“Não é crente quem quer: em função do tipo de experiencia em pauta, presença ou ausência de
uma alteridade interpelante, teria de se levar em consideração não apenas a aptidão
percepcionante do humano mas também a “decisão” do outro de se revelar ou se ocultar,
mostrar ou não. Segundo Corbin, um exemplo óbvio seria o ateísmo, que deste ponto de vista
nada mais seria do que uma manifestação do Outro (Deus) na forma de ausência.”
AULA 30/09/20
Nosso método de audição psicanalítica com um certo fazer fenomenológico
A mitologia que compõe a umbanda conta a história do brasil, de alguma forma se
ressignifica isso; é uma espécie de linguagem que se manifesta de diversos tipos, se
pode conversar com uma imagem do panteão religioso quando ela incorpora em
alguém, mas não é apenas essa linguagem que está em pauta.
o Além dos objetos que representam esses deuses, há uma comunicação entre as
entidades e os fiéis em que se propõe e trocam informações e pedidos, que não
querer dizer apenas pedidos materiais; tudo tem um significado dentro do
sistema de natureza.
o Não há diferenciação entre o sagrado e o profano; exemplo: Jojo cantando
ponto de pomba gira na fazenda; é uma linguagem que já está no mundo real,
no social, se você é brasileiro você já viu isso, por exemplo as crianças de rua,
que são vistos como perigosos, tenta corrigir o olhar defeituoso sobre elas,
sobre o negro, sobre o indígena, sobre a prostituta.
E vão além dos tipos sociais, eles se tornam reais, se metamorfoseiam
em real, e os interpretam de forma existencial, sensivelmente. O
médium não se confunde com a entidade, mas há algo em comum.
O sentir, o compreender pelo sensível, é visto pelo ocidente como
subjetivo, como não real. E não é assim aqui, não importa a consciência
intelectual.
o E tudo isso há de ecoar na experiencia da pessoa.
o A memória coletiva é o que sobreviveu à morte, é viva, é o Real de Lacan. O
Panteão é esse espelho de quem nós, brasileiros, somos. Umbanda das sete-
linhas.
Ciganos com um culto à parte.
Coroa: é o panteão pessoal de casa filho.
Não dá pra dizer que a linha do oriente se trata apenas de uma memoria coletiva, porque
há também um principio de futureidade, algo para além.
Kimpá Vita – congolesa, que tentou restaurar a religião original
Maria Padilha e toda sua quadrilha
AULA (21/10): INTRODUÇÃO AO BUDISMO