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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNIGOIÁS

PRÓ-REITORIA DE ENSINO PRESENCIAL – PROEP


SUPERVISÃO DA ÁREA DE PESQUISA CIENTÍFICA - SAPC
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS E TENDÊNCIAS INOVADORAS APLICADAS A


AMBIENTES JÁ CONSOLIDADOS: UM ESTUDO DE CASO PARA O CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – CAMPUS SEDE

BRUNA SOUSA LIRA


WALLACE DOS SANTOS OLIVEIRA
ORIENTADORA: REGINA DE AMORIM ROMACHELI

GOIÂNIA
Outubro/2021
BRUNA SOUSA LIRA
WALLACE DOS SANTOS OLIVEIRA

GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS E TENDÊNCIAS INOVADORAS APLICADAS A


AMBIENTES JÁ CONSOLIDADOS: UM ESTUDO DE CASO PARA O CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – CAMPUS SEDE

Trabalho final de curso apresentando e julgado como requisito para a obtenção do grau de
bacharelado no curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS na
data de 02/12/2021.

_______________________________
Profa. M.a Regina de Amorim Romacheli (Orientador/a)
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNIGOIÁS

_______________________________
Prof. Esp. Danillo F. Cunha (Examinador)
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNIGOIÁS

_______________________________
Profa. Esp. Marcela Pimenta Faleiros dos Santos (Examinadora)
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNIGOIÁS

1
GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS E TENDÊNCIAS INOVADORAS APLICADAS A
AMBIENTES JÁ CONSOLIDADOS: UM ESTUDO DE CASO PARA O CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – CAMPUS SEDE
Bruna Sousa Lira1
Wallace dos Santos Oliveira2
Regina de Amorim Romacheli3

Resumo: A ascensão da urbanização traz consigo mesmo ocupações que lesam o escoamento urbano. A
impermeabilização da superfície auxilia com relação a maiores picos e vazões que extrapolam a área da
macrodrenagem, originando enchentes e inundações. Determinados dispositivos de escoamento urbano é
preparado tendo em consideração o uso e ocupação do solo, a topografia, as bacias de contribuição, o modelo de
metodologia empregada, a administração das áreas verdes e inclusive o panorama de ascensão da população, apesar
disto não tem se tornado autossuficiente, alertando-nos com o aperfeiçoamento de técnicas de absorção na
formação e técnicas alternativas de escoamento. No manifesto artigo científico foram examinados os defeitos do
sistema de microdrenagem do Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS, que é uma área de regulares
alagamentos. Em conformidade com a realização do artigo foram considerados os dados hidrológicos, os caminhos
que tem prioridade da água pela topografia das vias contribuintes, o sistema da microdrenagem existente, foram
aferidas as circunstâncias de manutenção dos dispositivos presentes, bem como as áreas verdes remanescentes.
Em seguida a visita in loco, foi comprovado as adversidades de quem visita o Campus em momentos chuvosos, e
proposta uma solução por meio do recolhimento na origem da água remanescente por método de jardim de chuva
em toda a região predisposta para a instalação, e a efetuação da correção nos dispositivos presentes, enriquecendo
a efetividade do sistema e contribuindo para a prosperidade de uma cidade mais sustentável.
Palavras-chave: Ascenção da urbanização. Impermeabilização. Escoamento urbano. Dispositivos de
escoamento, microdrenagem.

URBAN WATER MANAGEMENT AND INNOVATIVE TRENDS APPLIED TO


CONSOLIDATED ENVIRONMENTS: A CASE STUDY FOR UNIVERSITY
CENTER OF GOIÁS – HEADQUARTERS CAMP

Abstract: The rise of urbanization brings with it occupations that harm urban flow. The waterproofing of the
surface helps with respect to higher peaks and flows that go beyond the macro-drainage area, causing floods and
floods. Certain urban drainage devices are prepared taking into account the use and occupation of the land, the
topography, the contribution basins, the model of methodology used, the administration of green areas and even
the panorama of population ascension, although this has not been done. become self-sufficient, alerting us to the
improvement of absorption techniques in formation and alternative drainage techniques. In the manifest scientific
article, the defects of the microdrainage system of the University Center of Goiás – UNIGOIÁS, which is an area
of regular flooding, were examined. In accordance with the realization of the article, the hydrological data were
considered, the paths that have water priority due to the topography of the contributing roads, the existing micro-
drainage system, the circumstances of maintenance of the present devices, as well as the remaining green areas
were measured. After the on-site visit, the adversities of those who visit the Campus in rainy times were proven,
and a solution was proposed by collecting the remaining water at the source by the rain garden method throughout
the region predisposed to the installation, and the carrying out the correction in the present devices, enriching the
effectiveness of the system and contributing to the prosperity of a more sustainable city.
KEYWORDS: Rise of urbanization. Waterproofing. Urban flow. Flow devices.

1
Discente do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS. Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4476301660190511. Orcid: 0000-0001-7450-7670. E-mail: bruna.lirass1799@gmail.com.
² Discente do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS. Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4322626615519699. Orcid: 0000-0002-1827-7185. E-mail: engwallace@outlook.com.br.
³ Professora Adjunta Regina de Amorim Romacheli do Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS. Mestra em
Economia pela Universidade de Brasília. MBA Gestão Empresarial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Editora UFRJ. Lattes: http://lattes.cnpq.br/0261519721180926. Orcid: 0000-0002-9160-068X. E-mail:
regina1601@gmail.com.
INTRODUÇÃO
A gestão de águas pluviais, ou melhor, a falta dela, tem sido amplamente noticiado nos
canais de comunicação de todo o Brasil, principalmente nas grandes cidades. Muitos dos
impactos gerados em relação a inundação, enchentes, desmoronamentos, dentre outros,
decorrem da ocupação urbana e da falta de planejamento. Segundo Tucci (2005), na segunda
metade do século vinte, o espaço urbano se desenvolveu de forma desenfreada o que gerou uma
concentração da população em pequenos espaços. Isso aconteceu também com a Cidade de
Goiânia, que segundo o IBGE (2020) possui uma população de 1.536.097 habitantes. Esse
processo de ocupação urbana, juntamente com a falta de planejamento de urbanização das
cidades geram problemas diante da redução de áreas naturais, bem como intensifica os
problemas de alagamentos.
A extensa impermeabilização do solo urbano através do crescimento sem controle das
cidades, tem favorecido eventos de inundação urbana que se repetem e se tornam mais graves
a cada ano, por consequência esses eventos acabam se responsabilizando por 50% do total de
vítimas de catástrofes naturais no mundo, entre 1966 e 1990 (ACIOLI, 2005, apud CHOCAT,
1997). De acordo com Tucci (2003) as fortes alterações do ciclo hidrológico nas áreas urbanas,
é causado essencialmente pela alteração da superfície, aumento da poluição por conta das
impurezas do ar, superfícies urbanas e do material sólido disposto pela população. Já
abandonada pelos países desenvolvidos há trinta anos, esse processo causa um impacto grave
nos países em desenvolvimento, onde o processo de urbanização e as obras de drenagem são
realizadas de forma totalmente insustentável, o que piora as condições da gestão das águas
urbanas.
Segundo Porto (1995) e França (2019), os projetos de drenagem urbana, quando
realizados sem gerenciamento e planejamento podem trazer diversos problemas, como
enchentes e inundações que afetam principalmente os moradores da região, que sofrem com
perdas materiais e ficam sujeitos a doenças trazidas nas águas que escoam, como também para
quem frequenta a região, pois corre o risco de alagamento e podem ficar ilhados com seus carros
ou até serem levados pelas enxurradas, sem falar no risco de contaminação dos rios alterando a
qualidade das águas que cortam o meio urbano.
Esse artigo científico busca estudar e solucionar a problemática dentro do Campus do
UNIGOIÁS, apontados pelos gestores da instituição, por meio do Projeto Integrador -
Escritório Modelo Multicursos, no que se refere ao alagamento da passarela de entrada em dias
de chuva forte. Por meio de estudos, levantamentos e visitas ao local buscou-se realizar uma
avaliação crítica e propor uma solução viável, utilizando técnicas de absorção como jardins de
chuva e reservatório para armazenamento da água, de forma a reduzir os custos de implantação,
bem como viabilizar o reaproveitamento do recurso para jardinagem.

MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi solicitada pelo Escritório Modelo Multicursos - Projeto Integrador
UNIGOIÁS para uma intervenção no Campus Sede do Centro Universitário de Goiás –
UNIGOIÁS, que fica localizada na Avenida João Cândido de Oliveira, no Bairro Cidade Jardim
em Goiânia – GO. A edificação está situada nas coordenadas 16º41’29.44”S; 49º18’36.53”O,
e a uma altitude de aproximadamente 762 metros.

Figura 1 - Vista superior do Campus Sede UNIGOIAS


Fonte: Google Earth Pro (2021)
O Campus é composto por cinco blocos com salas de aulas e laboratórios e por uma
praça de alimentação que juntos totalizam uma área de 52.141,77 m². O estacionamento do
Campus atende todos os prestadores de serviços, funcionários, professores, alunos, e possui um
pavimento asfáltico em toda a sua extensão que somam um total de 17.246,00 m². A porção que
fica localizada a oeste da entrada da instituição é um ponto de constantes transbordos em épocas
de chuva que inundam a passarela de acesso principal às catracas de entrada, e propor a solução
para este problema é o objetivo principal deste artigo científico.
Para a proposição da solução foi realizado em um primeiro momento uma análise e
diagnóstico da situação atual por meio do levantamento de campo, produção de relatórios
fotográficos e análise da situação atual implantada. Os levantamentos de campo foram
realizados nos dia 22 de junho e 27 de setembro. No dia 22 de junho realizou-se vários registros
fotográficos com o levantamento dos sistema de microdrenagem já existente com coordenadas,
de forma a mapear os pontos de possíveis intervenções futuras. Com o mapeamento e as
coordenadas foi possível utilizar o software Google Earth Pro para verificação da bacia de
contribuição e a identificação de possíveis descidas d’água advindas do entorno da instituição
UNIGOIÁS.
Na visita do dia 27 de setembro, após análise em relação ao projeto arquitetônico da
instituição que prevê a expansão do campus, foram realizadas medições para definição das
propostas de solução, por meio de uma trena e registros fotográficos. Foram realizadas
observações acerca da topografia do local, estruturas de drenagem já existentes, fluxos
preferenciais de água, presença de processos de carreamento de solo, verificação de áreas
previstas para expansão e áreas livres.
De forma a entender a ocupação da área e as inter-relações com a drenagem, foi
realizado então um levantamento da evolução da ocupação da área do Campus, através das
imagens de satélite disponíveis no aplicativo Google Earth Pro entre os anos de 2002 a 2021.
Com os dados necessários já levantados e de posse da planta de locação da UNIGOIÁS
e com a implantação atual e futura da instituição, fornecida pelo Departamento de Manutenção
e Serviços do UNIGOIAS, foi possível identificar as deficiências que existem no sistema de
drenagem já implantado, bem como identificar a situação mais viável que atenda a instituição
como um todo, quer seja com a estrutura implantada atualmente, mas também contemplando
as possíveis ampliações já previstas em projeto.
A solução então definida foi detalhada em planta baixa, contendo os cálculos de
contribuição de drenagem, por meio do Método Racional, a locação dos dispositivos em
AutoCAD e os detalhamentos. Para os cálculos de chuva foi considerado os dados apresentados
pelo site do INMET que estipulam que uma chuva de 1 hora em Goiânia possui uma
precipitação média de 72 mm. O calculo da vazão de projeto foi realizado pela equação
Q𝒃𝒂𝒄𝒊𝒂 = 𝑪 . 𝑰 . 𝑨 (BEDIENT,2008), onde: “Q” é a vazão em m³/h, “C” é o coeficiente de
escoamento superficial, sendo considerado de 0,8, já que se trata de uma superficie
impermeável, o “I” é a intensidade máxima para a precipitação (em mm) durante 1 hora e “A”
é a área de contribuição 𝑚2 .
De posse da vazão de descarga das canaletas geradas nas áreas 1 e 2, foi também
analisado o orifício de interligação entre as canaletas internas e externas da passarela e a sua
capacidade de engolimento, com base na fórmula de orifícios retangulares pequenos, onde Q =
Cd. A. √2.g.H (VIANA,2014), onde “Q” é a vazão, “Cd” o coeficiente de descarga de 0,592,
com base nas dimensões do orifício, “g” a gravidade e “H” a altura da lâmina d’água. Com o
resultado da vazão de contribuição e de descarga do orifício foi possível então entender os
entraves da estrutura atualmente implantada e a necessidade de intervenção para solução do
problema.
De posse dos dados acerca das necessidades do Campus e as análises técnicas efetivadas
foi proposta a solução por meio da adequação das canaletas já existentes para o jardim de chuva,
que funcionaria como reservação temporária, disciplinador do fluxo, canais de irrigação para o
jardim, filtragem da água, redutor de velocidade, além da característica paisagística que possui.
As dimensões do jardim de chuva preservaram as canaletas já existentes, ajustando
apenas as profundidades para a recepção da estrutura mínima de acumulação, incluindo ainda
a expansão futura para recebimento das águas de ar condicionado.
A água execedente da rega do jardim, será direcionado para um tanque de acumulação,
ou reservatório. A posição e dimensão do reservatório buscou atender as expectativas futuras
de ampliação do Campus, com profundidade adequada a necessidade de reservação.

REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Ocupação Urbana
O planejamento da ocupação do espaço urbano, não tem levado em conta pontos
fundamentais e que podem ser a causa de grandes transtornos e custos para o meio ambiente e
para a sociedade urbana. O desenvolvimento do meio urbano no Brasil, produziu um
significativo aumento na frequência em que ocorrem inundações, na grande produção de
resíduos e na diminuição da qualidade da água. Sabe-se que o processo de crescimento da
população e a expansão urbana, ambos são processos naturais e necessários, sobre o qual não é
possivel se ter o controle. Entretanto, o planejamento é indispensável para garantir a qualidade
de vida da população, principalmente quando se trata dos recursos hídricos (TUCCI, 2008).
A ocupação urbana sem o devido planejamento tem como consequência alguns impactos
ambientais como a sobrecarga do sistema de drenagem urbana devido ao aumento da
impermeabilização do solo que causa a diminuição da infiltração da água, a perda de parte de
sua cobertura vegetal que darão lugar aos pavimentos impermeáveis causando o aumento do
escoamento de água, a diminuição da quantidade e qualidade dos recursos hídricos e o acúmulo
de resíduos nos dispositivos de drenagem superficial (SANTOS, RUFINO E FILHO,2017).
Os impactos produzidos pela ocupação urbana desordenada, tem se deixado um
ambiente degradado, que nas condições atuais só tende a piorar. Esse processo de ocupação não
é possivel ser contido, mas tem se realizado ampliações na medida em que os limites urbanos
também se expandem. Esse processo de ocupação é ainda pior em médias e grandes cidades
brasileiras (TUCCI,1997).

1.2 Infraestrutura Urbana


A infraestrutura urbana é um sistema necessário para o desenvolvimento de funções que
tragam benefícios tanto no aspecto social: onde visa promover condições de moradia, saúde e
educação adequada para a população; no aspecto econômico: que deve tornar a região propícia
para a comercialização de produtos e serviços; e no aspecto institucional: que visa incentivar o
desenvolvimento das atividades políticas e administrativas (ESCOLA POLITÉCNICA DA
USP,1997)
Algumas cidades que possuem um contínuo crescimento econômico estão chegando aos
níveis de superpopulação, isso ocorre devido à grande quantidade de pessoas que migram a
procura de emprego e de novas oportunidades, esse aumento na população resulta no aumento
de habitantes por metro quadrado, mas a infraestrutura necessária para atender essa população
não está acompanhando o seu crescimento, e isso causa vários impactos na sociedade e no meio
ambiente (FILHO; SILVA; VERAS; NOBREGA, 2013).
Para melhor gerenciamento do sistema de infraestrutura, ele é dividido em subsistemas
que são essenciais e que refletem como a cidade irá funcionar, sem o surgimento de inundações,
alagamentos e congestionamentos, dentre esses subsistemas estão: o subsistema viário, o de
drenagem pluvial, o de abastecimento de água, o energético e o de comunicação (PUPPI, 1981).
O subsistema viário é composto por algumas redes de circulação que varia de acordo
com o espaço urbano e é complementado pelo subsistema de drenagem pluvial que por sua vez,
deve promover o escoamento adequado das chuvas que caem no espaço urbano. O subsistema
de abastecimento de água tem a função de dispor de água para o uso de toda população (FILHO;
SILVA; VERAS; NOBREGA, 2013).
No Brasil, várias cidades sofrem com a falta de planejamento e infraestrutura urbana,
que causam impactos negativos como alagamentos, inundações e congestionamentos que
afetam a população e principalmente as famílias mais carentes que moram em locais de riscos
(CIPULLO; DIAS; OLIVEIRA et al., 2012; OLIVEIRA, 2009). Segundo Mello (2008), os
impactos devido à falta de infraestrutura não atingem somente a cidade, ela se abrange as áreas
que não são ocupadas onde ocorre uma exploração dos recursos naturais gerando problemas de
poluição e de impermeabilização do solo.
Segundo Filho, Silva, Veras e Nobrega (2013), o crescimento da população tem uma
relação direta com a qualidade de vida dos habitantes, pois para que seja mantida a qualidade
de vida é preciso investir na infraestrutura da cidade para que ela acompanhe o crescimento da
população da cidade. A superpopulação que está acontecendo principalmente nas grandes
metrópoles, e que não possuem uma infraestrutura adequada pode causar vários problemas que
afetam nos serviços básicos fornecidos aos habitantes como o fornecimento de água, a
distribuição de energia, saneamento básico e também no sistema de transporte coletivo.

1.3 Dispositivos de micro e macrodrenagem convencional e alternativa


A microdrenagem ou sistema superficial é formado pelo pavimento, as sarjetas, as bocas
de lobos, os bueiros e as galerias de águas pluviais. O sistema de macrodrenagem é formado
por canais naturais existentes no local ainda antes da ocupação urbana de maiores dimensões
(RAMOS et. al., 1999), que foi formado ou consolidação durante milênios de anos pelos efeitos
das chuvas e dos ventos, assim moldando esse ambiente natural (BOTELHO, 2011).
Segundo Tucci (2005), a drenagem é um complexo de medida que tem como objetivo
diminuir os problemas e transtornos causado pelas inundações, proteger a população e
proporcionar o desenvolvimento urbano de forma rápida e sustentável. Os sistemas de
drenagem urbana têm por objetivo, realizar de forma correta e eficiente o escoamento das águas
pluviais de forma segura sem causar danos a população e ao meio ambiente. O sistema de
drenagem é muito além do que somente a possibilidade da condução das águas urbanas, mais
deve ser visto de uma outra maneira como uma perspectiva global, observando todo o sistema
hídrico.
Os dispositivos de drenagem mais utilizados são: pavimento permeável, trincheiras de
infiltração, piso drenante, cisternas de chuva, reservatórios de detenção e retenção, faixas
gramadas, telhado verde e poços de infiltração
O pavimento permeável é um dispositivo de infiltração onde desvia o escoamento
superficial através de uma superfície permeável para dentro de um reservatório de pedras que
está localizado sob a superfície do terreno (ARAÚJO; TUCCI; GOLDENFUM, 2000 APUD
URBONAS E STAHRE, 1993). Os pavimentos permeáveis têm sua composição dada por duas
camadas de agregados, uma fina ou média e outra de agregado graúdo, somando com mais uma
camada do pavimento permeável propriamente dito (ARAÚJO; TUCCI; GOLDENFUM, 2000
APUD SCHUELLER, 1987).
Segundo Sousa (2012) as trincheiras de infiltração são estruturas longitudinais
construídas com objetivo de facilitar a infiltração de águas pluviais oriundas do escoamento
superficial. Essa facilidade de infiltração se dá pela forma que a trincheira é construída, ela é
formada por uma vala escavada na terra que é preenchida com materiais granulares como pedras
de mão, brita, areia, etc. As opções de instalação são bem variadas, podendo colocar em jardins,
vias públicas e até em estacionamentos.
O piso drenante é uma técnica que vem ganhando mais espaço na construção civil a cada
ano, isso porque este material se mostrou bem eficaz quando o assunto é drenagem de água, ele
conta também com uma fácil instalação e manutenção além de ser sustentável, sendo assim um
bom aliado ao meio ambiente. O piso drenante geralmente é feito de concreto, facilitando o
escoamento, evitando problemas de acúmulo de água como ocorre no nosso objeto de estudo,
este método se torna bastante viável para proporcionar uma solução eficiente para os problemas
de infiltração encontrados (Piso Drenante: O que é, como funciona, quanto custa, 2016).
Juntando um método de captação de água com as técnicas anteriores poderá surtir um
grande efeito positivo, fazendo com que os pisos drenantes e trincheiras de infiltração trabalhem
com uma carga menor do que seria se não contasse com o método de cisternas de chuva. Este
método consiste em captar água da chuva por meio de calhas instaladas no corredor principal
da universidade, levando essas águas por meio de tubulação até um reservatório de água,
chamada de cisterna (MARCHIONI, 2019).
A cisterna funciona de maneira que a água da chuva levada pelas calhas passe por um
filtro, que eliminará as impurezas, como pedaços de galhos e folhas, após isso um freio d’água
impede que a água entre na cisterna de forma brusca e acabe agitando o conteúdo dentro da
cisterna fazendo com que suspenda as partículas sólidas depositadas no fundo. Derivado da
chuva, a água obtida não é considerada potável, desta maneira, não é adequada para consumo
humano. Apesar disso, pode ser usada nas tarefas que mais consomem água, como lavar o piso,
ser usada em hortaliças e até no vaso sanitário. Essa atitude ecologicamente responsável nos
permite aproveitar a água da chuva e podendo economizar muito na conta de água (CAMPOS,
2020).
De acordo com Tucci (2003), as detenções e retenções são medidas de micro e
macrodrenagem. As detenções são reservatórios urbanos mantidos secos e adaptados na
paisagem urbana, já as retenções são reservatórios com lâmina de água aproveitada para
controlar o pico e o volume do escoamento, e também da qualidade da água. A quantidade de
lixo levada pela drenagem obstrui a entrada dos reservatórios, essa tem sido a maior dificuldade
no projeto de implementação dos reservatórios.
Faixas gramadas ou arborizadas são feitas para drenar parcialmente as águas pluviais
vindas das superfícies impermeáveis urbanas (estacionamentos e outras superfícies), mas
podem ser aplicadas em outras situações. O papel de zona de escape para enchentes fica com a
macrodrenagem. As faixas gramadas têm como principal objetivo diminuir consideravelmente
a velocidade do escoamento superficial, contudo, elas ajudam enormemente na redução dos
picos de vazão de áreas urbanas quando a técnica é aplicada em uma grande área
(AGOSTINHO; POLETO, 2012).
Para Souza e Coelho (2021), telhado verde é um telhado ecológico por ser coberto de
plantas, esses telhados têm ganhado mais espaço nas construções. Mais do que uma cobertura
verde, esta técnica envolve cobrir a superfície com vegetação, para isso são usadas técnicas de
impermeabilização de plantio. O telhado verde promove um isolamento térmico, causando uma
sensação de frescor no local instalado além de ajudar no escoamento das águas.
Mais usual na Europa e nos EUA, os poços de infiltração são sistemas de retenção de
águas pluviais juntamente com micro reservatórios de detenção, valas e trincheiras de
infiltração. Esses sistemas fazem parte de alternativas tecnológicas de microescala que tem a
função de reter a água pluvial. O poço de infiltração em específico compreende em técnica
compensatória denominada pontual, com objetivo de atenuar os efeitos que o escoamento
superficial gera. Visando diminuir os picos de vazão que possam atingir o sistema de drenagem
convencional, a sua função é infiltrar as águas pluviais, dessa maneira, diminuindo o volume
do escoamento superficial direto pela contenção do volume excedente de chuva no solo
(BARBASSA; SOBRINHA; MORUZZI,2014).

1.4 A gestão de águas urbanas em Goiânia


Durante parte do século vinte, o sistema de gestão de águas urbanas era basicamente o
abastecimento de água que era realizada a montante e o escoamento do esgoto a jusante, pois o
plano era fornecer água para as cidades e despejar o esgoto bem longe. Após várias décadas
identificaram que o esgoto precisava ser tratado, pois ao ser despejado a jusante iria escoar e
contaminar a água de abastecimento da próxima cidade, esses problemas refletem mais para a
frente na saúde da população, nas inundações que ocorrem na cidade a jusante devido a
quantidade de agua que é destinada para lá (TUCCI, 2008).
No Brasil, a urbanização se concentrou em um local que não possuía condições
adequadas de planejamento e infraestrutura e isso resultou em impactos ao meio ambiente e a
população, entre eles a contaminação dos mananciais e dos sistemas hídricos urbanos causado
por efluentes e resíduos sólidos, área de risco de inundação, escorregamento e proliferação de
doenças. Todos esses impactos resultam na queda da qualidade de vida e na visão da população
e a tendência é de que a situação tenha uma piora (CAMPUS,2020).
De acordo com a Lei N° 9.511 da Prefeitura de Goiânia, são estabelecidas normas para
o controle e captação das águas urbanas em Goiânia com o objetivo de promover a retenção e
a infiltração das águas das chuvas, de forma que seja utilizada para reposição do lençol freático
e a sua reutilização de forma sustentável. Em Goiânia o sistema de controle de águas pluviais e
drenagem superficial, é composto por um conjunto de galerias e dispositivos necessários ao
escoamento superficial até que chegue ao seu destino final, esses sistemas de drenagem podem
ser divididos em macrodrenagem ou microdrenagem.
Atualmente em Goiânia, existem cerca de 57 pontos de alagamentos, entre eles estão: a
avenida 87, a avenida Pio XII, a avenida Perimentral Norte e a avenida Assis Chateubriand,
todas elas vias de movimento muito intenso a maior parte do dia e muito prejudicadas pelas
enchentes e inundações causadas pelos temporais. A maior parte das avenidas de Goiânia, não
possuem um sistema de drenagem urbana eficaz, que seja capaz de captar toda a água da chuva
e isso faz com que ocorra inundações e coloca em risco a vida de pessoas que estão passando,
os carros são alagados, impedindo o motorista de sair do carro ou terminar a travessia e
principalmente os motoqueiros que por várias vezes foram carregados pela água.
(RESENDE,2018).
Como uma das maiores cidades do País e que possui mais de 2 milhões de habitantes,
Goiânia deve investir pesado em mecanismos para melhorar a gestão de suas águas urbanas,
para assim evitar alagamentos que param o trânsito e colocam vidas em risco, e também
diminuir a quantidade de inundações que ocorrem em casas próximas as essas avenidas ou que
ficam em locais baixos para onde toda a água escoa. (DIAS, 2016)
Exemplo de via importante e muito movimentada com um fluxo intenso, temos a
marginal botafogo, que sofre com alagamentos que são cada vez mais frequentes, a região sofre
com a falta de mecanismos para drenagem urbana desde aos bairros que arrodeiam a marginal,
pois por falta de dispositivos suficientes e falta de manutenção nos já existentes para a captação
dessa água, ela escoa para a pista causando o alagamento e a outra parte das águas pluviais que
são captadas pelos dispositivos de drenagem são encaminhados para o córrego botafogo por
dispositivos que não são suficientes para a quantidade de água e acabam abalando a via,
causando comprometimento na sua estrutura (DIAS, 2016).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
1. Diagnóstico atual da área e relatório fotográfico
No levantamento que foi realizado dia 22 de junho de 2021 foram vistoriados todos os
locais e sistemas de drenagem da parte sul da instituição, próximos ao estacionamento e o ponto
de alagamento. Observou-se que o sistema é composto praticamente de sistema de canais livres
que direcionam o fluxo para a porção noroeste da instituição, na esquina da Avenida João
Candido de Oliveira e Rua Lazaro Costa.
A figura 2 demonstra os pontos de descidas de água pelo estacionamento e o
direcionamento dado, conforme topografia e disposição das canaletas. O objeto de estudo se
restringe a área 1 e 2 que está impermeabilizada por camada asfáltica, com o sistema de
canaletas.

Figura 2 – Áreas de descida de água


Fonte: Google Earth, 2021.

No ponto de descarga, localizada na porção permeável da instituição, onde está


evidenciado na figura 2, próximo a quadra de esportes, observou-se o carreamento de
sedimentos em todo o caminho preferencial que sugere que o fluxo decorre em velocidade além
do recomendado tecnicamente e que o volume de água colabora de forma relevante para as
condições de alagamento das pistas do entorno.
A água proveniente da área 01 é absorvida por uma canaleta de dimensões 112 por 0,36
metros e profundidade variada, que deriva todo o fluxo para uma passagem submersa localizada
próxima a faixa de pedestre (evidenciada na imagem com a cor rosa). O orifício de desague
possui 0,60 por 0,40 metros, estando submerso por 0,10 metros de água a uma profundidade de
0,40 metros. Observa-se ainda um pilar de concreto executado no meio da passarela que obstrui
parcialmente a passagem de água deixando o canal com apenas 0,50 metros de largura.
Observou-se que as canaletas já existentes possuem profundidades variadas, que
acompanham a declividade do terreno, sendo a mais rasa, localizada próximo as catracas da
instituição com apenas 5 cm, até a mais profunda localizada do ponto de embocamento da
canaleta externa e interna da passarela e o canal de interligação entre elas (que se juntam na
caixa de contenção e daí para a área permeável). Neste ponto a canaleta possui 53 cm e a caixa
de contenção de 1,20 x 1,0 x 1,20. A canaleta que alinha-se ao Bloco A é ainda mais rasa, com
apenas 10 cm de profundidade. Em suma as canaletas implantadas atualmente possuem as
dimensões apresentadas no quadro 1 e figuras 3,4,5,6,7,8,9 e 10 com capacidade de acumulação
de 60 m³/h.

Figura 3 - Canaleta que ladeia o bloco B


Fonte: Arquivo do Autor, 2021.
Figura 4 - Canaleta que ladeia o bloco A
Fonte: Arquivo do autor, 2021.

Figura 5 -Canaleta que interliga bloco A e B


Fonte: Arquivo do autor, 2021.
Figura 6 - Ponto de ínicio da canaleta externa a passarela
Fonte: Arquivo do autor, 2021.

Figura 7 - Extensão da canaleta externa a passarela


Fonte: Arquivo do autor, 2021.
Figura 8 - Ponto de encontro das canaletas externa com interna
Fonte: Arquivo do autor, 2021.

Figura 9 - Situação de preservação da canaleta externa


Fonte: Arquivo do autor, 2021.
Figura 10 - Orificio de interligação entre as canaletas
Fonte: Arquivo do autor, 2021.

Canaleta Com Largura Profundidade Altura Profundidade Situação de


prim inicial mureta final preservação
ento
Canaleta que 85,2 0,70 0,40 0,40 0,43 Necessita de
ladeia o Bloco A 6 manutenção,
trincas na
mureta do
jardim.
Canaleta que 35,6 0,51 0,53 0,53 0,72 Canaletas
ladeia o Bloco B preservadas

Canaleta da face 112 0,47 0,05 0,4 0,35 Canaletas


externa da preservadas
passarela
Quadro 1 - Especificação das canaletas
Ressalta-se ainda as condições de construção e preservação das canaletas existentes,
sendo todas elas construídas em concreto, com fundo impermeável, com muretas de contenção
à esquerda e as mais profundas cobertas por grade que se encontram depreciadas gerando
inclusive riscos de acidentes.

Figura 11 - Extensão da canaleta externa da passarela Figura 12 - Canaleta e borda do Bloco da


Fonte: Arquivo do autor, 2021. reitoria
Fonte: Arquivo do autor, 2021.

Figura 13 - Área por trás do Bloco A Figura 14 - Canaletas na área de asfalto do


Fonte: Google Earth, 2021. estacionamento.
Fonte: Arquivo do autor,2021.
Figura 15 – Local de passagem da água por baixo da Figura 16 – Extensão da canaleta interna da
passarela. passarela.
Fonte: Arquivo do autor, 2021. Fonte: Arquivo do Autor, 2021.

Figura 17 – Ralo para escoar a água que passa sobre a Figura 18 – Vista superior demarcando a área
passarela. impermeável do estacionamento.
Fonte: Arquivo do autor, 2021. Fonte: Arquivo do autor, 2021.

2. Histórico de ocupação da área


Analisando o histórico de ocupação da área da instituição pelo Google Earth Pro,
verificou-se que por volta do ano de 2002, a instituição possuia apenas cinco blocos
implantados, blocos A,B,C,D e E com a entrada pela Avenida Lazaro Costa e Rua Luiz de
Matos. A Avenida João Cândido de Oliveira, onde é o atual acesso principal da instituição não
existia na época e a área permeável e a área verde correspodia a maior porção da área total da
instituição.
Figura 19 – Imagem de Ocupação da instituição em 2002
Fonte: Google Earth, 2002.

Em 2002, haviam cerca de 9.253,61m² de área construída, e 9.678,62m² de


estacionamento, sendo que a maior parte era em piso permeável com bloquetes que juntos tinha
uma área total de 6,84ha. Neste momento então a área totalmente permeável da instituição
correspondia a mais de 72% da área total.

Figura 20– Imagem de Ocupação da instituição em 2005


Fonte: Google Earth, 2005.
Em 2005, o estacionamento foi ampliado para a porção leste do campus, aumentando a
área impermeável em cerca de 5.743,90 m². Na porção sul e no restante da instituição a
ocupação permanecia a mesma que no ano de 2002.

Figura 21 – Imagem de Ocupação da instituição em 2008


Fonte: Google Earth, 2008.

Em 2008, pode-se ver a implantação de mais um bloco na instituição, sobre a área que
anteriormente era destinada ao Estacionamento Leste. Esta nova edificação, denominado de
Bloco F, possui cerca de 2.157,83m² de área. Próximo ao bloco E, foi feita uma passarela com
201,40m² em área anteriormente permeável, interligando dois blocos, o bloco E ao bloco A da
entrada principal. Na imagem já dá para observar algumas obras de ampliação do
estacionamento, na parte sudoeste e ainda a criação e implementação da Avenida João Cândido
de Oliveira que ocupa 5.988,25m² da área, bem como a implantação de um estacionamento
destinado a Paróquia Sagrada Família em frente a entrada principal da instituição, na margem
esquerda da avenida. Em sua totalidade, 2008 foi um ano com a maior representatividade de
perda de permeabilidade, principalmente na parte sudoeste da instituição, totalizando mais de
34.218,60m² de área impermeável, ou seja, o equivalente a 53% do total.
Figura 22 – Imagem de Ocupação da instituição em 2013
Fonte: Google Earth, 2013.

Em 2013 observa-se algumas obras, como a construção da praça de alimentação e centro


de convivência na parte norte da instituição, com uma área de 1.135,56m², e da central de
geração de energia que fica ao lado direito do centro de convivência com 134,28m², e também
a ampliação do estacionamento na região sudoeste com 6.174,15m² de área, e a passarela da
entrada principal, interligando o acesso das catracas com a Avenida João Cândido de Oliveira
que é extensa e possui uma área de 1.091,11m², reduzindo ainda mais a área permeável que já
está equivalente a apenas 37,4% da sua totalidade.
Figura 23 – Imagem de Ocupação da instituição em 2016
Fonte: Google Earth, 2016.

Em 2016, já pode-se notar que o estacionamento da parte sudeste já está finalizado, as


áreas ocupadas ainda foram expandidas e foi construído o bloco I, onde hoje fica os laboratórios
de Engenharia Civil e em 2016 a instituição foi chegando as características que se encontra
hoje. Houve também a construção do Bloco H que fica em frente ao bloco F, a retirada da
entrada antiga da rua Prof. Lázaro Costa, essas construções juntos totalizam em 1.369,88m² de
área acrescentada, restando então hoje, 35% do terreno em área permeável.

Figura 24 - Perfil de declividade do terreno na seção transversal


Fonte: Google Earth, 2016.
Observa-se então que existe ainda um percentual representativo de áreas permeáveis e
que não justificaria a observação de que há o trasbordo e alagamento pelo fato de não haver
onde dissipar a energia da água ou formas de que houvesse a infiltração, porém a ocupação
extensiva da porção sudoeste do empreendimento, reduzindo de forma expressiva a infiltração,
pode ter colaborado para os problemas ocorrentes hoje. Este fato corrobora com as visão do
perfil de elevação da área, no qual é possível observar que a declividade da área é da porção
sul para norte, de em média 3 metros, demonstrando a tendência das águas precipitadas no
estacionamento se dirigirem para a passarela da entrada principal, foco da discussão.

Figura 25 - Perfil de declividade na seção longitudinal


Fonte: Google Earth, 2016.

Observando a imagem na seção longitudinal, há uma nítida elevação do terreno no início


da passarela, e que tem um caimento no sentido oeste em 1 metro e no sentido leste, que é o
foco da intervenção, de 2 metros.

3. Análise da implantação atual e perspectivas de ampliação


O Campus UNIGOIÁS se encontra no Bairro Cidade Jardim, próximo ao Hipódromo
da Lagoinha e ao DETRAN, e possui uma área total de 50.157,98m2 , incluindo área construída
e não construída.
Figura 26 – Planta do lote da instituição
Fonte: Planta da Instituição,2018.

O projeto da Figura 27, mostra a instituição como está hoje, com 8 blocos construídos
e uma praça de alimentação com Centro de Convivência. Olhando para a planta baixa pode-se
observar que a relação área permeável e terreno é pequena, com apenas 15.137,51m2 . Pode se
notar também que quase 50% do terreno é composto pelo estacionamento, que conta com 865
entre vagas de carros, motos e bicicletas, pela área experimental do curso de Agronomia e pelo
Bloco I, que é onde se encontra os laboratórios de algumas disciplinas de Engenharia. A outra
parte é composta por 7 blocos, A, B, C, D, E, F e H; por uma praça de alimentação (Bloco G)
com área de convivência, pela central de energia e por uma quadra de esportes. Nessa parte
também possui um projeto de expansão futura do bloco H e uma área verde ao redor da quadra
de esportes.
Figura 27 – Planta baixa da construção da instituição
Fonte: Planta da Instituição,2018.

O estacionamento conta com quase 100% da sua totalidade em material asfáltico


impermeável o que dificulta a infiltração da água, fazendo com que escoe para o local de menor
declividade conforme a tografia do local, que no caso é o local de estado crítico do nosso estudo
no início da passarela de entrada.
Observando ainda as iniciativas de expansão do Campus, observa-se que na parte
superior da instituição, onde hoje é o estacionamento será mantido a área impermeável e será
construído uma biblioteca e um novo espaço para Reitoria, a construção partirá do primeiro
pavimento já que no térreo será mantido o estacionamento. A entrada de carros e a quantidade
de vagas será mantida conforme é hoje, o estacionamento de motos será movido para uma área
em frente ao bloco B, onde atualmente é a Reitoria e a Tesouraria.
Figura 28 – Planta baixa da ampliação da instituição
Fonte: Planta da Instituição, 2014.

Na parte inferior da instituição que é onde se encontra os blocos e a praça de


alimentação, tem-se como ampliação, a construção da segunda etapa do bloco H, como previsto
no projeto anterior. Prevê-se também a construção de um ginásio com piscina e de um auditório
que terá ligação direta com a passarela de entrada principal e ficará ao lado do bloco A.

Figura 29 – Planta baixa da ampliação da instituição


Fonte: Planta da Instituição, 2014
4. Cálculo da área de contribuição
Com finalidade de definir a bacia de contribuição e assim levantar a necessidade de
ajuste do sistema de direcionamento pluvial da instituição, foi considerada ÁREA 1 e ÁREA 2
citada anteriormente, que totalizam 14.190m².
A vazão de deflúvio ou escoamento foi calculada de acordo com a chuva em Goiânia
nos últimos 20 anos, de 72 mm, ou 72 l/𝑚2 para 2 horas (COELHO FILHO; REZENDE MELO
E ARAÚJO, 2017), totalizando uma vazão de escoamento de 353,17𝑚3 /hora para a área 1 e de
55,20 m³/hora para a área 2, totalizando 408,38 m³/hora. Considerando que as canaletas
reservam, conforme cálculos anteriores, 60 m³ pela sua geometria, mesmo que de forma
temporária, observa-se que há um déficit de 340m³ de águas que não são absorvidos pelo
sistema, contatando o caráter de disciplinamento das canaletas e não de preservação.
Analisando o orifício de passagem e interligação entre as canaletas, observa-se que a
área 1 contribui com 353,17m³/hora, e o orifício possui capacidade de engolimento de apenas
2m³, o que explica o refluxo que se tem da água neste ponto, que provoca o alagamento da
passarela e a necessidade de intervenção.

5. Detalhamento da solução
Analisando os dispositivos já implantados e a necessidade de absorção das águas das
áreas impermeáveis 1 e 2 que totalizam 14.190 m² e um volume de água de 408,38 m³/hora, foi
considerada como solução a transformação das canaletas já existentes em jardins de chuva,
intercalando com rachão e canal livre para redução de velocidade. Os dispositivos estariam
situados na canaleta externa que faceia a passarela, nas áreas já destinada a jardinagem e na
criação de mais uma área de jardinagem, que somam 238,05 m² de área de acumulação (Quadro
2).
Área Nome Localização C L Proposta
01 Canaleta 01 Ladeia o Bloco A 85,26 0,70 Mantem como canal de
escoamento da água.
02 Área atual de Ladeia o bloco A 61,37 1,6 Transforma em jardim
paisagismo de chuva
03 Canaleta 2 Ladeia o Bloco B 35,6 0,51 Mantem como canal de
escoamento de água
04 Laje de ar Ladeia o Bloco B 35,6 0,73 Mantém como laje
condicionado técnica, mas interliga
as águas de ar
condicionado para a
canaleta 2.
05 Canaleta 3 Face externa da 112 0,47 Transforma em jardim
passarela de chuva.
06 Criação de área Face externa do 35,6 2,45 Transforma em Jardim
de paisagismo bloco B de chuva,
Quadro 2 - Especificação dos jardins de chuva
Ressalta-se ainda a necessidade de desobstrução da passagem e interligação entre as
canaletas essencial para o direcionamento correto e interrupção do refluxo existente por meio
do uso de técnicas não destrutivas, ou ainda a inserção de mais um canal subterrâneo próximo
as catracas. Em planta baixa, os locais em verde são os escolhidos para a execução do jardim
de chuva.

Figura 30 –Planta baixa dos locais para execução do jardim de chuva


Fonte: Planta detalhamento dos jardins de chuva, 2021.

Após definição dos locais onde será executado o projeto de jardins de chuvas, foi
projetado como seria, quais materiais utilizados e profundidade necessária. Para isso
calculamos a profundidade necessária, tendo em vista a peculiaridade de cada local para que
não provocasse problemas futuros de infiltração. Definiu-se que o jardim de chuva deve possuir
uma camada de rachão de 60 cm, uma camada de brita 2 de 20 cm, uma camada de geotêxtil
para evitar que o solo acima escoe pelos espaços vazios do rachão, uma camada de solo de 20
cm e na superfície uma vegetação que seja resistente e saudáveis para suportar o jardim de
chuva, totalizando uma profundidade média de 1,50 metro de área de absorção (figura 32). Essa
estrutura, com cerca de 20% de vazios e com declividade de 0,002%, além de todos os
benefícios já citados na técnica do jardim de chuva, pode ainda reservar 47,61m³ de água.
Somando as canaletas mantidas com 85,67m² e uma profundidade média de 1,5 metro,
totalizariam então, 133,28m³ de água reservada, ao mesmo tempo que está sendo direcionada
para o armazenamento, diminuindo então o tamanho do reservatório.

Figura 31 – Ilustração da seção de um jardim de chuva


Fonte: ECCI, 2017

Figura 32 – Detalhamento da seção do jardim de chuva estudado


Fonte: Planta detalhamento dos jardins de chuva, 2021.

Havendo então a necessidade de acumulação de 408,38 m³ em uma hora de chuva, e o


jardim de chuva e as canaletas estarem reservando 133,28 m³ necessário se faz então executar
um reservatório a ser disposto na lateral do Bloco A, próximo a atual descarga d’água. Para
adequar a necessidade de preservação e atentando ao layout do projeto de expansão da
instituição, este reservatório deverá ter 18,3 x10 metros e profundidade de 1,5 metros.
Figura 33 – Reservatório atrás do Bloco A
Fonte: Planta detalhamento dos jardins de chuva, 2021.
CONCLUSÃO
Devido a deficiência do sistema de drenagem do local, e a grande bacia de contribuição
que escoa para a mesma região, a instituição começou a sofrer com constantes inundações no
corredor da entrada principal durante os períodos chuvosos e com isso foi necessário a busca
de meios alternativos para realizar o manejo necessário dessas águas pluviais para que assim
possa ser evitado o alagamento.
Foram realizados estudos in loco e nos projetos de planta baixa da instituição que prevê
a ampliação futura da UNIGOIÁS, afim de propor uma solução para a inundação, aborda-se o
uso de jardins de chuva como uma técnica alternativa, que possui pontos positivos quanto ao
seu desempenho na retenção, infiltração e armazenamento da água. Além dos seus resultados
quanto a solução do problema foi observada a melhora na qualidade da água que será
direcionada para os jardins, tendo em vista que a vegetação ali implantada é capaz de reter e
eliminar vários poluentes que estão presentes das águas pluviais.
Os jardins de chuvas são dispositivos que funcionam como técnicas compensatórias que
realizam a infiltração, a diminuição do escoamento superficial e seu armazenamento. Mesmo
com a execução dessa proposta de solução é imprescindível que seja realizada as manutenções
preventivas das redes de drenagem.
Os jardins de chuva foram projetados para ser realizado nas canaletas já existentes no
sistema de drenagem da instituição e que será adaptado para atender os requisitos mínimos para
o projeto. A canaleta que ladeia o bloco B será mantido como um canal de escoamento de água,
mas após os reparos necessários na sua estrutura e a canaleta de laje que ladeia o bloco B será
mantido como uma laje técnica devido ao contato direto com as salas. A canaleta que ladeia o
bloco A receberá a água que escoa na canaleta anterior será mantido como um canal de
escoamento após ser realizados os processos necessários nos aparelhos de drenagem e o jardim
que possui as grandes árvores e fica ao lado da canaleta será transformado em jardim de chuva.
A canaleta externa a passarela de entrada principal será adequada com as medições necessárias
para que possa fazer um jardim de chuva no local para a captação de água que será usada nas
plantas e a sobra direcionada ao tanque reservatório que ficará atrás do bloco A.
Após todas as análises concluímos que a utilização dos jardins de chuva como um
dispositivo de drenagem alternativo é viável, pois, diminui a velocidade do escoamento da água
sendo assim capaz de solucionar o problema na UNIGOIAS, evitando as inundações que
ocorrem nos dias de chuvas intensas.
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AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO

Eu, Bruna Sousa Lira, portador da Carteira de Identidade nº 6132662, emitida pelo SSP,
inscrito(a) no CPF sob nº 018.366.581-33, residente e domiciliado em Rua VF61, qd.73
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Pelo presente instrumento autorizo o Centro Universitário de Goiás – UNIGOIÁS
a disponibilizar o texto integral deste trabalho, tanto em suas bibliotecas, quanto em
demais publicações impressas ou eletrônicas, como periódicos acadêmicos ou capítulos
de livros e, ainda, estou ciente que a publicação será em coautoria com o/a
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Goiânia, 02 de dezembro de 2021.

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Goiânia, 02 de dezembro de 2021.

_______________________________
Wallace dos Santos Oliveira
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