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Diferenças entre a mobilidade nas diversas cidades

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Apesar da grande evolução que o mundo sofreu nas últimas décadas, a desigualdade é um fator que
ainda que, menos acentuado, continua a afetar, em grande plano o dia-a-dia da população, tanto a
nível internacional como a nível nacional. Neste caso iremos focar-nos na desigualdade em termos
de mobilidade e circulação nacional e os diferentes níveis de possibilidades que são dados a cada
grupo de pessoas, sendo estes influenciados tanto pela localização de residência ou pela situação
financeira.

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As condições de mobilidade vão estar diretamente ligadas ao desenvolvimento da região de


residência. Por vezes, os fatores de desigualdade passam por despercebidos e permanecem
esquecidos, porém as diferenças de desenvolvimento num mesmo país, neste caso Portugal, são
muito significativas, ao considerarmos por exemplo uma cidade como Lisboa, e uma cidade do
interior.

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É espectável que uma capital tenha infraestruturas modernas para combater os múltiplos problemas
da mobilidade, visto esta ser vital para o seu desenvolvimento socioeconómico, para a
empregabilidade e competitividade com outras cidades. As cidades principais são locais de
concentração de inúmeras pessoas com elevados graus académicos, o que irá promover cada vez
mais o investimento nas infraestruturas.

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Pois, devido às diversas possibilidades de transportes existentes, o percurso através de transporte


particular seria uma opção menos eficaz devido à afluência a certas horas, e à falta de locais públicos
de estacionamento, o que leva à maioria da população a utilizar a rede de transportes públicos.
Consequentemente, haverá um maior investimento nas cidades principais dos países, no nosso caso,
Lisboa e Porto.

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Nestas cidades, a população que usufrui da rede de transportes públicos não tem que se preocupar
com horários, e muito menos com a inexistência de possibilidades de chegar ao seu destino,
existindo uma extensa opção de horários ou percursos por onde escolher, não existindo a
necessidade de adaptar os seus planos.

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Com as atenções postas principalmente nestas cidades, a comodidade das pessoas que residem fora
destas irá ser posta em segundo plano, estando colocados no extremo oposto da situação. Ou seja, o
número de transportes será muito inferior, a sua eficácia, normalmente também, demorando muito
mais tempo a chegar a algum sítio, e as condições dos mesmos também nem sempre são
acompanhadas de forma a, apesar de poucas, proporcionar opções confortáveis aos residentes.
Diferenças entre a mobilidade nas diversas cidades

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Através da análise do artigo pertencente ao “Journal of Traffic and Transportation Engineering”,


conseguimos observar este mesmo fator. Um estudo é realizado sobre as opções dadas a uma
pessoa na região urbana e numa região rural, pelo que rapidamente se conclui que existe uma
considerável diferença entre o número de transportes públicos à disponibilidade dos residentes em
zonas urbanas comparativamente às opções dadas num meio rural, levando estes muitas vezes a
recorrer a transportes privados.

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Após estudos, conclui-se que o setor dos transportes é o que mais contribui para a produção e
emissão de gases com efeito de estufa. Desta forma, nos últimos anos, nas grandes cidades, existiu a
implementação de alternativas aos transportes baseados no consumo de combustíveis fósseis,
sendo assim medidas de sustentabilidade que promovem benefícios ambientais.

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Enumerando algumas, por exemplo as trotinetes elétricas, a construção de mais ciclovias,


facilitando assim a circulação de bicicletas ou mesmo a pé. Contudo, apesar da imensa tecnologia
existente, estas não foram aplicadas na periferia, onde as deslocações se possíveis, são realizadas de
autocarro ou transporte particular, ou seja, a partir de veículos a combustíveis fósseis.

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É também nas principais cidades que existe uma maior concentração de empregos, logo para certas
famílias segue a necessidade de se deslocarem regularmente a estas, longe das suas residências.
Para além disto, acresce ainda o facto de que muitas famílias terão a responsabilidade de deixar os
seus filhos nas respetivas escolas, antes de se deslocarem para o seu emprego, o que será mais uma
condicionante para o meio de locomoção.

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Assim, ao considerarmos uma família que viva no interior e não tenha muitas condições financeiras,
não lhe permitindo por exemplo, possuir um carro. Será justo está estar limitada ou mesmo
impossibilitada de se deslocar a qualquer lado devido às suas condições? Uma vez que todos os
seres humanos têm direito à mobilidade de igual forma, o facto de viverem em certas situações leva-
os a abdicar dos seus direitos?

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O facto destas questões serem alvo de estudo, prova que existe uma grande desigualdade entre as
possibilidades de mobilidade dentro e fora das principais cidades, existindo um alto nível de
urgência na melhoria e aumento das redes de transportes.

Conseguimos facilmente observar que as alternativas que dispomos para deslocação fora das
grandes cidades são escassas e antiquadas, o que é um claro sinal da falta de investimento nas
infraestruturas.

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Diferenças entre a mobilidade nas diversas cidades

Focando-nos agora nas cidades de Lisboa e Porto, devido às diversas possibilidades e opções que são
fornecidas para chegar aos seus destinos, o público irá escolher aquela que lhe será mais confortável
e eficaz. Apesar do investimento nos transportes públicos, e na implementação de outros meios
como as trotinetes, a maioria dos cidadãos residentes nestas cidades opta pelo meio de transporte
privado, para a sua deslocação trabalho-casa.

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Como era esperado, as preferências e possibilidades também irão variar de acordo com a idade do
utilizador.

O estatuto no trabalho, condição financeira, entre outros fatores irá influenciar em muito a escolha
ou possibilidade de transporte. Assim, a partir de certa idade, normalmente, existe um maior
conforto em termos financeiros, mais regalias no emprego, como lugar de estacionamento, o que irá
encorajar a utilização de transporte particular.

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Diferenças entre a mobilidade nas diversas cidades

Enquanto nos jovens adultos, existe uma igual distribuição de população a utilizar transportes
públicos e privados, quando a idade aumenta passamos a ter uma relação de aproximadamente,
20% 80%. Além da idade, a diferença entre géneros também demonstra diferentes preferências ou
possibilidades de deslocação. Assim, o género feminino tem uma maior tendência a utilizar os
transportes públicos em relação ao género masculino.

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A rede metropolitana de Lisboa foi inaugurada em 1959, sendo melhorada e aumentada ao longo
dos anos, de forma a incluir toda a cidade de Lisboa, permitindo a deslocação entre a mesma. Em
2006, o metro de Lisboa teve um crescimento de 13% comparativamente ao ano anterior.

Após o sucesso da rede metropolitana de Lisboa, foi inaugurado o metro do Porto em 2005,
apresentando um rápido desenvolvimento e uma enorme aderência da população.

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A implementação das redes metropolitanas nestas cidades revelou uma significativa diminuição do
número de transportes particulares nas ruas.

Em 2008, os transportes públicos apresentaram o maior desenvolvimento comparativamente com


os 6 anos anteriores.

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Por último, um dos problemas vivenciados por uma porção dos cidadãos com limitações, quer seja
física quer de outra natureza, é o facto dos mesmos no seu quotidiano depararem-se com inúmeros
obstáculos que impedem um desenrolar natural da sua rotina, entre muitos, os mais comuns
derivam de uma precária arquitetura de infraestruturas, não fazendo uma antecipação do uso das
mesma por parte de indivíduos deste caráter, um pequeno exemplo será o caso de prédios
apresentarem ausência de equipamentos, rampas ou até mesmo elevadores, que facilitem a sua
acessibilidade.
Diferenças entre a mobilidade nas diversas cidades

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Um dos setores mais afetado por este problema é o dos transportes, no qual uma vasta maioria dos
meios de mobilidade não se apresentam aptos para oferecer os serviços necessários ao transporte
de indivíduos de reduzida mobilidade. Não podemos passar por esta carência como se não existisse,
devemos procurar soluções alternativas para este grupo social, porque não sabemos o que nos
espera amanhã, o que seria de nós se nos deparássemos com as mesmas dificuldades? Ficaríamos
subjugados ao estado atual? Ou lutávamos pelos nossos direitos?

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Posto isto para concluirmos gostaríamos de salientar que tem de haver um maior investimento nas
infraestruturas para alem das periferias, de forma a tentarmos reduzir estas diferenças existentes
que todos os dias prejudicam milhares de pessoas.

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