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INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR: DEFINIÇÕES

Definições interface humano-computador

Uma interface apoiada por computador - na verdade, uma interface de


uso também conhecida como interface homem-computador (IHC) é a parte de
um programa de computador que se comunica com o usuário.

Na ISO 9241-110, o termo interface de usuário é definido como "todas


as partes de um sistema interativo (de software ou hardware) que fornecem
informações e controle necessários para que o usuário realize uma
determinada tarefa com o sistema interativo." A interface de usuário / interface
homem- computador (IHC) é o ponto de ação no qual o ser humano está em
contato com a máquina.

Segundo Rocha (2003) quando o conceito de interface surgiu, ela era


geralmente entendida como o hardware e o software com o qual homem e
computador podiam se comunicar. A evolução do conceito levou à inclusão dos
aspectos cognitivos e emocionais do usuário durante a comunicação. Hoje é
comum pensar na interface como tela e o que nela é mostrado. O nome
interface é tomado como algo que se pode desenhar, mapear, projetar e
implementar, "encaixando-a" posteriormente a um conjunto definido de
funcionalidades. A interface é descrita como um lugar onde o contato entre
duas entidades ocorre.

O mundo está repleto de exemplos de interfaces: a maçaneta de uma


porta é um exemplo. A forma das interfaces reflete as qualidades físicas das
partes na interação, como também reflete o que pode ser feito com ela. A
maçaneta de uma porta é projetada para se adequar à natureza da mão que irá
usá-la. Existem diversos formatos de maçaneta e de acordo com o formato
sabemos como deve ser aberta uma porta: girando a maçaneta no sentido anti-
horário, empurrando a porta, puxando a porta, entre outras formas de abrir uma
porta. No exemplo da porta, a maçaneta foi projetada para ser aberta por um s
er humano, pode-se dizer que o humano é o agente e a porta é paciente dessa
ação. Mas, há portas, que abrem automaticamente quando identificam através
de um sensor ou uma câmera a presença de alguém (mesmo que esse alguém
não queira abrir a porta). Nesse caso, não é mais o humano que está no
controle da interação. Portanto, podemos ter como uma definição de base, que
uma interface é uma superfície de contato que reflete as propriedades físicas
das partes que interagem, as funções a serem executadas e o balanço entre
poder e controle (Rocha apud Laurel, 1993).

Quando se pensa em Interface Humano-Computador imediatamente


vem em mente ícones, menus, barras de rolagem, ou talvez, linhas de
comando e cursores piscando. Mas interface não é só isso. Podemos fazer um
histórico analisando a geração de interfaces, da mesma forma com que
analisamos gerações de computadores, fazendo um forte paralelo com os
componentes de hardware que as suportam. De modo semelhante (Rocha
apud Walkers,1990) faz uma análise histórica da evolução de interfaces sob o
aspecto do tipo de interação entre o usuário e o computador. No início havia
um relacionamento um a um entre uma pessoa e o computador através de
chaves e mostradores das primeiras máquinas como exemplo pode citar o
ENIAC. O advento dos cartões perfurados e do processamento em batch
substituiu essa interação direta entre o homem e o computador por uma
transação mediada pelo operador do computador. Time sharing e o uso dos
teletipos trouxeram novamente o contato direto e conduziram o
desenvolvimento das interfaces de linhas de comando e orientadas por menu.
O estilo de diálogo é bastante simples, onde uma pessoa faz alguma coisa e o
computador responde. Essa noção simplista de uma conversação levou ao
desenvolvimento de um modelo de interação que trata o humano e o
computador como duas entidades diferentes que conversam intermediadas por
uma tela.

Avanços da Linguística têm demonstrado que diálogo não é linear,


portanto, para que o diálogo ocorra é necessária a existência, ou a construção,
de um meio comum de significados. As atuais interfaces gráficas explicitamente
representam o que vem a ser esse meio de significados comum, pela
aparência e comportamento dos objetos na tela. Este conceito dá suporte a
ideia de que uma interface é um contexto compartilhado de ação no qual tanto
o computador como o humano são agentes. Enganos, resultados inesperados
e mensagens de erro são evidência típica de uma quebra na conversação,
onde o pretenso meio de significados comum torna-se uma seara de
desentendimentos. A noção de metáforas de interfaces foi introduzida para
prover às pessoas um esquema do funcionamento da interface que prevenisse
tais desentendimentos, ou seja, facilitassem a criação desse contexto
compartilhado. Por exemplo, um usuário quando arrasta (arrasta é uma
metáfora) um documento de um diretório para outro nos sistemas
gerenciadores de arquivos de ambiente Windows, ele efetivamente acredita
que está mudando o documento de lugar e o que efetivamente ocorre é que o
apontador para o arquivo mudou (apontador também é uma metáfora).

Evolução das interfaces

O computador com o passar dos anos tende a se evoluir, não em


apenas em hardwares mais poderosos ou softwares que cada vez mais
ajudando o usuário de se utilizar, acompanhando todo esse processo as
interfaces também sofreram mudanças e conformes os anos tivemos vários
tipos de interfaces sendo elas.

Nos meados dos anos 50 a interface era puramente hardware e apenas


os próprios inventores eram seus usuários, a partir dos anos 60 tinha-se os
computadores valvulados e sua interface usando centros de programação, de
70 a 80 começavam-se as interfaces CUI ou Character User Interface, que a
interface pelo terminal, na década de 90 havia-se os indícios dos displays
gráficos e a GUI Graphic User Interface que e tão presente em nosso cotidiano,
nos anos 2000 começamos ter as interfaces com mais portabilidade comos os
celulares, interfaces de multimidias e outras tecnologias que vieram a agregar.

Tipos de interfaces

CUI
Em interfaces da década de 90 era comum de ser ver muito a CUI ou
como chamada Character User Interface, que é a interface utilizando
alfanuméricos, caracteres e pseudográficos para toda parte de input e outpout
de dados.

As maiores vantagens de se utilizar esse sistema gráfico e sua baixa


demanda de recursos de hardware em especifico a memória.

A interface em um geral era bem simples, normalmente utilizando cores


com alto constante geralmente, preto de background e para as fontes branco
ou como nos filmes que mostram os hackers em verde. (Imagem ilustrando
abaixo)

(IBM PC utilizando o PC-DOS que utilizavam a interface CUI. Fonte Wikipedia)

GUI

Gui ou Graphics User Interface e muito comum em nosso dia a dia pois
é a interface que estamos acostumados a utilizar, aonde todo sistema ao invés
de rodar pela CUI, acaba tendo uma “perfumaria” assim facilitando os usuários
de uma melhor compreensão.

Junto com a GUI, surgisse um novo conceito de interfaces pois como se


tratava de representações visuais do sistema operacional, acabou
desencardindo algumas melhorias desde a acessibilidade para pessoas com
deficiências ou dificuldades em usar o próprio computador.
A primeira empresa que utilizou foi a Xerox, porém a GUI foi usada de
maneira inédita pela Apple usando o LISA OS.

(Lisa OS da apple, lançado em 1983. Fonte CanalTech)

Tendencias

Antigamente havias tendencias para a construções de designs, porém


as tecnologias presentes na década de 90 e 2000 não eram tão avançadas
como atualmente.

Era bem comum de ser ver vários sites que não seguiam um padrão de
layout, tipografias e muito das vezes não eram nem acessíveis, com o passar
do tempo isso foi mudando e uns dos pilares básicos para qualquer layout e a
acessibilidade, e responsividade pois e bem comuns utilizarmos não somente o
computador, mas sim dispositivos moveis como tablets e celulares.

Algumas das tendencias mais atuais para 2022 são: Sites On-pages
que são sites com a sua interface mais simples com objetivo de facilitar o
máximo de facilitar a interação do usuário, Telas Divididas o objetivo e trazer
conteúdos da mesma importância para o campo de visão do usuário,
Glassmorfismo e o efeito de vidro que se vê já nos SO atuais como Windows
11 e Mac OS Big Sir, Elementos 3D utilização de elementos 3D a fim de
agregar dando profundidade, Dark e Light mode os temas tem ficado cada vez
mais populares , Gradientes vem se tornando bastante popular ao gosto dos
designs pois acaba deixando um visual mais elegantes para suas interfaces.

Discussão sobre a importância das interfaces homem-computador


para o uso e desenvolvimento de sistemas interativos (carvalho, 1994 e
Pressman, 1995)

Os autores acreditam que um sistema bem projetado e interativo sanam


as dificuldades do usuário possibilitando um trabalho com prazer e mais
concentração.

As principais justificativas para interfaces humano-computador podem


ser representadas das seguintes formas:

• Através de pesquisas é possível observar que o remodelamento


de projetos IHC podem proporcionar uma considerável diferença no
aprendizado, na satisfação do usuário, e principalmente na velocidade de
desempenho.

• Pessoas que atuam na área comercial interpretam os sistemas


com facilidade, aumentando a margem competitiva na recuperação de
informações, tecnicização de escritório e uso pessoal. Programadores e
equipes de garantia de qualidade estão mais atentos e cuidadosos com relação
aos itens de implementação, que garantam interfaces de alta qualidade.
Gerentes de centros de computação estão trabalhando no sentido de
desenvolver regras que garantam recursos de software e hardware que
resultem em serviços de alta qualidade para seus usuários.

Pressman, considera que as interfaces bem projetadas vão adquirindo


cada vez mais importância, na medida em que o uso dos computadores vai
aumentando. Um projeto de interface para usuário significa muito mais do que
projetar telas e ícones agradáveis. É uma área vital. A noção de conforto,
individualmente, é muito mais complexa do que aparenta ser a princípio e os
itens segurança e eficiência são partes importantes deste contexto.

De acordo com Carvalho, nos dias atuais, é muito significativa a


quantidade de projetistas que concentram muito mais esforços na tentativa de
desenvolver um produto de excelente qualidade técnica, do que na elaboração
de uma interface que cause satisfação ao seu usuário, esquecendo-se, muitas
vezes, de que para o usuário, que não conhece o conteúdo da caixa preta
sistema, a interface é sua única interação com o produto em questão.

Quando se procura um software no mercado, para aquisição (um editor


de textos, por exemplo), espera-se que os oferecidos funcionem devidamente.
Não é mais difícil encontrar, no mercado, software que funcionem a contento,
devido a evolução da engenharia de software que permite que se desenvolvam
software cada vez mais confiáveis e com bom desempenho.

O fator que acaba "desempatando" dois produtos semelhantes passa a


ser, muitas vezes, a interface e não a análise das qualidades de desempenho
do software. Em termos comerciais uma boa interface parece ser cada vez
mais decisiva na boa colocação de um software no mercado. Se os produtos
são semelhantes e vendidos por preços também semelhantes, compra-se
aquele que vem em uma "embalagem" mais agradável.

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