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S. V.

MILTON

OS PERIGOS OCULTOS DA
NOVA ERA

CURITIBA – PR
PREFÁCIO

Estamos trazendo ao público a segunda edição deste livro. A primeira tiragem esgotou-se muito
antes do tempo previsto, contrariando opiniões de experientes profissionais do mercado livreiro.
Essa agradável surpresa deve-se ao fato de que o assunto veio a satisfazer o desejo de conhecimento
acalentado (nutrido) por aqueles que buscam o crescimento espiritual, acompanhando as
transformações observadas diariamente no comportamento humano, em todos os aspectos. No
prefácio da primeira edição foi observado que esse não seria “mais um livro” sobre Nova Era.
Poucos meses se passaram, mas foi tempo suficiente para nos certificarmos da exatidão dessa
afirmativa. O propósito elucidativo (esclarecedor) trouxe os resultados esperados, não só pelo
volume, mas ainda pelos comentários positivos e os incessantes convites para palestras e
conferências recebidos pelo autor.

Em menos de um ano após o lançamento oficial da primeira edição, muitas coisas aconteceram.
Entre elas, diversas foram profetizadas no texto do livro e outras serão realidade em breve,
conforme indicam as evidências. Os fatos contribuem para maior credibilidade a esse trabalho,
indubitavelmente (com certeza), inspirado pelo Espírito Santo. Se assim não fosse, estaria ainda
estagnado (paralisado) antes do início da caminhada. Essa é a maior garantia de que Deus está nesse
negócio. É o seu desejo “que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao conhecimento da
verdade”. Agora, poderá o autor e aqueles que com ele estiveram trabalhando, ter a certeza de que
outro passo foi dado rumo ao objetivo, mesmo antes que a primeira edição fosse realidade.

Um novo desafio foi estabelecido. Um público maior será alcançado por uma tiragem mais
ampla, distribuída em todo Brasil. Isso implica redobrado esforço para atendimento de convites para
palestras e conferências. A consequência será um alcance maior dessa mensagem de alerta e
esclarecimento. Na certeza de que essa nova realidade só trará ao autor um novo ânimo,
aumentando a sua ânsia de lutar pelo ideal há muito tempo acalentado (nutrido) em seu coração,
resta-me conscientemente, aliar-me a esse trabalho de profundo significado por indicar a melhor
maneira para o homem alcançar a elevação espiritual, através do ensino objetivo e eficiente.

Somente por esse intermédio as pessoas tornam-se melhores cidadãs, pais compreensivos,
esposos responsáveis, cristãos equilibrados e tolerantes. No mundo em que vivemos, sofremos
crises de moralidade, de autoridade, de segurança, do existencialismo, da fé e da esperança em dias
melhores. A mensagem de que podemos encontrar um oásis de felicidade por meio da Fé em Jesus,
é sempre restauradora, trazendo uma brisa de alento (ventinho de ânimo) perceptível apenas aos que
creem nessa realidade. Nesta segunda edição, outros leitores terão oportunidade de descobrir em
suas páginas o segredo da transformação que faz o velho se tornar novo. Isso baste para Jesus
iniciar seu tratamento divino, sem o que é impossível ver o Reino dos Céus (João 3.3 [“Jesus
respondeu-lhe, declarando: ‘Em verdade, em verdade te asseguro que, se alguém não nascer de
novo, não pode ver o reino de Deus’”]).

Desejo registrar dois fatos que marcarão indelevelmente (permanentemente) as minhas


lembranças. Estar presente neste momento importante na carreira do irmão Milton e ter
testemunhado muitas transformações de vida através da leitura deste livro. Isso por si mesmo
compensa os momentos de incerteza, as angústias, decepções e a rejeição por parte dos amigos que
não conseguiram entender o grande alcance deste trabalho. Estou certo de que muitos serão os que
estarão aliando-se a esse ministério. Não somente através da ajuda efetiva, como também por meio
das palavras incentivadoras e sua divulgação nas igrejas, aos parentes e amigos, recomendando a
sua leitura. Que Deus abençoe este trabalho de tão fundamental importância para nossos dias.

J. K. S.

1
INTRODUÇÃO

Muitas coisas aconteceram depois da publicação deste trabalho. Várias cartas testemunharam
transformações de vidas. Pessoas confessaram ter errado por falta de conhecimento, enquanto outras
disseram ter aprendido e ensinado aos que não sabiam. Cremos desde o início, que não seria
diferente. Esforçamo-nos para seguir exclusivamente a vontade de Deus. Ele nos tem mostrado o
resultado dessa confiança no seu imensurável Poder, guiando sempre nossos passos por caminhos
seguros. É fundamental às pessoas passarem por uma experiência com Deus, pessoal, profunda,
marcante e transformadora.
Por certo, as pessoas espiritualmente amadurecidas, entenderam a mensagem que nos propomos
transmitir neste livro.
É impossível sentirmos a graça abundante do Pai sem abrirmos nossos corações com
simplicidade. Esse favor imerecido leva-nos a entender que Deus tem levantado seus filhos,
capacitando-os para ensinar pessoas sedentas em conhecê-Lo. Um número sempre maior de
homens, diariamente descobrem o verdadeiro Caminho a seguir, em virtude das constantes
denúncias do engano e sutilezas de Satanás.
Vamos continuar a luta, até as últimas forças. É preciso levar ao povo a mensagem do Amor
divino, único meio de reconciliação entre Criador e criatura.
Quanto mais avançamos rumo aos portais da eternidade, acumulando experiências de vida,
presenciando fatos, estudando e pesquisando, aprofunda-se em nós a convicção de que a
humanidade só tem um Caminho para a felicidade almejada: cultivar o Amor incondicional.
Paulo escreveu a Timóteo informando-o de que “o amor de muitos esfriaria”. O resultado é
descrito de maneira dramática, restando diminuta esperança de reversão do processo degenerativo
(destrutivo) no relacionamento entre as pessoas, através da iniciativa dos homens.
Trabalhando com as igrejas cristãs durante quase duas décadas, concluímos que, nenhum dos
pesamentos teológicos ao longo dos cinco séculos de história da Reforma, foi adequado para os dias
atuais. Os diversos pensadores da teologia protestante não conseguiram, sequer, imaginar que
chegaríamos no limiar (começo) do Terceiro Milênio sem um novo avanço no entendimento das
questões fundamentais do cristianismo.
Ao contrário, o que observamos foi um retrocesso (regresso) a estágios anteriormente
considerados irracionais e místicos. Aconteceu que Kierkegaard, Bennett, Hunt, Fosdick e outros
estudiosos temiam. O liberalismo trouxe estranhas ideias e práticas para o meio cristão, oferecendo
aberturas desaconselháveis à observação das autênticas Doutrinas do cristianismo.
A coluna de sustentação do genuíno Evangelho é o Amor. Paulo, ao dizer que “o amor de muitos
se esfriaria”, referia-se aos cristãos. Com a frieza do amor, quem sentirá o desejo de lutar contra as
sutilezas de satanás? Quem se preocupará com as heresias que se introduzem na Sã Doutrina de
Jesus?
Esse é um jogo sagaz (esperto) de lúcifer. A Nova Era apaga o amor pregando o individualismo e
o antropocentrismo. O raciocínio é: “se Deus é Amor”, ele precisa acabar com o amor.
O cristão deve pregar e praticar o Amor fraternal, até tornar-se uma fixação coletiva. A igreja
cristã recebeu de Jesus essa missão mas, se as pregações da Nova Era estão, a cada dia, encontrando
abrigo nos corações de um número de pessoas, é porque elas estão vazias. Não receberam ainda a
mensagem de Jesus, capaz de preenchê-los com a Verdade.
Preferia que os cristãos lessem este livro, não como informativo, mas como um desafio. Ou
saímos para os campos da ceifa ou satanás continuará colhendo sem nada ter plantado.

2
RECORTES

Os recortes que abaixo transcrevo, mostram ao leitor o atual pensamento de líderes religiosos,
artistas, profissionais liberais, livre pensadores e representantes do povo sobre a questão religiosa
em nossos dias. Qual o tipo de visão está sendo desenvolvida e como os segmentos da sociedade,
que influem e estabelecem as regras de comportamentos, estão transmitindo suas novas concepções
sobre as questões espirituais.
Pode-se observar o elevado grau de misticismo presente nas opiniões e declarações aqui
transcritas, bem caracterizando o tempo em que estamos vivendo. É partindo desse contexto em que
passamos a desenvolver o presente estudo, focalizando essa mudança de pensamento religioso e da
visão transcendental (sobrenatural). Os recortes são uma amostra dos equívocos que estão sendo
cometidos quanto ao entendimento e os objetivos da verdadeira mensagem cristã, estabelecendo um
desvio do raciocínio bibliocêntrico, chamado “Nova Era”.
O leitor verá que, quando a artista norte-americana Shirley MacLaine, uma das maiores
expoentes (pregadoras) atuais da Nova Era, diz que “você trata o mundo como trata a si mesmo”,
está afastada da realidade e vivendo uma utopia (ilusão) filosófica. A orientação oferecida pela
Bíblia, indica que a eterna rebeldia do homem contra as determinações divinas, leva-o ao egoísmo
desmedido e não à filantropia (caridade) apregoada pela Nova Era. Ela diz que esse egocentrismo é
uma questão cultural e não inata, podendo o ser humano ser transformado e praticar a verdadeira
fraternidade pela descoberta de si mesmo, das suas potencialidades latentes (ocultas), através do
autoconhecimento e o contato com seres inteligentes do cosmo. Essa é a ideia, como veremos a
seguir.
“Todo ser humano possui capacidade de comunicar-se com o espaço e diariamente comunica-se.
Uns conscientemente e outros atuam com total inconsciência. Os homens desencarnados (mortos)
vibram ondas transmissoras de energia, estando eles onde estiverem e assim a crosta terrestre capta
a todo segundo essas intuições programadas e dirigidas” (Suplemento Viver Bem – Jornal Gazeta
do Povo – 11/91).
“A mente pode controlar o corpo e temos de aprender a escutar a alma. Com isso cura-se tudo.
Afinal, ao contrário do que se diz, são bloqueios energéticos e não apenas os vírus que causam
doenças…” (Cris Griscom – entrevista coletiva em Curitiba – 11/91).
“Você vê o mundo como vê a si mesmo. Você trata o mundo como trata a si mesmo. Você só
pode mudar o mundo depois que mudar a si mesmo. Quanto mais você se conhece, melhor cidadão
você se torna e também melhor ser humano. O que isso tem de assustador para muita gente, é que
sempre é doloroso olhar para dentro de si próprio” (Shirley MacLaine – Folha de Londrina –
3/91).
“A mania de duendes e gnomos tomou conta de São Paulo de assalto. Eles dão muita sorte – diz
um estudante de 16 anos. Ajudam a minha inspiração – garante um desenhista de história em
quadrinhos. Quando estou por baixo, me dão a maior força – acrescenta estudante de 17 anos.
“Eles vivem na quarta e na quinta dimensão – revela uma pesquisadora do assunto, 25 anos.
Existem desde o início do mundo e são mais evoluídos do que o ser humano, que vive na terceira
dimensão, ou seja: só vê as coisas em três dimensões. Os gnomos e duendes vão mais além, podem
ler o pensamento das pessoas e ajudá-las. Eles estão sempre evoluindo e um dia vão virar anjos”
(Folha de São Paulo – 10/91).
“Pedro de Roma apascentará suas ovelhas em meio a muitas tribulações. Depois, a cidade das
sete colinas (Roma) será destruída e o terrível juiz julgará o seu povo. Por conseguinte, de Paulo VI
até o juízo final só há quatro papas; o fim do mundo pois, não andará muito longe do ano dois mil,
segundo Malaquias. Talvez influenciados pelo prognóstico (profecia) de Malaquias, a maioria dos
intérpretes de Nostradamus asseguram que nas Centúrias (livro de Nostradamus) também se
prognostica o fim do mundo para a mesma época, ou mais exatamente para o ano de 1999” (Jornal
Vida Integral – São Paulo – 8/91).
“O mundo vai explodir! Jorge Mautener, viajante da Era de Aquários, traça um assustador raio-x
do planeta Terra neste final de milênio.
“… Terceira Guerra Mundial? E as esperanças de uma Nova Era? A Nova Era vai ter que
enfrentar tudo isso… O Japão tem um trilho no xintoísmo e outro no budismo zen. É o máximo.
Aqui, tudo que é o máximo eles destroem. Uma perseguição absolutamente implacável” (Jorge
Mautener – cantor, compositor e escritor – Folha de Londrina – 04/91).
“… desde que chegou ao Brasil, no dia 15 de julho, o antropólogo japonês constatou a existência
de uma mesclagem da religião budista com a católica, chamando-lhe a atenção a curiosidade de
haver encontrado em residências de famílias japonesas crucifixos colocados ao lado de altares
budistas, chamados hotokesan” (Folha de Londrina – 10/91).
“Foi através da Terapia das Vidas Passadas – um método que considera que todos nós passamos
por encarnações múltiplas, nas quais acumulamos traumas e conflitos – que Cris Griscom se
projetou como uma espécie de ‘xamã’ (feiticeira) moderna que não trata apenas do físico, trata do
espírito, onde começam todos os distúrbios (desajuste) e doenças, cujas origens muitas vezes
desconhecemos” (Folha de Londrina – 4/91).
“Com a conferência do Rio de Janeiro (ECO 92) vamos tentar lançar o mundo numa Nova Era
que permita uma mudança econômica radical, com a preservação do ambiente e em ritmo de
progresso” (Revista Veja – entrevistando Frederick Strong – secretário geral da II Conferência das
Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento).
“Quem se interessa pela Nova Era no país tem à disposição livros ensinando a vencer na vida,
manipular as cartas de tarô para prever o futuro, e identificar os chacras – pontos de energia do
corpo – manuais de ocultismo e texto que se garante terem sido escritos no Egito antigo. A editora
Record reivindica para seu catálogo o livro de maior sucesso no país sobre assuntos ligados à Nova
Era – O Poder do Subconsciente – lançado em 1966, já vendeu 1 milhão de exemplares” (Veja –
4/88).
“Para fazer sucesso, é preciso algo muito mais além do talento. Por isso, há alguns anos, Louise
Cardoso não entra em cena sem antes conferir o que dizem as cartas de tarô. O esoterismo entrou na
vida da atriz através da carreira em 83, quando participou da novela Champagne, mas acabou
apaixonando-se também pala arte de interpretar as cartas, deixando que elas influenciem em suas
escolhas profissionais” (Amiga – TV Tudo nº 1112).
“O assustado Michael Jackson está se preparando para o fim do mundo… o cantor vem gastando
cem mil dólares na estocagem de equipamentos (ferramentas, lâmpadas, barracas, querosene,
alimentos, etc.) dentro de casa, desde que leu a notícia de que um gigantesco asteroide poderá
colidir com a Terra dentro de alguns anos”
“Para descobrir o poder das pedras de cristal é preciso relacionar-se com elas. Pegar, cheirar,
guardar cada uma com carinho, porque o conhecimento primeiro é intuitivo, depois é que entram as
informações que a gente aprende nos livros” (Folha de Londrina – 7/91).
“Vez por outra, o mito dos demônios ressuscita entre os cristãos como se fosse um perigo
iminente (imediato). Nas religiões pentecostais, as sessões de exorcismo são rotineiras… John
O’Connor, bispo de Nova York, alertou seu rebanho sobre a escalada de lúcifer (Veja – 3/90).
“O Brasil precisa mais do que nunca de muitos santos” (Papa João Paulo II em 18/10/91).
“… Evidente que a polícia foi chamada e Inri Cristo acabou numa delegacia especializada, onde
ocorreu esse diálogo: Nome: Inri Cristo – Filiação: sou filho primogênito do Deus verdadeiro –
Profissão: Deus – Idade: sou eterno, não tenho princípio e nem fim – Endereço: mão direita do Deus
“padre” Todo-poderoso – Sinais particulares: vim salvar o mundo” (Manchete – 11/91).
“Somos o maior país espírita do mundo, cerca de 20 milhões de brasileiros. A onda Ghost, no
entanto, não é nenhuma surpresa para seus adeptos, que vêm acompanhando esse crescimento
acelerado a cada ano” (idem).
“Cristãos de diversas denominações confessam-se insatisfeitos e à procura de uma perspectiva
(entendimento) cristã condizente com os novos tempos. Surge o questionamento: qual o sentido de
ser cristão hoje?” (Jornal Contexto Pastoral – Abril/Maio/91)
“No terceiro milênio o mundo será místico e o homem, então, se livrará do diabo” (Frase escrita
pelo teólogo Zacarias Vicecomes, em Veneza, no século XVIII – Manchete – 9/91)
“… afirmo que está na hora da igreja parar e reestruturar a sua vida, os seus objetivos, a sua
própria realidade. Não vivemos num país rico e, posso estar enganado, não recebemos verbas do
exterior que nos permitam continuar nessa estrutura (ou recebemos?) totalmente incoerente
(discordante) com a realidade do nosso povo metodista. Deus abençoa uma “instituição” tão
dividida? A igreja, nos dias difíceis por que passa o Brasil suporta, ainda por muito tempo, essa
realidade que aí está? Para onde iremos ou o que seremos amanhã?” (Rev. Edna Lobo –
Pirassununga – Jornal Expositor Cristão – 6/91).
“Por largo tempo os homens têm se anatematizado (amaldiçoado) em nome de Deus de paz e
misericórdia, ofendendo-O com semelhante sacrilégio. Mas o espiritismo é o laço que um dia os
unirá, mostrando-lhes onde está a verdade e a mentira. Durante muito tempo, porém, ainda haverá
escribas e fariseus que negarão essa verdade, como negaram a Cristo” (O Livro dos Espíritos –
Allan Kardec).
“A partir daí, os místicos ressuscitam as jóias esotéricas, valiosas peças em ouro, prata, platina e
toda sorte de pedras preciosas, que produzem os desenhos dos pentáculos (objetos personalizados,
portadores de energia sobrenatural protetora), talismãs (objetos de uso impessoal e com as mesmas
características dos pentáculos) e amuletos (que poderíamos chamar talismãs do segundo time)
passando pelos artesanais fetiches e patuás” (Manchete – 9/91).
“A Nova Era sugere ao ‘novo homem’ que deixe fluir livremente sua porção divina, aquela que
representa a perfeição, a harmonia com a sincronicidade do cosmos. Ocorre que, quase sempre, nos
deixamos invadir pelas ideias e pelo próprio ambiente exterior, o que nos desperta o sentimento de
que é bom fazermos parte de um todo – o qual, em sua versão mesquinha, ‘permite-nos’ ter com
quem compartilhar nossos erros, pecados, além dos sentimentos de culpa, medo, ansiedade”
(Revista Planeta – 11/91 – início do artigo “O diabo existe?”, assinado por Regina Azevedo).
“Quero felicitá-los por essa belíssima revista que, além de inteligente, é muito interessante.
Apesar da minha pouca idade, tenho nove anos, interesso-me pelas matérias…” (carta de uma
criança a uma revista especializada em assuntos esotéricos).
“Tenho dez anos. Sou leitor assíduo de… quero ficar bem informado sobre os tesouros e mitos
gregos…” (idem).
“Gostaria de me corresponder com pessoas que pertencem a seitas satânicas e também adeptos
da magia negra” (carta a uma outra revista esotérica).
“Não importa quanto tempo a humanidade levará para alcançar a plenitude dos tempos. Importa
que você entre na Nova Era exatamente nesse instante” (livro “Aquários – A Nova Era Chegou” –
Lauro Trevisan).
“Por que pastores, além de terem grandes responsabilidades no campo eclesiástico, ainda se
metem à procura de cargos eleitoreiros, subjugando-se a políticos corruptos em troca de cargos que
envolvem posição social e dinheiro?” (Jornal O Alerta – 1/90 – órgão oficial do Ministério
Espalhando a Luz – Duque de Caxias – RJ).
“Tenho 14 anos, procuro me informar e aprender um pouco mais sobre o misticismo e vocês têm
me ajudado nessa busca. Parabéns pela revista que tem mostrado o caminho da Nova Era” (carta).
“A velocidade dos acontecimentos no cair do plano dos surpreendentes anos 80 e no descortinar
dos anos 90, nos faz antever tempos de grandes mudanças, particularmente na moral e na fé,
trazendo inúmeras influências para as igrejas. Esperamos que as igrejas estejam preparadas para
esses novos tempos de crescentes desafios e oportunidades, que se multiplicarão em violência,
indiferença e, acima de tudo, incredulidade. O maior obstáculo para as igrejas será a falta de fé
prevista por Jesus para os últimos tempos em Lucas 18.8 [7e8: ‘Porventura Deus não fará plena
justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite, ainda que lhes pareça demorado em
atendê-los? Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. No entanto, quando o Filho do
homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?’]. Não sabemos se os tempos estão realmente
em fase final, mas a profecia de Cristo já está se cumprindo, embora paradoxalmente
(contraditoriamente), todos estejam falando em religião. Os anos que nos separam do terceiro
milênio serão, incontestavelmente, os mais desafiadores, que exigirão das igrejas e suas lideranças
um sério planejamento com corajosos alvos” (Orivaldo Pimentel Lopes – pastor e secretário geral
da Junta Executiva da Convenção Batista Brasileira – Jornal Transformação – 6/90).

3
O QUE É UMA ERA?

3.1. Definição de era

Para se definir uma era e chegarmos a compreensão do significado de “nova era”, das suas
implicações (consequências) nas questões espirituais da presente e futuras gerações, é preciso
desenvolver uma dupla visão: observar os fatos partindo da investigação da história e através das
revelações contidas na Bíblia. Uma fonte completa a outra. Entretanto, as informações e previsões
bíblicas suplantam o registro histórico, indo muito além do que a mente humana pode conhecer. A
história divide-se em eras e a Bíblia mostra mudanças advindas com as eras históricas. São os
chamados “sinais dos tempos”.
Historicamente, “era” é um período de tempo entre dois acontecimentos. Origina-se da palavra
latina “aera”, que significa algarismo ou número. É marcada por acontecimentos que servem de
base ou ponto de partida a um sistema cronológico. Uma era termina ou principia-se num grande
acontecimento histórico, onde se diz iniciado uma nova ordem de coisas.
Exemplificando, entre o Paleolítico Médio, na idade da “Pedra Lascada”, até o Paleolítico
Superior, quando aparecem o “homo sapiens”1, houve um intervalo de aproximadamente vinte e
oito mil anos. Dessa era, até chegar ao Neolítico – quando o homem começou a criação de animais
e a agricultura rudimentar – passaram-se “apenas” seis mil anos. Para chegar a Idade dos Metais, a
humanidade levou a metade desse tempo – três mil anos2.
1 Homo sapiens: Palavra que designa o atual estágio de evolução do homem. “Homo” = semelhante.
2 As datas são aproximadas
O fim e o começo de um novo período ou era histórica, está marcado por um divisor de tempo
que separa com muita evidência uma era da outra. O fim do Neolítico e o início da Idade dos Metais
– por exemplo – é facilmente identificado na história porque, conforme o próprio termo, no
Neolítico (nova idade da pedra), o homem usava pedras como armas e ferramentas, polindo-as e
dando-lhes as formas desejadas.
Com a descoberta do sistema de fundição dos metais, iniciado pelo cobre, houve o início de
outra era, completamente distinta das anteriores, durante a qual a humanidade experimentou grande
impulso desenvolvimentista, culminando com a invenção da escrita.
Assim as eras foram se passando até chegar aos fins dos tempos medievais, no alvorecer da
Idade Moderna. Alguns historiadores estabelecem, como divisor entre essas duas eras, a tomada de
Constantinopla, em 1453.

3.2. O surgimento de uma nova era

Além dessa marca, as novas invenções, o progresso da ciência, a concepção de novos


pensamentos filosóficos e as grandes navegações, contribuíram efetivamente para que chegasse os
“tempos modernos”. A evolução em todos os níveis atingiu alturas jamais imaginadas. As
conquistas científicas e tecnológicas continuaram a avançar em ritmo acelerado, até atingir o grau
de sofisticação que hoje conhecemos.
A humanidade está vivendo agora a Era Contemporânea. É também chamada “era do átomo”,
“era atômica”, “era das conquistas espaciais”, “era tecnológica”, “era pós-moderna” e outros nomes
usados para melhor caracterizar um tempo exclusivo, como “era de constantes renovações”, “era
das comunicações”, etc.
A palavra contemporâneo é usada para designar “o que é do nosso tempo”, ou que se pode viver
e presenciar juntos. É atribuída a pessoas que viveram ao mesmo tempo: “Pedro e Paulo foram
contemporâneos”. Entendemos que pode haver contemporaneidade independente da idade
cronológica das pessoas. Um homem poderá ter nascido quando outro já tinha vivido 70 anos,
falecendo 20 anos depois. Mesmo vivendo ao mesmo tempo apenas duas décadas, podemos dizer
que o moço e o velho foram contemporâneos.
Esse elevado grau de desenvolvimento alcançado pela humanidade, caracteriza um tempo novo,
com o qual nem mesmo as maiores inteligências surgidas ao longo da história ousaram sonhar. No
entanto, a Bíblia já falava em um tempo como esse 530 anos antes de Cristo, no livro de Daniel,
capítulo 12 versículo 4: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo;
muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”.
Chama a atenção dos versículos o fato de que, ao contrário do que se esperava, essa
“multiplicação da ciência” não trouxe ao homem nenhuma esperança de paz e felicidade. Então,
desiludidos com os rumos dos acontecimentos no limiar do Terceiro Milênio, a humanidade voltou-
se para a busca de algo mais substancial, mais profundo, que lhe garantisse a segurança e um futuro
mais promissor.
Essa procura caracterizou-se pela introspecção (autoexame psíquico) do eu, ou seja: as pessoas
passaram a questionar os valores éticos, morais, sociais, econômicos, profissionais e espirituais, até
então colocados como alicerce da civilização humana.
Procurando sua real identidade em relação ao mundo que o rodeia e a si mesmo, o homem voltou
ao eterno questionamento, fundamentado na tríplice pergunta: “quem sou”, “de onde vim”, e “para
onde vou”. Como resultado, observa-se o crescimento jamais visto dos estudos, pesquisas e
indagações sobre o sagrado, o transcendental, o ocultismo, o sobrenatural e o esoterismo, uma
forma mais sofisticada do ocultismo.
O tempo é de indagações, onde a falta de respostas satisfatórias tem levado muitos a cometerem
atos abomináveis em nome de Deus e da fé. É o cumprimento das previsões bíblicas sobre o “início
do fim”, mas a maioria não entende nem aceita a transformação da atual sistema de coisas pela
invenção divina.
O homem acredita que pode mudar os rumos dos acontecimentos pelas suas próprias forças.
Surge então, nesse cenário, um poder oculto que leva a agir e acreditar ser esse o caminho certo. É o
poder liberado, como dizem as Escrituras, para comandar os tempos da “Nova Era”.

3.3. As eras bíblicas – Dispensações

Apresentamos as eras do ponto de vista histórico. Agora, veremos o que a Bíblia diz sobre
tempos, eras e séculos. Em se tratando de cronologia bíblica, essas palavras têm o mesmo
significado, não havendo indício (vestígio) de quanto tempo poderá durar uma “era profética”,
conforme denominação (indicação) dos estudiosos. Apesar disso, a Bíblia apresenta um sistema,
através do qual entende-se que os séculos, eras e tempos, estão chegando pelos sinais apresentados
nos textos proféticos. É o que os exegetas (comentaristas) chamam de dispensações.
As dispensações cumprem-se paralelamente às eras históricas. Caracterizam-se pelas diferentes
maneiras de tratamento que Deus dispensou ao povo judeu ao longo da história bíblica. Esse
período de tempo ou dispensação, é também chamado “alianças”. Desde o início das narrativas
bíblicas, transcorreram-se seis dispensações, todas exclusivamente em relação a Israel e seu povo.
Estamos vivendo agora a sétima e última dispensação, que é totalmente diferente das seis anteriores.
Agora, Deus não está mais tratando somente com o povo judeu, mas os registros bíblicos referem-se
também aos “herdeiros de Abraão pela promessa”, também chamados cristãos.
Diversas profecias referentes aos “sinais dos tempos” já foram cumpridas, outras se cumprindo
na atualidade e restam poucas para tornarem-se realidade. Uma das principais previsões cumpridas
foi o ressurgimento da nação de Israel como país independente. É a partir desse fato que estão se
desenrolando os acontecimentos, narrados na Bíblia, em relação ao sinai de que está se iniciando a
caminhada rumo ao final desse sistema de civilização imoral e corrompido.
O apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos Tessalonicenses 2.8, diz que “e então será revelado o
iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca”. Diz ainda, o subtítulo desse capítulo, que
“a vinda de Cristo será precedida de manifestações do anticristo”.
Os apóstolos falaram sobre a volta de Jesus. Ele mesmo assegurou que voltaria. Um dos mais
evidentes sinais de que sua vinda está próxima, é o restabelecimento de Israel como nação livre,
sobre a qual Jesus irá reinar, sendo Ele o herdeiro eterno do “Trono de Davi”. Antes, lúcifer terá o
direito de reinar sobre as nações durante sete anos, o que está previsto em diversas profecias,
principalmente nos livros de Daniel e Apocalipse.
Lúcifer também sabe que vai reinar sobre a Terra. Sabe também que se aproxima esse tempo. Por
isso, está movimentando pessoas, conscientes ou enganadas, para preparar o mundo para aceitar seu
governo único. Essa preparação está sendo feita em todas as áreas, mas principalmente em termos
espirituais, fundamental para seu trabalho da apagar da memória dos homens o Nome do Deus
Criador e de Jesus Cristo, seu unigênito Filho, incluindo o sacrifício vicário na cruz como único
meio de salvação da alma humana.
A Nova Era está cuidando dessa preparação, desviando as atenções dos homens do Criador para
a adoração das coisas criadas. Afastando sua confiança em Jesus para a salvação, fazendo-O
depositá-la na esperança de aperfeiçoar-se através de sucessivas reencarnações. Esse é o papel da
Nova Era, na última dispensação bíblica.

3.4. O rebrotar da figueira – Israel renasce das cinzas

No Evangelho Segundo Mateus, 24.34, está registrada uma profecia de Jesus: “Em verdade vos
digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam”. Ele estava se referindo à
“Parábola da Figueira”, contada momentos antes, onde salientava que “quando já os seus ramos se
tornarem tenros (novos) e brotam as folhas, sabeis que está próximo o verão”. Era um ensino
fundamental para nossos dias. É preciso saber que, se a Nova Era está em intensa atividade, algo
está para acontecer. São os últimos preparativos. O que diz a Bíblia sobre essa questão?
Jesus estava falando aos judeus sobre o rebrotar da figueira. Queria Ele dizer que, como a
figueira ressurge após o tempo do inverno, também Israel desapareceria de entre as nações durante
um tempo. Passado o “inverno”, renasceria com o mesmo vigor e promessas de abundância, como o
rebrotar da figueira. Salientou, logo após, não “passar essa geração” sem que tudo acontecesse. A
qual geração Jesus se referia? Àquela que estaria vendo o ressurgimento de Israel ou seja: a atual
geração. Temos, então, duas realidades: alguns acontecimentos inusitados (incomuns) e uma
geração que os veriam e, em seguida, Jesus voltaria.
Os acontecimentos referiam-se ao “princípio das dores”, que começa a ser narrado no capítulo 24
do Evangelho de Mateus. São fatos que se observariam após a “grande tribulação” que viria sobre o
povo de Israel. O texto mostra que essas tribulações seriam “antes do rebrotar da figueira”, dando a
entender que, quando Israel se reorganizasse novamente como nação, não passaria mais que
aproximadamente 80 anos, (uma geração) para que o povo visse Jesus “vindo sobre as nuvens do
céu, com Poder e grande Glória” (v. 30).
Como e quando Israel desapareceria de entre as nações para tornar a ressurgir, como figueira que
rebrota? No ano 70 de nossa era, o exército romano, após uma guerra que durou quatro anos,
invadiu Jerusalém e arrasou a cidade, varrendo a Judeia do mapa das nações. Morreram mais de um
milhão de judeus metade desse número foi escravizado em diversas cidades do mundo conhecido.
Daquela época até 1948, Jerusalém foi “pisada pelos gentios” em cumprimento às profecias da
Bíblia.
Durante esse período de quase dois mil anos, a igreja cristã organizou-se e ganhou o mundo,
levando a mensagem de Jesus para todos os continentes. É um tempo oferecido por Deus para que
as nações conhecessem o Evangelho de Cristo, enquanto Israel permanecia em sua hibernação de
inverno. Esse espaço, de aproximadamente vinte séculos, é chamado “período parentético”,
referindo-se ao parêntese que Deus abriu na história de Israel para o crescimento e amadurecimento
da Igreja.
Agora, parte desse plano está cumprido. Para os judeus, uma geração varia entre 40 a 80 anos.
Eles contavam as gerações partindo da experiência no deserto, onde o povo vagou durante quatro
décadas, após ter saído do Egito sob a liderança de Moisés. Naquela peregrinação, nenhuma pessoa
acima de vinte anos sobreviveu. Ao término da epopeia (aventura), toda a geração que havia se
recusado entrar em Canaã – temendo o combate armado com os moradores locais – por falta de
confiança em Deus, havia desaparecido. Somente Josué e Calebe sobreviveram diante dos
adversários (Números 13.14)
Interessante observar que Deus não acrescentou os quarenta anos às vidas de Josué e Calebe
(Josué 14.11). Para eles, o tempo havia parado. Ao voltarem às portas de Jericó, Calebe confessou-
se tão vigoroso como quando dali haviam partido quatro décadas antes. Ele estava com oitenta e
cinco anos (Josué 14.10), motivo pelo qual uma geração inicia-se aos vinte anos, quando
normalmente o jovem atinge a idade para o casamento e pode chegar aos oitenta (Salmos 90.10).
Desse modo, um homem poderia ver os filhos pagarem pelos erros por ele cometidos, até a quarta
geração, conforme determinação contida no decálogo (Êxodo 20.5).
Vemos, então, que as eras foram estabelecidas pelos homens para marcarem a história. As
dispensações determinadas por Deus para que a humanidade vivesse segundo seu plano, concebido
para redimir o homem desde a queda de Adão.
Assim é que, se Israel ressurgiu como nação em 14 de maio de 1948, a geração que viu esse
acontecimento, ainda está passando. Ao mesmo tempo, a Igreja cristã está atingindo a maturidade.
Já se pode sentir que a humanidade aguarda, com certa expectativa, um acontecimento de
proporções inimagináveis, mas não sabe exatamente o que é.
Agora, está chegando a vez de lúcifer e seu exército comandar o mundo e, após isso, haverá a
grande e decisiva batalha final entre as forças da Luz e a das trevas, na Vale do Armagedom. O
mundo está sendo preparado para isso. Vamos saber como está se processando essa preparação.
4
POR QUE NOVA ERA?

Trata-se de um nome sugestivo, fácil de ser absorvido e sugere o que o homem mais deseja:
alguma coisa completamente nova e promissora (próspera). Ao falarmos numa “era” estamos
pressupondo algo duradoura, um estado de coisas que permanecerá durante anos, marcando uma
época na história. Esse é o objetivo dos membros da Nova Era, sugerindo não um modismo
passageiro, mas preparando o homem psicologicamente, no sentido de condicioná-lo (convencê-lo)
a crer que seus anseios serão satisfeitos de maneira definitiva.
Paradoxalmente (contraditoriamente), a Nova Era não apresenta nada de novo, ao contrário,
vale-se de fórmulas há séculos caídas em desuso pela sua ineficácia, criando em torno delas uma
auréola (glória) de mistério, vestindo-as com novas roupagens e dando um brilho todo especial às
práticas do ocultismo observadas milênios antes de Cristo.
Apesar disso, o que ela conseguiu foi muito além das suas expectativas (esperanças): fazer o
povo aceitar como verdadeiro, métodos esotéricos e superstições esquecidos no tempo, tendo como
principal coluna de sustentação questões que se referem a predições do futuro, exatamente a parte
que mais fascina o gênero humano desde os primórdios de sua história. Como seria óbvio, ela
aproveitou-se de um fenômeno puramente científico, transportando-o para a astrologia para dar
conotações esotéricas ao seu surgimento como esperança de renovação.

4.1. A era de aquário

A transposição (movimento) do Equinócio Vernal, ou ponto de primavera do sol, o qual percorre


uma nova constelação a cada mil anos, é um acontecimento astronômico normal e cíclico, mas a
Nova Era aproveitou-se da ocasião e transformou-o na já conhecida Era de Aquário, um nome
igualmente sugestivo para quem deseja utilizar-se dos enganos esotéricos, como a astrologia, para
tapear o povo.
Visando o seu objetivo, criou uma “história” para legitimar (provar a veracidade) a Era de
Aquário como elemento marcador do início das suas atividades no planeta, assim como vivemos a
era de peixes, capricórnio e outros símbolos zodiacais. Segundo informações dos astrólogos, com a
vinda de Jesus iniciou-se a “Era de Peixes”, na qual estamos vivendo e que vai chegando ao seu
crepúsculo (pôr do sol). A era anterior foi de carneiro e agora o mundo prepara-se para começar a
viver em aquário, ao finalizar o segundo milênio do nascimento de Cristo.
4.2. Quando começará

Entretanto, existe uma controvérsia quanto a exatidão das datas em que terminará uma era,
dando início a outra, dividindo seus estudiosos em duas correntes de pensamentos. Um afirma que a
Era de Peixes terminará em 2.146 d.C., e outra garante que será em 2.046, uma diferença de cem
anos, motivada por divergências no sistema de contagem do tempo.
Os que defendem o primeiro período, baseiam-se no fato de que a Era de Carneiro tenha iniciado
ano de 2.154 a.C., terminando no ano 4, época em que Jesus já estaria no mundo. Conforme afirma
Jaap Huilbers no livro “Aquário, a Nova Era” o tempo da Era de Peixes será de 2.150 anos,
descontando-se os quatro que seria resultado de um erro na confecção do atual calendário, teremos
os 2.146 anos estabelecidos por essa corrente do pensamento esotérico.
No segundo caso, os astrólogos partem do fato de ter havido, em fevereiro de 1962, uma
concentração de sete astros: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno no signo de
aquário, abrindo um canal espiritual para o homem, “que por razões cíclicas, deve ser analisado no
período compreendido entre os anos 1962 a 2046”3.
O astrólogo Paulo Duboc, presidente do Instituto de Astrologia e Metafísica do Rio de Janeiro,
também concorda com a segunda opinião e é ainda mais preciso, marcando dia e hora em que
acredita ter iniciado a Nova Era: 5 de fevereiro de 1962, às 7 horas 4. No entanto, a artista plástica e
astróloga Martha Pires Ferreira, em seu artigo “A Era de Aquário”, publicado na secção “Palavra
Última” da revista “Ano Zero” – (1/92) – discorda de seus colegas e coloca o ano de 2014 como
início da Nova Era.
Há uma diferença de 32 anos em relação ao tempo previsto por outro astrólogo, Marcelo
Baglione em seu livro “Avatares e a Nova Era”. Os anos naturalmente não fazem a diferença. A
verdade é que a Nova Era já começou e podemos sentir seus efeitos danosos à vida espiritual sadia
das pessoas, desviando-as da crença verdadeira para as lendas e supertições.
Com essa visão da astrologia podemos observar que, além da contagem das eras pela história e o
seu registro bíblico como dispensações, temos também a versão esotérica, que divide as eras em
períodos de aproximadamente 2.160 anos. O cálculo desse tempo é baseado no fenômeno
astronômico da “precessão dos Equinócios”, conforme registramos acima. O processo normalmente
apresenta diferenças de alguns anos entre uns e outros que se envolvem nesse trabalho, dependendo
das fontes consultadas, que sempre são divergentes e imprecisas em seus registros das datas e
acontecimentos.
Diante do quadro que se apresenta, embora alguns esotéricos afirmem que a Nova Era pode
ainda nem ter começado, o fundamental para os verdadeiros cristãos não é o que nem o porque da
Nova Era, mas sua ação, o que ela vem fazendo promete fazer, para comprometer o resultado do
trabalho de evangelização da humanidade.

3 Lauro TREVISAN. Aquarius – O Despertar da Nova Era.


4 Marcelo BAGLIONE. Avatares e a Nova Era.
5
COMEÇAM AS MUDANÇAS

Enquanto isso, os adeptos da Nova Era prometeram a partir de 1993, “iniciar um ciclo
extremamente significativo que acentua o processo de transformação do nosso planeta”. Essa
afirmativa está baseada no resultado da conjunção (aproximação) entre os planetas Urano e Netuno,
o que se verifica em aproximadamente 171 anos entra um e outro, trazendo mudanças profundas na
estrutura de organização da sociedade humana.
A título de exemplo, citam-se desmoronamento do sistema político do Leste europeu (o
Socialismo) e a queda da União Soviética. Jogadas como essa é que fortalecem o esoterismo. Seus
adeptos estão fundamentados nas previsões astrológicas que apontam mudanças. Elas acontecem
porque seriam inevitáveis, mas são muito bem aproveitadas pela propaganda ocultista. Eles se
apressam em anunciar esses fatos como resultados das suas previsões.
Sócrates, pensador grego que viveu no quarto século antes de Cristo, foi um entre os muitos
sábios do passado que previram um futuro melhor para a humanidade. Ele pregou exatamente o que
está acontecendo hoje: esse despertamento para buscar o “eu” interior, visando a transformação da
sociedade a partir do próprio indivíduo. Essa é uma visão esotérica e filosófica, o que contraria as
afirmações bíblicas de que o homem é incapaz de atingir esse estágio em função do seu ego.
[Jesus disse: “sem mim nada podeis fazer” (João 15.5)]
Debalde esse (apesar desse) antagonismo, milhões de pessoas estão abraçando essa tese como
verdadeira. A razão disso, é que está sendo apresentada a razão pela qual devemos ter certeza,
embora saibamos que uma mentira bem formulada pode tornar-se uma verdade; enquanto a razão da
verdade não é encontrada.
A Nova Era está apenas cumprindo o seu papel, e bem, diga-se de passagem (a verdade seja
dita), pois ela veio exclusivamente para isso. Ela não tem nenhuma novidade para a espécie
humana. O que prega é mais antigo que a chamada de Abraão, que deu início a formação do povo
judeu, dois mil anos antes de Cristo. Todavia, só novaeranos estão se dispondo ao trabalho com
criatividade, apresentando o antigo como inédito.

5.1. Provando o desconhecido

Para inovar estão tornando o velho desconhecido em conhecido, divulgando ostensivamente


(claramente) o que ninguém sabia sobre o esoterismo. Quando alguém aprende o que não sabe,
sempre é uma novidade, visto o entusiasmo por ter aprendido o que não sabia. Ao se tornar moda, a
prática passa a ser encarada como uma “obrigação” de estar por dentro, sob a pena de ser taxado de
antiquado, o que todo ser humano detesta.
Infelizmente, essa criatividade tem faltado muito para o cristianismo. Está provado que a
pregação do púlpito é o ensino menos aproveitado nas igrejas. Os ouvintes não chegam a guardar
cinco por cento do que ouvem durante um sermão, o que será tudo esquecido no dia seguinte. O
sistema de treinamento do cristão é ultrapassado e incapaz de prepará-lo suficientemente bem para a
guerra que se avizinha.
A Nova Era sabe disso e por esse motivo não teme o cristianismo, olhando-o com extrema
indiferença e chegando mesmo a escarnecer de suas doutrinas. Seus membros estão conscientes de
que um dia vão se defrontar, mas os cristãos não tem essa consciência, confiam em que Cristo é o
Vencedor e se acomodam no interior de seus templos, cada qual defendendo o ponto de vista de sua
denominação.

5.2. Os filhos das trevas e os filhos da Luz

Lamentavelmente, os cristãos desconhecem ou não pretendem seguir os Ensinamentos do seu


Mestre. Jesus ensinou que veio trazer espada e que os próprios membros da casa seriam inimigos.
Enquanto isso acontece nas igrejas, a Bíblia fala claramente no momento em que “os filhos das
trevas” farão a guerra contra os “filhos da Luz”. Ignoram os denominacionalistas que será durante
esse período da Nova Era que tudo deverá acontecer. Essa previsão não é conhecida apenas por
quem lê a Bíblia. Os representantes das forças ocultas não se constrangem na divulgação dessa
realidade e se preparam para esse momento decisivo.
Prova disso está na afirmação oriundo de um movimento chamado CIRCES, fundado na França
pelo conhecido esoterista Raymond Bernard, em 1988. Esse movimento chegou ao Brasil em 1990,
no Rio de Janeiro, com a decisão de executar trabalhos conforme os ditames (doutrinas) da Nova
Era. Eis a verdade que os cristãos ignoram: “É necessário que uma nova linha de pensamento seja
desenvolvida pelas mentes mais atentas: trabalhar consciente do espírito cavalheiresco em um país
onde várias gerações já aprenderam a curvar-se aos deuses da desilusão e da esperança, parece ser a
estratégia mais apropriada para um longo e difícil combate”.
Essa declaração inequívoca (clara) vem juntar-se a um recado muito claro de um dos membros
dessa organização: “não existe problema sem solução, e os desafios aumentam no cavalheiro a
vontade de lutar”5. Ignorar que haverá um dia o combate final entre duas forças do plano cósmico
(mundial) é passar um atestado de insensatez (loucura). A pergunta que fica no ar é como combater
se os cristãos estão apenas engatinhando no terreno do desconhecimento espiritual e parecem não
fazer nenhuma questão de evoluir.
Em última consideração, isso justifica plenamente o porquê da Nova Era. Está claro que ela veio
dar sustentação a esse movimento visando a adoção de uma “nova linha de pensamento” para a
humanidade, tendo como pedra basilar a autossuficiência do homem e o seu afastamento da
dependência de Deus. Essa é a grande jogada luciférica, já que ele conhece a incapacidade do ser
humano em caminhar por si mesmo e sabe que, tudo que for construído em cima dessa realidade,
mais cedo ou mais tarde ruirá como um castelo de cartas por não estar alicerçado sobre a única

5 Marcelo Antonio COUTINHO. A Cavalaria no Terceiro Milênio. Revista Ano zero – 01/92.
Verdade. Decepcionado com essa última tentativa, o homem se perderá no desespero, criando um
caos total e satisfazendo a vontade do poder das trevas.

6
A HISTÓRIA DA NOVA ERA

O esoterismo é uma prática que se confunde com a história da humanidade. Cresceu, ganhou
força e continuou crescendo até chegar em nossos dias, contando com estudiosos e pesquisadores
como Helena Petrovna Blavatsky, Alica Bailey, Rudolf Steiner, Fritjof Capra, Marilin Fergunson,
Carlos Castaneda e muitos outros. Hoje, o movimento conta com um grande número de adeptos
entre escritores, artistas, políticos, empresários, religiosos, profissionais liberais e personagens de
renome internacional.
Antes de surgirem esses nomes no cenário esotérico, a Nova Era não passava de um pensamento
cultivado desde a antiguidade. Isso, no entanto, não impediu a esperança de que no futuro ela
poderia vir e ser uma prática quase generalizada em todo o mundo. Há poucos anos, dificilmente
ouvia-se falar em esoterismo e muito menos em ocultismo, obrigando as pessoas a “benzerem-se” à
simples menção desses nomes.

6.1. Início da Nova Era

As experiências dos esoteristas parecem confirmar-se em nossos dias com a repercussão (efeito)
obtida pela Nova Era. Surgida nos Estados Unidos, em Nova York, por volta de 1875, no início não
estava organizada como atualmente e nem pregava as mesmas doutrinas. Ensaiava os primeiros
passos como o nome de “Sociedade Teosófica”, uma espécie de confraria (associação) formada por
pessoas que compartilhavam o pensamento de que todas as religiões têm pontos comuns, ou pregam
as mesmas verdades.
Segundo seus adeptos, isso estaria muito além de todas as outras diferenças, podendo haver, em
função disso, uma só religião e uma só crença. A fundadora dessa sociedade foi Helena Blavatsky,
que escreveu sobre o esoterismo, sobressaindo a obra “Doutrina Secreta” onde, entre outras coisas,
aborda a existência das lendárias civilizações lemuriana e atlante desaparecidas no oceano em
consequência de um cataclismo (dilúvio).
O sistema doutrinário defendido pela organização ficou conhecido como “teosofia”, que tanto
pode significar “estudo de deus”, como “ciência de deus” ou ainda “sabedoria de deus”.
Resumindo, os teosofistas não creem que a sabedoria de deus é revelada na Bíblia, nem que ela foi
inspirada e muito menos na ação do Espírito Santo. Para eles, deus é um ser impessoal que apenas
se identifica com a humanidade, mas não age como pai amoroso e misericordioso.
É um sistema de crença chamado panteísta, palavra que origina-se de “Panteão”, templo que os
gregos e romanos consagravam a todos os deuses ao mesmo tempo. Por isso, os panteístas
acreditam que deus existe em tudo, que constitui a natureza, pois ele é a sua essência, o seu criador.
Então deus é uma flor, é uma borboleta, assim como também uma barata.

6.2. A teosofia e seu início

Apesar de Helena Blavatsky ter fundado a sua “Sociedade Teosófica”, nos anos finais do século
passado, essa crença é muito antiga e teve suas origens na Índia e no Tibet, que hoje constituem o
paraíso das superstições, miséria material, espiritual e reencarnacionismo. Helena era médium, e
chegou aos Estados Unidos quando o engano do espiritismo estava em plena efervescência
(entusiasmo), aliando-se a outros médiuns para fundar e solidificar a sua crença teosófica.
Ela foi a primeira pessoa a trazer a crença na reencarnação aos Estados Unidos diretamente do
Oriente, chamando-a pela palavra hindu “carma”, ou a “lei da causa e efeito”. Isso quer dizer que
pagamos aqui mesmo tudo o que fazemos, através de sucessivos renascimentos em novos corpos. A
teosofia de Helena engloba uma série de doutrinas tiradas das mais diversas crenças religiosas,
inclusive considerando Jesus como reencarnação de Zoroastro (profeta persa), que também
reencarnou-se como Buda (religioso índico).
[A Bíblia diz: “aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso o Juízo”
(Hebreus 9.27)]

7
A FRAGILIDADE DO ENGANO

A Nova Era está assentada (firmada) sobre base muito frágil e deverá ruir tão logo chegue o
momento determinado por Deus. Essa fragilidade torna-se ainda mais acentuada quando Alice
Bailey entra em cena. Ela nasceu na Inglaterra em 1880, viveu nos Estados Unidos, onde morreu
em 1949. Foi médium, astróloga, escritora, estudiosa do ocultismo e terceira presidenta da
Sociedade Teosófica fundada por Helena. Muitos de seus livros são considerados “doutrinas
secretas” da Nova Era, mas numa trama muito bem urdida (tecida) para enganar aos menos
avisados, escreveu em seu livro “O Reaparecimento de Cristo” que estaríamos vivendo nessa época
importantes momentos que antecederiam a volta de Jesus, associando esse acontecimento a uma
movimentação espiritual jamais vista na história, base fundamental da doutrina da Nova Era como a
conhecemos. Alice é reconhecida como verdadeira fundadora desse movimento e sua suma
sacerdotisa.
Depois dela, vários foram os estudiosos da física, fisiologia, letras, fenômenos paranormais,
ocultismo e outras ciências ou paraciências, que deram decisiva contribuição para a constituição
definitiva do corpo de doutrinas da Nova Era, sendo considerados seus principais mentores. O
conhecido Fritjof Capra, nascido na Áustria e também naturalizado norte-americano, escreveu no
início dos anos 80 o livro “O Ponto de Mutação”, onde afirma pontos de vista próprios sobre
questões que estão muito longe das verdades bíblicas, mas bem próximo ao pensamento de outros
próceres (principais) da Nova Era, o que os levou a incorporarem suas ideias como parte das
doutrinas novaeranas, como questão das evoluções cíclicas, períodos em que aparecem vários
espíritos iluminados com Buda (religioso da Índia), Confúcio (filósofo chinês), Lao-Tsé (idem),
Pitágoras (filósofo e matemático grego) e outros.

7.1. A antroposofia e a Nova Era

O filósofo Rudolf Steiner, o inventor da Antroposofia, é também um dos grandes colaboradores


da Nova Era. Procura-se definir o seu pensamento como “uma ciência que se ocupa da natureza
moral do homem”, mas na realidade, seus objetivos vão muito além dessa preocupação, que é
apenas fachada de um sistema bem mais profundo. Steiner nasceu na Hungria em 1861 e faleceu na
Suíça em 1925. Foi um homem de rara inteligência, doutor em filosofia, catedrático (perito) em
química, física e biologia, apesar de sua origem humilde, que o obrigou a passar por muitas
dificuldades para estudar e tornar-se conhecido erudito (inteligente). Foi um dos responsáveis pela
divulgação do ocultismo nas primeiras décadas do nosso século.
Antes de estabelecer os princípios da Antroposofia, que definiu como “caminho de
conhecimentos que pretende conduzir a espiritualidade do ser humano para espiritualidade do
universo”, Steiner foi secretário da Sociedade Teosófica, e teve uma vida muito ativa. Uma das suas
muitas obras foi a fundação da Escola Waldorf em 1919, voltada para o ensino de crianças. Hoje,
essa escola tem mais de setenta filiais em todo o mundo, transmitindo o sistema educacional
concebido pelo seu fundador.

7.2. A bíblia da Nova Era

O nome de Marilin Fergunson confunde-se com a própria história da Nova Era, tal a sua
influência nesse movimento. No seu livro “A Conspiração Aquariana”, ela conseguiu promover no
público a mais profunda penetração da ideologia novaerana, tornando-se a principal literatura sobre
o assunto. O conteúdo desse livro exerceu um fascínio tão grande entre os adeptos da Nova Era que
acabaram fazendo dele seu “livro de culto”. É a bíblia do movimento, livro de ensino por
excelência.
Trata-se de uma visão paradisíaca sobre a tão sonhada e esperada “era prometida” para a
humanidade, onde o homem estará apto a dominar a mente de maneira a atingir a euforia oriunda
dos chamados “estados de consciências alterados”, que é o alicerce desse novo tempo, apregoado
com fervor e entusiasmo, constituindo-se no “grande plano” que está sendo divulgado em todo o
planeta. Outros que tiveram participação ativa na criação das bases desse movimento, têm seus
nomes muito conhecidos, como Carl Gustav Jung, filho de pastor protestante, formado em medicina
e especializado em psiquiatria. Trabalhou anos com Sigmund Freud e a sua tese de doutorado
chamou-se “Psicologia e Patologia dos Assim Chamados Fenômenos Ocultos”. Nasceu em 1875 na
Suíça e faleceu em 1961.
Nomes nem tanto conhecidos, como o de George Adamski, não foram menos participativos que
Jung. Esse polonês, nascido em 1891 e emigrado (mudado) para os Estados Unidos com os pais aos
dois anos de idade, foi o primeiro a ensinar o misticismo do Tibet no Estado da Califórnia. É
também pioneiro em declarar publicamente ter mantido contatos com seres extraterrestres e publicar
uma sequência de fotografias de uma nave espacial, que supostamente estaria vindo de Vênus.
Adamski faleceu em 1965.
Qualquer pesquisador que mantenha isenção (imparcialidade) de espírito, conclui facilmente que
as teorias da Nova Era são destituídas de um mínimo de racionalidade. Sabemos ser impossível
subsistir qualquer tipo de vida em Vênus, assim como nenhum outro planeta do Sistema Solar
oferece essa condição. Entretanto, a história recente está repleta de pessoas que viram naves
espaciais vindas de Marte, Júpiter, Urano e até do anelado Saturno. As pessoas que afirmam terem
visto OVINIS ou mantido contato com seres extraterrestres, têm um envolvimento com o ocultismo
e são místicas por natureza, o que compromete a credibilidade de suas afirmações.

8
INÍCIO RECENTE

Podemos considerar que a história da Nova Era propriamente dita começou a partir de 1986, com
a “grande concentração Mundial”. A sua influência alcançou tal importância nesse curto espaço de
tempo e está crescendo tão rapidamente que se torna história do dia para a noite. Seus expoentes
(maiores defensores) faleceram recentemente e muitos ainda vivem e puderam contemplar a
arrancada final para a execução do “Plano” em 1975, sendo privilegiados também em participarem
do grande chamado pouco mais de dez anos depois.
Esse acelerado desenvolvimento era esperado, conforme revelações feitas a Alice Bailey por
“seu mestre de sabedoria”, o espírito de um tibetano a quem chamava Djawal Khull. Segundo
consta, esse espírito incorporava-se em Alice e ditava as doutrinas da Nova Era, que eram
psicografadas (escritas), mas que deveriam permanecer em segredo até 1975, quando então seria
dado ao mundo conhecer o “Plano para a Nova Ordem Mundial” detalhadamente.
A partir dessa data os acontecimentos foram ganhando velocidade. A organização conseguiu
colocar à disposição do público um número incontável de literatura sobre só mais variados assuntos
esotéricos, surgindo dezenas de publicações periódicas, ensinamentos sobre a medicina alternativa,
novas opções com diversos outros métodos para previsão do futuro e uma infinidade de práticas
místicas. Esse recrudescimento (agravamento) se tornou ainda mais acentuado a partir de 1986,
quando a Nova Era entrou em total ebulição, constituindo-se num fato curioso, mas fácil de
entender.
Desde que o “espírito” Djawal deu sinal verde para Alice, o movimento começou revelar-se aos
poucos, enquanto ia montando a estrutura capaz de responder satisfatoriamente quando chegasse o
momento exato. Passou-se o tempo previsto e foi dada a largada definitiva, pegando todo mundo
desprevenido, até os mais profundos estudiosos de escatologia bíblica, que não esperavam o
surgimento de uma religião do anticristo. Embora as Escrituras alertem que esse seria um dos
maiores sinais, apontando-a como “a grande prostituta” que arrastaria nações atrás de si, os exegetas
enganaram-se ao identificá-la com o catolicismo romano.

8.1. O dia da deflagração do movimento

O que aconteceu naquele dia, levando o povo a uma verdadeira “síndrome do esoterismo”? Em
1986 surgiu um comunicado nos principais órgãos de imprensa do mundo, cujo texto, que já foi
publicado em diversos livros sobre a Nova Era, é uma mensagem cifrada (secreta) que convoca
todos os adeptos do movimento para uma concentração mundial exatamente às 12 horas do dia 31
de dezembro de 1986, objetivando a “concentração de energia” para o desencadeamento dessa
investida maciça para a conquista das mentes vazias, prontas a absorver o que lhes fosse ensinado.
Esse momento, ficou conhecido como “Instante da Cooperação Mundial” ou o “Dia da Cura
Mundial”, uma vez que essa meditação simultânea (conjunta) buscava fortalecer o seu “campo de
força”.
Na mensagem, existem pontos que deixam perceber que foi dirigida para um grupo específico,
que já tinha conhecimento prévio de que ela iria ser publicada. Primeiro, há uma senha que
identifica o mensageiro perante as pessoas que deseja atingir, declarando que “deus é tudo e que
tudo é deus… a essência pura do amor incondicional”, o que é o núcleo da doutrina teosofista
panteísta.
9
A MENSAGEM DO ENGODO

Observe a mensagem: depois de identificar-se, ele declarou ser o “Cristo de Deus”, o que nada
significa para quem sabe que o Único Filho legítimo de Deus chama-se Jesus. O nome Cristo foi
dado pelos homens e significa ungido em grego, o mesmo que Messias em hebraico. Um engano
bem sutil que tem arrastado multidões. A frase seguinte é: “eu vejo (sem dizer quem) irradiando
como luz dourada da centro de meu ser”. É uma afirmação contraditória. Se ele estava vendo
alguém irradiando luz, como ela poderia partir de dentro dele próprio? Nesse caso seria o reflexo
dele no ser que estava vendo.
As posições estão invertidas. Ele é que deveria receber a luz, que poderia penetrar até o íntimo
do seu ser. A frase seguinte da mensagem esclarece ainda mais a questão: “sou a luz do mundo. Da
luz do mundo responde agora a única presença e força do universo. Vejo agora a salvação do
planeta diante dos meus olhos, porque todas as ideias falsas sobre fé e todas as visões equívocas
estão dissolvidas”.
Pela lógica a “luz do mundo” seria a pessoa que estava refletindo e não quem estava vendo. Há
uma visível tentativa de simular, aproveitando as declarações de Jesus. Mas nenhum cristão
consciente deixa-se levar por afirmações desse tipo, sabendo que “tais falsos apóstolos são obreiros
fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio satanás
se transfigura em anjo de luz”, ensinamento oportuno dado pelo apóstolo Paulo em 2 Coríntios
2.13,14.
Por outro lado, Jesus não é a “única presença e força do universo”. Ele é o salvador do homem
por meio da fé individual. É o Poder sobre todas as coisas e não “uma força” como se deseja fazer
crer. Jesus também jamais poderia estar “vendo a salvação do planeta”, pois Ele é a salvação e não
do planeta, mas dos homens que n’Ele habitam. Essa graça para a humanidade Ele conquistou há
quase dois mil anos e sabia muito bem porque motivo estava subindo no Calvário para ser
pendurado na cruz.
O mensageiro acaba traindo-se também ao mencionar as “ideias falsas quanto a fé”. É uma
afirmativa muito vaga. Só existe um tipo de fé e se é falsa, não é fé. Não importa onde o indivíduo
coloque sua fé, do seu ponto de vista, ela é sempre verdadeira, mas a única que salva é a que
colocamos em Jesus, crendo e confessando que Ele é o Único salvador. Se a única ideia que o
homem faz da fé verdadeira é a que deposita em Deus, então mais uma vez o mensageiro da Nova
Era demonstra suas verdadeiras intenções.
Finalizando, o recado aos novaeranos diz que “todas as visões equívocas serão destruídas”.
Temos então duas coisas erradas pela ótica do mensageiro luciférico: a fé falsa e a visão
equivocada. Não há dúvida de que está considerando a Fé em Deus como falsa, já que Ele é o Único
objeto da Fé humana, salvo algumas exceções, e a visão que temos do divino e sagrado como um
equívoco que deve ser corrigido. Nas entrelinhas, ele deixa antever que há uma outra opção, capaz
de “dissolver” essa visão que temos de Deus.
10
MENSAGEM VERDADEIRA

Essa foi a “histórica” declaração universal de satanás para que as forças ocultas desencadeassem
o processo de enganar a humanidade. Apesar disso, podemos facilmente desmascará-lo, mostrando
que é ele à luz da Bíblia, e o fazemos utilizando o livro do Apocalipse. A partir do capítulo oito, ele
começa a narrar fatos ligados aos últimos tempos, registrando a destruição das árvores, descrevendo
a terra árida (seca) e improdutiva, além de lembrar as fontes contaminadas e os rios imprestáveis.
O capítulo nove revela que o próprio Deus deu a oportunidade a satanás para formar e comandar
o seu exército na Terra, “abrindo o poço do abismo”. Em seguida, narra uma batalha em que quatro
anjos estavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, exatamente como aconteceu naquele dia
de 1986. Até aqui, tudo cumpriu-se conforme o que está escrito, sem nenhuma falha.
Estamos agora prestes a iniciar uma outra fase dos acontecimentos, conforme revela o
Apocalipse em seu capítulo doze. Esses serão os últimos fatos que marcarão a época que antecede a
entronização de satanás como senhor do mundo por sete anos. Há no texto a referência simbólica a
um sistema religioso que surgiria e mostra que ele seria vítima de uma perseguição sem tréguas
através dos anos. No entanto, um dia esse sistema se veria obrigado a “fazer guerra” contra seu
opositor.
Qual seria essa religião? O texto fala de uma mulher que sais do sol, tendo a lua debaixo dos pés
e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça 6. Ela estava grávida e o grande dragão vermelho foi
solto para tragar o filho da mulher, que fugiu para o deserto. A mulher representa a religião judaica,
praticada pelo povo que saiu do sol, símbolo e representação do Egito, país onde se formou o povo
judeu.
A lua sob os pés da mulher representa a terra de Israel, região conhecida como “fértil crescente”,
por ser uma faixa de terras férteis que apresenta o formato da lua em quarto crescente. O filho que a
mulher esperava era o cristianismo, que foi duramente perseguido durante os primeiros séculos do
seu surgimento. Afirma o texto que o dragão não venceu, sendo derrotado por Miguel e seus anjos.
Esse foi o período em que os cristãos foram torturados, presos e mortos. Derrotado, satanás não
pôde permanecer na Céu e foi lançado na Terra para enganar as nações (v.9)

6 A coroa de 12 estrelas representa as 12 tribos de Israel


10.1 A sutileza da Nova Era

A mensagem publicada na imprensa convocando os novaeranos a fortalecerem o seu “campo de


força”, é uma simulação do versículo dez: “Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do
nosso Deus, e o poder de seu Cristo, porque já o acusador dos nossos irmãos é derrubado, o qual
diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”. Preste-se atenção na sutiliza para distorcer a
verdade: veja-se que aqui está escrito o PODER do seu Cristo e não a FORÇA conforme anota a
mensagem. Repare ainda como está simulada apenas a primeira parte do versículo, pois é a mais
fácil de ser absorvida pelo povo ao mencionar palavras como salvação e força, que causam maior
impacto de ordem psicológica. O texto do Apocalipse enfatiza que, apesar da derrota satânica, o
coração do povo permaneceu endurecido e não houve conversões a Cristo.
O versículo onze diz que os vencedores dessa batalha estavam com sua Fé firmada em Cristo:
“venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, e não amaram as suas vidas
até a morte”. Aqui, a referência á aos cristãos da Igreja Primitiva, mas no verso seguinte está a
chave para entender-se o atual quadro espiritual em relação aos adeptos na Nova Era: “os céus
devem se alegrar porque satanás foi derrubado”. No entanto, aqui, o comportamento deveria ser
muito diferente: “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que tem pouco tempo”, razão pela
qual recomenda-se que “todo povo da Terra se lamente”.
Nesse tempo de lamentação, o versículo treze diz que “quando o dragão viu que foi lançado na
Terra, perseguiu a mulher que deu à luz ao varão”. Esclarecemos este ponto: no verso doze, os
verbos são “desceu” e “sabendo”. O primeiro refere-se ao passado, às perseguições aos judeus antes
do cristianismo, sendo derrotado porque Israel é novamente uma nação independente e próspera.
“Sabendo” refere-se a sua condição atual, de que ele está consciente de que o tempo é curto
desde que foi lançado do céu, motivo pelo qual tentou varrer da face da Terra os povos judaico-
cristãos escolhidos por Deus para escreverem a história. A conclusão é a seguinte: satanás perseguiu
a religião judaica, “mulher que deu a luz”, porque sabia que daquele meio sairia o “Varão para
esmagar-lhe a cabeça”.

10.2. Uma trégua para novas estratégias

Nada conseguindo e com o advento (surgimento) do cristianismo, ele deu uma trégua para
estabelecer novas estratégias, o que foi os primeiros séculos da Igreja. Nesse tempo, o texto nos
informa que “a mulher foi enviada para o deserto, onde foi alimentada”, alusão à grande diáspora e
a perda da pátria pelo povo judeu, iniciada no ano 70 d.C. com a queda de Jerusalém ante as forças
romanas. Durante séculos, a “Cidade Santa” foi pisada pelos gentios, enquanto os judeus sofriam
nos “guetos”7 como um povo maldito.
Compreendendo que fora ludibriado ante a imensurável sabedoria divina, lúcifer percebeu que a
sua cabeça fora pisada e que sua derrota estava decretada para sempre. Então, vem o esclarecimento

7 Aglomerado de moradias em algumas capitais europeias destinadas ao confinamento de judeus para não se
misturarem às demais populações.
final de uma história que estamos vivento agora: “o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer
guerra ao RESTO da sua semente, os que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de
Jesus Cristo”.
O resto da semente da mulher são os cristãos. O texto não fala da mulher (judaísmo) mas da
semente, a primeira célula que deu origem a nova religião.
A guerra está sendo feita ao remanescente, ao que sobrou depois da grande perseguição movida
contra o cristianismo dos primeiros séculos, ou seja: os cristãos atuais. O escritor do Apocalipse fala
que os descendentes dessa semente ainda “guardam os Mandamentos e têm o testemunho de Jesus”,
referindo-se ao presente.
Por isso essa Nova Era é o tempo de Satanás. Todas as profecias referentes ao cristianismo já se
cumpriram, faltando apernas o arrebatamento da igreja, não havendo nenhum motivo para
estabelecer-se algo novo em sua história que já foi totalmente completada. Agora, é satanás que
deve preocupar-se. Ele sabe e está fazendo o melhor possível na sua empreitada, comandando seus
exércitos de maneira totalmente diferente de como o fazia no passado.
Simulador como é, enquanto os judeus estavam sob a lei, que determinava “olho por olho”,
“dente por dente”, ele agia da mesma forma, sem nenhuma dissimulação.

10.3. A tática de satanás

Continuou “matando, roubando e destruindo” até perceber que os homens estavam se


questionando a respeito de seu comportamento e que isso não era uma coisa divina. Então, mudou
de tática, pregando o amor, a evolução, o respeito mútuo, tudo de bom, mas partindo do próprio
homem, sem a necessidade da graça de Jesus. Essa é a guerra que está fazendo ao “resto da
semente”, muito mais eficaz que jogar os cristãos nas covas dos leões.
Devemos considerar seriamente esta advertência. Lembre-se de que o mensageiro da Nova /era
disse que “é a luz do mundo” agora, e não que sempre foi essa luz. Isso significa que passou a ser
depois que foi “precipitado” (lançado) para a Terra, ocasião em que tornou-se a “única presença e
força no universo”. Essa declaração bate com extrema precisão com o versículo sete do capítulo
treze do Apocalipse: “e foi permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-lhes poder sobre
toda a tribo, e língua e nação”.
Em consequência disso, diz o versículo oito que “adoraram-na (a besta) todos os que habitam a
Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro…”. Esse “vencer os
santos” quer dizer desvirtuá-los, fazer com que se tornem apóstatas. É isso que garante o
mensageiro novaerano ao enfatizar o seu último vaticínio (profecia) de que “todas as ideias falsas
sobre fé e todas as visões equívocas serão dissolvidas”. Milhões de pessoas estão invertendo o
objetivo de sua fé, colocando-a a serviço da besta, crendo em superstições e afastando-se do Deus
eteno, considerando isso como verdade absoluta. Um equívoco, sem dúvida.
11
ESCLARECENDO DÚVIDAS

11.1. Código de barras

Há pouco tempo fui cercado por um grupo de jovens. Eles haviam participado recentemente de
uma palestra sobre Nova Era e estavam inquietos. Disse-lhes que não havia necessidade de se
preocuparem, quando fui informado de que o preletor (palestrante) salientou que não deveriam
consumir margarina porque seus preços estavam codificados em barras verticais nas embalagens.
Foram alertados ainda de que os cristãos deveriam rejeitar toda mercadoria cujos preços viessem
codificados daquela maneira. O palestrante garantiu que esse sistema era o “sinal da besta do
Apocalipse”, que já estaria controlando tudo por computador, conforme o ponto de vista de alguns
escatologistas.
Se fôssemos levar isso em consideração, deveríamos abandonar as compras, pois dentro em
breve todas as mercadorias terão seus preços impressos nas embalagens por código de barras. Isso
nada tem a ver com a Nova Era e nem com o anticristo, é apenas o resultado normal da evolução
tecnológica.
É claro que o anticristo vai usar toda conquista científica e tecnológica a seu serviço, como já
vem fazendo em todos os campos da atividade humana. Todavia, há muito engano e má informação
a respeito da Nova Era e isso só prejudica, confundindo a cabeça das pessoas, que acabam por
desacreditar das informações dadas por pessoas credenciadas através de longos estudos,
aprofundadas pesquisas e demoradas observações.
Os cristãos não devem se preocupar com a Nova Era em si, mas em conhecê-la bem fundo para
alertar os que não conhecem, evitando que sejam enganados. Organizada com o objetivo único de
enredar (impedir) os mais susceptíveis (vulneráveis), ela caminha lado a lado com o cristianismo até
determinada altura. Muitas das pregações estão absolutamente dentro das afirmações bíblicas, até
sutilmente separar-se para um outro lado extremo completamente oposto ao que diz a Palavra de
Deus.

11.2. O joio e o trigo

Existem práticas que não há nenhuma necessidade de os cristãos abandoná-las porque também os
adeptos da Nova Era fazem a mesma coisa. Jesus disse que o joio e o trigo eram totalmente iguais e
que não deveriam tentar-se eliminá-lo sobe a pena de arrancar também o trigo.
11.3. Ecologia

Uma das questões que tem gerado muita polêmica é a que diz respeito à ecologia, por ser um
tema preferido pelos militantes da Nova Era.
Não existem razões pelas quais os cristãos devam deixar de lutar a favor da preservação do meio
ambiente. Biblicamente, é um dever ordenado em diversos textos, como Êxodo 9.29, onde está
escrito que “… os trovões cessarão e não haverá mais saraiva para que saibais que a TERRA É DO
SENHOR”. Além desse, existem dezenas de outros versículos alertando os homens que a Terra é
um patrimônio sagrado enquanto não chegar o tempo da sua restauração. Isso será necessário
porque a Terra é nossa herança, conforme ensina o Salmo 24.13: “A sua alma pousará no bem e a
sua descendência herdará a Terra”.
Se o planeta pertence a Deus e será nossa herança, estamos aqui como mordomos, sendo nosso
dever cuidar e zelar pela sua conservação, independente de quem mais esteja fazendo. Fundamental
é sabermos se estamos incluídos como herdeiros e se a nossa alma vai pousar no bem, como diz o
salmista. Por outro lado, as atividades pacifistas e antimilitares também são defendidas pela Nova
Era. Esse comportamento é tão claramente recomendado na Bíblia que se torna desnecessário
citarmos quaisquer versículos. Basta a afirmação de Isaías de que Jesus é o “Príncipe da Paz” para
dizer tudo.

11.4. Homeopatia

Além disso, a Nova Era prega também em estilo de vida saudável. Recomenda caminhadas,
atividades físicas, ar livre dos campos sempre que possível, alimentação natural e outras indicações
que ajudam na conservação da saúde individual. Ignorar essas atitudes como agradáveis a Deus
seria insensatez e ignorância do ensino bíblico. Na “Lei de Moisés” ou os livros que formam o
“Pentateuco”, há exigências claras quanto a alimentação, podendo-se citar Levítico 3.17
[(“nenhuma gordura nem sangue algum comereis”)], onde é expressamente proibida a ingestão de
gordura e sangue. Há outras passagens que fazem restrições ao consumo de determinadas cornes e
raízes.
A medicina era praticada pelos judeus centenas de anos antes de Cristo. A Bíblia dá muita ênfase
às ervas e chega a compará-la ao próprio homem, que nasce, cresce e logo murcha e morre.
Provérbios 19.12 diz que “o favor do rei é como o orvalho sobre a relva”. No clima seco da
Palestina, o orvalho era fundamental para as plantas, mas há uma comparação figurada entre essa
afirmativa e a vida de Jesus. O favor era a salvação através da graça por Jesus (rei), que derramou o
seu sangue, o orvalho, que é vital para a redenção do homem, a erva.
Exemplo da utilização de ervas como remédio eficaz está em Gênesis 30.16. É uma bela história,
a de Raquel e Léia, duas irmãs casadas com o mesmo homem, Jacó, filho de Isaque e neto de
Abrão. Raquel era estéril e isso significava terrível castigo para uma mulher judia, além de colocá-
la em posição inferior na disputa pelas atenções do marido. Uma tarde, sua irmã Léia ganhou alguns
frutos de mandrágora de seu filho Ruben, que os apanhara quando regressava do trabalho no campo.
Raquel sentiu o desejo de comer os frutos e pediu que sua irmã lhes desse. O relacionamento
entre ambas era tenso e Léia respondeu que Raquel havia tomado o seu marido e agora queria os
frutos que ganhara de seu filho primogênito. Ante a recusa, ela fez uma proposta à irmã: deixaria
que dormisse com Jacó naquela noite em troca dos frutos de mandrágora. Léia aceitou e Raquel
satisfez o seu desejo, ficando com os cobiçados frutos. Tempo depois, ela engravidou, dando à luz a
um menino, ao qual chamaram José. A mandrágora é conhecida desde a antiguidade como planta
afrodisíaca (excitante) e de comprovada eficácia contra esterilidade.

11.5. Pensamento positivo

Outra questão defendida pela Nova Era é a do pensamento positivo. Em nenhum lugar da Bíblia
está escrito que devemos ter pensamentos negativos. Ao contrário, no Livro de Jó, capítulo 3,
versículo 25, está registrado o seguinte: “porque o que eu temia me veio; e o que receava me
aconteceu”. A afirmativa resulta de um contexto node Jó estava amaldiçoando o seu nascimento e
lamentando a sua miséria. Ele confessa que o seu comportamento mental trouxe-lhe o mal que
sempre havia temido, era resultado do seu pensamento negativo.
O apóstolo Paulo recomenda que não nos conformemos com as coisas más que nos acontecem.
Ensina que devemos nos transformar pela renovação da nossa mente e que, somente através dessa
mudança, nos será possível experimentar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
(Romanos 12.2). Não apenas nessa carta Paulo aconselha a mudança de atitude mental, mas
também em diversas outras, assim como os demais missivistas (escritores) do Novo Testamento.
A diferença entre um e outro pensamento positivo, que todos devem saber, é fundamental.
Biblicamente, para alcançar bons resultados através do pensamento positivo, o homem precisa
render-se ao Poder de Deus. Ele precisa conscientizar-se de que há um Poder supremo comandando
a sua própria mente e a única maneira de alcançar a graça de poder pensar positivamente é através
da Fé, medida na proporção do Amor que cada um está dedicando ao próximo. É uma situação
imutável. O apóstolo João registrou as palavras de Jesus na capítulo 15 de seu Evangelho, versículo
5: “sem Mim nada podeis fazer”. Isso inclui a capacidade de pensar positivamente. Em Êxodo 32.22
e Gênesis 6.5, está escrito que o “homem é mal continuamente” e que “só há maldade em seus
pensamentos”.
12
A DOUTRINA DO “EU”

12.1. A autossuficiência do homem

Ao contrário do que diz a Palavra de Deus, os adeptos da Nova Era pregam que o homem é
autossuficiente, que produto de seus próprios pensamentos, podendo atingir a sua elevação física,
mental e espiritual exclusivamente por meio de uma atitude mental positiva. Esse estágio poderá ser
alcançado através da liberação de sua força consciente no cosmo, podendo entrar em contato com os
“mestres da sabedoria” e receber deles toda orientação necessária para uma vida sadia e feliz.
Mesmo não sendo possível manter contato com essas supostas entidades cósmicas, garantem os
defensores da tese que somente o fato das pessoas pensarem positivamente é o bastante para receber
radiações benéficas para sua vida. Essas afirmações é uma tentativa de convencer as pessoas de que
elas são independentes de Deus, podendo conseguir o que desejam exclusivamente pelos seus
próprios esforços e méritos.

12.2. A fome e a caridade

A luta contra a fome e a caridade não nasceram com a Nova Era. Ambas são ordenanças divinas
desde os primórdios dos tempos. Esses temas estão sendo muito lembrados para disfarçar quais são
os reais objetivos por trás dessa pregação. Os esoteristas não estão preocupados com a fome e nem
com a caridade. Caso estivessem, não cobrariam preços exorbitantes por suas consultas nos centros
especializados, aos quais colocam nomes sugestivos para mais facilmente atraírem as atenções dos
incautos (imprudentes). Cada qual está mesmo interessado em engordar a sua conta bancária às
custas dos supersticiosos e ingênuos.
A intenção dos novaeranos jamais foi ajudar. Eles servem-se do filantropismo para chamarem a
si as atenções, captando a simpatia da opinião pública com seus projetos voltados para o amparo às
crianças e auxílio aos países subdesenvolvidos. Muitos são os que praticam a caridade na esperança
de diminuírem suas dívidas cármicas para voltarem em outras encarnações mais evoluídos,
melhores preparados para juntarem ainda mais dinheiro.
A Bíblia diz que façamos o bem, ajudando os que necessitam, movidos unicamente pelo Amor,
sem nada esperar em troca e jamais considerando isso como obrigação [A Bíblia porém diz: “Quem
sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4.17)]. A hipocrisia e os interesses
escusos (encobertos) escondidos por trás dos atos de caridade são severamente condenados por
Deus. Os que assim procedem devem se preparar para um dia prestar contas de seus atos e não
esperar uma outra encarnação para expiar culpas que sabiam ser erradas e condenadas.
12.3. Governo mundial

Entre as diversas propostas da Nova Era, a implantação de um governo mundial é a que mais
chama a atenção. Inspirada por lúcifer, a ideia é que o planeta deve ser um só país. Como tal, seria
um único povo formando uma nação global. É mais uma tentativa de copiar a Bíblia. Essa não é
iniciativa desse movimento e nem proposta das últimas décadas. O governo único mundial foi
divulgado por volta do ano 750 a.C. por um profeta de Jerusalém chamado Isaías. Ele disse, no
capítulo nove do seu livro, que em Israel nasceria um menino, cujo Nome seria: “Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”. O principado das nações estaria
sobre seus ombros.

12.4. Arrastando multidões para o inferno

Nesse caso, nada mais natural que sair à frente, conforme nos aproximamos dos momentos
decisivos segundo os relatos bíblicos. Essa tentativa de enganar o quanto puder é um atributo
exclusivo do anticristo e as escrituras dizem que ele conseguirá arrastar multidões para o inferno.
Jesus também alertou o mundo para essa terrível realidade prestes a acontecer e avisou as pessoas
para não se deixarem enganar. O único e verdadeiro governador mundial que virá para trazer a Paz
que a humanidade tanto almeja e de maneira definitiva, é Jesus Cristo.

12.5. A necessidade do homem ser alegre e feliz

Outra pregação da Nova Era é a necessidade do homem ser alegre e feliz. Em nenhum lugar da
Bíblia diz ao contrário. Apesar disso, há diferença entre uma afirmativa e outra. A primeira diz que a
alegria e felicidade estão ao alcance do ser humano através de si mesmo; a segunda afirma que
ambas, para serem verdadeiras, só podem vir do Senhor, a única fonte genuína dessa dádiva
celestial. Se o homem não conseguir obter alegria e felicidade espiritual, jamais as encontrará nas
prazeres da carne que o mundo oferece. Eles são efêmeros (passageiros) e insuficientes para
preencherem o vazio no interior das pessoas. Prova disso são os constantes suicídios e a infelicidade
que observamos nos meios artísticos, esportivos, políticos, empresariais e na alta sociedade, onde a
fama, o dinheiro e os prazeres não são capazes de dar sentido à existência.
A Nova Era não tem medido esforços para demonstrar fundamento bíblico em suas doutrinas.
Mesmo assim, pode-se perceber com facilidade que se trata apenas de uma tentativa de enganar,
pois suas afirmativas são muito frágeis diante dos argumentos bíblicos. No entanto, é preciso evitar
a “síndrome da Nova Era” para não criar condições favoráveis à sua expansão através de uma
propaganda gratuita e eficaz. Só é possível conseguir isso informando o povo, mostrando-lhe o que
realmente se esconde por trás desse movimento, seu verdadeiro objetivo e a maneira como pretende
atingi-lo. Ela é incompatível com o cristianismo. A Luz não tem comunhão com as trevas e é
preciso proclamar essa verdade “antes que venha a noite e ninguém possa trabalhar”
13
UM ALERTA OPORTUNO

Encontramos cristãos confusos com algumas questões pouco esclarecidas. Há dificuldades em


reconhecer as pregações que são da Nova Era e as que não são. Estamos vivendo na época descrita
pelo apóstolo Paulo: “o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão (desviarão)
alguns da Fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Pela hipocrisia dos
homens que falam mentiras, tendo cauterizada (destruída) a sua própria consciência; proibindo o
casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que
conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque toda criatura é boa e não
há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças, porque pela Palavra de Deus e pela
oração é santificada” (1 Timóteo 4. 1-5).

13.1. A degradação da família

Essa profecia é real como o “Plano” revelado a Alica Bailey. Paulo estava vendo os
acontecimentos dois mil anos à frente. A sacerdotisa da Nova Era, conforme divulgações feitas a
partir de 1975, estabeleceu como um dos pontos fundamentais de ação, a aplicação de todo esforço
possível para promover a desagregação (divisão) familiar, através de uma campanha de descrédito
do casamento, promovendo a sua desvalorização como instituição divina. O objetivo principal é
enfraquecer o alicerce básico da sociedade e promover o caos num sistema divinamente organizado.
Sem família, não há comunidade. Mães solteiras, casais divorciados e crianças traumatizadas não
podem formar uma sociedade sadia. O final desse “novo” comportamento será o desmoronamento
da organização social nos moldes estabelecidos por Deus
[A igreja, porém, é destruída por não viver, de fato o Evangelho: “Todo aquele, pois, que ouve
estas minhas Palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a
casa sobre a Rocha” (leia o trecho completo em Mateus 7.24,27)]
Além da oposição ao casamento, que vem sendo uma prática comum, entre os cristãos existem
os que rejeitam a Ceia de Cristo, considerando-a sem importância para suas vidas espirituais. Ela
não é mais vista como uma prática perpétua (permanente) à memória de Jesus, conforme seus
Ensinamentos, a única e verdadeira Aliança entre Deus e os homens capaz de levá-los à salvação de
suas almas. Aos poucos, o gênero humano vai se distanciando do cristianismo genuíno e
caminhando com seus próprios pés para o abismo.
Na Segunda Carta a Timóteo, capítulo três, Paulo descreve novamente com extraordinária
precisão, os dias atuais preconizados (pregados) pela Nova Era: Sabe porém isto: que nos últimos
tempos sobrevirão tempos trabalhosos, porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos,
presunçosos (vaidosos), soberbos (orgulhosos), blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos e
profanos. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
com os bons. Traidores, obstinados (teimosos), orgulhosos, mais amigos dos deleites do que de
Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
“Destes afasta-te – continua o apóstolo – porque deste número são os que se introduzem pelas
casas e levam cativas mulheres néscias (tolas) carregadas de pecados, levadas de várias
concupiscências (cobiças), que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da
verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também esse resistem a Verdade,
sendo homens corruptos de entendimento e réprobos (reprovados) quanto a Fé. Não irão porém
avante; porque a todos será manifesto o seu desvario (loucura), como também o foi daqueles”.
É uma descrição, sem dúvida, revelada pela onisciência do Espírito de Deus, tal a precisão dos
termos em relação a filosofia da Nova Era. Ela insiste em persuadir o homem de que a ênfase de sua
vida deve ser a sua satisfação pessoal, o seu próprio sucesso. É o sistema do “eu” primeiro criando
um procedimento individualista, um sentimento egoísta que o leva a desprezar o próximo e a odiar
o seu semelhante. A humanidade, com essas características, realmente viverá “tempos trabalhosos”,
ainda mais porque a sanha (fúria) luciférica da Nova Era não para por aqui. A destruição da Fé deve
ser um objetivo perseguido e alcançado a qualquer preço, pois em ela é “impossível agradecer a
Deus”. Dasagradá-Lo é o mais íntimo desejo desse movimento.

13.2. Esfriando a fé

Esfriando a fé de um homem que não conhece verdadeiramente a Jesus não é difícil. Ele não está
firmado na Rocha inabalável, mas em seus pensamentos e opiniões pessoais. Em função disso está
sendo implantada uma estratégia visando a mudança dos padrões do atual pensamento humano. Ele
deverá deixar de ter como base a análise crítica consciente, único meio possível para se provar
transformações sociais e políticas, tornando-se fundamentado exclusivamente na intuição e não na
razão, o que resultaria no raciocínio lógico. A nova dinâmica facilitará à Nova Era transformar o
ocultismo numa ciência, conciliando entre si práticas que estão em dimensões opostas, jamais
podendo nivelar-se (igualar-se). O oculto é o desconhecido e a ciência é tudo que conhecemos,
provado na prática e em laboratórios. Se o ocultismo pode ser ciência, o bem e o mal tornam-se uma
só coisa, pois ambos existem na ciência. Consideremos que uma doença descoberta cientificamente
é um mal; enquanto os remédios encontrados pelo mesmo método é um bem para a humanidade.

13.3. Nova ordem mundial

Quando o “Nova Ordem Mundial” estiver implantada, tudo fará parte de um conjunto. A visão
deverá ser “holística” (global), pois o homem passará a ser uno com a natureza, um todo com o
universo. Ele verá a si mesmo como o microcosmo, seu pequeno mundo interior, vivendo no
macrocosmo, o mundo exterior. A nova concepção (opinião) pretende harmonizar o homem e o
meio, atribuindo a ele o mesmo valor de outros elementos da natureza, tanto vegetais como animais,
a própria terra, a água e tudo que compõe o nosso planeta.
A Bíblia não ensina dessa maneiro. Ela diz que o homem é a coroa da criação de Deus, feito à
sua imagem e semelhança. Foi colocado na Terra como mordomo para cuidar de tudo que aqui
existe, dominando sobre as demais formas de vida pela inteligência. Essa afirmativa é verdadeira,
pois Jesus disse: “Se alguém Me ama, guardará a mina Palavra e meu Pai o amará e viremos para
ele e faremos nele morada”. Se Deus considerasse o homem um animal ou vegetal, Jesus não
poderia “fazer nele morada”. Não haveria como Deus habitar num ser irracional. Além disso, Cristo
desejava revelar que o homem seria sua morada, o seu próprio corpo ou o “Templo do Espírito
Santo”. Para isso se tornar realidade, é preciso “guardar as Palavras” de Jesus; uma prova do seu
infinito Amor. Como um vegetal ou um animal poderia entender esse mistério e participar desse
novo sistema de vida espiritual que Jesus veio inaugurar?

13.4. O homem e o universo

Ver o homem como um ser com o universo é negar a sua sublimidade, rejeitar a forma glorioso
como ele foi criado. Essa é outra tentativa bastante sutil para afastar o homem de Deus.
Estabelecendo a visão de que tudo no mundo é uma coisa só, feita da mesma essência, ele será
levado sorrateiramente (disfarçado) a aceitar sem reservas o tão propalado ecumenismo
(universalismo religioso). A “lavagem cerebral” induzirá a pessoa achar razoável fazer-se uma
síntese (resumo) de todas as religiões e formar uma única. O que poucos saberão é que não será o
cristianismo autêntico, mas uma prática sincretista (misturada), mascarada, reunindo num só ritual
todas as doutrinas, desde a reencarnação até o ensinamento de ordem filosófica.
Esse é o objetivo mais importante da Nova Era. Ela sabe que, ao quebrar a resistência ao
sentimento religioso, anula-se o interesse do homem nas verdades bíblicas, tornando-o presa fácil à
introdução de outras etapas do “Plano” e preparar o mundo para o reinado do anticristo. Tudo isso
está acontecendo com acelerada rapidez.

13.5. Ideias aparentemente simpáticas

Muitas das novas ideias parecem simpáticas e coerentes aos olhos da multidão. Exemplo disso
são a implantação de um sistema universal de cartões de créditos em substituição ao dinheiro; uma
central única de distribuição de alimentos para todo o globo; a instituição de um imposto único no
planeta e uma força militar em âmbito mundial.
Esse último é um pensamento dúbio (vago), muito próprio do sistema. Qual seria a utilidade de
uma “força militar”, num governo único do mundo global, com uma religião, uma moeda, uma
língua e um ideal?
14
QUESTIONAMENTOS QUE ESCLARECEM

Existem na ideologia novaerana pontos muito obscuros. Algumas perguntas seriam embaraçosas
para seus adeptos responderem. Questionamos a dualidade de pensamentos entre guerra e a paz. É
possível pregar-se o pacifismo e os movimentos antimilitares, ao mesmo tempo em que se pretende
a formação de um exército em âmbito (extensão) mundial? É justo uma central única de distribuição
de alimentos quando países do Primeiro Mundo enriqueceram derrubando suas florestas,
implantando indústrias, vendendo caro seus produtos aos subdesenvolvidos, endividando-os e
levando os povos à miséria e à fome? Hoje, os ricos querem as florestas para respirarem e que os
pobres produzam alimentos, mas não querem pagar o que realmente vale. Eles desejam vender
tecnologia a preços exorbitantes (exagerados) e comer barato às custas do suor e sangue de seus
irmãos do Terceiro Mundo.
Pode um movimento pregar a vida saudável, a prática de esportes e a medicina alternativa num
país onde pessoas morrem diariamente nas portas dos hospitais? Falta um sistema de assistência
médica que funcione e jamais poderemos falar em vida saudável enquanto o governo continuar
admitindo que o sistema de saúde está falido. Existe condição para a prática de esportes numa nação
onde o preço de um par de tênis é tão astronômico que chega-se a matar para roubá-los? O povo
sabe quanto custa a medicina alternativa? Pode ele sonhar algum dia, no futuro, poder vir a usufruir
dela?
É fácil tapear quando se diz o que é bom e o que deve ser feito. Dar condições para se fazer,
colocar o que é bom ao alcance da população, a Nova Era não fez e nem fará. O seu interesse é
empurrar o cidadão para o abismo das trevas, levando-o ao embotamento (enfraquecimento) do seu
raciocínio lógico e crer em lendas e superstições como verdades. Ressuscitar a bruxaria, a crença
em gnomos, fadas e duendes; nos poderes das pedras de cristal, espíritos iluminados, futuro através
das pedras runas, cartas de tarô e outros modos tradicionais é a sua especialidade. Além disso, parte
sem nenhum constrangimento para o fértil terreno da mitologia, tentando tornar verdadeira a
existência dos deuses greco-romanos, egípcios, babilônicos, assírios, hindus e outras civilizações da
antiguidade, restabelecendo seus cultos tal como eram praticados milênios antes de Cristo.

14.1. A Nova Era e os seres mitológicos

Não bastasse isso, quer mesmo anular o sentimento religioso do homem, tentando provar como
verdadeira a existência de seres metade homem e metade animal, tais como centauros, sereias,
esfinges, górgonas, tritões, unicórnios, sátiros, grifos, harpias e outros, surgidos da fértil imaginação
mística dos homens da antiguidade. Podemos imaginar o que acontecerá se a humanidade colocar
esses monstruosos seres como objeto de adoração e culto. Pessoas de mentalidade mais evoluída
acham isso impossível. Infelizmente, estão enganadas, pois não só é possível pessoas acreditarem
numa aberração como essa como já existem milhares participando de cultos a esses seres
mitológicos.
Isso é o que a Nova Era está nos oferecendo. Ela tem aproveitado toda afirmativa religiosa para
solidificar suas bases. Para o catolicismo romano, por exemplo, “Jesus é Deus; Maria é mãe de
Jesus. Logo, Maria é mãe de Deus”. Esse raciocínio serviu como ponto de partida para
fundamentarem uma das mais arraigadas doutrinas: “Sou filho de Deus; logo sou Deus”. A ideia
tomou corpo ao ser difundida mundialmente pela atriz norte-americana Shirley MacLaine, através
dos seus livros “Minhas Vidas” e “Dançando na Luz”.
Ela atribuiu a si mesma essa condição de deusa por ser filha de Deus. Prefere ignorar e quer que
as pessoas também o façam, o versículo 12 do capítulo primeiro do Evangelho Segundo João: “Mas
todos quantos O receberam deu-lhes o poder de SEREM FEITOS FILHOS DE DEUS; aos que
creem no seu Nome”. Deus atribuiu filiação divina exclusivamente aos que aceitam a Jesus como
Senhor e Salvador. Somente através dessa iniciativa a pessoa passará a usufruir a condição de filho
por adoção através de Cristo (Efésios 3)
[Nós somos filhos adotivos de Deus: Efésios 1.5,6: “E, em seu amor, nos predestinou para
sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua
vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado”; Cristo
é o Filho legítimo de Deus: João 1.14: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Vimos a sua
glória, glória como a do Unigênito do Pai, cheio de graça e Verdade”].
Além de destruir o homem espiritualmente, a Nova Era corrói também o que ainda resta da sua
moral. Ninguém ouviu algo de bom atribuído a esse movimento, como o combate à corrupção
política e social, a moralização dos costumes, a vergonhosa realidade do abismo salarial,
contribuição no combate à inflação, oferecer ajuda para permitir uma vida mais digna ao
trabalhador e tantas outras coisas, cuja bandeira poderia arvorar (elevar) e ir à luta, se realmente
estivesse preocupada, como diz estar, com um novo tempo de elevação da humanidade.

14.2. A grande confusão

Ao contrário de tudo isso, o que ela defende é a libertinagem, confundindo imoralidade com
liberdade de expressão, em nome do falso direito do indivíduo dar livre vazão aos seus instintos.
Segundo afirmam, na Era de Aquário, o homem é livre para fazer o que desejar. Não existe mais
pecado e nem juízo. Deus tornou-se a essência do ser humano, passou a ser criado à sua imaginação
individual, recebendo a forma que cada um possa conceber em suas mentes.
[João 8.34,36: “Jesus explicou-lhes: ‘Em verdade, em verdade vos asseguro: todo aquele que
pratica o pecado é escravo do pecado… se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”;
Romanos 2 11-13: “Porquanto em Deus não existe parcialidade alguma. Pois todos os que sem a Lei
pecaram, sem a Lei também perecerão; e todos os que pecarem sob a Lei, pela Lei serão
julgados. Pois, diante de Deus, não são os que simplesmente ouvem a Lei considerados justos; mas
sim, os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos”.]
Esclarecemos que, mesmo acreditando que podem ser deuses, os adeptos da Nova Era estão
muito além dessa realidade por não aceitaram o cristianismo como forma e o sacrifício de Jesus.
Eles creem na reencarnação como forma de remissão e negam a necessidade de justificação pela Fé.
Nesse particular, estão sendo coerentes. Ao acreditarem no pagamento de pecados por meio de
sucessivas reencarnações, não há necessidade de Fé, pois o ciclo reencarnacionista se realiza
automaticamente, independente da vontade pessoal de cada um, que deve aceitar de bom grado o
que lhe for determinado passar nas vidas posteriores, tanto o bem como o mal.
Nesse caso, são bastante contraditórios ao afirmarem que o homem é produto de seus próprios
pensamentos. Se ele deve aceitar passivamente o que lhe foi predestinado no mundo espiritual,
antes mesmo de nascer, como poderia modificar os rumos da sua vida através do pensamento
positivo? Será que tentar mudar o que lhe foi reservado não seria rejeitar o pagamento da sua dívida
cármica? Isso prova que a reencarnação é inútil e que nada podemos fazer exclusivamente através
de nossos próprios pensamentos.
Sem dúvida, a Nova Era arrastará consigo uma incontável multidão. Não haverá ninguém capaz
de impedir isso, porque assim está escrito e assim será. Entretanto, compete aos que estão
compromissados com a verdade de Cristo tentar, por todos os meios, diminuir o número dos que
seguirão por esse caminho. Nisso, contarão com a ajuda do Espírito Santo “até que do meio seja
tirado”, conforme assinala Paulo em sua Segunda Carta aos Tessalonicenses 2.7. Haverá muitos que
se dizem cristãos seguindo os atrativos chamados da Nova Era, motivo pelo qual foi ordenado que
se pregasse “a hora e fora de hora”. Certamente todos deverão dar contas daquilo que lhes foi
ordenado fazer.

[Ezequiel 3.18: “Quando Eu falar ao ímpio: ‘Certamente morrerás!’, se não o advertires e não
disseres nada para preveni-lo sobre seu caminho errado e danoso, a fim de salvar a sua vida, aquele
ímpio morrerá por causa da sua própria malignidade; contudo, Eu exigirei da tua mão o sangue dele,
porquanto recebeste a responsabilidade de pregar àquela pessoa”; Judas 1.22,23: “E apiedai-vos
de alguns que estão na dúvida, e salvai-os, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia
com temor, abominação até a túnica manchada pela carne”]
15
COMO AGE A NOVA ERA

Ao surgir qualquer movimento de ordem política, social, econômica ou religiosa, há interesses


das pessoas em saber os detalhes sobre o assunto. Quando se trata de questões religiosas, as
atenções dos grupos denominacionais são logo atraídas e se posicionam conforme os pontos de vista
de cada grupo em particular. Com a chegada da Nova Era, a reação não foi diferente. Houve muitas
organizações totalmente favoráveis às suas ideias e pensamentes, mesmo entre os cristãos. Apesar
disso, a maioria dos adeptos do cristianismo não aceita as pregações de Nova Era. Os que ainda não
a conhecem, estão procurando saber do que se trata, já que é evidente o seu envolvimento nos
acontecimentos que sinalizam os finais dos tempos, conforme predizem as profecias bíblicas.
O principal ponto a ser divulgado sobre esse movimento é a sua maneira de agir,
incontestavelmente, ela soube penetrar com eficiência em todas as camadas da sociedade, trazendo
em seu bojo um conteúdo que sempre atraiu e fascinou o homem: o misticismo, esoterismo e o
mistério. Explorou esse aspecto da personalidade humana, seduzindo pessoas através de um grande
despertamento, para o ocultismo, que tem chegado às raias do fanatismo entre os que são dotados de
maior sensibilidade. O recrudescimento (agravamento) das práticas esotéricas fizeram surgir fontes
de alto faturamento, tanto no mercado editorial como no setor de joalheria; às indústrias de
cerâmica, estudiosos do ocultismo, profissionais da área psíquica, órgãos da imprensa, outros
segmentos do comércio e pessoas dotadas de senso de oportunismo.
Seus organizadores sabiam que, para atingir seus objetivos, deveriam seguir esse caminho. O
esquema foi muito bem armado e o sucesso veio mais rápido do que esperavam, obrigando-os
procurar novas formas de ocultismo para continuar alimentando as crendices populares.
Ressuscitando as pedras rúnicas, um antigo sistema de previsão do futuro utilizado pelos povos
vikings e que foi esquecido por mais de quinhentos anos.

15.1. Cartas de tarô

A Nova Era trouxe-o de volta, sendo incontável o número de pessoas que se especializou na sua
leitura, vendendo seus serviços ao público e revistas que exploram o misticismo. A mensagem
rúnica é transmitida através do lançamento de vinte e quatro pedrinhas que compõem o jogo,
marcadas com símbolos semelhantes às letras do antigo alfabeto grego e, conforme vão caindo,
formam-se palavras e frases, traduzidas pelo livro que contém as respostas.
Além das runas, verificou-se uma verdadeira febre de consultas às cartas de tarô, outro sistema
adivinhatório através dos símbolos gravados em cartões tipo baralho. Segundo a história esotérica, o
tarô teria vindo do Egito e para lá fora por um tal “Anjo Metráton”. Nas cartas estaria encerrada
toda a sabedoria divina, o que nos leva a desconfiar dessa sapiência pois o jogo consta apenas de
vinte e quatro cartas. Enquanto isso, só de horóscopos aparecem uma meia dúzia de tipos diferentes
e, nesse embalo, o uso generalizado de talismãs e amuletos faz a alegria das lojas especializadas em
artigos místicos.

15.2. A terapia de vidas passadas

O grande golpe do sistema fica por conta da “Terapia de Vidas Passadas”, um novo tipo de
tratamento dos traumas que desbancou a psicanálise da moda nas altas rodas, que agora frequentam
os institutos de tratamentos na base do esoterismo. Isso piora bastante a situação dos que gostam de
“modismo”, porque a Terapia de Vidas Passadas nada mais é do que a mais inteligente armação para
sustentar a tese da reencarnação. Os que utilizam esse meio podem correr sérios riscos de
agravarem ainda mais seu estado de saúde por dois motivos: primeiro, porque não existe nenhuma
prova de que, caso houvesse reencarnação, o espírito poderia voltar às vidas anteriores. Segundo,
trata-se de uma prática meramente esotérica, havendo muitos charlatões oportunistas aproveitando-
se da ocasião para ganhar dinheiro.
Trata-se de um caso da mais alta seriedade. Envolve a mente e o espírito das pessoas, exigindo o
esclarecimento de alguns detalhes importantes. A Terapia de Vidas Passadas, conhecida pelas letras
“T.V.P.”, consiste em induzir o paciente a supostamente voltar no tempo e no espaço, às vezes
milênios, a procura de uma encarnação em que possivelmente tenha sofrido um profundo trauma
emocional do qual não conseguiu livrar-se através das sucessivas reencarnações. Essa dificuldade é
que estaria prejudicando-o na vida presente.
A indução é feita pela hipnose num estado de sono profundo. Segundo os praticantes dessa
terapia, o paciente vai direto à encarnação em que sofreu o trauma, informando ao terapeuta onde se
encontra e o que está acontecendo, narrando em pormenores as cenas e os fatos que lhe causaram o
problema. Através da sugestão, o terapeuta “apaga” da memória do consulente(s) passagem(s) que o
traumatizou(aram) trazendo de volta à vida atual livre do problema.
O sistema, segundo seus adeptos, pode curar as mais diversas doenças, desde dor de cabeça
crônica e inexplicável, etá tiques nervosos, fobias, pesadelos iguais e constantes, aversão a alguns
tipos de animais, comidas, ambientes e classes profissionais como soldados, médicos, religiosos,
chefes de departamentos e outros. É uma prática que não merece nenhum crédito, tratando-se de
mais um meio de enganar. A reencarnação não existe e se caso existisse, mais ainda a Terapia de
Vidas Passadas seria tapeação, ou os reencarnacionistas já nada sabem sobre sua doutrina.
Dizem que é renascendo que o espírito alcança evolução, atinge um estado de sabedoria e
progride até atingir um estágio superior. Como poderia esse espírito em constante progressão passar
tantas vidas na terra sem se livrar de um simples trauma? Se milênios de vai-e-vem nesse e no outro
mundo não foram suficientes para o espírito desvencilhar-se de um acontecimento que o
traumatizou, até quando ficaria na encarna-desencarna para alcançar um estágio superior?
[Hebreus 9.27,28: “E, assim como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois
disso o Juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados
de muitas pessoas; e aparecerá segunda vez, não mais para eximir o pecado, mas para brindar
salvação a todos que o aguardam!”; Provérbios 14.12: “Há caminhos que ao ser humano parecem
ser as melhores opções de vida, mas ao final conduzem à morte”]
15.3. Antigos sistemas de cultos

Esse questionamento é a Nova Era e os defensores da reencarnação que devem responder. O que
nos importa é saber que seus adeptos estão convictos de onde querem chegar. Para atingirem seus
objetivos valem-se das coisas que já existem por que satanás nada pode criar. Assim, procuram
levar os homens a voltar aos antigos sistemas de cultos aos deuses Normes dos vikings – Urd,
Verdandy e Skull – um povo que viveu na região da Dinamarca.
Outro culto que tentam ressuscitar é a da civilização Celta, que habitou a região da Gália antiga.
Seus sacerdotes chamam-se Drúidas e acreditam os místicos que eles eram dotados de grande
sabedoria e capazes de controlar as forças da natureza. Na Inglaterra o culto druídico é muito
concorrido e os mistérios dos Celtas continuam atraindo multidões.
Existem outros deuses de diversas civilizações antigas que voltaram a ser cultuados na Europa,
Ásia e Américas, onde podemos observar o fenômeno, principalmente em relação ao paganismo
Maia, Asteca e Inca, escudados pelos mistérios de Tiahuanaco e Machu-Pichu, sucessores de
civilizações ainda mais antigas. O assunto é muito extenso, mas essa amostra é suficiente para se ter
uma ideia de como satã está desenvolvendo o seu plano para levar o homem à perdição. A manobra
tem um endereço certo. Ela pretende anular a cruz de Cristo, varrê-la da memória do povo, fazer a
humanidade esquecer que houve em sua história um Homem chamado Jesus, que foi crucificado
para salvá-la do seu próprio ego, um impedimento para ela ver e aceitar a glória de Deus.

16
A ESTRATÉGIA SATÂNICA

A estratégia satânica consiste em cada vez mais tornar louca e inaceitável a ideia de um homem
inocente morrer crucificado para salvar seus semelhantes. A tese – dizem – torna-se mais insana por
afirmar ser Ele o Filho Unigênito de Deus. Como um Pai extremamente justo – questionam –
poderia permitir que seu Filho inocente morresse a favor dos culpados? Que justiça seria essa onde
o erro é castigado em quem não pratica? Através do raciocínio comum, esse pensamento é lógico
para quem não entende o plano de salvação estabelecido por Deus para os homens. Esse era o
pensamento da civilização contemporânea de Jesus. Os gregos achavam a cruz uma loucura e os
judeus consideravam-na uma vergonha. Ainda hoje, satanás quer conservar esse raciocínio,
impedindo que o homem veja a cruz como um símbolo de Vida e não de morte.
[1 Coríntios 1.18: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão sendo destruídos, porém
para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”; Mateus 11.25,26: “Jesus proclamou:
‘Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e
as revelaste aos pequeninos. Amém, ó Pai, pois assim foi do teu agrado!’”]
16.1. O plano salvífico de Deus

Apoiado em sua própria inteligência e raciocínio, o homem jamais poderá compreender e aceitar
essa verdade. As faculdades mentais são muito finitas para alcançar o pensamento de Deus. Por
isso, veio à Terra o Espírito Santo com a missão de “abrir o entendimento” para essa verdade, pelo
poder divino. Sem a ação do Espírito, ninguém entenderá como e porque o Filho de Deus deixou-se
morrer de maneira tão vil, em meio aos malfeitores.
Parece fácil aos olhos satânicos acabar com essa crença. É só continuar afirmando que é absurda
e oferecer opções que pareçam mais lógicas. Mas é verdadeira exatamente por ser absurda e
impossível de ser absorvida pelos homens. Caso contrário, não seria de Deus, pois é Ele a única
inteligência superior, capaz de fazer o que o homem não entende. Se pudesse compreender por si
mesmo o mistério da cruz, por seus próprios méritos não a aceitaria porque estaria nivelado à sua
dimensão e ele sabe que seria incapaz de fazer algo que lhe parecesse uma tremenda loucura.
Paulo disse: “Deus usa as coisas loucas para confundir os sábios”. Jesus afirmou que o Pai
ocultou esse mistério aos grandes e o revelou aos pequenos. Nenhuma pessoa se converterá a Cristo
procurando motivos porque deva fazê-lo. Isso têm impedido encontrarmos um número maior de
intelectuais entre os cristãos autênticos. Por outro lado, é comum vê-los nas fileiras do esoterismo,
levado pelas pregações que lhes parecem mais lógicas e aceitáveis. Para entendê-las não é preciso fé
nem ação do Espírito Santo, bastam o raciocínio e a inteligência, apesar de continuarem ocultas.
Assim, rejeitam a cruz encarada como símbolo da morte, da tortura, do sofrimento e da vergonha.
Uma irracionalidade para as inteligências cultas.
[2 Tessalonicenses 2.11,12: “É por este motivo que Deus lhes envia uma espécie de poder
sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade,
mas decidiram usufruir dos prazeres da injustiça”; Mateus 10.36,38: “Assim os inimigos do homem
serão os da sua própria família… E aquele que não toma a sua cruz e não me segue, também não é
digno de mim”]
É preciso saber quanta lógica e sensatez existem nesse sistema de remissão. Inaceitável e difícil
de entender é como pessoas inteligentes podem acreditar em contos de fadas ou que simples cartar
de baralho podem predizer o futuro. Qual seria a incoerência maior: o fato de existir um Deus que
ama a humanidade a ponto de sacrificar seu Filho para salvá-la ou que algumas pedras de cristal de
rocha carregadas no bolso possam recompor as energias de um homem? A única necessidade para
encontrar-se a verdade é entender que satanás está tentando fazer o que todos os incapazes fazem:
apagando a estrela do outro para que a sua possa brilhar.
17
ESTRATÉGIA DIVINA

O método que Deus utilizou para remir o homem do seu pecado, reconciliando-o consigo
mesmo, é tão extraordinário que nem lúcifer percebeu qual o processo. É um plano perfeito, justo e
satisfatório em todos os aspectos. Essa é a razão pela qual satã fica furioso e esmera-se (dedica-se)
no trabalho diuturno (prolongado) para impedir que um número cada vez maior de pessoas o
compreenda. Ele não se conforma com essa demonstração de Amor e criou a sua Nova Era para
combater a lógica da Verdade. Na orientação do Espírito Santo vamos entender a questão sacrificial
de Jesus. Deus, por meio de um ato único – o Amor – venceu satanás e seus anjos, que são
incapazes de amar. Após enganar o homem, fazendo-o cair da graça de Deus, lúcifer o viu
expulsando-o do paraíso e exultou (teve prazer) de alegria mas, em seguida, veio-lhe o troco em
forma de sentença: “a sua semente (da mulher) pisará a cabeça da tua semente (satanás).

17.1. A estratégia de satanás

Pensando tratar-se de um homem que seria resultado da “semente de mulher”, fertilizada pelo
elemento masculino, perseguiu todos os ungidos de Deus para missões especiais através da história
de Israel, fazendo pecar os reis, profetas, patriarcas, líderes e príncipes; até chegar em Jesus. Ele
usou o seu próprio raciocínio e não pôde entender o que Deus iria fazer, assim como também jamais
poderá anular o sacrifício de Jesus para redenção de seus semelhantes. Só o Amor poderia levar
Deus a raciocinar como se fosse Ele o culpado pela queda do homem, tomando a iniciativa de em Si
mesmo fazer o sacrifício único e verdadeiro para a definitiva reconciliação entre Criador e criatura.
Não é essa imagem que Satanás pretende que o homem tenha de Deus. Ele vem soprando nos
ouvidos mais susceptíveis (sensíveis) que Deus é injusto e castiga sua própria criação por uma
pequena desobediência. Leva ainda ao questionamento de que aquela árvore fora posta no paraíso
de propósito; se não, por que seria ele o único fruto proibido? Diz que não devemos ter complexo
de culpa, o pecado não existe e, consequentemente, não poderá haver também juízo. Justifica suas
afirmações com a invenção da reencarnação, um sistema mais atrativo para quem não conhece a
Jesus nem o verdadeiro Amor de Deus.
17.2. Como teria pensado Deus

Se fosse possível traduzir em palavras o pensamento de Deus na ocasião em que o homem lhe
desobedeceu, sua reação imediata providenciando a redenção pela morte de seu Filho, talvez falasse
dessa maneira; “Eu criei o homem e o proibi comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e
do mal. Satanás conseguiu tapeá-lo. E o condenei para cumprir o que foi determinado, mas o amei e
preciso redimi-lo. Como? Eu serei o único culpado pelo seu pecado porque o criei. Farei o sacrifício
para que possa haver reconciliação entre nós, abrindo o caminho de volta. Em me farei homem e
habitarei na Terra, serei sacrificado em favor da humanidade, ocupando a forma humana – para
sentir na pele o pecado – e meu sangue purificará toda espécie”.
Deus amou o homem a ponto de assumir a culpa, sentou-se no banco dos réus, foi condenado e
executado. Isso ocorreu porque o preço do resgate, estabelecido a propósito pelo próprio Deus, era
tão alto que o homem não poderia pagá-lo, sendo Ele o único credenciado (capaz) a fazê-lo.
Satanás, cujo ódio é tão grande quanto o Amor de Deus, não pôde inicialmente entender o que faria
o Criador para resgate da criatura. Depois do sacrifício vicário (substituto) de Jesus, ele soube que
estava derrotado e condenado, mas adotou a tática de continuar fingindo ignorar essa realidade,
demonstrando um poder que não tem. Com isso, continua enganando a todos os que não conhecem
a Jesus e a intensidade do seu sacrifício para que nós fôssemos vencedores, não mais caindo nas
suas artimanhas como aconteceu no Éden.
Desde a morte e ressurreição de Cristo ele está tentando tirar a cruz da história da humanidade,
mas a porta da salvação está aberta e ninguém poderá fechá-la. Ela não foi aberta pelo homem, pois
ele não tinha como pagar a dívida do seu resgate, desde que deixou-se levar pelo engodo de lúcifer.
Deus pagou o débito e estabeleceu um outro preço para que todas as pessoas tivessem condições de
reaver essa hipoteca, garantindo o seu passaporte para a Morada Celestial.
Agora, basta apenas ao homem aceitar esse fato como verdade pela fé e, como sinal dessa
disposição, convidar Jesus para morar em seu coração. Para fazer isso, ele precisa estar consciente
de seu estado de pecador e da necessidade do sacrifício de Cristo como único meio de livrar-se
desse estigma (desonra). Se o ser humano reconhecer isso, confessar a Jesus sua incapacidade de
auto redimir-se, então estará pagando a sua dívida com Deus porque entregará a Cristo o que lhe
pertence: os seus pecados, comprados a satanás pelo preço estabelecido pelo seu Pai.

17.3. Motivação à ação de Deus

O que levou Deus a proceder dessa maneira para salvar os homens? A Bíblia diz que o homem
foi feito de barro. Essa matéria-prima tinha sido criada muito antes pelo mesmo poder, tornando-se
organismo vivi, mas sem condições de locomover-se, pensar, sentir, criar e amar. Uma vez moldado
à semelhança de Deus, esse Adamá (homem de barro), precisaria receber a essência do seu Criador
para viver eternamente, ocasião em que recebeu o sopro divino nas suas narinas, o “fôlego da vida”,
que lhe deu ânimo, o movimento, chamado na Bíblia de alma vivente.
Como o fôlego de Deus é inextinguível, Ele estabeleceu um elemento do próprio homem como
moeda que serviria para pagamento de um eventual resgate ou prestação de contas. Algo que Ele –
Deus – pudesse oferecer em troca dessa criatura, caso lhe fosse roubada. O elemento era o sangue,
meio líquido circulante no corpo, à semelhança da água – princípio vital de todas as coisas – sem a
qual nada subsiste. O impossível era que esse elemento teria que ser puro, sem ter sofrido a mesma
condenação da humanidade.
Satanás roubou o homem de Deus e seu trabalho sempre consistiu em evitar que o preço fosse
pago, desobrigando-o a devolvê-lo a seu legítimo Dono. O ladrão sabia que, de alguma forma, iria
surgir um representante da espécie portador desse Sangue puro, que seria oferecido a Ele em
holocausto e Deus consideraria a dívida paga, recebendo de volta a sua criatura. “Chegando a
plenitude dos tempos”, o Espírito de Deus cobriu Maria com sua sombra – (Lucas 1.35) – fertilizou
o óvulo e purificou o sangue que formaria o Bebê. Assim, Deus pode tirar entre os homens o
elemento exigido – Sangue – sem nenhuma mácula e perfeitamente aceitável para o resgate.
Jesus venceu todos os ataques satânicos nas condições humanas, sujeito aos mesmos
sentimentos, emoções e dores, pois o seu corpo físico foi herdado de Maria, mas o Espírito que lhe
deu vida era o de Deus encarnado, o Verbo, aquela palavra que havia sido dita a Eva, a “promessa”
de uma semente vencedora. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Então, quem sofreu e
morreu na cruz, derramando Sangue puro, não foi um homem comum, mas Deus encarnado.
Isso significa que Jesus sofreu na carne o pecado porque tinha que ser pago na carne, pois foi ela
que pecou e não o espírito, que é o sopro imaculado e inextinguível de Deus. O espirito nada sofreu,
conforme disse Jesus: “o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” – (Marcos 14.38).
Esse plano tornou possível a ressurreição porque a carne do homem, como pecador, morrerá
dissolvendo-se na terra purificada pelo sangue de Jesus. No último dia, obediente à Voz do comando
de Cristo, a terra formará novamente os corpos e os devolverá incorruptíveis, à semelhança de Jesus
(1 Tessalonicenses 4.16 [16,17: Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta
de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Logo em
seguida, nós, os que estivermos vivos sobre a terra, seremos arrebatados como eles nas nuvens, para
o encontro com o Senhor nos ares. E, assim, estaremos com Cristo para sempre!; João 5.25
[25,28,29: Mais uma vez, verdadeiramente vos afirmo: vem a hora, e já chegou, em que os mortos
ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão… Não vos admireis quanto a isso, pois
está chegando a hora em que todos os que repousam nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que
tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e aqueles que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição da condenação]).
Lembramos que, os que morreram queimados ou na água, também estão na terra, embora não
sepultados numa cova. O fato de a pessoa estar ou não enterrada, em nada altera o que foi
determinado, pois o planeta é nossa sepultura. Deus considera que aqui nascemos e aqui morremos.
Por isso, vai nos levar para um lugar onde nada disso acontecerá. A maneira de agir da Nova Era
está muito distante da realidade sacrificial de Jesus.
É fácil pregar mitos e lendas. Elas não exigem nenhum sacrifício nem a intervenção do Espírito
Santo para serem aceitas. Oferecem ao povo o que ele deseja: viver iludido pela eterna esperança
que as previsões do futuro sempre garantem. Entretanto, o povo jamais deverá esquecer a grande
Verdade de que, ao ser pregado na cruz, o corpo de Cristo tinha dentro de si o Espírito imortal de
Deus, a vida eterna. Então, a morte não foi pendurada na madeiro, mas a Vida, que levantaria Jesus
do túmulo três dias depois, com o mesmo corpo, resgatado pela vida do Pai e o sangue do Filho.
Deus utilizou um princípio totalmente diferente da propalada “lei da causa e efeito”, ou
metempsicose, ou carma, ou reencarnação, que satanás pretende incluir nas mentes de todos aqueles
que não conhecem a Jesus nem o Amor do Pai. Ele usou uma simples lei natural, observada
diariamente à nossa volta, a da “vida para a vida”. Um leão devora um coelho, esse morre para o
outro viver. É um processo em cadeia, como disse Jesus: “se a semente do trigo não morrer, não
poderá multiplicar-se”.
No caso da redenção humana, não poderia acontecer nada mais lógico: Deus, fonte de Vida,
Único que a tem em Si mesmo, ofereceu-a para que o homem não morresse eternamente, mas que
pudesse ser ressuscitado um dia, a exemplo de Jesus. Se um homem bom fosse crucificado, para
nada valeria o seu sacrifício, pois ele não tem a vida em si mesmo. Esse é o motivo pelo qual lúcifer
jamais conseguirá eliminar a cruz da vida humana. Ela é o novo fôlego indestrutível colocado nas
narinas do homem através de Jesus. Isso, no entanto, só ocorrerá a que aceitar o sacrifício redentor
estabelecido por Deus. É o único preço a pagar.
[Hebreus 10.12,14,18 “Jesus, no entanto, havendo oferecido para sempre, um único sacrifício
pelos pecados, assentou-se à direita de Deus… com uma única oferta, aperfeiçoou por toda a
eternidade todos quantos estão sendo santificados… Afinal, onde todas as transgressões foram
perdoadas, não existe mais qualquer necessidade de oferta de sacrifício pelo pecado”.
Porém, a Bíblia também diz: “Produzi, então, frutos que demonstrem arrependimento… O
machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada
ao fogo”. E as multidões lhe rogavam: “O que devemos fazer então?” Diante do que João as
exortava: “Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma; e quem possui o que comer,
da mesma maneira reparta” (Lucas 3.8,9-11); e, em 1 João 3.17-20 diz: “Se alguém possuir
recursos materiais e, observando seu irmão passando necessidade, não se compadecer dele, como é
possível permanecer nele o Amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavras nem de boca, mas
sim de atitudes e em verdade. Desta forma, saberemos que somos da Verdade e acalmaremos o
nosso coração na presença dele; pois, se o coração nos condena, Deus é maior que nosso coração;
Ele é conhecedor de tudo”
Segundo a Palavra de Deus, não é somente quem confessa o Nome de Cristo, ou quem O louva,
que herdará a salvação, mas todo o que pratica a Caridade aqui na terra, pois “a fé, sem as obras, é
morta”; veja: “Nem todo aquele que diz a mim: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus, mas
somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7.21); “Quem sabe que deve
fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4.17); e, por fim, a exortação final: “Porque, se
vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade,
já não resta sacrifício pelos pecados, mas uma horrível expectativa de juízo e fogo ardente prestes a
consumir todos os inimigos de Deus… Assim, terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!”
(Hebreus 10.26,27,31)]
18
POR QUE ENGANAR?

A Nova Era é a religião que dará sustentação a lúcifer. Para executar a sua tarefa, ela precisa
enganar e isso pode ser entendido pelo nosso raciocínio, não faz parte dos mistérios de Deus.
Usando essa faculdade, podemos evitar cair na armadilha das coisas fáceis e tentadoras ofertadas
por esse movimento que pretende ser novo.
Satanás foi derrotado pelo Amor de Deus. Apesar disso, continuamos a conviver com a realidade
do pecado, o que facilita a ação das forças satânicas no intuito de convencer pessoas de que essa
não é a verdade. O cristianismo veio inaugurar um novo sistema de crença e iniciou uma nova
ordem pelo qual a humanidade deveria pautar a sua caminhada. Ele trouxe a que conhece a Verdade,
a certeza real de que a vida continua além do túmulo, mas não para voltar a este mundo e sim gozar
algo indizível numa outra dimensão.
O cristianismo é a única pedra na caminho de lúcifer, ele está lutando para livrar-se dessa
barreira à sua ação devastadora. Apresentando-se como realmente é, enganador, pai da mentira,
ladrão e salteador (assaltante), ninguém desejará segui-lo, pois não haverá nenhum atrativo. Daí, a
necessidade de enganar a ponto da mentira parecer verdade incontestável. A pergunta que surge é
por que satanás, mesmo sabendo-se derrotado, continua insistindo na sua tarefa de tapear e induzir o
povo a rejeitar o cristianismo como verdade absoluta?
A sua persistência está fundamentada no fato de saber que a salvação através de Jesus não é
compulsória, tanto pode ser aceita como rejeitada. A alegria satânica consiste em levar para o
inferno o maior número possível de pessoas que Deus ama intensamente, a ponto de auto-sacrificar-
se por elas. A rejeição de Cristo é uma tremenda tristeza para Deus e uma vitória para seu opositor,
que não fez nenhum sacrifício e tem atrás de si um número maior de seguidores que Jesus.
Todos aqueles que não assumem um real compromisso com Jesus estão ao lado do diabo. A
quantidade de pessoas a seu lado é fundamental para ele, sabendo que haverá um dia enfrentar a
Batalha do Armagedon, a última e definitiva, após a qual saberá quantos estarão com ele no inferno.
Com Jesus não acontece a mesma coisa porque não depende de um exército para colocar seu
adversário no lugar que lhe é reservado. Isso será feito pelo sopro de sua boca.
Antes desse acontecimento, a luta continua como uma “guerra fria”. Qual a tática que satã está
utilizando para enganar, procurando atingir seu objetivo? Ele observou que Deus, através de Jesus,
executou um plano perfeito que resultou numa religião. Por meio dela, será cumprida a profecia
bíblica sobre o fim do atual sistema de vida na Terra, iniciando um tempo eterno sob o reinado de
Jesus.
[Tiago 1.27: “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como sincera e imaculada é esta: cuidar
dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e, especialmente, não se deixar corromper pelas
filosofias mundanas”]
Como simulador, incapaz de criar, copiou o mesmo sistema, procurando ser o mais autêntico
possível e confundir para melhor enganar. A religião que ele criou é muito mais bem organizada em
relação ao cristianismo, funciona melhor e seus adeptos são mais fiéis. A única coisa que falta a ela
é o essencial: a base em que se sustenta o fundamento. Ela não tem nenhum alicerce para firmar-se
e não pode revelar a ninguém porque não tem o que revelar, é oculta.
O cristianismo é fundamentado na morte e ressurreição de Jesus. Nada é oculto, foi revelado ao
homem desde a fundação do mundo e continua informando os acontecimentos com extrema
precisão até o último dia. É verdadeira por ser a religião que revelou Deus à humanidade. Alicerça-
se no fato de Jesus ter vindo à Terra em carne e osso, manifestando-se ao mundo através de atos e
Palavras.
Sua origem é conhecida, não é um mistério insolúvel, mas algo palpável e lógico, em que se
pode crer sem que a nossa natureza rejeite automaticamente. Ao contrário do esoterismo, que
ninguém sabe de onde veio, quais suas verdadeiras origens, ficando tudo na incerteza, no terreno
das hipóteses.
Assim como no cristianismo Deus deu Poder de cura através do Espírito Santo a todo aquele que
crê, lúcifer fez a mesma coisa com sua religião. Os satanistas, espíritas, budistas, hinduístas e
demais religiões não cristãs também curam e fazem verdadeiros milagres para enganar. Parece tão
verdadeiro a ponto de tapear – se possível – “até os escolhidos”, conforme alertou Jesus por
conhecer o que iria acontecer e como satã procederia para tentar anular a redenção que ele
conquistara na cruz.
[“Não vos deixes enganar de forma alguma, por ninguém. Porquanto, antes daquele Dia virá a
apostasia e, então, será revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição… Na realidade, o
mistério da iniquidade já está em ação, restando tão somente que seja afastado aquele que agora o
detém. Então, será plenamente revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de
sua boca e destruirá pela gloriosa manifestação da sua vinda. Ora, o aparecimento desse anticristo é
de acordo com a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas ilusórias, e com
todas as artimanhas e engano provenientes da injustiça para os que estão perecendo, porquanto
rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. É por este motivo que Deus lhes envia uma
espécie de poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não
creram na Verdade, mas decidiram usufruir dos prazeres da injustiça” (2 Tessalonicenses 2.3,7-12)]
Por isso é necessário mentir. Somente através da falsidade é que ele conseguirá, como tem feito,
arrebanhar verdadeira multidão. Essas pessoas representam as cinco virgens loucas da parábola
contada por Jesus e registrada no Evangelho de Mateus, capítulo 25. Os desvarios (delírios) dessas
virgens verifica-se em função de desconhecerem a Palavra de Deus. Foram imprudentes
espiritualmente e não vigiaram, chegando atrasadas para bodas.
Jesus alertou que não conhecer a Bíblia é um erro: “Errais não conhecendo as Escrituras e nem o
Poder de Deus” (Mateus 22.29). As virgens representam as pessoas que estão deixando levar-se por
falsas religiões e práticas não recomendadas pela Bíblia. Quando perceberem que estão erradas e
nada têm a oferecer ao noivo, estando vazias em seu interior, tentarão buscar os verdadeiros
conhecimentos, mas chegarão tarde.
É fundamental a satanás enganar e conservar as pessoas enlevadas (encantadas) com o
esoterismo e a falsidade até o último momento. Todas as que não estiverem preparadas serão
rejeitadas e ficarão à mercê (bel-prazer) do diabo, objetivo que ele pretende alcançar a todo custo. É
preciso que ele leve as pessoas a evitarem ao máximo conhecer a Verdade das Escrituras, pois se
estudarem, o Espírito Santo as tocará e se converterão, saindo das trevas para a Luz e escapando de
suas garras.
19
FUJA DOS ENGANADORES

Na Praça da Sé, em São Paulo, comumente vemos camelôs vendendo as mais diversas
mercadorias. Para atraírem as atenções do povo, fazem shows com cobras e lagartos. Usam
cantores, instrumentistas, bailarinas e as mai inusitadas (incomuns) formas para chamarem a
atenção pública. Começam o “espetáculo” contando uma história engraçada. Quando notam um
número razoável de presentes, iniciam a segunda etapa, anunciando as “qualidades” dos seus
produtos. Enquanto o público está com suas atenções voltadas para o camelô, batedores de carteiras
estão agindo, procurando vítimas que lhes pareçam descuidadas, negligentes e desavisadas.
Satanás utiliza a mesma estratégia. Ele distrai as pessoas com espetáculos enganosos, festas,
lindas mulheres, dinheiro, diversões e um infindável número de atrativos. O povo se dá por
satisfeito com o que está sendo apresentado e não se interessa em procurar se porventura não
existiria algo melhor do que aquilo que está posto diante dos seus olhos. Enquanto isso, é roubado
em sua paz, tira-lhe a saúde, o dinheiro, a tranquilidade, a compreensão, o amor e os demais
atributos que são os verdadeiros tesouros do ser humano.
Se não enganar, o diabo não consegue o seu intento de roubar, matar e destruir (João 10.10). É
evidente que ele não se apresenta como tal. Vem como “anjo de luz” e essa é a razão, aliada ao
desconhecimento bíblico do povo, pela qual tem conquistado multidões. É incontável o número de
pessoas que cultuam satanás conscientemente, tendo-o como deus verdadeiro e bom, ignorando que
cobra insuportáveis juros de tudo que dá e ainda leva os espíritos de seus adoradores para serem
queimados no inferno.
A urgência que fazer as pessoas crerem numa mentira é tão grande que a sua religião deveria ter
um apelo facilmente aceitável. Ela teria que, obrigatoriamente, oferecer atrativos irresistíveis. Isso,
satã conseguiu firmando-a numa base tripla: aparentemente nova, trazendo solução para a
humanidade e sem exigir nenhum compromisso doutrinário. A fórmula deu certo mais pela índole
própria do homem em procurar coisas fáceis e sem exigências do que pela eficácia do modelo.

19.1. A opção do homem

Se o cristianismo fosse a única religião mundial, a humanidade não teria como errar, pois não
existiria outra opção a seguir. No entanto, isso seria injusto, pois o pecado ensejou (possibilitou)
oportunidade a lúcifer para também implantar o seu sistema religioso, o que era necessário para
oferecer chance de escolha, já que a salvação é optativa (opcional).
A Justiça Divina é tão perfeita a ponto de permitir ao homem opção de escolha entre Deus e o
diabo. Deveria haver outra alternativa para que ela pudesse ser exercida. Seria injusto impedir uma
pessoa ir para o inferno se assim ela desejasse, um desrespeito a sua vontade, que é sagrada e
atributo exclusivo do homem dada pelo próprio Criador. Conhecendo essa realidade, Deus foi às
últimas consequências para salvar a todos que desejarem estar com Ele na Pátria Celestial por meio
do sacrifício de Jesus, ainda em vigor.
Para quem tem apenas uma chance, a lógica é procurar aproveitá-la ao máximo. Emprega todos
os meios possíveis, não raras vezes, ilícitos (proibidos) e condenáveis. A questão em jogo sempre
foi a felicidade do homem como coroa da criação, imagem e semelhança de Deus. O ponto crucial
da disputa é que Deus quer salvar e o diabo condenar e destruir. Com a liberdade de escolha e o
atributo satânico da mentira em ação, não é de admirar-se a humanidade estar caminhando para o
caos, pois Deus já fez o que podia e nada mais resta além do único Caminho: Jesus.

19.2. Satanás e as novas táticas

Quando há dois adversários tentando viver no mesmo espaço, um tem que desaparecer para que
o outro sobreviva. Satã está consciente de que não será ele o vitorioso e necessita acelerado
processo de arregimentação (reunião) de adeptos, justificando as maneiras cada vez mais
sofisticadas que ele tem utilizado para enganar. As velhas fórmulas como guerras, perseguições,
ambição desmedida pelas riquezas e outras já não vinham surtindo os efeitos desejados.
Para ele, a falta de resultado deve-se ao fato de que a humanidade evoluiu em seu pensamento. O
mundo chegou à conclusão de que os velhos procedimentos só trouxeram desgraças à espécie e
procurou estabelecer um compromisso menos selvagem e mais sublime (elevado), condizente com
o ser racional. Ardiloso (astuto), estabeleceu um sistema mais sutil e atualizado de engano, atraente
e defendido por seus adeptos.
Surgiram o pensamento positivo, as novas filosofias religiosas, o misticismo desmedido, o
esoterismo sem freio, a ideia de microcosmo dentro do macrocosmo, o poder pessoal ilimitado, o
raciocínio holístico, o auto-endeusamento e outras medidas objetivando o mesmo fim. Ele não está
mais provocando danos através da ação: passou a concentrar o seu poderio destrutivo por meio do
pensamento. Deduziu que essa faculdade iria levar o homem a um estágio em que acabaria
rejeitando suas artimanhas.
Np pensamento do homem está a consciência; aí é o lugar de agir – pensou lúcifer – e criou um
“novo” sistema de raciocínio, oferecendo lógica à infinita capacidade de análise do homem. Com
isso, tem conseguido, nos últimos anos, enganar mais que em séculos anteriores. O primeiro passo
foi levar a sociedade a repudiar o velho, convencendo-a de que a moda sobrepuja os padrões morais
determinados por Deus desde o princípio.
Ele precisa enganar dizendo que o fio dental e o top-less são modas, e nudez é arte, a prática do
sexo livre e desenfreado é moderno, o consumo de drogas leva aos estados de consciência
alternados, o divórcio é a solução para os problemas corriqueiros do matrimônio, a decisão quanto
ao futuro da humanidade está nas mão do homem e que poderá ser previsto por diversos sistemas.
Se não convencer, fatalmente verá diminuindo o número de seus seguidores.
Em virtude do pecado, o homem gosta de todas as coisas que sutilmente tem sido oferecido
oferecidas pelo poder das trevas. É necessário abrir os olhos para esse engano, pois a prática de
coisas que não são prescritas (ordenadas) na Bíblia leva o homem ao inferno. Se alguém vai pescar
mesmo gostando de chocolate, usará minhocas como isca, pois esse é a comida do peixe. Para ele,
não importa do que goste, mas sim o que atrairá os peixes ao anzol.
O Poder de Deus é tremendo. Ressuscitará Napoleão Bonaparte para responder por seus atos.
Para o homem esquecer esse fato irreversível, satanás coloca o que ele gosta à sua frente e o
convence de que poderá usufruir a vontade, conforme fez com Eva. É a isca que fatalmente atrai o
peixe e, mesmo com milhares sendo fisgado, outros continuam mordendo a isca, levando o mesmo
fim que os primeiros.
Pense em duas situações: na primeira, uma pessoa seria digna de que seu Criador fizesse por ela
um impagável sacrifício. A segunda, alguém tentando convencer essa mesma pessoa de que a ideia
seria um absurdo. Estava livre para fazer o que desejasse sem ter que prestar contas a ninguém. A
primeira foi uma escolha sensata (sábia). Achou-se digna do Amor do Pai a ponto de receber este
sacrifício como verdadeiro. A segunda, considera-se indigna desse Amor ao não aceitá-lo, passando
a ser dirigida por um poder que nada exige porque nada deu. Você é livre para fazer tudo que
desejar, nenhum preço foi pago para que vá para o inferno e ninguém fez qualquer sacrifício para
que fosse para lá. O passaporte é gratuito, basta aceitar os enganos satânicos.

20
ENGANANDO CRIANÇAS E JOVENS

Satanás vem enganando adultos com irresistíveis promessas, também executa um plano para
tapear crianças e jovens. Esse público é importante para o crescimento de sua religião e representa o
futuro, devendo ser treinado e doutrinado. Conhecendo seus gostos está lhes oferecendo o que
desejam, levando uma transformação jamais vista no sistema de diversão eletrônica a disposição
desse público.
Os jogos de vídeo-games se tornam cada vez mais sofisticados. Livros e revistas falam em
fantasia, reencarnação, telepatia e outros poderes ocultos. Os filmes exploram a imaginação,
mostrando aventuras repletas de misticismo, apresentando o estranho e o fantástico. Isso é usado
para introduzir crianças e adolescentes em seu mundo de mentira e ilusão, facilitando o aliciamento
(envolvimento) posterior para o esoterismo e a superstição. O método leva crianças à predisposição
psicológica em receber o ensinamento do sobrenatural como lógica, sem questionamentos
inoportunos (inesperados) e delicados.
Um número significativo de jovens seguem ideologias de religiões exóticas (esquisitas), que não
são cristãs e defendem a reencarnação. Eles não sabem o que estão seguindo, desconhecem seus
principais pontos doutrinários. De mesma forma, estão alheios aos fundamentos da Doutrina cristã.
Essa ignorância vem de pais e avós, também desconhecedores do assunto, e leva-os,
inconscientemente, a juntarem-se a Nova Era, usando toda simbologia que esse movimento
introduziu na sociedade. É a identificação dos seguidores de lúcifer. Ele luta para não perder
nenhum, mesmo sabendo que não estão conscientes da opção que automaticamente fizeram.
A televisão mostra desenho de super-heróis, estranhos seres de outros planetas, monstros
horríveis, homens que se transformam em robôs e máquinas que raciocinam. Nunca lhes faltaram os
superpoderes dados pelos deuses ocultos. Atrás disso, vem toda a estratégia de “marketing”
montada em torno das figuras do super-heróis, vendendo brinquedos, bonecos, fantasias, armas,
histórias em quadrinhos e uma infinidade de artigos sobre esses fantásticos seres que povoam a
mente das novas gerações. Há sempre um garoto fantasiado de super-herói, brandindo armas em
direção aos colegas, desejosos de estarem também fantasiados.
Toda patente da produção televisiva e dos filmes abordando o tema vêm dos Estados Unidos, o
berço da Nova Era. A preferência do público por esse gênero é tão acentuada que fez o sucesso de
sete entre dez maiores produções da história do cinema. A lista de títulos é grande, mas trabalhos
como “E.T. O Extraterrestre”, “Guerra nas Estrelas”, Caçadores da Arca Perdida” e outros
continuam atraindo as atenções e tornaram-se verdadeiros cultos da juventude em todo o mundo.
Em termos de faturamento, oitenta por cento dos filmes que obtêm sucesso de bilheteria são do
gênero fantasia e a procura de novas histórias continua frenética, pois o retorno financeiro é sempre
garantido.
Essa onda intensificou-se a partir de 1986, depois da grande concentração mundial dos
integrantes da Nova Era para fortalecerem o seu “campo de força”. Os desenhos animados da
televisão ganharam rapidamente a preferência infantil. É ela que mais explora esse novo filão
(fonte), levando milhares de dólares aos cofres de seus produtores e exibidores.
[1 João 2.15-17: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência (cobiça) da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo
passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre”;
“Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e
todos passaram pelo mar… Mas Deus não se agradou da maior parte deles; pelo que foram
prostrados no deserto. Ora, estas coisas foram feitas para exemplo, um fim de que não cobicemos
coisas más, como eles cobiçaram... Ou provocaremos a zelos o Senhor? Somos, porventura, mais
fortes do que Ele? Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são
lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Coríntios 10.1,5,6,22,23)
“Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Salmos 101.3)]
21
OS SUPER-HERÓIS MODERNOS

A título de exemplo, citaremos He-Man, seus amigos e inimigos. Foi um clássico do gênero.
Esse “herói” e sua turma vieram do planeta Etérnia e He-Man usava uma espada mágica com o qual
defendia o castelo de Grayskull, cuja tradução significa “crânio cinzento”, referindo-se a caveira.
Ao erguer a arma e gritar “eu tenho a força”, transformava-se no homem mais poderoso do
universo, recebendo um poder cósmico invencível.
Embora contraditório, ele precisava de amigos igualmente poderosos para ajudá-lo. Contava com
a extrema fidelidade de um tigre, que se transformava num gato encouraçado; e colaboração de um
duende voador e a indispensável presença de uma fada, que além de se transformar em águia, ainda
tinha poderes telepáticos, fabricava poções e amuletos, com os quais neutralizava os maléficos
poderes dos inimigos.
O objetivo não é fazer uma análise desse desenho ou de outro do mesmo gênero. Contudo,
chamamos a atenção para o fato de os produtores fazerem He-Man o humano mais poderoso do
universo. É a substituição sutil do conceito do poder universal nas mentes infantis. O herói, criado
na onda do esoterismo, tomava o lugar do Deus verdadeiro na formação psicológica da criança.
Mais ainda, que seu poder não era total ao precisar da ajuda de amigos, formando ideia de deuses
lutando em conjunto para desfazer a imagem do Deus único.
Se perguntássemos a uma criança, cujo entretenimento era assistir a esse desenho, qual seria o
homem mais poderoso do universo, facilmente responderia He-Man. Poderíamos ir além nas
implicações psico-espirituais que esses tipos de desenhos causam nas crianças, mas cremos que,
para pais conscientes, basta esse alerta.
Um outro trabalho completa a carga de esoterismo que faltou ao defensor de Grayskull. Trata-se
de She-ra sua irmã gêmea. Igualmente forte, superava o irmão pela faculdade de dominar animais
selvagens através da telepatia. Sua montaria era um “cavalo espírito” e se transformava no lendário
unicórnio alado, animal mitológico que povoou a mente de diversas civilizações da antiguidade.
Algumas lindas esotéricas e místicas consideravam esse animal como símbolo da castidade ou da
sexualidade sublimada (elevada). Seu significado oculto está relacionado com o homem espiritual.
Os nomes dos inimigos desses personagens dão bem uma ideia de que está por trás dos
bastidores, manipulando os grupos que produzem o material para a Nova Era: Maligna, Esqueleto,
Sombria e Felina são alguns deles entre outros igualmente sugestivos quanto a sua origem. As
aventuras desse casal de irmãos viraram filmes de sucesso em todo o mundo.
O êxito dessas produções transformou-se numa violenta febre de consumo do material a elas
relacionados. Camisetas estampadas, capas de cadernos escolares, estampas em lençóis, fronhas e
toalhas de mesa, adesivos plásticos, decalques (adesivos de veículos), revistas em quadrinhos e uma
grande linha de produtos.
Toda esse movimentação teve sua origem na arrancada decisiva da Nova Era em 1975 e ganhou
força a partir de 1986. Sem dúvida, existe muita coincidência entre os fatos relacionados a essas
manifestações públicas da Nova Era e a explosão de sucessos do gênero fantasia, que podemos
denominar de esoterismo disfarçado.
Os exploradores do gênero tinham tanta certeza do sucesso, que inventaram o sistema de
marketing. Anteriormente, primeiro esperava-se o êxito de bilheteria da produção para depois
investir-se no material. Logo, o procedimento mudou. Exemplo disso está no lançamento de “Os
Thundercats”, que surgiram acompanhados por um pacote que incluía tudo que fora vendido com os
heróis anteriores.
Por que os criadores desse novos personagens estavam tão convictos do retorno do investimento?
E por que as crianças agiram exatamente como esperavam, aceitando de imediato os Thendercats,
fazendo deles uma alta fonte de renda para seus produtores? Sabiam que a mente das crianças
estava tomada pela magia do gênero e continuaram alimentando-a, oferecendo-lhe variedades para
que o sistema não se tornasse cansativo e monótono, acabando por ser rejeitado a curto prazo.
O engano programado não fica apenas nos desenhos da televisão e filmes de cinema. Também as
livrarias são invadidas por extensa lista de títulos, alguns deles alcançando tiragens astronômicas. O
objetivo é sempre o mesmo: divulgar o esoterismo nas suas mais variadas formas e dimensões. Eles
ensinam invocação ao mortos, conjuração (união) de espíritos, clarividência, telepatia, feitiçaria e
bruxaria. Apresentam ainda outros ingredientes como cinturões, espadas e amuletos mágicos.
A literatura oferecida aos adultos é mais profundo. Instrui como entrar em contato com as forças
sobrenaturais, desenvolver capacidade mediúnica, autoconhecimento, transe psíquico e uma série de
outras práticas ligadas ao ocultismo.
A música também é indispensável nesse processo de engano. No Brasil estão se tornando
conhecidos os cantores da música “new-age”, tocadas e cantadas como terapia de relaxamento.

[“Eis que venho sem demora! E trago comigo o galardão que tenho para premiar a cada um
segundo as suas obras… Bem-aventurados todos os que lavam as suas roupas no sangue do
Cordeiro, e assim ganham o direito à árvore da vida, e podem adentrar na Cidade através de seus
portais. No entanto, fora estão os cães, os bruxos e ocultistas, os que cometem imoralidades sexuais,
os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira” (Apocalipse 22.12,14,15)
É permanecendo, até o fim. nas boas obras, feitas em Cristo, que ganhamos o direito de herdar o
Reino Eterno: “Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. E que
fruto colhestes, então, das atitudes das quais agora vos envergonhais? Pois o resultado final delas é
a morte! Contudo, agora libertos do pecado, e tendo sido transformados em escravos de Deus,
tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!”
(Romanos 6.20-23). E, Jesus também disse em Lucas 11.39,41: “Vós, fariseus, purificais o exterior
do copo e do prato; mas vosso interior está entulhado de avareza e perversidade. Insensatos! Aquele
que criou o exterior não criou igualmente o interior? Portanto, dai ao necessitado do que está dentro
do prato, e vereis que tudo vos será purificado”]
22
CRUEL REALIDADE

Noventa entre cem diriam não haver nenhum problema nos fatos aqui apresentados. Alguns
considerariam essa mentalidade arcaica e ultrapassada. Afirmariam, com certeza, tratar-se de mais
um modismo passageiro, salientando que crianças necessitam da fantasia própria do seu mundo
psicológico, caindo no esquecimento tão logo passem essa fase.
São afirmativas verdadeiras do ponto de vista do conhecimento humano, da ciência física e
mental, mas até onde pode chegar uma pessoa tendo seus pensamentos dirigidos e controlados por
uma outra força, ainda não existem condições para uma avaliação satisfatória. Satanás cegou o povo
para não ver a verdade. Essa falta de percepção da armadilha que há por trás da Nova Era resulta
das “mentes cauterizadas” (paralisadas) a que se referiu o apóstolo Paulo. As pessoas têm se
envolvido com o esoterismo para fugir da terrível realidade que as ameaça, acentuando-se cada vez
mais conforme passam os dias. A fuga não poderá ser por esse caminho; ele conduz direto ao local
onde lúcifer deseja.
[“Há caminhos que ao ser humano parecem ser as melhores opções de vida, mas ao final
conduzem à morte” (Provérbios 14.12)]
Os pais são responsáveis pela herança espiritual que deixarem a seus filhos. Jornais e revistas do
mundo inteiro mostram que o esoterismo não é o melhor legado familiar, publicando fatos
estarrecedores relacionados à prática da magia negra, lavagem cerebral e os perniciosos (danosos)
resultados dos aparentemente inocentes filmes e desenhos da televisão.
Recentemente milhares de brasileiro vibraram com o filme “Ghost, o Outro Lado da Vida”,
seguindo-o uma grande variedade de produções do mesmo estilo. Desconhecendo a terrível
realidade que nos cerca, poucos perceberam a sutileza com que o filme leva as pessoas a aceitarem
a reencarnação como um fato normal e corriqueiro na vida do homem, vendo-a como uma auréola
(brilho) de romantismo. O expectador é conduzido de maneira imperceptível a abrir sua mente para
receber a sugestão de que os mortos podem intervir no mundo dos vivos.

22.1. A indução ao suicídios

Informações chegam diariamente aos órgãos de imprensa, dando conta da acentuada elevação do
número de suicídios cometidos por crianças. Um levantamento feito há pouco por uma conceituada
revista internacional revelou que crianças de apenas quatro anos provocaram sua própria morte, sem
nenhum motivo aparente. A conclusão a que chegaram alguns especialistas em psicologia infantil e
estudiosos do fenômeno é a de que a morte já não causa medo e, em alguns casos, é até desejada.
Isso ocorre porque filmes do gênero “Ghost” tem como objetivo apresentar a morte com um
toque de lirismo (paixão), desfazendo o temor natural do desconhecido que leva os vivos a
rejeitarem o túmulo. Criando uma imagem agradável da morte, ela passa a ser aceita e é
transformada numa mercadoria de consumo imediato, uma solução fácil e definitiva para todos os
problemas.
No Brasil, os jornais, as rádios e a televisão anuncia diariamente suicídios infantis tanto nas
capitais como no interior. A idade é variável, mas pode-se fazer uma média entre seis e dezesseis
anos, com predominância para o sexo feminino entre os adolescentes. No corre-corre diário, os pais
não percebem mudança de comportamento em seu filhos. É um agravante, pois eles, que poderiam
ajudar, acordam tarde demais.
Uma revista de circulação nacional publicou uma ampla reportagem sobre o assunto. Os
números preocupam pela sua expressividade: 100 casos entre menores de 15 anos foram registrados
naquele ano. Uma psicóloga, que tratou quarenta casos de tentativa de suicídio infantil, afirmou que
“as crianças não têm noção da morte e muitas vezes cometem esse loucura por frustrações, ciúmes,
inveja ou sentimento de rejeição, mesmo quando as famílias são bem estruturadas”.
Entre os motivos citados, nenhum vem de Deus, mas todos pertencem ao diabo (veja Gálatas 5
[19-26: "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;
idolatrias e feitiçarias; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja;
embriaguez, orgias e tudo quanto se pareça com essas perversidades, contra as quais vos advirto,
como já vos preveni antes: os que as praticam não herdarão o Reino de Deus! Entretanto, o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio. Contra essas virtudes não há Lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne,
com suas paixões e seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, andemos de igual modo sob a direção
do Espírito. Não nos tornemos arrogantes, provocando-nos uns aos outros e tendo inveja uns dos
outros"]. O questionamento é como surgem esses sentimentos negativos em crianças que não têm
noção da morte e vivem numa família estruturada. As pessoas ignoram a força satânica,
modernamente chamada “problema psicológico”, e não procuram Deus e nem buscam sabedoria
para compreender que determinados problemas vão muito além do conhecimento científico.
O Japão é o país que detém o triste recorde em suicídios infantis. Foram registrados 572 casos
em um anos e 558 no ano seguinte, a maioria na faixa etária entre 6 a 11 anos. Um membro do
Centro de Pesquisa da Juventude, em Tóquio, revelou que os casos se intensificam no início das
aulas e que vários bilhetes deixados aos pais indicam problemas escolares. Além disso, ele aponta
ainda a solidão, a insegurança ou a perda da autoconfiança como motivos suficientes para que essas
crianças dessem cabo da sua própria vida.
A interrogação continua: pode uma criança entre 6 a 11 anos sentir-se solitária a ponto de
suicidar-se? Teria ela noção de insegurança o suficiente para sentir que a sua falta é motivo para
morrer? De quem seria a responsabilidade por uma criança sentir-se solitária? São os tempos
modernos em que a tecnologia colocou a disposição das crianças os brinquedos eletrônicos. Esses
novos meios de entretenimento impedem o raciocínio e a criatividade da criança. Sua mente
permanece vazia enquanto brinca. É um agente passivo, apenas observando o automóvel a pilha
correr de um lado para outro.
Isso torna a criança solitária. Seu potencial de criatividade deixa de ser estimulado e, com isso,
acumula-se as frustrações sem ter no que descarregá-las, tornando-as neuróticas (problemáticas) e
desestabilizando sua estrutura emocional, criando o que chamam de “criança-problema”.
Seria isso algo divino? Desejaria Deus que as crianças se suicidassem? Estaria Ele comandando
esse sistema de modernismo que está levando a família e a sociedade para o abismo? Essa é a Nova
Era, a arte diabólica para exterminar a coroa da criação de Deus. Jesus disse que satanás foi
homicida desde o princípio. A criança hoje é vítima dos grupos organizados de extermínio do menor
delinquente; é morta ainda no ventre materno pelos milhares de abortos cometidos diariamente; e
morre durante atos de violência sexual ou confronto entre quadrilhas e policiais. Essa é a paz e
prosperidade que os esoteristas prometem para o mundo.

23
A MULHER DA NOVA ERA

A mulher teve participação ativa nos sistemas religiosos ao longo da história humana. Elas
serviram nos templos pagãos como sacerdotisas, tiveram papéis importantes nos acontecimentos
bíblicos e foram cultuadas como deusas, sempre associadas à fertilidade, à beleza, à natureza e o
amor. A mitologia está repleta de narrativas sobre mulheres, apontadas como deusas ou megeras
(perversas) a serviço do mal.
Chega-se afirmar, em alguns ciclos religiosos – atuais ou da antiguidade – que deus é um
elemento feminino e esteve sempre a favor da mulher, sendo ela e não o homem, criada diretamente
por mãos divinas. Por isso, deve mandar no mundo e dirigi-lo. Fala-se que esse direito foi usurpado
pelo elemento masculino e deve ser recobrado com urgência, para que o mundo possa ser
governado com mais justiça e eficiência.
Aproveitando os mitos, lendas e crendices antigas e modernas, lúcifer criou também um plano
para atrair mulheres, consideradas como ingredientes de vital importância para sua religião. A Nova
Era penetrou no meio feminino com mais resultado que em outras classes, arregimentando adeptas
entre as mulheres conhecidas nos meios artísticos, políticos, literários, jornalísticos e profissionais
liberais. Nomes de destaque internacional são hoje sacerdotisas desse movimento. Entre os mais
conhecidos no Brasil, citaremos o de Shirley MacLaine e Cris Griscom.
[No paganismo, a divindade costuma ser feminina, a mãe que gera o filho; mas, no cristianismo,
a divindade é masculina, o Pai e o Filho unigênito. Biblicamente, também, o matriarcalismo é
condenável: a altoridade está com os homens.
Efésios 5.22,23: Esposas, cada uma de você respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas
ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como Cristo é a cabeça da Igreja, que é o
seu Corpo, do qual Ele é o Salvador"
1 Timóteo 2 .11-15: "A mulher deve aprender em silêncio, com toda a reverência. E não permito
que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre o homem. Esteja, portanto, em silêncio. Porque
Adão foi criado primeiro, e Eva depois. E mais, Adão não foi enganado; mas a mulher é que foi
enganada e caiu em transgressão. Contudo, a mulher será restaurada dando à luz filhos, desde que
permaneçam na fé, no amor e na santidade, com bom senso.
1 Pedro 3.1,5,6: "Da mesma maneira, esposas, cada uma de vós, seja submissa a vosso próprio
marido... Porquanto, na antiguidade, era desse modo, que as santas mulheres que esperavam em
Deus costumavam adornar-se. Elas eram dóceis cada qual para com seu próprio marido, como Sara,
que obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela sois filhas, se praticardes o bem sem qualquer
espécie de receio”]

23.1. Shirley MacLaine

A primeira, artista de cinema, cantora e dançarina. Multimilionária, escreveu seis livros sobre o
esoterismo e é considerada a principal divulgadora da Nova Era. Sua ascensão como escritora,
curiosamente começou a partir de 1986 e suas obras foram todas traduzidas para o português,
alcançando vultosas tiragens (volumoso número de exemplares). Em poucos meses já tinha atingido
o significativo número de quatrocentos mil exemplares vendidos.
Shirley esteve no Brasil recentemente. Veio apresentar shows em São Paulo e no Rio de Janeiro,
além de verificar de perto as vendagens de seus livros. Voltou outras vezes a negócios, sempre
procurando interesses no esoterismo e ocultismo. Afirmou que pretendia conhecer o grande poder
espiritual que acreditava emanar no Brasil, acrescentando ser um país inacreditável. Segundo ela
“em nosso subsolo há um depósito de cristais minerais muito rico, o que facilita o desenvolvimento
da visão interior e a ampliação da consciência”.
Falando sobre si mesma, seguiu fielmente a doutrina novaerana do auto-conhecimento. Repetiu
uma afirmativa filosófica grega: “conhece-te a ti mesmo”, acrescentando que “este conhecimento te
libertará”. Essa é a distância entre a Nova Era e o cristianismo, que tem Jesus como verdadeiro
libertador: “conhecereis a verdade e ela vos libertará”. É um versículo decorado, mas nem sempre
considerado ante a possibilidade de haver outros meios para a libertação do homem.
A atriz discorda de Jesus e dá como exemplo sua própria experiência: “para ser uma boa
profissional, eu tive que sempre estar alerta ao que eu sou e isso me ajudou nesse processo de busca
de espiritualidade. Quanto mais você o conhece – ensina – melhor cidadão se torna e também
melhor ser humano”. Pelo menos está coerente com a doutrina que segue, colocando sempre o ego
em primeiro lugar: “eu faço, eu posso, eu vou” e outros “eus” contrariando o ensino bíblico que diz:
“Cristo é quem opera em nós, tanto o querer como o realizar”, uma afirmativa do apóstolo Paulo,
em consonância com a revelação pessoal de Jesus: “Sem Mim nada podeis fazer”.

23.2. Cris Griscom

A segunda personagem já esteve no Brasil por duas vezes e voltou trazendo um grupo de
crianças iniciadas no esoterismo, em sua Escola Nizhoni, para um trabalho em conjunto com as
crianças brasileiras. Cris também é escritora e lançou recentemente em nosso país o livro “A Fusão
do Feminino”, que a exemplo de outras obras esotéricas, não tem decepcionado em volume de
vendas.
Dotada de volumosa bagagem cultural, além de ser formada em medicina, psicologia e
pedagogia, ela foi orientadora espiritual de Shirley MacLaine. Seu preparo intelectual faz dela uma
das mais procuradas esoteristas americanas, atendendo no seu “Instituto da Luz”, na pequena cidade
de Galisteo, no Estado do Novo México, Estados Unidos da América.
[Mateus 6.23: “se a luz que está em ti são trevas, quão tremendas são essas trevas!”]
O que mais tem chamado a atenção no trabalho de Cris é a iniciação de crianças na escola de
mistérios do esoterismo. Ela congrega crianças acima de quatro anos e jovens de até vinte e dois,
que formarão turmas que ela chama “cidadãos do mundo”. Os ensinamentos ministrados são
progressivos na medida em que vão entendendo os rudimentos (fundamentos) do esoterismo.
O ensino místico de Cris vai se aprofundando aos poucos, até chegar as questões de ordem
fisiológicas e o poder mental para a cura. Transmite os princípios preconizados (orientados) em seus
livros como “O Tempo é uma ilusão”, onde defende a teoria de que “o corpo emocional, situado na
região do umbigo, é o centro onde estão armazenadas as emoções, a memória das nossas vidas
passadas, registrado traumas, medos, conflitos e os sentimentos de raiva que carregamos de uma
vida para outra”.
Essa afirmativa nos diz que o esoterismo está firmemente enraizado no sistema luciférico do
reencarnacionismo. Cris acredita piamente (devotadamente) que a nossa memória das vidas
anteriores está localizada no umbigo. Nem em suas palestras, intituladas “O Equilíbrio do Corpo
Emocional”, nem em seus livros publicados no Brasil, ela explica como funciona essa “memória
umbilical”, mas garante que é dali que podemos ter “o privilégio de viajar por meio da consciência,
para pontos de luz e órbitas de realidades sincrônicas”.
É difícil enterder, o que não se constitui problema, pois trata-se de um mistério. Se não fosse, ela
não estaria milionária. O que importa é como são as mulheres que hoje militam na Nova Era, o que
pensam e como agem. Vamos ao aspecto mitológico do movimento e voltaremos com as ideias de
Cris para observarmos como a pregação é bastante coerente com as antigas crenças pagãs,
principalmente como são apresentadas no livro “A Fusão do Feminino”.
24
EVA: VERSÃO 2000

Existe uma lenda de que Eva não seria a primeira e verdadeira mulher de Adão. Sua esposa, feita
por Deus de barro e à noite, chamava-se Lilith. Era tão bonita que acabou criando problemas para
Adão. Os esotéricos, audaciosamente (atrevidamente), garantem que essa passagem foi retirada da
Bíblia pela Inquisição, promovida pela Igreja Católica Romana.
Diz a lenda que Lilith não se conformou em ser submissa ao homem. Queria liberdade para agir
conforme seus desejos e usufruir dos mesmos direitos do marido. Diante do impasse (empecilho),
fugiu revoltada para um lugar distante, além do Mar Vermelho. Lá, encontrou-se com diabos e
passou a viver com eles, gerando cem demônios diariamente.
Depois disso, tornou-se a figura demoníaca da mulher, seduzindo os homens, estrangulando
crianças e espalhando a morte. Uma guerra declarada ao Pai. Ela encarna o lado negativo e
transfigura-se, ao longo da história, em diversas deusas: Ishthar, Astarté, Ísis, Cibele e Hécate. Após
essa tragédia matrimonial, Adão ficou muito triste e Deus criou a Eva, mulher submissa conforme
deveria ter sido Lilith8.
Os esoteristas afirmam que Lilith é o lado feminino da mulher da Nova Era – (pense nisso) –
vibrando em toda a sua intensidade. Observando o comportamento de algumas mulheres, hoje em
dia, não é difícil acreditarmos nessa afirmativa, que embora lendária, retrata muito bem o
devassidão moral em que o homem se encontra. Mas não é aí que a Nova Era entra. Ela está
apostando alto numa outra versão da história.

24.1. A Nova Era e a Terra

Lilith era um produto da terra e essa é feminina. A explicação mitológica para o surgimento do
planeta encontra maior expressão na literatura grega, que ficou conhecida como “Mito de Gaia”.
Segundo essa concepção, Gaia era a Mãe-Terra imortal. Urano era o céu e ambos surgiram do nada,
do caos total, casando-se para gerarem muitos filhos, como Deméter, Hera, Cronos, Zeus, Réia,
Afrodite e outros.
Posteriormente, Deméter tornou-se a Mãe-Terra e Cronos o pai, que por sua vez tornou-se Zeus,
consagrado como pai dos deuses e dos homens. Assim a mulher que gera torna-se figuração da mãe
universal, a mesma divindade, por analogia de função, passa a presidir aos nascimentos da natureza
toda, sendo venerada como genitora e consoladora, como mãe imortal.
O aspecto mitológico não e nosso objetivo. Mas para salientar a fragilidade dos mitos,
questionamos como Deméter, que era filho de Gaia, pôde se tornar sua mãe. Cronos era filho de
Urano que era pai de Zeus, um dos filhos de Réia, sua própria irmã. Os esoteristas e todos que

8 Observe a tentativa de inverter a história de que Deus criou o homem de barro. “Lilith é citada no Talmud, livro dos
hebreus. É retratada como um demônio noturno”.
pretendem ressuscitar a mitologia, têm a obrigação de explicar como um filho pode se tornar pai de
seu pai e vir a ser o próprio filho. Deméter era outra entre os filhos de Cronos e Réia. Como ele –
Cronos – poderia casar-se com a filha – (Deméter) – e ser Zeus, pai de todos os deuses, se Zeus era
seu filho com Réia, embora sua filha Deméter, que tornou sua esposa, virou Mãe-Terra e deu
origem a todas as coisas.
Outra explicação simples que os esotéricos mitológicos devem é como e por que Réia era
cultuada pelos gregos como deusa da Terra. Isso é o que a Nova Era está oferecendo como base para
a sublimação (elevação) do homem e o seu processo espiritual rumo à paz, à prosperidade e a
compreensão mútua. Há milhares de anos, os deuses do Olimpo não conseguiram levar os gregos e
muito menos outras civilizações a esse estágio. Como fariam isso no limiar (começo) do terceiro
milênio?
São questionamentos para aguçar o raciocínio. O verdadeiro objetivo da Nova Era é confundir e
fazer crer que os mitos são reais. Para chegar a esse ponto, o anticristo tem inspirado cientistas,
pesquisadores e estudiosos para levantarem novas teorias, defendendo velhas idéias relacionadas ao
paganismo praticado no início do civilização.

25
A SOCIEDADE MATRIARCAL

Citamos a “hipótese de Gaia” como exemplo típico dessa estratégia satânica. A idéia é do
geólogo inglês James Lovelock e sustenta a tese de que a Terra é um organismo vivo, sensível e
inteligente, tornando-se uma moderna e complexa teoria científica e já tem milhares de seguidores
em todo mundo. Em outras palavras, Lovelock quer dizer que os gregos estavam certos e que a
Terra é de fato nossa mãe. A trama pretende fazer com que o povo pense de mesma forma,
facilitando a implantação da sociedade matriarcal e o surgimento de uma divindade feminina.
Quais são as providências que estão sendo tomadas para consolidar a sociedade matriarcal?
Primeiro: é preciso haver uma base para que ela se firme, embora falsa e mentirosa. A opinião dos
esoteristas sobre as mulheres da Nova Era, herdeiras de Lilith, é o fundamento desse novo sistema
que já está sendo implantado. Segundo a astrologia, foi a partir de 1938 que as mulheres começaram
os movimentos de libertação, chegando aos nossos dias “trabalhando mais o seu lado ‘santo’ e
profano ao mesmo tempo, sem culpa, vivendo melhor a sua sensualidade. Então aprendendo a viver
mais a sua sexualidade, e exigir mais qualidades nos relacionamentos afetivos, procurando
companheiros que respeitem e aceitem a necessidade de liberdade e crescimento individual. É tal a
liberdade que hoje elas tomam iniciativas que antes somente os homens tomavam”9.
Esse é o plana da Nova Era para as mulheres, confirmado e seguido à risca por Cris Griscom.
Está sendo travada uma luta contra a ênfase ao princípio masculino, o que faz parte de uma
campanha com o objetivo de substituir o pensamento analítico racional e eliminar as diferênças

9 Lilith, a primeira Feminista da História. Revista Axé, nº 1.


entre os sexos. A própria Cris não esconde sua linha feminista e mostra claramente a recusa do Deus
revelado na Bíblia e a sua ordem de criação, especialmente no que diz respeito ao casamento, vida
familiar e o relacionamento entre sexos. Segundo ela “a mulher terá o papel preponderante
(predominante) na restauração espiritual do planeta”.
Basicamente, o plano consiste na aplicação de uma teologia feminista que tenta reinterpretar o
Deus bíblico como divindade masculino-feminino, ou até mesmo exclusivamente feminina. As
militantes mais radicais já estão exigindo a substituição da Fé cristã pelo mito de Gaia, cujo culto
está sendo reavivado e praticado. Com essa equiparação antiquíssima entre a mulher e a natureza,
há uma reversão consciente às culturas pagãs remotas e suas respectivas deusas, tais como Íris,
Ishthar, Astarté, Deméter, Hera, Afrodite e outras menos cotadas.
Cris Griscom declarou à imprensa, quando esteve no Brasil, que “cada mulher leva um homem
dentro de si, assim como cada homem tem uma mulher em seu interior. Temos que chegar a ser
pessoas completas. Quando estamos inteiros, não precisamos tirar do outro o que não temos ou
cobrar-lhe o tempo todo. Se quisermos dar amor aos outros, temos que começar por nós mesmos”.
A filosofia do “eu” primeiro sempre está presente nesses pensamentos. Mesmo em relação ao
sexo oposto, a mensagem é direcionada para essa realidade e praticada em todas as dimensões. Essa
história de que há um elemento de outro sexo dentro de cada pessoa é artimanha satânica para
justificar a perversão dos sexos, levando os seres humanos à miséria moral e às doenças que acabam
matando e destruindo conforme a vontade maligna.
A defesa desse princípio está levando à subversão da ordem natural das coisas. A mulher-fêmea
insaciável, usando toda a sua luxúria para corromper a prática correta do amor preconizado
biblicamente, mesmo sob os aplausos da humanidade lasciva (devassa), vai levar a espécie a um
final melancólico. A história se repete e novamente a mulher é colocada diante da serpente, dizendo
sim a tudo que lhe é insinuado sem saber que as consequências da sua irresponsabilidade serão
irreversíveis.
[Apocalipse 2.18-29: “Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: ‘Assim declara o Filho de Deus,
cujos olhos são como chama de fogo e os pés como bronze reluzente: Conheço as tuas obras, o teu
Amor, a tua Fé, o teu ministério, a tua perseverança, bem como sei que estais servindo muito mais
agora do que no princípio. No entanto, tenho contra ti o fato de que toleras Jezabel, aquela mulher
que se diz profetisa, porém, com seus ensinos induz os meus servos à imoralidade sexual e a
comerem alimentos sacrificados aos ídolos. Concedi-lhe tempo para que se arrependesse da sua
prostituição, mas ela não quer arrepender-se. (22) Portanto, eis que a farei adoecer e enviarei grande
aflição sobre aqueles que com ela cometem adultério, a não ser que se arrependam das suas más
ações. Matarei os seguidores dessa mulher, e todas as igrejas saberão que Eu Sou aquele que sonda
mentes e corações, e portanto, retribuirei a cada um de vós de acordo com as vossas obras. Todavia,
aos demais que estão em Tiatira e que não seguem a doutrina dessa mulher, e não aprenderam,
como eles costumam falar, os profundos segredos de Satanás, afirmo: ‘Não colocarei outra carga
sobre vós! Tão-somente apegai-vos com firmeza ao que tendes, até que Eu venha. Ao vencedor,
aquele que permanecer nas minhas obras até o fim, Eu lhe darei autoridade sobre as nações. Ele as
governará com cetro de ferro e as reduzirá a pedaços como se fossem vasos de barro. Eu lhe
concederei autoridade semelhante à que recebi de meu Pai. Também lhe darei a estrela da manhã’.
Aquele que tem ouvidos, compreenda o que o Espírito revela às igrejas!]
26
O PAPEL DO CRISTÃO NA NOVA ERA

A Nova Era ameaça o avanço do cristianismo. Essa afirmativa enseja (possibilita) diversas
interpretações, até a falta de fé, por que o cristão consciente sabe que o agente de crescimento da
Igreja é o Espírito Santo. A certeza dessa ameaça está alicerçada exatamente nesse ponto. O Espírito
Santo por Si mesmo não pode agir na expansão do cristianismo, conforme observamos no livro de
Atos capítulo dois. O Espírito precisa encontrar pessoas disponíveis a pagar o preço para poder usá-
las como instrumentos na conquista de almas e libertação do homem das garras satânicas.
O esoterismo místico avança sobre crianças, jovens e adultos. Eles se enveredam pelo caminho
do ocultismo e não sabem o significado daquilo que estão praticando. Concluímos que os poucos
escolhidos para reverter esse quadro, poderão ser bem menos do que muitos podem imaginar. A
reversão dessa tendência depende dos cristãos e é essa dependência que nos faz temer pela
representatividade numérica que estará diante do Senhor no último dia.
Qual a razão desse receio? São os números estatísticos. Primeiro, indicam que o crescimento dos
cristãos verdadeiros, compromissados com a causa de Cristo, é insignificante em relação ao número
de habitantes do Brasil. Segundo, que os conhecedores da Verdade bíblica estão acomodados entre
as quatro paredes de suas respectivas denominações, ao invés de se misturarem “às prostitutas,
pecadores e publicanos”, conforme exemplo de Jesus.

26.1. Uma arma eficiente

Como enfrentar esse desafio? Sabemos que a Nova Era está altamente organizada, estruturada e
preparada, enquanto a Igreja Cristã ainda inicia seus primeiros passos na descoberta de uma série de
meios ao sem alcance para evangelizar os povos. Uma indispensável estratégia de guerra é conhecer
ao máximo o inimigo. Sabendo seus costumes, modo de agir, poderio de fogo, estratégias
planejadas, número de soldados, armas utilizadas e outros dados importantes; as possibilidades de
vitória alcançam elevados índices. Com essa vantagem, pode-se contra-atacar através de um sistema
criado a partir da própria estratégia do inimigo.
Os cristãos devem partir para um estudo aprofundado e observar demoradamente a maneira de
satanás agir. Depois disso, detectar as falhas em seu meio e organizar-se para o contra-ataque. A
prioridade número um a ser vista com urgência nas igrejas é o sistema de ensino. É necessário
fazer-se uma avaliação sincera e eficiente do grau de conhecimentos bíblicos de seus membros.
Sem conhecer as Escrituras e, fundamentalmente, o que está registrado sobre os “finais dos
tempos”, é melhor esquecer o assunto e preparar-se para prestar contas dos talentos enterrados. O
segundo meio para enfrentar a guerra que se avizinha é o conhecimento do sistema de salvação
vigente, através da graça conquistada por Jesus na cruz. Só entendendo perfeitamente como
funciona esse princípio, a pessoa pode ser convencida pelo Espírito da sua lógica e Verdade.
Nenhum líder cristão poderá esquecer que a Palavra de Deus é a “espada do Espírito”. Sem ela
nos lábios, o Espírito está desarmado e a vitória será difícil. Consciente dessa Verdade, a única que
convence o pecador, a Igreja precisa mover-se em direção a um outro ponto, que sempre foi
intocável ao longo dos anos. É a necessidade de se organizar com uma visão, partindo para a
modernização do seu sistema de atuação junto a comunidade, preparando pessoas para trabalharem
nas mais diversas áreas da atividade humana.
A Igreja tem agido ao contrário da muitas verdades que Jesus ensinou. Exemplo é a mistura do
joio com o trigo. A ordem dada por Jesus foi a de que os cristãos fossem para o mundo e se
misturassem aos pecadores para convertê-los, de maneira a não se poder distinguir entre um e outro.
A Igreja tem levado Jesus ao impenitente (sem arrependimento) e o traz para dentro do seu templo.
Ele nunca mais volta para o lugar de onde veio, transformado pelo Evangelho e cheio de
conhecimentos para falar da salvação àqueles que anteriormente eram seus amigos.
A Igreja é um quartel para treinamento de soldados, o recém convertido precisa experimentar em
si a transformação real que Jesus opera na vida de todos os que O aceitam como agente de mudança
interior. Em seguida, deve aprender a lutar, usando a “espada do Espírito” com eficácia e ser
enviado de volta ao campo de batalha. A questão de “separação dos santos” e a impossibilidade de
haver “comunhão entre luz e trevas”, foi mal interpretada. Existem cristãos que se consideram tão
“separados” que se recusam responder uma saudação em Nome de Deus a outros que não
pertençam a sua denominação.
Com base firmada em apenas alguns capítulos e versículos da Bíblia, a Igreja parou no tempo e
no espaço. Ela perdeu a cisão inicial do “Corpo de Cristo” indivisível. Agiu contrariando a
seriedade do aviso de Jesus: “o reino dividido não pode subsistir”. Enquanto isso, os adoradores de
satã tomaram isso como palavra de ordem, unindo-se cada vez mais em defesa de suas doutrinas.
Além disso, os chamados “filhos das trevas” esmeram-se no testemunho, na fidelidade da prática
caritativa e na ajuda mútua. A persistência com que vão à luta em busca de novos adeptos para suas
organizações merece elogios. Os cristãos conscientes de não estarem cumprindo a principal ordem
de seu Senhor e Salvador, sentem mal estar diante desse esforço concentrado de seus adversários.
O afastamento dessa visão da Igreja impediu aos cristãos a conquista de espaços importantes
para divulgação do Evangelho. Exemplo dessa falha é o acesso aos meios de comunicações, só
descobertos recentemente pelos evangélicos de pensamentos progressistas. Ainda assim, a utilização
da mídia eletrônica vem sendo feita de maneira tímida, sem que se saiba aproveitar todo o potencial
oferecido pelo sistema.
27
ESTRATÉGIA PARA LUTAR

Outros pontos onde os cristãos deveriam estar presentes, são aqueles onde se aglomeram grupos
de pessoas em bancos, nos órgãos de assistência médica, na espera para entrevista de empregos,
recebimento de salários e outros locais dos quais pessoas não podem sair. Se o ouvinte não dispor
de tempo, a melhor estratégia é procurar outra pessoa para ouvi-lo. Numa fila, muitos acham bom
aparecer com quem conversar para passar o tempo, sendo ótima ocasião para abordagem.
As condições para evangelizar sempre deverão ser favoráveis ou jamais haverá bons resultados.
A escola, o ambiente de trabalho, os hospitais, velórios, famílias que estão passando por
dificuldades de qualquer ordem, são locais indicados para se falar da salvação individual, sem tentar
converter, mas ensinando a Palavra de Deus. Apesar disso, pode-se contar nos dedos as pessoas
convertidas através da pregação de seus colegas de escola ou de trabalho.
Isso acontece por falta de preparação do cristão. Ele sente-se inseguro na sua capacidade de
evangelizar para ausência de conhecimentos. A principal dificuldade está em como iniciar a
conversa sobre a salvação de Cristo. Essa realidade, constatada por meio de conversas com
evangelistas, palestras e cursos ministrados sobre a questão, resulta do pouco entendimento sobre os
princípios e meios de salvação pela graça.

27.1. Decisão fundamental

A “Parábola do Filho Pródigo” é a mais didática das ilustrações feitas por Jesus sobre o assunto.
É uma história conhecida: o filho mais moço pediu ao pai sua parte da herança, queria conhecer o
mundo e os prazeres oferecidos por ele. Satisfeita sua vontade, foi viajar e aproveitar o dinheiro.
Em pouco tempo, gastou o que tinha com mulheres, diversões e futilidades. Percebendo o erro,
tentou trabalhar, mas encontrou serviço somente como tratador de porcos.
Sem dinheiro para comer, foi obrigado a alimentar-se da ração destinada aos animais. A situação
foi de mal a pior e, sem outra alternativa, decidiu que voltaria a casa paterna, confessaria estar
arrependido e pediria perdão por sua atitude. Considerou que, mesmo como um dos servos de seu
pai, era melhor estar em casa, pois sabia que lá não mais precisaria comer alimentos dos porcos.
Caminhava apreensivo (preocupado) em ter que enfrentar o pai depois do erro cometido. Quando
aproximou-se da propriedade paterna, ficou surpreso ao ver que ele vinha ao seu encontro,
abraçando-o com amor, como se nada tivesse acontecido. Antes que pudesse falar, o pai mandou
que o vestissem com novas roupas, colocassem um anel em seu dedo e calçassem seus pés com
novas sandálias.
Ordenou ainda que organizassem uma festa, matando uma novilha cevada para a comemoração.
Ao voltar do trabalho, o filho mais velho viu aquela movimentação e foi informado do ocorrido.
Indignado, pediu ao pai explicações lembrando-o que sempre estivera com ele e jamais ganhara um
cabrito para comemorar com os amigos. Quanto a seu irmão, apesar de ter consumido sua herança,
era recebido de volta com festa. O pai respondeu-lhe que ele sempre estivera de si, usufruindo de
tudo que lhe pertencia, mas o outro filho tinha se perdido e fora achado, tinha morrido e reviveu.
Muitas mensagens diferentes já foram tiradas dessa passagem. Mas existe algo fundamental que
é preciso entender. O moço resolvera voltar a casa do pai mesmo sabendo não ter nenhum direito.
Seu erro o colocava num lugar secundário. Ele nada poderia exigir, pois já tinha gasto sua parte da
herança e estava devendo por seu comportamento indigno. Por melhor que fosse, nunca iria
recobrar a herança nem pagar o favor do pai aceitando-o novamente em casa. Passaria o resto da
vida esmerando-se no trabalho, sabendo que, mesmo difícil, estar em casa ao lado do pai, era
sempre melhor que longe, obrigado a ingerir ração de porcos.
Essa parábola está alicerçada em duas palavras que são o fundamento da salvação pela graça. É
sobre elas que o cristão deve falar: arrependimento e volta. Ambas são a chave que abrem ao
pecador as portas da salvação. O filho pródigo confessou que havia errado, mas o pai pareceu nem
ouvi-lo, absorvido pela alegria de revê-lo e ordenar a recepção que desejava. O comportamento do
pai foi lógico: sabia que o filho havia errado, mas o fato de ter voltado significava que havia se
arrependido, sendo desnecessário qualquer explicação.
Arrepender-se e voltar. Para ele tomar essa decisão, houve um processo de ordem psicológica.
Conscientizou-se de que havia errado. Depois, teve absoluta certeza de que na casa do pai, em
qualquer circunstância, a vida seria melhor que em meio aos porcos. Em seguida, resolveu voltar e
enfrentar a reação familiar, não importando qual fosse. Só depois que voltou descobriu que seria
recebido com festa e não com palavras de censura e acusação.
É isso que deve ser falado às pessoas. Falta conscientização dos erros, arrependimento e vontade
de voltar, porque pensam que serão recebidas na casa do Pai com palavras de acusação e censura,
sendo obrigadas a ali permanecerem como servas. Ledo engano (equívoco ingênuo). Quão longe
estão de usufruírem as bênçãos da casa paterna ao desconhecerem a intensidade do seu Amor.
[Romanos 2.1-6: “Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a
ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas
exatamente as mesmas atitudes. Mas nós sabemos que o julgamento de Deus é de acordo com a
Verdade contra os que praticam tais ações. Deste modo, quando tu, um simples ser humano, os julga
e, todavia, praticas os mesmos atos, pensas que de alguma forma escaparás ao juízo de Deus? Ou,
porventura, desprezas a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência, não percebendo que é a
própria misericórdia de Deus que te conduz ao arrependimento? Entretanto, por causa da tua
teimosia e do teu coração insensível e que não se arrepende, acumulas ira sobre ti no dia da ira de
Deus, quando se revelará plenamente o seu justo julgamento. Deus retribuirá a cada um segundo o
seu procedimento”]
28
A PORTA ABERTA

O moço da parábola estava perdido. Não poderiam achá-lo em meio aos porcos, pois nem
imaginavam que estivesse ali. Já era considerado morto, o que fatalmente acontecia se continuasse
naquele lugar. O pai, no entanto, pôde recebê-lo de volta porque nada lhe devia, já havia pago o
preço exigido por ele, dando a sua parte da herança. Não havia constrangimento nem peso de
consciência por parte do pai, motivo pelo qual era livre para recepcioná-lo da maneira como
desejasse, com festa ou com rejeição. Somente o Amor o levou a dar-lhe boas vindas de modo
festivo.
Assim é a graça da salvação. Jesus não perguntou a quem o Pai salvaria quando Ele pagasse o
preço na cruz. Ele simplesmente pagou. Agora, não importa por onde tenhamos andado, em que
gastamos a nossa parte da herança. O fundamental é arrepender-se e voltar. O Pai sempre vai estar
esperando ao longe, no Caminho de volta, disposto a vir ao encontro, abraçar e aceitar novamente o
filho pródigo (desperdiçador). Muitos são os que nunca deixaram a casa paterna e usufruem da
herança, mas a maioria de seus filhos continua tratando de porcos e comendo sua ração.
As pérolas que não se devem lançar no chiqueiro são as Palavras de Deus. No entanto, todos
aqueles que rejeitam a Verdade bíblica, estão comendo as bolotas servidas aos porcos, crendo em
lendas e fantasias, fazendo pactos satânicos, participando de festas e banquetes oferecidos aos
“guias”; tornando-se filhos de “santo”; fazendo cabeça com banhos de sangue de animais, que logo
exala mal cheiro. Enquanto isso, o Pai os espera em casa, pronto a recebê-los dom uma festa
verdadeira. Basta arrepender-se e voltar.
Ir onde estão os filhos pródigos tratando de porcos. A posição dos cristãos é cômoda, estão em
casa e tudo que o Pai tem lhes pertence. Por isso, muitos indignam-se quando um pródigo volta e
sentem inveja da festa promovida para recebê-lo, provocando-o para ver se conseguem fazê-lo
voltar a tratar dos porcos.
A responsabilidade da Igreja nunca foi tão grande como agora. Jamais se exigiu dela tanto
preparo como nos tempos atuais. Ela é a encarregada de formar o exército com o qual Deus conta
para a guerra corpo-a-corpo, num combate terrível contra as forças do mal, que vêm escravizando
um número cada vez maior de pessoas. O papel da Igreja é avançar sobre as hostes inimigas,
dizendo que satanás é mentiroso e enganador, só existindo salvação em Jesus Cristo.
28.1. Ensinar com Amor

Os cristãos devem levantar-se contra o misticismo que invadiu a sociedade. A Verdade deve ser
ensinada com Amor e compreensão. É preciso saber que as pessoas deixam-se levar pelas
superstições por não conhecerem a vitoriosa vida com Jesus. São derrotadas porque não
experimentam o verdadeiro Amor e misericórdia de Deus. Elas ignoram que posem ser levantadas
no seu Poder, único que é real e vale a pena buscá-lo incansavelmente.
Na primeira carta do apóstolo Paulo a Timóteo, capítulo primeiro, versículo 3 e 4, diz o seguinte:
“como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasse em Éfeso, para ADVERTIRES a
alguns que NÃO ENSINEM OUTRA DOUTRINA, NEM SE DEEM A FÁBULAS ou genealogias
intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que CONSISTE NA FÉ,
assim o faça agora”. Mesmo diante da clareza desses versículos, aconselhamos a leitura de todo o
texto para obter-se uma visão mais ampla da mensagem que Paulo transmite à Igreja de hoje.
No capítulo 4 da mesma Carta, versículo 4 e 8, Paulo repete o mesmo ensinamento, mostrando
por um outro ângulo o que deve ser transmitido pelos cristãos a todos quantos puderem: Porque
toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebida com ações de graças. Porque
PELA PALAVRA DE DEUS E PELA ORAÇÃO SÃO SANTIFICADAS… mas REJEITA AS
FÁBULAS PROFANAS E DE VELHAS e exercita-te a ti mesmo na piedade, porque o
EXERCÍCIO CORPORAL PARA POUCO SE APROVEITA, mas o Amor para tudo é
proveitoso…”.
Indicamos também a leitura do capítulo 4, mas da Segunda Carta a Timóteo [3-5: Porque virá
tempo em que não suportarão a Sã Doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis,
ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da
Verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de
um evangelista, cumpre o teu ministério] ; o capítulo 1, versículo 14 da Carta a Tito [13,14:
Portanto repreende-os severamente, para que sejam são na fé, não dando ouvidos a fábulas
judaicas, nem a mandamentos de homens que se desviam da Verdade] e transcrevemos o versículo
16 do capítulo primeiro da Segunda Carta a Pedro: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, SEGUNDO FÁBULAS ARTIFICIALMENTE COMPOSTAS;
mas nós mesmos vimos a sua majestade”.
29
A NOVA ERA NO BRASIL

Em nosso país ainda pouco se conhece sobre a Nova Era. Há muitos questionamentos a respeito,
agravando a situação. Os cristãos não sabem qual o comportamento diante da nova realidade. É
preciso cautela para não criar um impacto negativo entre os mais simples. Para evitar interpretações
errôneas, mostrando a situação de maneira facilitar o entendimento da questão, oferecendo
esclarecimentos sobre quem é e como age a Nova Era no Brasil.
A tendência do cristão brasileiro é evitar amizade com pessoas que não professem a mesma fé.
Ao encontrar-se com alguém de outra crença, ele não procura estabelecer entre ambos um diálogo
esclarecedor. Não ouve os argumentos do outro para poder orientá-lo conforme os ensinamentos
bíblicos. O que normalmente acontece é uma disputa, cada qual tentando provar que a sua religião é
a verdadeira. Esse comportamento deve ser abolido. Os que desconhecem a Jesus não devem ser
evitados, mas procurados onde eles estiverem, o que será de fundamental importância para a
caminhada vitoriosa dos cristãos nos anos que se seguirem.
No Brasil, o povo é místico por natureza e o baixo nível cultural tem colaborado decisivamente
para isso. Há também rejeição ao conhecimento mais profundo da vida espiritual, em função do
desinteresse oriundo da incapacidade de entender com facilidade os textos bíblicos. A preferência é
sempre pelo superficial. Essa realidade está sendo explorada e aproveitada pela Nova Era em nosso
país. Ela tem oferecido um material falso, leve e de fácil absorção, conservando-se na superfície,
sem aprofundamento nos temas esotéricos que defende. Traz de bandeja ao povo tudo que ele gosta
e a sua falta de conhecimento da Verdade torna-o satisfeito com essa ração, que ante a Graça de
Cristo, pode ser oferecida aos porcos.
Não há necessidade de análise profunda do quadro religioso para se perceber a confusão causada
pelas centenas de seitas aqui instaladas. Alguns sobressaem mais por defenderem causas de forte
apelo público, aproveitando a índole característica do povo em sensibilizar-se com causas sociais e
necessidades do próximo. Percebe-se que essa tendência é mais acentuada entre as classes menos
privilegiadas economicamente, composta por um número de pessoas com menos preparo
intelectual.

29.1. O equívoco da L.B.V.

Essa característica torna o povo uma presa fácil do engano. Sempre está sendo alvo de
organizações religiosas, pretensamente cristãs, apelando ao sentimento de fraternidade em benefício
da assistência social. Há no Brasil diversas seitas que lançam mão desse expediente (método), no
mais perfeito estilo mentiroso e hipócrita da Nova Era. A mais conhecida organização envolvida
nesse tipo de militância é a Legião da Boa Vontade, com sede em São Paulo. Ela veste uma
roupagem cristã, prega o cristianismo, mas nada tem a ver com a verdadeira Doutrina de Jesus.
Embora queira embasar-se em João 13.34,35 – que nos ordena a amar uns aos outros para sermos
conhecidos como discípulos de Cristo – a Legião da Boa Vontade segue a doutrina da reencarnação,
o espiritualismo, o ecumenismo irrestrito, uma única língua universal e a transformações do mundo
num só continente. Seus integrantes justificam esse procedimento doutrinário através da Bíblia,
distorcendo suas palavras para se encaixarem na sistema de pensamento por eles defendido.
Para distorcer a questão da transformação do mundo num só país e defender a implantação de
uma só religião no planeta, utilizam João 10.16 “… haverá um só rebanho e um só Pastor”.
Entretanto, não explicam que Jesus estava se referindo a questão espiritual, enfatizando que todos
que O aceitassem, independente da nacionalidade, formariam um só rebanho na Pátria Celestial,
tendo Ele mesmo como único Pastor. Os que não o aceitarem como verdadeiro Salvador, serão
jogados na inferno com satanás e seus anjos (Mateus 25.41 [(25:41-46): “Então dirá também aos
que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o
Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de
beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não
me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede,
ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em
verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o
fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”]; Apocalipse 20.10
[(20:7,8,10,14,15): “Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e
sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é
como a areia do mar, a fim de ajuntá- las para a batalha... e o Diabo, que os enganava, foi lançado
no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite atormentados
pelos séculos dos séculos... E a morte e os hades (inferno) foram lançados no lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi
lançado no lago de fogo”] ).
30
A FALSIDADE DA REENCARNAÇÃO

Quanto a doutrina reencarnacionista, tanto a Legião da Boa Vontade como os espíritas e demais
organizações não cristãs, estribam-se (firmam-se) principalmente em Marcos 9.2-13, passagem que
também foi registrada em Lucas 9.28-36. Os textos narram o conhecido milagre da transfiguração,
quando Pedro, João e Tiago, a convite de Jesus, subiram a um monte para orarem. Aconteceu que,
naquele momento, as vestes de Jesus tornaram-se resplandecentes e seu rosto brilhava, aparecendo-
lhes Elias e Moisés.
Na realidade, o que eles gostam de distorcer nessa magnífica passagem para enganar os que não
conhecem as Escrituras, é o versículo 12 narrado por Marcos. Nele, Jesus responde a uma pergunta
dos apóstolos tolos afirmando que “Elias virá primeiro, e todas as coisas restaurará; e como está
escrito do Filho do Homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado (humilhado)?”. No verso
seguinte, Jesus conclui a sua explicação enfatizando que “Digo-vos porém, que Elias já veio, e
fizeram tudo o que quiseram, como está escrito”.
O que está escrito nesse texto jamais poderá ser interpretado como uma prova de reencarnação.
O fato que descarta imediatamente essa hipótese é registrado no capítulo 2 do Segundo Livro dos
Reis, versículo 11 onde diz que Elias foi arrebatado em vida por um carro de fogo. Tanto o registro
de Marcos como o de Lucas, enfatizam um contexto e não apenas versículos esparsos (espalhados),
os quais fica fácil distorcer para dar interpretação desejado.
Ambos afirmam, sem deixarem nenhuma dúvida, que eram realmente Elias e Moisés os varões
que falavam com Jesus a respeito da sua morte vicária (substituta) e não seus espíritos. A L.B.V. e
os reencarnacionistas afirmam que, ao revelar “Elias virá primeiro”, Jesus referia-se a João Batista,
dizendo que esse seria a reencarnação daquele. Sustentam a tese baseados na mesma narrativa da
transfiguração, mas registrada por Mateus no capítulo 17 do seu Evangelho. Isso porque, esse texto
termino enfatizando no versículo 13 que “então, entenderam os discípulos que lhes falara de João
Batista”.
Os falsos cristãos e os cristãos declarados, que conhecem pelo menos um pouco da Bíblia, sabem
que esse registro de Mateus jamais pretende afirmar que Elias havia reencarnado como João Batista.
São várias as afirmativas que deixam muito claro serem mentirosas as teses reencarnacionistas e
reforçam a ressurreição. Citaremos apenas quatro, além do fato de que Elias não morreu. Primeira:
o próprio João negou ser Elias no capítulo 1 versículo 21 do seu Evangelho: “E perguntaram-lhe:
então quem és? És tu Elias? E disse: não sou…”
Segunda: ao referir a João como Elias, Jesus estava mencionando uma profecia registrada no
livro de Malaquias, capítulo 4, versículo 5: “Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o
grande e terrível Dia do Senhor”.
Terceira: a explicação é clara em Lucas 1.17, ao informar que João viria no espírito e virtude de
Elias. Isso quer dizer que ele teria a mesma coragem e ousadia do profeta. A mesma unção de Deus
para executar sua missão de precursor (anunciador) de Jesus, denunciando os pecados do povo, e
levando-os ao arrependimento.
Quarta: o próprio Jesus informou aos apóstolos que João era o personagem que haveria de vir em
cumprimento à profecia de Malaquias. Suas palavras estão no capítulo onze do Evangelho de
Mateus, versículos treze e quatorze: “Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João. E, se
quereis dar crédito, é esse o Elias que havia de vir”.
Esse é o motivo pelo qual registra as Palavras de Jesus durante o milagre da transfiguração,
informando que “Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo que quiseram. Assim
farão eles também padecer o Filho do Homem”. No versículo seguinte, a questão é encerrada de
forma definitiva: “Então entenderam os discípulos que lhas falara de João Batista”. Jesus estava
dizendo que se haviam prendido João, cortando-lhe a cabeça e não lhe dando crédito, fariam muito
pior com Ele, porque o seu ministério suscitaria maio ódio entre os judeus.
Poderíamos, da mesma forma, citar e citar biblicamente diversos outros textos que os
reencarnacionistas distorcem – para sustentar suas ideias.
Em João 9, o discípulo amado registra a cura de um cego de nascença. O texto narra que a
comitiva liderada por Jesus ia passando e viram um cego. Seus discípulos perguntaram-Lhe quem
havia pecado para que aquele homem estivesse naquela situação. Seria ele ou seus pais?
Essa pergunta, segundo os reencarnacionistas, deixa transparecer a questão do carma, ou que o
filho estaria pagando dívidas de vidas anteriores. É bom lembrar que eles mesmos afirmam que
ninguém pode pagar erros de outros em suas reencarnações, nem mesmo o de seus pais. Tal
realidade seria injusta. Sustentam a afirmativa salientando que os apóstolos conheciam a doutrina da
reencarnação ou não teriam feito essa pergunta a Jesus.
A resposta, desmentindo essa interpretação tendenciosa do fato, vem no versículo seguinte, com
o esclarecimento feito por Jesus: “Nem ele pecou nem seus pais – rechaçando a ideia do carma –
mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”. Para eliminar qualquer dúvida, basta
ler e analisar o contexto, onde a sequência dos fatos apontam para a lógica da ressurreição,
culminando com a afirmativa de Jesus, no versículo 39, de que “Eu vim a este mundo para juízo, a
fim de que os que não veem vejam e os que veem sejam cegos”.
Por que Jesus afirmou ter vindo ao mundo desencadear um processo, que culminaria em juízo, se
houvesse reencarnação para as pessoas expiarem seus erros por meio de sucessivos nascimentos em
outros corpos? Quanto aos apóstolos perguntarem a seu Mestre quem havia pecado, nada há de
estranho e nem indica que conheciam a tese da reencarnação. Eles eram conhecedores da “Lei de
Moisés” e se referiam a uma sentença registrada no capítulo 20 do livro de Êxodo, onde estão
escritos os Dez Mandamentos e no versículo 5 diz “… porque Eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gerações, daqueles que Me
aborrecem”.
A razão disso é explicada na Bíblia e Jesus fez-se maldito ao ser crucificado para eliminar essa
maldição. Melhores esclarecimentos estão em Deuteronômio 11.26-32 [26-28: “Prestai, pois,
atenção! Hoje estou colocando a bênção e a maldição diante de vós: 27A bênção, se obedecerdes
aos Mandamentos de Yahweh (Jeová), vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não
obedecerdes aos Mandamentos de Yahweh (Jeová), vosso Deus, desviando-vos do Caminho que
neste dia vos instruo, a fim de vos deixardes iludir e seguirdes deuses pagãos”]; Efésios 1.1-23 [(4-
6,13,14): “Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença. E, em seu Amor, nos predestinou para sermos adotados como
filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua vontade, para o louvor da sua
gloriosa graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado… Nele, igualmente vós, tendo ouvido
a Palavra da Verdade, o Evangelho da vossa salvação, e nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da Promessa, que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de
Deus, para o louvor da sua glória”] e 2.1-22 [(1,2,4,5,8-10): “Ele vos concedeu a vida, estando vós
mortos nas vossas transgressões e pecados, nos quais andastes no passado, conforme o curso deste
sistema mundial, de acordo com o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos
que vivem na desobediência… No entanto, Deus, que é rico em misericórdia, por meio do grande
Amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, estando nós ainda mortos em nossos pecados,
portanto: pela Graça sois salvos!… Porquanto, pela Graça sois salvos, por meio da Fé, e isto não
vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se
orgulhar por esse motivo. Pois somos criação de Deus, realizada em Cristo Jesus para vivermos em
boas obras, as quais Deus preparou no passado para que nós as praticássemos hoje”]; e nos
capítulos 2 a 10 da Carta aos Hebreus [4.14-16: “Concluindo, tendo em vista que temos um grande
sumo Sacerdote que foi capaz de adentrar os Céus, Jesus, o Filho de Deus, mantenhamos com
firmeza nossa declaração pública de Fé. Pois não temos um sumo sacerdote que não seja capaz de
compadecer-se das nossas fraquezas, mas temos o Sacerdote Supremo que, à nossa semelhança, foi
tentado de todas as formas, porém sem pecado algum. Portanto, acheguemo-nos com toda a
confiança ao trono da Graça, para que recebamos misericórdia e encontremos o Poder que nos
socorre no momento da necessidade”; 5.7-10: “Durante seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu
orações e súplicas, em clamor e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, tendo sido
ouvido por causa da sua reverente submissão. Mesmo considerando o fato de ele ser o Filho de
Deus, aprendeu a obediência por intermédio das aflições que padeceu; e, uma vez aperfeiçoado,
tornou-se a fonte de salvação eterna para todos quantos Lhe obedecem, tendo sido nomeado por
Deus sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”; 9.24: “Pois Cristo não adentrou a um
santuário erguido por mãos humanas, uma simples ilustração do que é verdadeiro; Ele entrou nos
Céus, para agora se apresentar diante de Deus em nosso benefício; Ele também não se ofereceu
muitas vezes, como procede o sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos de ano em ano
portando sangue alheio. Ora, se assim fosse, seria necessário que Cristo sofresse muitas vezes,
desde o início do mundo. Mas agora Ele manifestou-se de uma vez por todas, no final dos tempos,
para aniquilar o pecado por intermédio do sacrifício de Si mesmo. E, assim como aos homens está
ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso o Juízo, assim também Cristo foi oferecido em
sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitas pessoas; e aparecerá segunda vez, não mais
para eximir o pecado, mas para brindar salvação a todos que o aguardam!”; 10.11-15: “Ora, todo
sacerdote se apresenta, dia após dia, para exercer seus deveres religiosos, que nunca podem remover
os pecados. Jesus, no entanto, havendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se à direita de Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam submetidos
por estrado de seus pés. Porquanto, com uma única oferta, aperfeiçoou por toda a eternidade todos
quantos estão sendo santificados. E disso, igualmente, nos dá testemunho o Espírito Santo,
porquanto, após ter declarado: ‘Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o
Senhor. Colocarei as minhas leis no âmago do seu coração e as inscreverei profundamente em sua
mente’, conclui: ‘Dos seus pecados e iniquidades nunca mais me permitirei recordar’”]). O que foi
exposto é suficiente para que pessoas sensatas questionem o verdadeiro cristianismo praticado pela
Legião da Boa Vontade, a representante brasileira da Nova Era. Ela se esconde atrás de um
cristianismo de conveniência e das obras de assistência social, através das quais esperam a redenção
de suas culpas, já que rejeitam a salvação pela Graça e a ressurreição de Jesus no último Dia.
31
A VERDADE SOBRE A L.B.V.

Todo sistema religioso organizado, cujo pensamento foge da Verdade bíblica, é usado por
satanás, para levar o homem à perdição, mesmo rejeitando a Cristo inconscientemente. A L.B.V.
vem fazendo isso de maneira muito eficiente, falando da eliminação de preconceitos em todos os
níveis, em fraternidade universal, em amor incondicional e outros temas igualmente atrativos e
empolgantes. Ela não fala que tem ramificação internacional, mantendo estreito relacionamento
com organizações esoteristas em todo o mundo.
[2 João 1.9: “Todo aquele que prevarica (transgride), e não persevera na Doutrina de Cristo, não
tem a Deus. Quem persevera na Doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”]
Conforme informações contidas no livro de Constance Cumbey “Os Perigos Ocultos do Arco-
Íris”, o centro de planejamento oculto do movimento Nova Era é o “Lucis Trust”, inicialmente
conhecido como “Lúcifer Publishing Company” ou Companhia Editora Lúcifer, local onde é
produzida toda literatura referente ao “Plano”. Há muitos subgrupos subsidiados (apoiados) por
eles, com nomes como “World Goodwill”, ou “Boa Vontade Mundial”, uma semelhança bastante
coincidente entre as organizações de lá e de cá, principalmente em se considerando a sua
prodigalidade (generosidade) em construções suntuosas (luxuosas) para estabelecer o sistema
templário eliminado por Jesus.
[João 18.36: “afirmou Jesus: ‘Meu Reino não é deste mundo’”]
O Brasil é um país onde o diabo tem se manifestado visivelmente, haja vista os rituais de magia
negra, com sacrifícios humanos. Ele vem agindo através de religiões supostamente cristãs. Muitas
surgiram recentemente, defendendo os mais diversos sistemas doutrinários. Existem até adoradores
do sol, com todas as características dos antigos cultos, tanto nas Américas como no Egito e de
outros povos dos primórdios da civilização. Nenhuma dessas organizações podem apontar o
verdadeiro Caminho para a salvação e fazem parte de um sistema comandado por forças ocultas
mas perfeitamente disfarçadas através de práticas filantrópicas (caridade), a elevação moral e
espiritual, além da busca da paz e fraternidade para o mundo.
[Deuteronômio 4.19: “Tudo isso para que, ao levantardes vossos olhos em direção ao céu e
observardes o sol, a lua, as estrelas e todos os demais corpos celestes, não vos deixeis seduzir por
esses astros para adorá-los e a eles servir! Porquanto, são apenas coisas que Yahweh (Jeová), vosso
Deus, distribuiu entre todos os povos que vivem debaixo do céu”; Mateus 4.8-10: “Tornou o diabo a
levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo em todo o seu
esplendor. E propôs a Jesus: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares. Ordenou-lhe então
Jesus: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Ao SENHOR, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás’’”]
A Legião da Boa Vontade não é uma organização cristã e não pode oferecer salvação para a alma
dos seguidores dos seus ensinos. Podemos questionar algumas das suas pregações embasadas na
Bíblia, mas antagônicas (contrárias) às ideias por ela defendidas. Exemplo comum dessa
contradição é o fato de enfatizarem a volta de Cristo, fundamentando-se no Apocalipse, ao mesmo
tempo em que defende e incentiva a implantação de uma língua mundial única, trabalhando para
isso através do ensino do esperanto (idioma planejado baseado em línguas europeias).
[Isaías 65.17: “Em verdade, eis que criarei novos céus e uma nova terra; e todos os eventos
passados não serão mais lembrados. Jamais virão à mente!” Apocalipse 21.1: “Então vi novo céu e
nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra haviam passado; e o mar já não mais existia”]
Essa atitude demonstra desconhecimento bíblico sobre “os finais dos tempos”. O apóstolo Pedro
escreveu em sua Segunda Carta, capítulo 3.7, que a Terra está reservado para o fogo até o dia do
Juízo, guardada como tesouro. No versículo 10, ele acrescenta: “Mas o dia do Senhor virá como
ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se
desfarão, e a Terra e as obras que nela há se queimarão” [12 e 13: “Naquele Dia, os céus se
dissolverão pelo fogo, e todos os elementos, ardendo, se dissiparão com o calor. Todavia, confiados
em sua Promessa, esperamos novos céus e nova terra onde habita a justiça”]
Qual seria então a finalidade da L.B.V. em implantar o esperanto como idioma mundial sabendo
que o planeta vai se desfazer em fogo? É incoerência (absurdo) ou não acredita naquilo que prega,
fazendo-o apenas para enganar. Ela salienta a volta de Jesus, mas vive como se isso jamais fosse
acontecer, fazendo planos para o futuro e investindo cada vez mais na sua gigantesca estrutura. O
incentivo à implantação de uma língua única no planeta é um dos audaciosos (ousados) objetivos da
Nova Era.

31.1 O templo do engano irrestrito

Em outubro de 89, os legionários da boa vontade inauguraram o “Templo do Ecumenismo


Irrestrito” em Brasília. Foi mais uma prova de que pratica um cristianismo camuflado. Não existe
respaldo (apoio) bíblico para o ecumenismo: ou a pessoa é cristã ou não é. Se não for, em Atos dos
Apóstolos 4.12 está escrito que não será salva: “Em nenhum outro há salvação [além de Cristo],
porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos
ser salvos”.
Uma instituição que se diz cristã não pode ignorar essa Verdade. Seu diretor enfatizou, no
discurso de inauguração do templo, que ele seria também para os ateus. Poderia alguém que se diz
ateu entrar num templo para orar? A quem endereçaria suas petições se em nada crê? O ateu,
conforme ensina João em seu Evangelho, capítulo 1.12, não é filho de Deus: “Mas todos quantos O
receberam (Jesus) deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu Nome”.
Não crendo e nem aceitando Cristo como Salvador e Senhor, as pessoas são apenas criaturas e não
filhas de Deus.
Esse desconhecimento da Bíblia não é surpresa. Há conveniência em não ensiná-la, pois o
ecumenismo permite a prática de uma política de boa vizinhança, mantendo portas abertas para o
recebimento de donativos e contribuições. O dinheiro tem o mesmo valor tanto o do ateu como o do
crente, sendo mais prudente recebê-lo no templo sem restrições do que falar o que disse Jesus a
respeito dos incrédulos: “quem crê n’Ele não é condenado, mas quem não crê já está condenado;
portanto não crê no Nome do Unigênito Filho de Deus”.
A inauguração do Templo do Ecumenismo Irrestrito foi em duas etapas: uma religiosa e outra
mística. Apresentaram a “dança dos orixás” e manifestações populares folclóricas. Jesus foi
substituído por atrações mais interessantes ao público na festa de abertura do templo por onde
pretenderam Ele estar presente. Em forma de pirâmide de quatro faces, o templo tem incrustada
(cravada) em sua ponta uma pedra de cristal, pesando vinte quilos, para “imantar o ambiente”. Pode
ter alguma ligação com o cristianismo autêntico uma organização que vê no esoterismo a prática da
verdade?
[Mateus 6.23: “Por isso, se a luz que está em ti são trevas, quão tremendas são essas trevas!”]
Segundo gravação deixada pelo extinto Alziro Zarur, fundador da L.B.V. “quando Jesus voltar
encontrará o templo da boa vontade de Deus erguido pela boa vontade dos homens”. Jesus, que o
verdadeiro cristão conhece, não vai encontrar templo da Legião da Boa Vontade e nem tomará
conhecimento dele. Virá no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, conforme a profecia registrada no
livro de Zacarias, capítulo 14.4. Poderia Jesus profetizar a destruição do templo de Jerusalém e
agradar-se da construção de um outro, quase dois mil anos depois, vendo seu imensurável Poder
trocado pela emanação enérgica de uma pedra de cristal? Que tipo de cristianismo a Legião da Boa
Vontade pratica e o que pretende ela ensinar ao povo, se Jesus não ocupa lugar no seu próprio
templo, não foi entronizado como Senhor absoluto e seu Evangelho não é pregado para não
converter os cristãos e ateus que o frequentam, em nome de um ecumenismo conveniente e
oportuno?
[Deus não deseja reconstruir templo algum, pois nem no seu Reino celeste há um: “Contudo, não
vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro são o seu santuário”
(Apocalipse 21.22)]

31.2. Cristãos Budistas

Na sua ânsia de aparecer aos olhos do povo como entidade (instituição) sem preconceitos, a
Legião da Boa Vontade não se constrange ao andar com os pés em duas canoas. Seu diretor
recentemente foi homenageado por monges budistas recebendo as vestes sacerdotais usadas durante
a cerimônia do culto a Buda. Aproveitando a cegueira espiritual e intelectual da população, a L.B.V.
promove o engano em nome do amor universal, através da desgastada fórmula “promoção do
entendimento e o diálogo entre as pessoas”, que nunca funcionou pela falsidade com que sempre foi
pregada.
Quem foi Buda? Um príncipe indiano chamada Sidarta Gautama, que sempre viveu à sombra do
pai, encastelada em seus ricos aposentos por 29 anos. Aproveitou toda pompa até casar-se e nascer-
lhe o primeiro filho. Nunca trabalhou e não conhecia seu reino além dos portões do castelo. No dia
em que seu filho nasceu, resolveu conhecer suas possessões e ficou desesperado ao tomar contato
com a miséria, a fome, a doença, a morte e a dura realidade da condição humana. Ante a fraqueza
do seu caráter não soube o que fazer. Traumatizado, a única opção que encontrou foi fugir de casa,
abandonando a jovem esposa e o filhinho recém-nascido.
Vagou pelas montanhas, vivendo na pobreza e na dependência da caridade. Buda, que significa
“o iluminado”, não derramou uma gota de suor para salvar seus súditos, quanto mais sangue para a
humanidade, como fez Jesus. Por volta do século seis depois de Cristo, os indianos desconfiaram da
mancada e cassaram Buda, exportando-o para o Japão, Tibet, Coreia, parte da China e outros países
da região.
Sidarta, ao conhecer a triste realidade da vida, fraquejou frente aos gigantescos desafios. Ao
invés de assumir seu lugar como príncipe e futuro rei, ficava horas meditando e estabeleceu uma
série de filosofias de vida que bem demonstram o seu trauma. Um de seus ensinamentos é a
ausência de culpa, atitude própria do homem para justificar a irresponsabilidade e incapacidade de
assumir seu lugar na sociedade, enfrentar e vencer os desafios e não fugir conforme fez o príncipe
Sidarta10.
O ecumenismo pretendido pela Nova Era, contando com o apoio irrestrito da Legião da Boa
Vontade no Brasil, é juntar o cristianismo com o budismo, bramanismo, xintoísmo, hinduísmo e
outros “ísmos” existentes no mundo. Podem os cristão comparar Jesus com Buda? Muito ainda se
poderia falar dessa organização, que se tornou poderosa montando rede de crentes em diversos
estados do país, mas precisaríamos escrever um outro livro.
Entretanto, é preciso saber que a L.B.V. utiliza um eficiente esquema de comunicação, através de
programas retransmitidos por uma rede de rádio que atinge praticamente todo o território nacional.
Além disso, envia artigos para jornais e conta com uma gráfica própria, onde edita a “Revista
L.B.V.”. Tido isso para divulgar o pensamento “cristão” de seus adeptos, traduzindo numa prece
feita por seu diretor-presidente durante o “I Congresso do Amor Universal”, onde enfatiza: “Daqui
para frente, a L.B.V. não será a mesma, será maior. A “religião de Deus” (?) vai projetar-se, o PVB
– Programa da Boa Vontade – cumprir sua tarefa, e o Centro Espiritual Universalista limpar os
canais mediúnicos, paranormais e sensitivos dos que estão na terra para te servir” (Revista L.B.V. –
4/91)11.

10 Consultar Grandes Religiões. In: Trópico, volume 4, p. 559.


11 Não questionamos as obras de assistência social da L.B.V., em si, mas as doutrinas divulgadas através delas.
32
AS DIVERSAS OPÇÕES

Existem ainda centenas de organizações da Nova Era no Brasil. Excetuando as do tipo “Vale do
Amanhecer”, em Brasília, as instituições esotéricas brasileiras funcionam das mais diversas formas,
adotando variadas práticas, que podem ir desde a canalização em estado de consciência alterado,
viagens cósmicas fora do corpo, até a Terapia de Vidas Passadas. Hoje, o ocultismo que a Nova Era
quer transformar em ciência, é utilizado como terapia por incontável número de profissionais
liberais ligados à área das doenças e fenômenos mentais.
O “Vale do Amanhecer”, um sistema de colônia onde seus moradores vivem em comunidade
para a prática do esoterismo, não foi o pioneiro no gênero, conforme pretende o médium Mário
Sassi, líder local, ao salientar que “as ideias de Shirley MacLaine são uma cópia do que as seitas
místicas fazem em Brasília desde a fundação da cidade” (1960-61).
O primeiro trabalho desse modelo foi iniciado na Escócia, com a fundação da comunidade
“Findhorn”. Aproveitando o solo fértil do Brasil para o crescimento do esoterismo, o paulista José
Trigueirinho Neto, muito conhecido entre os adeptos do misticismo pelos seus livros, iniciou uma
experiência semelhante na região de Campinas, no Estado de São Paulo.
Trigueirinho lançou-se como esoterista ao escrever o livro “Erks”, onde sustenta a teoria de que
existem moradores no centro da Terra. Ele garante que já manteve contatos com os povos de outros
planetas e faz incríveis afirmativas em seus livros, recentemente lançados numa série de três, tendo
“Erks” como carro-chefe da sua produção editorial.
Antes de se envolver com o ocultismo e as populações intra e extraterrestre, José Trigueirinho
passou por uma experiência como produtor de cinema, chegando a alcançar algum sucesso com
uma fita rodada na década de sessenta, chamada “Bahia de Todos os santos”, que recebeu opinião
favorável da crítica especializada e algum retorno de bilheteria.
Na época, estávamos vivendo o tempo do “cinema novo” nacional e a falta de dinheiro para
bancar as produções, fizeram muitos cineastas desistirem. Trigueirinho optou pelo esoterismo e
tornou-se polêmico ao sustentar suas teorias. Foi então que partiu para a fundação dos “centros de
treinamento” ou “escolas para iniciados”, nos moldes do Findhorn escocês.
Algumas dessas organizações já se espalharam por quase todo o mundo, tornando-se bem
sucedidas como sociedades esotéricas autossustentáveis. No início dos anos 80, Trigueirinho iniciou
um trabalho semelhante no Brasil. Para tanto, esteve na Escócia e passou vários dias em Findhorn,
obtendo conhecimentos básicos sobre seu funcionamento. Voltando ao Brasil com ideias claras
sobre o que desejava, iniciou o projeto ajudado por um reduzido número de entusiastas, mas tão
animados que logo surgiram os primeiros resultados, atraindo outras pessoas que vieram reforçar o
grupo.
Apesar disso, a comunidade só conseguiu firmar-se definitivamente com a ajuda da experiente
esoterista norte-americana Sara Marriot, que há dez anos reside no Brasil. Ela tornou-se conhecida
através dos livros aqui publicados, iniciando com “Uma Jornada Interior”. Sara residiu no Findhorn
durante uma dúzia de anos e usou todo o seu conhecimento a serviço da comunidade brasileira.
Manteve intercâmbio com organizações congêneres (semelhantes) nos Estados Unidos, como o
pioneiro “Esalem Institute”, fundado no Estado da Califórnia, e o “The Farm” no Tenessee.
Hoje, a comunidade está solidamente implantada e Sara continua trabalhando como uma das
principais dirigentes. Trigueirinho deixou essa organização e viajou pelo Brasil proferindo palestras
e conferências (assembleia) sobre esoterismo. Há pouco tempo fundou em Minas Gerais uma outra
comunidade do mesmo modelo, firmada em sua experiência anterior.

32.1. A cegueira do espíritos

Assim vai crescendo o movimento Nova Era em todo o planeta. Ela segue seu objetivo de mudar
o pensamento e o comportamento do homem. No Brasil, está atingindo suas metas com facilidade,
encontrando mentes abertas para seus ensinos mentirosos. Multiplica-se a cada dia os “Institutos”,
as “Clinicas” e os “Centros de Estudos” das coisas ocultas. Nesses locai, pessoas buscam
autoconhecimento com o objetivo de despertar o “eu” interior para aperfeiçoar-se como ser,
eliminando deficiência e traumas.
Os esoteristas, cegados por uma força que lhes embota (enfraquece) o raciocínio, acreditam que
as práticas de mentalização, da concentração dirigida, da libertação da mente, das viagens cósmicas
e outras formas esotéricas, podem levar o homem a um processo de espiritualização, aperfeiçoando-
se a tão sonhada era de paz, fraternidade e compreensão mútua.
Esse sistema não levará o homem a lugar algum no futuro, mas está fazendo-o retroceder no
tempo e no espaço. Nas comunidades esotéricas é comum seus adeptos afirmarem ter conversado
com seres extraterrenos com a mesma naturalidade com que acreditam no poder curador das pedras
de cristal. Todas essas formas de crença tem em comum a busca desesperada do homem em
melhorar a sua vida na Terra.
O que está acontecendo hoje quanto à questão espiritual do homem, é uma fotografia daquilo que
o apóstolo Paulo predisse há quase dois mil anos. Nessa ânsia de encontrar a felicidade através de
si próprio, a humanidade está retrocedendo e já chegou ao ponto de veneração de animais
domésticos. Há pouco tempo, a presidenta das Filipinas, Corazón Aquino, organizou o enterro de
sua cachorra com honras de Estado. Fez tocar a banda oficial e, no momento em que foi sepultada,
ouviu-se uma salva de vinte e um tiros, por ordem da presidenta. Exatamente como os egípcios, há
seis mil anos, sepultando seus gatos sagrados.
[Isaías 43.11: “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador”; Romanos 1.24-26,28,29,32:
“Por esse motivo, Deus entregou tais pessoas à impureza sexual, segundo as vontades pecaminosas
do seu coração, para degradação de seus próprios corpos entre si. Porquanto trocaram a verdade de
Deus pela mentira, e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para
sempre. Amém! E, por essa razão, Deus os entregou a paixões vergonhosas…Além do mais,
considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele mesmo os entregou aos ardis de suas
próprias mentes depravadas, que os conduz a praticar tudo o que é reprovável. Então, tornaram-se
cheios de toda espécie de injustiça, maldade, ganância e depravação... E, apesar de conhecerem a
justa Lei de Deus, que declara dignos de morte todas as pessoas que praticam tais atos, não somente
os continuam fazendo, mas ainda aprovam e defendem aqueles que também assim procedem”;
Êxodo 20.2-6: “Eu Sou Yahweh (Jeová), o SENHOR, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da
casa da escravidão! Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma
imagem esculpida, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra,
ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os
servirás, porquanto Eu, o SENHOR teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos
pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com
Amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus Mandamentos”]

33
NOVA ERA, CRISTIANISMO E ECOLOGIA

Essa é uma questão que tem se mostrado bastante confusa nos meios cristãos. Como na Nova Era
fala-se muito em ecologia, respeito à natureza, defesa do meio ambiente e outros temas da moda, os
cristãos sinceros ficam sem saber se devem ou não empunhar a mesma bandeira. Em função dos
novos tempos em que vivemos, é natural surgirem questionamentos, mal entendidos e más
interpretações de muitos fatos. A defesa da ecologia em si é uma obrigação de todo ser humano, o
que faz a diferença são os objetivos pelos quais ela é defendida.
Olhadas do ponto de vista bíblico, muitas das questões defendidas pela Nova Era devem contar
com a adesão dos cristãos. Isso porque as exigências e orientações nela contidas surgiram muito
antes de se falar em Nova Era, que se aproveita do tema apenas em função de seu forte apelo
público, mas não que se deseje realmente fazer algo a favor do meio ambiente.
[Colossenses 3.9,10: Não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do velho homem com suas
atitudes, e vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou; João 8.44: “Vós pertenceis ao vosso pai, o Diabo; e quereis realizar os
desejos de vosso pai. Ele foi assassino desde o princípio, e jamais se apoiou na Verdade, porque não
existe verdade alguma nele. Quando ele profere uma mentira, fala do que lhe é próprio, pois é um
mentiroso e pai da mentira; 1 Timóteo 5.24,25: “Os pecados de alguns homens aparecem antes
mesmo de serem julgados; os de outros são descobertos depois. Da mesma forma, as boas obras se
tornam evidentes, enquanto as obras más não podem permanecer ocultas”]
Segundo várias passagens, registradas em diversos livros da Bíblia, chegará o tempo em que a
Terra passará por uma completa restauração, mas exclusivamente por intervenção divina. Nesse
caso, defendendo o meio em que vive, o cristão estará melhorando seu nível de vida até que chegue
o dia da restauração. As profecias têm se cumprido em cem por cento, e logicamente, continuarão
do mesmo modo para o futuro. Se caminharmos nessa direção, a terra chegará a um momento de
total exaustão, mesmo com os esforços humanos em evitá-lo pois já atingimos um ponto
irreversível.
Para o cristianismo fundamentado nos ensinos bíblicos, não há como evitar-se uma
transformação do atual sistema global, porque não se trata apenas da questão planetária, sua
degradação e exaustão, mas principalmente do ajuste de contas entre o Criador e criatura, para
quem foram dados os talentos que deveriam ser multiplicados.
Os cristãos devem procurar saber o que Jesus tem solicitado de cada um em particular. Todos que
conhecem a Palavra de Deus, têm experiências em sua vivência cristã, sabem que devem multiplicar
quantas vezes forem possíveis seus valores como discípulos de Cristo e suas testemunhas. Jesus
prometeu vida eterna a todos que “guardarem suas Palavras e fizerem a vontade do Pai”. Ao que
estiver enquadrado nessa exigência, não importa se o planeta vai explodir ou se estará vivo ou
morto quanto Jesus vier, pois tem certeza de que estará com Ele.
[Apocalipse 14.12,13: “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que obedecem aos
Mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus. Então, ouvi uma voz grave do céu que
ordenava: ‘Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, para que descansem de suas lutas e trabalhos, porquanto as suas obras os acompanham!’”]
Esse é o motivo mais que suficiente para o cristão fazer o melhor possível enquanto estiver na
Terra. Não só deve respeitar e defender o meio ambiente, mas também apresentar Jesus a todos que
não O conhecem, apenas ouviram falar dele. Os verdadeiros motivos pelos quais a Nova Era
defende a ecologia devem ser esquecidos, pois a terra que os fiéis vão herdar terá passado por um
processo de limpeza tão poderoso que será transformada num paraíso.
Isso acontecerá, independentemente de haver ou não pessoas defendendo a ecologia, pois mesmo
que a Terra fosse totalmente virgem, chegando o momento determinado, tudo se faria da mesma
forma como se estivesse num caos total. Não é o estado de conservação do planeta que vai
desencadear o cumprimento das profecias bíblicas. A Nova Era sabe disso, motivo pelo qual não
está erguendo a bandeira da ecologia para conscientizar os povos dos perigos que o mundo está
correndo em virtude da degradação ambiental.
Os adeptos dessa “escolha alternativa” entre Deus e o diabo, sabem que não é apenas a agressão
ao ecossistema que ameaça a humanidade de uma extinção gradual ou repentina, mas há uma serie
de fatores que podem conduzir ao mesmo fim. A degradação moral é um deles, a perversão sexual é
outro e a degradação da família, inegavelmente, pode acabar com a atual civilização em pouco
tempo. Apesar disso, não observamos nenhuma campanha contra esse tipo de comportamento,
incentivo para que continue a total libertinagem que campeia solta em nossos dias.

33.1. O que há por trás da Ecologia

Existe outro motivo pelo qual ela defende a ecologia. É para os cristãos fundamental sabê-lo,
pois é o motivo que nos faz caminhar para o caos, debalde (em vão) a cantilena (ladainha) a favor
da paz e da fraternidade mundial. Aparentemente, parece não haver ligação entre um e outro
motivo, mas é esse o objetivo: fazer com que as pessoas não percebam que estão sendo enganadas.
O motivo é o distanciamento do homem em relação ao Deus verdadeiro e a sua proximidade com
as “fábulas de velhas”, definição oportuna do apóstolo Paulo. O apego da Nova Era à questão
ambiental prende-se ao fato de que a Terra pertence a Lúcifer, através da procuração (transferência
de direitos e poderes) dada por Adão. Nesse caso quem seria o principal interessado em conservá-
la? Para a Nova Era, como o movimento de sustentação luciférica, não lhe é interessante permitir
que seu “rei” venha apossar-se de um reino completamente destruído.
[1 João 5.18,19: “Ora, sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não é escravo do pecado;
antes, Aquele que nasceu de Deus o protege, e não permite que o Maligno o possa tocar. Estamos
cientes de que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno]
Essa jogada atinge dois objetivos ao mesmo tempo. Além de ter para si a Terra recuperada,
criada por Deus para o homem, ele desvia a atenção do povo para os problemas ecológicos, não
permitindo que ele busque a presença do Deus verdadeiro e eterno. Quanto mais distante de seu
Criador, mais o homem cai em decadência moral, repousando nos braços do diabo até que o leve
consigo. Ele conhece as Escrituras e sabe que a Terra sofrerá total restauração, não haverá mais nela
lugar para impurezas. Por isso está consciente de que não tem nenhuma chance.
[Deuteronômio 11.19,26-28: “Ensinai os mandamentos do SENHOR aos vossos filhos,
conversando acerca deles quando estiverdes sentados em casa e nos momentos em que estiverdes
andando pelos caminhos, ao deitardes e quando vos levantardes para um novo dia… Prestai, pois,
atenção! Hoje estou colocando a bênção e a maldição diante de vós: A bênção, se obedecerdes aos
mandamentos de Yahweh (Jeová), vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não obedecerdes
aos mandamentos de Yahweh (Jeová), vosso Deus, desviando-vos do Caminho que neste dia vos
instruo, a fim de vos deixardes iludir e seguirdes deuses pagãos; Provérbios 14.12 “Há caminhos
que ao ser humano parecem ser as melhores opções de vida, mas ao final conduzem à morte”]
Não é difícil entender o golpe que satã está preparando para levar consigo verdadeiras multidões.
A primeiro meta a ser atingida é fazer o homem acreditar que é “filho da Terra”, ao invés de ter sido
formado por Deus; motivo pelo qual deve prestar a ela verdadeiro culto. Perguntamos: será possível
ao homem esquecer-se de que é filho de Deus por adoção através de Jesus? Como satã tentará esse
golpe e por que o fará?
Apresentando a Terra como mãe, um ventre do qual saímos e para o qual voltamos. Essa mão é
pródiga (generosa) para com seus filhos, produzindo comida e condições favoráveis à sustentação
da vida em seu seio, daí o motivo para agradecimento e reverência como deusa. A Nova Era sabe
que isso não é verdadeiro, porque Deus pode deter por si mesmo o processo de destruição da Terra
ou fazer surgir do nada quantos planetas desejar.
[Hebreus 1.10-12: “Tu, Senhor, no princípio estabeleceste os fundamentos da terra, e os céus são
obras das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como vestimentas, e como
um manto tu os enrolarás, e como roupas serão trocados; mas, Tu és imutável, e os teus dias não
terão fim”; Lucas 21.33-35: “Porquanto, o céu e a terra desaparecerão, contudo as minhas palavras
de maneira nenhuma passarão. Tende cuidado de vós mesmos, para que jamais vos suceda que o
vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da libertinagem, da embriaguez e das
ansiedades desta vida terrena, e para que aquele Dia não se precipite sobre vós, de surpresa, como
uma armadilha. Pois ele certamente virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra”]
34
A DEIDADE FEMININA

Ela tenta passar essa crença e está conseguindo. Vai provocar o retrocesso ao culto à divindade
feminina. Se a humanidade aceitar a Terra como deusa mãe que deve cultuar como faziam antigos
pagãos, estará atingindo parte de seus objetivos, colocando frente ao homem outros deuses além do
Pai, o que fatalmente será condenado. O resultado dessa tentativa já estamos observando, o nítido
interesse na reversão da ordem divina, que criou masculino e feminino.
[Isaías 42.8: “Eu Sou Yahweh (Jeová), o SENHOR; este é o meu Nome! Não dividirei a minha
glória a nenhum outro ser, tampouco entregarei o meu louvor às imagens esculpidas”]
A razão de Deus ordenar ao homem a supremacia terrena, dando a ele o comando geral do
planeta, é que o criou para isso, dotando-o de todas as características necessárias para exercer essa
liderança. Ao considerar a supremacia feminina, o homem estará frontalmente contra essa
determinação, em mais um ato de rebeldia contra seu Criador. Rejeita o que é natural e lógico,
sofrendo sérias consequências, enquanto o diabo aplaude e se diverte com a desgraça humana.
A inversão de mando objetiva destronar Deus do pensamento da espécie, porque o elemento
feminino não tem compromisso com a salvação, ela foi a causadora da perdição. Por ter dado
prioridade à criação do homem, Deus assumiu sobre si a culpa da mulher como meio de transferir
ao elemento masculino a expiação do pecado de desobediência cometido por Eva.
O mesmo erro continua sendo observado. O homem tem rejeitado a Jesus como expiador do
pecado e a lógica da salvação pela graça. Essa obstinação resulta da falta de opção a lúcifer: ele tem
que desviar a atenção da humanidade de que foi resgatada por meio de elemento masculino,
abrangendo a mulher, uma vez que no céu não haverá distinção de sexo, “todos serão como anjos”,
ensinou Jesus.
[1 Timóteo 2.5-6: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo
Jesus, homem. Ele se entregou em resgate por todos, para servir de testemunho a seu próprio
tempo”; Efésios 5.22,23: “Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois
submissas ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da
Igreja, que é o seu Corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, de
igual modo as esposas estejam em tudo sujeitas a seus próprios maridos”]
Em nenhuma hipótese haverá salvação através de uma deidade feminina. Isso será
completamente impossível. A mulher não tem poder para salvar o homem nem a si mesma. Não
existe deuses nem deusas, pois o Deus único e verdadeiro é suficientemente poderoso para salvar a
todos que desejam sem necessitar de ninguém. E isso já está feito através do sacrifício de Jesus, não
havendo nada que possa alterar esse processo.
Apesar de Deus ter considerado o elemento masculino para a salvação, a mulher não ficou
alijada (excluída) do plano divino, pois deveria dar a sua parcela de contribuição para cumprir a
sentença do Éden: “Multiplicarei grandemente a tua dor, e tua conceição; com dor terás filhos”. Era
a inclusão da condição humana na vida de Jesus. A semente do homem foi preterida pela
contaminação do pecado em virtude de Deus, ao assumir a culpa, preferir executar o plano através
do elemento feminino.
As providências transcorreram pela fidelidade divina em utilizar a “semente da mulher”,
fertilizando-a de maneira sobrenatural. Durante a anunciação de que Maria seria mãe (Lucas 1.31) o
anjo foi taxativo em informar que seu filho seria um homem e não uma mulher, provando que o
plano de Deus continuou imutável até o seu cumprimento. O “fruto do ventre” de Maria,
representante da parte humana do plano, seria o elo de ligação para reatar as relações Pai-filho. Por
isso é que Deus tratou diretamente com Eva a forma que utilizaria para esse fim, informando que “a
semente da mulher pisaria a cabeça da serpente”.
Abrimos parênteses no tema para uma observação com o propósito de melhor esclarecer essa
questão, que muitos taxam de “machismo da salvação” para melhor revertê-la ao elemento
feminino. A Bíblia anunciou através dos séculos que viria o Messias, Salvador do mundo. Os judeus
sabiam que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer e ansiavam por esse momento. Prova disso é
que, Maria, ao receber a notícia de sua gravidez iminente (imediata), não perguntou ao anjo que
história seria aquela, mas expôs o único problema que poderia impedi-la de levar avante tão honrosa
missão.

34.1. Homem: a escolha divina

O caso foi colocado em forma de pergunta, pois esperava ela que o anjo pudesse resolver:
“Como se dará isso se não conheço varão?” – indagou (perguntou) apreensiva. Gabriel esclareceu
informando que a obra seria feita através do Espírito Santo. Mas por que Maria teve essa dúvida se
Isaías profetizou que o Messias nasceria de uma virgem? (Isaías 7.14)
Maria não poderia saber como se daria sua concepção sem o contato físico com o homem. As
mulheres judias não eram iniciadas no conhecimento bíblico como os homens. Eles deveriam
frequentar as escolas rabínicas ao completarem doze anos de idade. Por isso Jesus esteve na
sinagoga, surpreendendo a todos pela sua sabedoria, mas deixando seus pais preocupados com o se
desaparecimento.
Isso mostra que, ao estabelecer o plano de salvação por intermédio do homem, Deus veio
preparando-o para que recebesse seu Messias como tal, usando profecias e sinais para que o
reconhecesse no momento em que chegasse. Nada há de “macho” na questão, é apenas uma
estratégia, com a qual Deus sabia poder vencer satanás, conforme aconteceu.
Lúcifer não se conforma com a situação. Ficou séculos à espreita e não conseguiu anular o plano
divino. Com isso, passou a odiar a mulher com todas as forças, cumprindo a sentença de Deus de
que “Porei inimizade entre ti e a mulher”, já que ambos, inicialmente, se davam bem, pois Eva
havia satisfeito o desejo de satanás.
[“O dragão posicionou-se diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de devorar o seu filho
assim que nascesse. Todavia, nasceu-lhe um Filho, um Homem, que reinará sobre todas as nações
com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono. A mulher fugiu
para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus... Ele é a antiga serpente
chamada diabo ou satanás, que tem a capacidade de enganar o mundo inteiro. Ele e seus anjos
foram lançados à terra... Quando, pois, o Dragão se viu atirado para a terra, empreendeu forte
perseguição à mulher que dera à luz o menino. Então, foram entregues à mulher as duas asas da
grande águia, a fim de que pudesse voar até o local que lhe havia sido planejado no deserto... Então,
irou-se tremendamente o dragão contra a mulher e partiu para atacar o restante da sua descendência,
os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus” (Apocalipse
12.4-6,9,13,14,17)]

34.2. Mulher como instrumentos

Para instilar seu veneno, ele vem usando a mulher de todas as maneiras e não perde
oportunidades para fazê-las sofrer fisicamente, atacando também sua mente e espírito. Exemplo
disso é que a mulher é mais resistente em abandonar os vícios, o que se verifica com mais facilidade
entre os homens. A força da mulher está na língua e quase sempre ela é pivô de lamentáveis
acontecimentos em função de fofocas e palavras que não deveriam ser ditas.
Sabendo que a mulher é mais susceptível (vulnerável) a seus enganos desde o Éden satã agora
está fazendo com que todas as coisas gravitem em torno do feminino, desde o próprio planeta-
mulher, até a vontade de um número cada vez maior de homens desejarem ser mulheres. Ao
transferir a primazia à mulher como divindade, insinua que ela deverá tomar a frente no comando
mundial por ter maior força interior, ser mais pacífica e mais intuitiva que o homem.
O pensamento que deve ser incutido nas mentes é de que, compreendendo o significado de dar à
luz, a mulher se identifica com a terra, elemento igualmente feminino e que também trouxe à luz
aos homens. Consciente dessa realidade, o homem deixará de respeitar a mulher para venerá-la
vendo nas figuras das deusas a representação da vida, o seu princípio no útero materno, esquecendo
sua verdadeira origem. Daí, para a adoração é um passo.
Verificamos que os objetivos da Nova Era na defesa da ecologia são três: criar um sentimento de
veneração pela Terra por ser ela “nossa mãe”; convencer o homem de que é um com a natureza e
forma um todo com a criação, feito da mesma essência que os demais seres; reverter a primazia do
masculino para o feminino. Está caminhando bem, mas principalmente no último item, onde as
vitórias são muito mais significativas.
A mulher hoje disputa o mercado de trabalho, entrando em setores anteriormente exclusivos do
homem. Nos concursos públicos, o número de mulheres aprovadas é sempre maior que o de
homens. Nos vestibulares, as mulheres conseguem maior índice de aprovação. É comum vermos
mulheres como gerentes de banco, executivas, empresárias e ocupando os mais altos cargos
políticos. Isso tem feito com que sintam-se autossuficientes, alcançando independência financeira
do homem, vindo atrás disso a liberação total.
Cresceu muito o número de mulheres envolvidas com o ocultismo e sobressaem como líderes de
movimentos do gênero. A elas pertencem o maior número de “Institutos”, “Clínicas” e “Escolas”
para o exercício do exoterismo, quer como terapêutica ou aplicação dos métodos adivinhatórios. Por
isso, ela foi escolhida para liderar e implantar a religião de satanás na Terra, através da reversão da
ordem natural da criação, uma imitação diabólica do plano de Deus, que também desencadeou uma
operação inversa para salvar o homem.
O pecado entrou no mundo pela desobediência à Palavra de Deus, mas a redenção foi
conquistada pela obediência. Se Jesus não fosse obediente, não teria morrido na cruz e a salvação
não se concretizaria. Assim, se Deus usou um homem para salvar, o diabo está usando a mulher
para condenar. Ele age assim porque não pode criar nada novo, não tem o atributo da criação.
Então, aproveitou-se da “memória curta” do homem para tentar a mesma cartada, que já foi jogada
uma vez com sucesso.
[1 Timóteo 2.12-15: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre o homem.
Esteja, portanto, em silêncio. Porque Adão foi criado primeiro, e Eva depois. E mais, Adão não foi
enganado; mas a mulher é que foi enganada e caiu em transgressão. Contudo, a mulher será
restaurada dando à luz filhos, desde que permaneçam na Fé, no amor e na santidade, com bom
senso]
Ele voltou-se novamente para a mulher, não tentando convencê-la de que poderá ser igual a
Deus, mas para fazendo-a acreditar que pode ser mais que o homem. Com isso, ele anula do seu
pensamento o princípio masculino da salvação, rejeitando a Cristo como consumador desse ato a
favor de todos os que crerem12

12 Nota do autor: Referimo-nos exclusivamente à questão espiritual. Ao falarmos da mulher, não estamos
generalizando, é uma referência às que estão sendo levadas pelo engano satânico.
35
NOVA ERA VERSUS CRISTIANISMO

O sentimento religioso do homem está ligado ao místico e ao transcendente. Todo ser humano
tem necessidade em crer em algo que julgue superior a ele, para agarrar-se nos momentos difíceis.
O cristianismo atravessou séculos, debalde (apesar) as perseguições, por ser uma religião que vem
satisfazendo o anseio do povo e respondendo a seus questionamentos. Jesus veio ensinar a verdade
por causa desse misticismo humano, para evitar que ele continuasse a ser enganado, como o era
desde a antiguidade. Muitos ainda se aproveitam desse atributo do homem e continua a tapeá-lo
para ganharem dinheiro e poder.
[Provérbios 22.6,12,15: “Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for
idoso não se desviará dele!... Os olhos do SENHOR protegem o verdadeiro conhecimento, mas Ele
confunde os discursos dos traidores... A tolice mora naturalmente no coração das crianças, mas a
vara da correção as livrará dela!”]
Nesse ponto, a Nova Era e o cristianismo chocam-se violentamente. A primeira pretende
aproveitar esse particular do homem e levá-lo à perdição. É o objetivo oposto ao cristianismo. Em
recente experiência, num curso de evangelização ministrado a pessoas de nível universitário e
profissionais liberais, percebi resistência da maioria em assumir um compromisso definitivo com
Cristo. Consideravam as histórias da Bíblia, os milagres, a maneira como aconteceu a queda do
homem – envolvendo uma serpente – e a reação de Deus como inverossímil (inacreditável).
Segundo eles, Deus tinha sido pouco tolerante e compreensivo como um ser Criador amoroso. A
visão que a Nova Era tenta passar do cristianismo é idêntica a essa, com a diferença de que, aquelas
pessoas, depois de encerrarem a questão, aceitarem o cristianismo, enquanto os militantes
novaeranos não admitem uma explicação satisfatória.
[Jó 9.2-4,15,16,32,33: “Na verdade sei muito bem que tudo isso é verdade; contudo, pode o
mortal ser justo diante de Deus? Ainda que desejasse questionar a Deus, não conseguiria reunir
argumentos plausíveis nem uma vez em mil tentativas. Ora, Deus é verdadeiramente sábio de
coração e poderoso em forças; quem já debateu com Ele e ficou em paz?... Embora inocente, eu
jamais teria o direito de contestá-Lo; tenho que reconhecer quem sou e rogar misericórdia ao meu
Juiz! Ainda que me fosse possível convocá-Lo ao tribunal, e Ele se apresentasse, mesmo assim não
acredito que isso o faria dar ouvidos ao meu caso... De fato, Ele não é ser humano como eu, para
que me seja possível rebater os seus argumentos, e nos enfrentemos em juízo. Não existe um árbitro
que tenha o poder de decidir essa questão entre nós dois”]
Sabem eles que o conhecimento meramente intelectual, sem a compreensão dos princípios que
norteiam a Fé cristã, leva o indivíduo a uma rejeição da Verdade bíblica. Ela é considerada
demasiadamente infantil para ser verdadeira. Esse é o pensamento comum entre esoteristas e
místicos, considerando que o sistema oferece subsídios que levam as pessoas a se aprofundarem nos
mistérios ocultos. Entretanto, eles jamais serão desvendados por serem antagônicos com a Verdade
divina. Deus sim, deixou de ser mistério para se revelar com tamanha simplicidade que o homem se
recusa a crer.
Dizem que não há lógica na versão bíblica da queda do homem. Há sempre maior facilidade para
a aceitação da doutrina budista, onde não existe pecado, nem juízo, nem culpa e nem morte. Tudo é
um círculo em constante rotação quando o homem morre, a essência do seu conhecimento fica no ar
para ser captada pelas mentes dos homens que ainda vivem.
O cristianismo poderia não ter lógica se as suas Doutrinas continuassem um mistério impossível
de ser entendido, mas não é isso que acontece. No esoterismo, os iniciados nas “escolas de
mistérios”, tornam-se veteranos e morrem sem descobrir seus segredos. Os iniciados no
cristianismo, conforme se aprofundam no seu estudo, comparando textos bíblicos, mostrando a
coerência das revelações, vão deixando sua condição de aprendiz e começam entender que há,
através da história, um plano muito claro para a salvação do homem.

35.1. O reverso e o oculto

Nas páginas da Bíblia, Deus vai se revelando ao homem até se manifestar ao mundo na pessoa
de Jesus Cristo. Depois dele, a história toma rumo definitivo em direção à salvação dos homens que
optarem por Cristo. Jesus veio às claras ensinar que assim seria e tudo transcorre conforme o
previsto. O mistério é desvendado e o estudante acaba compreendendo de vez esse plano
extraordinário, que só poderia ter sido concebido por uma inteligência infinita.
[Romanos 11.32-34: “Deus colocou todos debaixo da desobediência, a fim de usar de
misericórdia para com todos. Hino de adoração a Deus. Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e
do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus
Caminhos! Pois, quem conheceu a mente do Senhor?”]
O orgulho da intelectualidade reluta em aceitar o fato. A Nova Era aproveita a ignorância do
sabido e o engana, levando-o a acreditar que a história dos gnomos, cartas de tarô, contos de fada e
tantas outras formas de ocultismo têm mais lógica que o cristianismo.
As traduções mais profundas do esoterismo, não têm encontrado tanta receptividade no mercado
editorial como as versões banais, tratando de futilidades, que são encaradas com a maior seriedade
pela maioria da população mística. Ela não conhece o verdadeiro esoterismo que está muito distante
dos horóscopos, runas, cartomancia e muitas outras amenidades (banalidades) vistas como
ocultismo. Essas práticas apenas arranham sua superfície. Mas lúcifer tem unido o útil ao agradável.
Satisfaz os anseios místicos do povo, desviando-os do Deus verdadeiro e proporciona um ótimo
meio para elevado faturamento aos que exploram o ramo.
O que o esoterismo não ensina, e se o fizesse deixaria de existir, é que a questão da queda do
homem não deve ser encarada nem explicada filosoficamente. Também a antropologia não pode dar
esclarecimentos satisfatórios para a entrada do pecado no mundo. Se pudesse, a salvação deixaria de
ser da competência divina para se tornar um fato histórico. Esse não precisa de Fé para ser
entendido, ao contrário do que diz respeito às coisas espirituais. No esoterismo, tudo se concentra
no homem, considerando-o autossuficiente em todos os sentidos. Sua dependência do Criador é
substituída pela capacidade de “canalizações” com os “mestres da sabedoria” de outras dimensões.
Finge ignorar que o próprio Deus veio ao mundo para ensinar ao homem que é insubstituível em
sabedoria e Única meio de salvação da alma.
[1 Coríntios 1.17-21: “Porque Cristo não me adicionou para batizar, mas para pregar o
Evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo. Porque a Palavra
da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o Poder de Deus.
Porque está escrito: ‘Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos
entendidos’. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não
tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o pela sua sabedoria
não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que creem”; Mateus
11.25,26: “Jesus proclamou: ‘Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois escondeste estas
coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos. Amém, ó Pai, pois assim foi do teu
agrado!’”]

36
A VERDADE INCONTESTÁVEL

A “história da maçã” é pura fantasia; nunca foi divulgada pelo cristianismo. É produto da
imaginação do próprio esoterismo. O “fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal”, era
uma espécie de linha demarcatória para sinalizar até onde Adão poderia chegar e continuar em seu
estado de graça permanente, desconhecendo os efeitos nocivos do mal. A maldade não foi criada em
função do homem, ela já existia.
Foi a causa da preocupação do Criador em preservar a sua criatura, prevenindo-a para não se
contaminar com o vírus, que sabia ser impossível ao homem destruí-lo. Deus, por ser o Poder
Supremo, está acima do bem e do mal. Ele manipula ambos os poderes para atingir seus objetivos,
pois o mal para Ele não existe e não pode ser contaminado como fora a criatura. Ao tocar o mal, seu
amor é tão gigantescamente profundo que o transforma em bem.
[Isaías 45.6,7: “não há ninguém além de mim. Eu Sou o Eterno, e não existe nenhum outro! Eu
formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; Eu, Yahweh (Jeová), faço absolutamente tudo!]
A Nova Era não aceita o “mal” e nem o fato de o homem depender de Deus para transformá-lo
em bem. O Senhor estava observando a serpente convencer Eva de que a morte, no caso da
desobediência, não era verdadeira. Ela colocou dúvida em sua mente, como o faz ainda hoje,
através das “ciências” chamadas ocultas. O Criador não pôde intervir porque a “linha divisória” já
estava demarcada e, tanto Adão como Eva, tinham nesse limite o teste da sua capacidade de
suportar o ataque virótico do mal, contra o qual estavam vacinados pela advertência divina. Eva
deveria desencadear o processo de reação, mas sucumbiu ante a “beleza” da árvore. Ela e Adão
eram uma “só carne”. Ele também participou do episódio. Não pôde resistir por que “sua carne” já
havia sido contaminada.
Deus não deixou de ser Amor porque o homem caiu em desgraça, avançando a linha
demarcatória entre o bem e o mal, na ansiedade de “ser igual a Deus”. Aliás, essa foi a sua maior
prova de Amor. Ele não queria o homem igual a si nesse particular porque conhecia o mal, sabia o
que aconteceria à humanidade se também o conhecesse. O homem não era superior ao bem e ao
mal. Seria indubitavelmente (com certeza) dominado pelo mal, que aparentemente é superior ao
bem. Essa aparência escraviza o homem que só se liberta através da aceitação do plano de Deus
para esse fim. Se o homem quis ser igual ao Criador, o Todo-Poderoso não pode ser o culpado por
essa decisão. Entretanto, demonstrou todo seu amor respeitando tal desejo. Seria injusto intervir na
tentação de Eva, porque ela tinha o direito de “conversar com a serpente”, era livre para chegar até
o limite estabelecido.

36.1. A culpa e o perdão

Depois que Eva decidiu pela ultrapassagem da linha demarcatória, não seria justo Deus
neutralizar sua escolha, tornando-a outra vez inocente e permitir que tudo continuasse como era
desde o princípio. Desrespeitar desejos e decisões das pessoas, mesmo sendo erradas, não é uma
demonstração de Amor. Assumir a culpa do outro e pagar o preço estabelecido por esse erro é uma
prova de Amor. Satanás não pode fazer isso porque não foi contaminado. Ele é o próprio vírus que
contamina. O único antibiótico a céu aberto chamado Gólgota ou Calvário.
Isso, nem lúcifer, a Nova Era, todo tipo de esoterismo, ocultismo, misticismo, incredulidade,
paganismo, ateísmo ou seja lá o que for, poderá anular só o homem voltar-se novamente para o
outro lado da linha divisória aceitando, pela Fé, o Sangue de Jesus como Único antivirótico eficaz
contra o mal enraizado na sua essência, sob a égide (apoio) luciférica.
Acabou o mistério. O próprio Jesus ensinou o homem a sinalizar que havia aceito pela Fé o seu
remédio, convidando-o para “entrar dentro de si mesmo”, como solução definitiva para escapar da
maldição. Essa introdução é possível porque a ressurreição abriu um vácuo, no interior do homem,
destinado a ser seu templo. Ao ser convidado e aceito através da Fé, Jesus vem e assume o seu lugar
nesse “vazio” e é entronizado, fazendo com que o cristão cresça no Conhecimento do Evangelho e
da Palavra de Deus através da Bíblia. Com essa aceitação o homem “nasce de novo”, com outra
natureza, formando para si um novo caráter, que determina o comportamento para transformá-lo
numa “nova criatura”
Essa Verdade é demasiadamente profunda para os que não aceitam o cristianismo. Há, contudo,
uma observação muito séria a fazer sobre a realidade dessa não aceitação. O vazio no interior do
esoterista nunca é preenchido, assim como também o do espírita. Ele é tomado pela possessão dos
que considera como “espíritos” que o incorporem e passa a entronizar outros deuses dentro de si,
passando por sérios problemas de ordem espiritual. Essa verdade é observada pela conversão dos
espíritas e esoteristas, que compreendem a Verdade da salvação, aceitando a Jesus pela Fé. Eles
passam a ter uma fisionomia serena e tranquila. A vida já não lhes parece um peso, mas um prazer
apesar das provações comuns a todo ser humano. Acaba a escravidão aos supostos “orixás” e
“guias”, causando-lhes uma sensação de alívio e paz interior.
[Mateus 11.28-30: “Vinde a Mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve]
37
OPÇÃO QUE SALVA

Por que Jesus só ocupa esse vazio se o convidarmos? Porque Ele veio como alternativa. Satanás
é que tem direito à vida do homem e só não o leva para o inferno se ele optar ser fiel ao Senhor.
Cristo espera pacientemente um convite, o exercício do livre arbítrio. Todo ser humano nasce
contaminado por lúcifer em virtude da entrega feita por Adão, que os escolheu de livre e espontânea
vontade. O fato de Jesus ter morrido na cruz não anula esse direito de satã, nem quer dizer que o
homem esteja automaticamente salvo. A cruz apenas deixou o Caminho aberto para o homem poder
novamente exercer sua liberdade de escolha e voltar.
Esse é o espanto dos que não aceitam ou não entendem o cristianismo. Porém, todos os que o
aceitarem serão obrigados a ensinar essa Verdade, pois é nisso que mostrarão o Amor de Deus e
serão conhecidos como discípulos de Cristo. É a parábola dos frutos da Videira. Não basta aceitar a
Verdade de que Jesus é o Único Salvador, mas anunciar isso para ser computado (contado) como
frutos. Caso contrário, é bom lembrar da figueira estéril que foi amaldiçoada por Jesus e secou.
Por não compreender essa Verdade, ignorá-la, distorcê-la ou tentar anulá-la, os adeptos da Nova
Era e todos os que não professam Jesus como Único Senhor e Salvador, passam uma visão errônea
do cristianismo. Fazem crer que seus seguidores são pessoas de intelectualidade limitada e visão
curta nas questões espirituais. Há muito interesse em manter essa imagem, pois assim continuarão
alcançando as classes média e média alta.
[Tiago 2.5: “Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em Fé e
herdeiros do Reino que Ele prometeu aos que o amam?”]
Esse interesse prende-se ao fato de que esse grupo social é o elo entre as classes baixas e alta. Se
a maioria que está na base da pirâmide social, não tem capacidade intelectual para penetrar nos
mistérios do esoterismo, a classe imediatamente acima tem mais fácil acesso a esse grupo, podendo
ensinar os rudimentos da sua doutrina. O mesmo acontece com os que estão imediatamente abaixo
do topo da pirâmide – (classe média alta) – eles podem mais facilmente alcançar os que estão logo
acima do grupo do que os que frequentam a base.
Há um engano nesse pensamento. A classe intermediária é menos solicitada que os grupos de
extrema, pois sua preocupação é subir para o topo e não descer à base. Isso faz fechar-se em si
mesma, olhando para cima e sem ver embaixo. Esse comportamento é observável nas companhas
sociais. Os pobres colaboram muito mais que os ricos e esses muito menos que os milionários. A
situação é pior se os componentes da classe intermediária vieram da inferior. Aí entram fatores de
ordem psicológica, que os fazem afastar mais dos que antes eram seus iguais, quer intelectual como
financeiramente.
Essa visão da Nova Era quanto ao cristianismo, é uma arma que atira para culatra. Ao expor seu
pensamento, força a pessoa refletir, despertando-lhe o desejo de conhecer a verdade. É uma questão
cultural arraigada (fixada) dentro de si com um fundamento cristão. Essa busca dá oportunidade
para encontrar a realidade, fazendo-a voltar-se contra as instituições anteriormente recebidas. Ela
descobre que lhe mentiram e passa a ser uma combatente do sistema, principalmente aos descobrir
que o cristianismo é a religião que exige mais inteligência entre todas as outras para ser
compreendida e aceita.
Sabendo que a considerava limitada por ser cristã, mesmo nominalmente, para a sentir o desejo
de mostrar que estavam enganado a seu respeito. É um exemplo vivo de que Deus pode transformar
um mal em bem, para desespero desse vírus, cujo remédio de comprovada eficácia, está a
disposição de todos através de um simples convite. Decida-se você também, ou estará
irremediavelmente perdido.

GLOSSÁRIO ESOTÉRICO

Alquimia: Escola místico-ocultista surgida nos primeiros séculos depois de Cristo. A alquimia
ficou conhecida porque seus praticantes dizem-se capazes de transformar metais comuns em ouro.
Autoconhecimento: É um processo conhecido no esoterismo em que o indivíduo busca uma
interiorização. Isso é feito através da meditação, olhando para dentro de si mesmo, questionando-se
até alcançar um estágio superior onde o psíquico entra em funcionamento, liberando o “estágio de
consciência”, quando pode entrar em contato com seres de outras dimensões ou a “canalização”.
Avatar: É um nome originário da Índia, atribuído a homens especialmente “iluminados”, com
muita sabedoria, que de tempos aparecem na Terra para ensinarem os homens a evoluir
espiritualmente. Buda é um exemplo de avatar, assim como consideram o próprio Jesus.
Bramanismo: É o nome que se dá a uma religião da Índia chamada Brama, nome da divindade
dessa forma religiosa, havendo três outras divindades para cada uma das castas hindus. Os
sacerdotes de Brama chamam-se brâmanes.
Chacras: São os pontos sensíveis do corpo onde, esotericamente, acredita-se estarem localizados os
centros de energia da pessoa. Através dos chacras fazem tratamento preventivo das doenças e curam
males emocionais ou espirituais. O tratamento constitui no “alinhamento” desses pontos
reequilibrando as energias individuais. Os chacras são constituídos por sete pontos: Coronário
(situado na testa) – Intuição (acima das sobrancelhas) – Laríngeo (cardíaco) – Plexo solar (acima do
umbigo) – umbilical e básico (região do púbis).
Cristais: São pedras formadas por terem passado por intenso calor no interior da Terra, chamado
pressão tectônica. Isso faz com que as pedras fiquem transparentes e de várias cores e diversos
tipos. Esotericamente, acredita-se que os cristais têm o poder de emanar energia que cura, traz bons
fluídos e evita as más radiações porque elas também armazenam energia ruim.
Cromoterapia: Tratamento de doenças através das cores.
Cruz Ansata ou Tau: Conhecida também como Cruz Egípcia, pois aparecia em relevo nas tumbas
e sarcófagos dos faraós. Acompanhavam também as divindades e eram representadas pela parte
superior da haste vertical, logo após a horizontal, por uma forma arredondada, lembrando uma
pedra.
Cruz Suástica: É um dos mais conhecidos símbolos do esoterismo por ter sido utilizada por Hitler,
ficando conhecida domo “cruz gamada”. É um símbolo muito antigo e já reverenciava na Índia há
cerca de 3000 anos a.C. como amuleto capaz de afastar os maus fluidos. É conhecida em todo o
mundo e foi adotada por Hitler por acreditar que atraía sorte.
Drúidas: Eram sacerdotes da antiga civilização Celta, na região da Gália, conquistada pelos
romanos em sua expansão imperialista. É uma religião esotérica, que dizem ter estreita ligação com
o bramanismo, budismo e outras religiões orientais.
Esoterismo: É uma palavra derivada de esotérico, que no grego quer dizer interior. Na Grécia
antiga, era a qualificação dada nas escolas dos filósofos às suas doutrinas secretas, reservadas
apenas aos alunos iniciados. É que, na época, os filósofos costumavam ensinar nas praças seus
conhecimentos apenas superficialmente. Os que desejassem se aprofundar, tinham que frequentar as
escolas, que eram o sustento desses sábios. Hoje a palavra passou a denominar toda doutrina secreta
(oculta), assim como os mistérios do espírito e do Universo em geral.
Florais de Bach: É um sistema de medicação através de flores. O processo foi descoberto e
desenvolvido pelo médico Edward G. Bach (1886-1936).
Gnomos: Palavra inventada pelo médico alquimista Paracelso (1493-1541), para denominar anões
disformes e sobrenaturais que, segundo os esoteristas judeus, residiam no seio da Terra. Hoje, são
vistos como seres protetores da natureza e os esoteristas garantem que realmente existem.
Ginseng: Palavra que em coreano significa “planta-homem”. Segundo a lenda, suas raízes tinham a
forma de um homem. É uma planta de grandes poderes medicinais, utilizando-se também para
fabricação de produtos de toalete.
Hidroterapia: Tratamento medicinal através da água. É usada de diversas formas e temperaturas,
dependendo do mal a ser tratado.
Hinduísmo: Sistema religioso que floresceu às margens do ria Ganges, na Índia. Prega a harmonia
entre a alma humana e a entidade cósmica como fundamental na busca da sabedoria e a iluminação
espiritual.
Holística: Palavra originada do grego “Holikós”, que significa uma expressão comum a várias
línguas. Por isso, passou para a Nova Era para denominar aquilo que é global, amplo, comum a
todas as pessoas.
Hórus: Deus solar do antigo Egito, filho de Ísis e Osíris, representado com o corpo de homem e
cabeça de falcão.
I Ching: Trata-se de um método de adivinhação surgido na China. O consulente (consultante)
formula a pergunta, em seguida joga três varetas ou três moedas, seis vezes seguidas. As
combinações formam o hexagrama da pergunta, que será identificado no livro do mesmo nome.
Ísis: Deusa egípcia, esposa de Osíris e mãe de Hórus, formando os três principais deuses do Egito.
Lúcifer: Palavra originada do latim “Luci” e “Feros” que significa “portador da luz”. O mais belo
dos anjos que se rebelaram contra Deus.
Macrocosmo: Refere-se ao mundo exterior que nos cerca. O nosso mundo interior é o microcosmo.
Esotericamente, ambos têm que estar em perfeita harmonia para que o homem viva em paz e
saudável.
Mandala: Palavra que ficou conhecida por ter nome de novela de televisão. Origina-se da língua
sânscrita, que significa “círculo”, pois era a forma geométrica, aliada a outras, usada pelos povos do
antigo Oriente para viajarem ao próprio “eu” e expressarem o contato do ser humano com as
energias divinas.
Medicina Alternativa: Muito em moda nestes novos tempos, trata-se de uma forma nova de
tratamento de doenças e a ressurreição de antigos métodos. A cromoterapia, as florais, a
hidroterapia, voltar a andar descalço, o uso de ervas medicinais, alimentação balanceada além de
muitos outros sistemas.
Metempsicose: O mesmo que reencarnação, crença de que, ao morrer o homem, seu espírito volta a
animar o corpo de outro bebê. O retorno é determinado para que a pessoa possa ir “progredindo”,
pagando pecados de vidas anteriores através da caridade, até atingir um estágio superior e não voltar
a reencarnar-se.
Mônada: Significa, esotericamente, a unidade perfeita que compreende o espírito e a matéria sem
separação e constitui o próprio Deus. Leibniz, filósofo alemão (1646-1716), definiu como
substância simples, invisível, que entra na composição de todos os seres.
Misticismo: Doutrina religiosa ou filosófica, segundo a qual a perfeição consiste numa espécie de
contemplação, que chega até o êxtase e une misteriosamente o homem à divindade. Hoje, a palavra
é usada para designar a pessoas que tem a tendência para acreditar no sobrenatural ou grande
devoção religiosa.
Musicoterapia: Tratamento de determinados distúrbios orgânicos e mentais através da música. O
processo se desenvolve por meio de combinação de notas e conforme o estado psíquico do paciente.
Diz-se que se sintoniza, corpo e espírito numa só frequência.
Numerologia: No esoterismo, tornou-se o estudo dos números, correlacionando-os às letras através
de tabelas, sendo a mais antiga criada pelos caldeus. A mais utilizada é a de Pitágoras, considerado
o pai da numerologia mode