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Estrutura Patrimonial – 17/10/17

Patrimônio
Patrimônio é o composto de bens, direitos e obrigações, mensuráveis em dinheiro,
que pertence a uma pessoa física ou jurídica. A expressão melhor aplicável é
patrimônio líquido, uma vez que dos valores dos bens e direitos (parte positiva)
deduzem-se as obrigações (parte negativa). Pode-se representar o patrimônio líquido
por duas equações:

Patrimônio Líquido= Bens + Direitos (-) Obrigações

Bens
São considerados itens de riquezas, porque se são úteis é possível negociar, vender,
trocar, arrendar. As coisas que não forem passíveis de avaliação e mensuração
econômica não pode ser consideradas bens.
Quanto á forma física os bens podem ser classificados em tangíveis e intangíveis.

- Tangíveis – são os bens que têm forma física, são palpáveis. Ex: veículos, máquinas,
equipamentos industriais, móveis, imóveis, instalações etc. Também chamados de
bens materiais.

- Intangíveis – são os bens que não são materiais, mas que são mensuráveis. EX:
marcas da empresa registrada, registro de inventos, ponto comercial, carteira de
clientes etc. Também chamados de bens imateriais.

Quanto à mobilidade e facilidade de transferência de um local para outro os bens


podem ser classificados em imóveis e móveis.

- Bens imóveis – são aqueles inseridos ao solo ou a outros bens, que não podem ser
transferidos de local sem destruição ou perda de valor: Ex: terrenos, edifícios,
construções, árvores e alguns tipos de instalações de máquinas industriais.

- Bens móveis – são aqueles que podem ser transferidos de local sem destruição ou
perda de valor. Alguns dependem de outras pessoas para serem transferidos e outros
se movem por si próprios. Ex: máquinas, equipamentos, animais, veículos, estoques
etc.

Direitos
Na contabilidade direito é conceituado para os haveres que temos contra alguma
pessoa ou empresa, é o poder jurídico de exigirmos alguma coisa ou valor de alguém.
São exemplos de direito as duplicatas e títulos a receber, os aluguéis a receber, os
impostos recuperáveis entre outros. Automaticamente se a sua empresa tem um
direito, a empresa tem uma obrigação.
Direito funcionamento/ crédito – São créditos oriundos das operações comerciais,
como por exemplo prazo concedido a clientes ou adiantamento concedido ao
fornecedor.
Direito de financiamento - São créditos oriundos das operações financeiras, como
por exemplo uma aplicação financeira ou empréstimo concedido.
Obrigações
São dívidas que a pessoa ou empresa tem a pagar a outras pessoas. Podemos
denomina – las também de obrigações exigíveis. As obrigações normalmente têm
prazo de vencimento determinado. A algumas obrigações cujo vencimento não é
previamente definido damos o nome de provisões, porque deverão ser pagas, mas não
tem um vencimento previamente conhecido.
Como exemplo de obrigações exigíveis podem se citar as dívidas com fornecedores,
os empréstimos bancários, os salários a pagar, os impostos e encargos, as contas a
pagar de água, energia elétrica, telefone, aluguel, etc.
E como exemplo de provisões podem-se citar as provisões trabalhistas de décimo
terceiro e férias.

Demonstração da estrutura patrimonial

Podemos representar a estrutura do patrimônio assim:

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO+ PL
Obrigações
Bens + Direitos
Patrimônio Líquido

A parte positiva do patrimônio, por convenção, será sempre demonstrada do lado


esquerdo e a parte negativa do lado direito.

Balanço Patrimonial

Uma demonstração financeira obrigatória segundo a Lei n. 6.404/76 (Lei das


Sociedades por Ações), e que corresponde a um dos relatórios mais importantes no
processo decisório, podendo ser comparado de uma forma figurativa à “fotografia” de
uma empresa em um determinado período. Esse relatório apresenta todas as
peculiaridades da empresa, permitindo que seus interessados possam extrair
informações precisas de toda a situação. É considerada uma demonstração estática,
pois a qualquer momento a contabilidade poderá elaborá-lo e evidenciar naquele
instante, a quem interessar, o desempenho financeiro e patrimonial da empresa. Para
entender melhor a sua composição, classificação e avaliação das contas que o
compõe, apresenta-se a estrutura atual de um Balanço e o detalhamento de cada item

ATIVO
CIRCULANTE
Disponível
Créditos
Estoques
Despesas antecipadas
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido

PASSIVO
CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Reavaliação
Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Ações em Tesouraria
Ativo
Representa todos os bens e direitos de propriedade da empresa, passíveis de calcular a
dimensão financeira e que constituem benefícios presentes ou futuros da entidade.
É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde os recursos foram
aplicados.
Em poucas palavras, para qualquer empresa considerar um bem ou direito como seu
Ativo é necessário observar e acatar as seguintes características:
1 – Que esses Bens e Direitos seja de propriedades da empresa;
2 – Sejam passíveis de mensuração;
3 – Possam gerar benefícios presentes ou futuros.

No Ativo, as contas serão disposta em ordem decrescente de grau de liquidez dos


elementos nelas registradas, nos seguintes grupos:

Ativo Circulante
Representa todos os Bens e Direitos considerados como Ativo da empresa e que
podem vir a se transformar em dinheiro no chamado curto prazo, ou seja, até o
término do ano seguinte. Também esse grupo é conhecido como “Capital de Giro”( é
uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que serão utilizados
para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos
ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. É o conjunto de
valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a
expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso.)
Este Ativo Circulante ainda será subdivido nos seguintes subgrupos:
Disponível – valores disponíveis de forma mais imediata para a
empresa, valores que estão à disposição das operações que a
empresa precisa realizar. Exemplos

Caixa: dinheiro existente (em espécie) na empresa, sendo o item


de maior liquidez (rapidez com que pode ser convertido em
dinheiro). Quando for necessário usar este dinheiro, ele estará à
disposição na própria empresa.
Banco conta movimento: nessa conta são registrados os recursos
depositados em contas-correntes de livre movimentação. As contas
de livre movimentação são as contas bancárias cujo saldo pode ser
sacado imediatamente pelo cliente, no todo ou em parte. São as
contas que a empresa usa para fins de compras (com cheque ou
cartão), vendas (recebimentos de compras parceladas), empréstimos,
etc.
OBS.: Também pode existir a conta Poupança (se a empresa tiver).

Aplicações financeiras: a curto prazo, representam os investimentos efetuados pela


empresa em títulos de liquidação imediata (que sejam prontamente conversíveis em
dinheiro). Ou seja, são investimentos por um curto período, pois assim que a empresa
necessitar do dinheiro, ela pode se desfazer da aplicação e usá-lo. São realizadas pelas
entidades com o objetivo de obter recursos financeiros, geralmente sendo realizadas
junto a estabelecimentos bancários (as empresas normalmente efetuam essas
aplicações por obter boas taxas remuneratórias, por excesso de recursos monetários,
por obrigações contratuais ou por falta de opção de negócios).

Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido representa os representa os recursos próprios da empresa, ou
seja, aqueles valores remanescentes de suas atividade e que pertencem aos seus
sócios. Exatamente por pertencer estes valores aos proprietários das entidades,
também é conhecido como Capital Próprio ou Obrigações não Exigíveis.
A empresa possui uma obrigação com seus sócios, exatamente o valor do seu
Patrimônio Líquido, porém, estes, não poderão exigir o seu recebimento, pois
estariam contrariando o Postulado da Continuidade, contribuindo para a sua extinção.
As contas pertencentes ao Patrimônio Líquido estão distribuídas nos seguintes
grupos:
Capital Social: É o investimento inicial feito pelos proprietários da empresa e
corresponde ao patrimônio líquido inicial. Ele só é alterado quando os proprietários
realizam investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos
(diminuições de capital). Também pode receber a denominação Capital
Nominal ou Capital Integralizado.
Reservas de capital: são recursos obtidos pela empresa que não possuem vínculo
com a formação de lucro. São decorrentes, por exemplo, do reembolso ou compra de
ações, da incorporação ao capital e do pagamento de dividendos a ações preferenciais,
dentro outros.
Ajustes de avaliação patrimonial: as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
elementos do ativo e do passivo que não foram computadas no exercício, em
decorrência da sua reavaliação, desde que sigam as regras legais.
Reservas de lucros: valores da apropriação de parte dos lucros em decorrência da lei
ou da vontade do proprietário.
Ações em tesouraria: é uma conta redutora do patrimônio líquido que registra o
valor das ações da companhia adquiridas pela própria empresa.
Prejuízos acumulados: registros de prejuízos acumulados e ainda não cobertos.
Ativo Circulante
O ativo circulante inclui os ativos usados nas operações que esperam ser convertidos para
caixa, ou vendidos, ou consumidos no período de um ano ou durante o ciclo operacional normal
do negócio, se superior a um ano. Um ciclo operacional é o período durante o qual a empresa
gasta dinheiro para comprar bens e serviços utilizados para produzir mercadorias, que são
vendidas aos clientes, que pagam fornecendo caixa para começar o ciclo novamente.
Este ativo circulante ainda será subdivido nos seguintes subgrupos:
Disponível – Valores disponíveis de forma mais imediata para a empresa, valores que
estão à disposição das operações que a empresa precisa realizar. Exemplos mais comuns:
- Caixa
- Banco conta movimento
- Aplicações financeiras de liquidez imediata

- Créditos: Representam créditos que a empresa possui no curto prazo, seja com o
Governo (créditos fiscais), ou seja com clientes ou qualquer valor a receber:

Com o Governo:
- ICMS a recuperar;
- PIS a recuperar;
- Confins a recuperar.

Com clientes:
- Duplicatas a receber;
- Títulos a receber;
- Adiantamento a Fornecedores;

- Estoques: Representam os valores que a empresa possui de Estoques com Mercadorias.


Aquelas mercadorias que são de sua propriedade e que podem ser dividas nos seguintes
subgrupos:
- Estoques de mercadorias para revenda;
- Estoques de material de consumo;
- Estoque de material de expediente.

- Despesas antecipadas: Como o próprio nome já apresenta, são valores de despesas que,
segundo o Princípio da Competência, ainda não foram consumidas e por isso serão ativadas até
sua efetiva realização. Inclui os gastos realizados para adquirir futuros benefícios ou serviços
(benefícios não obtidos na data do balanço). Exemplos:
- Pré pagamentos de aluguel,
- Prêmios de seguro e IPTU, cuja cobertura (benefício) é posterior ao período do
Balanço.

Ativo não circulante


O Ativo Não Circulante está dividido em 4 grupos: Realizável a longo prazo,
Investimentos, Imobilizado e Intangível.
- Realizável a longo prazo
São classificados neste grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão
no longo prazo (após o término do exercício seguinte). Também estão inseridas neste grupo as
contas de direitos sem prazo de vencimento. Ou seja, quando não se determina o prazo de
vencimento do direito, em contabilidade, entende-se como de longo prazo. São contas de
natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante.
Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, mas que só terá o direito
de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12 meses. Ex.: Aplicação financeira de 18
meses.
Depósitos bancários a longo prazo: cheques e/ou transferências a receber que entrarão na
conta da empresa a longo prazo (após o período de 12 meses ou dependendo do ciclo
operacional da empresa, se este for superior a 12 meses).
Duplicatas a receber de longo prazo: também conhecida como Clientes de longo prazo, são
valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa a longo prazo. Ex.: Um cliente
comprou uma mercadoria no valor de R$3.600,00 e parcelou-a em 36 vezes, sendo cada parcela
de R$100,00. Uma parte destas parcelas será classificada na conta Duplicatas a receber de curto
prazo, já a outra parte será classificada na conta Duplicatas a receber de longo prazo (pois
serão pagas após o final do exercício seguinte).
Segundo o inciso II do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável a Longo
Prazo serão classificadas do seguinte modo:
"Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de
vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243),
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia.”
Investimentos
No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações financeiras de caráter
permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses bens e
direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia.
Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do grupo Investimentos serão
classificadas da seguinte forma:
"As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa.”
Segue abaixo algumas contas que fazem parte deste grupo:
- Propriedades para investimento: também conhecido como bens de renda, são usadas
como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo propriedades que não são utilizadas
para o desenvolvimento de atividades da própria companhia. Ex.: Imóveis alugados a terceiros,
terrenos alugados e edificações alugadas.
- Terrenos e imóveis para futura utilização: são bens que a empresa tem mas não usa e
também não coloca como geradores de renda. No futuro, essas terras e imóveis poderão servir
para expansão da empresa ou para abrigar parte das suas atividades. Ex.: Terrenos para
expansão

Imobilizado
No Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente que serão utilizados
para a manutenção das atividades normais da empresa, servindo a sua estrutura. A
empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não há intenção de transformá-los
em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem na forma tangível (bens corpóreos).
OBS.: Bens corpóreos, tangíveis ou materiais são os bens que constituem uma forma física,
bens concretos, que podem ser tocados.
Segundo o inciso IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638/07), as
contas do Ativo Imobilizado serão classificadas da seguinte forma:
"Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.”
São contas do grupo Imobilizado:
- Imóveis; máquinas e equipamentos, móveis e utensílios; veículos; ferramentas.

Intangível
São Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos (não tem
corpo). Eles possuem valor econômico mas carecem de substância física (material), tendo o
valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são conferidos a seus possuidores.
Segundo o inciso VI do artigo 179 da Lei 6.404/76 (incluído pela Lei nº 11.638/07), as contas
no Intangível serão classificadas da seguinte forma:
"Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.”
Através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), foi aprovado o CPC 04 que trata de
Ativos Intangíveis. Esta norma diz que as entidades devem seguir as novas definições para o
novo tratamento contábil dos ativos intangíveis, assim como também seguir os critérios para seu
o reconhecimento e mensuração, bem como analisar e efetuar as divulgações específicas
referentes a esses ativos (empresa deve reconhecer um ativo intangível somente se determinados
critérios forem atendidos, além de especificar como devem ser avaliados e quais são as
divulgações necessárias para esse novo subgrupo do Ativo).
OBS.: O Intangível passou a existir e fazer parte do Balanço Patrimonial com a chegada da Lei
11.638 de 2007.
Esses ativos não estão refletidos nas demonstrações financeiras, mas se transformam em
benefícios quando
estão associados a alguma atividade ou ação da companhia.
Por exemplo: A capacidade de uma marca alavancar vendas de um novo produto demonstra o
uso de um ativo intangível na geração de benefícios.
OBS.: Caso não haja condições de reconhecer um ativo intangível este deve ser registrado como
despesa e nem tudo o que é imaterial será classificado no intangível. Ex.: tradição, história,
reputação, etc.
São exemplos de Intangíveis:
Softwares; marcas; patentes; direitos de exploração de serviços públicos; direitos
autorais, licenças.

Passivo Circulante
Neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa para com
terceiros no curso do exercício seguinte. Ex.: Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar,
Empréstimos Bancários etc.
São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até o fim do exercício seguinte.
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o
ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por
base o prazo desse ciclo.
- Fornecedores
Fornecedores
Duplicatas a pagar
Energia elétrica a pagar
Prêmio de seguros a pagar
(onde fica?) Títulos a Pagar: valores que a empresa tem a pagar por compra efetuada a prazo.
- Obrigações trabalhistas
INSS a recolher (ou a pagar)
FGTS a recolher
Salários a pagar
Comissões a pagar
- Empréstimos e financiamentos
Financiamentos a pagar de curto prazo
Empréstimos a pagar: podem ser feitos no banco, etc.
- Obrigações tributárias
IRF a recolher (ou IRRF)
IR a recolher (a pagar)
ISS a pagar
COFINS a recolher: impostos a recolher
ICMS a recolher
PIS a recolher
Impostos sobre vendas a pagar
CSLL a pagar
IRPJ a pagar
- Provisões e encargos das provisões
Provisão 13º salário
FGTS provisão 13º salário
INSS provisão 13º salário
Provisão férias
FGTS provisão férias
INSS provisão férias
- Outras obrigações
Juros ativos a vencer
Variações monetárias ativas a vencer
*Aluguéis ativos a vencer: quando a empresa recebe o valor de um ou mais meses de aluguel
antecipadamente. Ou seja, ela já recebeu esse valor, agora tem a obrigação para com quem
alugou de fornecer o local do aluguel. É uma receita antecipada. É um passivo, pois já recebi a
receita antes da empresa usar meu terreno por todo o prazo. (recebeu antecipadamente)
Passivo Não Circulante
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o
ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por
base o prazo desse ciclo.
-Exigível a longo prazo
Fornecedores longo prazo
Financiamentos longo prazo
São as obrigações exigíveis que deverão ser pagas após o exercício social seguinte ao do
levantamento do Balanço.
- Resultado de exercícios futuros
Neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa para com
terceiros, com vencimento após o curso do exercício seguinte (longo prazo). Ex.:
Financiamentos e Empréstimos com prazo superior a um ano.
Ver duplicatas descontadas
Resultados de Exercícios Futuros ????
Neste grupo, classificam-se as contas que representam receitas de exercícios futuros, diminuídas
dos custos e das despesas a elas correspondentes. No Brasil, seu uso é significativo apenas em
atividades imobiliárias.
Métodos de escrituração – 04-12-17
A escrituração contábil é a primeira e mais importante das técnicas contábeis, pois somente a
partir dela que se desenvolvem as demais técnicas de demonstração, analise e auditoria, sua
finalidade é a de fornecer a pessoas interessadas informações sobre um patrimônio determinado.
Todo fato da entidade deverá ser escriturado, para este fim devem ser utilizados livros contábeis,
que devem seguir critérios intrínsecos e extrínsecos, de acordo com a legislação. Alguns livros
são obrigatórios, tais como o Livro Diário e o Livro Razão que de acordo com a Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade devem ser registros permanentes da empresa, outros são
facultativos, pois, por não serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não a critério da
empresa.
A contabilidade de uma entidade deverá ser centralizada, sendo que é facultado às pessoas
jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências, manter contabilidade não centralizada,
devendo incorporar na escrituração da Matriz os resultados de cada uma delas, conforme artigo
252 do Decreto n. º 3.000/99, o mesmo se aplica a filiais, sucursais, agências ou representações,
no Brasil, das pessoas jurídicas com sede no exterior, devendo o agente ou representante escriturar
os seus livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos seus próprios rendimentos, os
lucros reais apurados nas operações alheias em que agiu como intermediário.
A Resolução n. º 684/90, editada pelo Conselho Federal de Contabilidade, estabelece que a
empresa que tiver unidade operacional ou de negócios, quer com filial, agência, sucursal ou
assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado deverá ter registros
contábeis que permitam a identificação das transações de cada uma dessas unidades, a
escrituração de todas as unidades deverá integrar um único sistema contábil, sendo que o grau de
detalhamento dos registros contábeis ficará a critério da empresa.
As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, ou vice-versa, serão
eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis. As despesas e receitas que não
possam ser atribuídas às unidades serão registradas na matriz, enquanto o rateio de despesas e
receitas, da matriz para as unidades, ficará a critério da administração.
O método utilizado para a escrituração contábil é o método das partidas dobradas, desenvolvido
pelo frade Luca Pacioli em 1494, neste método todo lançamento deverá conter a origem e o
destino do mesmo, ou seja, para todo débito haverá um crédito de mesmo valor, ou vice-versa.
DESENVOLVIMENTO
Na escrituração dos livros contábeis algumas formalidades devem ser observadas, estas
formalidades se subdividem em dois tipos:
Formalidades Extrínsecas: São as formalidades relacionadas à apresentação ou aparência dos
livros, esta formalidade exige por exemplo que os livros, sejam encadernados, que tenham suas
folhas numeradas tipograficamente, possuam termo de abertura e de encerramento em que conste
entre outras informações a assinatura do responsável, a identificação da empresa e do livro,
espécie de livro, número de páginas e número de ordem, etc.
Formalidades intrínsecas: São as formalidades relacionadas à escrituração propriamente dita,
segundo as formalidades intrínsecas os livros de escrituração devem obedecer a um método de
escrituração mercantil uniforme, em língua e moeda nacionais, com individualização e clareza,
ser escriturado em rigorosa ordem cronológica, não conter, rasuras, emendas, entrelinhas, borrões
ou raspaduras, espaços em branco, observações ou escritas à margem.
- Livros contábeis
Livro razão
Após lançamento no Diário, o registro contábil é desdobrado e lançado, conta por conta, em um
livro ou jogo de fichas denominado Razão.
A sua escrituração deve ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações, sendo
dispensável o registro ou autenticação do livro ou fichas, e o seu preenchimento devem obedecer
ao método das partidas dobradas.
O lançamento no livro Razão é muito importante para as empresas, pois, com a totalização
individual das contas, possibilita saber a qualquer momento, o saldo de cada uma delas. Com
esses dados fornecidos através da escrituração do livro razão, temos o controle do patrimônio, e
essas informações trazem resultados positivos para melhor administrar as organizações
empresarias.
Livro diário
O livro diário assim como o razão são os principais livros da contabilidade, o diário registra todas
as operações que envolvam o patrimônio da empresa no decorrer de um período. O livro diário, ao
contrario do razão deve ser autenticado e é de uso obrigatório. É um livro que se registra todas as
operações contábeis da Entidade, em ordem cronológica e com a observância de regras, como as
suas folhas numeradas sequencialmente e serão lançados os atos ou operações da atividade que
altere ou possam vir alterar a situação patrimonial da empresa.
O livro Diário deverá conter o termo de abertura e encerramento, a ser submetido ao órgão
competente do Registro do Comércio dentro do prazo previsto na legislação, sob pena de multa
prevista no Imposto de Renda.

Demonstração do Resultado do Exercício - DRE


Demonstração do Resultado do Exercício, também conhecida como DRE, é um documento
contábil de demonstração cujo objetivo é detalhar a formação do resultado líquido de um
exercício pela confrontação das receitas, custos e despesas de uma empresa, apuradas segundo o
princípio contábil do regime de competência (receitas e despesas devem ser incluídas na operação
do resultado do período em que ocorrem). Em outras palavras, uma DRE apresenta o resumo
financeiro dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa.
Para fins legais de divulgação, ela abrange o período estabelecido como exercício financeiro, que
normalmente vai de janeiro a dezembro (12 meses). Entretanto, também pode ser elaborada
mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais.

Para que serve a DRE?


A DRE é uma ferramenta contábil utilizada para verificar a saúde financeira de uma empresa, ou
seja, ela mostra qual lucro (ou prejuízo) a empresa terá se conseguir realizar o que está sendo
planejado. Esse tipo de controle financeiro ajuda os gestores a terem uma visão mais realista sobre
as decisões que devem ser tomadas, a fazer provisões mais realistas e a saber se existe viabilidade
econômica para determinados investimentos, por exemplo.

Como fazer uma DRE?


Os tópicos que devem ser discriminados em uma DRE, assim como a ordem das informações que
constam da sua estrutura, são definidas por lei, portanto, não há margem para alterações ou
personalização de conteúdo, independentemente do porte da empresa em questão.

A estrutura da DRE segue o seguinte esquema:


Receita Bruta de Vendas (Valor faturado pela empresa no período).
(-) Deduções das Vendas (Impostos incidentes nas vendas e serviços prestados).
(=) Receita Líquida de Vendas (Valor das vendas, deduzidos os impostos).
(-) CPV/CMV/CSP (Custo do produto vendido, mercadoria vendida, ou serviço prestado).
(=) Resultado Bruto (Valor após dedução dos custos descritos).
(-) Despesas com Vendas (Gastos de salários e comissões dos vendedores, por exemplo).
(-) Despesas Administrativas (Valores pagos em aluguéis e incorridos em depreciações de
veículos, por exemplo).
(-) Outras Despesas (Despesas em equivalência patrimonial, por exemplo).
(+) Outras Receitas (Receitas em equivalência patrimonial, por exemplo).
(-) Despesas Financeiras (Gastos com IOF e juros pagos, por exemplo).
(+) Receitas Financeiras (Juros recebidos e variações monetárias ativas, por exemplo).
(=) Resultado Antes do IR/CSLL (Valor após dedução de despesas e adição de receitas).
(-) IR/CSLL (Incidência do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
(=) Resultado Líquido do Exercício (Lucro a ser distribuído entre os sócios/acionistas, ou
prejuízos a serem abatidos nos exercícios futuros).

Análise da DRE
As duas formas mais comuns de se analisar a DRE são: utilizar a análise vertical e a análise
horizontal.
1. Análise Vertical
Na análise vertical, calcula-se o percentual de cada rubrica da DRE em relação ao Faturamento
Bruto. Assim, é possível analisar quais despesas foram responsáveis por diminuir ou aumentar a
margem de lucro da empresa em um determinado período.
2. Análise Horizontal
Ao contrário da primeira, o objetivo da análise horizontal é acompanhar a variação em uma
mesma rubrica de receitas ou despesas ao longo de dois ou mais períodos.
Estas duas análises são complementares e devem ser utilizadas em conjunto. É possível ainda
somar a estas análises o uso de indicadores de resultados.
Análise de indicadores de resultado
Os indicadores de resultado são uma ferramenta importante para os gestores de empresas de
todos os portes. Eles permitem decisões mais assertivas sobre os rumos do negócio e podem
também servir como base para a elaboração de planos de metas.
Os principais indicadores obtidos a partir da DRE são:
Margem de lucro líquida: é o valor percentual obtido pela divisão do Resultado Líquido
(Lucro Líquido) pela Receita Líquida. Quanto maior for o índice encontrado, melhor;
Margem operacional: representa a porcentagem de cada real de venda que restou após a
dedução das despesas operacionais (despesas com vendas, administrativas e tributárias);
EBITDA: expressão em inglês para o Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e
Amortização (LAJIDA). É bastante utilizado por ser o indicador que melhor expressa a relação
entre o resultado e o retorno de dinheiro em caixa decorrente das atividades da empresa no
período.
Informações adicionais sobre a DRE
A DRE na contabilidade não funciona sozinha. Ela faz parte de um conjunto de demonstrações
que também é composto pelo balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado Abrangente,
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de caixa,
Demonstração do Valor Adicionado e Notas Explicativas.

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