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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15802
Primeira edição
08.02.2010
Exemplar para uso exclusivo - BRASS DO BRASIL PROJETOS E CONSULTORIA TÉCNICA LTDA - 10.202.084/0001-08 (Pedido 706927 Impresso: 22/04/2019)

Válida a partir de
08.03.2010

Sistemas enterrados para distribuição e adução


de água e transporte de esgotos sob pressão —
Requisitos para projetos em tubulação de
polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro externo
nominal entre 63 mm e 1600 mm
Pressurized buried systems for water distribution and sewer —
Requirements for projects of polyethylene PE 80 and PE 100 pipes for
nominal outside diameters between 63 mm and 1 600 mm

ICS 23.040.20 ISBN 978-85-07-01923-7

Número de referência
ABNT NBR 15802:2010
25 páginas

© ABNT 2010
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Sumário Página
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Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 1
4 Dimensionamento de tubos PE 80 e PE 100 ............................................................................................... 3
4.1 Máxima pressão de operação (MPO) ........................................................................................................... 3
4.2 Dimensionamento hidráulico da tubulação ................................................................................................ 4
4.3 Sobrepressões, subpressões e transientes hidráulicos ........................................................................... 4
4.3.1 Gerais .............................................................................................................................................................. 4
4.3.2 Transientes hidráulicos ................................................................................................................................ 5
4.4 Alturas de aterro .......................................................................................................................................... 10
4.5 Instalações subaquáticas ........................................................................................................................... 11
5 Métodos de uniões e conexões ................................................................................................................. 11
5.1 Juntas mecânicas de compressão ............................................................................................................ 11
5.2 Solda de termofusão de topo ..................................................................................................................... 14
5.3 Conexões para solda por eletrofusão ....................................................................................................... 17
5.4 Transições entre tubos de polietileno e outros tubos ou elementos de tubulação ............................. 18
5.5 Válvulas, ventosas e drenos ...................................................................................................................... 21
5.6 Curvas e mudanças de direção.................................................................................................................. 23
6 Projeto........................................................................................................................................................... 23
7 Redes de distribuição de água ................................................................................................................... 24
8 Adutoras de água e linhas de esgoto sob pressão ................................................................................. 24
9 Condições específicas de projeto ............................................................................................................. 24
Bibliografia ................................................................................................................................................................ 25

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
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cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15802 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Tubos e Acessórios de Polietileno para
Sistemas Enterrados para Redes de Distribuição e Adução de Água (ABNT/CEE-73). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 17.08.2009 a 15.10.2009, com o número de Projeto 73:000.00-001.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This standard establishes design criteria for polyethylene PE 80 or PE 100 piping, with external diameters (ED)
ranging from ED 63 mm trough ED 1 600 mm, used for water distribution networks, water mains as well
as pressurized sewage lines, according to ABNT NBR 15561.

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Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de


esgotos sob pressão — Requisitos para projetos em tubulação de
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polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro externo nominal entre 63 mm


e 1600 mm

1 Escopo
Esta Norma estabelece os critérios de projeto para tubulações de polietileno PE 80 ou PE 100 de diâmetro externo
nominal de 63 mm até diâmetro externo nominal de 1 600 mm, redes de distribuição, adutoras de água e linhas de
esgoto sob pressão, fabricados conforme ABNT NBR 15561.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste Documento Técnico ABNT. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 14464:2000, Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Tubos e
conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de solda de topo

ABNT NBR 14465:2000, Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Tubos e
conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de solda por eletrofusão

ABNT NBR 14472:2000, Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Qualificação de soldador

ABNT NBR 15561:2007, Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgoto sanitário sob
pressão – Requisitos para tubos de polietileno PE 80 e PE 100

ABNT NBR 15593:2008, Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgoto sanitário sob
pressão – Requisitos para conexões soldáveis de polietileno PE 80 e PE 100

ABNT NBR 15803:2010, Conexões Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgoto sob pressão – Requisitos para conexões de compressão para junta mecânica, colar de serviço e tê de
serviço para tubulação de polietileno de diâmetro externo nominal entre 20 mm e 160 mm, com máxima pressão
de operação até 1,6 MPa

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
adutora de água
tubulação destinada a conduzir as águas de um manancial para uma estação de tratamento ou de uma estação de
tratamento para um reservatório de distribuição ou de uma estação elevatória para um reservatório ou entre
reservatórios

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3.2
composto de polietileno
material fabricado com polímero base de polietileno contendo os aditivos e o pigmento necessários à fabricação
de tubos e conexões de polietileno
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3.3
conexões
peças destinadas à união, mudança de direção, tamponamento, derivações ou reparos da tubulação de polietileno,
podendo ser do tipo junta mecânica ou soldável por termofusão ou eletrofusão

3.4
diâmetro externo médio
dem
razão entre o perímetro externo do tubo, em milímetros, pelo número 3,142, arredondado para o décimo
de milímetro mais próximo

3.5
diâmetro externo nominal
DE
simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas, conexões
e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro externo do tubo em milímetros

3.6
esgoto sob pressão
tubulação destinada ao transporte de águas servidas cuja pressão interna é superior à pressão atmosférica

3.7
espessura de parede
e
valor da espessura de parede, medido em qualquer ponto ao longo da circunferência, arredondado para o décimo
de milímetro mais próximo

3.8
máxima pressão de operação
MPO
máxima pressão que a tubulação deve suportar em serviço contínuo

3.9
pressão hidrostática interna
pressão radial aplicada por um fluido ao longo de toda parede da tubulação

3.10
pressão nominal
PN
máxima pressão a que os tubos, conexões e respectivas juntas podem ser submetidos em serviço contínuo, nas
condições de temperatura de operação de até 25 °C

3.11
rede de água
tubulação, ou malha de tubos, destinada a distribuição de água, de onde se faz a derivação para o ramal predial
de água

3.12
sobrepressão
PSO
pressão máxima admitida em ondas de curta duração, decorrentes de transientes hidráulicos

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3.13
subpressão
maior pressão negativa admitida em ondas de curta duração, decorrentes de transientes hidráulicos

3.14
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standard dimension ratio


SDR
simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas, conexões
e acessórios). Corresponde à relação entre diâmetro externo nominal (DE) e a espessura de parede (e)

3.15
vida útil de projeto
tempo de operação contínua do sistema de tubulação, definido para o dimensionamento mecânico, hidráulico,
condições ambientais e fluido previstos para aquele período

4 Dimensionamento de tubos PE 80 e PE 100

4.1 Máxima pressão de operação (MPO)

4.1.1 A máxima pressão de operação (MPO) não pode superar a pressão nominal (PN) dos tubos e juntas,
projetados para vida útil de 50 anos, a uma temperatura de até 25 °C.

4.1.2 Os tubos utilizados em redes de água devem ter SDR  17, enquanto para adutoras de água e linhas de
esgoto os tubos podem ser de qualquer SDR admitido para as condições de operação da linha, desde que
respeitados requisitos desta Norma.

4.1.3 Para temperaturas médias do fluido compreendidas entre 27,5 °C e 50 °C, a máxima pressão de operação
(MPO) deve ser considerada como sendo a pressão nominal (PN) multiplicada por um fator de redução de pressão
(Ft) em função da temperatura, cujos valores são indicados na Tabela 1.

Assim,

MPO  PN  Ft

Tabela 1 — Fatores de redução de pressão para temperaturas entre 27,5 °C e 50 °C

Temp. °C 25 27,5 30 35 40 45 a 50 a
Ft 1,00 0,86 0,81 0,72 0,62 0,52 0,43
a
Aplicação limitada à vida útil de projeto máxima de 15 anos.

4.1.4 Para trechos nos quais ocorra uma situação especial de instalação (não enterradas, travessias aéreas e
de profundidade inferior a 80 % da recomendada), o valor da MPO deve ser considerado conforme abaixo:

MPO  PN  Ft x 0,8

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4.2 Dimensionamento hidráulico da tubulação

4.2.1 O dimensionamento hidráulico pode ser feito pela Fórmula Universal ou pelo método de Hazen-Williams.

4.2.2 Para fins de cálculos hidráulicos, deve-se adotar o diâmetro interno (DI), em milímetros, conforme
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equação abaixo:

DI  DE  2e

onde

DE é o diâmetro externo expresso em milímetros (mm).

e é o valor da espessura de parede, expresso em milímetros (mm)

4.2.3 Os valores de rugosidade (k), no caso da Fórmula Universal, e do coeficiente hidráulico (C) de Hazen-
Williams, são fornecidos na Tabela 2.

Tabela 2 — Coeficientes hidráulicos

Método Valores
DE  200 mm: k = 10 x 10 – 6 m
Fórmula Universal
DE > 200 mm: k = 25 x 10 – 6 m
Hazen-Williams C = 150

4.2.4 O projetista deve optar pelo material PE 80 ou PE 100 cujo dimensionamento apresentar-se como
a melhor solução econômica, não havendo qualquer restrição técnica entre os materiais.

4.2.5 Não é necessário considerar-se a redução da capacidade hidráulica devido ao envelhecimento


ou esclerosamentos por incrustação, abrasão, corrosão etc.

4.3 Sobrepressões, subpressões e transientes hidráulicos

4.3.1 Gerais

4.3.1.1 No dimensionamento de adutoras e linhas de esgoto sob pressão, a escolha da classe de pressão do
tubo deve considerar também a ocorrência de transientes hidráulicos e pressões externas, conseqüentes de
instalações sob lençol freático ou de ondas de pressão decorrentes de transientes hidráulicos (golpe de aríete),
que podem levar a tubulação ao colapso.

4.3.1.2 Os cálculos dos transientes hidráulicos (sobrepressões, subpressões) devem ser elaborados levando
em consideração fatores como módulo de elasticidade do composto de curta e longa duração, características
hidráulicas da linha e da instalação.

4.3.1.3 A variação da pressão devido ao transiente hidráulico de aríete é expressa por:

onde:

P é a variação de pressão devido ao transiente hidráulico, expressa em metros (m);

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v é a variação da velocidade do fluido, expressa em metros por segundo (m/s);

g é a aceleração da gravidade, expressa em metros por segundo ao quadrado (m/s²);

c é a velocidade de propagação da onda de pressão (celeridade), expressa em metros por segundo (m/s).
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4.3.1.4 A celeridade deve ser calculada conforme a equação:

Ec  g

c
Ec Dm

EW e

Onde:

EW é o módulo de elasticidade do fluido, expresso em quilogramas-força por metro quadrado (kgf/m²);

Ec é o módulo de elasticidade de curta duração do composto de polietileno, expresso em quilogramas-


força por metro quadrado (kgf/m²);

 é o peso específico do fluido, expresso em quilogramas-força por metro cúbico (kgf/m³);

Dm é o diâmetro médio do tubo (DE-e), expresso em metros (m);

e é a espessura da parede do tubo, expresso em metros (m).

4.3.1.4.1 Os valores característicos para o módulo de elasticidade de curta duração do composto de polietileno
(Ec) são:

a) 0,8 x 108 a 1 x 108 kgf/m2 (800 a 1 000 MPa) para PE 80;

b) 1,1 x 108 a 1,2 x 108 kgf/m2 (1 100 a 1 200 MPa) para PE 100.

4.3.1.4.2 Caso seja necessário utilizar valores específicos de módulo de elasticidade de curta duração, deve
ser consultado o fabricante do composto.

4.3.2 Transientes hidráulicos

4.3.2.1 Sobrepressão

O valor da pressão máxima (PSO) admitida em ondas de curta duração decorrentes de transientes hidráulicos é
calculado através da equação:

PSO = MPO x 1,5

sendo que:

é a variação de pressão devido ao transiente hidráulico, expressa em metros (m).

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4.3.2.2 Subpressão

Subpressão é admitida em ondas de curta duração, decorrentes de transientes hidráulicos (ver Tabela 3).
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Tabela 3 — Subpressão de curta duração, em kgf/cm2, a 25 °C

Tipos de instalação
SDR Aérea (1) Condição 1 Condição 2 Condição 3 Condição 4
PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100
32,25 0,24 0,29 0,82 0,91 1,00 1,10 1,23 1,36 1,45 1,60
26 0,46 0,56 1,14 1,27 1,40 1,55 1,72 1,90 2,02 2,24
21 0,90 1,10 1,60 1,77 1,96 2,17 2,40 2,65 2,83 3,13
17 1,76 2,15 2,24 3,51 2,74 3,51 3,35 3,71 3,95 4,37
13,6 3,60 4,40 4,70 5,36 5,58 6,23 5,58 6,23 5,65 6,25
11 7,20 8,80 7,65 8,97 8,53 9,84 9,84 11,15 11,37 12,68
9 14,10 17,20 14,10 15,84 14,16 16,72 15,47 18,03 17,00 19,56
NOTA Esta tabela foi elaborada considerando-se as seguintes premissas:
a) tubos enterrados nas condições 1, 2, 3 e 4 da Tabela 4;
b) tubos enterrados com ovalização, com deformação vertical de 6 %;
c) fator de segurança (FS) = 0,4;
d) máxima pressão de vapor d´água: aprox. – 9,0 m.c.a;
e) os valores aqui apresentados são referenciais, sendo necessários procedimentos específicos em
condições de instalação não previstas nesta Norma.

Em instalações não enterradas deve-se aplicar o fator de redução (fa) em função da deformação vertical dos tubos
da Figura 2 sobre o valor extraído da Tabela 3.

A carga de colapso pode ser calculada por:

a) tubulação não enterrada:

Pco = 24 ST

sendo que

onde

ST é o valor numérico da rigidez do tubo, expressa em megapascals (MPa);

Dm é o valor do diâmetro médio do tubo (DE-e), expresso em metros (m);

Pco é o valor da carga de colapso, expresso em megapascals (MPa);


Ec é o valor do módulo de elasticidade de curta duração do composto de polietileno, expresso
em megapascals (MPa);

I é o momento de inércia, expresso em metros cúbicos (m³);

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b) tubulação enterrada:

se solo de baixo suporte, ou seja, ST  0,0275  E t :


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Ou

se solo de bom suporte, ou seja, ST  0,0275  E t :

Onde

E t é o valor numérico do módulo tangente de deformação do solo, expresso em megapascals (MPa)


(conforme Figura 1);

H é o valor numérico da altura de recobrimento, expresso em metros (m).

Legenda
PrMD - valor obtido a partir da escala de proctor modificada

Figura 1 — Módulos tangente de deformação do solo Et típicos

A pressão final de colapso (PCO) deve ser determinada pela multiplicação de um fator de segurança (FS ≤ 0,5)
e um fator de redução (fa) devido à ovalização, ou deformação vertical do tubo (V), onde:

 tubulação não enterrada: fa deve ser extraído da Figura 2.

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Figura 2 — Fator de redução (fa) em função da deformação para tubo não enterrado

 tubulação enterrada:

fa  1  3   v

sendo

v
 
Dm

onde

δ é o valor numérico da deformação vertical, expresso em metros (m);

Dm é o valor numérico do diâmetro médio do tubo (DE – e), expresso em metros (m).

EXEMPLO

Deformação de 6 % corresponde a fa = 1 – 3 x 0,06 = 0,82

Assim:

PC1  FS  fa  PC 0

Onde:

PC1 é a pressão de colapso que considera a deformação do tubo

Para condições típicas de instalação, podem-se adotar os valores de Et (Módulo tangente de deformação do solo
em MPa) em função do solo e grau de compactação da Tabela 4.

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Tabela 4 — Condições típicas de instalação x Et

Condição Proctor
Et
de Solo Tipo aterro modificado
MPa
instalação PrMD
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Coesivo misto
1 Sem compactação 0,8 75 %
ρ = 1,9 g/cm3
Coesivo misto
2 Baixa compactação 1,2 80 %
ρ = 1,9 g/cm3
Granular/coesivo
3 Média compactação 1,8 85 %
ρ = 1,8 g/cm3
Não coesivo
4 Alta compactação 2,5 90 %
ρ = 1,7 g/cm3

4.3.2.3 Subpressão de longa duração por sucção ou pressão externa devido a lençol freático

Para situações em que a tubulação estiver sob sucção ou lençol freático, em especial quando permanecer vazia
por um longo período, os cálculos devem ser efetuados com os valores de módulo de elasticidade de longa
duração (EL), como segue:

Os valores característicos para o módulo de elasticidade de longa duração do composto de polietileno (EL) são:

a) 1,5 x 107 a 1,9 x 107 kgf/m² (150 MPa a 190 MPa) para PE 80;

b) 2,0 x 107 a 2,2 x 107 kgf/m² (200 MPa a 220 MPa) para PE 100

Para as condições de instalação definidas em 4.3.2.2, podem ser adotados os valores de referência conforme
Tabela 5 e Figura 1.

Tabela 5 — Pressão de colapso de longa duração, em kgf/cm2, a 25 °C

Tipo de instalação
SDR Aérea (1) Condição 1 Condição 2 Condição 3 Condição 4
PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100
32,25 0,04 0,06 0,33 0,40 0,41 0,50 0,50 0,61 0,59 0,72
26 0,08 0,11 0,47 0,57 0,57 0,69 ,70 0,85 0,83 1,00
21 0,15 0,22 0,65 0,79 0,80 0,97 0,98 1,19 1,15 1,40
17 0,29 0,43 0,91 1,11 1,12 1,35 1,37 1,66 1,61 1,95
13,6 0,60 0,88 1,31 1,58 1,60 1,94 1,96 2,37 2,31 2,80
11 1,20 1,76 1,85 2,24 2,26 2,74 2,77 3,35 3,26 3,95
9 2,34 3,44 3,67 4,57 3,16 5,44 3,87 4,69 4,56 5,53
NOTA Esta tabela foi elaborada considerando-se as seguintes premissas:
a) tubos enterrados nas condições 1, 2, 3 e 4 da Tabela 4;
b) tubos enterrados com ovalização, com deformação vertical de 6 %;
c) fator de segurança (FS) = 0,4;
d) máxima pressão de vapor d´água: aprox. – 9,0 m.c.a;
e) os valores aqui apresentados são referenciais, sendo necessários procedimentos específicos em condições de
instalação não previstas nesta Norma.

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Em instalações não enterradas deve-se aplicar o fator de redução (fa) em função da deformação vertical dos tubos
da Figura 2 sobre o valor extraído da Tabela 5.

Sob lençol freático deve-se considerar a soma da pressão negativa (sucção e/ou transientes) à coluna d’água.
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Em decorrência da análise destes fenômenos, o projetista deve escolher o composto a ser utilizado e dimensionar
a classe de pressão do tubo e os dispositivos necessários de proteção da linha.

4.4 Alturas de aterro

Os tubos de parede fina, em especial aqueles de SDR > 17, requerem maior atenção do projetista no tocante às
cargas de aterro e tráfego, para evitar a falha por colapso da tubulação, a exemplo das ondas de subpressão.

Os limites de utilização referenciais para as condições de instalação usuais em sistemas de distribuição e adução
de água e linhas de esgoto sob pressão devem ser conforme Tabelas 6 e 7.

Tabela 6 — Limites considerados para a instalação

Parâmetro Valor a Observação


Reaterro até geratriz superior
Altura de aterro 0,8 m a 6 m
do tubo
Granular coesivo (coesivo Solo coesivo deve ser
Tipo de solo
misto) ou melhor substituído
Grau de compactação Baixa compactação ou melhor Proctor modificado ≥ 75 %
SDR do tubo  32
Carga de tráfego Até 12 t/eixo
Diâmetro ≤ 1 600 mm
Altura recobrimento/DE ≥2
Altura do lençol freático ≤ altura de aterro
a
Sob quaisquer outras condições, dados da instalação, ou a critério do projetista/especialista, cálculos
específicos devem ser elaborados.

Tabela 7 — Condições típicas de instalação x Es

Condição Es Es/Proctor
de Solo Tipo aterro MPa Modificado
Instalação MPa/PrMD
Coesivo misto 0,5
1 3 Sem compactação 75 %
ρ = 1,9 g/cm
Coesivo misto 1,0
2 3 Baixa compactação 80 %
ρ = 1,9 g/cm
Granular/coesivo 1,5
3 Média compactação 85 %
ρ = 1,8 g/cm3
Não coesivo 2,2
4 3 Alta compactação 90 %
ρ = 1,7 g/cm
NOTA Es = Módulo secante do solo, expresso em megapascals (MPa).

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A Tabela 8 apresenta valores de referência de alturas de reaterro máxima em função do SDR da tubulação.
O valor mínimo referência de alturas de reaterro deve ser conforme Tabela 6.

Em locais em que haja ocorrência de solos coesivos (argila), estes devem ser sempre substituídos.
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Tabela 8 — Altura máxima de aterro em metros (m)

Condições de reaterro
SDR Condição 1 Condição 2 Condição 3
PE 80 PE 100 PE 80 PE 100 PE 80 PE 100
32,25 - - - - 4 4,3
26 - 2,5 3,5 4,2 5 5,5
21 4 4,5 5 5,8 SEM LIMITE DE ALTURA
17 6 SEM LIMITE DE ALTURA
NOTA As alturas de aterro indicadas não consideram a ocorrência de lençol freático.

4.5 Instalações subaquáticas

Nas instalações subaquáticas o projeto deve levar em consideração, além dos esforços decorrentes do
recobrimento, pressão hidrostática interna e altura da coluna d’água, a adequada ancoragem da tubulação no leito
subaquático em função do empuxo, da formação de eventuais gases internos, correntes aquáticas, ondas de
fundo e variações de marés.

5 Métodos de uniões e conexões


Os métodos de união utilizados para tubos de polietileno considerados nesta Norma são exclusivamente:

 junta mecânica de compressão;

 solda de topo por termofusão;

 solda por eletrofusão.

Suas especificações e limites de aplicação estão definidos em 5.1 a 5.3.

5.1 Juntas mecânicas de compressão

5.1.1 Somente devem ser empregadas juntas mecânicas de compressão conforme ABNT NBR 15803.

5.1.2 As conexões devem ser de classe de pressão igual ou superior à do tubo. A Figura 3 mostra os desenhos
mais usuais para este tipo de conexão.

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a) União

b) Adaptador macho ou fêmea

c) Redução

d) Cotovelo, cotovelo macho ou fêmea

Figura 3 — Desenhos ilustrativos de juntas mecânicas de compressão

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e) Tê, tê com saída macho ou fêmea

f) tê bipartido e tê de serviço

g) te de ligação

Figura 3 — Desenhos ilustrativos de juntas mecânicas de compressão (continuação)

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5.2 Solda de termofusão de topo

A solda de termofusão de topo deve ser executada por pessoal qualificado conforme ABNT NBR 14472
e ABNT NBR 14464.
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Os equipamentos utilizados nas soldas de termofusão devem estar devidamente calibrados.

As conexões para solda de termofusão de topo devem ser conforme ABNT NBR 15593 e do mesmo SDR do tubo
de polietileno.

O material da conexão deve ser da mesma classificação do tubo ou maior.

As conexões de PE 100 podem ser soldadas de topo em tubos de PE 80, desde que do mesmo SDR (mesmo
diâmetro externo e espessura) e de materiais compatíveis.

Conexões de PE 80 não podem ser soldadas em tubos PE 100.

As conexões para solda de termofusão de topo aplicáveis são:

 conexões injetadas: DE ≥ 63;

 conexões usinadas: Somente caps, colarinhos e reduções: DE 63 a DE 1 600;

 conexões segmentadas: DE ≥ 250 somente para tês e curvas.

A Figura 4 mostra os tipos das conexões para solda de termofusão de topo.

a) Solda de topo por termofusão

b) Colarinho injetado ou usinado

Figura 4 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de topo por termofusão

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c) Cotovelo injetado de 45º e 95º

d) Tê 90º injetado

e) Redução injetada ou usinada

f) Cap injetado ou usinado

Figura 4 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de topo por termofusão (continuação)

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g) Curvas segmentadas 90º, 60º, 45º, 30º, com raio longo

h) Tê 90º segmentado

i) Tês de redução: Tê + redução ou tubo + Tê de sela por eletrofusão com ou sem colarinho nas extremidades

Figura 4 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de topo por termofusão (continuação)

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j) Todas as conexões podem vir com colarinho/flange ou luvas de eletrofusão em uma ou mais
extremidades, se necessário

Figura 4 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de topo por termofusão (continuação)

5.3 Conexões para solda por eletrofusão

A solda por eletrofusão deve ser executada por pessoal e equipamentos qualificados conforme ABNT NBR 14472
e ABNT NBR 14465.

Os equipamentos devem ser do tipo automático, com leitura ótica para código de barras e com registro automático
das soldas.

As conexões para solda de eletrofusão devem ser conforme ABNT NBR 15593.

Conexões de PE 80 podem ser soldadas em tubos PE 100 e vice-versa, desde que de classes de pressão igual
ou maior que a do tubo.

A Figura 5 mostra os tipos das conexões para solda de eletrofusão.

a) Solda de eletrofusão

Figura 5 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de eletrofusão

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b) Luva e redução

DE

DE
c) Cotovelo 90º e 45º
DE

d) Tê com saída ponta ou com luva EF

e) Tê de sela, ligação sem carga e tê de serviço para ligação em carga

Figura 5 — Desenhos ilustrativos de conexões para solda de eletrofusão (continuação)

5.4 Transições entre tubos de polietileno e outros tubos ou elementos de tubulação

A ligação do tubo de polietileno a outros elementos de tubulação, tais como válvulas, ventosas, bombas
ou mesmo tubos de outros materiais, demanda a utilização de um elemento de transição, genericamente
denominado de junta de transição.

a) colarinho/flange;

b) junta mecânica de compressão tipo adaptador macho ou fêmea, ou cotovelos ou tês com uma extremidade
rosca macho ou fêmea. Roscas internas (fêmeas) de plástico não podem acoplar-se a roscas machos
metálicas;

c) junta de transição PE x latão.

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Os elementos de transição utilizados são conforme Figuras 6 e 7.


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a) Colarinho/flange de tubo PE para: tubo aço / FoFo / PVC / PRFV.

b) Colarinho/flange de tubo PE para ponta ou bolsa de outro material

c) Adaptador de compressão macho ou fêmea

d) Junta de transição PE x latão, macho ou fêmea

Figura 6 — Desenhos ilustrativos de transições

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a) Tê injetado ou segmentado + redução

b) Tê de eletrofusão + redução de eletrofusão

c) Tê de sela de eletrofusão + luva de eletrofusão

d) Tê de serviço de eletrofusão

Figura 7 — Desenhos ilustrativos de derivação com redução

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e) Tê de serviço mecânico - saída Ø20 mm

f) Tê de serviço mecânico - saída ؾ” BSP

g) Te bipartido mecânico + adaptador macho

h) Tê de compressão fêmea + adaptador macho

Figura 7 — Desenhos ilustrativos de derivação com redução (continuação)

5.5 Válvulas, ventosas e drenos

As ligações de válvulas, ventosas ou drenos em caixas de passagem devem ser feitas como mostrado
esquematicamente nas Figuras 8 a 10, sendo as válvulas adequadamente ancoradas para evitar transmitir o
esforço da sua abertura e fechamento à tubulação. A ancoragem pode ser feita providenciando-se um berço de
concreto adequado.

A área do tubo a ser envolvida pela parede da caixa deve ser protegida com uma manta de borracha, conforme
Figura 8.

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Figura 8 — Válvula flangeada

Figura 9 — Válvula de polietileno

Figura 10 — Válvula e ventosa

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5.6 Curvas e mudanças de direção

É possível a obtenção de curvas na obra, devido à flexibilidade dos tubos de polietileno PE. Entretanto, as curvas
obtidas na obra devem obedecer aos raios de curvatura mínimos estabelecidos na Tabela 9. Para a instalação
deve-se adotar o raio de curvatura permanente. O raio de curvatura provisório pode ser adotado durante
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movimentação para a instalação dos tubos, bem como na descida de valas, conforme ilustrado na Figura 11.

Tabela 9 — Raios de curvatura admissíveis


em função do SDR

Raio Raio
SDR permanente provisório

mm mm

32 > 40 x DE > 25 x DE
26 – 21 > 30 x DE > 20 x DE
17 > 25 x DE > 15 x DE
 13 > 25 x DE > 11 x DE

Figura 11 — Raio de curvatura

Quando for necessária a curvatura com raios menores que os especificados, deve-se adotar curvas injetadas
ou segmentadas produzidas em fábrica.

6 Projeto
6.1 A execução das tubulações de polietileno PE 80 e PE 100 devem obedecer ao projeto executivo realizado
de acordo com as normas pertinentes e demais informações necessárias para cada tipo de tubulação.

6.2 O projeto deve incluir desenhos indicativos das tubulações, seus diâmetros, perfis longitudinais,
posicionamento das conexões e seus tipos, válvulas e demais elementos. Deve conter, também, a posição de
outras tubulações ou galerias, passíveis de interferir nos trabalhos de assentamento.

6.3 Juntamente com os desenhos, deve-se ter o memorial descritivo do tipo de envolvimento a ser dado
à tubulação, com indicação das características do solo de reaterro e de seu estado final de compactação, assim
como detalhes executivos de passagens notáveis das tubulações.

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7 Redes de distribuição de água


7.1 As redes de distribuição de água devem ser projetadas conforme requisitos estabelecidos nesta Norma.
As dimensões e classes de pressão dos tubos e conexões devem ser conforme ABNT NBR 15561
e ABNT NBR 15593, respectivamente.
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7.2 O dimensionamento do tubo (SDR) deve considerar a MPO da rede. Somente quando as sobrepressões
ultrapassarem os limites estabelecidos em 4.3.2.1 deve-se utilizar tubos de classes de pressão maiores
(SDR menores).

7.3 As conexões adotadas são:

a) DE 63 a DE 160: conexões por eletrofusão ou por termofusão de topo ou junta mecânica de compressão;

b) acima de DE 160: conexões por eletrofusão ou por termofusão de topo.

c) derivações com tê de redução de topo por termofusão ou tê de sela de eletrofusão.

8 Adutoras de água e linhas de esgoto sob pressão


8.1 As adutoras de água e as linhas de esgoto sob pressão devem ser projetadas conforme requisitos
estabelecidos nesta Norma. As dimensões e classes de pressão dos tubos e conexões devem ser conforme
ABNT NBR 15561 e ABNT NBR 15593, respectivamente.

8.2 As conexões adotadas são:

a) DE 63 a DE 160: conexões por eletrofusão ou de topo por termofusão ou junta mecânica de compressão;

b) acima de DE 160: conexões por eletrofusão ou de topo por termofusão;

c) derivações com tê de redução de topo por termofusão ou tê de sela de eletrofusão.

9 Condições específicas de projeto


Tubos SDR 32,25 somente podem ser aplicados quando enterrados e não houver a ocorrência de pressão
hidrostática interna negativa na tubulação em função de transientes hidráulicos ou sucção ou pressão externa,
conforme Tabelas 3 a 6.

Em trechos não enterrados, travessias de rios, córregos ou pontes, os tubos de polietileno podem ser utilizados
quando atenderem a 4.3 e não houver riscos de vandalismos. Sob riscos de vandalismos os tubos de PE podem
ser encamisados, ou devem ter o trecho exposto substituído por outros materiais adequados.

Toda tubulação deve conter, entre a tubulação antiga e a nova, válvula de manobra para lavagem e desinfecção
da nova tubulação.

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Bibliografia
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DANIELETTO, J. R. B. Manual de tubulações de polietileno e polipropileno: características,


dimensionamento e instalação. 1 ed. São Paulo: Linha aberta, 2007.

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