Licitações e Contratos
Onde estamos? E para onde vamos?
1ª edição
Todos os direitos reservados.
1ª edição – CONSULTRE, 2021.
Corpo Diretivo
Edna Alexandrina dos Santos – Presidente
Bruno Ahnert – Diretor de Educação Corporativa
Filipe Ahnert – Diretor de Educação a Distância
Kellen Ahnert – Diretora de Gestão de Negócios
Coordenação do projeto
Max Müller Cândido
Capa e diagramação
Hans Christian Saar
Revisão
Miralva Silva
3. ONDE ESTAMOS?
Estamos, no momento, com o que tínhamos antes (a Lei nº 8.666 e
um emaranhado de normas correlatas) e com a nova Lei de Licitações e
Contratos, a Lei nº 14.133/2021. Ou seja, além de lidar com todas as
normas existentes até o momento, que não são poucas, ainda cabe
conviver com a vigência do novo normativo.
Diante deste contexto, penso que não há e nunca haverá um
momento propício para implementar uma nova Lei tão profunda e densa
como esta. Sempre será um momento difícil.
O país está há mais de vinte anos indo e voltando, ou seja, a
realidade econômica e política mediante todas as denúncias de corrupção
e desvios de verbas públicas, nos faz sempre voltar à estaca zero. Assim,
a pandemia talvez seja um bom motivo para se aprovar as mudanças,
muito embora, a “nova Lei” não abarque as situações contratuais
vivenciadas pela presença da pandemia (Covid-19) nos contratos em
vigor, as quais não foram atendidas pelas regras da Lei nº 8.666/93.
O ESTUDO TÉCNICO
PRELIMINAR (ETP) E O TERMO
DE REFERÊNCIA (TR)
ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR (ETP)
O alicerce da contratação pública
A FORMAÇÃO DE PREÇOS E A
PLANILHA DE CUSTOS
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Identificação do mercado e elaboração do orçamento estimativo
3. DISCRICIONARIEDADE E ESPECIFICIDADES
Apesar de altamente recomendada sua implantação, a nova Lei de
Licitações e Contratos atribuiu caráter discricionário[19] para adoção, no
instrumento convocatório, tanto da Conta Vinculada como do Pagamento
pelo Fato Gerador.
Entrementes, reforça ao inovar sobre a possibilidade de suspensão
do pagamento enquanto não comprovada a quitação das obrigações
trabalhistas e em determinar uma garantia adicional[20] para cobertura de
verbas rescisórias:
Art. 121 § 3° Nas contratações de serviços contínuos com regime
de dedicação exclusiva de mão de obra, para assegurar o
cumprimento de obrigações trabalhistas pelo contratado, a
Administração, mediante disposição em edital ou em contrato,
poderá, entre outras medidas:
I - exigir caução, fiança bancária ou contratação de seguro-garantia
com cobertura para verbas rescisórias inadimplidas;
II - condicionar o pagamento à comprovação de quitação das
obrigações trabalhistas vencidas relativas ao contrato;
III - efetuar o depósito de valores em conta vinculada;
IV - em caso de inadimplemento, efetuar diretamente o pagamento
das verbas trabalhistas, que serão deduzidas do pagamento devido
ao contratado;
V - estabelecer que os valores destinados a férias, a décimo terceiro
salário, a ausências legais e a verbas rescisórias dos empregados do
contratado que participarem da execução dos serviços contratados
serão pagos pelo contratante ao contratado somente na ocorrência
do fato gerador.
I – Conta Vinculada
A Conta Vinculada requer que a Administração Contratante realize
Termo de Cooperação Técnica com instituição bancária previamente à
licitação, como também, à licitante vencedora, antes da assinatura do
contrato, formalize junto àquela instituição a abertura de conta corrente
vinculada específica. O instrumento convocatório deve destacar que serão
extraídos da Planilha de Custos e Formação de Preços e depositados
integralmente na Conta Vinculada as rubricas: 13º Salário, Férias e Terço
Constitucional (calculados sobre a Remuneração) sobre os quais incidirão
os Encargos Previdenciários, FGTS e Outras Contribuições e, a Multa
Rescisória do FGTS por Demissão sem Justa Causa[21]. Informar que esses
valores somente serão liberados na ocorrência dessas rubricas, por evento,
mediante solicitação da Contratada ao Contratante que, por sua vez,
autorizará a transferência do correspondente valor junto instituição
bancária.
Merece destaque a inserção na Lei nº 14.133/21 de que os valores
depositados na Conta Vinculada passaram a ser impenhoráveis:
Art. 121. § 3° Nas contratações de serviços contínuos com regime
de dedicação exclusiva de mão de obra, para assegurar o
cumprimento de obrigações trabalhistas pelo contratado, a
Administração, mediante disposição em edital ou em contrato,
poderá, entre outras medidas:
III - efetuar o depósito de valores em conta vinculada;
§ 4° Os valores depositados na conta vinculada a que se refere o
inciso III do § 3° deste artigo são absolutamente impenhoráveis.
Esse dispositivo legal supriu uma enorme fragilidade da Conta
Vinculada. Não raras vezes, ao apurar-se créditos pendentes da empresa
em contratos com a Administração Pública (via SIAFI[22], por exemplo),
determinava-se o resgate dos saldos das contas vinculadas (e garantias
contratuais) para o cumprimento sentenças trabalhistas acionadas pelos
empregados da contratada, desestruturando todo o processo de controle e
segurança jurídica assegurados por esse mecanismo.
Ressalta-se que as rubricas mencionadas não poderão ser inferiores
ao que as normas relacionadas determinam. Esse é outro tópico essencial
que terá que constar na fase de planejamento para validação da proposta e
do contrato. A título exemplificativo, seguem os percentuais
correspondentes:
CUSTOS CONDICIONADOS AO
CUSTOS FIXOS MENSAIS
FATO GERADOR
1 – MÓDULO 1: Composição da
Remuneração 1 – SUBMÓDULO 2.1: 13º (décimo
2 – SUBMÓDULO 2.2: Encargos terceiro) salário, férias + 1/3 (um
Previdenciários, FGTS e outras terço) de férias
contribuições
3 – SUBMÓDULO 2.3: Benefícios 2 – MÓDULO 3: Provisão para
Mensais e Diários Rescisão
4 – SUBMÓDULO 4.2: Substituto na 3 – SUBMÓDULO 4.1: Substituto
Intrajornada (se ocorrer) nas Ausências Legais
5 – MÓDULO 45: Insumos Diversos 6 – MÓDULO 6: Custos Indiretos,
6 – MÓDULO 6: Custos Indiretos, Tributos e Lucros (incidentes sobre
Tributos e Lucros (incidentes sobre os os custos acima quando um deles
curtos acima) ocorrer)
5. CONCLUSÃO
A inclusão na Lei nº 14.133/21 da Conta Vinculada e do Pagamento
pelo Fato Gerador na função de tratamento de riscos para contratos com
dedicação exclusiva de mão de obra, representa uma evolução qualitativa
imprescindível que será validada com o passar dos anos.
Além dos resultados objetivos, regularidade previdenciária e
trabalhista da empresa contratada e de seus empregados, como também,
respaldo da Administração Pública da responsabilização solidária ou
subsidiária, aperfeiçoaremos as ações de planejamento, contratação e
gestão contratual. Reflexamente desenvolveremos a cultura da fiscalização
pontual, a coletânea de dados estatísticos, qualitativos e quantitativos para
futuras contratações, a valorização e importância dos agentes de
fiscalização dos contratos; o aperfeiçoamento da gestão de riscos em todas
as fases da contratação; a seletividade do mercado fornecedor e parâmetros
concisos de exequibilidade dos contratos.
.
ANÁLISE DA EXEQUIBILIDADE DA
PLANILHA EM CONTRATOS DE
TERCEIRIZAÇÃO
Critérios e parâmetros que não podem faltar no Instrumento
Convocatório
1. O QUE É EXEQUIBILIDADE?
Uma proposta exequível é a que atende plenamente as condições de
execução do contrato e, por justo preço, a Administração verá satisfeita
sua necessidade.
Apoia-se na análise comparativa entre a correspondência do
conteúdo do projeto básico ou termo de referência vinculado ao orçamento
estimado pela administração com a proposta final, apresentada pelo
licitante melhor classificado, restando à Administração concluir pela
aceitabilidade da proposta, abarcado por esses dois fatores: objeto e preço.
A licitação do tipo “menor preço” objetiva a seleção da proposta
mais vantajosa, desde que cumpra as especificações do edital e apresente o
menor preço – relação “menor custo x maior benefício”; nessa linha
manifesta-se o Tribunal de Contas da União:
[...] o conceito da proposta mais vantajosa, inserido no caput do
artigo 3º da Lei n. 8.666/1993[32], não se confunde com o de "mais
barato", visto que sua compreensão pressuporia o atendimento das
exigências constitucionais de economicidade e eficiência; em
seguida, ampara o entendimento nos ensinamentos de Antônio
Carlos Cintra do Amaral, textualmente: É comum considerar-se
que a maior vantagem para a Administração está sempre no menor
preço. Isso reflete o entendimento, equivocado, de que a lei
consagra a tese de que o mais barato é sempre o melhor, sem
contemplação com a técnica e a qualidade. Esse entendimento não
corresponde ao disposto na Lei 8.666/93 e conflita com os
princípios da razoabilidade, eficiência e economicidade, que regem
os atos administrativos, inclusive os procedimentos licitatórios.‘
(Acórdão 1978/2009-TCU– Plenário. Relator: Ministro Marcos
Bemquerer Costa)
2. ANÁLISE DA EXEQUIBILIDADE:
I – Contexto Básico
a) O edital deverá estabelecer de modo claro e aferível, quais serão
os critérios de análise da exequibilidade aplicáveis, na fase de
julgamento da proposta, sobre a licitante melhor classificada e
como esta deverá comprovar seus custos e preços.
A desclassificação de proposta por inexequibilidade deve ocorrer a
partir de critérios previamente estabelecidos e estar devidamente
motivada no processo, franqueada ao licitante a oportunidade de
demonstrar a exequibilidade da proposta e a sua capacidade de
bem executar os serviços, nos termos e nas condições exigidos pelo
instrumento convocatório, antes de a Administração exarar sua
decisão. (Acórdão 1092/2013-TCU-Plenário; Relator: Ministro
Raimundo Carreiro)
A proposta de licitante com margem de lucro mínima ou sem
margem de lucro não conduz, necessariamente, à inexequibilidade,
pois tal fato depende da estratégia comercial da empresa. A
desclassificação por inexequibilidade deve ser objetivamente
demonstrada, a partir de critérios previamente publicados, após
dar à licitante a oportunidade de demonstrar a exequibilidade de
sua proposta. (Acórdão 3092/2014-TCU-Plenário; Relator:
Ministro Bruno Dantas)
4. CONCLUSÃO
Realizadas as diligências, constatadas as provas e documentações
apresentadas pelo licitante; o pregoeiro (a) exercerá o juízo de
admissibilidade para aceitação ou não da proposta, provido de
materialidade necessária e suficiente para contratar ou desclassificar a
concorrente.
CAPÍTULO III:
O PREGÃO E O DIÁLOGO
COMPETITIVO
PREGÃO
Principais mudanças com o novo marco regulatório
Vale reforçar que a Nova Lei de Licitações traz, como ponto basilar,
o princípio da virtualização dos atos da licitação. Neste sentido, a
recomendação é fazer uma adequação, ainda que gradual, para utilizar o
pregão presencial como exceção.
A CONTRATAÇÃO DIRETA
DISPENSA DE LICITAÇÃO
Novos limites e mais agilidade procedimental
QUANTIDADE DE COMPRAS
HOMOLOGADAS 514.616
QUANTIDADE DE
FORNECEDORES
HOMOLOGADOS
137.229
QUANTIDADE DE
FORNECEDORES ME/EPP
HOMOLOGADOS
57.505
COMPRAS HOMOLOGADAS POR MODALIDADE
DISPENSA DE LICITAÇÃO
316.789
PREGÃO 133.357
INEXIGIBILIDADE DE
LICITAÇÃO 61.800
Dados extraídos do Painel de Compras do Governo Federal em 12/03/2021
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Na recente história das Contratações de Bens e Serviços de
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na Administração
Pública, podemos resumir que nas décadas passadas (2000 a 2020)
tivemos as maiores realizações de aquisição de bens e serviços de
tecnologia na Administração. São inúmeros processos para atender as
demandas de novas soluções que a cada dia surgem no mercado.
Observe que o tema é vasto e transversal, assim, podendo-se
perfeitamente dividir o tema em três segmentos: (i) tecnologia no sentido
geral, como sinônimo de métodos, técnicas, processos em quaisquer
ambientes da atividade humana, (ii) informação no sentido de
conhecimento e (iii) a comunicação como meio de transmitir a informação.
Desta forma, as contratações de bens serviços de TIC por serem
muito diversificadas, trouxeram diversos tipos de problemas na execução
dos contratos. Pois bem, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou à
época diversos levantamentos para avaliar o nível de Governança de TI
nas instituições federais, tendo identificado várias incoerências, estas em
razão do modelo de contratação adotado, em que se contratava uma única
empresa para realizar todos os tipos de serviços, e muitas vezes pagando-
se por hora trabalhada[65]. Do resultado desse levantamento feito pelo TCU
surge um novo modelo de contratações de TI, que passa a ser aferido e
pago conforme o resultado obtido.
O que a Administração Pública fez diante deste panorama? Instituiu
alguns normativos decorrentes dessas fiscalizações, surgindo assim, as
instruções normativas da Secretaria de Tecnologia e Informação do
Ministério do Planejamento, atual Ministério da Economia, sendo essas IN
nº 04/2008 e nº 04/2010 e posteriormente nº 04/2014.
Todas essas instruções ao longo do tempo passaram por outras
revisões e atualmente o panorama contempla as seguintes normas[66]:
Instrução Normativa SGD/ME nº 05/2021; nº 01/2019 com alterações pela
IN/SGD/ME nº 202 e recentemente pela Instrução normativa nº 31, de 23
de março de 2021. Dentre as alterações dispostas foi inserido o parágrafo
terceiro exigindo dos órgãos e entidades a “aprovação prévia dos processos
que ensejarem a formação de atas de registro de preços de serviços de TIC
passíveis de adesão por parte de órgãos ou entidades não participantes”.
As instruções normativas citadas detalham os procedimentos a serem
realizados neste tipo de contratação, em busca de uma padronização.
Essas legislações têm o objetivo de disciplinar o modelo de
contratação na área de Tecnologia da Informação, exigindo dos gestores
um amplo conhecimento técnico a fim de modelar esses contratos.
Vale ressaltar que a grande preocupação dessas novas modelagens se
concentra na fase de planejamento, em que são definidas as diretrizes das
contratações com intuito de adquirir bens e serviços que possibilitem
maior eficiência e resultados.
Assim, a referida IN nº 01[67] vem robusta de definições que vão
desde “Requisitos”; “Nível de Riscos”; “Estudo Técnico Preliminar da
Contratação”; “Processo de negócio”; até as definições de “Gestores” e
“Fiscais” da Contratação. Nesse conjunto de regras são disciplinadas as
contratações, inclusive a sua Programação Estratégica[68], prevendo o Plano
Anual de Contratações seguindo todas as etapas do processo, desde o
planejamento, seleção e contratação.
Destaca-se na alteração recente da IN nº 01/2019 pela IN nº 31/2021
quanto ao tema relativo à estimativa de preços, a qual exige:
Que ela seja realizada pelo Integrante Técnico com o apoio do
Integrante Administrativo;
Orçamento detalhado, composta por preços unitários;
Seguir a Instrução Normativa SEGES/ME nº 73/2020.
Bem, a Lei nº 8.666/1993 não traz capítulo específico sobre esse tipo
de contratação, mas ao contrário disso, o que fez a Lei nº 14.133/2021[69]?
A nova lei insere o tema tecnologia em vários momentos no texto, a
saber:
A possibilidade de inovações tecnológicas pelo contratado na
Contratação Integrada;
A instituição de sistema informatizado de acompanhamento de
obras;
A adoção gradativa de tecnologias e processos integrados, como
por exemplo, o instituto da preferência (margem de preferência)
e possível restrição nas licitações (bens manufaturados e
serviços) nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação
tecnológica no País.
Para fins de esclarecimento, ressalta-se que a IN nº 01/2020 define
solução de TIC como um “conjunto de bens e/ou serviços que apoiam
processos de negócio, mediante a conjugação de recursos, processos e
técnicas utilizados para obter, processar, armazenar, disseminar e fazer uso
de informações”.
Correlacionando o novo texto legal com a definição de solução de
TIC trazida pela IN, percebe-se que as inovações tecnológicas e a
implementação de sistemas na administração, fazem parte de uma solução
que remete à necessidade de Planejamento, de forma específica.
Outros pontos correlacionados com a matéria “tecnologia”, são: a) a
criação de uma modalidade de licitação (diálogo competitivo) restrita a
contratações de objeto que envolva inovação tecnológica ou técnica; b) a
licitação com critério de técnica e preço para serviços majoritariamente
dependentes de tecnologia sofisticada e de domínio restrito e bens e
serviços especiais; c) possibilidade de cessão de direitos patrimoniais para
a Administração nas contratações de projetos ou de serviços técnicos
especializados de desenvolvimento de programas e aplicações de internet
para computadores, máquinas, equipamentos e dispositivos de tratamento e
de comunicação da informação (software).
Ou seja, a Lei nº 14.133/2021 inseriu vários temas circundantes das
contratações que envolvem tecnologia no texto legal, que somando-se a
esses novos paradigmas, não foi estabelecido no projeto um modelo de
contratação de TIC, nos termos apresentados nas instruções normativas.
Desta forma, para resumir o tema, serão tratados aqui alguns
assuntos importantes como:
As novas formas de contratar soluções de TIC, entendendo estas
conforme definição citada acima.
A Contratação de Soluções de TIC com foco na mensuração de
resultados (IMR), lembrando que neste ponto é o ETP que
estabelece os resultados pretendidos.
A nova Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, que não foi
referenciada no texto da Lei nº 14.133/2021, mas que
repercutirá em todas as contratações de bens, serviços e obras
que em algum nível tratem dados pessoais, além das
contratações que envolvam a segurança da Tecnologia da
informação, especialmente no que se refere à Segurança da
Informação.
1. A CONTRATAÇÃO INTEGRADA
O inciso XXXII do art. 6º da Lei nº 14.133/2021 define contratação
integrada como:
Regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o
contratado é responsável por elaborar e desenvolver os projetos
básicos e executivos, executar obras e serviços de engenharia,
fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem,
teste, pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes
para a entrega final do objeto.[92]
2. CONTRATAÇÃO SEMI-INTEGRADA
O inciso XXXIII do mesmo art. 6º define contratação semi-integrada
como:
Regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o
contratado é responsável por elaborar e desenvolver o projeto
executivo, executar obras e serviços de engenharia, fornecer bens
ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-
operação e as demais operações necessárias e suficientes para a
entrega final do objeto.[93]
5. ALOCAÇÃO DE RISCOS
Um evento incerto ou conjunto de circunstâncias imprevistas
recebem o nome de Risco. Caso ocorra, terá efeito positivo (oportunidade)
ou negativo (ameaça) em um ou mais objetivos do projeto. É um processo
inevitável e incontrolável.
O risco inerente pode ser conceituado como aquele intrínseco à
atividade que está sendo realizada. Se o risco inerente estiver em um nível
não aceitável para a organização, controles internos devem ser
implementados pelos gestores para mitigar esses riscos.
Uma obra ou serviço de engenharia a ser executado, necessita de
uma gestão apropriada do Contrato Administrativo, celebrado entre um
ente da Administração Pública e um particular, incluído a análise de risco
e a matriz de risco.
As obras e serviços de engenharia seguem normalmente um
sequenciamento determinado pela legislação e pela técnica, que vai desde
seu estudo de viabilidade técnica até a conclusão do objeto em face do
encerramento das atividades com o Recebimento Definitivo.
Durante a execução das diversas fases, emergem frequentemente
irregularidades e falhas, as quais são alvo de pesquisas acadêmicas e de
análises em auditorias dos órgãos de controle da Administração Pública,
ressaltando haver correlação entre as suas ocorrências e a falta de
planejamento em gestão dos contratos administrativos de obras.
Qualquer decisão do projeto, da atividade da equipe ou de nova
etapa possui um nível de risco embutido, ou seja, existe a chance de um
problema se concretizar e gerar um efeito negativo.
A Lei nº 14.133/21 exige que a Administração, ao final da fase
preparatória, produza análise de riscos para todas as suas licitações,
inclusive para aquelas com objetos simples e usuais.
Assim sendo, o edital poderá contemplar matriz de alocação de
riscos entre o contratante e o contratado, hipótese em que o cálculo do
valor estimado da contratação poderá considerar taxa de risco compatível
com o objeto da licitação e os riscos atribuídos ao contratado, de acordo
com metodologia predefinida pelo ente federativo.
Quando a contratação se referir a obras e serviços de grande vulto
ou forem adotados os regimes de contratação integrada e semi-
integrada, o edital obrigatoriamente deverá contemplar matriz de
alocação de riscos entre o contratante e o contratado[101]
MATRIZ DE RISCO
Instrumento que define a Elemento essencial para a caracterização do
repartição objetiva de objeto e das respectivas responsabilidades
responsabilidades contratuais
contratuais entre o
contratante e o contratado Elemento essencial para o dimensionamento
oriundo de eventos e fatos das propostas pelos proponentes
supervenientes à
Elemento essencial e obrigatório dos projetos
contratação de engenharia
Prestígio aos princípios da segurança jurídica, da isonomia, do julgamento
objetivo, da eficiência e da obtenção da melhor proposta.
Quadro adaptado – Ac. 1510/2013 – TCU-PL
6. ALTERAÇÃO DO CONTRATO
Contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou
entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo
de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Alteração do contrato administrativo é a mudança do conteúdo do
mesmo, promulgada após a sua assinatura, em face de acréscimos,
supressões ou simples modificações, alterando o seu conteúdo. O
instrumento que altera as condições do contrato é denominado termo
aditivo ou simplesmente aditivo ou aditamento.
Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada ou semi-
integrada, é vedada a alteração dos valores contratuais, exceto em casos
específicos previstos no Art. 132 da Lei nº 14.133/21.
As mudanças do contrato podem se dar por:
1) Alteração unilateral do contrato decorre apenas da vontade da
administração e é formalizada por decreto, ordem de serviço ou
outro instrumento de mesma natureza;
2) Alteração consensual do contrato decorre da vontade de ambas
as partes e é formalizada mediante aditamento contratual.
Dentre as limitações pertinentes às alterações unilaterais, cabe
mencionar o Decreto Federal nº 7.983/2010, que estabelece:
Se o contrato não contemplar preços unitário para obras ou serviços
cujo aditamento se fizer necessário, esses serão fixados por meio da
aplicação da relação geral entre os valores da proposta e o do
orçamento-base da Administração sobre os preços referenciais onde
mercado vigentes na data do aditamento, respeitados os limites
estabelecidos no artigo nº 125 da Lei nº 14.133/21.
COMPRAS (BENS) E SERVIÇOS
Principais inovações e o Sistema de Registro de Preços (SRP)
I – Diretrizes principais
No capítulo especial “das Compras” algumas regras já dispostas na
Lei atual (8.666/93) se repetem na NLLC. Entretanto, para melhor
visualização das regras dispostas, constam assim, de forma resumida as
diretrizes abaixo:
a) Observância primordial quanto a fase de planejamento[107];
b) Realização da estimativa prévia com base no consumo anual e
em técnicas quantitativas, conforme inciso III do artigo 40[108],
“admitido o fornecimento contínuo” e para tanto é
imprescindível o planejamento.
c) Observância quanto às questões dos valores dos pagamentos que
devem ser semelhantes às do setor privado;
d) Realizar aquisições por meio do sistema de registro de preços,
conforme o caso;
e) Observar as condições de guarda e armazenamento;
f) Atendimento aos princípios de padronização;
g) Atentar para a possibilidade de parcelamento do objeto;
h) Verificar a responsabilidade fiscal (comparar o valor da despesa
estimada com o previsto no orçamento);
i) Recebimento provisório e definitivo;
j) Instituição de centrais de compras pelos entes federativos.
A questão da “responsabilidade fiscal” acima descrita e prevista no
art. 40, V, “c” da NLLC estava contida com redação diferenciada na Lei nº
8.666/93 em seu artigo 14, ao afirmar que “nenhuma compra será feita sem
a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos
orçamentários para seu pagamento” (…). Quanto ao último item este sim,
é uma grande novidade: a criação de centrais de compras pelos entes
federativos, é regra nova expressa na Lei de Licitações.
Surge ainda como grande inovação o prazo de duração dos contratos,
inclusive para contratos de fornecimento de bens e serviços nos termos do
arts. 106 e 107,[109] esses exigem alguns requisitos, para essa escolha. De
forma que, não basta querer celebrar o contrato por 5 anos e prorrogá-los
por mais 5 anos (vigência decenal) nos termos da Lei. Para tanto, deve-se
atentar:
1) A previsão em edital;
2) Existência de créditos orçamentários e comprovação da
vantajosidade pela autoridade competente;
3) Possibilidade de negociação com o contratado ou a extinção
contratual.
Observa-se ainda que nos contratos de fornecimento contínuo é
possível a exigência de garantia (contratos de fornecimento com vigência
superior a 1 um ano) e nestes casos, a cada prorrogação, será utilizado o
valor anual do contrato para aplicação do percentual.
3. CONCLUSÃO
De uma forma geral percebe-se que as regras para as contratações
sejam de bens ou serviços, acabam se delineando em função da
necessidade do objeto, assim, compreender a definição do objeto, a
solução que se deseja adquirir, e todas as especificações e características,
acabam por trazer uma serie de discussões entre os atores da contratação.
Observa-se que a área requisitante detém a grande responsabilidade
de elaborar o TR com exatidão, mas, para isso, algumas diretrizes deverão
ser observadas. Como a divisibilidade ou não do objeto ou não, a aquisição
em itens e lotes, a solução como um todo, a característica exclusiva, as
quantidades estimadas e demais informações precisam de um estudo
prévio, este denominado de Estudo Técnico Preliminar.
Esses estudos demandam reuniões e discussões na fase de
planejamento da contratação, conforme afirma Furtado[123], abaixo:
(…) diante de tanta legislação e urgência das demandas, os
executores se veem confusos para tomar decisões que extrapolam,
muitas vezes, a sua área de atuação. Daí se faz necessário ter uma
equipe preparada para discutir as diretrizes da contratação
juntamente com área demandante, que, na maioria das vezes, não
conhece os trâmites jurídicos que envolvem o processo.
Vale dizer que no contrato por escopo, inexistindo motivos para sua
rescisão ou anulação, a extinção do ajuste somente se opera com a
conclusão do objeto e o seu recebimento pela Administração,
diferentemente dos ajustes por tempo determinado, nos quais o prazo
constitui elemento essencial e imprescindível para a consecução ou a
eficácia do objeto avençado.
2. SERVIÇOS CONTINUADOS[128]
A natureza contínua de um serviço não pode ser definida de forma
genérica. Deve-se observar as peculiaridades de cada necessidade que leva
à contratação indireta desse serviço.
O que caracteriza o caráter contínuo de um determinado serviço é
sua essencialidade para assegurar a integridade do patrimônio público de
forma rotineira e permanente ou para manter o funcionamento das
atividades finalísticas do ente administrativo, de modo que sua interrupção
possa comprometer a prestação de um serviço público ou o cumprimento
da missão institucional[129].
I – Os serviços na prática.
Os serviços contínuos podem ser com ou sem dedicação exclusiva
de mão de obra, cuja opção se encontrará diretamente relacionada à
imprescindibilidade do objeto para contratante específico. Por exemplo:
serviços de manutenção de condicionadores de ar; a melhor alternativa
dependerá da quantidade de aparelhos instalados, onde será demonstrado
economicamente a vantagem entre expedições de ordens de serviços para
reparo e manutenção ou, a disposição contínua dos técnicos nas
dependências do contratante em virtude do extenso número de
condicionadores de ar que inviabilizaria a primeira alternativa. O mesmo
se daria numa manutenção de elevadores, desta feita agravada pela
atividade fim do próprio contratante quando se compara a
imprescindibilidade do serviço para um órgão administrativo e para um
hospital geral público.
Podemos, então, definir:
a) Serviços contínuos sem dedicação exclusiva de mão de
obra: serviços realizados de forma contínua, mas sem a
necessidade da Contratada manter em período integral e de
forma exclusiva, os funcionários à disposição da
Administração para que executem tarefas de seu interesse.
b) Serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de
obra: serviços nos quais há cessão de mão-de-obra pela
Contratada, ou seja, se faz necessário que ela mantenha, em
período integral e de forma exclusiva, funcionários à
disposição da Administração, para que executem tarefas de
seu interesse. Tem como características[130]:
1) Os empregados do contratado fiquem à
disposição nas dependências do contratante
para a prestação dos serviços;
2) O contratado não compartilhe os recursos
humanos e materiais disponíveis de uma
contratação para execução simultânea de
outros contratos;
3) O contratado possibilite a fiscalização pelo
contratante quanto à distribuição, controle e
supervisão dos recursos humanos alocados
aos seus contratos;
Via de regra, contratos com dedicação exclusiva se amoldam para
serviços contínuos, mas podem ocorrer, também, nos serviços por escopo.
Exemplificando:
Determinada Prefeitura de acordo com o seu Programa “Sistema
Eletrônico Documental”; já encerradas as Etapas “I -Desenvolvimento da
Solução” e “II - Programa de Desenvolvimento e Implantação do Sistema
DocDigital”, resta a execução da Etapa “III – Digitalização de Processos e
Documentos”.
Para esse fim, torna-se necessário a contratação de empresa
especializada em digitalização de processos e documentos com
fornecimento de mão de obra qualificada que, nas dependências da
Prefeitura, se responsabilizará pela digitalização de 87.000 processos e
documentos administrativos. Como parte da solução integrada, durante a
Etapa III paralelamente será proporcionado treinamento e certificado aos
servidores sobre digitalização de processos e documentos utilizando o
sistema DocDigital, de forma que, implantados os protocolos de
digitalização documental e encerrada a Etapa III, a Prefeitura será
autossuficiente na gestão documental extinguindo a necessidade da
terceirização, resultando no encerramento do Programa “Sistema
Eletrônico Documental”. Note-se que as três etapas do programa são
serviços não continuados ou por escopo cujo objeto está vinculado à
entrega da solução (análise estrutural, programa do sistema e digitalização
documental com treinamento) sendo que a última etapa exige a contratação
com mão de obra com dedicação exclusiva.
I – Vigência.
Para serviços e fornecimentos contínuos poderão ser celebrados
contratos com prazo de até 5 (cinco) anos atendidas as seguintes diretrizes:
atesto da vantajosidade econômica, da existência de créditos orçamentários
a cada exercício e, quando superior a 1 (um) exercício financeiro, a
necessária previsão no plano plurianual. Esses contratos poderão ser
prorrogados por até mais 5 (cinco) anos com as devidas justificativas e
fundamentações.
A extinção do contrato poderá ocorrer sem ônus quando a
Administração não dispuser de créditos orçamentários ou quando o
contrato não mais lhe oferecer vantagem; sob a condição de ocorrer, no
mínimo, dois meses antes de se completar a data de aniversário do
contrato.
Contratos de fornecimento ou serviços com vigência de 10 anos
consecutivos são aqueles relacionados aos casos de dispensa de licitação
mencionados no art. 75, previstos nas alíneas “f” e “g” do inciso IV e nos
incisos V, VI, XII e XVI do caput daquele artigo que envolvem: alta
complexidade tecnológica e defesa nacional; materiais de uso das Forças
Armadas por necessidade de padronização; incentivos à inovação e à
pesquisa científica e tecnológica (ICTs); contratações que possam acarretar
comprometimento da segurança nacional; contratação em que houver
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o SUS e para
aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de insumos
estratégicos para a saúde produzidos por fundação que tenha por finalidade
apoiar órgão da Administração direta autárquica ou fundacional.
Em alinhamento com a Orientação Normativa AGU 36/11[131], o art.
109 da Lei nº 14.133/21, prevê a vigência por prazo indeterminado nos
contratos em que a Administração seja usuária de serviço público
oferecido em regime de monopólio, desde que comprovada, a cada
exercício financeiro, a existência de créditos orçamentários vinculados à
contratação.
Ainda, no art. 114 temos o contrato com vigência máxima de 15
(quinze) anos relacionado à tecnologia da informação cujo objeto se
destina a operação continuada de sistemas estruturantes, o que atenua os
impactos negativos de migração de tecnologia, permite um planejamento
mais consolidado reduzindo gastos públicos e manutenção da
economicidade e eficiência desses contratos.
II – Prorrogação.
Condição obrigatória à prorrogação contratual é a verificação da
regularidade fiscal do contratado, consulta ao Cadastro Nacional de
Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e ao Cadastro Nacional de
Empresas Punidas (Cnep), devendo ser emitidas as certidões negativas de
inidoneidade, de impedimento e de débitos trabalhistas e juntá-las ao
respectivo processo.
Chamam atenção três abordagens da Lei nº 14.133/21 relacionados à
prorrogação:
a) Contratações emergenciais têm prazo máximo de 1 (ano)
vedada a prorrogação desse período[132];
b) Atas de Registro de Preços com vigência de 1 (um) ano,
prorrogável por igual período[133];
c) Ao declarar a nulidade do contrato com vistas à
continuidade da atividade administrativa, a autoridade
competente poderá decidir que ela só tenha eficácia em
momento futuro, suficiente para efetuar nova contratação,
por prazo de até 6 (seis) meses, prorrogável uma única vez.
[134]
IV – Aditamento e Apostilamento.
Apostilar é registrar, fazer anotação nos autos do processo
administrativo de que determinada condição do contrato foi atendida, sem
ser necessário firmar termo aditivo. Porém, quando houver alteração nas
condições e cláusulas do contrato firmar-se termo aditivo, caracterizado
pela inclusão de algo novo e que não constava no instrumento do contrato
ou na exclusão de algo já previsto, ou seja, serve para materializar uma
alteração contratual.
Sobre a aplicação dos institutos, Marçal Justen Filho[137], preleciona:
Quando se tratar de reajuste contratual, é dispensável a alteração
bilateral. Afinal, o reajuste está previsto e disciplinado no
instrumento. Rigorosamente, aplicar o reajuste é cumprir o contrato
e não alterá-lo. A Administração pode (e deve) promover o
pagamento dos valores correspondentes ao reajuste, de modo
automático, independentemente de “alteração contratual”. A
formalização do reajuste se faz por mero apostilamento no
instrumento contratual. Ou seja, não é necessária a participação do
particular para tanto. O apostilamento consiste na inscrição no
instrumento contratual, por atuação exclusiva da Administração, da
notícia da ocorrência do reajuste, com a indicação dos novos
valores contratuais.
O mesmo se diga com outras modificações de valores a serem
pagos, tal como previsto no § 8°[138], que devem ocorrer por
simples apostilamento.
V – Garantia contratual.
Com capítulo específico - arts. 96 a 102 da Lei nº 14.133/21 -
mantida a discricionariedade da sua exigibilidade pela autoridade
competente, as garantias contratuais apresentam-se mais racionalizadas,
com destaque para
a) obrigação da contratada notificar os emitentes das garantias
quando do início do processo administrativo para apuração
de descumprimento de cláusulas contratuais[142];
b) para obras e serviços de engenharia a possibilidade exigir
prestação da garantia na modalidade seguro-garantia e
assunção do objeto do contrato pela seguradora no caso de
inadimplemento do contratado.
Quanto às espécies permanecem a caução em dinheiro, título da
dívida pública, seguro garantia e fiança bancária.
Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos, a garantia
poderá ser de até 5% (cinco por cento) do valor inicial do contrato,
autorizada a majoração desse percentual para até 10% (dez por cento),
desde que justificada mediante análise da complexidade técnica e dos
riscos envolvidos. Tratando-se de serviços contínuos com regime de
dedicação exclusiva de mão a obra a garantia poderá ser utilizada,
também, para cobertura de verbas rescisórias inadimplidas pela contratada.
VI – Seguro-garantia.
Destaque especial foi dado ao seguro-garantia ao estabelecer o prazo
mínimo de 1 (um) mês para sua apresentação tendo por início a data da
homologação da licitação e por limite, antes da assinatura do contrato. Sua
apólice deverá cobrir inclusive multas, prejuízos e indenizações
decorrentes de inadimplemento atendendo as seguintes condições:
a) Prazo de vigência igual ou superior ao prazo do contrato
principal e quando alterado instruir com notificação e
correspondente endosso da seguradora;
b) Mesmo que a contratada atrase o pagamento do prêmio[143]
o seguro-garantia continuará em vigor
Especificamente na contratação de obras e serviços de engenharia
poderá ser exigida garantia na modalidade seguro-garantia e prever como
obrigação da seguradora, em caso de inadimplemento pelo contratado,
assumir a execução e concluir o objeto do contrato. Como também
estabelecer garantia de 30% cujo valor estimado seja superior a duzentos
milhões de reais (grande vulto[144]) configurada a situação prevista no art.
102:
Art. 102. Na contratação de obras e serviços de engenharia, o edital
poderá exigir a prestação da garantia na modalidade seguro-
garantia e prever a obrigação de a seguradora, em caso de
inadimplemento pelo contratado, assumir a execução e concluir o
objeto do contrato, hipótese em que:
I - a seguradora deverá firmar o contrato, inclusive os aditivos,
como interveniente anuente e poderá:
a) ter livre acesso às instalações em que for executado o contrato
principal;
b) acompanhar a execução do contrato principal;
c) ter acesso a auditoria técnica e contábil;
d) requerer esclarecimentos ao responsável técnico pela obra ou
pelo fornecimento;
II - a emissão de empenho em nome da seguradora, ou a quem ela
indicar para a conclusão do contrato, será autorizada desde que
demonstrada sua regularidade fiscal;
III - a seguradora poderá subcontratar a conclusão do contrato, total
ou parcialmente.
Parágrafo único. Na hipótese de inadimplemento do contratado,
serão observadas as seguintes disposições:
I - caso a seguradora execute e conclua o objeto do contrato, estará
isenta da obrigação de pagar a importância segurada indicada na
apólice;
II - caso a seguradora não assuma a execução do contrato, pagará a
integralidade da importância segurada indicada na apólice.
4. CONCLUSÃO
Temos muito para analisar, assimilar e comprovar eficácia. Intensos
estudos voltados para a interpretação e compreensão das inovações
emanadas pela Lei nº 14.133/21 estão em andamento nesse momento;
assim como as correspondentes e necessárias regulamentações. Convém
frisar, novamente, que estamos diante de uma nova Lei Geral onde, nesse
contexto, foram os municípios aqueles mais agraciados por sua
modernização, inovação e evolução normativa. Cabe aos operadores do
direito administrativo facilitar e simplificar a interpretação da nova norma
e à Administração promover intensamente, a capacitação de seus agentes
durante o período de adaptação normativa[145], de dois anos a contar da
publicação da Lei nº 14.133/21, enquanto convivem ao mesmo tempo a
Lei nº 8.666/93, a Lei 10520/020 e a Lei nº 12.462/11.
CAPÍTULO VI:
O CONTRATO
ADMINISTRATIVO E A
TERCEIRIZAÇÃO
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DOS
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Afinal, o que temos de novo?
Madeline Rocha Furtado
Coordenadora técnica desta obra. Escritora. Mestranda em Ciê ncias Jurídicas pela UAL – Lisboa.
Ex-Diretora do Departamento de Logística e Serviços Gerais da SLTI/MPOG. Ex-Assessora do
Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística do INSS. Ex-Assessora da Diretoria Financeira e
Serviços Logísticos da DATAPREV. Autora da obra “Gestão de Contratos de Terceirização na
Administração Pública – Teoria e Prática" (7ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2019). Autora e coautora
em várias revistas especializadas.
Com esta nova redação trazida pela Lei nº 14.133, vê-se claramente
que havendo falhas e ocorrendo a necessidade de realizar aditivos nas
obras e serviços de engenharia, esses resultarão em abertura de processo a
fim de apurar a responsabilidade específica do responsável técnico pelo
projeto.
5. CONCLUSÃO
1. INTRODUÇÃO
5. CONCLUSÃO
Os contratos administrativos para prestação de serviços que
envolvem alocação de mão de obra figuram entre os mais complexos da
Administração Pública. Em oposição aos contratos de fornecimento de
bens e produtos ou de serviços por demanda, a maior parte dos custos
envolvidos nas terceirizações são relativos a verbas trabalhistas e sociais.
Cabe aos fiscais e gestores de contratos promover efetivos mecanismos de
gestão de riscos para mitigar a possibilidade de calote aos empregados e,
consequentemente, responsabilidade subsidiária da Administração.
Especificamente sobre a garantia de execução contratual e o
pagamento por serviços prestados, observa-se assimetria das regras
constantes no novo marco legal das contratações públicas: por um lado,
houve alguns atropelos nos dispositivos que tratam da garantia de
execução contratual, tornando a proteção aos terceirizados uma missão
quase impossível; por outro, consolidou o entendimento de que o
pagamento à empresa por serviços prestados somente pode ocorrer após
comprovação de quitação das verbas trabalhistas dos empregados alocados
na prestação dos serviços. O tempo nos mostrará a efetividade dessas
medidas. Aguardemos!
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS DE TERCEIRIZAÇÃO
Inovações e regras
O SISTEMA SANCIONADOR
INFRAÇÕES E SANÇÕES
Os avanços em matéria sancionatória
[1]
Surto de uma doença com distribuição geográfica internacional muito alargada e simultânea."pandemia”in
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020. [Em linha]. [consultado em 10-
03-2021]. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/pandemia.
[2]
Mundo chega a 3 milhões de mortes por Covid com piora da pandemia na América do Sul.
Disponível: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/04/17/mundo-chega-a-3-milhoes-de-mortes-
por-covid-com-piora-da-pandemia-na-america-do-sul.ghtml
[3]
Lei nº 13.979, de6 de fevereiro de 2020. [Em linha]. [Consult. 24 fev. 2021]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm
[4]
BRASIL. Lei 8. 666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[5]
BRASIL. PL 4253, de 2020, convertido na Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações
e Contratos Administrativos. [Em linha].[Consult. 02 de abr. 2021]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[6]
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. [em linha]. [Consultado em 21-08-2020].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Vide. (...) “Art.
37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)”
[7]
Brasil. Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021]. Ver. (…)
“Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao
regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.” Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[8]
Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos. [Em linha].
[Consult. 02 de abr. 2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm
[9]
Furtado, Madeline Rocha. Gestão de contratos de terceirização na Administração Pública: teoria
e prática /Madeline Rocha Furtado... [et al.]. - 7. ed. revista e ampliada - Belo Horizonte :Fórum,
2019556p. Ver a Linha do tempo do processo, p.104.
[10]
Art. 3º, XI: termo de referência - documento elaborado com base nos estudos técnicos
preliminares, que deverá conter: a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela
administração pública, a partir dos padrões de desempenho e qualidade estabelecidos e das
condições de entrega do objeto, com as seguintes informações: 1. a definição do objeto contratual e
dos métodos para a sua execução, vedadas especificações excessivas, irrelevantes ou
desnecessárias, que limitem ou frustrem a competição ou a realização do certame; 2. o valor
estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo com o preço de mercado; e 3.
o cronograma físico-financeiro, se necessário; b) o critério de aceitação do objeto; c) os deveres do
contratado e do contratante; d) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação
técnica e econômico-financeira, se necessária; e) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento
do contrato ou da ata de registro de preços; f) o prazo para execução do contrato; e g) as sanções
previstas de forma objetiva, suficiente e clara.
[11]
A Lei nº 14.133/2021, no art. 6º, XXIII, prevê que o Termo de Referência é o documento
necessário para a contratação de bens e serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e
elementos descritivos: a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quantitativos, o prazo do
contrato e, se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação; b) fundamentação da contratação, que
consiste na referência aos estudos técnicos preliminares correspondentes ou, quando não for
possível divulgar esses estudos, no extrato das partes que não contiverem informações sigilosas; c)
descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do objeto; d) requisitos da
contratação; e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato deverá
produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento; f) modelo de gestão
do contrato, que descreve como a execução do objeto será acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou
entidade; g) critérios de medição e de pagamento; h) forma e critérios de seleção do fornecedor; i)
estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários referenciais, das memórias
de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, com os parâmetros utilizados para a obtenção dos
preços e para os respectivos cálculos, que devem constar de documento separado e classificado; e j)
adequação orçamentária.
[12]
A nova lei elenca os princípios no art. 5º: “Na aplicação desta Lei, serão observados os
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do
interesse público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da
eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo,
da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da
economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-
Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
[13]
SANTANA, Jair Eduardo; CAMARÃO, Tatiana; CHRISPIM, Anna Carla Duarte. Termo de
Referência. 6. Ed. Belo Horizonte: Fórum, 2020, p. 190. Disponível em:
https://www.forumconhecimento.com.br/livro/1190. Acesso em: 8 mar. 2021.
[14]
Ibid., p. 191.
[15]
Art. 14. No planejamento do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte: (...) II -
aprovação do estudo técnico preliminar e do termo de referência pela autoridade competente ou por
quem esta delegar.
[16]
Lei nº 14133/21 – Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2021/Lei/L14133.htm> Acesso em: 02 abr 21.
[17]
Nota: versão do PL nº 4253/20 Disponível em: < https://legis.senado.leg.br/sdleg-
getter/documento?dm=8937277&ts=1615338190664&disposition=inline > Acesso em: 10-mar-
2021
[18]
Lei nº 14133/21 - Art. 6º inc. XVI
[19]
Lei nº 14.133/21 – Art. 142. Disposição expressa no edital ou no contrato poderá prever
pagamento em conta vinculada ou pagamento pela efetiva comprovação do fato gerador.
[20]
Lei nº 14.133/21 - Art. 98. Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos, a garantia
poderá ser de até 5% (cinco por cento) do valor inicial do contrato, autorizada a majoração desse
percentual para até 10% (dez por cento), desde que justificada mediante análise da complexidade
técnica e dos riscos envolvidos.
[21]
LEI nº 8.036/90: Art. 18. § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento
do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de
trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
[22]
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI é um sistema
contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução financeira,
patrimonial e contábil do governo federal brasileiro. Disponível em:
<https://siafi.tesouro.gov.br/senha/public/pages/security/login.jsf>
[23]
IN SEGES/MPOG 05/17 - ANEXO XII - CONTA-DEPÓSITO VINCULADA -
BLOQUEADA PARA MOVIMENTAÇÃO
[24]
Alterações: Resoluções nº 183/2013, nº248/2018 e nº 301/2019.
[25]
Art. 4º O montante mensal do depósito vinculado será igual ao somatório dos valores das
seguintes rubricas:
I – férias;
II – 1/3 constitucional;
III – 13º salário;
IV – multa do FGTS por dispensa sem justa causa;
V – incidência dos encargos previdenciários e FGTS sobre férias, 1/3 constitucional e 13º salário; e
VI – (Revogado pela Resolução nº 183, de 24.10.13)
[26]
Pregão Eletrônico nº 17/2020 – CNJ – Serviços de Limpeza. Disponível em
https://www.cnj.jus.br/transparencia-cnj/licitacoes-e-contratos/editais/. Acesso em: 10 mar. 2021.
[27]
Lei nº 4.320/64 – art. 63
[28]
Lei nº 14.133/21 – art. 6º inc. L
[29]
Lei nº 14.133/21 – art. 6º inc. LX
[30]
Lei nº 14.133/21 – art. 117
[31]
LEI Nº 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm>. Acesso em: 02 abr
2021.
[32]
Lei nº 14.133/21 - Art. 11. O processo licitatório tem por objetivos: I – assegurar a seleção da
proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso para a Administração Pública,
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto;
[33]
O termo “custos obrigatórios”, em si, não seria uma definição adequada para comportar as
espécies de abatimentos nesse exercício de análise de proposta comercial. Porém, didaticamente, se
presta para identificar os valores que têm destinação normatizada e que não farão (ou não deveriam)
fazer parte dos “ganhos” da empresa.
[34]
O caput do art. 28 da nova lei assim dispõe: Art. 28. São modalidades de licitação: I – pregão; II
– concorrência; III – concurso; IV – leilão; V – diálogo competitivo.
[35]
O art. 26º, 4, da Diretiva 2014 prevê que “Os Estados-Membros devem prever a possibilidade
de as autoridades adjudicantes utilizarem um procedimento concorrencial com negociação ou um
diálogo concorrencial nas seguintes situações.”
[36]
Art. 6º, XLII.
[37]
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração:
I – vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
a) inovação tecnológica ou técnica;
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação de
soluções disponíveis no mercado; e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente pela
Administração;
II – verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que possam satisfazer
suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos:
a) a solução técnica mais adequada;
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
III – VETADO.
[38]
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV – técnica e preço;
V – maior lance, no caso de leilão;
VI – maior retorno econômico.
[39]
V. o artigo “O que o diálogo competitivo agrega às contratações públicas?”, disponível em
https://www.conjur.com.br/2019-nov-11/opiniao-dialogo-competitivo-agrega-contratacoes-publicas
[40]
V. o artigo “Saiba o que é o diálogo competitivo: modalidade prevista no projeto da nova Lei
de Licitações”, disponível em http://www.novaleilicitacao.com.br/2020/01/03/saiba-o-que-e-o-
dialogo-competitivo-modalidade-prevista-no-projeto-da-nova-lei-de-licitacoes/
[41]
Art. 37, XXI, CRFB: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
[42]
Art. 75. É dispensável a licitação:
I – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de
obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores;
II – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso
de outros serviços e compras;
[43]
V. Art. 75, § 1º, da Lei nº 14.133/2021.
[44]
V. Art. 75, § 7º, da Lei nº 14.133/2021.
[45]
V. Art. 75, § 2º, da Lei nº 14.133/2021.
[46]
V. Art. 75, § 3º, da Lei nº 14.133/2021.
[47]
V. Art. 75, § 4º, da Lei nº 14.133/2021.
[48]
A previsão está no inciso III do art. 75: para contratação que mantenha todas as condições
definidas em edital de licitação realizada há menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela
licitação:
a) não surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas válidas;
b) as propostas apresentadas consignaram preços manifestamente superiores aos praticados no
mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;
[49]
VIII – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços
públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de
1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação
dos respectivos contratos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste
inciso;
[50]
V. Art. 75, § 6º, da Lei nº 14.133/2021.
[51]
XIV – para contratação de associação de pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração Pública, para a prestação de
serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado e os serviços
contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas com deficiência.
[52]
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de
serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.
[53]
A respeito do tema: FERRAZ, Luciano. Função Regulatória da Licitação. Revista do Tribunal
de Contas do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 72, ano XXVII, n. 3, jul-set. 2009, p. 34.
[54]
V. Art. 74, V, da Lei nº 14.133/2021.
[55]
Brasil. Ver art.25 da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 20-03-
2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[56] TCU- Tribunal de Contas da União. [Em linha]. [consultado em 20-03-2021]. “Mesmo em
hipótese de contratações diretas, o preço a ser praticado pela Administração deve estar em
conformidade com os praticados pelo mercado. Acórdão nº 1038/2011-Plenário, TC-003.832/2008-
7, rel. Min.-Subst. André Luís Carvalho, 20.04.2011” Disponível em:
https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?
fileId=8A8182A14DB4AFB3014DBB3886816C8F&inline=1
[57]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos. [Em
linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm
[58]
MENDES. Renato Geraldo. MOREIRA, Egon Bockmann. Inexigibilidade de Licitação.
Repensando a contratação pública e o dever de licitar.Curitiba:Zênite, 2016.395p.
[59]
Idem.p.227.
[60]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) “Art. 72. O processo de contratação direta, que
compreende os casos de inexigibilidade e de dispensa de licitação, deverá ser instruído com os
seguintes documentos: I - documento de formalização de demanda e, se for o caso, estudo técnico
preliminar, análise de riscos, termo de referência, projeto básico ou projeto executivo; II -
estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma estabelecida no art. 23 desta Lei; III -
parecer jurídico e pareceres técnicos, se for o caso, que demonstrem o atendimento dos requisitos
exigidos; IV - demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com o
compromisso a ser assumido; V - comprovação de que o contratado preenche os requisitos de
habilitação e qualificação mínima necessária; VI - razão da escolha do contratado; VII - justificativa
de preço;VIII - autorização da autoridade competente. Parágrafo único. O ato que autoriza a
contratação direta ou o extrato decorrente do contrato deverá ser divulgado e mantido à disposição
do público em sítio eletrônico oficial”. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[61]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) Art. 78.” São procedimentos auxiliares das
licitações e das contratações regidas por esta Lei: I – credenciamento;” e Art. 79. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[62]
Idem. (...) “ § 5º Nas contratações com fundamento no inciso V do caput deste artigo, devem ser
observados os seguintes requisitos: I – avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos
custos de adaptações, quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de
amortização dos investimentos; II – certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e
disponíveis que atendam ao objeto; III – justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a
ser comprado ou locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela.”
[63]
Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017. [Em linha]. [Consult. 20 mar 2021]. Ver (…)
“Art. 30, V - modelo de execução do objeto; e VI - modelo de gestão do contrato;”. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20239255/do1-2017-
05-26-instrucao-normativa-n-5-de-26-de-maio-de-2017-20237783
[64]
Idem. Ver as diretrizes do credenciamento no item 3 do Anexo VII-B III da Instrução.
[65]
TCU-Tribunal de Contas da União. [Em linha]. [Consulta. 11 mar. 2020]. SÚMULA TCU nº
269: Nas contratações para a prestação de serviços de tecnologia da informação, a remuneração
deve estar vinculada a resultados ou ao atendimento de níveis de serviço, admitindo-se o pagamento
por hora trabalhada ou por posto de serviço somente quando as características do objeto não o
permitirem, hipótese em que a excepcionalidade deve estar prévia e adequadamente justificada nos
respectivos processos administrativos. Disponível em:
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/jurisprudencia-
selecionada/tecnologia%2520da%2520informa%25C3%25A7%25C3%25A3o/%2520/score%2520desc%252C%252
[66]
Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). [Em linha].
[Consult. 11 mar. 2020]. Instrução Normativa SGD/ME nº 5, de 11 de janeiro de 2021-Regulamenta
os requisitos e procedimentos para aprovação de contratações ou de formação de atas de registro de
preços, a serem efetuados por órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional, relativos a bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação –
TIC; Instrução Normativa SGD/ME nº 1, de 4 de abril de 2019 - versão compilada com as
alterações da IN SGD/ME Nº 202, de 2019; Instrução Normativa SGD/ME nº 202, de 18 de
setembro de 2019 - altera a Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, que dispõe sobre o
processo de contratação de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC pelos
órgãos e entidades integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da
Informação - SISP do Poder Executivo Federal; Instrução Normativa SGD/ME nº 1, de 4 de abril de
2019 - dispõe sobre o processo de contratação de soluções de Tecnologia da Informação e
Comunicação - TIC pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Administração dos Recursos
de Tecnologia da Informação - SISP do Poder Executivo Federal. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/sobre-o-sisp
[67]
Instrução Normativa SGD/ME nº 1, de 4 de abril de 2019 - versão compilada com as alterações
da IN SGD/ME Nº 202, de 2019. [Em linha]. [Consulta. 11 mar. 2020]. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/sobre-o-sisp
[68]
Instrução Normativa SGD/ME nº 31, de 23 de março de 2021. - Programação Estratégica da
Contratação. [Em linha]. [Consulta. 11 mar. 2020]. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-31-de-23-de-marco-de-2021-310081084
[69]
Lei nº 14.133/2021 [Em linha]. [Consult. 05 abril 2021]. Disponível em:
https://legis.senado.leg.br/sdleg- getter/documento?
dm=8879045&ts=1615471330522&disposition=inline
[70]
IoT (internet of Things) ou Internet das Coisas é uma área da Inteligência Artificial que se
refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet. Disponível em:
https://www.sap.com.br/brazil/insights/internet-of-things.html. Acessado em: 10/03/21.
[71]
MAGRANI, E. A Internet das coisas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.
[72]
Portaria SLTI/MP nº 92. Disponível em: Página 50 do Diário Oficial da União - Seção 1, número
250, de 26/12/2014 - Imprensa Nacional. Acessado em: 12/03/21.
[73]
ERP (Enterprise Resource Planning) é um software de gestão que visa a integrar e padronizar os
processos de toda empresa. CRM (Customer Relationship Management) solução voltada a gestão de
relacionamento com os clientes. Disponível em: CRM ou ERP? CRM e ERP? Entenda a diferença -
Blog da Salesforce. Acessado em: 12/03/21.
[74]
Service Level Agreement (SLA) ou Acordo de Nível de Serviços (ANS): acordo entre fornecedor e
contratante que define os níveis mínimos de qualidade dos serviços prestados. Disponível em:
https://www.tiespecialistas.com.br/ modelo-de-sla-ans-não-e-apenas-nivel-de-disponibilidade/. Acessado
em: 10/03/21.
[75]
ITIL 4 (Infrastructure IT Library V4): o mais popular framework de gestão de serviços de TI versão
4. Disponível em: https://www.axelos.com/welcome-to-itil-4. Acessado em: 10/03/21.
[76]
TCU- Tribunal de Contas da União - Acórdão nº 786/2006 – Plenário: Monitoramento. Licitação para
contratação de serviços de informática nas áreas de desenvolvimento de sistemas e acompanhamento de
projetos. Novo modelo de licitação e contratação de serviços de informática. Disponível em: ACÓRDÃO
TCU 786/2006 - 786/06 :: Jurisprudência::Acórdão 786/2006
(Federal::Legislativo::Tribunal de Contas da União::Plenário - Brasil) :: (lexml.gov.br). Acessado em:
11/03/21
[77]
IN nº 05/17 Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o
regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional.
Disponível em: IN-n-05-de-26-de-maio-de-2017---Hiperlink.pdf (www.gov.br). Acessado em: 11/03/21
[78]
SMART é um acrônimo em inglês para Specific (específico), Measurable (mensurável),
Assignable (atribuível), Realistic (realista) e Time Realted (temporizável).Disponível em:
Indicadores e metas SMART: saiba tudo sobre o método (administradores.com.br). Acessado em:
10/03/21.
[79]
TCU- Tribunal de Contas da União - Acórdão nº 1508/2020 – Plenário: Auditoria em 55 contratações
públicas federais revelou que, sem padronização, a prática de Unidade de Serviços Técnicos não deve ser
utilizada pela administração pública como métrica ou unidade de medida. Disponível em: Unidade de
Serviços Técnicos não deve ser utilizada em contratações públicas sem padronização | Portal TCU.
Acessado em: 12/03/21
[80]
Lei Geral de Proteção de Dados. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709compilado.htm. Acessado
em: 12/03/21.
[81]
Lei Anticorrupção, Lei nº 12.846/13, de 1º agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública,
nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Disponível em: L12846 (planalto.gov.br).
Acessado em: 10/03/21.
[82]
Lei Federal nº 12.349/2010, de 15 de dezembro de 2010. Disponível em: L12349
(planalto.gov.br). Acessado em: 10/03/21.
[83]
PRIVACY BY DESIGN E PRIVACY BY DEFAULT Sandro Tomazele de Oliveira Lima in
PIRONTI, Rodrigo (Coord.). Lei Geral de Proteção de Dados: estudos sobre um novo cenário de
Governança Corporativa. Belo Horizonte: Fórum, 2020.
[84]
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS Luciano
Elias Reis, Rafael Knorr Lippmann in PIRONTI, Rodrigo (Coord.). Lei Geral de Proteção de
Dados: estudos sobre um novo cenário de Governança Corporativa. Belo Horizonte: Fórum, 2020.
[85]
BRASIL. Lei nº 12.846, de 1 de agosto de 2013. [Em linha]. [Consult. 24 fev. 2021]. Ver (…)
“Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira”. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
[86]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [Consult. 14 abr.2021]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[87]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) Art. 6º.
XXI. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[88]
BRASIL. Decreto 10.024, de 20 de setembro de 2019. [Em linha]. [Consult. 24 fev. 2021].
Ver (…) Art.3º. incisos II e III: (…) “II - bens e serviços comuns - bens cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
reconhecidas e usuais do mercado;III - bens e serviços especiais - bens que, por sua alta
heterogeneidade ou complexidade técnica, não podem ser considerados bens e serviços comuns, nos
termos do inciso II;” (…). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/D10024.htm
[89]
BRASIL. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. [Em linha]. [Consult. 12 mar. 2021].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm
[90]
BRASIL. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. [Em linha]. [Consult.12 mar. 2021].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm
[91]
As legislações correlatas são muitas, no âmbito do CONFEA, destacam-se as Resoluções e
Decisões normativas. [Em linha]. [Consult.12 mar. 2021].Disponível em:
https://www.confea.org.br/servicos-prestados/resolucoes-e-decisoes-normativas.
[92]
Lei nº 14.133/202 - art. 6º inciso XXXII
[93]
Lei nº 14.133/202 - art. 6º inciso XXXIII
[94]
SANTOS Menezes Márcia – arquiteta e mestre em engenharia
[95]
Lei nº 14.133/2021 - art. 6º inciso XX
[96]
Lei nº 14.133/202 - art. 18 inciso II
[97]
Lei nº 14.133/202 - art. 6º,XXIII
[98]
Lei nº 14.133/202 - art. 6º inciso XXIV
[99]
Lei nº 14.133/202, art. 6, XXV
[100]
Lei nº 14.133/202, art.6,XXVI
[101]
Lei nº 14.133/21, art 22,§ 3º
[102]
Brasil. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021]. Ver.
(…) “Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: (…) “II - Serviço - toda atividade destinada a
obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; III - Compra - toda
aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[103]
Idem. (…) “Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: I - atender ao princípio da
padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho,
observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas; II - ser processadas através de sistema de registro de preços; III - submeter-se às
condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; IV - ser subdivididas em
tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando
economicidade; V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da
Administração Pública”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[104]
Brasil. Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021]. Quando se
trata de preços ver os itens (…) “ IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para
aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;” e “V - balizar-se pelos preços
praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública” que de forma sucinta trata
uma das fases mais difíceis da licitação, ou seja, a relação público x privado.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[105]
Brasil. Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021]. Ver. (…)
“Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:I - aos projetos cujos produtos estejam
contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se
houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;II - à
prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta
meses; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9648cons.htm - art57ii.III - (Vetado). IV - ao
aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se
pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. V - às hipóteses
previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por
até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[106]
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Art. 6º (…) “X - compra: aquisição remunerada de bens para
fornecimento de uma só vez ou parceladamente, considerada imediata aquela com prazo de entrega
de até 30 (trinta) dias da ordem de fornecimento; “XV – serviços e fornecimentos contínuos:
serviços contratados e compras realizadas pela Administração Pública para a manutenção da
atividade administrativa, decorrentes de necessidades permanentes ou prolongadas;” Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[107]
Idem. Quanto a este aspecto chama-se atenção a instituição de um Plano Anual de
Contratações, como documento que consolida informações sobre todos os itens que o órgão ou
entidade planeja contratar no exercício subsequente. Para executar o planejamento anual, o Governo
Federal disponibilizou o Sistema de Planejamento e Gerenciamento de Contratações (PGC).
[108]
Idem. Art. 40. O planejamento de compras deverá considerar a expectativa de consumo anual e
observar o seguinte: I – condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; 31 II
– processamento por meio de sistema de registro de preços, quando pertinente; III – determinação
de unidades e quantidades a serem adquiridas em função de consumo e utilização prováveis, cuja
estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas, admitido o
fornecimento contínuo; IV – condições de guarda e armazenamento que não permitam a
deterioração do material; V – atendimento aos princípios: a) da padronização, considerada a
compatibilidade de especificações estéticas, técnicas ou de desempenho; b) do parcelamento,
quando for tecnicamente viável e economicamente vantajoso; c) da responsabilidade fiscal,
mediante a comparação da despesa estimada com a prevista no orçamento.
[109]
Idem. Ver (…) “Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com prazo de até 5
(cinco) anos nas hipóteses de serviços e fornecimentos contínuos, observadas as seguintes
diretrizes: I – a autoridade competente do órgão ou entidade contratante deverá atestar a maior
vantagem econômica vislumbrada em razão da contratação plurianual; II – a Administração deverá
atestar, no início da contratação e de cada exercício, a existência de créditos orçamentários
vinculados à contratação e a vantagem em sua manutenção; III – a Administração terá a opção de
extinguir o contrato, sem ônus, quando não dispuser de créditos orçamentários para sua
continuidade ou quando entender que o contrato não mais lhe oferece vantagem”. Ver ainda o que
diz o Art. 107.” Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos poderão ser prorrogados
sucessivamente, respeitada a vigência máxima decenal, desde que haja previsão em edital e que a
autoridade competente ateste que as condições e os preços permanecem vantajosos para a
Administração, permitida a negociação com o contratado ou a extinção contratual sem ônus para
qualquer das partes.” Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm
[110]
Idem. (…) “Art. 41. No caso de licitação que envolva o fornecimento de bens, a Administração
poderá excepcionalmente: I – indicar uma ou mais marcas ou modelos, desde que formalmente
justificado, nas seguintes hipóteses: a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto; b)
em decorrência da necessidade de manter a compatibilidade com plataformas e padrões já adotados
pela Administração; c) quando determinada marca ou modelo comercializados por mais de um
fornecedor forem os únicos capazes de atender às necessidades do contratante; d) quando a
descrição do objeto a ser licitado puder ser mais bem compreendida pela identificação de
determinada marca ou determinado modelo aptos a servir apenas como referência;”
[111]
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver Art.41 (…) “III – vedar a contratação de marca ou
produto, quando, mediante processo administrativo, restar comprovado que produtos adquiridos e
utilizados anteriormente pela Administração não atendem a requisitos indispensáveis ao pleno
adimplemento da obrigação contratual.”. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[112]
Idem. (…) “Art. 41” (…) “II – exigir amostra ou prova de conceito do bem no procedimento de
pré-qualificação permanente, na fase de julgamento das propostas ou de lances, ou no período de
vigência do contrato ou da ata de registro de preços, desde que previsto no edital da licitação e
justificada a necessidade de sua apresentação;”(…).
[113]
Idem. (…) “Art. 41, IV – solicitar, motivadamente, carta de solidariedade emitida pelo
fabricante, que assegure a execução do contrato, no caso de licitante revendedor ou distribuidor.
Parágrafo único. A exigência prevista no inciso II do caput deste artigo restringir-se-á ao licitante
provisoriamente vencedor quando realizada na fase de julgamento das propostas ou de lances”.
[114]
Idem. Ver (…) art. 82. “ Art. 82. O edital de licitação para registro de preços observará as
regras gerais desta Lei e deverá dispor sobre:”(…).
[115]
BRASIL. Decreto nº 7.892, 23 de janeiro de 2013. [Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm
[116]
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) “Art. 82.§ 1º O critério de julgamento de menor
preço por grupo de itens somente poderá ser adotado quando for demonstrada a inviabilidade de se
promover a adjudicação por item e for evidenciada a sua vantagem técnica e econômica, e o critério
de aceitabilidade de preços unitários máximos deverá ser indicado no edital”. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[117]
Furtado, Madeline Rocha. Gestão de contratos de terceirização na Administração Pública:
teoria e prática /Madeline Rocha Furtado...[et al.]. p.325 - 7. ed. revista e ampliada - Belo
Horizonte: Fórum, 2019. Ver acordão nº 1.893/2017-Plenário -TCU-Tribunal de Contas da União.
[118]
TCU-Tribunal de Contas da União. [Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver Acordão nº
1.893/2017-Plenário. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-
completo/*/NUMACORDAO%253A1893%2520ANOACORDAO%253A2017%2520COLEGIADO%253A%2522
[119]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) “Art. 6º, XLV – sistema de registro de preços:
conjunto de procedimentos para realização, mediante contratação direta ou licitação nas
modalidades pregão ou concorrência, de registro formal de preços relativos a prestação de serviços,
a obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras;”. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[120]
RDC- Regime Diferenciado de Contratação. [Em linha]. [Consult. 13 mar. 2021]. Ver (…)
“Art. 88, inciso I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro
formal de preços para contratações futuras, relativos à prestação de serviços, inclusive de
engenharia, de aquisição de bens e de execução de obras com características
padronizadas; (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Decreto/D7581.htm
[121]
Decreto 7.892, de 23 de janeiro de 2013. [Em linha]. [Consult. 13 mar. 2021]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm
[122]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) “Art. 84. O prazo de vigência da ata de registro de
preços será de 1 (um) ano e poderá ser prorrogado, por igual período, desde que comprovado o
preço vantajoso. Parágrafo único. O contrato decorrente da ata de registro de preços terá sua
vigência estabelecida em conformidade com as disposições nela contidas”. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.
[123]
Furtado, Madeline Rocha. Gestão de contratos de terceirização na Administração Pública:
teoria e prática /Madeline Rocha Furtado...[et al.]. - 7. ed. revista e ampliada - Belo Horizonte:
Fórum, 2019.
[124]
Lei nº 14.133/21 – Art. 6º inc. XI - serviço: atividade ou conjunto de atividades destinadas a
obter determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse da Administração
[125]
Lei nº 14.133/21 – Art. 6º inc. XV; IN nº 05/17-SEGES/MPOG art. 16
[126]
Lei nº 8.666/93: Art. 57 § 3º É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
[127]
PARECER REFERENCIAL n. 00005/2020/CQNIUR-MS/CGU/AGU - Ementa:
administrativo. Manifestação jurídica referencial. Contratos por escopo. Prorrogação dos prazos de
início de etapas de execução, de conclusão e de entrega contratuais com base nos incisos do §1º do
art. 57, da lei 8.666/93 mantido o equilíbrio econômico-financeiro, para os contratos firmados sob a
égide da Lei ns 12.462/2011 (RDC). Atualização do parecer referencial ne 1.274/2016. Disponível
em: < https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/17/PARECER-
REFERENCIAL-n.%2000005-2020-CONJUR-MS-CGU-AGU.pdf > Acesso: 21 mar 2021.
.
[128]
Lei nº 14.133/21 - art. 6º inc. XV; IN nº 05/17-SEGES/MPOG
[129]
Contratação de serviços terceirizados: módulo planejamento / Tribunal de Contas da União. –
Brasília: TCU, Instituto Serzedello Corrêa, 2012. 24 p
[130]
Decreto 9.507/18, art. 9º
[131]
Orientação Normativa nº 36/11: "A Administração pode estabelecer a vigência por prazo
indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de energia elétrica,
água e esgoto, serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde que no processo da contratação
estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a
cada exercício financeiro, a estimativa de consumo e a existência de previsão de recursos
orçamentários."
[132]
Lei nº 14.133/21: Art. 75- É dispensável a licitação: VIII – nos casos de emergência ou de
calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar
prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e
serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência
da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a recontratação
de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
[133]
Lei nº 14.133/21: Art. 84. O prazo de vigência da ata de registro de preços será de 1 (um) ano e
poderá ser prorrogado, por igual período, desde que comprovado o preço vantajoso.
[134]
Lei nº 14.133/21: Art. 148. A declaração de nulidade do contrato administrativo requererá
análise prévia do interesse público envolvido, na forma do art. 147 desta Lei, e operará
retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que o contrato deveria produzir ordinariamente e
desconstituindo os já produzidos.
§ 2º Ao declarar a nulidade do contrato, a autoridade, com vistas à continuidade da atividade
administrativa, poderá decidir que ela só tenha eficácia em momento futuro, suficiente para efetuar
nova contratação, por prazo de até 6 (seis) meses, prorrogável uma única vez.
[135]
Acórdão 1563/2004 – Plenário - Relator: AUGUSTO SHERMAN -
Sumário: Representação. Solicitação de reequilíbrio econômico-financeiro em contratos de
prestação de serviços de forma contínua em decorrência de incremento de custos de mão-de-obra
ocasionado pela data-base das categorias. Dificuldades em processar as solicitações ante o disposto
na Decisão 457/1995 - Plenário - TCU. Discussão sobre reajustamento, repactuação de preços e
reequilíbrio econômico-financeiro. Análise à luz da legislação vigente. Expedição de orientação à
Segedam. Arquivamento. Disponível em: < https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/resultado/acordao-
completo/*/NUMACORDAO%253A1563%2520ANOACORDAO%253A2004/%2520 > Acesso
em: 10-mar-2021
[136]
Art. 6º LIX: Repactuação: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de
contrato utilizada para serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou
predominância de mão de obra, por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo
estar prevista no edital com data vinculada à apresentação das propostas, para os custos decorrentes
do mercado, e com data vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o
orçamento esteja vinculado, para os custos decorrentes da mão de obra.
[137]
Comentários à lei de licitações e contratos administrativos / Marçal Justen Filho – 13 ed. – São
Paulo : Dialética. 2009. Pg. 767
[138]
Lei nº 8.666/93 – Art. 65 § 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de
preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras
decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações
orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do
mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
[139]
IN nº 05/17-SEGES/MPOG – Art. 57 § 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão
formalizadas por meio de apostilamento, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual,
em que deverão ser formalizadas por aditamento.
[140]
Orientações Normativas AGU. Disponível em: < https://antigo.agu.gov.br/orientacao/pagina/ >
Acesso em: 26 mar 2021.
Orientação Normativa nº 26/11 - "No caso das repactuações subsequentes à primeira, o interregno
de um ano deve ser contado da última repactuação correspondente à mesma parcela objeto da nova
solicitação. Entende-se como última repactuação a data em que iniciados seus efeitos financeiros,
independentemente daquela em que celebrada ou apostilada."
Orientação Normativa nº 35/11: "Nos contratos cuja duração ultrapasse o exercício financeiro, a
indicação do crédito orçamentário e do respectivo empenho para atender a despesa relativa ao
exercício futuro poderá ser formalizada por apostilamento."
Orientação Normativa nº 40/14: "Nos convênios cuja execução envolva a alocação de créditos de
leis orçamentárias subsequentes, a indicação do crédito orçamentário e do respectivo empenho para
atender à despesa relativa aos exercícios posteriores poderá ser formalizada, relativamente a cada
exercício, por meio de apostila. Tal medida dispensa o prévio exame e aprovação pela assessoria
jurídica."
[141]
Orientação Normativa AGU nº 46/14: “Somente é obrigatória a manifestação jurídica nas
contratações de pequeno valor com fundamento no art. 24, I ou II, da Lei nº 8.666, de 21 de junho
de 1993, quando houver minuta de contrato não padronizada ou haja, o administrador, suscitado
dúvida jurídica sobre tal contratação. Aplica-se o mesmo entendimento às contratações fundadas no
art. 25 da Lei nº 8.666, de 1993, desde que seus valores subsumam-se aos limites previstos nos
incisos I e II do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993.” Disponível em:
<https://antigo.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1184009> Acesso em: 26 mar 2021.
[142]
Lei 14.133/2021 art. 137 § 4º: Os emitentes das garantias previstas no art. 96 desta Lei deverão
ser notificados pelo contratante quanto ao início de processo administrativo para apuração de
descumprimento de cláusulas contratuais.
[143]
Prêmio: em troca da transferência do seu risco para a seguradora, o segurado fica obrigado a
pagar o prêmio, tendo assim direito a indenização caso o evento coberto venha a ocorrer. Em
resumo, é o preço do seguro.
[144]
Lei nº 14.133/21 art. 6º inc. XXII - obras, serviços e fornecimentos de grande vulto: aqueles
cujo valor estimado supera R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de reais);
[145]
Art. 193. Revogam-se:
I – os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na data de publicação desta Lei;
II – a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e os arts. 1º a
47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial
desta Lei.
Art. 194. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
[146]
A fase preparatória dos contratos: o que vem por aí ? [Em linha]. [Consult. 14 mar
2021].Disponível em: http://www.novaleilicitacao.com.br/2021/02/23/a-fase-preparatoria-dos-
contratos-o-que-vem-por-ai-pl-4253-2020/
[147]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [Consult. 14 abr.2021]. Ver Capítulo VII.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[148]
Idem. Ver (…) Art.40.
[149]
Idem. Ver (…) Art. 40. “III – determinação de unidades e quantidades a serem adquiridas em
função de consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível,
mediante adequadas técnicas quantitativas, admitido o fornecimento contínuo”.
[150]
Os Contratos, a execução no PL 4253/2020: o que vem por aí ? [Em linha]. [Consult. 24 mar
2021]. Disponível em: http://www.novaleilicitacao.com.br/2021/03/24/os-contratos-a-execucao-no-
pl-4253-2020-o-que-vem-por-ai/
[151]
Lei 13.129, de 26 de maio de 2015. [Em linha]. [Consult. 14 mar. 2021]. Esta lei alterou o
“Art. 1º §1º da Lei 9.307/1996. (…) “A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da
arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis”.
[152]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [Consult. 14 abr.2021]. Ver Art. 92.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[153]
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [Consult. 24 fev. 2021]. Ver (…)
“Art. 55”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[154]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) “Art. 105.
A duração dos contratos regidos por esta Lei será a prevista em edital, e deverão ser observadas, no
momento da contratação e a cada exercício financeiro, a disponibilidade de créditos orçamentários,
bem como a previsão no plano plurianual, quando ultrapassar 1 (um) exercício financeiro. Ver
também (...) “Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com prazo de até 5 (cinco) anos
nas hipóteses de serviços e fornecimentos contínuos, observadas as seguintes diretrizes:” Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[155]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha].[Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) “Art. 107.
Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos poderão ser prorrogados sucessivamente,
respeitada a vigência máxima decenal, desde que haja previsão em edital e que a autoridade
competente ateste que as condições e os preços permanecem vantajosos para a Administração,
permitida a negociação com o contratado ou a extinção contratual sem ônus para qualquer das
partes”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[156]
Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017. Ver (…) “Art. 30, V - modelo de execução
do objeto; e VI - modelo de gestão do contrato;”. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20239255/do1-2017-05-26-instrucao-normativa-n-5-
de-26-de-maio-de-2017-20237783
[157]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha].[Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) “ Art. 6º,
inciso XXIII, alínea e (…) “modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o
contrato deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento;”
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[158]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha].[Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) § 4º do Art.
117. “ Na hipótese da contratação de terceiros prevista no caput deste artigo, deverão ser observadas
as seguintes regras: 72 I – a empresa ou o profissional contratado assumirá responsabilidade civil
objetiva pela veracidade e pela precisão das informações prestadas, firmará termo de compromisso
de confidencialidade e não poderá exercer atribuição própria e exclusiva de fiscal de contrato; II – a
contratação de terceiros não eximirá de responsabilidade o fiscal do contrato, nos limites das
informações recebidas do terceiro contratado.” Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
[159]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [ Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) “Art. 6º,
alínea “e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato deverá
produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento; f) modelo de gestão
do contrato, que descreve como a execução do objeto será acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou
entidade;”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm#art124i
[160]
Idem. Ver (…) “Art. 6º, XVIII – o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos
definidos em regulamento”.
[161]
Decreto nº 9.507, de setembro de 2018. [Em linha]. [Consult. 16 fev. 2021]. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/42013574/do1-2018-
09-24-decreto-n-9-507-de-21-de-setembro-de-2018-42013422
[162]
Lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021. [Em linha]. [ Consult. 14 abr.2021]. Ver (…) “Art. 121.
Somente o contratado será responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato. § 1º A inadimplência do contratado em relação aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transferirá à Administração a responsabilidade pelo
seu pagamento e não poderá onerar o objeto do contrato nem restringir a regularização e o uso das
obras e das edificações, inclusive perante o registro de imóveis, ressalvada a hipótese prevista no §
2º deste artigo. § 2º Exclusivamente nas contratações de serviços contínuos com regime de
dedicação exclusiva de mão de obra, a Administração responderá solidariamente pelos encargos
previdenciários e subsidiariamente pelos encargos trabalhistas se comprovada falha na fiscalização
do cumprimento das obrigações do contratado”. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/sdleg-
getter/documento?dm=8879045&ts=1611621651945&disposition=inline
[163]
Furtado, Lucas Rocha. Curso de licitações e contratos administrativos. ed.-Belo Horizonte:
Fórum, 2019.p.769.
[164]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) Capítulo VII, arts. 124 a136. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm#art124i
[165]
Idem, Alterações Unilaterais: qualitativas e quantitativas. “Art. 124. Os contratos regidos por
esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente
pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica a seus objetivos; b) quando for necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta
Lei;”
[166]
Idem. Alterações por Acordo: (…) “II - por acordo entre as partes: a) quando conveniente a
substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da
obra ou do serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a modificação da forma de
pagamento por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e
vedada a antecipação do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; d) para
restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso de força maior, caso
fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de
consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado,
respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no contrato”.
[167]
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver (…) Art. 6º, inciso LVIII – “reajustamento em sentido
estrito: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato consistente na
aplicação do índice de correção monetária previsto no contrato, que deve retratar a variação efetiva
do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais; LIX - repactuação:
forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato utilizada para serviços
contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de obra,
por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo estar prevista no edital com data
vinculada à apresentação das propostas, para os custos decorrentes do mercado, e com data
vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o orçamento esteja
vinculado, para os custos decorrentes da mão de obra; Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm#art124i”.
[168]
BRASIL. Lei 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[Em linha]. [Consult. 02 de abr. 2021]. Ver Art. 124 (…) “d) para restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe
ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que
inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição
objetiva de risco estabelecida no contrato”. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm#art124i
[169]
STF, Recurso Extraordinário (RE) nº 760931, com repercussão geral reconhecida.
[170]
Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021.
[171]
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
[172]
Idem, artigo 6º, inciso LIV.
[173]
Disponível em: <http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/apresentacao>; acesso em: 12 mar
2021.
[174]
A Circular nº 577/2018 da SUSEP incluiu o Capítulo IV (Cláusula Específica I: ações
trabalhistas e previdenciárias) no Anexo I da Circular nº 477/2013, para tratar especificamente dos
contratos com dedicação exclusiva de mão de obra.
[175]
Ibidem, Capítulo II.
[176]
Ibidem, artigo 96, § 3º.
[177]
Aliás, a prática tem demonstrado não ser rara a celebração de contrato em prazo inferior a um
mês da homologação do certame.
[178]
Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal.
[179]
Idem, artigo 58.
[180]
Ibidem, artigo 63.
[181]
Tribunal de Contas da União. Ministro Relator: Aroldo Cedraz. Acórdão 1214-Pelnário, 22 de
maio de 2013..
[182]
IN 05, de 26 de maio de 2017 Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de
contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública
federal direta, autárquica e fundacional.
[183]
Decreto nº 9.507, de 21 de setembro de 2018. Dispõe sobre a execução indireta, mediante
contratação, de serviços da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das
empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
[184]
Idem, Anexo VII-A, item 11.1, alínea “b”.
[185]
Idem, artigo 8º, incisos I, III e IV.
[186]
De fato, essa é a beleza do Direito: para um mesmo fato da vida é possível mais de uma
interpretação.
[187]
Ideia em colisão com o enunciado nº 222 da Súmula do TCU: As Decisões do Tribunal de
Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe
privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
[188]
Idem, Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição.
[189]
Idem, Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as
cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua
inexecução total ou parcial.
[190]
Ibidem, artigo 50, incisos I a VI.
[191]
Ibidem, artigo 121, § 3º, inciso II.
[192]
Ibidem, artigo 1º, § 1º. Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016,
ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.
[193]
Brasil. Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. [Em linha]. [consultado em 10-03-2021]. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
[194]
Idem.
[195]
Lei 14.133/2021. [Em linha]. [Consult. 04 abril. 2021]. Ver Art. 137, IV – “atraso superior a
2 (dois) meses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos ou de parcelas de pagamentos
devidos pela Administração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos.” Disponível em:
https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?
dm=8879045&ts=1615471330522&disposition=inline
[196]
Idem. Art. 137, § 3º .”As hipóteses de extinção a que se referem os incisos II, III e IV do § 2º
deste artigo observarão as seguintes disposições: I – não serão admitidas em caso de calamidade
pública, de grave perturbação da ordem interna ou de guerra, bem como quando decorrerem de ato
ou fato que o contratado tenha praticado, do qual tenha participado ou para o qual tenha
contribuído; II – assegurarão ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até a normalização da situação, admitido o restabelecimento do equilíbrio
econômico-financeiro do contrato, na forma da alínea “d” do inciso II do caput do art. 124 desta
Lei. § 4º Os emitentes das garantias previstas no art. 96 desta Lei deverão ser notificados pelo
contratante quanto ao início de processo administrativo para apuração de descumprimento de
cláusulas contratuais.”
[197]
Execução da Garantia Contratual. Ver artigo Prof. Jerry no capítulo anterior.
[198]
Lei nº 14.133/2021 [Em linha]. [Consult. 04 abril 2021]. Ver (…) “Art. 155”.
[199]
Idem. Ver (…) “Art. 137, III – a Administração terá a opção de extinguir o contrato, sem ônus,
quando não dispuser de créditos orçamentários para sua continuidade ou quando entender que o
contrato não mais lhe oferece vantagem”.
[200]
Idem Ver (…) “Art. 137. Constituirão motivos para extinção do contrato, a qual deverá ser
formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as
seguintes situações:
[201]
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm
[202]
Art. 156, § 4º, da Lei nº 14.133/2021: A sanção prevista no inciso III do caput deste artigo será
aplicada ao responsável pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII
do caput do art. 155 desta Lei, quando não se justificar a imposição de penalidade mais grave, e
impedirá o responsável de licitar ou contratar no âmbito da Administração Pública direta e indireta
do ente federativo que tiver aplicado a sanção, pelo prazo máximo de 3 (três) anos.
[203]
Art. 156, § 5º, da Lei nº 14.133/2021: A sanção prevista no inciso IV do caput deste artigo será
aplicada ao responsável pelas infrações administrativas previstas nos incisos VIII, IX, X, XI e XII
do caput do art. 155 desta Lei, bem como pelas infrações administrativas previstas nos incisos II,
III, IV, V, VI e VII do caput do referido artigo que justifiquem a imposição de penalidade mais
grave que a sanção referida no § 4º deste artigo, e impedirá o responsável de licitar ou contratar no
âmbito da Administração Pública direta e indireta de todos os entes federativos, pelo prazo mínimo
de 3 (três) anos e máximo de 6 (seis) anos.
[204]
Art. 156, § 1º, da Lei nº 14.133/2021: § 1º Na aplicação das sanções serão considerados:
I – a natureza e a gravidade da infração cometida;
II – as peculiaridades do caso concreto;
III – as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
IV – os danos que dela provierem para a Administração Pública;
V – a implantação ou o aperfeiçoamento de programa de integridade, conforme normas e
orientações dos órgãos de controle.
[205]
As condutas previstas nos incisos II a VII do art. 155 da Lei nº 14.133/2021 são:
II – dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração, ao
funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo;
III – dar causa à inexecução total do contrato;
IV – deixar de entregar a documentação exigida para o certame;
V – não manter a proposta, salvo em decorrência de fato superveniente devidamente justificado;
VI – não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a contratação, quando
convocado dentro do prazo de validade de sua proposta;
VII – ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo
justificado.
[206]
Art. 158, § 4º, da Lei nº 14.133/2021:
§ 4º A prescrição ocorrerá em 5 (cinco) anos, contados da ciência da infração pela Administração, e
será:
I – interrompida pela instauração do processo de responsabilização a que se refere o caput deste
artigo;
II – suspensa pela celebração de acordo de leniência previsto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de
2013;
III – suspensa por decisão judicial que inviabilize a conclusão da apuração administrativa.
[207]
Tribunal de Contas da União. Relator: Ministro Relator: Valmir Campelo. Acórdão 1793-
Pelnário, 6 de junho de 2011.
[208]
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências.
[209]
Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
[210]
Constituição Federal de 1988. Artigo 5º, inciso XXXV.
[211]
Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015.
[212]
Idem, artigo 3º, §§ 1º, 2º e 3º.
[213]
PESTANA, Marcio. A exorbitância nos contratos administrativos. Revista de Direito
Administrativo e Infraestrutura, São Paulo, v.1, p. 141 – 161, abr./jun. 2017.
[214]
Idem, artigo 58, inciso IV.
[215]
Idem, artigo 5º, inciso LV.
[216]
Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e contratação
de parceria público-privada no âmbito da administração pública.
[217]
Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Altera a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
[218]
Lei nº 13.129, de 26 de maio de 2015. Altera a Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, para
ampliar o âmbito de aplicação da arbitragem.
[219]
Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio
de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração
pública..
[220]
Ato Regimental AGU nº 5, de 27 de setembro de 2007. Dispõe sobre a competência, a
estrutura e o funcionamento da Consultoria-Geral da União e as atribuições de seu titular e demais
dirigentes..
[221]
Resolução CNJ nº 125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política Judiciária
Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá
outras providências.
[222]
Decreto nº 10.025, de 20 de setembro de 2019. Dispõe sobre a arbitragem para dirimir litígios
que envolvam a administração pública federal nos setores portuário e de transporte rodoviário,
ferroviário, aquaviário e aeroportuário..
[223]
Resolução STF nº 697, de 6 de agosto de 2020. Dispõe sobre a criação do Centro de Mediação
e Conciliação, responsável pela busca e implementação de soluções consensuais no Supremo
Tribunal Federal.
[224]
p.ex. REsp 612.439/RS, SEGUNDA TURMA, DJ 14/09/2006, p. 299; REsp 606.345/RS,
SEGUNDA TURMA, DJ 08/06/2007, p. 240; e MS 11.308/DF, Primeira Seção, julgado em
09/04/2008, DJe 19/05/2008.
[225]
AI. 52.191, Pleno, Rel. Min. Bilac Pinto. in RTJ 68/382
[226]
Tribunal de Contas da União. Relator: Ministro Relator: Homero Santos. Decisão nº 286-
Plenário, de 15 de julho de 1993.
[227]
Tribunal de Contas da União. Relator: Ministro Relator: Ubiratan Aguiar. Acórdão 584-
Segunda Câmara, 10 de abril de 2003.
[228]
Tribunal de Contas da União. Relator: Ministro Relator: Walton Alencar Rodrigues. Acórdão
537-Segunda Câmara, 14 de março de 2006.
[229]
Ibidem, Capítulo XII, artigos 151 a 154.
[230]
Ibidem, artigo 138, inciso II.
[231]
Ibidem, artigo 165, § 2º.
[232]
Ibidem, artigo 165, § 3º.
[233]
Ibidem, artigo 139, inciso V c/c 166, § 4º.
[234]
Ibidem, artigo 152.
[235]
Lei nº 9.307/96, artigo 2º, § 3º.
[236]
Idem, artigo 104, inciso III, alíneas “a” e “c” c/c
[237]
Ibidem, artigo 104, inciso I, alínea “g”.
[238]
STJ, Conflito de competência nº 139.519 - RJ (2015/0076635-2).
[239]
Wald, Arnoldo. DISPUTE RESOLUTION BOARDS: EVOLUÇÃO RECENTE (Revista dos
Tribunais online. Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação | vol. 6/2014 | p. 1065 - 1078 | Set /
2014)
[240]
JOBIM, Jorge Pinheiro; RICARDINO Roberto; CAMARGO, Rui Arruda. A Experiência
Brasileira em CRD: O Caso do Metrô de São Paulo. pgs. 170-171. Comitê de Resolução de
Disputas – CRD nos Contratos de Infraestrutura
[241]
Lei Município de São Paulo nº 16.873, de 22 de fevereiro de 2018.
[242]
FARRER, Robert. Composição do CRB: Advogados ou Engenheiros?
[243]
TRINDADE, Bernardo Ramos; JÚNIOR, Clémenceau Chiabi Saliba; NEVES, Flávia Bittar;
SOARES, Pedro Silveira Campos. Conhecimento e Aplicabilidades do Comitê de Resolução de
Disputas – CRD em Obras de Médio e Grande Portes.
[244]
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Pelnário, 8 de dezembro de 2020.
[245]
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João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os
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[256]
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Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)