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Índice

Introdução 02
História 04
Desenvolvimento 08
Charles Darwin e as orquídeas 11
Taxonomia 15
Principais gêneros de orquídeas 18
Principais gêneros de orquídeas rupículas 21
Principais gêneros de orquídeas epifítas 23
Anatomia da orquídea 28
Como escolher o melhor ambiente para sua orquídea 34
Partes das orquídeas 39
Plantio de orquídeas 44
Regras básicas 49

Nome do ebook 2
Introdução

Você já se perguntou qual é a maneira certa de começar seu


cultivo de orquídeas? Ficou preocupado(a) achando que é um
bicho de 7 cabeças? Pois bem, esse e-book te ajudará a
solucionar todos os seus problemas e suas questões iniciais
com o cultivo.
O intuito deste e-book é te ensinar a dar os primeiros passos
com suas orquídeas, entender como é que as orquídeas
funcionam.
Este Ebook foi construído com muito estudo e prática!
Esperamos que este material sirva de guia para que você
expanda seus conhecimentos!

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 3


Capítulo 1

História
Você sabe por que as orquídeas se
chamam assim?
O nome “orquídea” deriva do grego, orchis, “testículo”, em referência ao
formato de dois pequenos tubérculos subterrâneos que algumas espécies
terrestres dos países mediterrâneos apresentam. Na figura ao lado, uma
aquarela da Orchis militaris.

Estas plantas foram as primeiras orquídeas descritas pelo homem e este feito
é atribuído a Teofrasto (aluno de Aristóteles, aprox. 370 a.c.), em sua obra "De
historia plantarum" (A história natural das Plantas). Hoje elas constituem o
gênero Orchis, natural dos países mediterrâneos da Europa.

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Sobre ser um apaixonado
por orquídeas...
A orquidofilia (philia é uma transliteração para o latim, Você sabia?
do grego φιλíα que significa: "amizade, amor", ou o Na Grécia antiga eram utilizadas
cultivo de orquídeas. Uma atividade muito prazerosa e para fazer um poderoso afrodisíaco
gratificante. chamado “salep”.
Afinal, à medida que vamos conhecendo mais estas
plantas fascinantes, começamos a entender o
significado do termo "reciprocidade vegetal". Por um
lado, as plantas respondem bem aos nossos cuidados
e, por outro, estas respostas nos são muito
gratificantes, não é mesmo?
E, naturalmente, vamos descobrindo prazer ao ver que
a planta está emitindo novas brotações, novas raízes,
mas principalmente, quando vemos que ela está
preparando sua floração.

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Observação:
Ao observar as orquídeas, podemos imaginar seu longo processo de evolução
e adaptação aos mais diferentes climas do planeta, de regiões quase
desérticas, até regiões extremamente frias no Himalaia, passando pelas
regiões tropicais, onde há maior concentração de espécies.

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Capítulo 2

Desenvolvimento
A maior parte delas se desenvolveu em condições de
pouca disponibilidade de água, vegetando sobre
troncos de árvores ou até sobre rochas, onde a água da
chuva escorre rapidamente, assim, a planta pode
aproveitá-la ao máximo.
Suas raízes são revestidas por um tecido esponjoso,
composto por células mortas chamado de velame,
especializado na absorção e armazenamento de água
e dos nutrientes que vem com ela, fundamentais para
seu crescimento.
As flores são o ponto mais fascinante da evolução das
orquídeas. Elas desenvolveram características
específicas de acordo com seu local de origem, até se
tornarem quase irresistíveis para os seus agentes
polinizadores, (normalmente insetos, mas podem ser
pássaros e até morcegos) atraído por suas cores
incríveis ou seus perfumes, que podem ir de um
surpreendente adocicado, como o das Stanhopeas, até
um cheiro desagradável, podre, como no Catasetum
cernuum, o que é muito útil para atrair as moscas, seu
principal agente polinizador.
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Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas
Uma vez dentro da flor, o polinizador é guiado por As flores com características mais atraentes
suas formas perfeitamente anatômicas (algumas são também as mais visitadas por
polinizadores. Por isso, conseguem passar
extremamente elaboradas, com "pontes" ou passagens
adiante sua carga genética mais facilmente
estreitas) que o conduzem até seus órgãos sexuais, que as outras. Isso acelera seu processo de
localizados juntos, na coluna, de maneira que ao sair da evolução, pois sendo assim, as características
flor ele acaba retirando suas políneas, que possuem mais interessantes para otimizar a polinização
uma substância pegajosa (viscídio) e ficam aderidas em levam vantagem sobre as outras e, com o
seu corpo. Quando visitar outra flor e percorrer o passar de milênios, acabam virando
mesmo caminho no seu labelo, estas políneas entram características típicas da espécie.
em contato com a cavidade estigmática, que também é
coberta por uma substância viscosa que "captura" as
políneas. Neste momento, inicia-se o processo de
fecundação do ovário que se transformará em uma
cápsula de sementes, e assim se conclui a polinização.

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Capítulo 3

Charles Darwin e as
orquídeas
Existe uma história fascinante do naturalista britânico A mariposa esvoaçava acima da flor, desenrolava sua
Charles Darwin, que recebeu de um amigo e língua enorme e a introduzia no canal de néctar da
colaborador uma orquídea vinda de Madagascar. A orquídea que Darwin havia recebido. Esta espécie de
planta floresceu e ele reparou que no labelo da flor orquídea recebeu o nome de Angraecum sesquipedale
havia uma espécie de tubo com néctar que media (sesquipedal, que tem um pé e meio, muito grande).
quase 30 centímetros. Em uma publicação sua, de Outro detalhe das orquídeas, pequeno, mas não
1862, ele supôs que em algum ponto de Madagascar, menos intrigante, é que a posição dos órgãos sexuais
ilha que nunca visitou, deveria haver um inseto com na coluna de suas flores é também uma barreira
uma espécie de tromba de 28 centímetros chamada “rostelo” que os separa, não permitem que o
aproximadamente, adequada para extrair o néctar de polinizador fecunde sua flor com suas próprias
sua flor. políneas (autofecundação), priorizando assim a
Na época chegou a ser ridicularizado por vários polinização cruzada, o que garante a variação genética
pesquisadores, mas algumas décadas após sua morte, das suas próximas gerações, que é o princípio básico
dois entomólogos filmaram a mariposa-esfinge do processo evolutivo.
Xanthopan morgani ‘praedicta’.

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Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas
Por estas razões e muitas outras, as orquídeas são
consideradas as plantas mais evoluídas do planeta e
sua família botânica (Orchidaceae) é a mais numerosa,
com quantidade de espécies naturais conhecidas
estimada em cerca de 35.000, além dos híbridos,
naturais ou artificiais (híbridos naturais aparecem
quando algum inseto faz uma polinização cruzada
entre espécies diferentes que florescem na mesma
região e na mesma época).
A data de origem das orquídeas foi recalculada
recentemente (2007) por cientistas em 80milhões de
anos, no fim da era dos dinossauros, após encontrarem
uma espécie de abelha presa em âmbar que carregava
políneas de orquídea coladas nas costas

Abelha
presa em
âmbar com
políneas de
orquídeas nas
costas

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Graças a sua capacidade de adaptação aos mais diversos
nichos ecológicos ao longo de quase toda a superfície do
planeta, as orquídeas apresentam uma surpreendente
diversidade de cores e formas, o que resulta muitas vezes em
ideias bastante diferentes do que vem a ser uma orquídea. Por
isso é importante definirmos as principais características que
permitem concluir que a planta é realmente uma orquídea,
características essas que também nos ajudam a definir as
técnicas de cultivo mais adequadas para cada uma.

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Capítulo 4

Taxonomia
Dentro da taxonomia, as principais características que diferem o grupo das
orquídeas das outras plantas (além de suas flores) são:

Raízes
As raízes das orquídeas têm características peculiares. Elas são
fasciculadas, ou seja, nascem em várias direções, ao contrário das raízes
pivotantes, que são subterrâneas e apresentam uma raiz principal maior
que as outras. São também revestidas por um tecido de células mortas
chamado de velame (de cor branca nas raízes vivas), que é formado por
células mortas e funciona como uma esponja. É responsável pelo
armazenamento de água e nutrientes que escorreriam rapidamente pela
superfície em que as plantas estão fixadas, como o tronco de árvores, no
caso das epífitas.

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A parte mais importante da raiz é a sua ponta verde
chamada de coifa, que possui um meristema (parte da
planta em que as células se dividem rapidamente) onde se
origina seu crescimento. É a parte da raiz por onde ocorre a
maior parte da absorção dos nutrientes e é capaz de fazer
fotossíntese, contribuindo significativamente para a Lembre-se
quantidade de açúcares produzidos pela planta.
A saúde de uma planta começa pela
saúde do seu sistema radicular, que é a
Dentre essas orquídeas, podemos separá-las em 3 parte mais importante dela!
grupos principais:
TERRESTRES: na natureza elas são encontradas no solo.
RUPÍCOLAS: são encontradas vegetando em pedras.
EPÍFITAS: são encontradas em cima de árvores.
Além disso, tem orquídeas que gostam de frio, calor ou que
são indiferentes em relação ao clima.

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Capítulo 5

Principais gêneros de
orquídeas
Terrestre
Sobrália Phaius Arundina
Paphiopedilum
Sobralia macrantha

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Phragmipedium Cymbidium Spathoglottis
Phragmipedium fischeri Spathoglottis ‘Tropical Punch’

Bletia
Tropidia
Penkimia
Neuwiedia
Penkimia

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Capítulo 6

Principais gêneros de
orquídeas rupícolas
Laelia
Hoffmannseggella
LAELIA purpurata var caerulea

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Capítulo 7

Principais gêneros de
orquídeas epífitas
Phalaenopsis Vanda Cattleya Catasetum

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Miltônia Vanilla Oncidium Bifrenaria
Bifrenaria melanopoda

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Brassia Isabelia Sobralia Bifrenaria
Brassia Verrucosa Isabelia virginalis Sobralia allenii Bifrenaria melanopoda

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Epidendrum Angraecum

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Capítulo 8

Anatomia da Orquídea
Conheça a anatomia básica
de uma orquídea!

Existem dois tipos de


classificação: Simpodial e
Monopodial.
Esta característica determina o
desenvolvimento da planta.

Monopodial Simpodial
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Simpodial
As orquídeas simpodiais (ou de crescimento basítona) tem um
rizoma a partir do qual emergem uma série de brotos, normalmente
um por ano. Cada novo broto que amadurece torna-se um
pseudobulbo. Neste, há a geração de flores e, geralmente, antigos
pseudobulbos podem durar vários anos. Após a floração, quando a
orquídea retomar o crescimento, irá começar a crescer outro
segmento de rizoma e o processo é repetido. Normalmente, o
pseudobulbo que gerou uma flor não irá florescer novamente.
Entretanto, em algumas espécies de orquídeas, as florações podem
persistir por muitos anos. Este pseudobulbo, com o tempo, vai perder
suas folhas e depois de mais alguns anos acabará por morrer.
Ao dividir orquídeas simpodiais, o rizoma pode ser cortado
mantendo pedaços com 3 a 4 pseudobulbos em cada parte.
Pseudobulbos traseiros também podem desenvolver novos brotos.
As orquídeas simpodiais mais comuns são as Cattleyas e seus
híbridos.
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Simpodial

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Monopodial As orquídeas monopodiais tem uma única haste principal, que cresce
verticalmente e produz uma série de folhas na gema apical em sua ponta de
crescimento. Esta ponta de crescimento, no final da haste, estende-se
continuamente, e as hastes de flores emergem da haste principal entre os
nós acima de cada folha. A haste pode, ocasionalmente, gerar ramos, mas
isto é muito pouco frequente.
As orquídeas que crescem deste modo têm pouca capacidade para
armazenar água. Sendo assim, normalmente precisam ser regadas com
maior frequência, geralmente sem secar muito bem entre as regas. Em
muitos casos, as raízes ficam aéreas, expostas, sendo uma das principais
fontes de umidade da planta, caso o ambiente tenha umidade suficiente
para tal.
A divisão das orquídeas monopodiais é difícil, sendo que muitos procuram
evitar, exceto os especialistas. Neste caso, os keikis são geralmente a melhor
forma de propagar estas orquídeas. Uma das vantagens das orquídeas
monopodiais é que, devido à sua característica de crescimento para cima,
você poderá reutilizar seus vasos, pois o tamanho poderá ser o mesmo,
apenas acrescentando um novo substrato, se for o caso. As orquídeas
monopodiais mais comuns são as Phalaenopsis, Vanda e a Vanilla (baunilha).

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Monopodial

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Capítulo 9

Como escolher o melhor


ambiente para sua orquídea
Primeiro descubra o tipo de orquídeas que você tem em mãos,
em que grupo elas estão (rupícolas, epífetas ou terrestres) e
qual sua característica anatômica de crescimento.
O grupo irá indicar como você irá plantar ela no vaso e a
anatomia a rega.
Além disso, comprem orquídeas com identificação, porque isso
vai facilitar muito o seu cultivo no futuro.
Outros fatores importantes são:
• Ter uma boa temperatura e luminosidade
• Ter uma ventilação adequada
• Um local com espaço suficiente para colocar suas plantas
(orquídeas muito perto uma das outras, podem
compartilhar pragas ou doenças)
Sabendo essas características básicas da orquídea já podemos ir
para a prática.

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 35


Características muito O oxigênio é então liberado na atmosfera, enquanto o
hidrogênio reage com o dióxido de carbono (CO2)
particulares existente no ar, convertendo-se em açúcares e amidos,
com os quais a orquídea supre uma boa parte das suas
necessidades alimentares.
Orquídeas não são parasitas. São capazes de sintetizar
substâncias orgânicas com base em inorgânicas e, Sabendo isso, sabemos que uma orquídea ao ser
portanto, conseguem produzir o seu próprio alimento. colocada em uma árvore viva, sabemos que ela não vai
Como a maioria das plantas, as folhas das orquídeas prejudicar a outra planta e sim fazer simbiose (uma
contêm um pigmento verde chamada clorofila, ajuda a outra).
essencial para a sua nutrição.
Quimicamente, a clorofila é semelhante à
hemoglobina, o pigmento vermelho encontrado no
sangue. É este pigmento que, nas plantas, capta a
energia do sol. Ao atrair as minúsculas partículas de luz
chamadas fótons, uma parte da energia que absorvem
é usada para “quebrar” as moléculas de água (H2O)
presentes nos tecidos vegetais, separando o oxigênio
(O) do hidrogênio (H).

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Orquídeas em detalhes Anatomia da flor de uma
Anatomia da flor de uma orquídea
orquídea
Algumas pessoas, quando estão começando a mexer
com jardinagem, às vezes questionam: as flores são
tão parecidas... A amarilis e o lírio, por exemplo, não
são espécies de orquídeas? A resposta é não. O detalhe
que mais caracteriza a flor da orquídea talvez seja a
sua coluna, o conjunto formado pelos órgãos sexuais
masculino e feminino. Enquanto nas outras plantas
estes órgãos são completamente separados, nas
orquídeas formam um conjunto único que recebe até
um nome diferente: GINOSTÊMIO.

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Como polinizar uma sua
orquídea de maneira fácil?
Clique no vídeo e confira:
No vídeo você pode
compreender e
entender como é a
parte reprodutora
da orquídea.

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Capítulo 10

Partes da orquídea
Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 40
Morfologia

O órgão reprodutor de uma orquídea é constituído de


quatro partes:
• Coluna
• Antera
• Estigma
• Ovário
Coluna ou Ginostêmio: órgão carnudo e claviforme que
se projeta do centro da flor, resultado da fusão dos
órgãos masculino (ESTAME) e feminino (CARPELO).

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Coluna ou Ginostêmio: órgão carnudo e claviforme Labelo: é a pétala com formato diferenciado e que se
que se projeta do centro da flor, resultado da fusão dos localiza do centro para baixo. Possui, em geral,
órgãos masculino (ESTAME) e feminino (CARPELO). formato de cone ou canudo. Dentro dele está o órgão
reprodutor da orquídea, com a antera, os estigmas e a
Antera: contem grãos de pólen agrupados em 2 a 8
massas chamadas POLÍNIAS. coluna.

Estigma: depressão de superfície viscosa, órgão Pseudobulbos: só está presente em orquídeas de


receptivo feminino onde são depositadas as polínias crescimento simpodial, ou seja, que se desenvolve na
durante a polinização. horizontal.

Ovário: local onde se desenvolve a cápsula das Rizoma: é o eixo de crescimento da orquídea e uma
sementes após a fecundação. das estruturas mais importantes.

Sépala dorsal: é a pétala que se localiza acima da flor Raízes: absorventes e aderentes, são responsáveis
da orquídea. pela alimentação da planta e por sua fixação.

Pétala: como o próprio nome diz, são as pétalas Gema: são estruturas de crescimento, podem estar
superiores da flor. Existe uma de cada lado. ativas ou inativas.

Sépala lateral: são pétalas que se localizam abaixo das Meristema: tecido, cujas células estão em constante
pétalas, uma de cada lado, separadas pelo labelo. processo de divisão celular, é uma gema ativa de
crescimento da planta. Nas variedades simpodiais é
quem norteia a direção do desenvolvimento.

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Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas
Bainha: membrana paleácea que protege a parte
Folhas: responsáveis pela respiração e alimentação da
externa e inferior dos pseudobulbos. Ela tem a função
planta.
de preservar as gemas e as partes novas da planta
Espata: o cabo da flor nasce de uma espécie de folha contra os raios solares mais fortes e insetos daninhos.
dupla, que possui formato de faca, esta formação é
que recebe o nome de espata. Simpodiais: são as plantas que apresentam
crescimento limitado, ou seja, após o termino do
Pedicelo: é a haste floral crescimento de um caule ou pseudobulbo, o novo
broto desenvolve-se formando o rizoma e um novo
pseudobulbo, num crescimento contínuo.
Monopodiais: são plantas com crescimento ilimitado,
ou seja, com crescimento contínuo.
Suas folhas são lineares, rígidas e carnosas, muitas
vezes sulcadas ou semicilíndricas e dispostas
simetricamente no caule da planta.
Cápsula: quando ocorre a polinização, o estigma se
fecha, a flor começa a secar e o ovário inicia a
formação da cápsula, que contém as sementes, até
500 mil ou mais. Leva de 6 meses a 1 ano até o
amadurecimento.

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Capítulo 6

Plantio de orquídeas
Existem diversas maneiras Hoje os plantios mais utilizados são:

de fazermos o plantio das Plantio da orquídea no vaso com substrato de casca
de pinus, pedra brita e carvão;
orquídeas • Cachepôs de madeira com diversos tipos de
Antigamente utilizava-se o xaxim. Era o mais substrato;
recomendado porque a orquídea se desenvolvia muito • Vasos de cerâmica;
bem no xaxim. Porém, com a lei n. ° 11.754, de 1. ° de
• Orquídeas inseridas na natureza como xaxim vivo,
julho de 2004, que proíbe a industrialização e
árvores e outras plantas.
comercialização de produtos e artefatos provenientes,
direta ou indiretamente, da extração do xaxim. Desde
então não se é mais utilizado o xaxim.

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Plantio de orquídeas no
tronco, como nesse vídeo:

Clique no vídeo e
confira como plantar
orquídea em tronco.

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O plantio irá depender do modo como você cultiva suas orquídeas, se seu
orquidário é aberto (somente com cobertura de tela de sombreamento)
ou fechado (com cobertura de plástico ou alguma barreira tanto em cima
como nas laterais). Se o orquidário for aberto é interessante ter um
controle de substrato e optar um do tipo inerte (pedra brita, seixos de rio),
já que este não atrai pragas do tipo lesmas e caramujos. Já se for um
orquidário fechado, você pode utilizar substratos orgânicos, como casca
de pinus, carvão vegetal, a mistura deles, entre outras opções.
Além disso, é preciso saber o clima da região, entre outros fatores.
Se você optar por plantar em um substrato, tente utilizá-lo para o máximo
de orquídeas possíveis. Para gerar um certo padrão.
Você só mudará o substrato, se a necessidade da orquídea exigir essa
mudança, como por exemplo, caso ela seja de um gênero ou espécie
diferente, onde a necessidade dela é de um substrato específico.

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 47


Local de cultivo de
orquídeas
• Estufas;

• Viveiros específicos, como orquidário;

• Varanda da casa: neste caso escolher um local onde a


orquídea fique em um local claro, porém não incida o
sol direto sobre ela. Mas cuidado ao coloca-la dentro
de casa, porque orquídea necessita de bastante luz.
Cada orquídea tem uma exigência específica, portanto,
sempre que comprar uma orquídea nova atente-se para a
maneira de melhor cultivá-la. Acima de tudo, orquídea
necessita de observação. Se ela estiver em um local
adequado, irá desenvolver bem.

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Capítulo 6

Regras básicas
Quatro fatores básicos:

Luminosidade Umidade Temperatura Ventilação

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 50


Luminosidade

Como vimos no item anterior, quase todas as orquídeas


desenvolvem-se em locais onde são protegidas da luz solar
direta: o movimento das folhas nas copas das árvores
garante-lhes luz filtrada e intermitente. Apenas algumas
espécies vivem sob o sol direto; mas nesse caso, elas são
protegidas pelo vento constante que refrigera suas folhas.
O importante é que você observe constantemente se a
luminosidade do ambiente é a adequada para suas
orquídeas. Se há excesso de luz, as folhas tornam-se
amareladas; se há escassez, elas ficam verdes escuras,
crescem mais alongadas e a planta não floresce. A
iluminação ideal proporciona floração regular e folhas
verdes claras e brilhantes.

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 51


Umidade

A maioria das orquídeas aparece no ambiente natural,


em locais onde há alta umidade atmosférica (cerca de
50%). A necessidade de água, no entanto, varia para
cada espécie. As plantas com raízes muito finas, folhas
frágeis ou sem pseudobulbo, exigem substrato sempre
úmido. As de folhas duras e com pseudobulbo, só
devem ser regadas quando o substrato está quase
seco. Nunca regue nos dias mais frios no inverno.

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Temperatura

Com relação à temperatura, vai variar de acordo com as


espécies. Existem espécies que se desenvolvem melhores
em regiões de frio como outras que se desenvolvem em
regiões de calor. A melhor maneira de saber qual
temperatura é a mais ideal para a sua orquídea é
conhecendo o gênero e a espécie dela. Por isso, sempre
recomendo que, ao adquirir sua orquídea, colete o máximo
de informação sobre ela, pois é de grande relevância saber
o nome dela. Com essa informação é possível conhecer a
origem, o habitat dela, as necessidades básicas para o
desenvolvimento e muitas outras informações. As espécies
nativas das regiões muito úmidas, por exemplo, não
suportam grandes oscilações da temperatura ou da
umidade atmosférica. As orquídeas, em geral, precisam de
temperaturas altas durante o dia, com uma queda
acentuada de 10 a 15º C à noite
Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 53
Ventilação

A criação de um microclima adequado para as orquídeas é


condição fundamental para seu cultivo e para isso o
controle dos ventos e correntes de ar é básico. Uma brisa
suave e constante é sempre necessária a fim de amenizar a
intensidade do calor e da luz e reduzir o excesso de
umidade responsável por várias doenças. Toda brisa quente
e seca é benéfica; os ventos frios e úmidos, no entanto,
podem ser perigosos, provocando manchas ou até mesmo
o apodrecimento dos botões e das hastes.

Como cultivar orquídeas | Guia básico para cultivo de orquídeas 54


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