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CONCEITO CONCEITO
“É uma ciência empírica (baseada na observação e na experiência) e I. Conceito – Criminologia, advém do latim crimino (crime) e do grego
interdisciplinar que tem por objeto de análise o crime, a personalidade do logos (estudo), portanto pode ser, simploriamente definida, como o
autor do comportamento delitivo, da vítima e o controle social de condutas estudo do crime, mas vai muito além disso.
criminosas. A criminologia é uma ciência do ‘ser’, empírica, na medida em
que seu objeto (crime, criminoso, vítima e controle social) é visível no mundo II. É uma CIÊNCIA AUTÔNOMA que estuda o DELITO, O
real e não no mundo dos valores, como ocorre com o direito, que é uma DELINQUENTE, A VÍTIMA E O CONTROLE SOCIAL da conduta
ciência do ‘dever-ser, portanto normativa e valorativa. A interdisciplinariedade criminosa, a partir da OBSERVAÇÃO da REALIDADE, com relação
da criminologia decorre de sua própria consolidação histórica como ciência interdisciplinar com diversos outros ramos do conhecimento científico,
dotada de autonomia, à vista da influência profunda de diversas outras tais como sociologia, psicologia, biologia e outros.
ciências, tias como a sociologia, a psicologia, o direito, a medicina legal etc”
01. A criminologia dos dias atuais 01. A criminologia dos dias atuais
a) É uma ciência empírica, interdisciplinar, multidisciplinar e integrada a) É uma ciência empírica, interdisciplinar, multidisciplinar e integrada
b) É uma ciência jurídica, autônoma, não controlável e sistematizada b) É uma ciência jurídica, autônoma, não controlável e sistematizada
c) Não é considerada ciência, mas parte do Direito Penal c) Não é considerada ciência, mas parte do Direito Penal
d) Não é considerada ciência, mas parte da Sociologia d) Não é considerada ciência, mas parte da Sociologia
e) Não é considerada ciência, mas parte da Antropologia e) Não é considerada ciência, mas parte da Antropologia
a. Período da Vingança – Até século XV e XVI – Sem qualquer estudo b. Criminologia Clássica e Neoclássica - Séc. XVI e XVII
criminológico, não havia estudo sobre o criminoso nem sobre a pena. A
pena era um castigo, dividindo em três períodos: I. Etapa pré-científica da criminologia – Escola Clássica e Neoclássica
II. Substituição da emoção (da vingança) pela razão (vinda de Deus)
I. Vingança Privada – Lei de Talião – sistema penal sem qualquer III. Estado Liberal – Século XVII e XVIII – burguesia, liberalismo
baliza, caótico, crueldade do “olho por olho, dente por dente”. Fase da econômico, iluminismo, “período de luz”, revolução industrial na Europa
justiça com as próprias mãos. e Revolução Francesa de 1789
II. Vingança Divina – religião na vida dos indivíduos, sacerdotes e IV. Deus como criador de toda lei, além de que a RAZÃO vinha de Deus.
líderes espirituais puniam em nome de Deus, as provas divinas
chamadas de Ordálias que aferiam a existência ou não de culpa. Ex. V. Criminoso – era visto como um pecador
jogar no rio amarrado; sobreviver ao fogo VI. Livre arbítrio do criminoso em delinquir, poderia escolher o caminho da
III. Vingança Pública – aplicada pelo Estado, sem proporcionalidade, luz, mas escolhe o caminho das trevas.
sem julgamento, sem qualquer direito. Rei, príncipe, monarca etc que a VII. “Pena é um mal justo que se contrapõe a um mal injusto causado
titularizavam. Geralmente penas de morte e altamente cruéis e com pelo crime”.
exposição em praça pública. Demonstração de poder do reinante. 1. Proporcionalidade – Obra Dos Delitos e das Penas – Cesare
Bonesana – Marquês de Beccaria – 1764
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MODELOS TEÓRICOS DA CRIMINOLOGIA MODELOS TEÓRICOS DA CRIMINOLOGIA
3. Positivismo Jurídico / Psicológico – RAFAELLE GARÓFALO IV. Abandona a utopia da erradicação do crime – vê o crime como um
a. Analisou o comportamento do criminoso, com uma diretriz psicológica fenômeno constante
da criminologia, defendeu a tese que o crime é um sintoma de V. Crime é um problema social e comunitário
anomalias MORAIS e PSICOLÓGICAS do indivíduo. VI. Ampliação e reafirmação dos objetos de estudo, além do delinquente e
b. Obra – Criminologia 1885 – primeiro autor a usar tal expressão do delito, inserem-se a vítima e o controle social
como ciência. DECORAR VII. Orientação prevencionista do saber criminológico
02. O positivismo criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi 02. O positivismo criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi
encabeçado por: encabeçado por:
a) Crê no determinismo e defende o tratamento do criminoso a) Crê no determinismo e defende o tratamento do criminoso
b) Tem em Bentham um de seus precursores b) Tem em Bentham um de seus precursores
c) Foi consolidada por Carrara c) Foi consolidada por Carrara
d) Baseia-se no método dogmático e dedutivo d) Baseia-se no método dogmático e dedutivo
e) Surgiu na etapa pré-científica da criminologia e) Surgiu na etapa pré-científica da criminologia
a. O objeto do estudo da criminologia foi ampliado pela Escola Positiva ou 1. Crime ou Delito
Científica da Criminologia, a partir do século XVIII. Para a Escola Clássica, a I.Definição
criminologia estudava apenas o CRIME e o CRIMINOSO, renegando a
VÍTIMA e O CONTROLE SOCIAL. 1. Direito penal - Crime é a ação ou omissão típica, ilícita e culpável
I. Escola clássica – ultrapassada (tripartidos) ou típica e ilícita (bipartidos).
1. Crime
2. Criminoso 2. Sociologia - Conduta desviada, com reprovação pela sociedade, pelo
3. Vítima sem importância – não era objeto de estudo homem médio
4. Controle social era esquecido, a única utilidade da pena era o castigo
3. Criminologia - CRIME É UM PROBLEMA COMUNITÁRIO E SOCIAL
II. Escolas positiva e moderna Comunitário pois nasce da sociedade, e todos os indivíduos componentes
1. Crime ou Delito da comunidade em que se originou devem buscar soluções, o próprio
2. Criminoso criminoso, a vítima, polícia, juiz, MP, Estado etc.
3. Vítima Social pois tem incidência massiva, é inerente à qualquer sociedade, antiga
4. Controle social e moderna, nascendo nos seios das comunidades, perdurando no tempo e
com grande espacialidade, gerador de alta aflição social.
OBJETO OBJETO
2. Criminoso 3. Vítima
I. Definição I. Definição
PERÍODOS DA VÍTIMA
4. Controle Social
A B C
O quarto objeto de estudo da criminologia
Protagonismo
Neutralização Redescobrimento b. Enrico Ferri foi amplo estudioso
(idade de ouro)
c. Definição - É o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais
Lei de talião, dente por Estado Liberal, vítima após a 2ª Guerra que pretendem promover e garantir a submissão do indivíduo da
dente, competia à vitima virou uma testemunha Mundial, com as sociedade aos modelos e normas por esta sociedade aceitas, ou seja, a
protagonizar sua defesa de segundo escalão, atrocidades e barbáries convivência pacífica entre indivíduos.
e a punição do infrator pois tinha “interesse na vividas por tantas
aos seus direitos condenação dos pessoas, o estudo da d. AGENTES INFORMAIS de controle social
naturais. acusados”, pois a pena vítima voltou a ser
era na verdade um valorizado, em um I. Primeiro é a família, depois a escola, a religião e a igreja, o meio
castigo para garantia da enfoque mais profissional, a opinião pública, os amigos. É o mais importante meio de
ordem coletiva, e não humanista, surgindo a controle social, atua na vida da pessoa desde os primórdios, com maior
para recompor a vítima VÍTIMOLOGIA. ou menor aceitação do indivíduo pela comunidade em que vive.
III. Ex. Polícia militar que voltou com a ronda a pé, e com a manutenção
dos mesmos policiais militares rondando as mesmas áreas / Polícia civil com
os NECRIM, núcleos de conciliação presididos por delegados de policia e de
alta efetividade.
04. Constituem objeto de estudo da Criminologia 04. Constituem objeto de estudo da Criminologia
a) O delinquente, a vítima, o controle social e o empirismo a) O delinquente, a vítima, o controle social e o empirismo
b) O delito, o delinquente, a interdisciplinariedade e o controle social b) O delito, o delinquente, a interdisciplinariedade e o controle social
c) O delito, o delinquente, a vítima e o controle social c) O delito, o delinquente, a vítima e o controle social
d) O delinquente, a vítima, o controle social e a interdisciplinariedade d) O delinquente, a vítima, o controle social e a interdisciplinariedade
e) O delito, o delinquente, a vítima e o método e) O delito, o delinquente, a vítima e o método
a. O método de estudo da criminologia é o EMPÍRICO, isto é, através da 3. vem da observação do mundo real
análise e observação da realidade se chega a uma conclusão. Tal conclusão 4. CRIMINÓLOGO – ANÁLISE DE DADOS – INDUZ
se dará por meio da indução, ou seja, através de uma premissa menor se
busca criar uma premissa maior, baseado naquilo que normalmente II. Direito – MUNDO DO DEVER-SER, VALORATIVO, NORMATIVO,
acontece, o criminólogo busca analisar dados fáticos reais para obter suas IRREAL FATICAMENTE – cria NORMAS, não observa nada palpável
conclusões. 1. Método lógico, abstrato e dedutivo
a. Ex. decreto do executivo, código penal, todas as leis são abstratas.
b. DECORAR 2. Cria normas, regras, para a vida em sociedade
3. Vem do estudo dogmático, de DOGMAS (premissas maiores - leis)
I. Criminologia – MUNDO DO SER, REALIDADE FÁTICA aplicáveis aos fatos previstos na lei (premissas menores).
1. Método empírico, baseado na análise e na observação da realidade, 4. JUIZ – PREMISSAS – DEDUZ
experimentação e erro.
a. Ex. Criação de antibiótico (Penicilina), descoberta da luz elétrica
(Thomas Edison), observação da cidade (Escola de Chicago), observação
dos presos (Lombroso).
2. cria conceitos, análises sobre seres humanos, sobre algo palpável.
05. A criminologia é uma ciência que dispõe de leis 05. A criminologia é uma ciência que dispõe de leis
06. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase: A 06. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase: A
Criminologia ______ ; o Direito Penal _________. Criminologia ______ ; o Direito Penal _________.
A) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser” … é uma ciência A) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser” … é uma ciência
empírica e interdisciplinar, fá- tica do “ser” empírica e interdisciplinar, fá- tica do “ser”
B) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever ser” … é uma ciência B) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever ser” … é uma ciência
empírica e fática, do “ser” empírica e fática, do “ser”
C) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser” … é uma ciência C) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser” … é uma ciência
jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever ser” jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever ser”
D) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser” … é uma ciência D) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser” … é uma
jurídica, cultural e normativa, do “dever ser” ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”
E) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um conceito E) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um conceito
formal, normativo, do “dever ser” … não é considerado uma ciência, pois formal, normativo, do “dever ser” … não é considerado uma ciência, pois
encara o delito como um fenômeno social, do “ser” encara o delito como um fenômeno social, do “ser”
d. Podemos dizer, então que A FUNÇÃO DA CRIMINOLOGIA É a. Duas Grandes Concepções sobre o SISTEMA DA CRIMINOLOGIA
EXPLICAR E PREVENIR O CRIME, INTERVIR NA PESSOA DO
INFRATOR E AVALIAR OS MODELOS DE CONTROLE SOCIAL
FORMAL E INFORMAL DE FORMA A SEREM MAIS ATUANTES E i. Escola austríaca – concepção ENCICLOPÉDICA (decorar)
EFICAZES.
1. Diversas disciplinas interligadas
a. Realidade Criminal – etiologia criminal (Estudo das causas dos crimes),
biologia criminal, prognose criminal (propensão ao crime), psicologia
criminal, antropologia, geografia e ecologia criminal (estudo dos crimes
por regiões geográficas e como o ecossistema urbano o facilita).
b. Processo criminal – criminalística (perícias)
c. Repressão e Prevenção – penologia (estudo das penas) e profilaxia
(técnicas de controle criminal).
2. É a adotada pra criminologia MODERNA.
SISTEMA DA CRIMINOLOGIA
a) Criminologia Positiva e
Moderna é uma
CIÊNCIA
AULA 02
i. Mutabilidade
e. Decorar:
ii. Flexibilidade (A) abstrata e imensurável
Conceitua-se a criminologia, por ser baseada na experiência e por Principais: i. Procurou construir limites do poder
ter mais de um objeto de estudo, como uma ciência:
punitivo do Estado em face da liberdade
individual
ii. Contrária à tortura e penas
(A) abstrata e imensurável
degradantes do regime absolutista
(B) biológica e indefinida iii. Crime – comportamento desviado
a. Escola Clássica fruto da falta de Deus, de religião, de
(C) empírica e interdisciplinar. seguir a luz
(D) exata e mensurável. iv. Criminoso – pecador
v. Fundamento – livre arbítrio – homem,
(E) humana e indefinida. sendo livre para escolher entre o bem e o
mal, escolhe o último
vi. Pena – é uma resposta objetiva e
prática do delito, de cunho
RETRIBUCIONISTA (proporcional).
Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do
pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico- pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico-
Jurídica e na Criminologia Crítica). Jurídica e na Criminologia Crítica).
iii. DETERMINISMO
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Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do
pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico- pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico-
Jurídica e na Criminologia Crítica). Jurídica e na Criminologia Crítica).
Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do Conceitos de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do
pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico- pensamento criminológico (nas Escolas Clássica, Positiva e Técnico-
Jurídica e na Criminologia Crítica). Jurídica e na Criminologia Crítica).
ii. Assim, situando-se entre aquelas duas, iv. Destarte, foi preocupação dessa
aceita os dados da Antropologia e da Escola evitar as discussões metafísicas
Sociologia Criminal, ocupando-se do do livre arbítrio e do determinismo, que
delinquente, mas, dando a mão ao frequentemente olvidavam as exigências
Classicismo, distingue entre o imputável reais de prevenção do crime.
e o inimputável.
a) Tem em Garofalo um dos seus precursores a) Tem em Garofalo um dos seus precursores
b) Baseia-se no método empírico-indutivo b) Baseia-se no método empírico-indutivo
c) Crê no livre arbítrio c) Crê no livre arbítrio
d) Surge na etapa científica da criminologia d) Surge na etapa científica da criminologia
e) Criou a figura do criminoso nato e) Criou a figura do criminoso nato
b. Classificação pelos Positivistas (Período Científico) b. Classificação pelos Positivistas (Período Científico)
b. Classificação pelos Positivistas (Período Científico) b. Classificação pelos Positivistas (Período Científico)
b. Classificação pelos Positivistas (Período Científico) c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES
MODERNOS, a saber:
iii. Garófalo
d. CÂNDIDO MOTA – obra Classificação dos Delinquentes:
3. Ladrões ou neurastêmicos
a. Possuem senso moral, mas falta probidade, 1. Não possuem tendência para o
eles sabem que a diferença entre o certo e o cometimento de crimes, perpetrando-os
errado, mas escolhem a prática de crimes por por influência do meio social em que vivem
falta de freios inibitórios. ou por uma oportunidade surgida.
i. Ocasionais Lembrar: “A ocasião faz o ladrão”.
2. Ex. pequenos furtos e estelionatos
3. Mostram arrependimento
4. Se forem detidos, descobertos, tendem
a não mais delinquir.
5. MENOR PERICULOSIDADE
6. MAIOR RESSOCIALIZAÇÃO
c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES
MODERNOS, a saber: MODERNOS, a saber:
d. CÂNDIDO MOTA – obra Classificação dos Delinquentes: d. CÂNDIDO MOTA – obra Classificação dos Delinquentes:
c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES
MODERNOS, a saber: MODERNOS, a saber:
d. CÂNDIDO MOTA – obra Classificação dos Delinquentes: d. CÂNDIDO MOTA – obra Classificação dos Delinquentes:
c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES
MODERNOS, a saber: MODERNOS, a saber:
e. HILÁRIO DA VEIGA FILHO, por sua vez, classificou os e. HILÁRIO DA VEIGA FILHO, por sua vez, classificou os
delinquentes pela maior ou menor presença de fatores delinquentes pela maior ou menor presença de fatores biológicos
BIOLÓGICOS ou MESOLÓGICOS (meio) na sua conduta delitiva, ou mesológicos (meio) na sua conduta delitiva, assim sendo:
assim sendo:
c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES c. Tal classificação influenciou diversos AUTORES
MODERNOS, a saber: MODERNOS, a saber:
e. HILÁRIO DA VEIGA FILHO, por sua vez, classificou os e. HILÁRIO DA VEIGA FILHO, por sua vez, classificou os
delinquentes pela maior ou menor presença de fatores biológicos delinquentes pela maior ou menor presença de fatores biológicos
ou mesológicos (meio) na sua conduta delitiva, assim sendo: ou mesológicos (meio) na sua conduta delitiva, assim sendo:
1. Pessoas que sofrem alta
1. Pessoas em que é impossível influência do MEIO onde vivem.
distinguir se possuem alguma 2. Ex. adolescente que cresce
iv. Mesocriminosos
iii. Biomesocriminosos influência biológica (leve doença vendo o traficante da comunidade
Preponderantes onde vive, que tem esse individuo por
mental) ou influência mesológica
(social). exemplo.
2. Baixa probabilidade de 3. Reincidência pode ocorrer, a
reincidência depender da continuação no mesmo
meio.
VITIMOLOGIA VITIMOLOGIA
c. Contribuem para a ocorrência de uma infração penal, pelo seu h. São aquelas que permanecem em silêncio, não comunicando a
comportamento agressivo, ou que acaba por instigar o acontecimento, prática delitiva sofrida a quem de competência, não reportando crimes
ou por seu comportamento inadequado, que levam o criminoso a que sofrem (CRIFRA NEGRA) de forma que isso gera um estímulo à
praticar o ato lesivo. prática de novos crimes pelos delinquentes. Ex. vítima de estupro,
d. Também chamado de PERIGOSIDADE VITIMAL esse de pequenos furtos, de violência doméstica (marido volta a bater, mais
comportamento da vítima. e mais, e com maior intensidade).
e. Ex. pessoal altamente desleixada no trânsito, que fala ao celular
enquanto dirige, desrespeitando regras, e bate o carro, e em seguida é
agredida.
f. Ex2. Jovem exibindo o corpo com poucos trajes ao praticar esporte
em um parque público, instigando o estuprador
g. Ex3. Transeunte que passeia em via pública ostentando joias e
relógio, totalmente displicente, instigando o roubador.
I. Vítimas do Estado, fruto de comportamento ímprobo do J. São aquelas que buscam incessantemente a reparação pelos
administrador público, faz com que a população ainda tenha que ter crimes sofridos, comunicando o fato à autoridades, cobrando atuação
gastos extras com saúde, educação e segurança, uma vez que não das mesmas, fornecendo dados e elementos de informação,
podem contar com o amparo do Estado nesta questão, devido à contratando advogados e buscando vítimas de crimes similares aos
má qualidade da prestação de serviço. sofridos, com intuito de buscar e fornecer amparo. Ex. integrantes de
Associações de Proteção às vítimas de acidentes, como um acidente de
avião.
VITIMOLOGIA VITIMOLOGIA
PROCESSO DE VITIMIZAÇÃO
execução 1. Consiste no ato ou efeito de alguém tornar-se vítima de sua própria
conduta (autolesão ou suicídio), da conduta de terceiros (crimes
d. resistência da vítima para evitar a todo custo que seja atingida pelo
resultado pretendido pelo seu agressor.
diversos) ou mesmo de fato da natureza (acidentes, catástrofes).
VITIMOLOGIA VITIMOLOGIA
HETEROVITIMIZAÇÃO
consiste na autoculpabilização da vítima pelo crime, é o caso da vítima que
se culpa por ter sido vítima, a mulher que se culpa pela roupa que usou, ou
o pai de família que se culpa por ter deixado a vela que causou o incêndio
acesa etc.
PARTE GERAL
Princípios = abstração
Regras = concreção
PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS
Assim COMPORTAMENTOS INOFENSIVOS NÃO PODEM SER A dignidade da pessoa humana traz enorme carga valorativa e
CONSIDERADOS CRIMES, NEM TIPIFICADOS PELO nenhuma carga concreta, mas é assim que deve ser. Será valorado pelo
LEGISLADOR. aplicador do direito, e seu conteúdo é conformado pela própria Constituição
Federal.
• Teoria do Crime → Tipificar condutas que não ferem bens Onde se lê “crime”, acrescente-se a “contravenção penal”, e onde se lê
jurídicos absolutamente relevantes para sociedade, tornando crimes “pena”, se inclua a “medida de segurança”.
condutas insignificantes, ou que não firam bens jurídicos etc.
Legalidade – origem = Carta Magna – já impunha a necessidade de
NORMA PRÉVIA PARA HAVER PUNIÇÃO LEGAL. Perdido na idade
• Teoria da Pena → vedação de penas cruéis, tratamento média, retomado no ILUMINISMO.
vexatório, degradante.
II. Princípio da Anterioridade → Lege Praevia → “Lei III. Princípio da Taxatividade → Lege Certa → “Lei Certa/
Anterior” ao crime, além de só ser tipificado por lei, tal lei penal Detalhada” → vedação a tipos penais vagos, a lei penal deve ser
deve ser anterior ao fato que pretende regular. determinada em seu conteúdo. Tipos penais excessivamente genéricos
eram uma das armas do nazismo, para englobar qualquer ação atípica como
crime. Fere a dignidade e a segurança jurídica. As pessoas devem saber
exatamente qual conduta gera crime, e um tipo vago impede tal ciência. Uma
lei penal incriminadora que pune condutas vagas e indeterminadas fere o
aspecto político do princípio da legalidade, fere a segurança jurídica.
IMPORTANTE → NÃO CONFUNDIR tipo penal VAGO com CRIME VAGO.
Ex. CP de 1939, da Alemanha Nazista → “Praticar qualquer atentado contra
o sadio sentimento do povo alemão” → inteiro arbítrio do aplicador da lei.
a. Tipo Penal Vago → absolutamente proibidos → ferem b. Tipo penal Aberto → válidos → Crimes culposos são
taxatividade → Fórmula usada na Alemanha Nazista. abertos → é aquele que emprega elementares que possuem amplo
i. POLICIAIS - Há quem defenda que o Art. 3º da Lei de alcance, mas seu conteúdo é determinado.
Abuso de Autoridade FERE A TAXATIVIDADE →
“Constitui abuso de autoridade QUALQUER c. Crime Vago → crime cuja vítima / sujeito passivo é
ATENTADO”, “a) à liberdade de locomoção ...”. → É despersonificado, como a coletividade, a família:
VAGO, deixa o tipo penal muito aberto e suscetível a i. Tráfico → Objetividade Jurídica / Bem
subjetividades indevidas, para quem defende que tal jurídico tutelado → Saúde Pública → Vítima → Sociedade
crime é inconstitucional, ferindo a legalidade. ii. Ato Obsceno → Objetividade Jurídica / Bem
jurídico tutelado → Pudor Público → Vítima → Sociedade.
B) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Desdobramentos do Princípio
Não é expresso na CF. É princípio implícito, que decorre do art. 5º, inc. LVII • 1º lugar → repúdio a qualquer espécie de responsabilidade
da CF, de presunção de não-culpabilidade (MP/ Delpol) / presunção de pelo resultado, ou seja, responsabilidade objetiva (DOLO OU CULPA
inocência (Magis). NA CONDUTA – Vedação à Responsabilidade Objetiva – no direito civil
é permitida)
Ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença
condenatória → não se prolata sentença condenatória sem que o • 2º lugar → exigência de que a pena não seja infligida senão
indivíduo seja considerado culpado → a RESPONSABILIDADE PENAL quando a conduta do sujeito, mesmo associada causalmente a um
EXIGE CULPABILIDADE. resultado, lhe seja reprovável (REPROVABILIDADE SUBJETIVA – Saber
que age criminosamente) → Potencial Consciência de Ilicitude
• Teorias Tripartidas do Crime → Não há crime sem culpabilidade. (possiblidade de saber que age contrariamente ao Direito) + Imputabilidade
(capacidade de ENTENDIMENTO + AUTODETERMINAÇÃO de sua
• Teorias Bipartidas do Crime → não há pena sem culpabilidade (é conduta).
pressuposto de aplicação da pena).
Condutas que produzam lesões insignificantes aos bens penalmente Princípio da Insignificância foi ressurgido por Klaus Roxin → afirma que a
tutelados são penalmente atípicas. ausência de tipicidade material é a falta de lesão ou ameaça de lesão ao bem
jurídico, e a função do Direito Penal é a proteção subsidiária de bens
Para concurso do MP e DELPOL deve-se tomar com cautela, apenas para jurídicos. Se não há lesão ao bem, não há porque se punir o indivíduo,
casos em que seja patente a insignificância da lesão ao bem jurídico. havendo meramente TIPICIDADE FORMAL. Portanto, é NECESSÁRIA
TIPICIDADE MATERIAL (lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico).
IMPORTANTE → DELPOL/PF → Delegado pode deixar de instaurar IP
em caso de insignificância? Sim, mas só se for caso de inequívoca
aplicação do princípio, pois o caso é de atipicidade material da conduta
(constrangimento ilegal). Se for caso nebuloso, deve instaurar e apurar.
DELPOL/SP → Súmula nº 7 → Seminário Integrado a Polícia Judiciária da a. 4 vetores exigidos pelo STF – DICA MNEMÔNICA
União e do Estado de São Paulo – DECORAR SÚMULAS i. Periculosidade mínima do agente
ii. Reprovabilidade mínima da conduta
Configura PODER-DEVER (discricionariedade regrada) do Delegado de iii. Ofensividade mínima da conduta
Polícia, ao término da lavratura do auto flagrancial, TORNAR iv. Lesividade reduzida ao bem jurídico
INSUBSISTENTE A PRISÃO em flagrante delito e determinar a IMEDIATA v. “PROL da sociedade”
SOLTURA do indivíduo preso, nas hipóteses de CARÊNCIA DE
ELEMENTOS seguros de autoria e materialidade da infração penal, bem O STF aplicou 49 vezes em 2009, em HCs o princípio da insignificância.
como da presença de indícios suficientes de eventuais circunstâncias
acarretadoras da atipicidade, da exclusão da antijuridicidade ou da
inexigibilidade de conduta diversa.
1ª posição → AFASTA aplicação do princípio, segundo STJ (5ª Turma) Nos crimes da Lei Antidrogas, não há como se aplicar tal princípio
STF (1ª e 2ª Turmas)→ reiteração criminosa tende a afastar o princípio, (MP). Como o bem jurídico atingido é a Saúde Pública, a incolumidade
mas não é vedação absoluta, o julgador deve analisar conjuntamente os pública, o mero porte da droga para consumo pessoal já ofende tal
requisitos, mas a reincidência deve sim ser analisada. bem jurídico, é CRIME DE MERA CONDUTA (resultado naturalístico) ou
de PERIGO ABSTRATO (resultado jurídico) → crime de perigo presumido
2ª posição → não afasta aplicação, temos decisões mais isoladas do STJ ao bem jurídico, presunção jure et de jure ).
Roubo → também não se aplica o princípio da insignificância, pois há Crimes Tributários → é aplicado o princípio da insignificância. Para o STF e
violência ou grave ameaça. É crime complexo, pluriofensivo, e portanto, o parâmetro é de 20 mil reais, atualmente, que é o valor estabelecido na
mesmo que o aspecto patrimonial seja reduzido ou ínfimo, a ofensa à Portaria do Ministério da Fazenda no sentido de que a os Procuradores da
integridade física, liberdade individual e etc não é nunca ínfima. Roubo nunca Fazenda Nacional estão dispensados de ajuizar execução fiscal até esse
é insignificante. Há posição minoritária que, em caso de ofensa ínfima valor, preenchidos alguns requisitos. O Estado dispensa a cobrança de
patrimonial, haveria desclassificação de ROUBO para tais valores, tal valor é ínfimo e não gera tipicidade material. Para o STJ, o
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. Retirado o aspecto patrimonial, fica o valor é o da lei, do CTN, de 10 mil reais.
constrangimento. Mas não defender em concurso de DELPOL ou MP.
STF = 20 mil – Portaria 75 do Ministério da Fazenda
Ex. Trote Acadêmico. Não deixa de ser crime, se praticado fora daquele dia,
quando o “costume” faz com que seja atípico → Não há tipicidade
material, apenas formal (costume aplicado in bonan partem, para beneficiar
o réu e retirar a conduta da tipicidade do crime do art. 146 → fato se torna
atípico, por aquele costume já aceito, não gera constrangimento ilegal).
SOCIÓLOGOS
i. delito ou crime,
ii. do criminoso,
iii. da vítima,
ESCOLAS SOCIOLÓGICAS iv. controle social do crime.
MEMORIZAR: CRIME
b. Premissas –
a. Sociólogos Émile Durkhein e Robert Merton – decorar i. dentro de uma sociedade que tenta viver de forma coesa,
nomes existem indivíduos ANÔMICOS, ou seja, desprovidos de
moral, sem valores e sem limites.
ii.O delito é um fenômeno normal, constante e possui um
volume determinado, uma incidência determinada.
a. Teoria da Anomia
a. Teoria da Anomia
a. Teoria da Anomia
a. Teoria da Anomia
b. Escola de Chicago
c. Teoria da Associação a. Sociologia criminal da “grande cidade”, aplicável aos grandes
Diferencial centros urbanos. Surgiu com base no empirismo (observação)
dos grandes centros, do desenvolvimento urbano, da divisão do
d. Teoria da Subcultura Delinquente
trabalho, da mobilidade social e da criminalidade existente nas
cidades.
b. Não se preocupa com a figura do delinquente, mas sim da c. Teoria das Janelas Quebradas → Crime é fruto da
INFLUÊNCIA DO MEIO NAS AÇÕES CRIMINOSAS DESORGANIZAÇÃO e da falta de presença do ESTADO.
I. EXPERIMENTO SOCIAL
a) Carro de polícia colocado intacto – permaneceu intocado, nas
duas áreas, pobre e rica.
b) Carro de polícia deixado com a janela quebrada – foi
depredado, tanto na área rica, quanto na pobre.
c. Teoria das Janelas Quebradas → Crime é fruto da c. Teoria das Janelas Quebradas → Crime é fruto da
DESORGANIZAÇÃO e da falta de presença do ESTADO. DESORGANIZAÇÃO e da falta de presença do ESTADO.
II. Correlacionada com a Política de Tolerância ZERO – NY – III. CRÍTICA – encarceramento de classes menos favorecidas
resolveu o problema, todo crime pequeno é tratado com ampla
severidade, autoridade policial não tem discricionariedade, deve
encarcerar, punir exemplarmente e agir com rigor. Pichações,
pequenas depredações, pequenos furtos, por exemplo, são
tratadas de forma grave.
b. Escola de Chicago
b. Escola de Chicago
b. Escola de Chicago
a. Década de 30 – Sociólogo – Edwin Sutherland – apoiar Lei
c.Teoria da Associação Diferencial Antitruste nos EUA
b. Premissa: crime não é uma disfunção das classes menos
d. Teoria da Subcultura Delinquente favorecidas. Os RICOS e BEM EDUCADOS TAMBÉM OS
COMETEM, e geralmente são crimes mais elaborados, de mais
difícil detecção e que envolvem grandes somas de capitais.
c. Aplicação – Crimes de Colarinho Branco
i. Diferença – colarinho branco e colarinho azul
ii. Proletariado usava colarinho azul
b. Escola de Chicago
ii. Crimes de alta complexidade, de difícil persecução, que os
órgãos públicos não estão capacitados para detectar e até mesmo
c.Teoria da Associação Diferencial
de investigar.
f. Teoria da Cegueira Deliberada
d. Teoria da Subcultura Delinquente
Um séquito de pessoas (família, amigos) se beneficiam das
relações com o criminoso de colarinho branco, e usam de seu
dinheiro, bens etc.; sem questionar origem.
g. Brasil → Lava Jato e tantas outras → complexidade enorme dos
crimes, forças-tarefa para investigar
ii. Comunidades do Rio de Janeiro g. “A Conduta delitiva não é produto de desorganização (Escola
1. Regras próprias de Chicago) ou de ausência de valores sociais (Teoria da
2. Endeusamento da figura do traficante Anomia), mas o reflexo de sistemas de normas e de valores
3. Romantização do crime distintos, as subculturas, onde o indivíduo possui um respaldo
4. Exemplo se torna o traficante normativo, onde a conduta normal, regular e adequada é definida
de acordo com o sistemas de normas de valores de cada
subcultura”.
e. Zaffaroni → “cada um de nós se torna aquilo que os outros f. O crime e a reação social são UMA SÓ REALIDADE, ou seja,
veem em nós”, a prisão cumpre a função reprodutora, ou seja, a o homem normal só se difere do criminoso devido à ROTULAÇÃO
pessoa entra rotulada como um delinquente e assume o papel que recebe, das instâncias formais e informais de controle
para o resto da vida, como presidiário ou ex-presidiário. i. Foi indiciado, virou criminoso
ii. Foi denunciado
iii. Foi condenado
iv. Transitou em julgado
g. A criminalização primária produz rotulação, que por sua vez h. Segregação do indivíduo pela sociedade → Ex. Caso Escola
produz criminalizações secundárias (reincidência) → Preso, Base → casal segue eternamente rotulado, estigmatizado, sendo
quando sai da cadeia, consegue emprego fácil? Recebe bom inocentes. Foram etiquetados informalmente, pela mídia, e depois
tratamento numa repartição pública? É chamado de ladrão pelas as instâncias formais não foram capazes de reparar.
demais pessoas? i. Direito penal Mínimo – busca evitar etiquetamento – Lei dos
Juizados Especiais – Evitar rotular pessoa como criminosa, ex.
composição civil, transação penal, sursis processual etc.
TEORIAS DO CONFLITO
a. Modelos de cunho
O comportamento Biologicistas 3. ETIOLOGIA devemos se trata do ESTUDO DAS CAUSAS
BIOLÓGICO
criminal se baseia entender que
b. Modelos de cunho Sociologia
em três grandes
SOCIOLÓGICO Criminal
MODELOS, quais
c. Modelos de cunho ETIOLOGIA o ESTUDO DAS CAUSAS DO
sejam: Psicologicistas
PSICOLÓGICO CRIMINAL CRIME.
Categorias Categorias
a. ENDOMORFO / PÍCNICO OU VISCEROTÔNICO –
pessoas com vísceras digestivas pesadas, com estruturas b. MESOMORFO / ATLÉTICO / SOMATOTÔNICO – grande
somáticas (físicas) fracas, tendência à gordura, formas desenvolvimento das estruturas somáticas (ossos, músculos,
arrendondas, membros curtos, pele suave e com pelos no tecidos conjuntivos), alto, forte, pesado, duro, ereto e
corpo. Possuem pouca tendência para criminalidade. resistente, tronco grande, mãos grandes, com predisposição à
criminalidade, principalmente CRIMES VIOLENTOS.
4. NEUROFISIOLOGIA 5. ENDOCRINOLOGIA
1. Monitora a ATIVIDADE CEREBRAL dos indivíduos, na
tentativa de buscar padrões cerebrais diferenciados para 1. Busca disfunções HORMONAIS no indivíduos, que
pessoas que sejam criminosos, irregularidades, disfunções possam contribuir para a prática de crimes. Traz a ideia de
cerebrais, que contribuam para a criminogênese. quem o homem, com um ser químico, pode ter condutas ou
2. O cérebro de um PSICOPATA ou PORTADOR DE problemas de personalidade desencadeados por
CONDUTA ANTISSOCIAL é reconhecidamente desajustes hormonais ou químicos na produção de
diferenciado, por exemplo. hormônio por suas glândulas e órgãos.
MULHERES → grande vertente da endocrinologia que estuda 1. Busca a CORRELAÇÃO entre ANOMALIAS GENÉTICAS
a conexão entre comportamentos delitivos da MULHER e e a prática de crimes, a propensão para que um indivíduo
os desajustes hormonais típicos da MENSTRUAÇÃO. A acometido de alguma anomalia genética possa ter para a
influência de tais atividades hormonais no temperamento da vida criminosa, ou cometimento de certos crimes.
mulher é clara, e pode ser inclusive fundamento para um
privilégio nos crimes do Código Penal, ou atenuante
genérica. Ex. Ex namorada e metrô.
1. DESORGANIZAÇÃO SOCIAL E FAMILIAR Trata-se do ajuste, adaptação de uma pessoa a uma cultura
que não é aquela na qual foi criado, uma cultura diferenciada
Falta de estabilidade das relações familiares que adveio da da sua. Pessoas que são criadas conforme uma cultura em sua
modernidade, desestruturação da família, base fomentadora do família (ex. criança brasileira, criada no seio de sua família), e
caráter do indivíduo, busca relacionar o crime aos novos passam a viver o cotidiano de uma cultura totalmente
modelos familiares, filhos que nunca tiveram pai, filhos órfãos, diferente, pode gerar uma certa desorientação e praticar fatos
filhos de pais separados, crianças criadas por parentes distantes delituosos (ex. tal criança cresce e passa a viver entre árabes,
etc. onde a cultura é totalmente diferente. Ex. Abu Dhabi, onde não
se pode beijar na rua).
Vida cotidiana moderna dos grandes centros, desregrada, Falta de escolaridade é um fato claro para a criminogênese.
com vida noturna fervorosa e ativa, bons costumes Contribui para a má formação da personalidade, e pode ser
esquecidos, capitalismo exacerbado, normas morais originada na própria falta de interesse do indivíduo ou da falta de
flexíveis, passam a influenciar no caráter do ser humano ainda acesso à escola, por responsabilidade estatal.
não formado, com perda dos princípios éticos do indivíduo. Ex.
quantidade de casas de prostituição, jogo ilegal etc que são
conhecidas, comuns e “aceitas” nos grandes centros.
OLIGOFRENIAS OLIGOFRENIAS
Quociente de Nível de Quociente de Perfil
Perfil Nível de
inteligência Retardamento inteligência Retardamento
50 a 70 - Pessoas educáveis, com capacidade de
Até 20-25 – Precisam de constante vigilância, não são
Antigamente trabalho, mas não tem total autonomia. Vivem
antigamente capazes de viver por si em sociedade, a
chamados de Leve satisfatoriamente em comunidade, com certos
chamados de TENDÊNCIA CRIMINAL É ALTA, justamente por
“débeis problemas comportamentais mas se educados
“idiotas” não entenderem as relações sociais. CRIMES
mentais” possuem BAIXA TENDÊNCIA CRIMINAL
SEXUAIS, PATRIMONAIS E VIOLENTOS SÃO
35 a 50 - Pessoas adestráveis, com capacidade de
COMUNS, sempre grosseiros e, no caso dos
antigamente aprender hábitos de higiene e segurança, só
sexuais, tentados, pois muitas vezes não tem
chamados de MODERADA realizam funções simples e não podem viver PROFUNDA capacidade de consumar o ato sexual.
“imbecis” sozinhos, TENDÊNCIA CRIMINAL
MODERADA, para crimes ESPECÍFICOS
20 – 35 – Só conseguem aprender a falar, não conseguem
antigamente escrever, vida em comunidade é altamente
chamados de GRAVE prejudicada e entendimento da linguagem é
“imbecis” mínimo, podem PRATICAR CRIMES DE
ÍMPETO, violentos, por falta de entendimento
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INVESTIGADOR DE POLÍCIA – JAN/2009 –
ETIOLOGIA CRIMINAL
ACADEPOL
IMPORTANTE LEMBRAR:
O indivíduo incapaz de se cuidar e se bastar a si mesmo, com QI
abaixo de 20 e idade mental abaixo de 3 anos, tem seu estado
mental caracterizado como:
1 NORMALIDADE QI 90 a 120
A. Hipofrênico
2 HIPERFRENIA QI 120 a 140 B. Débil mental
C. Imbecil
3 GENIALIDADE QI acima de 140 D. Idiota
E. Hiperfrênico
4) Bipolaridade ou Transtornos de Estado de Ânimo e Humor 4) Bipolaridade ou Transtornos de Estado de Ânimo e Humor
a. Categoria de fatores psicopatológicos que geram ALTA c. Piromania – atração por fogo, necessidade de causar
PROBABILIDADE DE CRIMINOGÊNESE. Caracterizada pela incêndios, por prazer, para liberar tensão. Comum no
dificuldade ou impossibilidade de resistir a um impulso homem
específico, que pode ser prejudicial ao próprio doente. Sentem
uma sensação de TENSÃO antes de realizar a conduta, d. Ludopatia – jogo patológico, comum em homens e
experimentando PRAZER e SATISFAÇÃO ao consumá-la, com mulheres, jogo recorrente, persistente, com alta
posterior CULPA e ARREPENDIMENTO. possiblidade de deterioração da vida do doente, altera vida
pessoal, familiar, profissional.
b. CLEPTOMANIA – impulso recorrente em furtar objetos.
Age só, sem cúmplices, sentem alívio após realiza-lo, e não e. Oneomania – compulsão em comprar, atinge mais
precisa do objeto, não lhe tem valor, apreciam o perigo / medo. mulheres que homens. Prazer comparável ao uso de
Frequente em mulheres. drogas, está ligado a fatores culturais.
i. Classe de pessoas altamente ambiciosas, que não i. Necessidade que as pessoas tem de estar em evidência,
suportam o caminho comum e ordinário de trabalho, economia em um certo grupo, mesmo que para isso tenham que praticar
e esforço para prosperar na vida. Tendem a buscar a “via crimes. É o caso do estelionatário que pratica crimes para
rápida”, sem sacrifício pessoal, que a criminalidade promete. sustentar uma vida de luxo. O mesmo acontece com os
Muito comum em pessoas de classe média que querem criminosos de colarinho branco, políticos etc.
riqueza.
i. São pessoas cujo senso de compaixão, piedade e moral i. Necessidade de autoafirmação e de abandono das
estão deturpados. São altamente EGOCÊNTRICOS, e só se regras postas, pessoas que estabelecem suas próprias
preocupam com seus interesses. Costumam se tornar regras de vida, sem amadurecimento. Em suma, possuem
torturadores, chefes do tráfico etc. Também chamados de “idade”, mas não tem “juízo”. São pessoas que não
LOUCOS MORAIS. amadureceram e praticam crimes pequenos, uso recreativo
de drogas, pequenos furtos, pichação, dano ao patrimônio
público etc. Também chamados de ANÔMICOS.