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CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

Prof. M.Sc. Elker Lucas Garroni


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
SUMÁRIO
1. Introdução .............................................................................................................

2. Classificação dos Elementos Estruturais ..........................................................


2.1. ELEMENTOS LINEARES ........................................................................................
2.2. ELEMENTOS BIDIMENSIONAIS ...............................................................................
2.3. ELEMENTOS TRIDIMENSIONAIS .............................................................................

3. Funções dos elementos estruturais ...................................................................


3.1. ELEMENTOS LINEARES ........................................................................................
3.2. ELEMENTOS BIDIMENSIONAIS ...............................................................................
3.3. ELEMENTOS TRIDIMENSIONAIS .............................................................................
3.4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS COMPOSTOS ...............................................................

4. Concepção estrutural...........................................................................................
4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................................
4.2. ESCOLHA DO SISTEMA ESTRUTURAL ....................................................................
4.2.1. Parâmetros de escolha ...........................................................................
4.2.2. Sistemas estruturais ...............................................................................
4.3. LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS ............................................................

Bibliografia................................................................................................................
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
INTRODUÇÃO

• A Concepção Estrutural consiste na escolha do sistema


estrutural e no arranjo dos elementos que o constituem.

• Sistemas Estruturais: Alvenaria Estrutural, Estrutura Metálica


em Aço, Concreto Pré-moldado e Concreto Moldado no
Local, com os pavimentos podendo ser em Laje Maciça com
Vigas, Laje Nervurada e Laje sem Vigas etc.

• Programas de cálculo não fazem a Concepção Estrutural .

• Trabalho conjunto dos profissionais envolvidos.


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

VIGAS:

• apoio para as lajes ou outras vigas e paredes.

• elementos de transição recebem cargas


concentradas de pilares.

• travar elementos de fundação.


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

VIGAS:
P1
P2
P3

VIGA DE TRANSIÇÃO
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

PILARES:

• receber os esforços provenientes de vigas e lajes e


transmiti-los aos elementos de fundação.

• vigas e pilares formam pórticos que resistem às ações


horizontais
P1 VC P2 P3 P4

• Estabilidade Global do Edifício VTi

VTi

VTi

VTi
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

TIRANTES:

• barras de concreto armado submetidas a tração


simples são denominadas de tirantes.

• verificação do estado limite último com a participação


do concreto solicitado à tração é desprezada.

• elemento de contraventamento.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

LAJES:

• receber as ações verticais – permanentes ou acidentais


– atuantes nos pavimentos e coberturas.

• transferência das forças horizontais para os elementos


de contraventamento (pórticos e núcleos resistentes),
mediante esforços atuando no plano do pavimento
(Efeito Diafragma).

• elemento de fundação direta → “Radier”


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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

LAJES: Radier da Torre Norte do Centro Empresarial


Nações Unidas, em São Paulo.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

PAREDES ESTRUTURAIS:

• estruturas laminares planas verticais apoiadas de modo


contínuo em toda a sua base, sendo que o comprimento
da seção transversal é maior do que cinco vezes a
largura.

• cortinas de edifícios de concreto armado apoiadas sobre


sapatas corridas.

• paredes de reservatórios que estão em contato com o


solo.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

PAREDES ESTRUTURAIS:

• pilar-parede é um exemplo de parede estrutural, sendo


calculado como pilar mas com disposições particulares
relativas às paredes.

• usado como núcleo enrijecedor do edifício


Estabilidade Global do Edifício.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

PAREDES ESTRUTURAIS:
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

VIGAS-PAREDE:

• estruturas laminares planas verticais apoiadas


isoladamente (blocos de fundação, sapatas ou
pilares), com altura total no mínimo igual a metade do
comprimento do vão para vigas-parede de um tramo
simplesmente apoiado.

• exemplo de vigas-parede são as paredes de


reservatórios.

• vigas-parede → vigas de grande altura.


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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

CASCAS:

• estruturas laminares não planas, resistentes pela


forma e não pela massa.

• exemplos de cascas são: reservatórios com grande


capacidade de armazenamento, silos, coberturas de
grandes vãos e até mesmo barragens de usinas
hidrelétricas.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

CASCAS: Reservatórios com cobertura em casca.


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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS
SAPATAS:

• adotadas quando nas proximidades do nível no qual deve


ser locado o pavimento de menor cota, em relação ao nível
original do terreno, a resistência do solo é considerada
satisfatória.

• forma irá depender da superestrutura que irá sustentar,


podendo, deste modo, ser isolada ou corrida.

• dimensões da sapata serão função da tensão admissível do


solo, possibilidade de tombamento (força horizontal e
momento fletor) e puncionamento (força vertical e momento
fletor) do elemento
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

SAPATAS:
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

BLOCO SOBRE ESTACAS:

• utilização de estacas como elementos de fundação


quando o terreno é consistente em camadas profundas,
quando existe grande quantidade de água ou quando há
necessidade de resistir ações horizontais de importância.

• estudos preliminares invalidam a utilização de fundação


direta.

• bloco sobre estacas define-se como um elemento


responsável por transferir as cargas dos pilares para um
conjunto de estacas ou tubulões.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

BLOCO SOBRE ESTACAS:


a

a ao
bo b
a o

bo b

Nd
bo
Nd

h d

h d
As
e e

As e

Nd/2 Nd/2
Nd
c  c b
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

CONSOLOS:

• elementos estruturais que se projetam de pilares ou


paredes para servir de apoio para outras partes da
estrutura ou para cargas de utilização.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

ESCADAS:

• elementos compostos por outros elementos


estruturais (lances formados por lajes que, por sua
vez, se apoiam nas vigas posicionadas nas
extremidades das escadas.

• elemento de passagem entre níveis diferentes.


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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

ESCADAS:
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

MUROS DE ARRIMO:

• estruturas de contenção de terrenos e, portanto, estão


submetidos a empuxo de terra.

• atentar para a possibilidade de saturação do terreno que


irá aumentar a ação horizontal sistema de drenagem.
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FUNÇÃO DOS ELEMENTOS

MUROS DE ARRIMO:
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

• concepção deve levar em conta a finalidade da edificação


e atender, tanto quanto possível, às condições impostas
pela arquitetura.

• estrutura deve ser coerente com o solo no qual se apoia.

• projeto estrutural em harmonia com demais sistemas, tais


como: instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, gás,
incêndio e ar condicionado.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

• iniciar estruturação pelo pavimento-tipo ou dos


pavimentos superiores em direção aos inferiores para
sejam verificadas interferências no posicionamento dos
elementos.

• sistema estrutural deve ser projetado para resistir às


ações verticais e às ações horizontais:
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

subsistema vertical → lajes recebem cargas que são


posteriormente passadas às vigas, destas para os
pilares e paredes estruturais e por fim às fundações.

subsistema horizontal → ações horizontais têm início


nas paredes externas do edifício, onde atua o vento.
Em seguida, por meio do efeito diafragma das lajes,
estas ações são transmitidas aos elementos verticais
de grande rigidez, tais como pórticos, paredes
estruturais e núcleos, que formam a estrutura de
contraventamento.
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ESCOLHA DO SISTEMA ESTRUTURAL:

Parâmetros de Escolha:

• Legislação municipal quanto ao uso e ocupação do solo


– Coeficiente de Aproveitamento e Taxa de Ocupação do
Solo.

• Imposições arquitetônicas

• Ações presentes no edifício

• Interfaces entre os subsistemas

• Possibilidade de racionalização
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ESCOLHA DO SISTEMA ESTRUTURAL:

Parâmetros de Escolha:

• Disponibilidade de recursos técnicos, econômicos e


de materiais

• Prazos de execução

• Tipo e porte da obra


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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ESCOLHA DO SISTEMA ESTRUTURAL:

Sistemas Estruturais:

a) Pavimentos de lajes maciças com vigas

b) Pavimentos de lajes nervuradas com vigas

c) Pavimentos de lajes nervuradas pré-moldadas

d) Pavimentos de lajes maciças sem vigas

e) Pavimentos em grelha de vigas


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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ESCOLHA DO SISTEMA ESTRUTURAL:

Sistemas Estruturais:

f) Sistemas mistos

g) Sistemas estruturais melhorados


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS COM VIGAS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS COM VIGAS

Vantagens:

• facilidade de execução de instalações elétricas


embutidas na laje e a não exigência de grandes
quantidades de concreto para sua execução.

• grande rigidez aos deslocamentos verticais.

• as vigas podem junto com os pilares formarem pórticos


resistentes aos esforços transversais.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS COM VIGAS

Vantagens:

• sistema ideal para pequenos ou médios vãos. A


deformabilidade das placas cresce bastante para vãos > 5 m.

• O sistema permite o uso de alguns procedimentos de


racionalização, tais como: a) emprego de armadura em telas
para as lajes (principalmente as positivas); b) uso de
instalações elétricas embutidas ou com pouca interferência
na estrutura; c) simplificação nas tarefas executivas (quando
comparado com lajes nervuradas).
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS COM VIGAS

Desvantagens:

• A maior desvantagem e dificuldade de execução, além


de aumento de custo (pela quantidade de forma gasta),
está na execução das vigas que limitam o projeto
arquitetônico.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS COM VIGAS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS COM VIGAS

Vantagens:

• melhor rigidez aos deslocamentos verticais.

• alcance de maiores vãos comparado às lajes


maciças.

• concreto na região tracionada não é considerado na


resistência do estado limite último, assim procura-se
substituir parte deste concreto (nas lajes) por material
inerte ou usar fôrmas reaproveitáveis, conforme pôde
ser visto na figura anterior.
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS COM VIGAS

Desvantagens:

• o uso de fôrmas reaproveitáveis, embora reduza bastante a


quantidade de material empregado, pode não ser a solução
mais econômica, pois para se obter um teto liso seria
necessário o emprego de placas de gesso, normalmente caras.

• o uso de material de enchimento permite tetos lisos, porém a


montagem da laje fica mais complexa e demorada, exigindo
maior cuidado durante a concretagem (“bicheiras” nas
nervuras). Há a possibilidade da movimentação dos elementos
de enchimento.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS COM VIGAS

Desvantagens:

• os procedimentos de racionalização são mais difíceis


de adotar.

• não é fácil projetar uma modulação única para o


pavimento todo. Isto faz com que o uso de telas fique
praticamente inviabilizado.

• o uso de instalações elétricas embutidas na lajes não


é recomendado devido a interferência que causará
tanto nas nervuras quanto nas armaduras.
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS PRÉ-MOLDADAS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS PRÉ-MOLDADAS

Vantagens:

• o elemento pré-moldado resiste ao peso-próprio da laje para


um vão de até 1,5 m. Assim, o escoramento necessário para
executar a laje não requer um grande número de peças
verticais (pontaletes).

• para se fazer a concretagem da “capa” não é necessário


utilizar fôrmas, como é no caso das lajes maciças.

• para lajes pré-moldadas em que as nervuras são de concreto


protendido, pode-se alcançar maiores vãos.
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PAVIMENTOS DE LAJES NERVURADAS PRÉ-MOLDADAS

Desvantagens:

• nos edifícios de muitos andares, por exemplo, mais de 5,


deve ser analisada a conveniência de adotá-las em função
dos equipamentos necessários ao transporte das vigotas
aos pavimentos superiores.

• este fato pode trazer acréscimo de custo e principalmente


de segurança na obra.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Vantagens:

• a eliminação das vigas proporciona uma grande liberdade na


definição de espaços internos, que normalmente estão sempre
vinculados à rígida disposição das vigas.

• eliminação de todas as etapas de execução das vigas (fôrmas,


armaduras e concretagem), racionalizando as tarefas,
aproveitando melhor os materiais e reduzindo o desperdício.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Vantagens:

• se os painéis puderem ser projetados com dimensões


próximas entre si, todas as lajes poderão ter a mesma
espessura, o que também simplifica a execução das fôrmas
das lajes e do escoramento, a preparação e colocação das
armaduras e a concretagem.

• as fases de montagem e desmontagem das fôrmas tornam-


se muito mais simples, proporcionando ganho de tempo e
maior aproveitamento do material.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Vantagens:

• racionalização e padronização de cimbramentos.

• possibilidade de uso de telas.

• concretagem das lajes fica simplificada, aumentando a


produtividade e melhorando a qualidade da execução,
reduzindo o acabamento final ou mesmo eliminando-o.

• simplificação dos projetos e da execução das instalações


prediais, facilitando o uso de “kits” hidráulicos e elétricos.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Vantagens:

• quanto aos aspectos arquitetônicos: maior pé-direito


disponível, tetos lisos com liberdade na definição de
espaços, melhores condições de iluminação e
ventilação.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Desvantagens:

• a ausência de vigas conduz a três problemas:


– punção da laje pelo pilar;

– deslocamentos transversais excessivos das lajes; e

– pouca rigidez às ações laterais.


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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Soluções:

• punção combatida com o engrossamento do pilar


(capitel) ou aumento da espessura da laje (pastilha),
para diminuir as tensões de cisalhamento na ligação.. A
colocação de armadura específica para combater a
punção tem mostrado ser uma boa alternativa.

• ações laterais resistidas fixando-se a estrutura em


poços de elevadores ou de escadas, ou colocando-se
vigas nas bordas ou mesmo paredes estruturais.
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PAVIMENTOS DE LAJES MACIÇAS SEM VIGAS

Soluções:

• os deslocamentos transversais excessivos limitam a


utilização de grandes vãos (reduzindo muito as
vantagens do sistema), ou requerem grandes
espessuras, o que, além de outros inconvenientes,
aumenta o carregamento total. O uso de concreto
protendido ameniza estes problemas.
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PAVIMENTOS DE LAJES EM GRELHA DE VIGAS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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PAVIMENTOS DE LAJES EM GRELHA DE VIGAS

Vantagens:

• boa rigidez aos deslocamentos verticais.

Desvantagens:

• fôrmas com vários recortes devido as vigas.

• necessidade de um acabamento final sob a laje para torná-la


lisa.

• interferência das instalações com as nervuras e armaduras.


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PAVIMENTOS DE LAJES EM GRELHA DE VIGAS

Desvantagens:

• Em função disso, este tipo de sistema estrutural


costuma ser empregado em garagens de edifícios
onde, não há grandes preocupações estéticas e os
vãos ultrapassam os 5 metros.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MISTOS

• resultantes da composição de diferentes sistemas em um


mesmo edifício ou pavimento:
– num mesmo pavimento, pode-se utilizar laje nervurada
onde os vãos são maiores e laje maciça nos pequenos vãos
por questão de simplificação.

– os pavimentos de um edifício podem ser de sistemas


estruturais diferentes, por exemplo, quando a garagem é
executada em laje nervurada ou grelha de vigas e o restante
da edificação em laje maciça com ou sem vigas.
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MISTOS

• o uso de vigas de borda em lajes lisas, para combater a


punção nas regiões dos pilares laterais e de canto, e
melhorar a rigidez aos deslocamentos transversais e laterais
do edifício (efeito de pórtico), costuma ser empregado.

• Por fim, uma opção alternativa é a utilização simultânea de


materiais diferentes, como pavimentos formados por lajes de
concreto armado sobre vigas metálicas (próxima figura).
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MISTOS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• os sistemas estruturais podem ser melhorados com a


utilização de materiais com melhor desempenho
estrutural, sendo isto medido por meio da resistência
mecânica, durabilidade, ductilidade etc.

• deste modo, o emprego do concreto de alto desempenho


e dos aços de protensão vêm ganhando cada vez mais
espaço.
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• Aços de alta resistência


– suportam altos esforços de tração (até 1.900 MPa).

– são fabricados em aço de alta (RA) e baixa (RB) relaxação,


embora predomine a opção RB, pela maior resistência e garantia
de perdas mínimas por relaxação.

– os fios que definem as cordoalhas podem ser galvanizados - uma


solução cara, mas eventualmente necessária em meios
agressivos.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• Concretos de alto desempenho: vantagens


– maior trabalhabilidade e maior facilidade de compactação.

– menor volume de concreto.

– menores taxas de aço.

– maior rapidez na desforma.

– menos reparos e tratamentos superficiais.

– mais esbeltez da colunas e maior área útil dos pavimentos.


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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• Concretos de alto desempenho: vantagens


– maior leveza da estrutura e redução de cargas nas fundações.

– melhor aspecto para o concreto aparente.

– menos manutenção.

– maior vida útil.


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• Concretos de alta resistência: desvantagens


– exige centrais de produção com controle tecnológico de nível
bom à rigoroso (dependendo da resistência desejada).

– ruptura do CAR é muito frágil. O aumento das taxas mínimas


de armadura e adição de fibras mostram-se como alternativas
para conferir ductilidade as peças executadas com CAR.
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

• Concretos de alta resistência: desvantagens


– aumento da esbeltez das peças pode criar problemas
relativos as verificações de estabilidade local e global dos
edifícios.

– A NBR 6118:2014 estabelece duas classe de concreto, a


saber:

Classe I → 20,0 MPa  fck  50,0 MPa;

Classe II → 55,0 MPa  fck  90,0 MPa


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

CAR + AÇO ALTA RESISTÊNCIA = CONCRETO PROTENDIDO.

Fp CG Fp
e1 e2
ep
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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SISTEMAS ESTRUTURAIS MELHORADOS

CAR + AÇOS ALTA RESISTÊNCIA = CONCRETO PROTENDIDO


Vantagens:
– menor fissuração.
– menores flechas.
– maior capacidade de carga.
– maiores vãos.
– menor altura de peças fletidas com consequente redução das áreas de
fôrmas e do volume de concreto.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

Generalidades

• as posições ocupadas pelos elementos estruturais devem


estar de acordo com o projeto arquitetônico e com as
condições de segurança estrutural do edifício.

• deve ser verificada a necessidade de juntas de dilatação e


retração na estrutura, de acordo com a NBR 6118:2014.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilar

• distância entre pilares consecutivos e que recebem ações de


uma mesma viga não deve provocar altura excessiva para a viga.

• as lajes não devem ter vãos muito grandes para que não
resultem espessuras elevadas e, portanto, grande consumo de
concreto.

• pilares muito próximos acarretam interferência nos elementos de


fundação e aumento do consumo de materiais e de mão-de-obra.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilar

• priorizar o alinhamento dos pilares, pois os mesmos, unidos


às vigas, formarão pórticos que irão contribuir
significativamente na estabilidade global do edifício.

• em grande parte dos pilares, a maior dimensão da seção


transversal deve ser posicionada de modo a aumentar a
rigidez lateral do edifício na direção de menor inércia.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilar

• posicionar os pilares pelos cantos e, posteriormente, pelas


áreas que costumam ser comuns a todos os pavimentos
(caixas de escadas e elevadores) e onde se localizam, na
cobertura, a casa de máquinas e o reservatório superior.

• por fim, define-se a localização dos pilares de extremidade e


os internos, procurando-se respeitar as imposições do
projeto arquitetônico.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilar

• nos pavimentos de lajes lisas, os pilares de canto e laterais


devem ser posicionados um pouco recuados em relação ao
perímetro do pavimento, no intuito de combater a punção na laje.
Caso contrário, deve-se colocar vigas de borda para melhorar a
resistência à punção das regiões do contorno dos pilares.

• localizados os pilares no pavimento-tipo, estrutura-se os demais


pavimentos verificando-se as interferências que possam ocorrer.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilar

• caso seja impossível compatibilizar a distribuição dos pilares


entre os diversos pavimentos, pode-se recorrer a um
pavimento de transição como solução.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Pilares-parede

• definem o núcleo enrijecedor do edifício - costumam ser


locados na caixa de escadas ou elevador.

• devem ser dispostos com a maior dimensão da seção


transversal posicionada para aumentar a rigidez lateral do
edifício na direção de menor inércia.

• assim, o pilar-parede irá melhorar a estabilidade global do


edifício, além de portar os carregamentos que lhe são
dirigidos.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Vigas e Lajes

• as vigas devem ser posicionadas para dividir um painel de lajes


com grandes dimensões ou para suportar uma parede divisória,
evitando-se que ela se apoie diretamente sobre a laje.

• devem ser previstas vigas que trabalhem conjuntamente com


os pilares, para definirem pórticos resistentes às ações
horizontais.

• nas fundações, as vigas-baldrame devem ser posicionadas


para prover o travamento dos blocos de fundação.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Vigas e Lajes

• nas divisas de terrenos os elementos de fundação apresentam


configuração não simétrica e, com isso, recebem os esforços
fora de seu centro de gravidade. Neste caso, são utilizadas
vigas para alavancar as ações e encaminhá-las ao centro de
gravidade dos elementos. Estas vigas são chamadas vigas-
alavanca.

• por questão estética, de facilidade de acabamento e melhor


aproveitamento dos espaços, deve-se adotar as larguras das
vigas em função da largura das alvenarias.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Vigas e Lajes

• as alturas das vigas são limitadas pela necessidade de se preverem


espaços para as aberturas da caixilharia. Além disso, por questão
de racionalização, deve-se padronizar as alturas das vigas.

• como as vigas delimitam os painéis de laje, suas posições devem


levar em consideração o valor médio econômico do menor vão das
lajes, o qual irá variar com o sistema estrutural que se está
utilizando. Desta forma, o posicionamento das lajes ficará definido
conforme o arranjo das vigas.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

• Elementos de fundação

• os radiers, sapatas e blocos de transição não têm como


variar sua posição e, portanto, estão sempre sob
pilares, paredes estruturais e vigas-baldrame
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
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LOCAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

De posse do arranjo dos elementos estruturais, passa-se


ao pré-dimensionamento, cujo propósito é a determinação
aproximada das dimensões das seções transversais dos
elementos estruturais.
Por fim, a fase de estruturação do edifício termina com a
elaboração dos desenhos preliminares das fôrmas de todos os
pavimentos contendo as dimensões estimadas no pré-
dimensionamento, a partir das quais calculam-se os vãos de lajes
e vigas, necessários para iniciar o cálculo desses elementos.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

FIM

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