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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – FTC – Campus de Jequié

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA 7º Semestre


DISCIPLINA: ESTÁGIO EM FARMÁCIA HOSPITALAR
DOCENTE: ALINE SILVA LIMA MATOS

ERISVALDO ANDRADE SOUSA

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA FARMÁCIA HOSPITALAR

JEQUIÉ-BA
2021
ERISVALDO ANDRADE SOUSA

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA FARMÁCIA HOSPITALAR

Relatório apresentado para fins


avaliativos da disciplina de Estágio
Farmácia Hospitalar, no curso de
Farmácia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências UniFTC - Jequié; ministrado pela
docente: ALINE SILVA LIMA MATOS

JEQUIÉ-BA
2021
Relatório de Estágio em Farmácia Hospitalar apresentado ao curso de
Farmácia da UniFTC.

Período do estágio

DADOS PESSOAIS

Estagiário: Erisvaldo Andrade Sousa

DADOS DA CONCEDENTE

Hospital Perpetuo Socorro

Endereço: Rua Nestor Ribeiro, 343, centro, Jequié-BA

CNPJ: 14.606.321/0001-49

Farmacêutica – Responsável Técnico: Wanelle Layse Silva Ferreira


CRF/ 12635
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2 OBJETIVO.................................................................................................................5
3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................5
4 ATIVIDADES..............................................................................................................7
5 CONCLUSÃO............................................................................................................8
REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

A Farmácia Hospitalar é uma constituição auxiliar, técnico, científico e


administrativo cujas atividades incidem na produção, armazenamento, controle, e
distribuição de medicamentos e materiais hospitalares. Também é responsável por
orientar pacientes internados e ambulatoriais, sempre visando a eficácia do
tratamento e racionalização de custos, e também tem se voltado para o ensino e a
pesquisa, proporcionando assim um amplo campo de atuação. A lei que
regulamenta o exercício profissional das farmácias no serviço hospitalar é a
Resolução nº 300, de 30 de janeiro de 1997. De acordo com a resolução, “Um
hospital-farmácia é uma unidade de gestão técnica operada por profissionais
farmacêuticos e está é funcional e hierarquicamente ligada a todas as atividades do
hospital” (CFF, 1997).
A farmácia é um campo do hospital que precisa de altos valores
orçamentários e o farmacêutico hospitalar deve estar certificado a assumir
atividades clínico-assistenciais, através de informação efetiva na equipe de saúde,
cooperando para a racionalização administrativa com consequente diminuição de
custos. Baseia-se na função de garantir a qualidade da assistência prestada aos
pacientes por meio do uso seguro e razoável de medicamentos e materiais médicos
hospitalares, adequando-os à saúde pessoal e coletiva nos planos de enfermagem,
prevenção, ensino e pesquisa (SILVA, et al. 2013).
Sabemos hoje que a principal função do farmacêutico é prover a atenção
farmacêutica que tem como propósito final, a melhoria da qualidade de vida do
cliente. Um bom farmacêutico deve ter responsabilidade técnica que é o ato da
aplicação dos conhecimentos técnicos e profissionais, cuja responsabilidade
objetiva, está sujeita à sanções de natureza penal, cível e administrativa (ANVISA,
2009).
Também tem que agir em conjunto de ações e serviços que visam assegurar
a assistência integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos
estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados pelo farmacêutico ou sob
sua supervisão. 
Ato exclusivo do farmacêutico por seus conhecimentos adquiridos durante
sua formação acadêmica como perito em medicamento.
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A importância do farmacêutico na qualidade de vida da população tem


aumentado no mundo nos últimos anos em função de uma série de ações voltadas
não mais exclusivamente ao medicamento, e sim também ao paciente que faz uso
deste produto.
O médico não é o único responsável pelo cumprimento correto de uma
farmacoterapia, pois os motivos que afetam a adesão ao tratamento são muitos:
falta de conhecimento sobre a enfermidade e a terapia; aparecimento de reações
indesejáveis; resolução aparentemente rápida do problema; regimes terapêuticos
complexos; tratamentos prolongados (hipertensão, diabetes, etc.); falta de
adaptação ao regime posológico; falta de credibilidade na informação ou no
profissional e outros.
Neste processo, o farmacêutico tem um papel fundamental na investigação do
conhecimento do paciente sobre sua enfermidade e da terapia medicamentosa
envolvida, assim como na orientação junto com outros profissionais da área de
saúde na informação e resolução dos problemas detectados de seus clientes.

2 OBJETIVO

Orelacionadas à dispensação de medicamentos,enfatizando a orientação com


o objetivo de contribuir para o sucesso da terapêutica.
Por meio da assistência farmacêutica,o farmacêutico torna-se
corresponsável pela qualidade de vida do paciente. O farmacêutico é o
profissional que melhores condições reúne para garantir a qualidade de um
medicamento,pois tem a sua formação dirigida ao medicamento.Sem o
farmacêutico,todo o programa de assistência farmacêutica
resultaria,inevitavelmente,em má qualidade.É importante frisar que o
medicamento é de fundamental importância para o paciente,tornando-se um
componente estratégico na terapêutica e na manutenção de melhores condições
de vida.A responsabilidade do farmacêutico é orientar o uso racional de
medicamentos.
O farmacêutico deve exercer assistência auxiliando o paciente quanto ao
modo de usar e ao armazenamento; alertando dos prováveis efeitos colaterais
e interações;informando para não usar medicamentos sem orientação médica
ou por conta própria; se a mulher esti ver grávida ou amamentando, a menos
que o conheça muito bem ou que tenha orientação médica; seguir as
orientações médicas sobre o horário de administração e as restrições na
alimentação,porque os alimentos modificam os seus efeitos;observar se a
embalagem está intacta, se o rótulo está em perfeitas condições, se há
número do lote de fabricação, se há data de validade, se há o lacre
protetor,se há a marca da indústria farmacêutica (logotipo) em todos os
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comprimidos ou cápsulas e se esta marca é igual, se há comprimidos quebrados


ou cápsulas amassadas; informar o paciente se o medicamento que ele vai
usar causa hábito ou vício; informar os perigos da automedicação e de
tratamentos alternativos não científicos; dentre outras orientações.
A população deve ter consciência que o uso irracional de medicamentos,sem
conhecimento,sem informação e sem orientação,aumenta os riscos de reações
indesejáveis e pode agravar a doença e o "bolso".Em suma,a atenção
farmacêutica pode garantir a qualidade e a eficácia do medicamento,orientar
o paciente quanto ao uso correto, aumentar sua aderência ao tratamento
prescrito e prevenir efeitos colaterais ou interações medicamentosas.A
assistência farmacêutica é essencial para orientar o paciente sobre os
cuidados do uso de medicamento, sendo e ste um dos insumos e stratégicos para
a garantia do direito à saúde.
Este relatório destina-se à descrição das atividades desenvolvidas durante o
estágio supervisionado em farmácia hospitalar e tem como objetivo pôr em prática
os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, bem como a aquisição de
novos conhecimentos de natureza prática e que permitam ao estudante adquirir
competências para o exercício da profissão farmacêutica.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

O hospital é uma organização clínica e social, tendo como principal objetivo a


prestação de tratamento e assistência preventiva à população, além de um centro de
formação de recursos humanos e investigação científica (OMS. 2011).
Nessa perspectiva, os hospitais são afetados por diversos fatores, tais como:
características demográficas e epidemiológicas da população-alvo, disponibilidade
de recursos humanos qualificados, financiamento, investimento em saúde e
tecnologia, aspectos socioculturais e jurídicos e serviços Modelo organizacional do
sistema de saúde (VECINA e MALIK, 2007).
A assistência hospitalar (incluindo medicamentos) é regulada pela
complexidade dos serviços que presta e pelas inter-relações entre as atividades
realizadas (GUPTA, et al. 2007).
A farmácia hospitalar é um serviço clínico e auxiliar, com competências
administrativas e de gestão, sendo um dos mais importantes departamentos do
hospital. É responsável pelo fornecimento seguro e razoável de medicamentos e, em
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alguns casos, de materiais médicos e hospitalares, e pode estar vinculado à


orientação clínica e / ou administrativa do departamento ( SBRAFH, 2008).
As atribuições são diversas, abrangendo as atividades gerais do ciclo
assistencial de medicamentos (seleção, programação, aquisição, armazenamento,
distribuição e distribuição de medicamentos e gestão financeira e de recursos
humanos materiais), bem como a utilização de atividades especializadas a ela
relacionadas, tratamento medicamentoso, farmacovigilância, informações sobre
medicamentos, tecnologia de medicamentos) e ensino e pesquisa (BRASIL, 2004).
Atualmente, espera-se que os serviços de farmácia contribuam diretamente
para o resultado da assistência prestada aos pacientes, e não apenas
desempenhem um papel nas atividades de fornecimento de produtos e serviços.
Para isto, é essencial que a estrutura da farmácia seja adequada e os
procedimentos operacionais bem definidos (CASTILHO, et al. 2004).
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4 ATIVIDADES

As visitas técnicas aconteceram no Hospital Perpetuo Socorro, nos dias


05,06,07 do mês de abril de 2021, que tem como responsável técnico a farmacêutica
Wanelle Layse Silva Ferreira, que dispôs de todo apoio no aprendizado.
A farmácia é constituída com diversas prateleiras para acomodações dos
medicamentos, que são organizados por ordem alfabética, onde os que tem controle
especial ficam em armário específico com chave, e outros em geladeiras no caso
dos termolábeis.
Todos os dias são realizadas anotações de temperatura e umidade para
controle, conforme POPS da farmácia.
A reposição é feita a cada três dias afim de evitar o desabastecimento, pois a
farmácia atende, o centro cirúrgico onde dispõe de uma farmácia satélite, também
atende setor de atendimento de urgências e as enfermarias onde as doses são
individualizadas e identificadas com nome de cada paciente diariamente.
Também acompanhei o farmacêutico no controle do estoque e lotes dos
medicamentos de controle especial da portaria 344/98, em planilha específica
divididos em categorias isso ajuda em vários processos como:
 Monitorar a dispensação de medicamentos e substâncias
entorpecentes e psicotrópicas e seus precursores;
 Otimizar o processo de escrituração;
 Permitir o monitoramento de hábitos de prescrição e consumo de
substâncias controladas em determinada região para propor políticas de controle;
 Dinamizar as ações da vigilância sanitária.
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5 CONCLUSÃO

Durante o estágio no Hospital pude prestar, sob supervisão, o


aconselhamento adequado. Esta prática foi essencial para o meu aprendizado.
Quanto à controle e liberação de controlados, aprendi a avaliar a receita médica, a
selecionar os medicamentos correspondentes à prescrição médica. Na dispensa fui
desenvolvendo a capacidade de avaliação dos sintomas.
No meu estágio aprendi a interpretar a receita médica de forma a proceder à
dispensação dos medicamentos de forma correta, segura e eficaz. Visita muito rica
de ensinamentos para meu aprendizado.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Resolução n.º 338b de 6 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de


Assistência Farmacêutica. Conselho Nacional de Saúde. Diário Oficial da
União 2004; 10 maio.         

CASTILHO, S. R, et al. Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil. Rio de


Janeiro: Editora Fiocruz; 2004. 

CFF. Resolução 308 de 1997. Assistência Farmacêutica em farmácias e
drogarias. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/308.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2021.

GUPTA, S.R, et al. Association between hospital size and pharmacy departament
productivity. Am J Health Syst Pharm 2007; 64(9): 937-944.         

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). Comité de Expertos en


Organización de la Asistencia Médica. Función de los hospitales en los programas
de protección de la salud. Ginebra: Ser Inform Tecn OMS.

SILVA, M. J. S. DA et al. Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais


estaduais do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 12, p.
3605–3620, dez. 2013.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR (SBRAFH). Padrões


mínimos em farmácia hospitalar. 2ª Edição. São Paulo: SBRAFH; 2008.         

VECINA N. G.; MALIK A. M. Tendências na assistência hospitalar. Cien Saude


Colet 2007; 12(4):825-839.         

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