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ANOTAÇÕES PARA CONCURSOS:

- ESTUDAR PROVAS DE MARCAÇÃO E SANTA RITA ELABORADAS PELA


ORGANIZADORA FACET CONCURSOS;
-ESTUDAR PCNS, LDB, TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS, DIDÁTICA,
PLANOS DE ENSINO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, PROJETOS NO
COTIDIANO DA ESCOLA; A DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR;

Algumas anotações sobre os PCNS: (Gerais):


- Os Pcns se caracterizam pela proposta flexível, que se concretiza nas
decisões locais e regionais sobre currículo, e nos programas de
transformação da realidade educacional, não se configura modelo padrão
impositivo e homogêneo, se adapta às diversidades socioculturais das
diferentes regiões do país, ou à autonomia de professores e equipes
pedagógicas.
- Se os Pcns generalizaram as disposições básicas sobre currículo,
estabelecendo um núcleo comum obrigatório em âmbito nacional para os
Ensino Médio e Fundamental, mantém uma parte diversificada para
contemplar as peculiaridades locais, e as especificidades dos planos dos
estabelecimentos de ensino e as diferenças individuais entre o alunado.
- Nesse sentido, a leitura atenta do texto constitucional vigente mostra a
ampliação das responsabilidades do poder público para com a educação
de todos, ao mesmo tempo que a Emenda Constitucional n. 14, de 12 de
setembro de 1996, priorizou o ensino fundamental, disciplinando a
participação de Estados e Municípios no tocante ao financiamento desse
nível de ensino.
- A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n. 9.394), aprovada
em 20 de dezembro de 1996, consolida e amplia o dever do poder público para com a
educação em geral e em particular para com o ensino fundamental. Assim, vê-se no art. 22
dessa lei que a educação básica, da qual o ensino fundamental é parte integrante, deve
assegurar a todos “a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”, fato que
confere ao ensino fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de terminalidade e de
continuidade.
- Em linha de síntese, pode-se afirmar que o currículo, tanto para o ensino
fundamental quanto para o ensino médio, deve obrigatoriamente propiciar
oportunidades para o estudo da língua portuguesa, da matemática, do
mundo físico e natural e da realidade social e política, enfatizando-se o
conhecimento do Brasil. Também são áreas curriculares obrigatórias o
ensino da Arte e da Educação Física, necessariamente integradas à
proposta pedagógica. O ensino de pelo menos uma língua estrangeira
moderna passa a se constituir um componente curricular obrigatório, a
partir da quinta série do ensino fundamental (art. 26, § 5o). Quanto ao
ensino religioso, sem onerar as despesas públicas, a LDB manteve a
orientação já adotada pela política educacional brasileira, ou seja,
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas, mas é de
matrícula facultativa, respeitadas as preferências manifestadas pelos
alunos ou por seus responsáveis (art. 33).
- O ensino proposto pela LDB está em função do objetivo maior do ensino
fundamental, que é o de propiciar a todos formação básica para a
cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem
para: “I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida
social” (art. 32).
- Para compreender a natureza dos Parâmetros Curriculares Nacionais, é
necessário situá-los em relação a quatro níveis de concretização
curricular considerando a estrutura do sistema educacional brasileiro.
Tais níveis não representam etapas sequenciais, mas sim amplitudes
distintas da elaboração de propostas curriculares, com responsabilidades
diferentes, que devem buscar uma integração e, ao mesmo tempo,
autonomia.
- Para que se possa discutir uma prática escolar que realmente atinja
seus objetivos, os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam questões
de tratamento didático por área e por ciclo, procurando garantir coerência
entre os pressupostos teóricos, os objetivos e os conteúdos, mediante
sua operacionalização em orientações didáticas e critérios de avaliação.
Em outras palavras, apontam o que e como se pode trabalhar, desde as
séries iniciais, para que se alcancem os objetivos pretendidos. As
propostas curriculares oficiais dos Estados estão organizadas em
disciplinas e/ou áreas. Apenas alguns Municípios optam por princípios
norteadores, eixos ou temas, que visam tratar os conteúdos de modo
interdisciplinar, buscando integrar o cotidiano social com o saber escolar.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, optou-se por um tratamento
específico das áreas, em função da importância instrumental de cada
uma, mas contemplou-se também a integração entre elas. Quanto às
questões sociais relevantes, reafirma-se a necessidade de sua
problematização e análise, incorporando-as como temas transversais. As
questões sociais abordadas são: ética, saúde, meio ambiente, orientação
sexual e pluralidade cultural.
- Quanto ao modo de incorporação desses temas no currículo, propõe-se
um tratamento transversal, tendência que se manifesta em algumas
experiências nacionais e internacionais, em que as questões sociais se
integram na própria concepção teórica das áreas e de seus componentes
curriculares.
- A opção de organização da escolaridade em ciclos, tendência
predominante nas propostas mais atuais, é referendada pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais. A organização em ciclos é uma tentativa de
superar
a segmentação excessiva produzida pelo regime seriado e de buscar
princípios de ordenação que possibilitem maior integração do
conhecimento.
- A adoção de ciclos, pela flexibilidade que permite, possibilita trabalhar
melhor com as diferenças e está plenamente coerente com os
fundamentos psicopedagógicos, com a concepção de conhecimento e da
função da escola que estão explicitados no item Fundamentos dos
Parâmetros
Curriculares Nacionais.
- Ao se considerar que dois ou três anos de escolaridade pertencem a um
único ciclo de ensino e aprendizagem, podem-se definir objetivos e
práticas educativas que permitam aos alunos avançar continuadamente
na concretização das metas do ciclo.
- As diferentes áreas, os conteúdos selecionados em cada uma delas e o
tratamento transversal de questões sociais constituem uma
representação ampla e plural dos campos de conhecimento e de cultura
de nosso tempo, cuja aquisição contribui para o desenvolvimento das
capacidades expressas nos objetivos gerais.
- Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma mudança de
enfoque em relação aos conteúdos curriculares: ao invés de um ensino
em que o conteúdo seja visto como fim em si mesmo, o que se propõe é
um ensino em que o conteúdo seja visto como meio para que os alunos
desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos
bens culturais, sociais e econômicos.
- Neste documento, os conteúdos são abordados em três grandes
categorias: conteúdos conceituais, que envolvem fatos e princípios;
conteúdos procedimentais e conteúdos atitudinais, que envolvem a
abordagem de valores, normas e atitudes.
- Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, os conteúdos referentes a
conceitos, procedimentos, valores, normas e atitudes estão presentes
nos documentos tanto de áreas quanto de Temas Transversais, por
contribuírem para a aquisição das capacidades definidas nos Objetivos
Gerais do Ensino Fundamental. A consciência da importância desses
conteúdos é essencial para garantir-lhes tratamento apropriado, em que
se vise um desenvolvimento amplo, harmônico e equilibrado dos alunos,
tendo em vista sua vinculação à função social da escola. Eles são
apresentados nos blocos de conteúdos e/ou organizações temáticas.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SEGUNDO OS PCNS


- Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental
que os alunos sejam capazes de:

• compreender a cidadania como participação social e política, assim como


exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o
outro
e exigindo para si o mesmo respeito;
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos
e de tomar decisões coletivas;
• conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção
de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
• conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças
culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais;
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;
• desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética,
de interrelação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança
na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
• conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo
com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
• utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e
corporal
— como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo
a diferentes intenções e situações de comunicação;
• saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
• questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

PCNS – TRANSCRIÇÃO DE VÍDEOS E QUESTÕES:

PCNS (FABIANA FIRMINO):


- Vamos ver as principais informações sobre os Pcns, as principais informações
que constam nos concursos, deste importante documento educacional de nosso
país:
- Até 1996, a educação, no país, estava de acordo com a lei 5.692 de 1971; a
tendência tecnicista era a predominante, em total acordo com esta lei, voltada
para o mercado de trabalho; com os Pcns, houve uma reformulação do ensino,
juntamente com a LDB;
- O objetivo central do Pcn está voltado para esta questão de orientação aos
docentes; este documento veio para o apoio ao professor; tece como objetivo
central o exercício da cidadania plena pelos estudantes; outra informação
importante diz respeito à forma como o professor pode trabalhar, há o incentivo
ao trabalho com os projetos uma visão qualitativa ao invés de quantitativa, e, a
perspectiva do trabalho transdisciplinar, trata-se de um documento heterogêneo,
além do respeito à diversidade;
- OS Pcns apresentam a informação de que os conteúdos não devem servir
apenas como transmissão de conhecimentos, e sim como base para uma prática
educativa voltada para a aprendizagem efetiva. Há uma preocupação acentuada
de como os conteúdos são tratados dentro da sala de aula; há a busca da
igualdade entre professor e aluno;

PCNS E PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:


- O Projeto político-pedagógico é o documento que irá nortear todas as
atividades da instituição de ensino, este documento deve estar contextualizado
com o que é pregado pelos Pcns, estes foram a base para a elaboração dos PPP;

TEMAS TRANSVERSAIS DOS PCNS:


- O assunto mais cobrado pelas bancas de concurso em relação aos Pcns diz
respeito aos temas transversais; esses temas foram elaborados para o
desenvolvimento integral do aluno; dentro da organização da disciplina de seu
trabalho pedagógico, o professor deve implementar esses temas dentro de seus
conteúdos, facilitando o processo de conhecimento e de ensino-aprendizagem,
além de efetivar o exercício de cidadania pelos alunos;
- Os Temas Transversais são: Ética; Meio Ambiente; Saúde; Orientação Sexual;
Pluralidade cultural;
- A ética, nos Pcns, é pensada no sentido de desenvolver a autonomia moral do
aluno;
- Meio Ambiente: deve ser trabalhado na perspectiva de prevenção e respeito ao
meio ambiente, ideias de conscientização, valorização e respeito;
- Saúde: deve ser trabalhada pensando na conscientização por hábitos
saudáveis, entrando vários tópicos que podem ser trabalhados;
- Orientação Sexual: deve ser trabalhada para o aluno exercer sua sexualidade
de forma saudável e autônoma;
- Pluralidade Cultual: reconhecer o respeito mútuo pela valorização da
diversidade cultural em nosso país;

AVALIAÇÃO NOS PCNS:


- A avaliação deve ocorrer ao longo dos processos de ensino, ser além do
conceito de “aprovado ou reprovado” a avaliação deve se dar ao longo do
processo de ensino, se trabalhar com projetos, sequências didáticas, de forma
lúdica, e, em perspectiva interdisciplinar, pensando, também, no
desenvolvimento da inclusão; a avaliação passa, então, a ser formativa, que
ocorre ao longo de um processo de ensino;

AUTONOMIA E DIVERSIDADE:
-Estes são temas bem desenvolvidos nos PCNS; a autonomia é tema
amplamente trabalhado, há duas vertentes, nos Pcns, sobre autonomia: a
primeira é sobre se desenvolver o processo de ensino-aprendizagem por parte
do aluno e, também, de ser um elemento de orientação para as práticas
pedagógicas.
- Temos também, a questão da diversidade, que também faz parte do processo
de ensino-aprendizagem; dentro do conteúdo trabalhado, dos métodos, das
técnicas, o professor deve incluir a temática da diversidade, deve ter o respeito à
diversidade, fazendo com que o aluno possa problematizar e refletir sobre essa
questão;

INTERAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO:


- Os Pcns trazem essa questão da interação como algo importante a ser
trabalhado; até antes, não era tematizada essa questão, o ensino era tradicional,
ensino, transmissão e cópia; os Pcns mudam isso, trabalhando a interação no
ambiente educativo, no processo educacional, fazendo com que o aluno possa
saber opinar, dialogar e, desenvolver a capacidade de aprender com as próprias
críticas, a lidar com as críticas no processo de ensino, além de saber atuar
diante de dificuldades;
- Quanto à organização do espaço, ela é fundamental para o desenvolvimento de
todos esses elementos trabalhados nos Pcns; não adianta a sala de aula estar
organizada de modo com que todos estejam enfileirados e não haver a
possibilidade de interação, de questionamento, de poder participar;

IMPORTANTE: OS PCNS NÃO SÃO TORNADOS INVÁLIDOS PELA BNCC,


PERMANECENDO COMO DOCUMENTOS ORIENTADORES.

- Uma característica importante dos Pcns é a sua organização da escolaridade


em ciclos, ainda muito utilizada nas propostas mais atuais.
- Uma de suas funções é orientar e garantir a coerência das políticas de melhoria
da qualidade de ensino;
- Subsídio para apoiar o projeto da escola na elaboração de seu programa
curricular.
- Na avaliação formativa, o principal instrumento é a observação sistemática
pelo professor; o professor traz novos elementos, e observa problemas dos
alunos, visando a sua resolução.
IMPORTANTE: OS PCNS NÃO SÃO DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS, E SIM
DOCUMENTOS ORIENTADORES, QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO

- Os Pcns continuam sendo documentos orientadores e, a Bncc norteia todos os


currículos do sistema de ensino, cada documento tem a sua função;
- Os Pcns também não perdem a sua função diante das Diretrizes Curriculares
Nacionais;

LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO):

Vídeo comentando LDB e exercícios da Fabiana Firmino:

- Prestar atenção nas atualizações da LDB; A LDB trata da Educação escolar,


apesar dos processos educativos abrangerem os processos formativos de
diversos aspectos;
- No Inciso VII do artigo 3, sobre a gestão democrática do Ensino Público, na
forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino, há bancas de concurso que
elaboram questões comentando que essa gestão democrática inclui o ensino
privado, o que não é correto;
- É Dever do Estado ofertar educação gratuita dos 04 aos 17 anos;
- Mudança em 2019, Lei 13.796: Atendimento a alunos por questão religiosa,
mudança no dia, especialmente aos adventistas, que guardam os sábados; O
Enem passou a ser aplicado aos domingos; em caso de atividades escolares aos
sábados os alunos podem faltar às atividades;
- A Educação Escolar é composta por dois níveis: Educação Básica e Educação
Superior;
- A LDB estabelece que a matrícula obrigatória das crianças a partir dos 04 anos
de idade deve ocorrer na escola em menor distância de suas casas;
- O Estado tem obrigatoriedade da oferta de educação gratuita dos 04 aos 17
anos, ou seja, obrigatoriedade do nível da Educação Básica, não abrange o
Ensino Superior;
- O princípio da Gestão democrática é apenas para o Ensino Público;
- Art.14: O Conselho escolar é formado pelos três órgãos colegiados que a
escola dispõe: Conselho Escolar, Conselho de classe e Grêmio estudantil;
envolvem a participação democrática na comunidade escolar;
- O Conselho escolar representa a Gestão democrática dentro de uma escola;
- Valorização da experiência extra-escolar: valorização das vivências do aluno,
do que se aprende fora da escola, o que o aluno traz enquanto conhecimento,
experiências, costumes;
-

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS (PROFESSOR DAVI):

- Tendência é um comportamento ou ideia adotada por um grupo de pessoas;


quando falamos em “tendência pedagógica” falamos em um comportamento
adotado por um grupo pedagógico; no Brasil, as tendências pedagógicas se
comportaram de formas diferentes, ora mais progressistas, ora mais
conservadoras, ora transformadoras; as tendências pedagógicas que iremos
estudar são tendência da Educação Brasileira; as tendências pedagógicas se
dividem em dois grupos: Tendências Liberais e Tendências Progressistas;
- As Tendências Liberais, aqui nesse contexto, tem a ver com processos
educativos que visavam atender ao contexto econômico-social do período;
“Liberal”, aqui, diz respeito ao atendimento dos interesses das classes
dominantes, dos detentores de capital; atendia aos interesses do Liberalismo
econômico; as pedagogias liberais visam preparar o sujeito para a vida em
sociedade, adaptando-o ao modelo da sociedade dividida em classes, pensando
numa formação tecnicista, voltada para a exploração da força de trabalho;
- As tendências progressistas, por sua vez, propõe uma visão crítica da
sociedade, das desigualdades sociais, dar condições de mudanças e
transformação;
- A diferença mais evidente, então, entre essas duas tendências é que as
tendências liberais buscam moldar, preparar o sujeito para a sociedade dividida
em classes, a sociedade de mercado, busca adequar, adaptar os sujeitos; já as
tendências progressistas buscam a educação transformadora, o sujeito ciente
de sua conjuntura, com uma visão crítica e perspectiva transformadora da
sociedade;

TENDÊNCIAS LIBERAIS:
- Nessas tendências, existem quatro principais:
Tradicional; Renovada Progressivista; Renovada não diretiva; Tecnicista;

TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS:
- Existem três principais:
Libertadora; Libertária; Crítico-social dos conteúdos;

Agora, será feito um breve esboço de cada uma dessas pedagogias


(tendências):
TRADICIONAL:
A pedagogia tradicional é a oriunda dos primeiros processos educativos; desde
a educação dos jesuítas, a educação buscou a “transmissão” do
Conhecimento a partir de pessoas que detinham o conhecimento, para outras
que não possuíam esse conhecimento, que “nada” sabiam; ao longo dos anos
essa pedagogia foi disseminada no Brasil; essa pedagogia se refere a um
método tradicional, que remete a métodos um tanto arcaicos, que tem uma
concepção de educação em que o professor é o centro do processo
educacional, ele detém todo o conhecimento, e, o aluno é mero receptor, ele irá
apenas receber o conhecimento; algumas características dessa pedagogia: a
pedagogia tradicional não se preocupa com o que o aluno precisa aprender,
entende que o professor está em posição hierarquicamente superior, é o
transmissor de conhecimento ao aluno, que é uma “tábula rasa”, valoriza os
saberes necessários à adequação social, à adaptação do sujeitos; o conteúdo é
ensinado sem questionamentos, sem problematização dos conteúdos, a
transmissão sem criticidade, verdades epistemológicas absolutas; as relações
entre professores e alunos é vertical, hierarquizada, o professor é o centro do
processo educacional; este processo é homogeneizado, os alunos “aprendem
da mesma forma”; não se considera os tempos e tipos heterogêneos de
educação e a diversidade subjetiva e cognitiva dos aprendizes;
Palavras-chave dessa tendência: professor transmissor de conhecimento; aluno
receptor passivo; autoridade; relação vertical/hierarquizada professor/aluno;
RENOVADA PROGRESSIVISTA:
- No início do século XX, alguns pensadores passaram a questionar a educação;
o que era prioridade no ensino, a forma como o conteúdo era apenas transmitido
e repassado aos alunos; iniciou-se um movimento de renovação da educação; o
movimento de renovação que ocorreu por volta de 1930, trouxe o
questionamento do processo educacional vigente; esse movimento, no Brasil,
foi denominado de “Escola Nova”; a Escola Nova teve como marco principal o
“Manifesto dos pioneiros da educação”, de 1932, assinado por diferentes
pensadores daquele momento: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Tarsila do
Amaral etc. A Pedagogia Renovada Progressivista propunha um
redirecionamento do olhar para o que o estudante precisava aprender; alguns
autores a chamam de Pragmatista (John Dewey); essa pedagogia entende que a
necessidade de aprendizagem deve atender a necessidade de aprender do
estudante; o estudante precisa se desenvolver, “aprender a aprender”, ou seja,
como aprender; um dos principais autores é o John Dewey; a pedagogia
renovada propõe uma autoaprendizagem, o professor é auxiliar do
desenvolvimento do estudante, ele vai auxiliar o estudante no processo de sua
aprendizagem;. Nesse sentido, o ambiente onde o aluno está inserido com o
professor deve ser um ambiente que estimule o aluno aprender a aprender;
porém, embora as necessidades individuais do estudante sejam valorizadas, a a
sua aprendizagem, assim como na pedagogia tradicional, deve estra alinhada à
adequação social do aprendiz, deve ser conformado nos ditames da sociedade
mercantil, de classes;
Palavras-chave da Tendência Renovada Progressivista: Aprender a aprender;
aprender fazendo; autoaprendizagem; John Dewey;

PEDAGOGIA RENOVADA NÃO-DIRETIVA:


- No contexto de pedagogias e tendências, diretivo e não-diretivo refere-se ao
contato do professor com o aluno; se a tendência ou pedagogia for diretiva o
contato do professor-aluno é fundamental, constante; nas renovadas, já há um
afastamento do professor, este mais auxilia do que propriamente ensina; a
Pedagogia Renovada não-diretiva se diferencia da Pedagogia renovada
Progressivista por ser maior o seu foco na questão psicológica, nas emoções,
subjetividade do estudante; há uma preocupação com a formação dos valores,
atitudes, sentimentos dos estudantes, entendendo que a aula que se dá é mais
uma terapia do que uma aula, tratando das questões psicológicas do
estudantes; essa psicologia, inclusive, se forma com um psicólogo clínico, Carl
Rogers; quando se fala em “Pedagogia Renovada”, sempre vai dizer respeito a
uma necessidade de aprender do estudante, aperfeiçoamento; na Renovada não-
diretiva, temos a preocupação com o psicológico e o emocional; quanto mais o
professor se afastar, melhor para a aprendizagem do aluno; o processo
educativo, na Pedagogia renovada não diretiva é entendido como um “ato
interno”, um ato pessoal do aluno; a avaliação perde foco, dá lugar a uma
“autoavaliação”; não-diretiva: valorização de sentimentos;
Palavras-chave da Pedagogia Renovada não-diretiva: Psicológico; Carl Rogers;
emoções, sentimentos; terapia; ambiente facilitador;

Pedagogia Tecnicista:
- A pedagogia tecnicista é a que mais é colocada em concursos; no período da
Ditadura Militar, para atender aos interesses econômicos, políticos e sociais
daquele período, na década de 1960/70, a educação precisou ser reestruturada,
para atender aos interesses conjunturais da época; para a tendência tecnicista, a
educação deve organizar um processo, para que o aluno desenvolva
habilidades, atitudes e conhecimentos, que facilitem e propiciem o
desenvolvimento da máquina social; ou seja, o aluno precisa se desenvolver
para atender aos interesses do capital, do mercado, da exploração da força de
trabalho; então, por isso, a tecnicista tem como foco central a qualificação da
mão de obra para ser explorada no mercado de trabalho; o foco é em processos
de aprendizagem orientados, ou seja, o professor vai estabelecer um processo
de ensino predeterminado e, o aluno vai seguir passo-a-passo o que foi
determinado, e o professor não pode perder o controle do processo, ele é o
condutor de um processo predefinido (por tal motivo, o professor é
compreendido, nessa pedagogia, como um administrador); o docente não pode
abrir mão fazer passo a passo as determinações; o foco da aprendizagem é na
técnica; o aprendizado do aluno é a partir do treinamento; os professores são
profissionais, especialistas.
Palavras-chave da Pedagogia Tecnicista: Treinamento; Skinner (principal autor);
professor administrador, controlador, especialista; controle/operacionalização
do processo; eficiência/eficácia do processo de ensino.

Todas as tendências pedagógicas explanadas até aqui visam o atendimento dos


interesses da sociedade de mercado, a adequação social para o modelo de
sociedade vigente capitalista, portanto, são pedagogias liberais.
PEDAGOGIAS PROGRESSISTAS: Se dividem em três: Pedagogia libertadora,
Libertária e Crítico-social;

TENDÊNCIA PEDAGÓGICA LIBERTADORA (OU FREIREANA):


- É a pedagogia de Paulo Freire, que propõe uma reflexão crítica sobre a
realidade. O indivíduo deve conhecer a sua realidade, ler a sua realidade;
conhecer o seu contexto; o indivíduo inserido em determinado contexto deve
conhecê-lo, para transformar o seu contexto; há forte valorização do aluno e seu
meio, traz consigo uma bagagem epistemológica, traz conhecimentos, vivências,
saberes; valoriza o aluno, o estudante; o aluno não chega em branco, vazio, na
escola; o seu conhecimento é o ponto de partida para a construção do
conhecimento pedagógico; se o conhecimento pedagógico visa atender a
necessidade de aprendizagem do estudante, precisa estar vinculado ao que o
aluno vive, o que ele é; há a valorização do ato O Ato Educativo é um ato
político, fundamentalmente vinculada à sociedade e à política; tem a ver com o
social; o Ensino deve se dar de maneira horizontal, professor e estudante em
condições de igualdade, sem hierarquias; além disso, os saberes são
compartilhados, professor e aluno aprendem no processo educativo; o
professor deve desenvolver uma importante ferramenta pedagógica, o diálogo
(sendo esta uma palavra-chave da tendência pedagógica libertadora ou
freireana); o processo deve ser construído valorizando o estudante e o seu
meio;
Palavras-chave da Pedagogia Libertadora: Paulo Freire; Ato educativo/ato
político; diálogo; valorização dos saberes do educando;

PEDAGOGIA LIBERTÁRIA;
- A pedagogia libertária tem por princípio fundamental o fator de que nem
sempre se faz necessária uma autoridade na educação, eles defendem a
autogestão, a educação deve ser gerenciada por ela mesma; quem faz a
educação precisa se gerenciar; na autogestão se exerce a educação; há a
valorização de tudo o que é coletivo e democrático; por exemplo, o conselho de
escola deve ser democrático, formado por quem faz a escola;
É associada ao anarquismo a pedagogia libertária; a autoridade deve ser abolida
do processo de aprendizagem, o aluno aprende na autogestão e em processos
democráticos de ensino;
Palavras-chave da Pedagogia Libertária: Autogestão; democracia;
horizontalidade; anarquismo;

PEDAGOGIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS (SOCIOCRÍTICA,


SOCIOCULTURAL, SOCIO-HISTÓRICO-CULTURAL):
- É a pedagogia trabalhada e defendida por José Carlos Libâneo; o foco central
dessa pedagogia é o trabalho com os conteúdos; ela entende que os conteúdos
devem ser uma arma de transformação da sociedade; as pedagogias de caráter
progressista libertária e libertadora pretendem transformação social; a crítico-
social também, sendo que o seu enfoque é nos conteúdos; o conteúdo ensinado
precisa ser uma arma que permita ao indivíduo transformar a sua realidade; essa
pedagogia dá mais importância ao conteúdo do que, propriamente, à
metodologia adotada para o ensino; há uma crítica severa sobre a aplicabilidade
e viabilidade de determinado conteúdo; não se deve ensinar conteúdos que não
possam ser úteis na possibilidade de transformação social pelo alunos; As
pedagogias Libertadora e Libertária criticam formas de autoridade; já a crítico-
social não possui esse viés; as pedagogias freireana e anarquista questionam
fortemente o autoritarismo, as formas de autoridade, e, uma liderança; a crítico-
social é muito utilizada nos tempos atuais, é a pedagogia progressista mais
utilizada e viabilidade nos espaços institucionais de aprendizagem (tendo em
vista o confrontamento com o capitalismo que tendências como a Libertadora e
a libertária ocasionam); sobre essas tendências progressistas mais radicais, o
que encontramos, são alguns preceitos, alguns postulados, diluídos em
propostas e documentos educacionais, principalmente a pedagogia libertadora.
Palavras-chave da Pedagogia Crítico-social: Conteúdo como arma de mudança;
Crítica dos conteúdos;

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