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MULHERES NAS CIÊNCIAS

FÍSICO-QUÍMICAS

António Luz nº6


Inês Allen nº12
Jenifer Luna nº15
Martim Garcez nº26
Chien-Shiung Wu, Física
Chien-Shiung Wu nasceu na cidade de Liuhe, em Taicang, na China, em 31 de maio de 1912.
Tinha um irmão mais velho, Chien-Ying, e um irmão mais novo, Chien-Hao. Wu era muito próxima do seu pai,
que a encorajou e incentivou nos estudos e na sua criatividade, rodeando-a de livros, revistas e jornais
Wu protestou contra a prisão, em Taiwan, dos parentes do físico Kerson Huang, em 1959 e do jornalista Lei
Chen em 1960. Em 1964, deu uma palestra sobre a discriminação de gênero num simpósio no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts “Eu pergunto se os minúsculos átomos e núcleos, ou os símbolos
matemáticos, ou as moléculas de DNA têm qualquer preferência pelo tratamento masculino ou feminino.”
Faleceu em 16 de fevereiro de 1997, em Nova York, aos 84 anos, de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Chien-shiung Wu fez importantes contributos para a física nuclear, trabalhou no projeto Manhattan, onde
ajudou a criar o processo de separação do uranio (U), uranio-235 e uranio-238 por difusão gasosa.
Conhecida por conduzir o ”experimento de Wu”, que contradizia o principio de conservação de paridade.
Esta descoberta resultou na entrega do Prémio Nobel, mas em vez de ser entregue a WU, como responsável
pela descoberta, por ser mulher, foi entregue aos seus colegas, Tsung-Dao Lee e Chen-Ning Yang, em 1957
Wu recebeu o primeiro Prêmio Wolf de Física, em 1978.
Sua experiência com a física experimental levou a comparações de Wu com Marie Curie. Os seus apelidos
eram de "Primeira Dama da Física", "Madame Curie da China" e "Rainha da Pesquisa Nuclear".
Florence Sabin
Florence Sabin, norte-americana, nasceu em 9 de novembro de 1871 no Colorado faleceu de um ataque cardíaco a 3 de
outubro de 1953 com 81 anos..
Na infância Sabin tinha intenções de se tornar uma pianista, no entanto, não tinha talento para a música, mudando para a
ciência durante o secundário. E ainda bem!
Sabin recebeu seu diploma de bacharel do Smith College em 1893. Durante dois anos, ensinou matemática em Denver, e
depois ensinou zoologia no Smith College, para pagar o primeiro ano de pós-graduação.
Em 1896, matriculou-se na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, escola que aceitava homens e mulheres, ela
era uma das 14 mulheres da turma. Formou-se em Medicina em 1900.
Em 1921, Sabin foi nomeada a primeira mulher presidente da American Association of Anatomists.
A pesquisa sobre as origens do sangue, vasos sanguíneos, células sanguíneas, a histologia do cérebro e a patologia e
imunologia da tuberculose em Hopkins, garantiu em 1925 a eleição para a Academia Nacional de Ciências. Ela foi a primeira
mulher a tornar-se membro deste prestigioso grupo e permaneceu como a única mulher durante 20 anos.
Desenvolveu dois projetos importantes, considerados no mundo dos cientistas, o primeiro projeto foi produzir um modelo
tridimensional do tronco encefálico de um bebê recém-nascido, que se tornou o foco do livro didático: Um Atlas da Medula e
Mesencéfalo (1901). O segundo projeto envolveu o desenvolvimento embriológico do sistema linfático, que afirmava que o
sistema linfático é formado a partir dos vasos sanguíneos do embrião e não de outros tecidos.
Florence é conhecida como “a primeira-dama da ciência americana” .
em 1944 foi convidada para presidir uma comissão para a saúde, conseguindo a aprovação de um conjunto de leis. As “Leis
Sanitárias de Sabin” modernizaram a saúde pública no Colorado para tratar a tuberculose.
Florence Sabin defendia e lutava pelo direito de igualdade das mulheres.
Johanna Döbereiner
Johanna Döbereiner nasceu em 28 de novembro de 1924 na Tchecolováquia e faleceu em outubro de
2000.
Estudou Agronomia na Universidade de Munique, entretanto mudou-se para o Brasil em 1951
e nesse altura começou a trabalhar no Laboratório de Microbiologia de Solos do antigo DNPEA
do Ministério da Agricultura, localizado em Seropédica. Mais tarde completou sua pós-
graduação na universidade de Wisconsin, em 1963.
■ Ocupou a vice-presidência da Academia Brasileira de Ciências;
■ Foi membro da Academia Pontifícia de Ciências;
■ Em 1979 ganhou o prêmio Bernardo Houssay da Organização dos Estados Americanos;
■ Em 1989 foi a ganhadora do Prêmio de Ciências da UNESCO;
■ Em 1990 recebeu a Ordem de Mérito de Primeira Classe da República Federal da Alemanha;
■ Em 1992 recebeu o Prêmio México de Ciência e Tecnologia, Ministério de Ciência e Tecnologia,
Governo Federal do México;
■ Em 1994, Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito;
■ Em 1997, Johanna Döbereiner foi indicada para o Prêmio Nobel;
■ É doutora Honoris Causa da Universidade da Flórida e da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro.
Foram quase 50 anos de carreira e mais de 25 prêmios e homenagens oficialmente registrados.
Marie Curie
Nasceu em 7 de Novembro de 1867 na Varsóvia, Polónia e morreu a 4 de Julho de 1934 com apenas 66
anos.
Filha de um professor de matemática e física e de uma diretora duma escola, era a mais nova dos cinco
filhos do casal. Em 1893, concluiu a Licenciatura de Física na Faculdade de Ciências, Paris e em 1894,
concluiu a licenciatura de matemática.
Esta lista não estaria completa sem a “mãe da Física Moderna”, é famosa por sua pesquisa pioneira sobre
a radioatividade, pela descoberta dos elementos polônio e rádio e por conseguir isolar isótopos destes
elementos.
Marie Curie foi a primeira mulher:
■ com um diploma em física;
■ a classificar-se em França;
■ a ganhar o Prémio Nobel;
■ a ser nomeada chefe do laboratório de Física, na Universidade de Sorbonne, Paris;
■ a lecionar na Universidade de Sorbonne, Paris;
■ a ganhar dois Prémios Nobel.

Alguns prémios:
Prémio Nobel de Física (1903), Medalha Davy (1903), Medalha Matteucci (1904), Medalha
Elliott Cresson (1909), Prémio Nobel de Química (1911), Medalha John Scott (1921),
Prémio Willard Gibbs (1921), Medalha Benjamin Franklin (1921).
REFLEXÃO FINAL

Apesar da palavra “cientista” ser um adjetivo de dois géneros, quando pensamos nela, associamos ao género masculino, isto é,
lembramos as disciplinas e as matérias onde falamos sobre os cientistas Newton, Einstein e Darwin e Stephen Hawking. Na verdade,
em diferentes épocas, muitas mulheres dedicaram as suas vidas à investigação e a estudar o mundo em que vivemos.

Fizeram importantes descobertas, que revolucionaram a ciência e descobriram diferentes formas de vermos e compreendermos o
universo.

No entanto, em 2018, segundo dados da Unesco, só 28% das mulheres fazem parte do mundo da Ciência. Recordamos, que o acesso
das mulheres à Educação, nem sempre foi bem aceite pelas sociedades, assim como, o acesso a carreiras em diferentes áreas, em
particular, na área da Ciência.

A luta das mulheres pela igualdade de género começou em 1857, com um grupo de mulheres que marcharam a 8 de Março em Nova
Iorque a reclamar melhores condições laborais, exigindo uma redução de horário para dez horas diárias e direitos iguais para homens e
mulheres no contexto do local de trabalho. 50 anos depois, no mesmo dia, as mulheres exigiam o direito ao voto para as mulheres e a
abolição do trabalho infantil. Atualmente, as revindicações são outras, mas continua a luta pela igualdade de géneros.

Mesmo assim, apesar das evidentes desigualdades, mesmo para com as cientistas, como o caso de WU, que viu o Prêmio Nobel ser
dado aos cientistas homens que trabalharam com ela, apesar dela ter sido figura central dos estudos, outra ser militante pelo direito de
igualdade das mulheres, como a cientista Florence Sabin, as mulheres cientistas do mundo, revolucionaram a Ciência com o seu
trabalho, escreveram importantes histórias de descobertas e conquistas quer na área da Ciência, como da Física e Química, foram
nomeadas, premiadas e reconhecidas pelos seus feitos, como aqui nós apresentamos.

Lamentamos que por mais ativas que sejam as mulheres nas diversas fases da história e em diversas áreas, as mulheres continuam a
ter pouca participação nas decisões e em cargos importantes nas sociedades.
■ BIBLIOGRAFIA:

■ https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/10-grandes-mulheres-da-ciencia.html
■ https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/10-mulheres-que-revolucionaram-a-ciencia/
■ https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_das_mulheres_na_ci%C3%AAncia
■ http://www1.fisica.org.br/gt-genero/images/arquivos/Mulheres_Pioneiras_/livro-mulheres-na-fisica.pdf

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