PROGRAMA DE ENSINO DE
VIOLÃO
E
VIOLA CAIPIRA
“A música governa o mundo e torna os seres humanos melhores”.
ORGANIZADO POR DAVI FERREIRA
TOLEDO, 2009
1º SEMESTRE
HISTÓRIA DO VIOLÃO
A história do violão – um dos instrumentos mais difundidos em todo o mundo – tem início no
século XVI na Espanha. Depois disso, passou por várias transformações, até que por volta de
1870 assumiu a forma atual, com o trabalho do luthier Antonio Torres. Está presente em
inúmeras culturas, das mais diversas manifestações da música popular às salas de concerto. No
Brasil, pela facilidade de adaptação a diferentes gêneros e estilos, o violão marca sua presença
nas músicas do campo e da cidade (choro, samba, pagode, MPB, jazz). É um instrumento básico
para a prática da música popular brasileira, utilizado como solista, em bandas e em orquestras.
O som é intimista, com infinitas possibilidades de timbres e harmonias. Para quem se inicia na
música, o violão é extremamente versátil.
ANATOMIA DO VIOLÃO
DICAS DE CONSERVAÇÃO DO VIOLÃO
Não colocar nenhum peso ou objeto em cima do violão
Não derramar líquidos em cima do violão. Não deixar o violão à exposição do sol ou umidade
AFINANDO O VIOLAO
Tome como base a sexta corda, e resolva afinar as outras: apertar a 6ª corda na casa 5 e comparar com a
5ª corda. Depois, apertar a 5ª corda na casa 5 e comparar com a 4ª corda. Apertar a 4ª na casa 5 e
comparar com a 3ª corda. A 3ª corda na casa 4 e comparar com a 2ª. E, finalmente, apertar a 2ª corda na
casa 5 e comparar com a 1ª. Porém, esse método é altamente desaconselhado. Vamos descrever dois
métodos de afinação:
1º MÉTODO FACILITADO
Afinar a 5ª corda, Lá, através de um diapasão, ou de alguma referência externa confiável.
Corda 6: afinar a 6ª corda (Mi grave) presa na casa 5, comparando com a 5ª corda solta.
Corda 4: afinar a 4ª corda solta, comparando com a 5ª corda presa na casa 5.
Corda 3: afinar a 3ª corda presa na casa 2, comparando com a 5ª corda solta (ou com o seu
harmô nico oitavado da casa 12).
Corda 2: afinar a 2ª corda solta, comparando com a 5ª corda presa na casa 2 (ou com o seu
harmônico oitavado produzido na casa 14 mantendo a casa 2 apertada).
Corda 1: afinar a 1ª corda presa na casa 5, comparando com a 5ª corda solta (ou com o seu
harmô nico oitavado produzido na casa 5).
2º MÉTODO DOS HARMÔNICOS
Afinar a Corda 1 presa na casa 5, através de um Lá de referência externa confiável.
Corda 2: afinar a 2ª corda pelo harmô nico na casa 12, comparando com a 1ª corda presa na casa 7.
Corda 3: afinar a 3ª corda pelo harmônico na casa 12, comparando com a 1ª corda presa na
casa 3.
Corda 4: afinar a 4ª corda pelo harmô nico na casa 5, comparando com a 1ª corda presa na casa 10.
Corda 5: afinar a 5ª corda pelo harmônico na casa 5, comparando com a 1ª corda presa na
casa 5.
Corda 6: afinar a 6ª corda pelo harmô nico na casa 5, comparando com a 1ª corda solta.
POSTURA ADEQUADA
Para se tocar violã o, uma boa postura é fundamental para que o aprendizado se dê de
forma eficiente. Ao manter a boa postura, você nã o correrá riscos de sentir dores nos
membros superiores ou sofrer com distensões musculares e tendinites.
O violã o deve repousar sobre a perna esquerda que deve ter uma apoio para ficar um
pouco mais alta que a direita. O cotovelo do braço direito deve ser colocado, de maneira
confortá vel, sobre a parte superior traseira do violã o. Já o pulso da mã o direita deve estar
levemente flexionado, para que os dedos formem um angulo de 90° com as cordas do
violã o.
MÃO DIREITA
MÃO ESQUERDA
1 = indicador – 2 = médio– 3 = anular – 4 = mínimo
Para conseguir a firmeza necessá ria ao tocar violã o na mã o esquerda é muito importante
que o dedo polegar mantenha-se no centro da parte traseira do braço, de forma leve para
que se possa movimentar a mã o pela escala, sempre que preciso. É necessá rio também
que a parte inferior do braço nã o esteja em contato com a mã o, para se ter maior conforto
e para que se alcance o â ngulo necessá rio dos dedos em relaçã o à escala desse
instrumento.
4. Ritmo - Uma combinação de valores das notas dispostas no tempo em que são
executadas.
Existem maneiras diferentes de tocar o violão onde temos:
5. Violão Cifrado: O mais usado pelos violonistas onde o instrumento é usado para
9. SEMITOM (ou 1/2 tom)= é o menor intervalo entre dois sons
13. SOM = é o choque entre dois objetos sonoros, possui quatro qualidade básicas:
14. ALTURA = é a propriedade que podemos distinguir os sons graves, médios e agudos.
NOTAS MUSICAIS
Os nomes das sete notas musicais que usamos são:
DÓ - RÉ - MI - FA - SOL - LA – SI
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
RÉ
MI
FÁ
SOL
LÁ
SI
2. Toque no violã o as notas ascendentes. Comece com o dedo 1, prendendo a segunda corda
na primeira casa.
3. (Dó ). Escorregue o dedo na mesma corda, encontrando as notas em ordem ascendente.
DÓ SI LÁ SO FÁ MI RÉ
L
SI
LÁ
SOL
FÁ
MI
RÉ
2) Tocar no seu instrumento, em uma corda. É o mesmo exercício anterior, em ordem
descendente.
B
A A#
Bb
G G#
Ab
F F#
Gb
E
D D#
Eb
C C# Db
Em música trabalhamos com figuras que são determinadas pelos seus devidos tempos.
momentos de silêncio onde nenhuma nota ou nenhum som deverão ser produzidos ou
tocados.
DÓ DÓ
NOTAS RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
GRAVE AGUDO
CIFRA
I II III IV V VI VII VIII
ANALÍTICA
CIFRA
C D E F G A B C
PRÁTICA
ACIDENT SUSTENIDO C# D# F# G# A#
E BEMOL Db Eb Gb Ab Bb
Baixando um “ S “ - BEMOL ( b )
Subindo um “ S “ - SUSTENIDOS ( # )
Exemplo:
LÁ subindo um “ S ” = LÁ#
LÁ baixando um “ S “ = Láb
dois nomes diferentes. Podemos dizer que: Db e igual a C#, Eb é igual a D#,
ACORDES INICIAIS
FAZER OS ACORDES E O RITMO SEM PARAR NA
MUSICA
Um problema que 100% dos iniciantes enfrentam é que, para tocar o acompanhamento
de uma música, no caso do violão, a mão esquerda fica parada em uma posição
( também chamada de acorde ) , e a mão direita fica
"batucando " o ritmo , até trocar a posição da mão esquerda e assim por diante.
Acontece que a mão esquerda demora demais até ficar ágil e habilidosa o suficiente para
trocar na hora certa sem "atrasar " o ritmo . Ou seja:
enquanto estamos no mesmo acorde, tudo bem, só a mão direita trabalha. Na hora de
mudar de posição, que sufoco ! se descuidar , acaba "atrasando " ou "cruzando " o
ritmo.
2. Memorize os acordes da musica sem o ritmo, faça 10 vezes cada um deles
4. Monte o acorde 1 e toque 4 vezes só o ritmo e assim com todos sucessivamente
5. Entre um acorde e outro conte quatro tempos que serão suficientes para que faça outro
acorde
7. Diminua os tempos de 4 para 3, 2, 1 até tiver tocando sem parar os acordes
EXEMPLO:
1) Toque qualquer nota do violão e escute bem sua tonalidade. Agora, toque uma nota igual a essa em
outra corda e compare sua semelhança.
2) Toque essa mesma nota seguidamente e depois seus vizinhos anterior e posterior, comparando as
tonalidades. Descubra quem é mais grave e quem é mais agudo.
3) Sem olhar a escala nem fazendo contas, procure em cada corda as notas iguais a essa nota.
PRINCIPAIS RITMOS MUSICAIS PARA
VIOLÃO
1 e 2 e 3 e
TEMPO
Querumana: Este ritmo veio de
P T P T T PAUSA
uma dança paranaense geralmente BATIDO
utilizada na mú sica caipira com PAUSA
temá tica saudosista, româ ntica ou o DEDILHADO P i ma i ma i
dia-a-dia do caipira. A pulsaçã o deste
ritmo é um composto 6/8 e podemos
dividí-lo em seis partes iguais, como
segue:
DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO
DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO
Cururu: podemos
definir o cururu como
desafio cantado,
praticado na região do
Médio Tietê que teve
origem a partir da
T
adaptação das danças 1e2e
cerimoniais indígenas. 1 e 2 e E
M
TEMPO
P
O
P i T
D
Pi
m
E a
DEDOS
D
O
S
DEDILHA
HISTORIA BATIDO
DO
P i T T
pastos. Levar gado é D
uma tarefa cuja
DEDOS E Pi m a
monotonia D
normalmente só é O
quebrada quando tem S
boi fujão
COUNTRY: nasceu em Nashville no sul dos Estados Unidos, no século
XIX, quando imigrantes partiam para o oeste em busca de terra e ouro.
HISTÓRIA Viajavam a cavalo, em grupos, montando acampamento nas paradas todos se
reuniam em torno de fogueiras, cantavam e dançavam ao som de violõ es,
banjos, bandolins e rabecas
BATIDO DEDILHADO
TEM 1 2 e 3 e 4
TEMP 1 2 e 3 e 4 e PO
O P i i P i m
P T i P i T DED m m a
DEDOS OS a a
BATIDO DEDILHADO
1 2 e
1 2 e 3 e 4 e TEMPO
TEMPO
P ima ima
P T i i T DEDOS
DEDOS
ARPEJO PIMAMIAM
FORMAÇÃO DOS ACORDES
Acorde é o agrupamento de três ou mais notas da escala que podem ser
codificadas através de letras, números e sinais. A esta codificação, chamamos cifras.
TIPOS DE ACORDES
Formação do acorde Sinal Denomine o acorde de “dó”em
espaço abaixo
PERFEITO MAIOR Sem sinal Exemplo: C – DÓ MAIOR
PERFEITO MENOR m
7ª MAIOR 7+
7ª MENOR 7
7ª SENSÍVEL 7dim
7ª DIMINUTA 5dim/7dim
7ª DIMINUTA COM 5ª 5dim/7+
AUMENTADA
4ª 4
6ª 6
9ª 9
INTERVALOS MELÓDICOS
Intervalo, na música, é a distância entre duas notas. Veja abaixo como os classificamos:
Distância em
Nome do Intervalo Distância em Tons
Semitons
Segunda Menor 1/2 tom (1 semitom)
Segunda Maior 1 tom (2 semitons)
Terça Menor 1 tom e meio (3 semitons)
Terça Maior 2 tons (4 semitons)
Quarta Justa 2 tons e meio (5 semitons)
Quarta Aumentada 3 tons (6 semitons)
Quinta Justa 3 tons e meio (7 semitons)
Quinta aumentada 4 tons (8 semitons)
Sexta Maior 4 tons e meio (9 semitons)
Sétima Menor 5 tons (10 semitons)
Sétima Maior 5 tons e meio (11 semitons)
Oitava Justa 6 tons (12 semitons)
Nona Menor 6 tons e meio (13 semitons)
Nona Maior 7 tons (14 semitons)
Décima Menor 7 tons e meio (15 semitons)
Décima Maior 8 tons (16 semitons)
Décima Primeira Justa 8 tons e meio (17 semitons)
Décima Segunda
9 tons (18 semitons)
Diminuta
Décima Segunda Justa 9 tons e meio (19 semitons)
Décima terceira Menor 10 tons (20 semitons)
Décima Terceira Maior 10 tons e meio (21 semitons)
Intervalos Simples são aqueles que estão contidos até a oitava (T, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)
Intervalos Compostos são aqueles maiores que oitavas (9, 10, 11, 12, 13)
ESCALA
MODOS DA ESCALA MAIOR
II VI
I III IV V VII VIII
Meno Meno
MAIOR Menor MAIOR Com Sétima Meio Diminuto MAIOR
r r
TOM Semiton TOM TOM Semiton Repetição do I
TOM TOM
C D E F G A B C
C#
Db
D
D# Eb
E
F
F# Gb
G
G# Ab
A
A# Bb
B
ACORDES RELATIVOSACORDES R ELAT I VOS
Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam
pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que
os iniciantes fogem! Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som
nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se
ACORDES – POSIÇÕES NO VIOLÃO
ESCALAS MELODICA E SEUS MODOS
maior menor harmônica maior menor
harmônica
PERCEPÇÃO MUSICAL
O ouvido devidamente treinado, compreende bem a relação grave-agudo e reconhece a tonalidade das
notas e acordes. É o que se diz; “Tirar uma música de ouvido”. Vamos exercitar essa técnica:
1) Toque qualquer nota do violão e escute bem sua tonalidade. Agora, toque uma nota igual a essa em
outra corda e compare sua semelhança.
2) Toque essa mesma nota seguidamente e depois seus vizinhos anterior e posterior, comparando as
tonalidades. Descubra quem é mais grave e quem é mais agudo.
3) Sem olhar a escala nem fazendo contas, procure em cada corda as notas iguais a essa nota.
CAMPO HARMONICO MENOR
CAMPO I
II
III IV
V
VI VII VIII
HARMONI Meio
Sétim
Men Diminu MAIO Men MAIO MAIO MAIOR
CO or to R or
a
R R
MENOR Semit
Repetiç
TOM Semito TOM TOM TOM TOM ão do I
on
n
Cm
C#m
Dbm
Dm
D#m
Ebm
Em
Fm
F#m
Gbm
Gm
G#m
Abm
Am Bm/5b C Dm Em F G Am
A#m
Bbm
Bm
1) D D7+ D7 G Gm A7 D
3) G7+ Bb Cm D7 G7+
C7+ Bb7+
C7+ Bb7+
Ab7+ Db7+
Faço promessas malucas tã o curtas quanto um sonho bom
Ab7+ Db7+
Faz parte do meu show, faz parte do meu show, meu amor oh.
HARMONIA
INTRODUÇÃO.
Isto porque nos Métodos hoje encontrado no mercado a Teoria é muito resumida, isto
dificulta o entendimento do aluno/mestre que deseja aprimorar e entender os princípios
básicos dos acordes e harmonização.
Meu ensejo não é criar um novo conceito de harmonização, pois regra é sempre regra,
viso apenas facilitar a compreensão da mesma.
Voltado mais para o leigo, espero poder contribuir para a expansão da aprendizagem do
aluno que chegar às mãos esta apostila.
O autor.
MÚSICA
Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma por meio dos sons.
1) Melodia que é a combinação dos sons quando são executados uns após os outros
formando um sentido inteligível;
2) Harmonia é a combinação dos sons quando são executados juntamente (dois ou
mais sons), formando um conjunto que soam como se fossem um só.
3) Timbre é a propriedade que tem um som de ser diferente dos demais, mesmo
quando têm em comum o nome, mas soa diferente dos outros;
O princípio gerador das combinações é uma seqüência de sete notas (sons), que é
chamada Escala Base.
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Que se repetem quase que infinitamente tanto no sentido positivo (ascendente ())
quanto no sentido negativo (descendente ()). Damos o nome de Agudos aos sons
Ascendentes e Graves aos sons descendentes.
Criou-se, para efeito de organização, uma definição que todo os sons são gerados à
partir do DÓ chamado central no piano. Sendo sua freqüência variável em 4,100 Hz.
Daí partimos em ambos os sentidos formando as escalas.
Como estas sete notas têm um combinação perfeita, mas que partindo de outra nota que
não seja o DÓ central, dá se a impressão de que não forma o mesmo sentido. Daí criou-
se os intervalos, que são notas que estão entre as sete notas convencionais. Para
representa-los, das sete notas existentes, dividiram-se cinco, formando uma escala de
doze notas.
A menor distância que existe entre uma nota (som) e outra(o) é chamada de
SEMITOM, e a distância entre duas nota é chamada de TOM. Observe:
Observe que a distância entre Dó e Dó# é de meio tom ou um semitom, e a distância
entre Dó e Ré e de um tom. A distância entre Dó e Ré# e de um tom e meio, a distância
entre Ré e Fá# é de dois tons e assim por diante, soma-se de meio em meios-tons e
descobre-se a distância entre as notas da Escala.
Cada nota de uma Escala é chamada de Grau dessa Escala. Dentro da Escala Natural –
de sete notas há sete Escalas. E na Escala Diatônica existem doze Escalas naturais.
Para descobrir cada Escala, basta iniciarmos de quaisquer das sete ou doze notas das
Escalas e percorrermos o caminho, conforme escala padrão natural. Observe abaixo:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
T T ST T T T ST
ONDE:
RÉ – MI – FÁ# – SOL – LÁ – SI – DÓ# - RÉ
T T ST T T T ST
Esta escala será chamada Escala Natural de Ré, porque começa com a nota Ré. E assim
por diante... a escala que começa em Dó será chamada de Dó, etc.
Baseado na Escala Natural podemos criar variações e assim através disto descobrir
novas possibilidades de combinações.
Para definirmos o sentido de harmonização, tomaremos como exemplo o acorde de DÓ
MAIOR.
Dó – que é chamado tônica, porque é ele quem dá nome ao acorde e porque é o que soa
mais destacado.
Graus:
Os acordes (harmonias) são nada mais que pilhas de notas que pertencem a mesma
escala.
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL
SI
MENOR
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ
C/ *
MAIOR MENOR MENOR MAIOR MAIOR MENOR
QUINTA
MENOR
DÓ Tônica do acorde
MI Terça do acorde
DÓ Tônica do acorde
MI Terça do acorde
A tríade é um tipo de harmonia dissonante, porque seus graus quando soam juntos dão
um idéia de desarmonia, mas pertencem à mesma escala.
Maior ou menor ?
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
1t 1t ½ t 1t 1t 1t ½ t
Agora contado de Dó (1º grau) a Mi (3º grau) são exatamente dois tons.
Então quando a distância entre a Tônica e a Terça forem de dois tons, a Terça será
maior.
Agora conte da Tônica até a 5ª (Sol), serão três tons e meio. Quando a distância entre a
tônica e a 5ª forem de três tons e meio a 5ª será maior.
Confira:
Todo acorde, como já vimos anteriormente, é formado por três graus maiores, que são:
1º (tônica), 3º (Terça) e 5º (Quinta). Então a tríade de Dó maior será:
Dó (Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó)
Mi
Sol
Sol
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi
Enquanto sustenido (#) representa meio tom subindo na escala, bemol (b) significa meio
tom descendo na escala.
Existem uma vasta complexidade na harmonização, isto dá-se porque existem infinitas
combinações. Mas cada tipo de harmonia têm um escala como origem.
Para defini-las foi preciso criar escalas, que são chamadas gregas, pois têm seu princípio
baseado nos estudos da música grega. São elas:
Jônio
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Dórico
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
Frígio
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Lídio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
Mixolídio
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
Aeólio
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ
Lócrio
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Toda escala, como já foi explicado, têm sua formação na escala Cromática:
TÉTRADES (DISSONANTES)
Toda tétrade, como já vimos, têm como formação quatro graus. E esses graus seguem o
mesmo padrão da tríade, ou seja, são notas empilhadas, que, de acordo com sua posição
terão um nome específico.
Ex.:
Então vemos que a tétrade de Dó maior formada pelo empilhamento das notas,
sequenciando de três em três graus, formamos um acorde maior com uma sétima maior.
C7M
Para mudarmos sua formação devemos analisar os intervalos que existem entre um grau
e outro.
Vejamos:
Como já podemos observar, a escala acima é uma escala cromática. Que é formada por
semitons, e por ela ter começado em DÓ será chamada de escala cromática de DÓ
MAIOR.
Baseado nisto vamos estudar os intervalos entre uma nota (grau) e outra.
1ª) sendo:
DÓ T (tônica)
DÓ T (tônica)
DÓ T (tônica)
DÓ T (tônica)
A tétrade têm sua formação parecida e originária da tríade, só que com um grau a mais.
Esse grau é justamente uma Terça maior (partindo da Quinta) exemplo:
Partindo da Tônica:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
– FÁ – SOL – LÁ – SI
Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
Empilhando as notas
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
GRAUS ESCALAS
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL
7º SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
DÓ RÉ MI SOL LÁ SI MENOR
FÁ
COM MENOR MENOR MAIOR MENOR C/ QUINTA
NOME COM
SÉTIM COM COM COM COM MENOR E *
S SÉTIMA
A SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA SÉTIMA
MAIOR
MAIOR MENOR MENOR MENOR MENOR MENOR
CROMÁTICA
A escala cromática é formada por ½ e ½ tons, isto chama-se simetria, porque são
distâncias iguais.
HEXAFÔNICA
Agora temos a escala hexafônica.
DIMINUTA
PENTATÔNICA
A escala pentatônica origina-se da escala maior, na verdade é uma escala maior sem os
4º e 7º graus:
Exemplo:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI DÓ – RÉ –
MI – SOL – LÁ
Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importantes de novas
combinações harmônicas. Mas para que se possa entender, preste atenção na explicação
abaixo.
Toda escala maior têm uma outra escala dentro dela, que é uma escala menor. E essa
escala têm sua formação baseada da mesma forma que a tríade. A essa escala damos o
nome de escala relativa e que começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja
no exemplo abaixo:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Aqui começa a escala relativa menor.
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ
Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor.
Harmônicas
A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado. Ex.:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL #
Analisando a escala:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL # – LÁ
Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Terça forem menor que dois tons a
Terça será uma Terça menor, é o caso desta escala. Ela é uma escala menor por esta
razão.
Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Quinta forem de três tons e meio a
Quinta será uma maior. Neste caso a Quinta desta escala será uma Quinta maior.
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SI
SOL #
LÁ DÓ RÉ MI FÁ
DIMINUT *
MENOR MEIO MAIOR MENOR MENOR MAIOR
A
DIMINUTO
Partindo do primeiro grau:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ
DÓ RÉ MI FÁ SOL# LÁ SI DÓ
MI FÁ SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL
SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
#
LÁ RÉ MI FÁ
DÓ
MENO MENOR MAIO MAIO
SI MAIOR SOL
R COM R R
COM 5 SUSTENI
COM SÉTIMA E COM COM
MEIO AUMENTA DO *
SÉTIM DÉCIMA SÉTIM SÉTIM
DIMINU DA E DIMINUT
A PRIMEIRA A A
TO SÉTIMA A
MAIO AUMENTA MAIO MAIO
MAIOR
R DA R R
Se você observar nas escala gregas (Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Aeólio e
Lócrio), que estão na página 4, vai ver que a escala relativa menor chama-se Aeólio na
escala de Dó maior. Mas devido à alteração que ela sofreu no sétimo grau (sol#), na
Tétrade ela se chamará:
Esta escala têm nome de escala diminuta (ALT significa alterado), então ela é uma
escala diminuta alterada. Na verdade ela não é bem uma diminuta, e sim um arpegio
diminuto. E o nome de diminuta é uma referência à tríade, o 7º grau dobrado bemol,
conforme página 8 (DIMINUTAS).
Primeiro vamos entender o termo ALT (ALTERADA). Diz-se tríade alterada quando
uma tríade vem acompanhada de:
5/13b
Ou seja, neste acorde: modo que é o Sétimo grau da escala relativa menor, no caso uma
escala harmônica, encontramos as características de ALT. Mas, simplificando, o ALT é
uma escala que começa no 7º grau de uma escala relativa menor.
A escala menor melódica é uma escala montada a partir da relativa menor, só que com
os 6º e 7º graus aumentados. Veja no exemplo:
Se você montar a escala natural de Lá maior verá que a única diferença que há entre a
maior e a menor melódica é a Terça, que é maior na maior, e menor na menor melódica.
Conclusão: para tornar um acorde maior em menor basta diminuir a sua Terça.
TÉTRADES
GRAU
Am7+ Bm7 C75# D7 E7 F#º G#º *
S
1º LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ# SOL# LÁ
3º DÓ RÉ MI FÁ# SOL# LÁ SI DÓ
5º MI FÁ# SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI
SOL
7º SOL# LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ#
#
SUPERLÓCR
MODO DÓRICO7 FRÍGIO LÍDIO7/5 MIXOLÍDI MIXOLÍDI LÓCRIO IO
S + 6 + O 4# O 6b 9
ou ALT7
Arpegios:
Os arpegios são notas dos acordes que são executadas uma após outra.
Tríade
DO – MI – SOL
Tétrade
DO – MI – SOL – SI
ARPEGI
TRÍADES
OS
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SO
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
L
GRAUS TÉTRADES
1º DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
3º MI FÁ SOL LÁ SI DÓ RÉ MI
SO
5º SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
L
7º SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
LÍDI
JÔNI DÓRI FRÍGI AEÓL
O
O C/ CO C/ O C/ MIXOLÍD IO C/
COM LÓCRIO
MOD SÉTIM SÉTIM SÉTIM IO C/ SÉTIM
SÉTIM DIMINU *
OS A A A SÉTIMA A
A TO
MAIO MENO MENO MENOR MENO
MAIO
R R R R
R
Veja que o Lócrio ganhou o nome de acorde diminuto. Isto porque seus
3º e 5º graus são bemóis (compare no quadro da página 6).
E sinais como:
M - maior
– - menor
m - menor
# - sustenido
b - bemol
( ) - atenção !
(add) - acorde que não contém um dos graus que compõe a tríade,
suprimida temporariamente durante a execução. Ex.: D a d d (Fá# - Lá)
Transposição:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
C7+ G/B C5+ Am Am/G F7+ G7 C7 F G E Dm7 G#7+ Gm7
Contando dois tons (isto vale para todos os acorde comuns).
G/B B7+ F A
C5+ E5+ G B
Am C#m E G#
MODULAÇÃO:
O teclado pode ser usado como base, mesmo que haja um outro instrumento fazendo a
base. A base é quando não deixamos espaços vazios, sem som, no fundo da música.
Normalmente quem faz a base é a guitarra ou o teclado, quando a guitarra não está
fazendo solo.
Na ausência de uma bateria usa-se o baixo como referência ritímica. É o mais comum,
porém qualquer instrumento tem que executar a música ou o andamento musical.
Exemplo: A/D onde normalmente o baixo de Lá maior seria a Fundamental (Lá), mas
no caso em A/D a fundamental passa a ser Ré. Poderíamos dizer então que A/D é Lá
com Ré.
Dó#
Ré Lá Mi
Lá
Para as notas do baixo (Ré e Lá ) é usada a mão esquerda e as demais com a mão
direita.
Dedilhados
Anular 4
Anular 4
Mínimo 5
Mínimo 5
Em música trabalhamos com figuras que são determinadas pelos seus devidos tempos.
momentos de silêncio onde nenhuma nota ou nenhum som deverão ser produzidos ou
tocados.
Notas musicais:
Esta clave chama-se clave de Sol maior, feita exatamente para instrumentos como:
Teclado, Sax-alto,
clave de Fá-maior (para instrumentos graves como: baixo, baixo-tuba, celo, etc.)
clave de Dó maior (feita para instrumentos médio grave como: trombonito, sax
harmonia, etc.)
Por exemplo:
Na clave de Fá maior
Observe que a clave de Fá (o desenho) termina com uma curva em cima da linha que se
chama Fá. Esta é a Clave de Fá normal.
Como você pode observar para cada variação, mesmo na mesma clave, existente uma
seqüência lógica das notas musicais. Exemplo:
Na clave de Sol maior a escala de Dó maior começa com uma nota fora da clave, que é
chamada de suplemento inferior. Já a na clave de Fá a escala de Dó maior começa no 2º
espaço do pentagrama. Porque esta diferença? Simples. Porque o primeiro dó na clave
de Fá maior é uma oitava mais grave (abaixo) do primeiro Dó da Clave de Sol maior.
Daí subentende-se o seguinte: o Dó superior (2º Dó) da clave de Fá maior têm o mesmo
timbre (som, altura) que o primeiro Dó da clave de Sol maior. Baseado nesta verdade,
podemos escrever as duas claves usando um mesmo pentagrama assim:
O duplo sustenido ou o duplo bemol, será usado quando houver necessidade de tornar
natural uma nota acidentada, que se usarmos o bequadro, numa leitura rápida, poderá
ser confundido com o sustenido devido aos seus formatos serem parecidos.
As barras (verticais) que separam as notas no pentagrama são para definir até onde vai
um compasso. Por exemplo, um compasso vai de uma barra à outra.
Para instrumentos de cordas, como: Violão, Cavaco, Contra_baixo, Viola, etc., usamos
o sistema de TABLATURA, que nada mais é que as cordas do instrumentos
organizadas graficamente. Ex.
Bibliografia:
CRUVINEL, FLAVIA MARIA. Educação Musical e Transformação Social, uma experiência com ensino coletivo
de cordas. Goiâ nia, ICBC, 2005.
FIREMAN, MILSON. O repertó rio na aula de violã o: um estudo de caso. Escola de Mú sica da Universidade
Federal da Bahia, 2006.
CAVALIERI, CECILIA. Jogos pedagó gicos para a Educaçã o Musical. Belo Horizonte, Editora da UFMG,
2005.
SWANWICK, KEITH. Ensinando Mú sica Musicalmente. Trad. de Alda Oliveira e Cristina Tourinho.
Sã o Paulo, Moderna, 2003.
TOURINHO, CRISTINA e BARRETO, ROBSON. Oficina de Violã o. Vol. 1. Salvador, Quarteto Editora,
2003.
TOURINHO, CRISTINA. Ensino coletivo de violã o: proposta para disposiçã o física dos estudantes em
classe e atividades correlatas.