➔ Classes de materiais
Metais (ligas de alumínio, indústria aeronáutica)
Cerâmicas e vidros (vidro das janelas)
Polímeros (polietileno, embalagens de alimentos)
Compósitos (ferramentas de corte) -> são misturas de 2 ou mais tipos de materiais pertencentes a
classes diferentes, compósitos de matriz metálica ou polimérica ou cerâmica.
Semicondutores
Compósitos:
• O desempenho depende de vários fatores, com a estrutura, processamento e propriedades, estão estas
interligadas e interdependentes.
Estrutura
Sub-atómica (<0.2 nm) – ligações
➔ Ligação covalente
Materiais orgânicos, constituídos por cadeias longas de moléculas
Baixa densidade
Isolantes térmicos e elétricos
Baixa resistência, elevada ductilidade
Decompõem-se a temperaturas relativamente baixas
➔ Ligação metálica
Inorgânicos
Bons condutores elétricos e térmicos
Cristalinos
Suscetíveis à corrosão
Resistentes e dúcteis
➔ Ligação iónica
Materiais inorgânicos (à base de óxidos, nitretos e carbonetos)
Isolantes térmicos e elétricos
Resistentes a altas temperaturas
Quimicamente inertes
Resistentes e frágeis
➔ Materiais cristalinos: apenas os sólidos possuem esta propriedade, estrutura com um arranjo bem
definido e ordenado das “partículas” (átomos, iões ou moléculas). Forças interpartículas são de igual
ordem de grandeza. Fundem a temperatura ou intervalo de temperatura bem definido.
➔ Materiais não cristalinos ou amorfos: estrutura que não tem ordenação espacial, estrutura atómica
desorganizada/não definida, composta por átomos, moléculas ou iões.
➔ Monocristal: material com apenas uma orientação cristalina, ou seja, que contém apenas um grão.
➔ Policristalino: material com mais de uma orientação cristalina, ou seja, que contém vários grãos.
Formação
de cristais -
cristalização
Seleção de materiais
• Que fatores considerar na seleção dos materiais mais adequados ao fabrico de um determinado produto?
➔ Requisitos de serviço, impostos pelas condições sob as quais o produto vai ser utilizado.
Sujeitos a esforços -> resistência mecânica.
Sujeito a ambiente corrosivo -> resistência à corrosão.
➔ Requisitos de fabrico, impostos pelos processos de fabrico que vai permitir obter o produto.
O material tem de ser dobrado -> material dúctil
Estruturas cristalinas
➔ A malha é um conjunto de pontos, denominados pontos de malha, que são arranjados de um modo
periódico de maneira que a vizinhança de cada ponto da rede seja idêntica.
➔ Malha espacial: um arranjo tridimensional de pontos no espaço, em que cada poto tem a mesma
vizinhança.
➔ Ponto de malha: um ponto de um conjunto em que todos os pontos têm a mesma vizinhança.
➔ Estrutura cristalina
➔ Célula unitária
Rede de bravais
r
• Neutralidade elétrica;
• Tamanho relativo do anião e do catião.
Número de coordenação 4
Número de coordenação 6
Número de coordenação 8
Interstícios
Fundição
Etapas no processo de fundição
1. Confeção da mode: consiste em construir um modelo com o formato aproximado da peça a ser fundida.
Esse modelo vai servir para a construção da moldação e as suas dimensões devem prever a contração do
metal quando esse solidificar bem como um eventual sobremetal para posterior maquinagem da peça. O
modelo pode ser feito de madeira, alumínio, aço, resina plástica e até esferovite.
2. Confeção da moldação: a moldação é o dispositivo no qual o metal fundido é vazado para que se obtenha a
peça desejada. A moldação tem uma cavidade com o formato da peça a ser fundida.
3. Confeção dos machos: macho é um dispositivo, feito também de areia, que tem a finalidade de formar os
vazios, furos e reentrâncias da peça. Eles são colocados nas moldações antes que eles sejam fechados para
receber o metal líquido.
4. Fusão: etapa em que acontece a fusão do metal.
5. Vazamento: o vazamento é o enchimento do molde com metal líquido.
6. Desmoldagem: remoção da peça (da moldação) que pode ser feita manualmente ou por processos
mecânicos.
7. Rebarbagem: nesta etapa são removidos os canais de alimentação, massalotes e rebarbas que se formam
durante a fundição.
8. Limpeza: geralmente a limpeza é feita por meio de jatos de partículas abrasivas (granalhagem).
Fundição em areia
➔ Vantagens
Baixo custo dos materiais e equipamentos das moldações
Fabrico de peças de grandes dimensões
Variedade de metais e ligas
Processo mais económico
➔ Desvantagens
Acabamento superficial
Baixa precisão dimensional
Espessuras mínimas obtidas de 6mm
➔ Vantagens
Excelente precisão dimensional
Excelente acabamento superficial
Possibilidade de obtenção de espessuras muito pequenas
Elevada produtividade
Eliminação de muitas operações de maquinagem
Operações de rebarbagem, em muitos casos, desnecessária
➔ Desvantagens
Elevado custo do equipamento
Elevado custo das ferramentas
Limitações ao tipo de liga vazável
Limitação quer na dimensão máxima, quer na geometria das peças a obter.
Deformação
➔ Elástica
Procede à deformação plástica
É reversível
Desparece quando a tensão é removida
É proporcional à tensão aplicada (obedece à lei de Hooke)
➔ Plástica
É provocada por tensões que ultrapassam o limite de
elasticidade
É irreversível, é resultado do deslocamento permanente dos átomos
e portante não desaparece quando a tensão é removida
Restauração, recristalização e crescimento de
grão
Recristalização
Deformação a quente
• Rutura ao mesmo tempo de todas as ligações. A resistência mecânica seria extremamente elevada
comparada à obtida na prática (1000x).
2º hipótese
Deslocações
As deslocações correspondem a defeitos lineares em que a rede tridimensional é alterada. Existem dois casos
extremos de deslocações:
• Deslocação hélice
• Deslocação cunha
• Deslocação mista (mistura da deslocação hélice e cunha)
A presença e movimentação destes defeitos assegura a ductilidade ao material, ao permitir a deformação sem
destruir a estrutura básica do material a tensões inferiores ao previsto.
Deslocação em cunha
Descrita como a inserção de um semi-plano extra na rede, de modo que no local em que ela acaba existe uma
imperfeição. A aresta do semi-plano extra de átomos é a linha de deslocação. Deslocação perpendicular à linha de
deslocação.
Deslocação hélice
Ocorre quando os átomos são deslocados numa direção paralela à linha de deslocação.
Processamento de metais – conformação
plástica
Extrusão
Laminagem
Processo de conformação em que se faz com que o material a ser laminado passe através do espaçamento entre
dois cilindros em rotação, provocando alteração (normalmente redução) da secção transversal do material.
Forjamento
➔ Em matriz fechada
O material é conformado entre duas metades de matriz que possuem, gravadas em baixo revelo,
impressões com o formato que se deseja fornecer à peça. A deformação ocorre sob alta pressão em uma
cavidade fechada ou semifechada, permitindo assim obter-se peças com tolerâncias dimensionais
menores do que o forjamento de matriz aberta. (Nos casos em que a deformação ocorre dentro de uma
cavidade totalmente fechada, sem zona de escape, é fundamental a precisão na quantidade fornecida de
material, uma quantidade insuficiente implica falta de preenchimento da cavidade e falho no volume da
peça, um excesso de material causa sobrecarga no ferramental, com probabilidade de danos no mesmo
maquinário. Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida de material, é mais comum
empregar um pequeno excesso. As matrizes são providas de uma zona oca especial para recolher o
material excedente no término do preenchimento da cavidade principal. O material excedente forma
uma faixa estreita (rebarba) em torno da peça forjada. A rebarba exige uma operação posterior de corte
(rebarbação) para remoção.) <- parte não importante
Propriedades mecânicas
Comportamento dos materiais quando sujeitos a forças externas. Quando uma força externa é aplicada num
material, é criada uma força de reação interna que se opõe à força aplicada.
(E módulo da elasticidade)
Mecanismos de endurecimento
todos os mecanismos de endurecimento resultam da criação de obstáculos à movimentação das deslocações,
reduzindo ou inibindo a sua mobilidade.
Dependem de:
• Tamanho do grão
• Encruamento (modifica a estrutura cristalina pela deformação plástica abaixo da temperatura de
cristalização)
• Solução sólida
• Envelhecimento por deformação
• Precipitação
• Segunda fase
• Compósitos
• Transformações martensíticas dos aços