lá    Si    Dó   Ré    Mi    Fá   Sol

E sinais como:

M - maior

+ - maior (quando estiver na frente dos 7º e 14º graus) e aumentada


quando estiver na frente dos demais graus ou acordes (cifras).

–  - menor

m - menor

sus  acorde suspenso

º diminuto (quando estiver na frente de cifras) e grau (quando estiver na


frente de números que representam os graus da escala.

# - sustenido

b - bemol

x - duplo sustenido (natural da escala)

bb - duplo bemol (natural da escala)

( ) - atenção !

(add) - acorde que não contém um dos graus que compõe a tríade,
suprimida temporariamente durante a execução. Ex.: D a d d (Fá# - Lá)

Ø - meio diminuto. (tríade diminuta que contém o sétimo grau menor)


/   acorde com baixo ou estrutura alterada. Ex.: D (Ré – Fá# - Lá)
estrutura normal D/A (Lá – Ré – Fá#) estrutura alterada (graus
invertidos).

Transposição:

Transposição é quando queremos transportar uma música, tocada em um


acorde qualquer, para ser tocada em outro acorde. Exemplo:

Temos uma música tocada em C (dó maior) e queremos toca-la em E (mi


maior)

Então conte quantos tons tem de C a E   Dois tons

Escala do acorde da música:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Escala que queremos tocar:

MI – FÁ# – SOL# – LÁ – SI – DÓ#– RÉ#– MI

Acordes comuns (exemplo) na música tocada em Dó maior

C7+    G/B  C5+  Am  Am/G  F7+   G7   C7  F  G  E  Dm7 G#7+  Gm7  

 
Contando dois tons (isto vale para todos os acorde comuns).

C7+    E7+ C7   E7

G/B   B7+ F   A

C5+   E5+ G   B

Am   C#m E  G#

Am/G   C#m/B Dm7  F#m7

F7+   A7+ G#7+  C7+

G7   B7 Gm7  Bm7

MODULAÇÃO:

Modulação é quando uma música é tocada usando os acordes que


pertencem ao campo harmônico do acorde usado, e num determinado
trecho a melodia da música exige um outro acorde, que pertence ao
campo harmônico de outro acorde. Exemplo:

USO DOS INSTRUMENTOS:

O teclado pode ser usado como base, mesmo que haja um outro instrumento fazendo a
base. A base é quando não deixamos espaços vazios, sem som, no fundo da música.
Normalmente quem faz a base é a guitarra ou o teclado, quando a guitarra não está
fazendo solo.

Na ausência de uma bateria usa-se o baixo como referência ritímica. É o mais comum,
porém qualquer instrumento tem que executar a música ou o andamento musical.

As cifras para a guitarra são as mesmas usadas para o teclado.


As cifras para o baixo vêm acompanhadas com inversões (/)

Exemplo: A/D onde normalmente o baixo de Lá maior seria a Fundamental (Lá), mas
no caso em A/D a fundamental passa a ser Ré. Poderíamos dizer então que A/D é Lá
com Ré.

No teclado esta nota seria assim:

                                                                                                                                              
                          Dó# 

                                                               Ré                         Lá                       Mi        
Lá  

Para as notas do baixo (Ré e Lá ) é usada a mão esquerda e as demais com a mão
direita.

Dedilhados

Para representar os dedos usamos os números de 1 a 5

MÃO DIREITA                                                                 MÃO ESQUERDA

Dedo                                                     N.º                          Dedo                                        


N.º
Polegar                                                  1                            
Polegar                                      1

Indicador                                              2                             Indicador                                 


2

Médio                                                   3                             Médio                                      


3

Anular                                                   4                            
Anular                                       4

Mínimo                                                 5                            
Mínimo                                     5

VALORES POSITIVOS E NEGATIVOS DAS NOTAS

Em música trabalhamos com figuras que são determinadas pelos seus devidos tempos.

As figuras musicais também são chamadas de valores positivos.

Juntamente com elas, conheceremos as pausas que são valores negativos,

momentos de silêncio onde nenhuma nota ou nenhum som deverão ser produzidos ou
tocados.

Cada figura ou pausa possui seu respectivo tempo

ESCALAS (ESCADA) DAS NOTAS NO VIOLÃO

Notas musicais:

A música escreve-se sobre 5 linhas e 4 espaços (entre as linhas). A  esse conjunto


damos o nome de Pentagrama ou Pauta, suas linhas e espaços se contam de baixo para
cima. Confira!
 

Para diferenciarmos um instrumentos de outro, pois sabemos que o teclado e a guitarra


os sons são parecidos (numa mesma onda sonora), isto é, os sons pertencem ao mesmo
timbre (altura sonora), enquanto que no baixo os sons são mais graves (grossos). E
como são diferentes o Saxofone do Baixo-Tuba, um é agudo e é capaz de alcançar um
certo nível médio de sons graves, enquanto que o outro é grave e também é capaz de
alcançar um nível de som agudo, mas que exige mais temática do executante. Para que
isso seja representado na música temos que usar de Claves, sinais que iniciam a pauta,
veja no exemplo abaixo:

Esta clave chama-se clave de Sol maior, feita exatamente para instrumentos como:
Teclado, Sax-alto,

Trumpete, violino, guitarra, etc.

Alguns exemplos de claves:

clave de Fá-maior (para instrumentos graves como: baixo, baixo-tuba, celo, etc.)

clave de Dó maior (feita para instrumentos médio grave como: trombonito, sax
harmonia, etc.)

as claves de Fá e Sol se classificam pela disposição na pauta.

Por exemplo:

Na clave de Sol maior as notas se dispõe assim:

Na clave de Fá maior

Observe que a clave de Fá (o desenho) termina com uma curva em cima da linha que se
chama Fá. Esta é a  Clave de Fá normal.

Agora veja a clave de Fá maior escrita na 3ª linha

Já a clave de Dó maior tem 4 variações, sendo a primeira escrita na 5ª linha.


A Segunda variação escrita na 4ª linha

A terceira variação escrita na 3ª linha

E a Quarta variação escrita na 2ª linha

Como você pode observar para cada variação, mesmo na mesma clave, existente uma
seqüência lógica das notas musicais. Exemplo:

Na clave de Sol maior a escala de Dó maior começa com uma nota fora da clave, que é
chamada de suplemento inferior. Já a na clave de Fá a escala de Dó maior começa no 2º
espaço do pentagrama. Porque esta diferença? Simples. Porque o primeiro dó na clave
de Fá maior é uma oitava mais grave (abaixo) do primeiro Dó da Clave de Sol maior.
Daí subentende-se o seguinte: o Dó superior (2º Dó) da clave de Fá maior têm o mesmo
timbre (som, altura) que o primeiro Dó da clave de Sol  maior. Baseado nesta verdade,
podemos escrever as duas claves usando um mesmo pentagrama assim:

Sinais usados na música:

Além das claves existem sinais como:

fermata, ponto de suspensão ou órgão     D. C. De Capo (do começo)

O duplo sustenido ou o duplo bemol, será usado quando houver necessidade de tornar
natural uma nota acidentada, que se usarmos o bequadro, numa leitura rápida, poderá
ser confundido com o sustenido devido aos seus formatos serem parecidos.
 

As barras (verticais) que separam as notas no pentagrama são para definir até onde vai
um compasso. Por exemplo, um compasso vai de uma barra à outra.

Dentro de cada compasso podem existir:

4 tempos se após a clave houver um sinal 4/4 ou C ;

2 tempos se houver um sinal 2/2 ou

3 tempos se houver um sinal 3/4

Os compassos acima são chamados compassos inteiros ou simples. Já os compassos 6/8,


2/4, 9/12, etc. são chamados compassos compostos.

Ao compasso 4/4 e suas derivações damos o nome compassos quaternários.

Ao compasso 2/2 e suas derivações damos o nome compassos binários.

Ao compasso 3/4 e suas derivações damos o nome compassos ternários.

As figuras musicais variam em nome e valores, conforme tabela abaixo:

 
 

AS NOTAS NO BRAÇO DO VIOLÃO (GUITARRA)


 

Para instrumentos de cordas, como: Violão, Cavaco, Contra_baixo, Viola, etc., usamos
o sistema de TABLATURA, que nada mais é que as cordas do instrumentos
organizadas graficamente. Ex.

Na tablatura única coisa que muda em relação ao instrumento é a organização das


cordas, pois a sexta corda (Mi grave), na tablatura passa a ser a primeira (contando de
baixo para cima). Esta mudança deve-se ao fato de facilitar a leitura e interpretação de
partituras e sua execução no violão.

Porque dessa forma as cordas, em seus timbres, ficariam organizadas conforme a


partitura. Ex:

Exemplo de um trecho musical:

Os números representam as casas onde se pressiona as cordas para a emissão da nota


musical.

 
 
Bibliografia:
 CRUVINEL, FLAVIA MARIA. Educação Musical e Transformação Social, uma experiência com ensino coletivo
de cordas. Goiâ nia, ICBC, 2005.

FIREMAN, MILSON. O repertó rio na aula de violã o: um estudo de caso. Escola de Mú sica da Universidade
Federal da Bahia, 2006.

CAVALIERI, CECILIA. Jogos pedagó gicos para a Educaçã o Musical. Belo Horizonte, Editora da UFMG,
2005.

MONEREO, CARLES e GISBERT, DAVID DURAN. Tramas, procedimentos para a aprendizagem


cooperativa. Porto Alegre, ARTMED, 2002.

 SWANWICK, KEITH. Ensinando Mú sica Musicalmente. Trad. de Alda Oliveira e Cristina Tourinho.
Sã o Paulo, Moderna, 2003.

TOURINHO, CRISTINA e BARRETO, ROBSON. Oficina de Violã o. Vol. 1. Salvador, Quarteto Editora,
2003.

TOURINHO, CRISTINA. Ensino coletivo de violã o: proposta para disposiçã o física dos estudantes em
classe e atividades correlatas.

TOURINHO, CRISTINA. Ensino de Violã o: influência da motivaçã o na aprendizagem do repertó rio de


interesse do aluno.

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