INSTITUTO FEDEERAL DE SANTA CATARINA – IFSC

(Campus Criciúma)

AMÍLCAR NEOTTI CITADIN

LABORATÓRIO 2 –FÍSICA 2
Pendulo Simples

Criciúma – SC
2019
 PENDULO SIMPLES (Determinando a aceleração gravitacional)

Objetivo:
Neste experimento buscou-se analisar o movimento de um pendulo e a partir
dos dados obtidos sobre período de oscilação e comprimento do fio determinar a
aceleração gravitacional local.

Materiais utilizados

- 2 fios de NYLON de comprimentos diferentes.

- 3 blocos de massas diferentes.
- Suporte para o pendulo.
-Transferidor.
-Trena métrica.
- Cronômetro do celular.

Procedimento experimental
O experimento foi dividido em três partes, as quais serão detalhadas passo a
passo logo abaixo.

PARTE 1:
a) Montou-se pêndulo amarrando uma linha de nylon no suporte e um peso na
outra extremidade da linha.
b) Após a montagem foi medido o comprimento do fio de nylon.
c) A partir de um ângulo menor ou igual a 15º, ângulo este que foi medido com
transferidor, deixou-se o pendulo oscilar, anotando o tempo necessário para
que o mesmo completasse 10 oscilações.
d) Determinou-se o tempo médio para cada oscilação, dividindo por 10 o valor
encontrado no item c.
e) Repetiu-se 3 vezes os procedimentos “c” e “d”.

Abaixo uma tabela com os dados de comprimento (L) do fio e período (T)
encontrados nos itens “c” e “d”:
 Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Período médio (s)
Pêndulo (0,296 ± 0,0005 m) 11,30 ± 0,1 11,37 ± 0,1 11,34 ± 0,1
Período T (s) /10 1,13 ± 0,1 1,137 ± 0,1 1,134 ± 0,1 1,1336 ± 0,1

f) Depois de encontrados os dados, determinou-se os erros associados as

medidas de comprimento (L) e período (T) de tal maneira que:

-Erro do comprimento L: 0,0005 m.

Observação: A trena métrica utilizada para medir o comprimento do fio de nylon
tem sua escala em milímetros, portanto neste caso o erro associado a medida de
comprimento é a metade da menor divisão da escala ou seja a metade de um milímetro.

-Erro do período T: 0,1 s

Observação: Este é o erro associado ao cronômetro do celular utilizado
para medir o tempo somado com o tempo de resposta médio de uma pessoa para acionar
e pausar um cronômetro (neste caso do smartphone).

g) Agora a partir da Segunda lei de Newton, deduziu-se a equação do pendulo

simples para que se consiga calcular a aceleração gravitacional.

Abaixo segue o passo a passo para se chegar a equação do pendulo simples:

O pêndulo simples nada mais é do que uma massa presa a um fio flexível e
inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra e quando afastamos a massa
da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações como representado
abaixo pela figura:
 Quando desconsideramos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o
pêndulo são a tensão com o fio e o peso da massa m. Representação na figura abaixo:

A componente da força Peso que é dada por P.cosθ se anula com a Tensão do
fio, então, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Sendo assim:

F=P∗Senθ

Por definição, o ângulo θ, expresso em radianos é dado pelo quociente do arco

descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de
aplicação do mesmo (ℓ). Então:
x
θ=
l
E substituindo em F:
x
F=P . Sen
l
Portanto é possível concluir que o movimento de um pendulo simples não
descreve um MHS (Movimento Harmônico Simples), pois a força não é proporcional a
elongação e sim ao seno dela. Contudo, para casos de pequenos ângulos de oscilação o
valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo. Então para estes casos
tem-se:
x P∗x x
F=P . Sen = → F =P .
l l l

Sabe-se que P=m. g e como m , g e l são constantes no sistema tem-se:

 m∗g
F= ∗x → F=K∗x
l
Como em qualquer MHS o período de oscilação é dado por:

T =2 π
√ m
K
E como:
m∗g
K=
l
Então o período o período de um pendulo simples pode ser expresso por:

√
m
T =2 π
m∗g
l
Cortando-se as massas e multiplicando pelo inverso da fração tem-se:

T =2 π
√ l
g
Como a intenção é determinar a gravidade, isolamos g da equação acima e
então temos a seguinte equação que nos permite calcular a aceleração a partir do
comprimento (ℓ) e do período (T) :
4 π ²∗l
g=
T²
h) Encontrada a fórmula para se calcular a aceleração e tendo os dados obtidos
nos itens “e” e “f” calculou-se a mesma com seus respectivos erros da seguinte forma:

4 π 2∗0,296 11,6856
g= → → g=9,0935 m/ s ²
1,1336 ² 1,2850
Calculando os erros associados ao sistema:
1 1
2
∗( y . ∆ x + x . ∆ y ) → ∗(11,6856∗0,1+1,2850∗0,0005)→ 0,7080 m/s ²
y 1,28502

Então o valor encontrado para a gravidade com seu respectivo erro é:

g=9,0935 ±0,7080 m/s ²

Pode-se perceber que o valor encontrado para a gravidade ao final desta parte
foi satisfatório pois considerando seu erro, o valor se aproxima do real. O experimento
contém duas fontes de erro, da trena e do cronômetro o qual já está somado com o
 tempo de resposta médio de uma pessoa para acionar e pausar um cronômetro (neste
caso do smartphone).
Outro ponto a ser analisado é a questão do ângulo de oscilação, pois os mesmos devem
ser menores ou iguais a 15º. Isto acontece pois para que a equação do pêndulo simples
deduzida acima seja válida e descreva um movimento simples o ângulo de oscilação
dever ser pequeno já que para ângulos pequenos de oscilação o seno do ângulo é
aproximadamente igual a ele mesmo.

PARTE 2:

a) Agora construiu-se um novo pendulo com um comprimento do fio de nylon

maior.
b) Repetiu-se os procedimentos já citados na parte 1 nos itens “b”, “c”, “d”,
“e” e “h”.
Abaixo um tabela com os dados obtidos nesta parte e o novo cálculo da
aceleração da gravidade:
Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Período médio (s)
Pêndulo (0,405 ± 0,0005 m) 13,306 ± 0,1 12,84 ± 0,1 12,89 ± 0,1
Período T (s) /10 1,306 ± 0,1 1,284 ± 0,1 1,289 ± 0,1 1,293 ± 0,1

Calculando a gravidade utilizando os dados acima:

4 π ²∗l 4 π 2∗0,405 15,9887

g= → → → g=9,5638 m/ s ²
T² 1 , 293 ² 1,6718
Calculando os erros associados:
1 1
∗( 15,9887∗0,1+1,6718 ∗0,0005 ) → 0,5681 m/s ²
2
2
∗( y . ∆ x + x . ∆ y ) → 2
y 1,6718
Então g é:

→ g=9,5638 ± 0,5681 m/ s ²

Observando o resultado da gravidade obtido agora e comparando com o da primeira

parte pode-se perceber que ouve uma pequena diferença entre eles de
aproximadamente 0,41 m/s² porém os dois resultados são satisfatórios.
 Pode-se observar certa diferença no período em relação a primeira parte do
experimento, onde na segunda parte o mesmo aumentou junto com aumento do
comprimento fio, o que comprova que alterando o comprimento do fio altera-se o
período de oscilação tendo ali, uma relação de proporcionalidade.

PARTE 3:

a) Nesta parte analisou-se o período de oscilações de três massas diferentes

para o bloco suspenso.
b) Pesou-se cada uma das massas e analisou-se o tempo para 10 oscilações para
cada uma das massas.
Abaixo uma tabela com os respectivos valores de massa, tempo para 10 oscilações e
período:

  Tempo p/ 10 oscilações (s) Período Médio (s)

Massa 1 = 279,65 g 12,27 1,227
Maasa 2 = 156,90 g 12,19 1,219
Massa 3 = 179,68 g 12,24 1,224

Observando os dados dispostos acima podemos observar que mesmo variando

as massas o período manteve-se praticamente o mesmo o que reforça e comprova que o
período do pendulo depende apenas da gravidade local e do comprimento do fio.

Conclusão

Ao final do experimento pode-se concluir que o mesmo foi valido para que se
demonstrar o Movimento Harmônico Simples (MHU) através de um pendulo simples.
Pode-se observar que o período é inversamente proporcional a aceleração
gravitacional e diretamente proporcional com o comprimento do fio. Também
constatou-se que o período de oscilação não depende da massa mas sim do gravidade e
do comprimento do fio.
Considerando os resultados e conclusões obtidas pode-se afirmar que o
experimento de certa forma é satisfatório.
 Referências

https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php

https://www.infoescola.com/fisica/pendulo-simples/

HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. – “Fundamentos de Física 2” – São

Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora, 4ª edição, 1996.

SOUZA, M., GUERRINI, I. – “Experimento 6 – Pêndulo simples e a medição da

aceleração da gravidade” – Disponível em: http://educar.sc.usp.br/sam/pendulo.html