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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO


DFCI – DEPARTAMENDO DE FÍSICA

WISLAN DE OLIVEIRA SANTOS 201700005812


ITALO BARBOSA SANTOS 201700144066

PRATICA 3: 2° LEI DE OHM

DISCIPLINA: Laboratório de Física B


PROFESSOR: Dr. Luciara Benedita Barbosa
TURMA:01

Itabaiana/SE
2019
ÍNDICE
1. Resumo........................................................................................................................3
1.1. Abstract................................................................................................................3
2. Introdução....................................................................................................................4
3. Objetivos......................................................................................................................6
4. Materiais e Método......................................................................................................6
4.1. Materiais...............................................................................................................6
4.2. Procedimento........................................................................................................6
5. Resultados....................................................................................................................7
6. Discussão...................................................................................................................10
7. Conclusão ..................................................................................................................1
1
8. Bibliografia................................................................................................................12

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1. RESUMO

Este documento apresenta relatos de uma atividade experimental verificada em


um laboratório de Física B da Universidade Federal de Sergipe, sob a orientação da Dr.
Luciara Benedita Barbosa, cujo objetivo é determinar a variação da resistência em
relação ao comprimento do fio condutor em ou em detrimento da área. Assim a equipe
se dispôs a obter as medidas dos valores da tensão, a partir dos dados fornecidos da
corrente elétrica, para diferentes comprimentos de fio e área do mesmo. Entretanto a 2°
Lei de Ohm é essencial pois através da mesma conseguimos entender tanto o
comportamento da resistência elétrica em um fio quanto o valor da resistividade do
material.

Palavras-chave: comprimento, resistividade, tensão.

1.1. ABSTRACT

This document presents reports of an experimental activity verified in a physics


laboratory (B) of the Federal University of Sergipe, under the guidance of Dr. Luciara
Benedita Barbosa, whose goal is to determine the variation of resistance in relation to
the length of the wire or at the expense of the area. So the team set out to obtain
measurements of voltage values from data provided from electric current, for different
lengths of wire and the same area. However the 2° Ohm's law is essential because
through the same we can understand both the behavior of the electrical resistance in a
string as the value of the resistivity of the material.

Keywords: length, resistivity, voltage.

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2. INTRODUÇÃO

As Leis de Ohm, postuladas pelo fisico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854)
em 1827 determinam a resistência elétrica dos condutores dessa maneira, além de
definir o conceito de resistência elétrica, com sua experiencia, Georg Ohm demonstrou
que no condutor, a corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial
aplicada. Postulando assim, a Primeira Lei de Ohm.

Por conseguinte, suas experiencias com diferentes comprimentos e espessuras de


fios eletricos, foram cruciais para que postula a Segunda Lei de Ohm, na qual a
resistência elétrica do condutor, dependendo da constituição do mterial e proporcional
ao seu comprimento e, ao mesmo tempo. inversamente proporcional a sua área de
secção transversal

A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ohmico (resistência constante),


mantido a temperatura constante, a intensidade (i) de corrente elétrica será proporcional
a diferença de potencial (ddp) aplicada entre suas extremidades, ou seja, sua resistência
elétrica é constante.

E representada pel seguinte formula:

U
R= ou U=R.i
i

Onde,

R: resistência, medida em Ohm (2)

U: diferença de potencial elétrico (ddp), medido em Volts (V)

I: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A)

A Segunda Lei de Ohm estabelece que a resistência elétrica de um material é


diretamente proporcional ao seu comprimento, inversamente proporcional à sua área de
secção transversal e depende do material do qual é constituido, sendo representada pe la
seguinte formula:

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Imagem 1. Fio condutor segundo a segunda Lei de Ohm.

L
R=ρ
A

Onde:

R: resistência;

ρ: é uma constante de proporcionalidade característica do material, conhecida como


resistividade elétrica.3

L: comprimento;

A: área de secção transversal;

No sistema internacional de unidades (SI), a unidade da resistividade elétrica é


ohm. metro (Ω.m). É possível obter essa desigualdade da seguinte forma:

R. A Ω. m ²
ρ= → [ ρ ]= =Ω . m
L m

A resistência elétrica, medida sob a grandeza (Ohm), designa a capacidade que


um condutor tem de se opor å passagem de corrente elétrica. Em outras palavras, a
função da resistência elétrica é de dificultar a passagem de corrente elétrica.

Os resistores são dispositivos eletronicos cuja função é a de transformar energia


elétrica em energia térmica (calor), por meio do efeito joule.

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Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor o condutor for o material,
menor será sua resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material
aumenta com o aumento da temperatura.

3. OBJETIVOS

O objetivo desta atividade e determinar a ligação entre a resistência elétrica e o


comprimento de um condutor; e a relação entre a resistência elétrica e a área da seção
entre a reta de um condutor. Comprovando assim, a Segunda Lei de Ohn.

4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Materiais

Os materiais necessários para esse experimento são:

 Paquimetro;
 Multimetro e Fios diversos;
 Painel Diasblanco para “Lei de Ohm";

Segue abaixo imagem do experimento:

Figura 2. Imagem dos materiais utilizado no experimento.

4.2. Metodologia

A placa utilizada no experimento, onde estava acoplada os fios que iríamos


analisar a resistência possuía o comprimento de um metro, e essa dimensão estava
dividido em quatro partes iguais de 25 centímetros onde a cada divisão na escala
presente na placa existia um plugue para que fosse conectado os fios que seria
conectados os multimetro. Um dos fios ficava estático no ponto zero da escala presente
na placa e o outro iria se movimente gradualmente nos três plugues restantes.
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Inicialmente conectamos o primeiro plugue no início (ponto zero da escala) do
resistor 1 (fio) e posicionamos o outro fio no segundo plugue com a distância de 25 cm,
com os fios devidamente conectados à placa e ao multimetro, ajustados a escala do
mesmo a fim de obter a melhor medida possível, colocamos o multimetro na função
Ohmímetro na escala de 200 Ω, e assim, começamos a medir os valores das resistências
correspondentes a quatro valores de comprimentos (25, 50, 75 e 100 cm) dos fios.
Fizemos isso em 5 tipos de fios com diâmetros e materiais diferentes onde
denominamos de R1, R2, R3, R4 e R5.

Após, esse momento partimos para o segundo que foi medir o diâmetro do fio e
calcular a resistência desse fio em um determinado comprimento. Assim pegamos o
paquimetro, e medimos o diâmetro de todos os fios e montamos em uma tabela, logo
após, delimitamos o comprimento de 50 cm e medimos a resistência de todos os fios.

Logos após, montamos duas tabelas para expressar todos os valores.

5. RESULTADOS

Segue abaixo os resultados coletados durante a realização do experimento com


os valores da resistência R medidos para cada comprimento do fio.

Tabela 1: Dados das resistências coletadas no experimento.


Resistor 1
R(Ω) 4,2±0,1 8,4±0,1 12,4±0,1 16,6±0,1
L(cm) 25±0,05 50±0,05 75±0,05 100±0,05
Resistor 2
R(Ω) 1,8±0,1 3,5±0,1 5,1±0,1 6,8±0,1
L(cm) 25±0,05 50±0,05 75±0,05 100±0,05
Resistor 3
R(Ω) 1,2±0,1 2,0±0,1 2,8±0,1 3,6±0,1
L(cm) 25±0,05 50±0,05 75±0,05 100±0,05
Resistor 4
R(Ω) 1,5±0,1 2,8±0,1 4,1±0,1 5,4±0,1
L(cm) 25±0,05 50±0,05 75±0,05 100±0,05
Resistor 5
R(Ω) 0,8±0,1 0,8±0,1 0,8±0,1 0,8±0,1
L(cm) 25±0,05 50±0,05 75±0,05 100±0,05

Tabela 2: Dados do fio com L fixo em 50 cm.


Diametro Resistência Área da seção

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(m) (Ω ¿ transversal (m)
Resistor 1 3,5×10 ±5×10−5
−4
10,9±0,1 10,39x106
Resistor 2 5,5×10−4 ±5×10−5 3,5±0,1 4,22x106
Resistor 3 7,5×10−4 ±5×10−5 1,8±0,1 2,26x106
Resistor 4 5,5×10−4 ±5×10−5 2,8±0,1 4,22x106
Resistor 5 6,0×10−4 ±5×10−5 0,2±0,1 3,53x106

A partir da Tabela 1, confeccionamos cinco gráficos (anexos A, B, C e D) que


representam os valores de resistência versus a distância do comprimento do fio, nos
fornecendo os valores da resistividade elétrica de cada material usado.

Para encontrarmos os valores da resistividade de cada fio, calculamos os


coeficientes angulares das retas bissetriz de cada gráfico utilizando as seguintes
equações:

 Coeficiente angularda reta

m=
( y− y 0
x−x 0 )
 Incerteza do coeficiente angular

m AC = ( y − y0
x−x 0 )
mBD = ( y− y 0
x−x 0 )
σ m= (m AC −mBD
2 )
A incerteza da resistividade e a resistividade foram calculadas através da análise
da equação da segunda lei de ohm e da equação da reta:

ρ
R= L
A

y = mx + n

Observa-se que o ρ/ L (resistividade) cumpre o mesmo papel do coeficiente


angular (m) da equação do primeiro grau, R cumpre o papel de y e L o papel de x e
contém coeficiente linear (b) igual a zero. Portanto o ρ/ L (resistividade) será descoberto
através da construção dos gráficos de (R x L).

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Assim,

ρ
m=
A
ρ=m∗A
mπd ²
ρ=m∗A=
4

δρ= (√ ∂∂ mρ σm) ²+( ∂∂ ρd σd) ² =√( πd4 ² σm) ²+( mπd2 σd) ²
A partir dessas equações realizamos os seguintes cálculos mostrados em seguida,
onde utilizamos os dados coletados nas medições experimentais junto com os dados dos
gráficos.

Cálculos para os valores do Resistor 1.

 Coeficiente angular da reta:

m=
( y− y 0
x−x 0 )
m=
( (100−25 ) ×10 )
16,3−4,2
=16,13 Ω/m
−2

 Coeficiente angular da reta AC:

m AC =
( y − y0
x−x 0 )
m AC = ( 16,7−3,778
0,75 )=17,23 Ω/m
 Coeficiente angular da reta BD:

mBD = ( y− y 0
x−x 0 )
mBD = ( 15,913−4,58
0,75 )
=15,11 Ω/m

 Incerteza do coeficiente angular:

σ m=( m AC −mBD
2 )
σ m= ( 17,23−15,11
2 )=1,05 Ω/m
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 Resistividade elétrica:
mπ d 2
ρ1=m∗A=
4
2
16,13 × π ×0,00035 −6
ρ 1= =1,55 ×10 Ω. m
4
 Incerteza propagada da resistividade elétrica:

√( )( )
2
π d2 mπd 2
δρ= σm + σd
4 2

√( )( )
2 2 2
π × 0,00035 16,13 × π × 0,00035
δρ= ×1,05 + × 0,00005
4 2
−3
δ ρ =4,4 × 10 Ω .m

Esses mesmos procedimentos foram feitos para os outros valores dos Resistores 2,
3, 4, 5. Todos os resultados serão mostrados na tabela a seguir.

Tabela 3: Valores obtidos para a Resistividade elétrica ρ.


m (Ω/m ) σ m (Ω/m) ρ (Ω . m) δ ρ (Ω . m)
Resistor 1 16,13 1,05 1,55x10-6 4,55x10-7
Resistor 2 6,7 0,4 1,59x10-6 3,05x10-7
Resistor 3 3,2 0,3 1,41x10-6 2,31x10-7
Resistor 4 5,2 0,2 1,23x10-6 2,31x10-7
Resistor 5 0,00 0,03 0 7,63x10-9

No gráfico 6 analisamos a resistividade dos fios R1, R2 e R3 versus o inverso da


área e fixando o comprimento. Os resultados estão na tabela 4.

Tabela 4. Resultados do gráfico 6.


m (Ω/ m ) σ m (Ω/m) ρ (Ω . m) δ ρ (Ω . m)
Resistor 1 1,131 0,095 1,08 ×10−7 1,05 ×10−15
Resistor 2 1,131 0,095 2,69 ×10
−7
2,47 ×10−15
Resistor 3 1,131 0,095 4,99 × 10
−7
4,52 ×10−15

6. DISCUSSÃO

Com a construção do gráfico para 5 resistências observamos que todos possuíam


uma linearidade. Podemos observar que os valores para os 4 primeiros resistores
possuem um comportamento muito parecido. Então, verificamos que quando variamos
o comprimento, podemos considerar que a sua resistência cresce proporcionalmente

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como podemos ver na tabela 1. O que consideramos normal, pois quanto menor o
diâmetro do fio maior será resistência dele.

Porém quando analisamos o resistor 5 com diâmetro 6,0x10^-4 m, observamos


que o gráfico se manteve constante em todos os intervalos de comprimento do fio com
resistência muito próxima de zero, isso pode ter ocorrido devido ao material do fio que
possivelmente é o cobre, o cobre por ter uma alta condutibilidade e como sabemos a
resistividade é reciproca a condutividade do material, ou seja, quanto mais elevado o
valor dela menor será a condutividade e vice e versa, nesse caso como o cobre tem uma
alta condutividade a resistividade torna-se pequena muito próxima de zero. Esse valor
constante também pode ter ocorrido devido à falta de precisão dos aparelhos utilizados
na hora da medição.

Com os resultados da tabela 4, podemos perceber que a resistividade é muito


baixa e próximas das resistividades dos gráficos (1, 2 e 3) feitos separadamente. Mas,
contudo, a diferença ocorrida se encaixa dentro da incerteza.

7. CONCLUSÃO

Nesse experimento pudemos perceber que os materiais dos condutores diferem


um dos outros, por suas composições e por suas resistividades. Essa última é de suma
importância quando estamos analisando sistemas elétricos. Com os dados obtidos
conseguimos analisar como se comporta a resistência e a resistividade em alguns
materiais e testamos a validade da 2ª lei de Ohm.

Com isso podemos comprovar o que a 2ª lei de Ohm afirma, que a resistência
elétrica de um determinado condutor depende basicamente de quatro variáveis:
comprimento, material, área de secção transversal e temperatura. E que quanto maior o
seu comprimento e se esse material for um metal com boa condutividade menor será a
sua resistividade elétrica. Ou seja, a resistência elétrica depende do material que o
condutor é feito e é inversamente proporcional a sua área de secção transversal e
diretamente proporcional ao seu comprimento.

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8. BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física:


Eletromagnetismo. 10° Edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2016.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Segunda lei de Ohm"; Brasil Escola.
Disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/segunda-lei-ohm.htm >.
Acesso em 26 de janeiro de 2019.

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