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Esta eficácia exprime a relação entre a taxa de juro dos capitais e a reprodutividade dos
investimentos, se a taxa de juro ou de desconto for baixa, os comerciantes, os industriais
obterão dos investimentos realizados, créditos superiores aos juros que têm que pagar,
alcançando assim uma margem de lucro, se a taxa de juro for elevada, os empresários
conscientes dos riscos, de não conseguirem rendimentos que cubram os juros, pedem
expectativas de juros e acabaram por não realizar investimentos. Um ritmo satisfatório de
investimentos reclamaria taxas de juros reduzidas,
para Keynes, o aforro constitui uma consequência natural de certas situações económicas e
não contribui para o pleno emprego, existem duas tendências nas reações económicas, a
propensão para o consumo, e a preferência pela liquidez.
São 3 os motivos que levam à preferência pela liquidez, motivo transação para adquirir no
futuro bens, motivo precaução, a moeda é conservada para fazer face a necessidades
imprevistas, e motivo especulação, a moeda é conservada para fins especulativos. A propensão
para o consumo orienta os homens no sentido de adquirirem bens imediatamente aptos à
satisfação das suas necessidades, mas satisfeitas estas necessidades, os homens procuram
constituir uma reserva líquida, uma reserva monetária, destinada à obtenção de bens que
careçam no futuro. Desta preferência pela liquidez extraiu Keynes a sua teoria da moeda, a
moeda não é apenas um instrumento geral de trocas, mas também uma reserva líquida e
assim determina toda a atividade económica.
Estas doutrinas cristãs procuraram apresentar uma via intermédia entre o liberalismo e o
socialismo. Esta doutrina de reforma social tinha como ponto de partida duas grandes ideias:
1º a intervenção económica do estado é em regra ineficaz e sendo assim a ação dos homens
deve prevalecer no campo económico, afastando desde logo do socialismo; 2º o individualismo
económico defendido pelos liberais é ilusório pois o homem é um ser social e não um ser
isolado, que atua a pensar nos seus interesses próprios, o homem vive em sociedade integrado
em comunidades, a 1º e mais importante das quais é família, porque está ligado a ela por um
conjunto de deveres naturais e morais. Segundo este autor francês uma das principais causas
dos problemas sociais do Século. XIX está precisamente no enfraquecimento do conceito da
família. Estudou os diferentes tipos familiares, que sucederam ao longo dos séculos. Distinguiu
3 tipos de famílias:
Família patriarcal, em que a autoridade das famílias é absoluta e em que à data da sua morte
essa autoridade bem como o seu património é transferido em bloco para o filho primogénito.
Família tronco, é caracterizada pelo facto de o chefe da família ser livre de escolher qual dos
filhos vai herdar todo o património optando deste modo pelo mais capaz, não sendo
necessariamente o mais velho. Os outros filhos, após a sucessão, abandonarão a família
constituindo as suas próprias famílias e naturalmente os seus próprios patrimónios.
Família dispersa, seguindo os princípios da igualdade, em consequência da revolução
francesa implica que em cada geração o património familiar é dividido em tantas partes
quanto o número de herdeiros, a família perde sucessivamente geração após geração a sua
base económica, é este o modelo vigente no Século. XIX e a causa de todos os problemas.
Le Play defende a família tronco porque preserva a base económica da família não destruindo,
em cada geração que passa, aquilo que foi construído numa geração. Transmite como um todo
para a seguinte, estimula o espírito de iniciativa económica pois os filhos que nada recebem
são obrigados a formar os seus próprios patrimónios, que mais tarde deixarão em bloco ao seu
herdeiro mais competente, este modelo garante não só a estabilidade social, mas também um
progresso económico.