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Série Ross Siblings (Série Irmãos Ross)

03 – Me Deixe Sem Fôlego


Cherrie Lynn

 
Disponibilização: Soryu
Tradução e Revisão Inicial: Clau Bell
Revisão Final: Jacinta
Leitura Final e Formatação: Gabriela R
Resumo

Couro e Rendas não soltam faíscas. Ou soltam?

É Dia dos Namorados, mas Macy Rodgers não está sentindo o amor. Além de uma
tórrida aventura de uma noite no banco traseiro de um carro há alguns meses, sua vida
amorosa é penosamente inexistente, mas felizmente ela tem amigas espertas com vontade
de bancar o Cupido. Será que elas não se chocarão ao descobrir que o par que escolheram
para ela era o mesmo que tinha feito embaçar o vidro traseiro daquele GTO 69?

Seth Ghost Warren tinha acabado de retornar à cidade depois de uma ausência
prolongada. Entre a saúde debilitada de sua avó, seu trabalho como tatuador, shows de sua
banda, e uma ex-louca que não o deixava em paz, ele está perdendo o controle. A cautelosa
vaqueira Macy é a última coisa que ele precisa que seja adicionada a essa mistura.

Ela é toda country, ele é todo heavy metal e Macy sabe que se alguém pode
empurrá-la para fora de seu buraco, é Seth. Mas quando seus mundos se colidem, ninguém
sabe se eles vão sobreviver com seus corações intactos.

Aviso: Contém sexo explícito, linguagem adulta, viagens de carro, ex causadores de


problemas, bagagem sentimental e um não convencional, mas excepcionalmente quente
herói tatuado e com piercings para o seu prazer...
Informação da série:

01 – Desamarrado - Distribuído
02 - Me Balance – Distribuído
2.5 - Breathe Me In – Revisão Inicial
2.6 – Ilumine-Me – Revisão final
03 – Me Deixe Sem Fôlego – Lançamento
04 – Take Me On – Na Lista
Comentário da tradutora Clau Bell:

O primeiro foi bom, o segundo foi ótimo, já o terceiro... Foi espetacular, para mim
o melhor de todos.

Macy é a melhor amiga de Candance, presa a um acidente que quase a deixou


paralitica, ela decide seguir uma vida certinha sem riscos, mas ainda assim é uma mulher
forte e dedicada a aqueles que ama. Seth (Ghost) é o melhor amigo de Brian, um homem
marcado pelo passado, a morte trágica dos pais, a traição do irmão, a doença de Nana sua
avó querida e a perseguição de uma ex-namorada psicótica. Justos eles encontram uma
paixão insana no outro e descobrem que as diferenças entre ambos não os impedem de
viver essa paixão, mas o passado trás surpresas desagradáveis para os dois.

Um livro completamente excitante, com cenas quentes... A estória de Brian e


Candance continua neste livro e eles dão “um que” a mais na trama. Preparem-se para
surpresas picantes.
Dedicação

Para todos que leram Me Balance* e me pediram esta historia. Sem o seu incentivo,
não teria sido escrito. Cada simples palavra é para vocês.

_____________________________________________________________________________________

* Rock Me (Título Original)


Capítulo Um

Estar solteira no Dia dos Namorados é uma droga.

Macy Rodgers bebeu o seu Dos Equis1 e pensou que muitas pessoas
poderiam argumentar sobre essa afirmação. Pessoas felizes em sua solteirice.
E isso era bom. Ela se lembrava de quando tinha sido uma delas.

Suas duas melhores amigas, Candace e Samantha, gargalharam sobre


o ruído do bar muito barulhento e muito quente. Aparentemente, alguma
piada tinha passado entre elas enquanto Macy estava ponderando trancar a
porta para passar a noite em seu apartamento numa solidão abençoada
assistindo Bridesmaids2 pela milésima vez.

Não era tanto que ela lamentasse o fato de que não tinha ninguém para
enviar-lhe flores, dar-lhe chocolate ou levá-la para um jantar à luz de velas
antes de caírem na cama. Era, em parte, mas não... A pior parte de ser uma
garota solteira no Dia dos Namorados era as bem intencionadas amigas que
decidiram que ela era um caso de pena e decidiram distraí-la da oh-tão-óbvia
tragédia que sua vida sem sexo tinha se tornado.

No entanto, ela adorava ver as meninas. Ultimamente, isso não


acontecia vezes suficientes.

- Então, qual é a surpresa que você disse que tinha para mim? - ela
perguntou para Candace quando teve uma oportunidade de falar. Candace e
Sam estavam todas excitadas com alguma coisa quando elas arrastaram Macy
do trabalho mais cedo e agora nem uma palavra sobre o que quer que estava
reservado a ela tinha sido mencionada desde então.

Suas amigas trocaram olhares e sorrisos furtivos. Grande. Elas


estavam prestes a embaraçá-la de alguma forma. Candace verificou seu
telefone celular, digitou um texto e, em seguida, colocou-o de volta em sua
bolsa. Macy não gostava do olhar de auto-satisfação no rosto dela.

- Paciência, minha querida.

- Isso é... Uma boa surpresa, ou uma surpresa do tipo eu-vou-mutilar


você-mais-tarde?

- Eu honestamente não posso responder isso - disse Samantha e


Candace acenou em acordo.

Macy bateu as mãos sobre a mesa.

- É isso aí, eu estou fora...

- Não! - Cada garota agarrou em um ombro para mantê-la sentada. -


Está tudo bem Macy, - Candace a acalmou. - Relaxe.

                                                            
1 Dos Equis: Cerveja produzida pela Cervejaria Cuauhtémoc-Moctezuma.

2 Bridesmaids (Missão Madrinha de Casamento (título no Brasil) é um filme de comédia de 2011, escrito por Kristen Wiig
e Annie Mumolo.
Macy varreu seu olhar ao redor, franzindo a testa. Que diabos poderia
ser? Um stripper? Certamente não aqui. E, certamente, suas amigas
pensariam duas vezes antes de planejar qualquer coisa entre ela e Jared.

Sim, para terminar de estragar sua noite dos namorados, seu ex-
namorado estava aqui. Eles permaneceram amigos, e ela ainda dava aula de
equitação para as filhas gêmeas de Jared duas vezes por semana, mas isso
não significava que ela queria que ele a visse aqui praticamente vestindo um
grande sinal sobre sua cabeça que brilhava Ainda Sozinha Depois de Todos
Esses Anos! Em letras de neon. Até agora ela conseguiu manter o bar inteiro
entre eles. Mas ele se divorciou da mulher que conheceu logo após Macy o
deixar e não parecia estar com ninguém agora, então isso era um bônus.

Talvez elas tenham contratado um acompanhante. Ha! Claro. As


meninas poderiam estar tão cansadas do seu período de seca quanto ela. Por
mais que ela quisesse um relacionamento, simplesmente não era hora de
procurar por um - ou até mesmo um pequeno oásis na seca. Entre gerenciar
a loja de varejo ao ar livre de seus pais, as aulas de equitação em seu rancho e
ver suas amigas sempre que sua agenda e a delas permitiam, sentia-se
sobrecarregada. Prestes a explodir. Um homem entrando nessa confusão
poderia muito bem fazê-la estourar.

Em seguida, houve dias como estes que a fez olhar em volta e se sentir
como um fracasso colossal por não ter conseguido o que suas melhores
amigas tinham: a verdadeira felicidade.

Ela tentou não pensar nisso. Na maioria ela não o fez, mas esta noite
era diferente. Droga, 25 anos não era velha, mas quando considerava o fato
de que ela gostaria de ter filhos antes dos trinta, ela não tinha muito tempo.

- Brian quer colocar piercing nos meus mamilos, - Candace anunciou.

Ou... Talvez ela estivesse indo muito bem por conta própria, se é isso
que a verdadeira felicidade implicava.

- Incrível.

- Oh meu Deus! Você não vai o deixar fazer isso, não é?

Candace olhou para Sam e depois para Macy e balançou a cabeça.

- Veja, eu pensei nessa conversa na minha cabeça antes de chegarmos


aqui. Até agora está indo exatamente como eu tinha imaginado.

- Você nos conhece tão bem, - Macy disse ironicamente, bebendo sua
cerveja para conseguir empurrar abaixo o gole que quase a fez engasgar. Ela
já deveria ter se acostumado a relacionar Candace e Brian com notícias
bombásticas, mas ela não tinha conseguido. Na mente de Macy, ele e Ghost
pertenciam a um universo distante que ela nunca iria entender, e lá ambos
deveriam permanecer.

Ghost. Dado o estado que ela estava à última coisa que ela precisava
era começar a pensar nele.

- Isso é tão quente, - Sam disse ainda gritando para ser ouvida sobre a
música country muito alta. - Mas você tem uma demonstração prática da
intensidade de Brian todas as noites, certo? Garota de sorte.
- Ele está quente porque quer passar uma agulha através dos mamilos
dela? - Macy perguntou.

- Bem, fui eu quem falei com ele sobre isso, - disse Candace. - Ele não
me pressionou e se eu lhe disser que não, ele se afasta. Mas estou me
divertindo em deixá-lo tentar me convencer. - Um sorriso travesso curvou seus
lábios, uma expressão que Macy nunca teria imaginado ver no doce rosto de
sua amiga há um ano. Inferno, um ano atrás ela teria rido muito só de pensar
em ter essa discussão. Com Candace, de todas as pessoas.

Mas agora sua melhor amiga, uma vez certinha, ostentava três
tatuagens, um piercing na barriga, listras rosa em seu cabelo loiro e quem
sabe o que mais. Tudo graças ao seu namorado dono de um estúdio de
tatuagens, Brian Ross. Por que Brian e Candace não estavam juntos em seu
primeiro Dia dos Namorados como um casal era um mistério que Macy não
conseguia desvendar e realmente não queria perguntar. Mas se eles estavam
falando de piercings, então tudo deve estar ótimo em seu mundo.

Sam teve um pequeno arrepio quase orgástico.

- Você vai ter que me dizer como é, eu poderia pensar em fazer isso
também.

Sam era outra história. Esse tipo de conversa vindo dela não
surpreendia.

- Ele diz que realmente aumenta a sensibilidade.

- Isso também pode eliminá-la totalmente,- Macy murmurou, sabendo


que ela estava assobiando ao vento. - Isso pode causar danos permanentes no
nervo. Sem falar...

- Isso é o que eu ouvi, - Sam disse a Candace, mas não foi em resposta
ao aviso de Macy.

- Sim, ele fica louco quando eu brinco com os seus anéis.

- Há também a rejeição, infecção...

- Brian sabe o que está fazendo, Macy.

Macy aliviou, puxando seus lábios entre os dentes para conter a


resposta. Claro. Brian sabia tudo. O sol apareceu na manhã porque Brian
disse que deveria. Esqueça os fatos simples.

- Mas ele pode ficar tão animado porque é em você que ele está
colocando o piercing que todo o sangue pode migrar para o lado sul do cérebro
dele e acabar realmente bagunçando tudo. - Foi uma das coisas mais sensatas
que Sam tinha dito.

Candace riu.

- Talvez eu salte sobre ele algum dia quando estivermos saindo do


estúdio. Ele não terá tempo para pensar muito sobre isso.
- E nem você, - disse Sam. - Essa é a única maneira que eu teria
coragem de fazer isso. Se eu tivesse muito tempo para pensar sobre isso, eu
dava para trás.

- Vocês realmente são loucas, porque fazer algo se isso assusta tanto?

Candace balançou a cabeça.

- Não é que é assustador, Macy. Mas é... Intenso. É um ímpeto.

- Por que as pessoas pulam de bungee jump? Ou skydive3? - Sam disse.

- Pirados viciados em adrenalina, - Macy murmurou. - Todas essas


coisas de piercing e tatuagem você diz que é tudo sobre 'auto-expressão' mas
no final das contas eu acho que é simples vício.

- Para algumas pessoas, talvez e é divertido nós não somos depravados


ou qualquer outra coisa porque gostamos disso minha emoção é simplesmente
diferente da sua emoção.

- Essa coisa que você faz em um cavalo, Mace? Veja, isso é loucura para
mim, - disse Sam. - Você era uma pequena kamikaze quando eu ia ver você
pular aqueles barris, eu mal conseguia erguer meus dedos dos olhos para
espiar através deles.

- Concordo - Candace disse.

Macy disparou um olhar para Sam.

- Péssima analogia todas nós sabemos como isso acabou. - As duas


outras garotas se calaram e Macy instantaneamente desejou que ela pudesse
tomar as palavras de volta. Ela cobriu o rosto com as mãos. - Eu sinto muito
eu estou apenas... Eu não sei... Eu amo vocês. Mas talvez esta tenha sido
uma má ideia.

— Não, eu sinto muito, - Sam disse rapidamente, sua expressão triste


fazendo Macy se sentir pior. — Não é você. Isso foi uma coisa totalmente
insensível para eu dizer.

— Mas vocês sabem que normalmente eu não sou muito sensível a


respeito disso — disse Macy. — Pelo menos, não com vocês. Como eu disse,
eu não sei o que há de errado comigo.

— Você precisa transar. — Candace declarou isso como se devesse ser


óbvio para todos.

Macy revirou os olhos e riu.

— Isso nunca foi uma cura para tudo comigo, e você sabe disso.

— Talvez porque você ainda não encontrou alguém que possa fazer isso
direito. — Candace girou a garrafa de cerveja mal tocada entre as mãos. —
Muito mal o Ghost ter ido embora, hein?

                                                            
3 Skydiving: Esporte de ação que consiste em sair de uma aeronave e retornar ao solo com a ajuda da
gravidade usando um paraquedas para desacelerar a queda durante sua parte final.
Ela não queria pensar nele, e ela com maldita certeza poderia ter
continuado sem a menção dele. Ghost era o melhor amigo de Brian Ross e
empregado dele e, de alguma forma conseguiu dar um curto circuito no
cérebro de Macy. Era a única explicação para a forma como ela se comportou
com ele aquela noite a alguns meses...

Agora era hora de escolher muito, muito cuidadosamente as palavras


com suas amigas.

— Não teve importância, eu estava intrigada... Com ele. Mas eu estou


apenas sendo realista aqui. Ele e eu não temos absolutamente nada em
comum. Quero dizer, não é que eu preciso ter o meu par perfeito ou qualquer
coisa, mas temos que nos entrosar pelo menos em algumas áreas. — Ela
respirou. — Além disso, é um ponto discutível, quem sabe quando ele estará
de volta?

— Mas e se ele voltou? — Sam perguntou, girando o cabelo louro escuro


em torno de seu dedo e sorrindo. — Eu quero dizer... E se ele entrar pela
porta agora?

Macy encolheu os ombros.

— Eu já me decidi.

— Você está dizendo que vocês não tem entrosamento em nenhuma


área? Você admitiu que se divertiu muito quando saiu com ele, isso é um
começo. Um bom começo.

— Ele não faz meu tipo.

— Oh, jogue essa de tipo pela janela — disse Sam. — Ele é hilário.

— Ele é errado.

—Isso é o que há de tão bom sobre ele, no entanto, além disso, ele é
sexy como o inferno, eu amo carecas. Eu amo suas cabeças brilhantes. Só
me faz querer esfregá-las, e esfregar um pouco mais, e esfregar e esfregar e
esfregar...

Candace e Macy dissolveram em gargalhadas enquanto Sam continuava


com a sua esfregação imaginária.

— Para o que ele precisaria de mim? — Macy perguntou a Candace. Ela


apontou um dedo na direção de Sam. — Mande esta para cima dele, para toda
a necessidade de esfregação de cabeça dele.

— Não, não — disse Sam, ponderando. — Eu tenho o Michael. Não


que ele já tenha raspado a cabeça. Mas eu acho que quando o Ghost voltar
você precisa dar ao cara um tempo.

Ela deu-lhe um. Mas suas amigas não sabiam, e não precisam saber,
porque seria insuportável. Ah, sim, ela tinha dado a ele um inferno de um
tempo. E então ela correu com medo por causa de quão bom ele tinha sido. E
então, sem mais, ele foi embora, para Oklahoma para lidar com uma crise
familiar. Meses se passaram. Ela sabia que ele ainda mantinha contato com
Brian, mas Macy não tinha ouvido uma palavra.
Então era loucura pensar que algo poderia acontecer agora. Ela
confundiu tudo muito mal, muito rápido, mas estava tudo bem porque como
ela tinha dito as suas amigas, serem um casal não fazia sentido. Nenhum.

Mesmo se o pensamento de dar-lhe outro tempo enviasse um arrepio


todo o caminho até os dedos dos pés e tivesse o calor fluído para lugares
decididamente mais interessantes em seu corpo. A cerveja que tinha bebido
não estava ajudando, mas ela deveria pensar duas vezes antes de achar que a
bebida ia relaxá-la. A bebida só a fez ficar mais ligada. Isso não a impediu de
tomar outro gole.

— O pau dele tem provavelmente um piercing — Sam disse pensativa.

Macy mal mandou o gole de cerveja garganta abaixo antes de irromper


em um gemido. Como no inferno ela ia interpretar isso?

— Oh Deus!

— Você não sabe o que está perdendo — Candace disse cantarolando,


inclinando-se para apertar o braço de Macy.

— Espere um minuto. Será que ele... É... Quer dizer, você sabe? —
Sam perguntou para Candace. — Está rolando algum ménage entre vocês?

— Não! Não é como se eu tivesse visto, caramba. Eu só estou falando


da minha experiência com Brian. Mas é uma suposição muito boa.

Candace tinha adivinhado. Ele tinha algum tipo de piercing lá embaixo.


Macy não tinha visto ela mesma estava muito escuro no carro para isso, mas
ela sentiu. Deus, ela já tinha sentido isso.

—Vocês têm que parar com isso eu... Vou ficar traumatizada.

— Macy, apenas dê uma chance para o cara.

— Há apenas um problema com isso. Ele. Não. Está. Aqui.

Os olhos castanhos de Sam cintilaram sobre o ombro direito de Macy,


na direção da entrada. Seu rosto se iluminou num grande sorriso.

— Você está tão certa sobre isso?

— Hein?

Candace seguiu o olhar de Sam e gritou de alegria, saltando de seu


assento e andando rapidamente atrás de Macy.

De repente, ela estava apavorada para virar e ver o que estava vindo em
sua direção.

Oh. Surpresa, surpresa.

Ela inclinou-se para Sam, sabendo que assassinato estava em seus


olhos.

— Você não fez isso.

Os olhos de Sam brilharam.


— Oh, querida, nós fizemos estamos cansadas de ver você se
lastimando. Eu não sei o que aconteceu entre você e ele, mas vire a página.
Aqui está a sua chance. — Suas palavras saíram tão juntas no final que Macy
sabia que ele estava quase em sua mesa. O que ela ia fazer agora? Seu
coração até a metade de sua garganta, ela foi forçada a olhar para cima
quando pareceu que uma sombra havia caído sobre ela.

Sim, ela iria absolutamente mutilar suas amigas mais tarde.


Capítulo Dois

Ghost. Onde diabos ele havia conseguido um nome desses? Ele não
era particularmente pálido. Bem, talvez um pouco, mas não o que ela
chamaria de pavoroso ou algo assim não havia nada... Fantasmagórico nele;
ele era bem solidamente construído em 1,88m ou mais, julgando como ele era
alto perto dos 1,68m dela.

Tatuado com piercings, cabeça raspada, embora agora ele usasse um


boné de beisebol preto puxado sobre os olhos com o capuz de seu moletom
preto por cima.

A antítese de tudo o que ela queria, ou pensava que queria.

Ele estava olhando para ela, com uma merda de um sorriso no lugar,
uma sobrancelha negra arqueada. Esse olhar era como um vácuo ou um
buraco negro, nada podia escapar dele.

— Oi! — Ela conseguiu chiar e até conseguiu dar um sorriso. Quando


seu sorriso alargou, ela se levantou de seu assento para dar-lhe um abraço.
Infelizmente, suas pernas estavam bambas, e o abraço apertado dele a
impediu de ficar de cara com o chão ainda mais do que aqueles enfeites
estavam.

Ele parecia bem. Quente, apesar do frio do ar da noite ainda apegado ao


seu capuz. Familiar, mesmo que ela tenha estado em seus braços apenas uma
vez.

E então ele tinha que falar, o estrondo de sua voz arrepiou o cabelo na
nuca dela.

— Ei, desmancha prazeres.

Todo mundo riu, encantados com o retorno do apelido que ele tinha
dado a ela não muito tempo depois que eles se conheceram. Ela só então
percebeu que Brian tinha se juntado a eles também, e foi se aconchegando na
cabine ao lado de sua namorada.

—Eu tenho uma pergunta. — Ghost anunciou quando Macy recuperou


o seu lugar e ele deslizou a seu lado, praticamente enfiando-a contra a parede.
A coxa dura dele pressionando contra a dela nua. Sam ocupou o que restava
do banco do outro lado dele, de modo que ela estava bem e verdadeiramente
presa. Um arrepio passou por ela. — O que diabos realmente estamos fazendo
em um honky-tonk4? — Ele fez um sinal ao redor indicando um monte de
vaqueiros e vaqueiras dançando ao som de música country.

—É a noite da Macy. — disse Candace quando Brian roçou o nariz em


seu pescoço. — Ela tinha que escolher.

                                                            
4 Honky-tonk: Tipo de bar com acompanhamento musical (normalmente música country tocada ao vivo),
típico do sul e sudoeste dos Estados Unidos, normalmente frequentado pela classe trabalhadora.
—Ah, isso explica tudo só não envolva eu e o Brian em uma briga com
nenhum caipira eu não estou muito a fim de passar a noite na cadeia uma vez
que acabei de chegar à cidade. — Ghost piscou-lhe.

Deus, aqueles olhos. Se ela não tivesse tão perto dele ela teria jurado
que ele os delineou. Mas não, os seus cílios de baixo eram simplesmente
assim espessos. Se ele tivesse cabelo na cabeça, ela imaginou que seria
chocolate marrom como seu cavanhaque e talvez ele estivesse com cabelo
agora por tudo o que sabia. Ela não podia dizer. Mas ele era um daqueles
caras que definitivamente ficavam bem assim suas feições eram fortes o
suficiente. Ele esticou os dois braços, um atrás de Macy e um atrás de Sam, e
inclinou a cabeça erguida para Brian.

— Eu tenho o dobro da sua diversão, cara.

Brian, que estava no meio de um beijo com Candace, se separou e riu.

— Bom para você eu tenho toda a diversão que eu posso lidar bem aqui.
— Candace corou e sorriu.

Macy quase desencarnou quando Ghost inclinou-se e colocou seus


lábios a meros centímetros de seu ouvido.

— Estou acabando com a sua festa, querida?

O rosto dela pegou fogo. Será que ele sabia sobre a festa de pena de seu
dia dos namorados?

—Estragando minha festa? — Ela repetiu sem convicção. — Não, não


mesmo, quero dizer, não é uma festa nem é minha.

Ele riu.

—Tudo bem. — Suas amigas estavam enviando a ela seus pequenos


sorrisos tão conhecidos.

Sim, mutile-as.

Mas ela não podia negar que era bom vê-lo, que uma parte dela tinha
saudades dele e ela não tinha completamente percebido isso até agora.

—Você voltou para ficar? — ela perguntou.

Ele deu de ombros, puxando os braços para trás e descansando-os


sobre a mesa.

—Nana está... Bem, considerando. Ela está em uma casa de repouso e


minha irmã mora perto de lá, então eu percebi que poderia muito bem voltar
para casa e tentar voltar ao normal, pelo menos por um tempo. Eu estarei
indo para lá visitá-la muitas vezes, no entanto.

Sua avó, que o tinha criado desde que seus pais foram mortos em um
acidente de carro quando ele tinha seis anos, estava com a saúde debilitada.
Macy não sabia muito além do que Candace tinha dito a ela sobre o motivo de
sua ausência, mas ela não pôde deixar de notar que a área de sua boca
demonstrava que ele estava mais preocupado e sério do que nunca teve antes.
Ele deve ter passado por muita coisa nos últimos meses.
—Sinto muito — disse ela suavemente.

Ele deu de ombros novamente, mas ela não se deixou enganar por sua
indiferença fingida.

—Ela está segurando as pontas lá. Então, como tem passado?

—Ah, tudo bem. Ótimo. Trabalhando muito, você sabe.

Uma garçonete veio e colocou cervejas na frente dele e de Brian. O


pulso de Macy não tinha diminuído nem um pouco. O que estava
acontecendo? Ele estava tão pressionado contra ela que a fez se perguntar se
ele podia sentir o seu coração acelerado, rezou para que não pudesse.

Ghost se inclinou sobre a mesa para Candace e Brian.

— Candace — disse ele, e por um momento Macy pensou que ele


realmente ia dizer algo sincero. Não teve sorte. — Eu realmente não
aconselho você deixá-lo sozinho comigo novamente, duas horas longe de você
e ele estava dando em cima de mim. — Todo mundo na mesa acabou em
gargalhadas isso só o animou. — Quero dizer, eu sei que ele me quer, ele
deixou claro, e eu estou ficando fraco, eu lhe digo senti saudades dele. Se ele
fizer isso de novo, eu vou dar o que ele quer.

Brian estava balançando a cabeça.

— Deus, sentimos sua falta— disse Candace.

—Sentimos? — Brian perguntou.

Ghost se aproximou e colocou a mão na de Candace.

— Não se preocupe. Nós não vamos deixá-la de fora você é bem-vinda


em nossa casa a qualquer hora, querida. Eu poderia até mesmo compartilhá-
lo com você enquanto, você sabe, eu puder assistir.

—Isso é realmente muito quente — observou Samantha, e Macy podia


imaginar o brilho de interesse em seus olhos.

—Você pode vir também — disse Ghost, ganhando risos de agrado de


Sam.

—Vai se foder, cara. — Brian pontuou as palavras com o gesto da mão


correspondente, mas Macy poderia dizer pelo seu sorriso que ele
provavelmente era a pessoa mais feliz à mesa por ter seu amigo de volta.

—Eu estou tentando fortemente resistir a isso Brian, malditos


capricornianos mal humorados, você só iria me machucar no final. — Ghost
respirou instável. — Mas eu acho que... Eu estou pronto para aproveitar a
oportunidade.

— Você vai ter um inferno de uma luta em suas mãos — Candace disse
a ele, passando a mão sobre os ombros de Brian. — Este pertence a mim.

—Isso. Mantenha sua reivindicação, bebê salve-me dele.

Como a brincadeira continuou rolando e Macy lentamente começou a


perceber que parecia ser apenas um negócio costumeiro aqui, ela começou a
relaxar e respirou fundo, distanciando-se das memórias do que ela tinha
permitido acontecer entre ela e o cara sentado ao seu lado, não muito tempo
antes dele deixar a cidade.

É isso, se controle. E daí que você teve que confrontá-lo quando menos
esperava. Isso poderia chocar qualquer um.

Mas não deveria não ela, de forma alguma. Ele fazia parte de um
mundo tão separado do seu que seria impossível superar o abismo entre eles.
Ele era heavy metal, ela era toda country, o tempo todo. Ele não pertencia a
um rodeio, e ela não pertencia a um de seus shows selvagens onde
provavelmente sacrificavam frangos vivos ou cortavam as cabeças de morcegos
no palco.

Era isso. Desde o acidente que quase a matou, sensatez governava seu
mundo, não impulsividade e certamente não o seu coração ou hormônios, ela
era a única no controle aqui, e ela gostava dessa maneira se ela estragasse as
coisas, poderia pelo menos ter estragado sabendo que tinha pesado todas as
suas opções e tomado a melhor decisão possível.

Mesmo estando miseravelmente sozinha no Dia dos Namorados não era


suficiente para ela abrir mão desta postura.

A coxa de Ghost pressionando mais firmemente contra a dela era


motivo suficiente para ela fazer uma rápida reavaliação.

O namorado de Sam se juntou a eles logo depois e a festa estava no


auge apesar de tudo, ela se admirava por ter amigos que estavam dispostos a
fazer isso por ela levá-la para sair, comprar suas bebidas, tentar o seu máximo
para fazê-la se animar à custa de seus próprios planos. Certamente Candace e
Brian tinham coisas melhores a fazer na sua primeira noite do dia dos
namorados juntos do que tomar conta dela. O mesmo com Samantha e Mike,
embora os dois estavam juntos há anos.

—É muito bom estar de volta com vocês — Ghost anunciou, segurando


sua cerveja, garrafas tilintavam quando eles bateram.

—Eu só estou droga, feliz de ter você de volta no estúdio. — Brian


sorriu, exibindo duas covinhas que desmentia a imagem transmitida por todas
as tatuagens, piercings e o longo e despenteado cabelo preto. Despenteado
principalmente porque Candace não conseguia manter os dedos longe dele.

—Ah, é tudo o que eu sou para você? O seu fodido burro de carga?

—Seja lá mais o que você seja, a verdade é que temos nos ferrado desde
que você partiu e agora Connor foi embora, então não vai ficar muito mais
fácil, mas pelo menos não vai ficar pior.

— Eu mal posso esperar para voltar. Mas eu não posso ajudá-lo no


sábado.

A garrafa de Brian bateu na mesa.

— O que?

— Não poderei. Eu preciso ensaiar com os caras.


—Mas cara sábado...

—Eu estou pegando o que você está jogando fora, meu querido, mas
eles estão entrando em pânico e vão acabar me expulsando da banda se eu
não puder fazer o próximo show.

Macy sorriu pelas palavras de carinho que ele usou. Brian balançou
sua cabeça exausto, sentando novamente em sua cabine.

— Seu filho da puta.

— Olhe para a cara feia dele não faça careta, cara. Ross o patrão vai
fazer o trabalho.

—Seria extremamente mais fácil se eu também tivesse o Ghost ao meu


lado.

—Ah. É uma proposta? Vê como ele me ama? Candace, você não tem a
menor chance.

—Oh, pode parar? Macy vai ficar com ciúmes. — Candace piscou e
pulou em seu assento quando Macy a chutou na canela.

Mas Ghost não perdeu a deixa em sua conversa com seu amigo,
agitando sua mão direita.

— Eu posso estar um pouco enferrujado, Bri posso praticar em você?

—O inferno, não.

Ele inclinou seu ombro em Macy.

—Que tal você, doçura?

—Hum, não sem tinta para mim.

—Sim, boa sorte com isso — disse Candace. — Ela gritaria e chutaria se
uma agulha chegasse a qualquer lugar perto dela.

—Não é a agulha é o pensamento de ser permanentemente... Marcada.


— Só a ideia já lhe deu calafrios.

Ela quase desencarnou quando o dedo mindinho de Ghost traçou a


borda de sua mini saia sob a mesa, chegando perigosamente perto de sua
carne.

— Talvez seja tudo sobre quem está fazendo a marcação.

—Não, é definitivamente... — Seu dedo roçou a parte superior de sua


coxa. Ela puxou a gola de sua camisa. — Aham. Definitivamente não é algo
que eu estaria interessada, não importa quem esteja fazendo.

—Mas eu faço isso tão bem.

Macy estreitou os olhos para ele, derramando toda a vontade que ela
tinha perdido em seu olhar ele fazia um monte de coisas bem isso não quer
dizer que ela teria que deixá-lo fazer a ela.
—Eu sei que você faz, mas ainda assim não vai acontecer.

Retirou sua mão da perna dela e olhou para frente de novo, seu sorriso
tão irritante como ela já tinha visto.

— Tudo bem.

Caramba! Quando ela percebeu que suas palavras não tinham um


duplo sentido como as dele, ela se odiou. Ela não quis dizer para ele parar de
tocar ela.

Seus longos dedos se enrolaram em torno de sua garrafa de cerveja,


quando poderiam estar nela. Ela assistiu em fascinação indefesa como ele a
levantou a sua boca... Uma das melhores bocas que ela já tinha visto.
Completo, sensual e definido, ainda assim devastadoramente masculino. Ela
poderia aplicar essa descrição para cada parte dele, com certeza.

—Macy! — Uma voz familiar puxou-a de volta de sua leitura


gananciosa. Seu coração se afundou quando ela olhou para cima e viu Jared
passando pela mesa deles, um grande sorriso em seu rosto bonito que disse
claramente que ele já tinha bebido um pouco a mais.

Forçando um sorriso, ela deu-lhe um cumprimento que esperava que


fosse um bom equilíbrio entre amigável e de desprezo.

—Oh, oi. Bom te ver.

— É melhor você dançar comigo antes de sair, garota! — E a multidão o


engoliu de volta.

Brian e Candace trocaram um olhar e embora Ghost não tenha feito


comentários, ela podia sentir a tensão que se infiltrou em seu corpo.

Realmente, contudo, por que ele se importaria se ela dançasse com


outra pessoa? Eles transaram no carro dele uma vez muito, muito bom sexo,
mas ainda assim um grande negócio.

Ela acabou com a sua cerveja e acenou pedindo outra.

Em algum lugar do fluxo constante de álcool a garçonete Deus a


abençoe continuava a servir e Macy encontrou de volta a mão de Ghost em
sua coxa. Ela poderia até mesmo tê-la agarrado e a colocado lá ela mesma.
Quem sabe? Tudo o que ela se importava era que a palma dele era grande,
quente e possessiva e ela gostou dela em sua pele. Mas o inferno se iria deixá-
lo ir entre suas pernas...

Oh. Porcaria. Ele estava indo para lá e ela estava deixando, o calor que
vinha do sexo dela não permitiria nada menos. Ela se encolheu em seu
assento, o movimento minúsculo fazendo sua saia subir mais. Os dedos dele
seguiram, remando mais alto em sua perna ele foi quase até a borda da
calcinha dela, que estava incrivelmente úmida desde...

—Está tudo bem, Macy? Você parece um pouco vermelha.

Assim que Macy começou a acenar com a cabeça rapidamente, Ghost


bebeu um gole de sua cerveja e sacudiu a cabeça em sua direção.
— Ela está assim porque estou com a minha mão em sua saia.

Ele não disse isso. Ela ficou ereta e estalou suas pernas fechadas,
quando todos na mesa riram. Candace disse:

— Oh, você gostaria.

Tudo o que Macy conseguiu fazer foi prender a mão dele entre suas
coxas.

O polegar dele acariciou sua pele, a persuadindo a abrir-se novamente


para ele, ela queria, mas se ele estava apenas indo para envergonhá-la na
frente de todos...

Ela deu um pequeno tapa de aviso nas costas de seu pulso. Ao seu
lado, os lábios dele se curvaram e piscou-lhe com um ar de 'viu o que eu fiz
lá?'.

Pela centésima vez ela pensou em como deveria parar com isso. Mas os
dedos dele se enroscaram em sua carne e puxou sua perna contra o lado da
dele e caramba, ela não o fez parar, não podia impedi-lo. Uma vez que ele
tinha um pouco de espaço para trabalhar, ele deslizou sua mão para cima,
levantando a saia dela novamente.

Ela matou sua bebida e pediu outra. O dedo mindinho dele roçou a
seda de sua calcinha, seda que ele encontraria molhada e uma pequena
barreira até sua carne latejante. Felizmente, a garçonete colocou a bebida na
sua frente, então ela tinha algo para segurar em vez de cerrar os punhos sobre
a mesa. Com o lado de seu dedo, ele estava desenhando círculos tentadores
em torno de seu clitóris dolorido através do tecido úmido.

A conversa continuava entre seus amigos Ghost até mesmo participou,


rindo e fazendo comentários inteligentes enquanto seus dedos enrolavam e ela
resistiu ao impulso de... Mordê-lo ou agarrar a cabeça dele e beijá-lo
loucamente ou lançar-se de volta na cabine e ter um orgasmo arfando ou pelo
menos, ajudá-lo a puxar a calcinha de lado para que ele pudesse afundar seus
dedos dentro dela.

Mas ela sabia que ele não tinha a capacidade de mover-se para tal
façanha sem se entregar ela não podia deixá-lo fazê-la gozar ou...

— Eu acho que você devia pegar leve — Candace disse, e levou um


momento para Macy perceber que ela estava falando com ela.

— O que? — perguntou ela, amaldiçoando a rouquidão de sua própria


voz.

Candace riu.

—Você não acha que já teve o suficiente? — Suficiente... Não, nem


perto disso. Seu olhar pousou sobre sua bebida vazia. Merda ela quis dizer o
álcool quantos ela tinha tomado tentando conter o calor e manter suas mãos
ocupadas para que não arrastasse Ghost para cima dela na frente de todos?

—Porra, Macy, você parece bêbada — observou Brian.


Seu cérebro fez um balanço de sua situação. Ela estava respirando de
forma irregular e meio apoiada em Ghost uma gota de suor fazia cócegas em
seu couro cabeludo seus lábios estavam inchados e... Dormentes, e ela varreu
sua língua entre eles. Não que seus amigos poderiam dizer, mas seus mamilos
estavam duros como pedras e ásperos contra as taças de seu sutiã.

—Eu, eu preciso de um pouco de ar. — Ela virou seus olhos suplicantes


para seu cúmplice a seu lado seus dedos desapareceram de entre as pernas, e
isso era tudo o que podia fazer para não ir atrás de sua mão. Devolvê-la para
onde pertencia. Não estava bêbada, ela estava no mais selvagem calor sexual
que conseguia se lembrar desde... Oh, inferno. Desde a última vez que ele a
deixou assim tão quente.

—Eu vou com ela,— Ghost disse, deslizando da cabine e ajudando-a a


segui-lo. Ela tentou acertar sua saia e só esperava que tivesse feito um
trabalho aceitável quando se levantou ao lado dele. Por um momento, ela
temia que seus joelhos trêmulos não a sustentassem, e se inclinou contra ele,
como a única coisa estável em seu mundo.

—Você está bem?— Sam perguntou, soando genuinamente preocupada


quando tomou o lugar de Macy. Michael moveu-se para sentar-se ao lado dela
agora que havia espaço livre.

—Ela está bem — Ghost disse. —Nós vamos lá fora um pouco.

—Cuide dela — Candace disse quando ele a levou para longe da


segurança da cabine deles.

—Oh, eu pretendo. — disse ele, apenas para os ouvidos de Macy.


Capítulo Três

A rajada de ar frio lá fora a tirou de sua névoa de luxúria e álcool, um


pouco. Ela ainda estava ciente da piscina escorregadia de necessidade que ele
tinha criado entre suas pernas. Esse calor não se dissiparia tão cedo, pelo
menos não devido a qualquer mudança do clima externo.

Macy teve que parar do lado de fora para que pudesse recuperar o
fôlego, mas Ghost manteve uma mão em seu braço e conduziu-a até o
estacionamento.

— Para onde vamos?

—Eu estacionei aqui perto. Graças a Deus, eu trouxe o meu carro. — As


últimas palavras foram murmuradas baixinho ele ainda não tinha respondido
a sua pergunta, mas sua mente não tinha parado de funcionar tanto que ela
não conseguia descobrir a resposta.

Ghost dirigia um preto e brilhante GTO 69 conversível que ele tinha


restaurado ao estado original. Sua frequência cardíaca triplicou quando o
avistou. Ela não tinha estado naquele carro desde...

Ele não perdeu tempo ao abrir a porta conduzindo-a para o banco de


trás... Oh, o banco traseiro.

E então a porta se fechou e eles estavam sozinhos no escuro e ele


estava em seus braços, sua boca quente em seu pescoço.

—Eu não posso fazer isso aqui — ela conseguiu falar arfando, mas seu
corpo traidor não fez nenhum movimento para empurrá-lo fora. Ela só puxou
para mais perto, empurrando o gorro sim, ainda raspado e absorvendo o calor
de seu corpo.

—Assim como você não podia antes? Assim como você não poderia me
deixar ficar sob sua saia lá?

—Eu devia ter te parado.

—Mmm. Mas não o fez. E você não vai agora, vai?

Foi à pergunta de um milhão de dólares, e ela não podia pensar sobre


isso agora, enquanto ele estava mordiscando sua orelha, seu grande corpo
pressionando-a para baixo no assento. Ela teve que abrir as pernas para
acomodá-lo no espaço apertado. Sua saia agrupada ao redor de seus quadris
novamente, deixando apenas sua calcinha como uma barreira. Uma esfregada
da virilha dele em seu clitóris latejante e provavelmente gozaria. Apesar de
seus protestos, ela precisava desse orgasmo assim como precisava da próxima
batida de seu coração.

—Nós temos uma propensão para bancos traseiros, não é? O que vai
precisar para eu tê-la em uma cama? — Ela não podia responder-lhe, e não
achava que ele esperava que ela respondesse. Sua boca arrastou um caminho
quente até seu seio, ela podia sentir o sopro de sua respiração através de sua
camiseta ele não passou muito tempo lá, embora sua mão tenha aparecido
para apertá-lo enquanto continuava sua jornada caminho abaixo. Ela
endureceu quando ele levantou a bainha de sua camiseta e lambeu um círculo
ao redor de seu umbigo.

—Porra, Macy. — Sua língua correu para o recuo. — Você tem um


cheiro tão fodidamente doce. Você estava deixando tudo perfumado lá dentro.
Eu não podia esperar para estar com você sozinho.

Calor rugiu em seu rosto até que quase igualou ao calor gerado lá
embaixo. Ela virou o rosto para a parte traseira do assento, o frio estofado
contra sua testa úmida.

Ela não devia estar fazendo isso, mas estava enganando a si mesma se
achava que queria que isso acabasse.

Satisfeito com a exploração do seu umbigo, ele empurrou sua saia mais
longe, e seus dedos deslizaram no cós de sua calcinha. Ela choramingou
quando ele puxou para baixo, sabendo que ela estava nua com ele agora,
embora ainda se recusasse a olhar para ele. Ele dobrou os joelhos dela contra
o peito para despi-la de sua calcinha.

— Ah, eu fiz você ficar preparada, não foi? — Seus dedos deslizaram
sob suas inchadas dobras escorregadias, enviando um choque através dela.
Ela arqueou-se contra o seu toque, tentando obter os dedos em seu clitóris,
onde ela precisava deles. Então ela queria gritar, ele a abriu, apenas
alimentando sua necessidade quando ele deslizou profundo e rodou. Sua boca
se abriu em um silencioso gemido. Suas unhas marcaram meias luas dentro
de suas coxas abertas de modo que ela não agarrasse a cabeça dele para
enfiá-lo no turbilhão de desespero ardente que ele tinha criado entre suas
pernas.

—Olhe para mim. — Com a mão livre, ele moveu uma de suas coxas
para seu ombro e, em seguida, acariciou-a do joelho ao quadril, exercendo
apenas pressão suficiente com suas unhas curtas para deixar trilhas
formigantes em seu rastro. A carícia suave deu a ela coragem de virar o rosto
para ele.

Uma vez que ela obedeceu ao seu pedido, não podia olhar para qualquer
outro lugar. Havia apenas luz suficiente para ver metade do rosto na sombra e
colocar um brilho perverso em seus olhos.

—Você me quer aqui? —, Perguntou ele. Seus músculos internos


agarraram o dedo que ele lentamente empurrava nela.

Ela suspirou quando ele deslizou outro, gritou quando ele empurrou-os
profundamente e roçou seu clitóris com o polegar.

— Sim! Em breve. — Era tudo o que podia pensar. Ele apertou um


terceiro dedo, e efetivamente silenciou todos os seus movimentos inquietos. —
Ah... Deus. — Ela ficou imóvel, choramingando, enquanto ele trabalhava com
os dedos mais profundos.

—Cristo — ele sussurrou. —Você se sente bem. Eu não posso esperar


para te foder.

—Por que não?


—Eu vou, bebê. Longo, forte e profundo, assim como você precisa. —
Para pontuar suas palavras, ele arrastou seus dedos fora até a ponta, a
provocou e empurrou-os para dentro de volta. —Mas não no carro desta vez.

Ela gemeu, moendo seus quadris em sua mão. Droga, eles tinham feito
isso antes.

—Por que não?

—Nós simplesmente não podemos. Não aqui. Não da maneira que eu


quero fazer isso, nós não podemos.

Tudo o que ela estava pensando no clube, tudo o que ela tinha pensado
nos últimos meses sem ele, foi efetivamente negado com tudo o que ela estava
sentindo agora.

—Eu preciso disso. Por favor, preciso tanto...

Com uma maldição, ele mudou e deixou cair mais baixo. Como ele
estava dobrando-se para baixo para chegar a seu nível, ela não sabia, nem lhe
importava. Uma explosão de sua respiração fez cócegas em seu monte, em
seguida, o polegar se foi, substituído por algo mais quente e muito, muito mais
úmido...

—Oh, Deus, sim!— Ela chorou. Isso o incendiou. Sua mão livre agarrou
sua coxa e puxou-a mais aberta, um som animalesco rasgando de sua
garganta. Ela pegou tudo o que podia para ancorar-se a terra, quando ele
lambeu padrões devastadores sobre seu clitóris, enganchando os dedos
empurrando para encontrar o local em sua parede superior que tiveram seus
quadris torcendo para fora do assento. De repente, ela não poderia abrir
amplo o bastante, não podia chegar perto o suficiente. Seus gemidos
dissolvidos em um apelo sem fim.

Sua boca cobriu seu clitóris, e ele chupou, envolvendo seu braço sobre
a barriga dela e segurando-a firme quando ela convulsionou contra ele. A
tensão incrível que ela estava carregando por tanto tempo dentro dela quebrou
em ondas e ondas de êxtase. Ela não se importava se alguém de fora ouviu o
seu grito de lamento, ou o gemido dele em resposta que vibrou contra sua
boceta. Os músculos de sua coxa endureceram, ela estremeceu, se contorceu,
e caiu de costas no assento e contemplou um desmaio quando ele torceu os
últimos vestígios do orgasmo dela.

Gentilmente, ele parou de chupá-la, dando-lhe várias longas e lentas


lambidas para derrubá-la. Retirou seus dedos e baixou seus beijos até sua
abertura, saboreando os restos de seu prazer.

Macy queria esticar e ronronar como um gato. Ela não conseguia parar
de mover-se contra ele, e desalento instalou-se assim que percebeu que ela
ainda não estava satisfeita. Ele só havia tirado ela da borda. Ela precisava de
mais. Precisava dele dentro dela, enchendo-a.

Ele levantou a cabeça, e ela fez uma careta para o vazio que ele deixou
para trás. Pequenos tremores deslizavam sob sua pele, fazendo-a estremecer.
Mas ele estava tentando se levantar, e ela teve que se mover para deixá-lo. Ela
voltou para o canto do assento, e ele deslizou sobre o seu, soprando um
suspiro e rolando a cabeça sobre os ombros.
Sua expressão era ilegível, mas o conjunto firme de sua mandíbula
sugeriu o mesmo nível de pressão que estava segurando-a cativa até ele
libertá-la. Ele abriu o zíper e tirou seu moletom com capuz, mas ele não estava
se movendo para abrir a calça, ele não esperava ter o seu depois de dar o dela?
Aparentemente, não. Ela não sabia o que dizer ou fazer, então inclinou-se e
começou a tarefa um pouco humilhante de tentar localizar a calcinha no chão.

—Procurando isto?— Ele perguntou e ela olhou para cima para ver o
pedaço de seda balançando em seu dedo indicador.

—Hum, sim. — Quando ela a puxou, ele levantou seu dedo, um leve
sorriso aparecendo em um canto de sua boca. Macy deu uma risadinha
quando ele não desistiu sem um breve cabo de guerra, mas finalmente a teve
de volta.

Ele a fez sentir tão bem. Isso foi exatamente o que ela precisava.

—Você sabe, eu não tenho que colocar isso de volta ainda. — Ela
chegou entre as pernas dele e passou a mão sobre a crista saliente em seu
jeans. Ele tinha que estar doendo. Parecia que dor atravessou seu rosto
quando ela o tocou.

Mas ele realmente não deve ter querido ir mais longe. Ele pegou o pulso
dela e puxou-a até que ela estava sentada escarranchada sobre ele. A mão
dele alisou a parte externa da coxa direita dela.

— Obrigado por usar uma saia hoje à noite. Do fundo do meu coração,
muito obrigado.

—Por nada. — Macy estremeceu quando a jornada dos seus dedos


caminho acima em sua perna terminou sob sua bainha. Ele deve ter pensado
que ela estava com frio; ele pegou a blusa de capuz que tinha retirado e a
colocou sobre seus ombros. Ela empurrou os braços pelas mangas, inalando
profundamente quando o aroma dele a envolveu.

—Agora que isso está fora do caminho, fale comigo. O que você tem feito
desde que eu parti?

—Nada. — Ela aconchegou-se em seu peito.

—Não tem saído com outro cara?

Ela sorriu em seu pescoço no mau humor que entrou em seu tom a
essa pergunta.

—Ciúmes?

—Não quando eu era o único com a minha boca na sua boceta dois
minutos atrás.

Macy não sabia se ela alguma vez iria se acostumar com a maneira com
que ele falava com ela. Se fosse qualquer outra pessoa, teria ficado chocada,
mas com ele... Ela adorava. Parte disso era saber que ele não dava a mínima
para o que os outros pensavam, nem mesmo ela. Ela adoraria ser assim. Só
não era de sua natureza.

—Você parece diferente — disse ele.


Agora isso deu a ela uma parada e uma pequena onda de mal-estar. Ela
se inclinou para trás para olhar para ele.

—Como assim?

Ele arrastou um dedo por sua bochecha. Seu olhar no dela, vendo
demais.

—Você está triste?

—Eu... — O que ela diria sobre isso? Em poucos minutos ele tinha
apontado algo que ela estava escondendo de todos por meses. Algo que seus
melhores amigos não tinham sequer percebido... Nada mais do que o habitual,
pelo menos. Mas ela não podia confirmar suas suspeitas. Ele poderia pensar
que tinha algo a ver com ele. —Não.

Aquele olhar de quem sabe demais estreitou.

—Então você é sempre uma bêbada apática? Porque isso seria um saco.

Ela zombou.

—Eu não estou bêbada. Não tão bêbada. E eu não sei por que você
acha que eu estou... Apática.

Ele deu de ombros.

—Bem, vamos recapitular. Eu me lembro de nos encontrarmos neste


mesmo banco de trás no estacionamento de Dermamania. Lembro-me de
conversarmos quase até o sol aparecer, rindo muito de coisas estúpidas. Você
me surpreendeu com a forma como você era engraçada. Eu não estava
esperando isso. A coisa 'estraga-prazeres' foi uma piada particular, porque nós
dois sabíamos que eu vi um lado diferente de você do que qualquer outra
pessoa. E, de repente, você encenou um ato de desaparecimento. Então eu tive
que sair da cidade. Pelo que eu vi de você hoje à noite, eu me pergunto se já
riu desde então.

Enquanto ele falava, ela se ocupou distraidamente traçando a gola da


camiseta, não encontrando seus olhos.

—Você sabe o que é louco? Apesar de tudo isso, eu nem sei o seu nome
verdadeiro.

Ele suspirou pelo seu desvio.

—Seth.

—Seth. — repetiu ela, a necessidade de senti-lo na sua língua. —Isso é


bom. Por que você nunca me disse antes?

Ele de repente tornou-se muito interessado em pegar em algo invisível


na camisa dela.

—Você nunca perguntou.

O lábio inferior dela tremeu. Ótimo, então ele pensou que ela era uma
vadia metida disfarçada de bêbada apática.
—Mas eu fico imaginando. Qual é o seu sobrenome?

—Warren. Por quê? — Ele sorriu. —Vai fazer uma checagem de


antecedentes? Precisa da minha data de nascimento também?

Sua pergunta lhe deu um segundo de pânico. Ela realmente não sabia
muito sobre esse cara. Seu cérebro percorreu sua gama habitual de pior
cenário. Será que ele tem uma passagem? Por coisa séria? E se ele passou um
tempo na prisão ou algo assim? Algumas dessas tatuagens parecem
suspeitas...

Ele sentou-se, exasperado.

—Jesus, Macy. Não, eu não sou um criminoso condenado.

—Eu não estava pensando...

Ele colocou a mão no queixo, pensativo.

—Com exceção daquele assalto a banco que deu terrivelmente errado...

—Pare de ficar me zoando.

—Ei, isso é legal. Eu não quis dizer nada. Você está bem?

Ela apenas assentiu. Considerando o quão baixa sua voz tinha soado,
seria inexistente agora, então ela nem tentou usá-la. Ele deve ter notado sua
angústia, porque estendeu a mão e esfregou seu ombro.

Macy não pode evitar, seus olhos fechados e ela sabia que ele não
deixaria de notar seu suspiro. Tudo de uma vez, ela desejava que pudesse
sentir o calor de sua pele na dela. Foi negado isso a ela mesmo antes. Carne
nua com carne nua... A dele dura quente e complexamente marcada, a dela
suave e flexível e...

As imagens rodando em sua mente fez a temperatura dela subir


novamente. Ele cheirava incrivelmente bem. Algo fortemente doce e quase
cítrico. Ela não queria falar, só queria enterrar o rosto em seu pescoço e
respirar ele, sabendo que ele se provou tão delicioso quanto cheirava.

—Então qual é a história?— Perguntou ele.

A questão a puxou de volta para a realidade de forma dura e rápida, e a


verdade veio caindo de sua boca antes que seu cérebro lhe desse permissão.

—Eu não pertenço.

Ela não teve que ver a reação dele. Sua surpresa foi palpável.

—Não pertence a onde?

—Aqui. Com você. Com... Eles. — Ela levantou a cabeça e balançou a


cabeça na direção do clube.

—Quem disse?

—Eu.
—Bem, então... O que você está fazendo aqui?— Curiosidade genuína
atava as palavras.

Ela encolheu os ombros.

—Então... O que? Você está pensando em virar as costas para todos,


apenas seguir o seu próprio caminho?

—Não, eu não quero isso. De forma alguma.

—Veja — ele disse — Eu não sei o que aconteceu para fazer você ir da
mulher legal e confiante, que sempre me fez sentir um milhão de vezes melhor
quando saíamos, para o maço de misérias que eu estou vendo agora, mas não
pode ser tão ruim. Deixe ir. Essa é a minha filosofia: aprenda a pouco se foder,
ainda mais sobre merdas insignificantes. A vida será muito mais simples.

Seus olhos ardiam quando ela olhou para ele. Ela raramente chorava, e
quando o fazia, maldita certeza não seria na frente de caras que ela mal
conhecia.

—Eu estou feliz por ter feito você se sentir melhor.

—Bem, agora eu estou tentando retribuir o favor. Então fale comigo.

—Eu simplesmente não posso me relacionar mais com eles. Desde que
Brian e Candace ficaram juntos... Quer dizer, eu estou feliz por ela, tudo bem?
Não me interprete mal. Mas as coisas são diferentes, e eu acho que não tomei
a mudança bem.

—Eu ouvi você. Foi o mesmo em todo o estúdio antes de eu sair. Nós
gostamos dela, mas às vezes é uma dor na bunda saber que a namorada do
chefe está por perto. Então, você não está sozinha. Todos nós já tivemos que
nos ajustar.

—Mas ela tem sido minha melhor amiga desde que éramos crianças.

—Sim, e Brian e eu nos conhecemos por muito tempo também. Eu


acho que você está deixando isso te afetar muito.

—Nós parecemos tão distantes agora. E por mais que eu tente, não
posso ser... Um de vocês.

—Tudo bem... Macy, o que exatamente nós somos?

Ela zombava dele.

—Vamos lá. Olhe para mim, e olhe para você, e depois me diga a
diferença. Eu não estou insinuando nada de ruim. Eu só estou dizendo... As
coisas em que vocês estão apenas não são para mim, e vice-versa, e essa é a
maneira que é.

—Sinceramente, acho que qualquer distância entre você e suas amigas


é uma invenção da sua imaginação, ou foi colocado lá por você, porque está
tão presa a isso de 'nós e eles'. Você deveria... Aliviar um pouco, desmancha-
prazeres. Isso é tudo.

Macy não pôde deixar de sorrir com a provocação brincalhona dele.


—Eu tento. Simplesmente nunca funciona e nós sempre acabamos
discutindo. Estávamos à beira disso antes que vocês apareceram.

—Não há nenhuma razão que você não possa simplesmente viver e


deixar viver, você sabe.

—Eu sei. É que às vezes me faz pensar que eu não sou interessante o
suficiente para... Não importa. — Ela estalou a boca fechada. O álcool tinha
afrouxado sua língua o suficiente esta noite. Aqui estava ela derramando suas
entranhas para um cara que era perito em bagunçar o seu cérebro para não
falar de outras partes de sua anatomia. A conversa tinha feito pouco para
reduzir a necessidade ainda agrupada entre suas coxas sua voz apenas a fez
piorar.

—Não é interessante? O que diabos você está falando?

—Eu não sei. Talvez eu esteja bêbada.

—Não, você foi muito, muito coerente, portanto não fuja agora.

Sua mente estava em cem direções estranhas, e ela decidiu seguir uma
delas para ver onde levaria.

—Eu tentei evitar que Candace saísse com Brian, em primeiro lugar. Eu
poderia tê-la feito perder sua felicidade. E se ela tivesse me escutado?

—Ela não ouviu. Portanto, é um ponto discutível.

—Mas às vezes eu sinto que estou tirando a minha felicidade também.


Eu não pareço conseguir me fazer... Calar a boca.

Ela percebeu o brilho dos seus dentes brancos, mesmo na penumbra.

—Você precisa de alguém para te calar?

—Honestamente? Eu realmente acho que eu preciso.

—Eu poderia ser útil para essa necessidade. — Sua voz nitidamente
pingando com a sugestão. Não havia dúvida do que ele queria dizer. Suas
mãos grandes descansavam casualmente em suas coxas agora, e, oh, como ela
queria senti-las moverem-se mais para cima. Ela não podia negar essa coisa
entre eles. Ela nunca seria capaz disso.

A excitação que ela precisava em sua vida, o tempero que precisava,


estava sentado debaixo dela. Algo para levá-la através desta queda, ou o que
fosse. A ponte através do abismo para onde seus amigos estavam esperando
por ela para se recuperar. Ela não queria ser deixada na poeira... Ela os
amava muito.

Poucos centímetros separavam seus lábios, e ela sabia que ele podia
sentir a respiração dela em fortes sopros contra sua boca. Ela sentia a dele.
Ainda lenta e fácil, a respiração dele fez cócegas nos lábios dela. Eles não
tinham se beijado na boca desde que entraram no carro. Ele nunca a tinha
beijado, mesmo antes, um fato que a tinha mantido acordada durante a noite.
Mas aquele encontro havia sido como este: súbito, apressado, escaldante.
Agora, ela ansiava por mais de uma conexão, precisava tanto disso que se
tornou mais importante do que qualquer outra coisa.
Gentilmente, ela tomou seu rosto entre as mãos, olhando para ele. Fora
do carro, alguém gritou e algumas formas vagas e coloridas passaram por trás
do vidro traseiro embaçado a caminho do clube, mas ela não se preocupou
que alguém pudesse vê-los.

Ela fechou os olhos. Inclinou-se para ele. Cobriu a boca dele com a sua.

Um tremor passou por ele, e suas mãos, finalmente, se moveram por


suas coxas. Seus lábios eram tão deliciosos como eles pareciam, ele deixou-a
provocá-los a abrirem-se para que ela pudesse lamber seu caminho para
dentro e saboreá-lo. Um gemido escapou dela, os dedos dele apertaram sua
carne. A língua dele deslizou pelos seus dentes, brincando com a dela em uma
dança sinuosa igual a que ela estava fazendo descaradamente em seu colo.
Deslizando a mão atrás do seu pescoço, ela o puxou para mais perto,
precisando de mais, fantasiando sobre o que mais ele poderia fazer com a
língua, o que tinha acabado de fazer com ela. Um gemido escapou de sua
garganta.

Macy teve vontade de chorar de alívio quando suas mãos se moveram


em torno de sua bunda. Certamente ele iria novamente tocar em todos os
lugares de seu corpo a deixando selvagem. Em vez disso, ele a deixou ir, em
seguida, delicadamente segurou seu rosto até que seus lábios agarrados foram
forçados a abdicar da sua reivindicação sobre o seu. Ela o olhou com
censura.

—Porra, menina — ele respirou. Ele soou tão quebrado como ela se
sentia. —Eu acho que posso lidar com uma bêbada irritada se você também
for uma bêbada incrivelmente excitada.

Ela tentou inclinar-se para ele de novo, mas ele a evadiu, e ela resistiu
ao impulso de fazer beicinho para ele.

—O que você está fazendo?

—O que você está fazendo?— Ele retornou, sua voz como um murmúrio
baixo sexy que foi direto para todas as mais necessitadas partes de seu corpo
e ressoou.

—Não é óbvio?

Sua risada abafada em resposta era escura.

—Com você? Bebê, nada com você é óbvio. Amanhã você vai fingir que
esta noite nunca aconteceu, como fez antes?

—O que é que isso... Eu realmente não acho que você...

—Não achou que eu me importava? Pensou que eu só estava atrás de


marcar ponto?

Isso havia passado na mente dela. Sua mente cheia de culpa. Isso
havia a ajudado dormir a noite, era verdade, depois de se torturar pelo fato
dele não tê-la beijado.

Suas bochechas queimaram, e ela estava feliz que ele não podia vê-la
bem o suficiente para detectar a cor que seu rosto estava. Mesmo agora, não
gostava de pensar sobre como ela perdia o controle de si mesma com ele. Ela
estava em grave perigo de fazê-lo novamente.

—Eu sei que você não pode esquecer isso — continuou ele. —Eu me
lembro de quantas vezes você gozou. Eu senti cada vez, quão apertado você
me apertou e como estava molhada. Lembro-me de sua respiração no meu
ouvido, suas súplicas, suas unhas arranhando minhas costas.

Suas palavras e a maneira como seus olhos escuros olhavam-nos dela,


assustadores e selvagens foram rapidamente se transformando em algo
mortificante e mais quente. Ele não podia deixá-la assim, tão insatisfeita. A
julgar pela crista grossa em suas calças, que ela estava descaradamente se
esfregando, ela não era a única frustrada.

Certo. Ele ganhou.

—Vem para casa comigo?— Ela perguntou suavemente.

Os olhos de Seth se fecharam, e sua cabeça encontrou a parte de trás


do assento. Ela queria atacar sua garganta com seus lábios. Ela se acomodou
para traçar uma unha para baixo da linha de uma das tatuagens espreitando
acima do decote de sua camisa.

—Eu disse a Brian que ajudaria no estúdio para que ele pudesse passar
a noite com Candace. É por isso que eu quase não bebi nada esta noite. Eu
preciso ir para lá.

—Brian não...?

—Dispensaria-me para fazer sexo enquanto eles trabalham suas


bundas? Eu não pediria. — Ele levantou a cabeça para olhar para ela. — Eu
imagino que você estará desmaiada no momento que eu tiver terminado.

A boca dele estava de volta em estreita proximidade com a dela. Ela


roçou os lábios dela nos dele. Deu uma minúscula lambida no lábio inferior
dele.

—Fora — disse ele em uma corrida sussurrada, embora ele ainda não
tenha se movido. — Macy... Você vai me dispensar antes mesmo de eu
começar de novo. — Ele capturou os lábios dela com os seus uma vez, duas
vezes, novamente. Ela doía e latejava, pressionando tão perto como ela poderia
fisicamente. A mão dele desapareceu sob a camisa dela, deslizando ao longo
de sua pele nua até que os dedos dele cobriram seu seio na taça do seu sutiã
rendado. O centro de prazer no cérebro dela positivamente ronronou. O
mamilo dela endureceu contra a palma da mão dele, fazendo atrito contra o
tecido. Ele deve tê-lo sentido; ele circulou o pico apertado com o polegar.

—Sim— ela sussurrou, arqueando com o contato muito necessário. Ele


se inclinou para beijar e lamber a base de sua garganta.

Era uma loucura, era tudo o que ela tinha tentado se convencer de que
não queria, mas Deus se sentia muito bem. O polegar dele deslizou sob a
renda de seu sutiã, e ela quase perdeu a cabeça. Em um movimento rápido,
ele a empurrou e se inclinou sobre seus seios e rosnou uma série de
maldições, abaixando a cabeça para beliscar e lamber as ondas acima das
taças do sutiã. Ela acariciou sua cabeça lisa e quase sorriu com a memória de
Sam falando sobre carecas. Era diferente, mas ela gostou.

Ah, ela gostava de tudo o que ele estava fazendo. Se só fizesse um


pouco mais rápido...

—Por favor— ela choramingou, mudando em uma tentativa de trazer a


boca decadente em contato com o mamilo enrugado. Mesmo através de seu
sutiã, ela não se importava, só precisava do contato. Ele a evitada
deliberadamente, provocando-a sem piedade. Ela nunca doeu tanto como
quando estava com ele, mas com certeza desta vez tinha a ver com o erro
desta situação, ela quase sem camisa em seu banco de trás no
estacionamento de um bar. Com um cara que ela não deveria estar.

E da última vez?

Bem, na última vez tinham sido quase as mesmas circunstâncias, com


exceção do local. Ele estava escuro e isolado, não na visão clara de todos em
um estacionamento movimentado. Qualquer que seja a razão, ela não
conseguia parar de se mover contra ele, e aqueles pequenos gemidos vindo de
sua garganta que soou como uma mulher devassa outra muito mais do que
ela com certeza, este era algum universo alternativo no qual ela tinha caído e
afetado suas ações. Suas reações.

Seth puxou a cabeça dele para trás. Era tudo o que ela podia fazer para
não mantê-la no lugar.

—Eu tenho que parar bebê— disse ele, trazendo o mundo dela ao fim. —
Eu sinto muito, mas se eu não parar agora, não vou ser capaz de parar mais
tarde. E vamos ser pegos. — Cuidadosamente, ele deslizou a camisa dela de
volta no lugar. Em seguida, seus olhos escuros piscaram até os dela.

Ela só podia imaginar como deveria estar parecendo. A grande maioria


de seu cabelo estava na frente do seu rosto. Seus lábios estavam inchados,
seus olhos e pálpebras pesadas. Tremores sacudiam as mãos e praticamente o
resto do seu corpo.

—Linda— ele sussurrou como se tivesse lido seus pensamentos. Ele


estendeu a mão para alisar o cabelo dela para trás. — Hey. Eu não posso ir
com você agora, mas se realmente quer continuar isso mais tarde, você sabe...
O meu número ainda é o mesmo.

Puxando o lábio inferior entre os dentes, ela fechou a blusa de capuz


dele sobre seu peito. Ele esperava que ela o chamasse para um sexo casual da
próxima vez que ela ficasse com tesão?

—Você tem o meu número também — ela ressaltou.

Ele sacudiu a ponta do nariz.

—O grande problema é que você parou de atender.

“Talvez eu ligue agora. Ah, sim, eu vou ligar”.

—Eu estou virando uma nova página.


Ele riu. A ponta do dedo dele pegou em seu queixo, e foi o suficiente
para cessar todos os seus movimentos.

—Eu vou te dizer. Se precisar de ajuda com isso, se precisar de alguém


para te calar, ou até mesmo se você só precisar andar no lado selvagem de vez
em quando... Eu sou o cara. Vou mostrar-lhe as cordas, desmancha prazeres.-
O jeito com que ele piscou para ela a fez pensar que ele quis dizer dessa forma
mais literalmente do que a maioria das pessoas. — Eu não sei que tipo de
crise de identidade você está tendo, mas eu acho que está totalmente certa.

Você está totalmente certa. Isso não soava como muito, mas, por algum
motivo significou muito vindo dele. Isso fez ela querer beijá-lo de novo, e de
novo e de novo, mas esse tempo parecia ter passado.

—Obrigada— disse ela suavemente. —Só uma coisa, porém...

—Sim?

—Posso te chamar de Seth?

Um sorriso rompeu no rosto dele.

—Eu acho que eu posso viver com isso. — E então um punho golpeou
contra a janela.
Capítulo Quatro

— Oh meu Deus. Vocês estavam transando? — Os olhos de Candace


estavam grandes como pires quando Seth empurrou a porta aberta.

—Bem, não mais, obrigado. Jesus, que tipo de amiga você é?

Macy empurrou o rosto no ombro dele, tentando, em vão, silenciar a


risada dada à estranheza de sua situação. Pelo menos eles pararam o que
estavam fazendo. Exceto... Caramba! Ela não colocou sua calcinha novamente.
Pelo menos a saia era grande o suficiente para esconder qualquer coisa que
possa ainda estar em exibição.

—É seguro?— Brian perguntou de uma área perto da parte de trás do


carro.

—Sim, eles estão vestidos, pelo menos.

Ele apareceu ao lado de sua namorada.

—Ei, cara, nós estamos prontos para ir. Mas o carro de Candace está
sem bateria. Você tem cabo?

—Eu tenho os cabos. Você sabe o que é patético? Você não ter cabos.
Eu não te ensinei nada?

Macy não perdeu o pequeno sorriso de Candace quando ela saiu do


carro para que Seth pudesse sair. Imediatamente, ela cambaleou em seus
joelhos fracos, que sabia que tinha muito pouco a ver com a cerveja que tinha
bebido e tudo a ver com o que ele tinha acabado de fazer com ela. Seth
estendeu a mão para segurá-la, seu olhar entendedor segurando o dela por
um momento mais que o necessário. O ar frio fez cócegas no calor nu entre
suas pernas, e ela estremeceu.

—Você está direita?— ele perguntou. Ela assentiu com a cabeça, de


repente se sentindo tímida sob o escrutínio de seus amigos. Quando ela
estava prestes a desviar o olhar, notou a escrita branca na camiseta preta
dele, visível agora que ele não estava usando a blusa de frio. Dizia: Porque
todos vocês não podem morrer e me deixar em paz?

Macy franziu a testa. Jesus. Não era possível levá-lo em qualquer lugar.
Mas, então, as aparições públicas, provavelmente não seriam parte deste
acordo, de qualquer maneira.

Qualquer relação entre eles seria baseada em nada além de sexo. Sexo
cru, mais quente que o inferno. Era tudo o que realmente tinham essa
química escaldante que transformou todos os seus pensamentos, uma vez
coerentes em mingau granulado.

Havia alguma coisa realmente errada com isso então? Toda sua vida ela
se preparou para 'O Único', e, posteriormente, analisou cada relacionamento
potencial só por sua capacidade de se tornar algo duradouro. Não tinha que
ser assim. Seth era um cara que ela não gostaria de estar junto a longo prazo,
e que provavelmente era uma coisa boa, porque ele, de qualquer maneira, não
lhe parecia o tipo que se compromete. Mas, caramba, ele fazia seus hormônios
rosnarem.

Mesmo agora, o olhar dela se prendeu a ele. Talvez isso tivesse sido
sempre o caso, mas era dez vezes pior no momento. Ela estava inquieta,
vazia, insatisfeita. Ainda dolorida, ainda tremendo por dentro. Ela deveria ter
lhe perguntado a que horas ele iria sair, e se ela poderia procurá-lo logo
depois.

Ele e Brian começaram a sua tarefa de pular no carro de Candace e


Macy se encontrou rindo com as outras meninas sobre suas brincadeiras,
especialmente quando Ghost fez a piada sobre Brian e Candace estarem tão
juntos que até seus veículos estavam copulando. Eles tiveram o carro pronto e
funcionando rapidamente. Então Brian e Candace passaram uns bons cinco
minutos se despedindo de forma afetuosa, mesmo que eles só se separariam
pelos poucos minutos que seriam necessários para dirigir de volta para seu
apartamento, em veículos separados.

Droga. Todos os seus amigos estavam indo para casa e indo transar.
Macy estava indo para mais uma noite longa e solitária, se não fizesse algo.
Seth já havia se irritado com a exuberância de seus amigos e voltou para o
carro, mas não antes de vê-las tempo suficiente para se certificar de que
Candace estava dirigindo para a casa de Macy. Desde que Candace raramente
bebia mais do que um gole ou dois, elas deixaram o carro de Macy em seu
apartamento e foram juntas, mas tocou-lhe que ele se preocupasse com ela.
Ela tomou uma respiração profunda, fortificante e o seguiu.

Ele olhou para ela quando abriu a porta do lado do motorista. Sem
hesitar, ela caminhou até ele e colocou os braços ao redor de seu pescoço.

—Obrigada.

—Pelo que? — Ele perguntou, soando realmente confuso. Sério?

—Por fazer eu me sentir muito melhor.

A boca dele encontrou a sua orelha, enviando um frio deslizando por


sua espinha quando ele balançou o lóbulo com a língua. Quando ele falava, o
calor de sua respiração só intensificava a sensação.

—Que tal se eu te ligar mais tarde esta noite?

Vertigem entrou em erupção dentro dela, ela balançou a cabeça em seu


ombro, depois deu um passo para trás e percebeu que ainda estava usando
seu capuz.

—Oh, toma. — Quando a mão dela veio para tirá-lo, ele o pegou com a
sua.

—Fica melhor em você. Mantenha-se quente. — Então e daí se tinha


uma grande caveira branca com olhos de fogo nas costas e seus dedos não
chegavam ao final das mangas? Cheirava como ele, e era tão bom que ela até
poderia dormir na maldita coisa a partir de agora. Com um sorriso final,
deslumbrante, ele sentou no assento do motorista. Ela tinha começado a
voltar para seus amigos quando sua voz a chamou de volta.

—Ei, Macy.
Tentando desesperadamente esconder seu próprio sorriso, ela olhou
para trás.

—Feliz Dia dos Namorados.

******

Droga.

Considerando que ele era o melhor amigo de Ghost, Brian Ross com
certeza era um bastardo sádico. Ele tinha sido aparentemente uma peça no
jogo para colocar Ghost e Macy juntos em um encontro no dia dos namorados,
mas ele ainda concordou em deixar Ghost em um caso galopante de bolas
roxas, deixando-o trabalhar o resto da noite.

Ou talvez tenha sido sua estratégia o tempo todo, desde que Ghost às
vezes tinha a impressão de que Brian não gostava realmente de Macy.

Sim, ele era desonesto.

Dermamania, a empresa de Brian e o amado local de trabalho de Ghost


tinha sido revirado como o inferno no meio do tumultuado romance de Brian e
Candace, tinha quebrado os corações de todos. Mas, no momento, Ghost teria
queimado o lugar todo e assado marshmallows sobre as chamas se isso
significasse que ele poderia sair de lá mais cedo. Foi difícil se sentar em um
banquinho e se concentrar na precisão quando ele tinha uma ereção furiosa
que se recusava a diminuir porque ele não conseguia apagar a memória dos
seios maravilhosos de Macy fora de sua cabeça ou os sons que ela fazia
quando gozava. Ele estava praticamente em dor.

E era por isso que, perto de uma hora da manhã, quando eles
geralmente tentavam fechar, ele queria alegremente mutilar o trio que entrou
pela porta e perguntou se eles teriam tempo para fazer algumas tatuagens.

NÃO, seus idiotas! Eu tenho uma situação de alarme cinco aqui!

Mas todos os outros artistas olharam para ele, o indicando como de


costume na ausência de Brian. Isso, pelo menos, não tinha mudado desde que
ele se foi. E todos sabiam que Brian geralmente não dispensava os clientes
que apareciam se fosse um trabalho pequeno e eles estivessem disponíveis.
Então Ghost não faria isso também mesmo que ele tivesse que ranger os
dentes quando disse a seus clientes.

—Claro, sem problemas, entrem.

Então os outros não poderiam ver a devastação absoluta em seu rosto,


ele caminhou devagar para seu local de trabalho, tentando se abster de
suspirar fortemente. Ou soltar uma maldição. Ele digitou um texto rápido para
Macy, para que ela soubesse que ele foi detido. E então, porque o destino era
uma cadela, ele ficou preso com o cliente que era mulher bonita e delicada e
que deve ter usado o mesmo maldito perfume que Macy... Ou talvez o cheiro
dela estava apenas enraizado em sua cabeça para sempre. Não que ele
deliberadamente tentou fazer comparações, mas Macy tinha acendido um fogo
em seu sangue que rugia. Agora ele a via em todos os lugares que ele olhasse,
e assim seria até que ele estivesse dentro dela novamente.
Macy não respondeu a mensagem. Que, na condição dela, não era bom.

Sua cliente empoleirada na sua mesa olhou para ele com grandes olhos
azuis. Ela escolheu duas cerejas pequenas como o desenho que queria o que
ele poderia fazer em dez minutos. Talvez o destino estava sorrindo para ele
finalmente.

—Onde você quer?— Ele perguntou a ela e gemeu interiormente quando


ela retirou sua camiseta para revelar um sutiã preto que, felizmente, cobria
tudo exceto as partes redondas superiores de seus seios. Mas esse era o local
que ela indicou com um passar quase sedutor de seu dedo.

—Aqui, por favor.

Isto era exatamente o que ele precisava. Ele inspirou, tentando limpar
as névoas da luxúria de seu cérebro, e se concentrou em Winds of Plague5
soando no sistema de som. —Drop the Match—, de fato. Era melhor Macy não
apagar antes que ele pudesse chegar até ela; ele tinha um monte de frustração
para por para fora.

Cinco minutos para terminar a tatuagem, Starla fez o anúncio que


todos temiam ouvir.

—Oh, inferno. A ex-psicótica chegou.

Isso coincidiu com o coro habitual de pânico.

—De quem? — Todos eles as tinham, infelizmente, mas Ghost teve um


sentimento familiar de naufrágio em seu intestino, sem sequer olhar para
cima. Sua ex namorada psicótica era como um cão de caça. Ele voltou para a
cidade há apenas seis horas, e ela já o cheirou. Ele sabia disso.

A porta abriu. Starla alegremente cumprimentou:

—Olá, Raina!

Droga, droga, droga tripla. Ele ainda não olhou para cima, quando
Raina teve uma breve conversa com Starla como se as duas alguma vez já
tivessem se dado bem. Starla, abençoada, estava tentando interferir por ele,
mas ela não estava tendo sorte. Raina foi direto para ele.

—Ei, você. Quando você voltou?

Aquela voz rouca, ronronando no microfone em seus shows,


ronronando em seu ouvido, uma vez já havia deixado-o selvagem. Agora era
como unhas arranhando em um quadro negro. Finalmente, ele lançou-lhe um
olhar. Minúsculo, feroz e ele não podia negar isso completamente porra louca
de seus dreads coloridos para suas pesadas botas pretas, ela não era alguém
que ele queria receber esta noite. Merda.

—Hoje.

—Brian disse que era sua avó. Como ela está?

                                                            
5  Winds of Plague: Banda americana de deathcore formada em 2002. 
Brian tinha sequer falado com ela? Ghost canalizou cada pouco de seu
foco na linha que ele estava desenhando. Sua cliente estava observando essa
troca com interesse divertido.

—Bem.

—Isso é bom. Ela é uma mulher doce. Diga a ela que eu disse oi.

— Ela não vai se lembrar de quem diabos você é. Ela mal se lembra de
quem diabos sou eu.

—Você tem tempo para fazer algo para mim depois de terminar?

Sério?

—Algo como...

—Bem. Eu pensei que eu poderia deixá-lo cobrir isto. — Ela deixou o


casaco escorregar de seus ombros e levantou a bainha de sua camiseta
rendada preta, revelando sua pele leitosa e virando para que ele pudesse ver o
cadeado tatuado na parte inferior das costas. Ele tinha dado isso a ela. E a
chave correspondente ainda estava em uma área semelhante em suas próprias
costas.

Ele não pôde resistir a uma risada quando voltou para o desenho. Sim.
Completamente porra louca.

—Você acha que é uma boa ideia? Existe alguma razão para que eu seja
aquele a fazer isso?

—Bem, você fez isso em primeiro lugar.

—Sim, e daí?

—E eu meio que quero sumir com ele.

—Então vá fazer com laser. Se eu o encobrir, só vai ser outra coisa que
eu fiz. Certo?

Ela bufou e abaixou a camiseta, dando de ombros e colocando o casaco


de volta.

—Bem, eu prefiro tê-la coberta, e você é o melhor.

—Brian poderia fazê-lo se você voltar outra noite.

—Brian me odeia.

E eu não? Felizmente, ele se absteve de dizer isso. Poderia ter havido


um colapso de proporções nucleares se ele deixasse escapar, e ele tentava
manter seu drama fora daqui. Além disso, não odiava a menina. Ele era muito
indiferente, realmente, para odiá-la. Ele simplesmente odiava vê-la.

—Raina, o fato é que eu estou ocupado no momento, como você pode


ver. E estamos fechando daqui a pouco. Foi um dia longo para mim. Se
quiser voltar outra hora e falar sobre isso, seria fantástico.
—Você mudou seu número? Eu realmente queria falar com você. E
desde que hoje é o dia dos Namorados, eu estava esperando...

—Eu mudei. Um tempo atrás.

—Evitando-me?

Ele parou completamente o que estava fazendo e virou no banco para


encará-la, derramando toda a advertência que podia em seus olhos e seu tom.

—Raina.

Ela bufou e deu um pequeno atirar irritado de cabeça.

—Tudo bem. Eu vou embora. Mas nós precisamos conversar. É sobre a


banda. Perguntei a Mark sobre ir para Austin e cantar com vocês de novo. Ele
disse que estava tudo para ele.

—Por quê? Eu pensei que você tinha acabado com isso.

—Tenho sentido a vontade, sabe. De qualquer maneira eu só queria ter


certeza de que você não tem um problema com isso.

—Você porra... — Ele parou e suspirou. —Eu não vou falar disso aqui,
mas eu acho que é uma ideia muito, muito ruim e você sabe disso também.

Ela fungou e ficou em silêncio por um longo, longo tempo.


Inconfortavelmente longo. Finalmente, ela disse.

—Até mais — e caminhou bruscamente em direção à porta. Ele se


voltou para a sua cliente com um pedido de desculpas. Deus. Não era como se
isso fosse constrangedor como o inferno ou qualquer coisa. E dois minutos
depois que Raina saiu, ele estava ficando indignado com os textos de Brian, a
quem Starla aparentemente havia alertado no caso de haver problemas.
Grande. Interromper o chefe e sua namorada, na noite do dia dos namorados
com esta merda estúpida. Agora ele teria de fazer um controle de danos lá
também.

E depois havia Macy que, se ela não tivesse apagado ainda, estava
esperando por ele. Ver Raina tinha sido como um balde de água fria sobre sua
ereção.

Com quem diabos ele estava brincando? Havia muita coisa empilhada
no seu prato, e com a sua nana finalmente indo para a casa de repouso e a
tensão na banda devido a sua ausência, a pilha só aumentava. Se ele fosse
honesto consigo mesmo, sabia que não era a melhor ideia adicionar Macy ao
topo dela. Ela não merecia ser outra coisa que ele tinha deixado de lado ou
negligenciado por completo.

Isso não mudava o fato de que não podia esperar para vê-la.
Capítulo Cinco

Macy pulou longe do som irritante tocando em seu ouvido. Ela estava
prestes a contemplar inconsciência novamente quando seu corpo subitamente
agiu em seu próprio nome antes de seu cérebro poder se recuperar. Sua mão
disparou para o Iphone, que estava pressionado pelo seu rosto, ela deitou
sobre ele, levou mais de uma tentativa para apertar o maldito estúpido botão
para responder. A palavra ilegível que saiu de sua boca soava algo como
Hulluh.

— Você apagou, não é? — Uma voz profunda a acusava provocando.


Uma voz que ela vinha ouvindo em todos os sonhos eróticos torturantes que
ela estava tendo desde que, sim, apagou.

— Não.

Ele riu. Escuro e rico, que a fez esfregar as coxas juntas. Ela olhou para
o relógio e viu que eram quase duas da manhã

—Você já saiu? — ela perguntou.

—Finalmente. Eu mandei uma mensagem para você mais cedo, mas


duvido que você a viu. Como está se sentindo?

Ela fez uma rápida avaliação. Cabeça latejando, confere. Estômago não
muito bom confere. Sinceramente, ela se sentia um lixo. De alguma forma
ainda uma porcaria com tesão, mas porcaria mesmo assim. E,
definitivamente, não uma porcaria sexy que estava pronta para um homem vir
e fazer amor apaixonado com ela.

—Hum... Eu estou...

—Sim, eu estava com medo disso. Eu tive uma noite ruim mesmo. Está
tudo bem.

—Eu sinto muito. Eu sou uma idiota.

—Há sempre um amanhã. Ou esta noite, uma vez que já é amanhã.

—Eu queria ver você — ela confessou. —Onde está?

—Dirigindo para casa, agora. Mas eu quero que fique no telefone


comigo, tudo bem?

Ela virou de costas e ficou tão confortável quanto pôde, sorrindo para
nada em particular.

— Tudo bem. E a sua noite? Você disse que foi ruim?

—Torturante.

—Sério? Por quê?

—Apenas foi.
—Conte-me.

—Porque eu estava tão duro pelo que fizemos no banco de trás que eu
não podia sequer pensar em qualquer outra coisa. Eu estou duro agora, só de
ouvir a sua voz, tão sonolenta e doce.

As palavras a chocaram e ela arregalou os olhos e, estava mais


acordada do que já tinha estado em sua vida. Será que ela se acostumaria
com ele?

—Oh, — ela respirava.

Sua voz ficou ainda mais baixa.

—Onde você está agora?

—Deitada no meu sofá.

—Hmm. Eu gostaria que se levantasse e fosse para sua cama. Você vai
fazer isso por mim?

No momento, ela faria qualquer coisa por ele. Mas ela sabia aonde isso
ia. Seu coração começou a bater forte.

— Eu nunca fiz sexo por telefone antes. — No entanto, ela se levantou e


caminhou em direção a seu quarto, chiando quando levantou uma canela
machucada no processo.

—Bem, bom. — De alguma forma a última palavra era cheia de


promessas perversas.

—Quero dizer, eu posso não ser muito boa... Falando. Desta forma.

—Você não tem que dizer nada. Eu vou dizer tudo. Acredite em mim,
agora só de ouvir você respirar vai me deixar louco. Deixe o seu quarto escuro.

Respirar ela poderia lidar; ela já estava fazendo muito mais do que isso
além do que ela precisava para sobreviver. Ignorando as lâmpadas, ela
engatinhou na cama. Ele deve ter ouvido o barulho das cobertas quando as
puxou de volta.

—Tire as cobertas. Eu não quero que haja qualquer coisa na cama,


exceto você, bem no meio.

Calor a queimava.

—Posso ficar com um travesseiro?

—Só um.

A Macy racional durante o dia poderia ter dito que isso era um pouco
absurdo. A ainda meia tonta, excitada, meio da noite Macy não poderia tirar a
roupa de cama rápido o suficiente.

—Você já está em casa? — Ela perguntou-lhe enquanto trabalhava.

—Chegando lá.
Ela deitou de volta no colchão, agora apenas com o lençol e um
travesseiro, e posicionou-se diretamente no meio. Ela o colocou no viva-voz,
quando se estabeleceu.

—Eu estou pronta — disse ela na escuridão.

—Você ainda está usando a mesma roupa de quando eu a vi?

—Sim.

—Tire-a.

O comando em sua voz a fez estremecer. Ela não estava acostumada a


receber ordens; estava acostumada a atirá-las. Mas havia algo tão
emocionante, tão proibido sobre isso que não podia resistir. Só estava os dois
aqui, onde a noite sempre poderia manter seus segredos, e isso parecia certo.

Ele não era um cara para uma revelação, lenta e sedutora. Ela gostava
disso. Ela geralmente não era muito de preliminares, como uma mulher que
sentia mais com a ação do que com a construção dela. Ele sempre teve sorte
com ela ou era o que ela gostava de dizer a si mesma porque ele ia sempre ao
ponto bem rápido.

—Eu tenho certeza que eu perdi minha calcinha em seu banco de trás
— disse a ele.

—Oh, merda, sério?

Sua camisa, saia e sutiã pousaram em algum lugar invisível do outro


lado do quarto, e ela se deitou.

— Você acha que pode encontrá-la e trazer de volta para mim? Ela é
uma espécie de favorita.

—Hmm, talvez. O que eu vou receber em troca?

Ela sorriu.

—Minha gratidão por dar de volta o que é meu por direito de


propriedade?

—Eu poderia querer mantê-la como lembrança dessa noite, o mais sexy
dia dos namorados da minha vida. E ela é tão quente vermelha e rendada
também. Você estava esperando para tirá-la para alguém hoje à noite,
querida?

Ele era tão mau.

—Não necessariamente. Mas eu estou feliz por isso.

—Eu também. Sim. Eu não posso nem começar a dizer o quanto estou
feliz.

—Você merece algo, no entanto. Eu não consegui devolver o favor.

—Você vai ter sua chance.


Ela rosnou com frustração. Ele não estava aqui para vê-la, e ela queria
tanto estar nua para ele como nunca tinha ficado antes, devido aos limites
apertados de seu banco de trás. Ela queria abrir as pernas como uma libertina
e imaginá-lo ao pé de sua cama, seus olhos escuros a bebendo. Ela queria
essa chance agora e amaldiçoou novamente por sua estupidez.

—Certo — ela sussurrou. —Eu estou sem roupa.

Ele gemeu, como se apenas o pensamento de vê-la nua era uma agonia
para sua excitação.

—Você é tão quente, Macy. Mas você sabe, eu queria imaginar você
deitada sem nada, mas aquela calcinha vermelha. Eu ia pedir para ficar com
ela.

—Eu tenho outras como ela. Cores diferentes, no entanto.

—Quais são as cores?

—Branca. Preta. Bege. E azul-petróleo.

—Hmm. A preta. Coloque-a para mim.

—Você está falando sério?

—O inferno que sim, eu estou. Eu preciso da imagem mental. Coloque-


a.

—Pervertido — ela murmurou quando ela saiu da cama e foi


recompensada com sua risada malvada.

—Você sabe disso.

Uma vez que sua tarefa foi concluída, ela se acomodou na cama de
calcinha preta.

—E agora?

—Agora fale comigo, eu sei que você pode fazê-lo. Eu estou ai com você.
O que você quer que eu faça?

Macy tinha começado a esquecer da dor de cabeça, seu estômago


questionável e todas as outras aflições com que ela tinha acordado.

—Eu queria que você estivesse aqui. Se você quiser, ainda pode.

—Shh. O que você quer que eu faça?

—Beije-me.

—Onde?

Deus, ela estava fazendo isso. Mas, de repente, não importava.

—A minha boca, em primeiro lugar.

—Assim como eu fiz no carro? Lento e provocante? Ou áspero?

Ela lambeu os lábios só de pensar nisso.


—Assim como no carro. Lento e provocante para começar. Em seguida,
mais áspero, como se você não pudesse ter o suficiente do meu gosto.

—Eu não podia. E estou ai com você agora, e você está nua, exceto por
sua calcinha, então sabe que eu não posso resistir beijar seus mamilos. Passe
os dedos sobre eles para mim.

Eles já estavam tortuosamente duros com as palavras dele, a voz dele.


Agora a ponta dos seus dedos os deixaram ainda mais apertados. Sua cabeça
afundou no travesseiro conforme ela arqueou-se em suas próprias mãos,
segurando todo o peso de seus seios excitados em suas palmas. Ela poderia
oferecê-los desta forma a ele, segurando-os por baixo para que ele pudesse
beijá-los e lambê-los.

—Você me provocou no carro — disse ela suavemente. —Você não


colocou a boca nos meus mamilos. Eu queria que você tivesse.

—Gostaria de fazer isso agora. Eu os lamberia e os sugaria até que você


não aguentasse mais. Eu não tiraria minha boca deles até que você gozasse,
se não quisesse que eu parasse.

—Eu acho que eu poderia ter afinal outros usos para a sua boca. — Isto
realmente não foi tão difícil.

—Ah, é? Diga-me sobre eles. Estou em casa, a propósito. Eu estou indo


para a cama.

Ela sorriu para a escuridão, feliz por ele ter chegado em segurança dado
o conteúdo de sua conversa.

— O que você está vestindo? — Perguntou ela.

—O que você quer que eu use?

—Minhas necessidades são simples. Fique nu.

Aquela risada de vilão que ela estava começando a amar soou na


escuridão. Ela ouviu o tilintar de uma fivela de cinto, o deslizar de uma calça
sendo retirada.

— Como quiser minha senhora.

Oh Deus. Isso não era justo. Ela não sabia como ele era nu. Antes, ela
voltaria a terra para descobrir a indignidade de ter sua camisa empurrada
para cima, às taças do sutiã empurradas para baixo, saia agrupada em torno
de seus quadris e calcinha pendurada no tornozelo esquerdo. Ele só teve que
fechar o zíper. Não, não é nada justo.

Ela podia imaginar, porque ele normalmente usava suas camisas um


pouco justas, que ele tinha um corpo fantástico. Ela segurou seu pênis em
sua mão, sentiu sua espessura, tanto com os seus dedos tanto na esticada
devastadora de sua intrusão no corpo dela. A memória foi suficiente para
arquear seu corpo para fora da cama.

—Você está duro? — ela perguntou surpresa com seu tom de voz rouca.

—Que porra você acha?


Ela riu.

—Todo o caminho?

—Totalmente ereto, bebê. Tão duro que dói.

—Quão grande é isso?

—Uh, você não sabe?

—Eu estou falando de medições precisas.

Essa risada foi menos vilão e mais jovial.

—Por que, Macy? Uma jovem legal como você, perguntando uma coisa
dessas. Estou chocado.

—Oh, vamos lá. Caras sempre sabem o quanto eles são grandes.

—Suficientemente grande que eu deveria amarrar um laço em torno


dele e anexar um pequeno cartão que diz: 'Para: Macy. Seja bem-vinda.
Amor, Seth.

Ela gargalhou, espantada por um momento pelo fato de que eles


poderiam ir de murmúrios quentes a um humor fácil em questão de segundos.

—Continue assim e eu vou mandar com o texto uma imagem— alertou,


alimentando ainda mais o riso dela.

—De jeito nenhum!

—Ah, mas você me quer aqui usando uma régua para o seu
aprendizado.

—Você continua com isso e eu vou exigir que você venha aqui e me
mostre em pessoa.

—Sentindo-se melhor agora?

—Mm-hmm.— Ela se virou no colchão de forma inquieta. —Bem... Na


verdade eu acho que é mais questão que não ligo sobre como me sinto.

—Ah. Por mais que eu queira isso e você não faz ideia vamos aproveitar
o passeio até chegarmos lá. Isso vai nos dar algo para pensar o dia inteiro.

—Como se não tivéssemos o suficiente?

—Bem colocado.

Talvez ele fosse um provocador afinal de tudo. Ou ele estava


preocupado que ela ainda estava embriagada o suficiente a ponto de não saber
o que estava fazendo.

—Nós saímos dos trilhos — disse ela.

—Você estava prestes a me dizer o que mais fazer com a minha boca.

Ela sorriu tão perversa como ele tem sido.


—Mas... Pode ser difícil para você fazer isso. Eu estou usando calcinha,
lembre-se.

Seu gemido elevou o cabelo em sua nuca.

—Você acha que eu não posso resolver isso? Deslize sua mão por cima
dela. Diga-me como ela está.

—Sedosa. Molhada.

—Eu sei que sua buceta está mais sedosa e úmida do que você imagina.

Sua respiração momentaneamente congelou em seus pulmões, e ela


sufocou o seu nome. Seu desapontamento momentâneo só acrescentou ao
calor dolorido sob seus dedos que esfregavam suavemente.

—Você quer que eu tenha certeza? - Ela respirou em um sussurro


soprado.

—Deslize seus dedos na lateral, não na frente. Não toque em seu clitóris
ainda.

Exasperação disparou através dela.

—Por favor?

—Não.

O que diabos ela estava esperando dele, afinal? Ele não estava aqui a
olhando.

Só que era quase como se ele estivesse. Se ela se tocasse sem a sua
permissão, ele saberia.

—Veja, isso é o que eu quero fazer com você. Deixe essa pequena e
sensual calcinha; basta puxá-la para o lado enquanto eu desço em você. Eu
posso até deixá-la enquanto eu transo com você.

Ela tinha certeza que iria morrer antes que qualquer uma dessas coisas
realmente acontecesse. Ela gemeu quando seus dedos deslizaram através de
sua umidade, tomando cuidado para não tocar o broto latejante de seu clitóris
apesar de implorar por sua atenção.

—O que você quer que eu faça agora? — Ela perguntou.

—Separe bem as suas pernas. Esfregue seus dedos por elas. Fique
mais molhada. Deus lembro-me como te senti, como você cheira. Eu não
posso esperar para tocá-la novamente. — Sua respiração se aprofundou,
tornou-se irregular, combinando com a dela. Imaginou-o deitado, com a mão
enrolada em torno de si e acariciando-se, enquanto ela afundava seus próprios
dedos dentro de se calor o máximo possível. Seus quadris se arquearam para
cima.

—Eu não posso esperar tanto — ela sussurrou. —Isso é bom, mas não é
o suficiente.

—Eu sei bebê. Amanhã à noite. Eu vou cuidar de você.


Se ela não tivesse sido tão idiota, poderia ter sido esta noite. Agora. Ele
poderia estar deslizando dentro de sua passagem escorregadia e necessitada
que seus próprios dedos não poderiam preencher adequadamente.

A imagem mental foi suficiente para fazê-la gemer.

— Eu preciso de você aqui — ela explodiu. Rapidamente, ela emendou:


— Eu preciso gozar Seth.

—Você vai. Diga-me como se sente. Está quente?

—Quente. Queimando.

—Está molhada o suficiente para mim?

—Oh, sim.

—Eu quero você tão molhada que eu possa deslizar profundo e rápido e
não te machucar.

Jesus. A única resposta que ela poderia evocar para ele era um som
agonizante a meio caminho entre um gemido e um soluço. Ele tinha feito isso
antes. Ele não tinha mostrado nenhuma misericórdia. Ela não queria que ele
tivesse.

Um som estrangulado rasgou da garganta dele.

—Eu estou perto, bebê. E você?

—Se eu tocar meu clitóris, eu acho que vou explodir.

—Faça isso. E eu preciso ouvir você.

Ela puxou os dedos de sua profundeza apertada e deslizou-os sobre o


seu broto inchado, mordendo o lábio tão forte que ela estremeceu. Ou talvez
tenha sido do prazer que roubou o último de seus sentidos remanescentes. Ela
não tinha que se envergonhar de deixá-lo ouvi-la gritar quando ela gozou não
havia outra opção. A liberação, tão doce, tão necessária apesar de tudo o que
já tinha acontecido esta noite, a deixou esgotada e ofegante. Pela respiração
dele ofegante e trêmula através da ligação, ela sabia que ele tinha gozado com
ela.

Ela só queria que ele tivesse gozado aqui dentro dela, apertado contra
ela, mantendo-a ancorada na Terra.

Porque ela estava flutuando em algum lugar ao redor de Júpiter. Outro


mundo inteiro aberto diante dela, diferente de seu próprio.

Ela estava aguardando com interesse para visitá-lo. Ela só não sabia se
poderia viver lá.
Capítulo Seis

O dia amanheceu claro e bonito... E plantou um punhal entre os olhos


de Macy. Apesar do álcool e os orgasmos, ela se sacudiu e se virou a noite
toda.

Ela não conseguia sequer lembrar o que ela e Seth tinham falado depois
que a terra mudou; ela só se lembrava que a cadência mole da voz dele era
extremamente sexy. Embora ela mal foi capaz de manter os olhos abertos
quando desligou, ela não queria dizer boa noite para ele.

Não havia nenhuma maneira dela conseguir ir trabalhar hoje, mas


duvidava que qualquer um dos funcionários sentiria falta dela. Ela não se
arrastou até a cozinha por café até quase meio-dia, então descansou em seu
pijama que ela escorregou dentro apenas ao acordar quase completamente
nua, esta manhã. Seu telefone estava perturbadoramente silencioso, mas se o
que ele disse para ela uma vez fosse verdade, ele dormia até tarde.

E ela queria ouvi-lo. Imagine isso. Mesmo no fundo de sua mente


intoxicada noite passada, ela tinha algum conforto em saber que ela poderia
acordar esta manhã de volta ao seu juízo. Que seu comportamento totalmente
fora de controle em torno dele era simplesmente o resultado de pequenas
falhas em sua vida normalmente mundana. Uma pessoa só pode aguentar
muita monotonia antes de deixar sair algum pouco de vapor, certo? Seth tinha
sido a sua liberação da pressão. Infelizmente, a pressão havia voltado a se
formar durante a noite.

Se ele ainda estava a bordo, ela não podia esperar por esta noite.

Havia controle de danos para fazer, entretanto. Até agora, Candace


estaria provavelmente ao lado de Brian na Dermamania, e Macy lhe devia um
pedido de desculpas. Não apenas para os poucos minutos tensos que
passaram a discutir as escolhas de estilo de vida de Candace ontem à noite,
mas durante o ano passado que elas passaram a discuti-las. Seth estava
certo com a essa coisa de viva e deixe viver. Como ele disse, se houvesse
distância entre Macy e suas amigas, foi porque ela a colocou lá. O mundo não
seria amontoado em sua pequena caixa imutável, não importa o quanto ela
queria que assim fosse.

A vida de Candace era dela para viver. Deus sabe que ela lutou
bastante para se libertar de pessoas dizendo a ela o que fazer. Macy não
precisava ser um forte lembrete de um tempo sombrio que Candace teve antes
que Brian tivesse aparecido. A menina não merecia isso, e Macy ia começar a
trabalhar em mudar isso. Hoje.

Ainda assim, entrando no estúdio de tatuagem onde sua melhor amiga


passava a maior parte de seu tempo longe de casa e da sala de aula sempre
dava tremores em Macy.

Com óculos escuros protegendo os olhos, ela dirigiu-se a entrada


quando não viu o carro de Seth no estacionamento. Não que ele fosse a razão
pela qual ela precisava vir aqui para fazer isso, mas vê-lo teria sido uma
vantagem.
No interior, a música heavy metal costumeira estava tocando em níveis
toleráveis e felizmente as brincadeiras estavam voando rápido e furiosas.
Candace não estava à vista.

—... Tudo diretamente fora de suas mentes malditas — Brian estava


dizendo sem tirar os olhos da tatuagem que ele estava trabalhando.

—Cara, essa mulher ocupa o topo da escala de capacidade para foder—,


o cliente sob sua agulha disse. Macy não tinha certeza se conversar com o seu
tatuador no meio do processo era a coisa mais inteligente que alguém poderia
fazer.

—Concordo — um dos outros artistas, ela achava que se chamava Tay,


falou do outro lado da sala, onde ele estava sentado em um banquinho na
frente da tela do computador. —Eu estou olhando para a prova agora. Eu a
atingiria como uma grande carroça sem freios.

—Ela é quente, tudo bem, mas ela não tem nada como Maria Brink ou
Cristina Scabbia.

—Cara, você tem uma ereção italiana para Scabbia.

—Hey, foda... — Brian tomou esse momento para levantar a cabeça e


olhar para Tay, mas seu olhar caiu bem em Macy ainda de pé perto da porta.
—Oh, hey, Mace.

Ela sorriu.

—Você estaria tendo essa discussão na frente de sua namorada?

Um canto de sua boca puxou para cima, e uma covinha cavou fundo
em sua bochecha.

—Ela está a par do interminável debate sobre a mulher mais quente no


heavy metal, não se preocupe. Ela sabe que supera todas elas.

—Awww,— os caras disseram em uníssono, rompendo em gargalhadas.


Tay murmurou algo que soou muito como bichano domado.

—Diz o fodão que não tem nenhuma — Brian disparou de volta.

Macy ergueu sua voz para ser ouvida sobre a testosterona borbulhante.

—Ela está por aqui?

Brian acenou em direção à parte de trás da sala.

—Ela está no meu escritório. Vá lá atrás.

—Obrigada.

Ele viu quando ela contornou cautelosamente o balcão até o corredor.

—E como foi a sua noite?

Se ele soubesse e ela esperava como o inferno que não. Ela percebeu
que não tinha sequer pensado em tirar os óculos escuros. Marca número um
de uma ressaca. Ela resmungou uma resposta que fez os caras rirem.
Ela passou pela Starla, uma das duas artistas do sexo feminino, no
corredor, e trocaram gentilezas breves. Então, ela espreitou pela porta do
escritório de Brian para encontrar Candace na mesa com seu telefone preso
entre a orelha e o ombro, digitando furiosamente no teclado. Com o cabelo
puxado para cima em um coque elegante bagunçado, ela parecia um pouco
cansada, mas seu bonito rosto se iluminou quando ela percebeu Macy, ela
sorriu e acenou para que entrasse. Bom sinal.

Macy empurrou os óculos para o alto de sua cabeça e fechou a porta


antes de sentar em uma cadeira em frente à mesa. Candace desligou o
telefone.

—Ela vive! — Disse.

Macy esfregou os olhos, que estavam sendo agredidos pela claridade


das lâmpadas muito brilhantes acima.

—Bem... Tipo assim. Eu acho.

Candace colocou uma mecha rosa e loiro de seu cabelo atrás da orelha.

—Então, desembuche. Eu estive esperando para ouvir o dia todo.

—Desembuchar o quê?

Sua amiga cruzou os braços e sentou-se.

—Oh, vamos lá. Não seja assim. Eu não vou pedir detalhes porque eu
sei como você é. Mas eu estou morrendo aqui.

—Oh, não foi nada...

—Você fez alguma coisa. Você estava no colo dele. Mesmo que você só o
beijou, ainda assim é alguma coisa. Pelo menos.

—Ok, então foi alguma coisa. Isso é tudo que eu estou disposta a
divulgar no momento.

—Você não é nada além de teimosa, mulher.

—Escute, eu não estou aqui para falar sobre ele. Eu estou aqui porque
preciso falar com você.

—Você quer atravessar a rua até a cafeteria ou...

—Não. Deixe-me por para fora. — Suspirando, Macy esfregou as


têmporas. Por que deveria ser tão difícil dizer que sente muito a alguém que
você conhece tão bem como a si mesma? —Eu só... Eu lhe devo um pedido de
desculpas. Um realmente grande. E não só por eu ter agido como uma
completa cadela a noite passada, embora seja uma grande parte disso.

As sobrancelhas de Candace subiram. Ela não fez nenhum comentário.

—Sinto muito pela minha atitude, como tento convencê-la de tudo, e


algumas das coisas que eu disse sobre você e Brian estarem juntos. Um
milhão de vezes, eu sinto muito. Você não precisa ouvir essa porcaria. Você
está feliz, e merece ser feliz depois de tudo o que vocês passaram.
Alívio lavou o rosto de sua amiga, embora tenha de alguma forma feito
Macy se sentir pior em vez de melhor. Candace deve ter esperado muito tempo
para ouvi-la dizer isso.

—Obrigada. Isso significa muito para mim.

—Você sempre foi como uma irmãzinha para mim, e eu sempre senti
como se, de alguma forma, você procurasse por mim para guiá-la, então,
vendo você sobre seus próprios pés e fazendo seu próprio caminho foi... Bem,
foi incrível. Mas foi difícil para mim também. Eu pensei que estava perdendo
você, e ainda tenho medo que você vai ficar farta de mim um dia desses.

Lágrimas brotaram nos olhos de Candace. Macy inclinou sua cabeça e a


estudou. Ela sempre foi uma menina emocional, mas algo nela não estava
certo hoje.

—Eu não vou a lugar nenhum. Eu odeio que você sequer pense nisso.

—Eu sei disso, eu apenas estava sendo egoísta e imatura... — Antes que
ela pudesse completar o pensamento, Candace saiu de sua cadeira, e as duas
colidiram em um forte abraço no canto da mesa. —Eu vou ser melhor a partir
de agora — prometeu Macy.

—Eu amo você do jeito que você é, Macy. — Candace fungou


ruidosamente em seu ouvido. Macy afastou dela e olhou nos conturbados
olhos azuis, só agora percebendo as sombras tênues embaixo.

—Você está bem? Está tudo bem?

Suspirando, Candace recuou e voltou para sua cadeira. Macy sentou


na sua, empoleirando-se na beira e desejando que nada estivesse errado no
mundo de sua amiga.

—Está tudo bem, é só que... Bem, Brian e eu... — Ela olhou para a
porta fechada e pegou o lábio inferior entre os dentes.

—Vocês não estão brigando, estão?— Macy sussurrou.

Candace balançou a cabeça.

—Não, não brigando —, ela sussurrou de volta. —Eu acho que você
poderia dizer se envolvendo em uma muito séria, muito intensa discussão.

Ela tinha a sensação de que não tinha nada a ver com a garota mais
quente em metal.

—O que está acontecendo?

—Bem, eu me formo em três meses, você sabe. Há todas essas coisas


que posso fazer... E eu tinha todos esses planos. Mas então eu comecei a
ajudá-lo aqui, e eu amo isso. Eu quero estar aqui, com ele. E ele sente como
se eu estivesse jogando fora anos de trabalho duro, se eu apenas pendurar
meu diploma na parede e continuar trabalhando em seu estúdio. Eu não vou
estar jogando nada fora enquanto eu estiver fazendo o que eu amo. Estou feliz
tomando conta do lado comercial daqui para que ele possa estar lá na frente
onde quer estar. Eu gosto de saber que ele está logo ali no salão. — Ela
suspirou e apertou seus dedos em sua têmpora, apoiando os cotovelos sobre a
mesa. — Estou completamente psicótica ou algo assim? Talvez ele queira me
tirar daqui. Talvez eu o esteja sufocando.

—Eu vi você e Brian na noite passada. Ele não se parecia com um cara
que estava sendo sufocado, pelo menos não de uma maneira que ele não
esteja apreciando.

—Sim, eu sei que não é isso. Ele está apenas pensando no que é melhor
para mim.

—Eu vejo o ponto dele e se você continuar trabalhando aqui seus pais
vão querer morrer. Ele pode estar pensando nisso também.

Candace balançou sua mão quase com raiva.

—Eles vão superar isso. Eu não estou nem preocupada com eles.

—Sim, você está. E ele sabe disso. E não quer que eles o odeiem
porque ele te ama e sabe que isso é importante para você.

Ela sabia que tinha atingido um nervo quando uma corrente de


lágrimas escorreram pelos olhos de Candace. Droga, por que essas pessoas
não podem deixá-los sozinhos e deixam sua única filha ser feliz?

Macy suspirou.

—Mas lá vou eu de novo, te dizendo o que é e o quê não é.

—Não, você está certa. E eu vejo o ponto dele também. Mas eu também
estou pensando no que é bom para ele, e ele precisa de ajuda. O negócio está
crescendo, e ele tem clientes de todas as áreas próximas vindo para cá. Ele
quer abrir outro estúdio. Por que deveria contratar alguém mais quando eu
posso fazer isso e quero fazê-lo?

—Você vai fazer isso funcionar.

—Eu acho que ele está fumando de novo.

—O que?

—Ele tinha acabado de parar de fumar quando ficamos juntos. Desde


que tudo isto começou, a viagem de Ghost e Connor se afastando, eu juro que
sinto o cheiro da fumaça de cigarro nele às vezes.

—Você perguntou a ele?

Candace assentiu.

—Ele disse que deve ser por causa do contato. Eu quero acreditar nele,
mas eu sei como ele é quando fica estressado. Não é mesmo um grande
problema se ele precisa de um de vez em quando, mas ele deveria confiar em
mim o suficiente para não mentir para mim sobre isso, certo?

—Se isso realmente está acontecendo, então ele deve estar


provavelmente muito envergonhado para admitir que escorregou.

—Eu tenho certeza que ele está. Eu quero que ele saiba que eu não vou
julgá-lo, mas dizendo-lhe isso, eu estaria diretamente acusando ele de fazer
isso e de mentir para mim. Então... Caramba, isso soa tão insignificante, não é
mesmo? Nós poderíamos ter problemas piores.

Macy encolheu os ombros.

—Esse cara é louco por você. O que quer que esteja acontecendo entre
vocês será superado.

Os olhos de Candace se arredondaram.

—Oh, eu sei disso. Não há dúvida. Mas vê-lo chateado, ou mesmo


pensar que ele está chateado, me rasga em pedaços. — Ela olhou para baixo e
rabiscou distraidamente o bloco de anotações na mesa. —Quando ele se
machuca, eu me machuco.

As palavras pareciam cravar na cabeça de Macy e ecoar. Quando ele se


machuca, eu me machuco. O que ela não daria para encontrar um amor
assim? Uma imagem do rosto perturbado de Seth quando eles falaram sobre
sua avó ontem à noite flutuava em sua mente. Pelo segundo dia consecutivo,
uma inesperada picada ardeu atrás de seus olhos. Ela rapidamente
empurrou-o de volta.

—Brian tem sorte de ter você. Vocês dois são sortudos por terem um ao
outro. Eu acho que vocês precisam tirar algum tempo para ficarem juntos,
tentar relaxar, e ter uma conversa de coração para coração. Colocar tudo para
fora.

Candace sorriu para ela.

—Eu preciso convencê-lo a dar uma escapada por alguns dias durante
as férias da primavera. Eu sei que ele vai protestar, mas nós dois ficamos
aqui tanto tempo que já faz tempo que não ficamos só nós dois.

—Você definitivamente deveria. Peça a ele para levá-la ao apartamento


dos pais dele em Destin.

—Ooh, eu não tinha pensado nisso. Essa é uma grande ideia.

—E me deixe pegá-lo emprestado este verão como agradecimento por


fazer a sugestão.

Através do riso da amiga, Macy ouviu seu telefone celular anunciando


uma nova mensagem de texto. Um choque de adrenalina disparou através
dela, aumentando seus batimentos cardíacos e enviando seu estômago em
uma cambalhota em queda livre. Candace observou com um pouco mais de
interesse quando Macy desajeitadamente tirou o telefone de sua bolsa. O
display ainda estava aceso com a mensagem.

Hoje à noite?

Uma risadinha ridícula escapou dela. Será que ele ainda tinha que
perguntar?

Bem... Talvez ele pensasse que devesse. Ela deveria tê-lo contatado
primeiro por todo o tempo ele temeu que as ações dela na noite passada foram
por causa dela estar bêbada. Pobre rapaz, ela pode ter o feito sofrer
desnecessariamente.
Tudo dentro dela queria responder Quando, onde, o que devo vestir e o
que eu devo levar? Mas isso poderia soar desesperadamente... Desesperada.
Talvez ela estivesse, mas tinha que manter algum pingo de dignidade, pelo
amor de Deus.

Então ela respondeu com uma palavra.

Absolutamente.

Ele respondeu com uma carinha piscando e:

Te ligo mais tarde.

—Tudo bem, o que está acontecendo? Porque você está sorrindo como
uma tonta. — Candace disse. Ela batia uma caneta impacientemente no
calendário da mesa. — Encontro quente? Por favor, diga que sim.

—Sem comentários.

Candace praticamente gritou com frustração. Mas Macy tinha certeza


que colocou o mistério para descansar quando ela engoliu todo o orgulho e
perguntou:

—Então ele, uh, não vai trabalhar hoje?

—Não. Brian disse para ele não se preocupar em voltar esta noite já que
ele saiu daqui tão tarde à noite passada eu poderia ter matado Brian por tê-lo
deixado se voluntariar a trabalhar, a propósito. Mas eu ouvi Ghost dizer que
ia chamar os caras da banda e ver se eles poderiam ter um ensaio extra
juntos.

Interessante. Ela não sabia muito sobre a banda dele só que ele era um
guitarrista e muitas vezes faziam shows em cidades vizinhas, mas realmente
não tinham aspirações para além disso. Ele disse a ela que era
principalmente uma diversão, uma válvula de escape para ele e uma saída
para qualquer criatividade reprimida que ele não consiga exorcizar somente
através de sua arte. Mas obviamente ele amava isso.

Ela nunca tinha ouvido nenhuma de suas músicas. Ela duvidava que
pudesse dar uma opinião objetiva. Sua principal preocupação no momento era
o que se passava durante essas reuniões da banda, ensaios ou o que seja.
Desejando que nenhum bêbado debochado possa atrasá-lo... Ou impedi-lo de
aparecer totalmente.

Ótimo. Outra coisa com que se atormentar.


Capítulo Sete

—Legal você finalmente aparecer, G.

Ghost engoliu uma réplica que poderia não contribuir para reparar algo
da tensão entre os membros do In the Slaughter. Então novamente, ser
confrontado com comentários hostis do muito caluniado vocalista no segundo
que ele entrou pela porta do estúdio na casa do Mark não contribuía muito
também.

—Aw, eu senti sua falta também. De todos você bastardos inúteis.

Os caras dispersos pela sala riram, parecendo mal-humorados. Ghost


colocou a caixa da sua guitarra no chão e suspirou quando olhou em volta e
viu que um dos cinco integrantes estava faltando. Ele sentou-se em uma
cadeira vazia e assumiu a mesma postura mal-humorada que a maioria dos
outros, braços cruzados, boca voltada para baixo.

Sim, mesmo que ele não tivesse encenando um ato de desaparecimento


por meses, era frequentemente difícil para ele encontrar tempo para dedicar à
banda por causa do seu trabalho, e os caras tinham reclamado sobre isso.
Mas Brian precisava dele, e ele não gostava de deixar o Brian na mão. Gus, o
outro guitarrista, e sua contraparte musical, carinhosamente conhecido como
Pequeno G por causa do seu Grande G, frequentemente tinha dificuldade em
encontrar tempo para dedicar à banda, porque estava em algum lugar se
drogando.

—Eu acho que ninguém ouviu falar dele?

Ninguém tinha que perguntar de quem ele estava falando. Cabeças


sacudiram em um lento uníssono.

—Não pude nem contatá-lo — Randall disse, esfregando o piercing na


sua sobrancelha do jeito que ele sempre fazia quando estava preocupado. —
Eu mandei uma mensagem para ele mais cedo, mas não obtive uma resposta.

Ghost tinha recebido resultados semelhantes. Mark levantou de sua


cadeira e caminhou alguns passos, uma massa de energia nervosa quando
esfregou as mãos nos jeans. No palco, essa energia fazia o cara explodir. Fora
do palco, às vezes o tornava difícil de lidar.

—Tão fodidamente cansado dessa merda.

—Qual merda? Então ele não estava sentado em cima de seu telefone
hoje. Nós decidimos reunir o grupo no último minuto, você sabe.

—Pare de dar desculpas por ele. É sempre assim com ele, e você sabe
disso.

—O cara tem um problema, Mark.

—Isso não é problema meu não é? Mas eu vou te dizer o que é. O show
que temos no próximo mês. O fato de que um dos nossos guitarristas pode
estar morto em uma vala por tudo o que sabemos, e o outro tem merda mais
importante para fazer. - Seu olhar apertado pousou diretamente em Ghost.

Ah, inferno não.

—Sim, eu tive merda mais importante para fazer. Muito mais


importante do que vocês sabem. Mas eu posso sempre ir fazer mais do mesmo,
se tudo o que eu vou fazer é sentar aqui e ouvir você porra.

—Então é assim que é?

—Sim, é assim que é.

—Não podemos tocar sem o Gus, de qualquer maneira— Eddie disse,


lentamente girando as baquetas que tinha em ambas as mãos. —Qual é o
ponto?

—O ponto é que precisamos substituí-lo. — Foi à declaração de Mark


que todos eles todos sabiam que se aproximava há muito tempo. Eles
trocaram olhares entre si.

Suspirando, Ghost puxou seu celular do bolso. Ele discou para Gus,
não esperando muito e não conseguindo também. Sua caixa de correio de voz
estava cheia.

—Enquanto todos vocês se sentam e ficam se lamentando sobre o que


vai acontecer com a banda, alguém pensou em, você sabe, ir encontrá-lo?

—Por que se incomodar? Mesmo se ele estiver em casa, vai estar muito
confuso para tocar. Ele não consegue funcionar quando está nessa merda.

—Sim, bem, casas de vidro e tudo isso, — Ghost murmurou. Mark com
certeza não estava em posição para atirar pedras. A única diferença entre
Mark e Gus era que Mark poderia funcionar quando ele estava alto. - Ele se
levantou e colocou o seu telefone de volta no bolso. —Não que eu não amaria
me sentar aqui e ficar olhando para essas canecas feias toda a noite, mas eu
prefiro fazer algo produtivo. Eu vou encontrá-lo.

—Para quê?— Mark se enfureceu.

—Eu vou dizer a ele que se não estiver aqui e são na noite de sábado,
ele vai ser excluído.

—Ele teve chances demais...

—Concordam?— A voz de Ghost se sobrepôs a de Mark enquanto ele


olhou para os outros caras. —Da última vez que verifiquei esta não era uma
ditadura.

Randall e Eddie concordaram, seus olhares fixos com cautela sobre


Mark. Mark bufou e virou as costas por um segundo, então se virou de volta.

—Você está desperdiçando seu tempo com ele. Eu posso ter outra
pessoa aqui com um telefonema.

Sim, eu aposto que você poderia. Era uma crença comum de que Mark
adoraria ter seu irmão mais novo posicionado na outra extremidade do palco
de Ghost e iria pular em qualquer chance de colocá-lo lá. O garoto tinha
talento, mas Ghost tinha mais respeito por um dos membros fundadores deste
grupo, mesmo que o cara estivesse tendo alguns problemas.

—Até sábado, então. — Ghost bateu seu caminho para fora da porta e
atravessou em passos largos o crepúsculo frio até o seu carro. Ele tinha
acabado de chegar ao carro quando a porta se abriu novamente e Mark o
chamou através do quintal.

—Ei! A Raina falou com você?

—Brevemente.

—O que você acha?

Na realidade, ele pouco se importava com o que Raina e Mark


tramaram. Ele não deixaria isso afetá-lo de qualquer forma; não queria dar-
lhes a satisfação. Mas o pensamento deles fazendo planos em torno dele o fez
ferver.

—Não é legal para mim, cara.

—Ah, vamos lá. Nós vamos falar sobre isso; vai ficar bem. Vamos
acabar com isso, cara! — Mark gritou, jogando os chifres do metal no ar e
fazendo um uivo de lobo. Ghost sentou no banco do motorista e fechou a porta
no miado dele.

Bem, uma coisa era malditamente certeza. Ele não podia esperar para
enterrar seus problemas no doce corpo quente de Macy esta noite. Ela fez dele
o maldito homem mais feliz no planeta Terra hoje cedo, quando o deixou saber
que ela ainda estava com ele sobre essa coisa. Ele definitivamente planejava
mostrar a ela sua gratidão. Ele não queria pensar em mais nada.

Vida maldita e suas intervenções. Ele desejava já poder estar com ela.
Tinha sido um dia exaustivo; ele havia telefonado para sua avó, e ela
basicamente o chamou por cada nome, exceto o dele. Sua irmã havia ligado
reclamando que seu irmão Scott, que estava sendo o babaca habitual, não tem
visitado a avó em meses e, aparentemente, não tinha planos para isso. Porque
ele simplesmente não podia enfrentá-lo. Que seja. Não ser incomodado a se
importar era mais parecido com ele.

Alguns dias ele não poderia enfrentar isso também. Ver alguém tão forte
e independente como sempre foi...

Ele não iria pensar sobre isso. Foi por isso que ele voltou para casa:
para dar um tempo, para ficar um tempo longe, ver seus amigos, trabalhar um
pouco, tocar um pouco de música. Recarregar suas baterias, porque ele sabia
que teria que voltar em breve. Ele não queria perder nenhum dos bons dias
que ela ainda tinha, mas os dias bons estavam sendo cada vez menos e mais
distantes. Dias em que a avó conseguia manter o seu temperamento
geralmente bom e não o cortava com os seus comentários irônicos relâmpagos.

Macy certamente estava ajudando na questão. Ele ainda não tinha


falado hoje com ela por telefone, então ele não sabia como estava sua ressaca
ou quão mortificada ela estava sobre o que eles tinham feito na noite passada.
E não havia dúvida de que haveria alguma mortificação, ele a conhecia tão
bem assim, pelo menos.
Ele poderia tranquilizá-la de tê-lo feito pensar nela durante o dia. Se
não fosse por sua voz suave e sonolenta ecoando sedutoramente em sua
cabeça, ele poderia ter quebrado algo até agora. Provavelmente na cabeça de
Mark. Os choramingos e gemidos dela assombravam seus sonhos inquietos a
noite toda, e sua única libertação não tinha sido nem de longe o suficiente ele
teve que se aliviar com suas próprias mãos novamente no chuveiro esta
manhã para ser capaz de andar normalmente.

Ele agarrou-se a imagem dela como uma criança com um cobertor de


segurança, pois sabe-se lá que tipo de bagunça ele iria encontrar na casa de
seu amigo. Tomara que não seja uma que envolvesse um necrotério. Gus
estava ficando perigosamente fora de controle por um tempo agora, e as coisas
já estavam mais do que sérias. Tudo o que Mark e os outros caras viram era o
efeito disso na banda. Eles pareciam ter esquecido que isso era o amigo deles.
O irmão deles. E o yin do yang do Ghost, musicalmente. Ele ainda não estava
pronto para desistir dele. Ou nunca.

A fachada simples da casa parecia escura da rua, a garagem vazia sem


a camionete de Gus e o Jeep de sua namorada. Ghost estacionou e desligou o
carro, então parou indeciso.

Isto provavelmente tinha sido uma viagem à toa. Ele deveria apenas
ligar para Macy agora, ir até ela e esquecer todos os fodidos problemas dos
outros. Ele saiu do carro de qualquer maneira e caminhou até a porta da
frente, batendo nela com força suficiente para acordar os mortos. E com sorte
ninguém se encaixando nessa descrição estaria lá dentro.

—Gus!

Os vizinhos provavelmente iriam sair atirando. Ele golpeou a porta mais


algumas vezes, levando os três pequenos quadrados de vidro ao nível do seu
olho. Espiando por um deles não viu nada além de escuridão na sala de estar.
Impulsivamente ele girou a maçaneta, surpreendendo-se quando ela cedeu e a
porta se abriu.

Bem, isto era provavelmente errado, mas algo lhe disse para fazê-lo de
qualquer maneira. Ele pressionou o interruptor e inundou a sala com a luz
bem fraca, como todas, mas uma das lâmpadas do ventilador de teto estava
queimada. Mas a luz era suficiente para perturbar o roncador no sofá. Gus se
virou para longe da perturbação.

O ar deixou Ghost em um suspiro de alívio. Seu amigo estava aqui. Não


na prisão, não deitado em uma vala e, aparentemente, não morto. Mas o
cheiro de álcool era forte até mesmo de sua posição no outro lado da sala.
Inferno, isso era um bom sinal. Ele poderia lidar com ele bêbado.

—Cara— ele gritou, caminhando pela sala e puxando-o sobre suas


costas. —Levante o seu traseiro daí.

Os olhos de Gus se abriram, tão vermelhos que ele poderia ter um caso
duplo de conjuntivite.

—Hein? Porra, de onde você veio homem?

—Eu só tentei te ligar cerca de uma dúzia de vezes para explicar. E


assim tem os caras, porque queríamos fazer um ensaio esta noite.
O olhar turvo de Gus se virou para o relógio na estante, tomando um
momento para focar nas horas.

—Merda.

—Merda é certo. Você está em um mundo de merda se você não se


recompor. Eles estão prontos para tirá-lo, garoto.

Gus apertou as palmas das mãos em ambos os olhos.

—Eu não me importo mais.

—Não diga isso. Onde está a sua caminhonete?

—Destruída. — Ele explodiu em risada. Era um som terrível, quase


assustador, e se transformou em um ataque de tosse. Ghost deu alguns
passos para trás no caso de ele começar a vomitar. Uma vez que acalmou, ele
deitou-se e fez uma careta. —A enrolei em uma árvore, dei perda total naquela
porra.

—Quando?

—Duas noites atrás.

—Você estava bêbado?

—O inferno que sim.

—O que você está tentando fazer, cara? Se matar? Ou alguém mais?

—Não. Aquela cadela não vale isso.

Ah. Tudo se tornou incrivelmente claro.

—Ótimo. Quando ela se foi?

—Foda-se ela.

—Tudo bem. Mas você vai se olhar? Não é à toa que ela se foi. Eu quero
deixá-lo também, e eu nem sequer tenho que viver com você.

—Então vá embora. — Gus sacudiu a mão para ele, virando novamente


o rosto em direção à parte de trás do sofá e jogando o braço sobre sua cabeça.
—Eu não dou à mínima.

Esta cena era tão malditamente familiar, as mãos de Ghost começaram


a tremer. Exceto que tinha sido ele no lugar de seu amigo. Brian tinha sido
aquele a tentar arrastá-lo de volta chutando e gritando, brigando e xingando,
ao mundo dos vivos.

Ele teve que se virar, lutando para encher os pulmões com o ar. Velhas
feridas que ele tinha pensado que há muito tempo se curaram ameaçaram
rasgar abertas e vazando novamente. Palavras que ele não queria se lembrar
ricochetearam em seu cérebro, substituindo os doces sons de prazer de Macy
que estiveram ecoando lá o dia todo.
Brooke explicando a ele por telefone por que ela o tinha deixado. Suas
malditas desculpas esfarrapadas. Cada uma delas um insulto após a
magnitude do que ela tinha feito a ele.

Isso foi há tanto tempo, não deveria ainda estar tão perto da superfície.
Mas estava. Poderia ser desencadeada pelo simples som de uma voz em
particular... E nem mesmo a dela. Ele não tinha falado uma única palavra
com ela em seis anos.

Nenhuma outra mulher já tinha ferrado com a cabeça dele assim. Não
Raina. Ninguém. Ninguém jamais faria novamente. Ele jurou por sua vida.

—Você tem que superar esta merda, cara —, disse ele, ouvindo o tremor
em sua própria voz. Quem era ele para dar esses conselhos?

Ele era alguém que sabia como era a culpa, os eu deveria ter feito e o
sentimento cru de traição poderia comer um cara vivo, se ele se sentasse e a
deixasse se alimentar.

—Eu nem mesmo sei o que ela fez—, ele continuou, — e eu não me
importo. Deixe isso ir.

—Não é nem mesmo sobre...

—Não me enrola. Eu sei exatamente do que se trata. Você faz isso toda
vez. Eu só estou surpreso que você esteja coerente.

—Dá um tempo.

Oh maldição. Será que ele tinha que dizer isso em voz alta? Ghost virou
e empurrou sua bota com força na almofada do sofá que Gus estava deitado.

—Olha, se eu tiver que arrastá-lo até a minha casa e me sentar em cima


de você até ficar sóbrio, eu vou. E você realmente não tem ideia do quanto eu
não quero fazer isso. Eu deveria transar incrivelmente hoje à noite. - Ele já
podia sentir a antecipação se esvaindo... Até um momento de inspiração
milagrosa o atingir. — Ou melhor ainda, posso despejá-lo na casa de seu pai.

O pai de Gus era um policial, e um bom nisso. O inferno, até mesmo


Ghost tinha medo dele.

Isso teve uma reação.

—Nenhum maldito jeito, cara. Você chama o meu pai, e eu vou chutar o
seu traseiro.

—Isso é engraçado. Olha, se você realmente não dá mais a mínima para


a vida, faça o que tem que fazer. Eu sei por experiência que nada do que eu
diga ou faça vai mudar alguma coisa. Mas eu vou te dizer uma coisa: você não
vai ao ensaio de sábado, e sela o seu destino com os caras. Eles estão
decididos. Assim como eu. Pense nisso enquanto está priorizando.

Gus estava quieto quando Ghost percorreu toda a sala. Ele apagou a
luz, banhando o quarto na escuridão que Gus desejava, antes de bater a porta
atrás dele.
E respirou. Aquela casa tinha sido... Opressiva. Como se a nuvem negra
que pairava sobre o seu amigo tivesse começado a penetrar em sua pele.

Porra de drama de relacionamento. Deus se existia algo que ele não


precisava. Ele tinha tido isso aos montes, e se Macy não parecesse ser uma
pessoa prática com uma cabeça decente em seus ombros, ele poderia tê-la
dispensado esta noite não importando o quanto os seus genitais protestassem.

Ele pegou seu telefone celular e, sentindo-se como um fofoqueiro, ligou


para os pais de Gus para que eles soubessem que precisavam dar uma olhada
nele. Seu amigo iria querer matá-lo por isso, mas é melhor que ele estivesse
vivo para fazer isso.

E... Bem, isso era tudo o que havia para fazer. Prática tinha sido um
fracasso. Ele tinha sido confrontado com uma feiura patética que ele não
precisava ver. Mas agora estava feito. Finalmente livre. Para um cara que não
queria amarras com uma garota, ele estava com certeza se esforçando para
chegar nela.
Capítulo Oito

O telefone de Macy tocou, e ela pulou meio caminho através da sala de


estar para pegá-lo. Durante toda a noite, ela manteve-o ao alcance do braço, e
é claro que ele escolheu o único momento que ela o deixou de lado para ligar.

—Eu estava começando a pensar que você tinha mudado de ideia —


disse ela como saudação.

—Desculpe por isso. Tive de lidar com alguns negócios com um amigo.

—Tudo bem?

—Na verdade não, mas vai estar assim que eu ver você.

Então ele poderia falar doce assim como sexy. Ela sorriu e posicionou o
telefone entre a orelha e o ombro.

—Eu estou pronta assim que você estiver.

—Na minha casa ou na sua?

Considerando que ela tinha passado a noite limpando como uma louca?
Não havia nenhuma maneira que ela iria colocar todo este esforço a perder.
Não que ela fosse uma porcalhona, mas muito raramente realmente espanava.

—Minha. Você sabe onde eu moro?

—Você está brincando? Eu me escondo embaixo da sua janela todas as


noites. Eu realmente estava lá à noite passada, te observando.

Ela riu.

—Oh, realmente.

—Não. Qual é o seu endereço?

Ela deu-lhe instruções rápidas, e ele disse que conhecia o prédio.

Não havia volta agora, havia? Bem, ela supôs que podia, mas... Quem ia
querer?

—Você está vestida? —Perguntou ele.

—Ei, agora, nós fizemos isso toda a noite passada. Vamos apenas
esperar...

—Não, sua boba. Eu quis dizer se você está decentemente vestida de tal
forma que podemos sair em público sem sermos presos.

Público?

—Ah. Sim, eu estou vestida.

—Legal. Te pego em 20 minutos. — E desligou o telefone.


Certooooo. Nada foi dito sobre quaisquer aparições públicas. Este não
era um encontro. O que na terra ele tinha em mente?

Ela estava olhando para fora da janela da sala de estar exatamente 18


minutos mais tarde, quando seu GTO ronronou o seu caminho para a vaga de
estacionamento na frente de seu apartamento. Com a bolsa já na mão, ela
correu para a porta, excitação agitando através de sua barriga.

Seth já estava fora do carro e o rodeando até o outro lado para abrir a
porta para ela. Ela quase parou no caminho. Ele parecia bom o suficiente para
comer. E tomou segundos. Camiseta preta justa com decote em V, jaqueta de
couro e jeans justos que quebravam sobre suas botas apenas do jeito certo.
Em sua cabeça havia um chapéu preto. Ele era definitivamente um cara de se
tirar o chapéu.

Maldição. Talvez ela pudesse levá-lo em algum lugar depois de tudo.

—Uau, — ela disse quando contornou a porta que ele mantinha aberta.
—Você está ótimo.

—Uau para você—, ele disse, seu sorriso torto causando estragos lá
embaixo.

Será que eles realmente tinham que ir a algum lugar?

Quando o cheiro limpo dentro do carro dele desencadeou uma torrente


de flashbacks, ela colocou a questão para ele assim que ele entrou no lado do
motorista. Ele colocou o braço sobre o encosto do banco e se virou para olhar
pela janela traseira, enquanto ele dava ré. A posição deu-lhe uma excelente
vista de seu pescoço. Como ela queria mordiscar aquela veia grossa, lambê-la,
sentir seu pulso pulsando dentro.

—Bem — ele respondeu, —Eu espero que você não fique brava, mas o
Brian me ligou alguns minutos antes de eu te ligar. Há uma reunião na casa
de um amigo, e ele queria que eu fosse sair com eles. Eu o dispensei, mas
quando estava falando contigo me lembrei de tudo que você disse ontem à
noite, e... Eu pensei que isso poderia ser uma coisa boa para você. Se não
quiser ir, é só dizer. Nós compraremos sushi em vez disso.

Ah, sushi, o único interesse que eles partilham. Mas ela não estava com
fome. Ela encolheu os ombros.

—Eu não me importo de ir. Candace vai estar por lá, certo?

Seu deboche a fez levantar uma sobrancelha.

—Você já viu esses dois no ano passado, quando não estavam ligados
pelo quadril?

—Humm. Nós temos certa quantia de hostilidade sobre isso?

—Eu não diria que eu tenho hostilidade sobre isso. — Ele se endireitou
em seu assento e rapidamente saiu do seu estacionamento. —Ele está em um
paraíso de tolos, e eu odeio isso por ele. Isso é tudo.

—Por que você diz isso? Eles parecem bastante sólidos para mim. Ela
nunca o machucaria; nisso eu apostaria minha vida.
—Todo relacionamento que eu já vi é como uma bolha prestes a
explodir, e a maioria deles explodem.

—Alguns deles não.

—Eu acho que sou muito cínico para acreditar que qualquer um deles
em torno de mim vai permanecer intacto.

Insanamente curiosa agora, olhou para ele, avaliando sua linguagem


corporal enquanto ele lidava com a alavanca de câmbio. Se eles não tivessem
passado pela iluminação amarelada de um poste de luz, lançando as linhas
tensas de seu rosto ao completo alívio, ela poderia ter pensado que eram
simples observações.

—Então quem queimou você? — ela perguntou casualmente, alisando


as palmas das mãos sobre seus jeans.

Ele acenou com a mão de desprezo.

— Uma hora atrás eu estava de pé sobre a pilha miserável de um bom


amigo que prefere perder tudo pelo que ele trabalhou a até mesmo fazer um
esforço para superar a mulher que continua saindo fora dele.

Ela não acreditou nisso, mas se fosse uma conversa que iria acabar
com a noite, ela não queria tê-la.

—Eu sinto muito por isso. Mas não deixe que isso azede você. Essas
coisas acontecem o tempo todo, e às vezes não, mas isso é a vida. — Ela deu
de ombros e ficou em silêncio, olhando pela janela, quando os prédios deram
lugar a árvores esqueléticas sem suas folhagens de verão. Deus, ela odiava o
inverno.

O sólido calor dos dedos dele se enroscaram em torno de sua mão. Ela
virou e encontrou Seth observando-a entre olhadas para a estrada.

—Eu não queria pegar pesado com você, lá atrás.

—Está tudo bem. — Pelo menos ela sabia que não haveria qualquer
estranheza no final entre eles, se ele tinha uma perspectiva tão feia dos
relacionamentos. —Honestamente... Eu não saberia sobre esse drama, eu
mesma. O único relacionamento sério que tive, foi só... Agradável. O tempo
todo. Assim, qualquer reflexão de minha parte sobre essas coisas é só eu
falando demais.

Ele sorriu e o seu polegar acariciou o dorso da mão dela.

—Bem, no interesse de um total encerramento, eu tive mais do que a


minha cota... E eu não recomendo isso.

Ele teve?

Essas duas pequenas palavras continuavam ecoando em sua cabeça


enquanto a viajem continuava, quando ele estacionou entre o que deveria ser
uma dúzia de outros carros em uma casa no meio do nada, enquanto
caminhavam pela porta da frente a um coro de saudações de pessoas que
eram estranhos para ela.
Ele teve relacionamentos sérios? Ele esteve apaixonado?

Se alguma vez existisse um homem que ela teria reconhecido por nunca
ter sucumbido à tentação da domesticidade, era Seth Warren. Uau. Ela não
podia nem mesmo imaginar o cara em um relacionamento que durasse mais
de uma noite. Ou uma noite de cada vez, pelo menos.

—Olha só para ele, parecendo saído da GQ6 e coisa e tal.— Um cara riu,
dando uma batida no chapéu de Seth.

Seth desviou da tentativa.

—Saia de mim, cara. Você gostaria de parecer tão bem com isso como
eu.

Candace escorregou no meio da multidão e envolveu Macy em um


abraço quase antes que ela percebesse.

—Estou tão feliz por você estar aqui —, disse ela em seu ouvido. Macy
agarrou-se a sua amiga por sua vida querida. Salve-me.

Este era um encontro? Era completamente uma festa, e era


definitivamente a galera de Seth. Tatuagens e piercings em toda parte. Notas
de heavy metal encobrindo conversas obscenas. Que diabos ela estava fazendo
aqui? Que maldita casa era essa?

Apenas relaxe. Siga o fluxo.

Candace pareceu reconhecer sua angústia. Ela se desenrolou e


gentilmente pegou nos antebraços de Macy, olhando direto para seu rosto.

—Você está bem?

Macy assentiu.

—Vai dar tudo certo. Você precisa beber?

—Muito provavelmente.

—Vamos arrumar algo.

Ela planejava tomar cuidado com isso, não querendo acabar como ela
tinha na noite passada. Não, ela iria passar por isso totalmente coerente... Só
com um pouquinho do limite movido. Ela era uma pilha de nervos.

Mas Seth não saiu do seu lado. Eles acabaram na espaçosa sala de
estar com cerca de 12 outras pessoas incluindo Candace e Brian. Sentada no
sofá com ele ao seu lado, ela lentamente começou a relaxar. Não era sua
galera, e ela era definitivamente a forasteira aqui. Ninguém estava olhando
para ela como se perguntando o que diabos ela estava fazendo ali, e muitos
deles perguntaram o nome dela e o que fazia para viver e como ela conheceu

                                                            
6 GQ: (originalmente Gentlemen's Quarterly) é uma revista mensal sobre moda, estilo e cultura para os
homens, através de artigos sobre alimentação, cinema, fitness, sexo, música, viagens, desporto, tecnologia e
livros. É geralmente entendida como luxuosa e mais sofisticada, do que a Maxim e a FHM.
Seth. Ou Ghost. Ninguém que ela tenha conhecido o chamou pelo seu nome
verdadeiro.

Enquanto outras conversas seguiam em volta deles, ela se inclinou para


mais perto dele.

—Como você conseguiu o seu apelido?

Tudo nele pareceu congelar, e ela podia jurar que um rubor subiu de
seu pescoço.

—É só um nome idiota com o qual eu fiquei preso. Não é nada demais.

—O que foi isso?— Brian gritou. Ele estava sentado em uma cadeira à
esquerda deles com Candace empoleirada em seu colo, e aparentemente ele
tinha ouvido a pergunta dela.

—Nada — Seth respondeu.

—Não, não, nada não. Eu ouvi. Ela quer saber sobre o seu nome. Hey!
— Ele gritou para a sala em geral. —Macy quer saber como Ghost conseguiu
este apelido.

Risos estouraram. Macy levantou uma sobrancelha para todos eles.

Os olhos de Seth se arredondaram.

—Oh, o inferno não, cara.

Brian encolheu os ombros e sorriu quando ele levantou a garrafa de


cerveja à boca para um gole rápido.

— Ela provavelmente vai descobrir mais cedo ou mais tarde, certo?


Melhor tirar isso do caminho cedo. Bem... Deixe -me reformular isso. Se você
não contar a ela, eu conto.

—Eu ainda acho que você fez isso.

Brian colocou uma mão sobre o coração.

—Você sequer pensar isso de mim me fere.

— Eu vou te ferir se eu descobrir que você o fez. Quero dizer, você é o


bastardo bocudo que disse para todos que conhecemos sobre isso.

—Estou totalmente perdida agora — Macy admitiu. Mas o bate boca


era fascinante.

—Não seja um covarde. Diga a ela — disse Brian, balançando a cabeça


na direção de Macy.

Seth suspirou, balançando a cabeça e olhando para longe. Debatendo,


provavelmente. O que poderia ser tão ruim? Macy olhou para Candace por
uma pista, só para encontrar a amiga rindo no pescoço de seu namorado. Ela
deve estar a par do grande segredo, então. Aparentemente, todos estavam.

—Muitos anos atrás — Seth começou cuidadosamente. Essas poucas


palavras foram tudo o que era necessário para a sala quebrar em um riso
desenfreado. Ele esperou pacientemente por eles pararem antes de continuar.
—Eu tinha esta tatuagem. E eu não sei exatamente como eu a consegui.

—O quê? Como pode...

—Eu fiquei bêbado em uma festa uma noite. Eu estou falando de


totalmente intoxicado, bêbado fora de órbita. Foi anos atrás, em Dallas, com
alguns amigos que moram lá. A maioria desses babacas estavam lá também,
eu poderia acrescentar... E eu acordei na manhã seguinte apenas para
descobrir uma tatuagem que eu não me lembro de ter feito.

—Isso não é realmente engraçado — disse Brian, enxugando os olhos


com o polegar. —Só que isso é.

—O caramba que é engraçado. Isso vai contra todos os códigos de ética


que temos.

—Você quer falar sobre ética? Quando há uma razão para eu não deixar
você me tatuar?

—Então... Do que é a tatuagem? — Macy perguntou, dando início a


uma nova rodada de histeria. Ela viu rapidamente que esta era a parte
realmente difícil. Seth não iria encontrar o olhar de qualquer um na sala.
Vários outros começaram a incitar-lhe para que lhe dissesse. Uma vez que se
prolongou por um tempo, ele finalmente suspirou e olhou para ela.

— Gasparzinho, o fantasminha camarada.

Risos seguiram novamente. Macy não conseguiu resistir ao riso.


Finalmente, Seth esboçou um sorriso, como se o humor da situação não
estivesse totalmente perdido para ele.

— Quero dizer, que porra é essa? Gasparzinho? Você vai deixar alguém
que obviamente está embriagado fazer uma tatuagem do Gasparzinho?

— Eu sou da opinião de que era uma brincadeira, porque eles achavam


que ele se parecia com você. Você tinha acabado de raspar a cabeça pela
primeira vez. Mas isso não é mesmo tão engraçado quanto onde ela está —
disse Brian.

Oh, não. Macy colocou o rosto em sua palma, tendo uma boa ideia de
onde isso estava indo.

—Eu mal posso esperar por ele dizer isso — disse Brian. — Vamos
apenas dizer que por um tempo, pelo que pude perceber, qualquer menina que
caia sobre ele se encontrou cara-a-cara com um fantasminha branco
bonitinho. Ele estava na vizinhança, se você entende o que quero dizer.

Os uivos que se seguiram foram ensurdecedores. Macy simplesmente


moveu a mão até a boca e viu como Seth estava levando isso.
Consideravelmente bem, pensou ela embora ele estava ficando mais vermelho
a cada minuto. Coitado. Isso realmente era... Ruim.

—Eu o cobri — explicou ele rapidamente. —Mas o estrago já estava


feito, e eu cometi o erro de contar a alguém que eu achava que era meu amigo.
— Ele deu a Brian um olhar fulminante. — Todo mundo estava me chamando
de Gasparzinho por causa deste filho da puta. Eu de alguma forma consegui
desviá-lo para 'Ghost'. Eu tinha que tentar salvar algum pouco de indiferença
sobre essa coisa toda. — Ele chutou a perna de Brian. Brian gritou.

—Ei! Você não pode esperar que eu apenas guarde informações como
essa. No fundo, eu realmente estava indignado com o seu comportamento.
Fundo, bem no fundo.

Seth bebeu um gole de sua cerveja.

—Claro que você estava. Como eu disse. Eu não ficaria surpreso se


descobrisse que você a fez.

—Não. Eu não iria voluntariamente chegar tão perto de seu


equipamento, desculpe. Saí cedo e nem estava lá para defender sua virtude.
Mas, se serve de consolo, se eu descobrisse que um dos meus artistas fez algo
assim, ele ou ela seria demitida. Rapidamente.

Seth resmungou uma resposta que ela não pode entender.

—Talvez você não devesse estar tão chateado—, disse Brian. —Pode ter
sido uma garota quente que fez isso, e você pode ter tido um bom tempo.

—Então com o que você cobriu?— Macy perguntou.

—Nunca mais vou divulgar os segredos de qualquer tatuagem íntima


minha. Não para esses caras, de qualquer maneira. — O olhar que ele deu a
ela enviou um arrepio até os dedos dos pés. Isso claramente indicou que ele
não se importaria de divulgar esses segredos a ela.

Conforme a conversa jovial prosseguiu, ela pensou que Brian estava


provavelmente errado. Não havia nada “camarada” sobre Seth, nada que
pudesse ser comparado a algum desenho animado bonitinho. Ele era o polo
oposto.

Exceto que ela tinha visto outro lado dele durante o último par de dias,
e ela não conseguia tirar isso de sua mente. Antes havia sido apenas o
tatuador piadista aficionado em heavy-metal. O cara com quem ela podia se
ver saindo mas nunca... Estando com ele de qualquer forma. Agora, ele se
transformou em algo completamente alguém que tinha cuidados e
preocupações como qualquer pessoa, e que os sentia muito profundamente.

Ele era um amigo leal. Ele era dedicado ao seu trabalho. Mesmo que
eles não eram exatamente os amigos ou o trabalho que ela teria escolhido para
o cara com o qual ela estava, isso contava algo.

Ela não era tão estúpida para não perceber que estava sendo sugada
pela atração magnética do bad boy, superficialmente embora devesse ser. Ok,
então talvez ela tenha percebido que essa atração não era tão louca depois de
tudo, e isso poderia ser bom para a única coisa que ela precisava. Mas a
linguagem grosseira, a festa contínua e a música alta iriam afetar os seus
depois de um tempo um curto tempo.

Ela se preocuparia com tudo isso mais tarde. Tomando um gole de sua
cerveja, ela observava ele brincar com seus amigos. Estava ficando tarde, a
música e as conversas estavam diminuindo, e ela estava pronta para ir para
casa. Com ele.
E então tudo realmente desandou.

Uma garota entrou andando... Rebolando para ser mais precisa. Macy a
teria notado mesmo se um silêncio nervoso não tivesse caído sobre a sala
inteira e se Seth não tivesse endurecido a seu lado e soltado um:

— Foda.

Os cabelos da garota eram predominantemente loiros, mas com mexas


de rosa, azul, vermelho, roxo e com vários dreads. Seus olhos eram escuros, e
a sombra esfumaçada em torno deles só acentuava seu tamanho em seu rosto
de fada. Ela era pequena e, debaixo de toda a selvageria de sua aparência, era
de tirar o fôlego.

Pelo menos, ela era até o seu olhar cair sobre Seth e Macy sentados
lado a lado no sofá. Em seguida, ela só parecia assustadora.

Felizmente, um grupo de garotas na sala pularam alegremente em sua


direção e o constrangimento se dissipou de alguma forma assim que o grupo
saiu da sala. Seth parecia começar a respirar novamente ao lado dela, pelo
menos. Mas ela não perdeu o olhar de — oh, merda —, que ele trocou com
Brian e Candace. Conversas começaram a rolar de novo em torno deles.

Seth se inclinou perto de seu ouvido.

—Eu acho que essa foi a nossa deixa.

Ela segurou seus lábios entre os dentes por um momento, processando.


Ela não era estúpida.

—Considero que foi ela.

—Ela?

—A que você não queria falar sobre no caminho para cá.

—Eu não quero falar sobre ela agora, também, e eu com maldita certeza
não quero estar na mesma casa que ela.

—Olha, cabe a você, mas eu não vejo o grande problema.

—Eu só não quero que você tenha que ver o que geralmente acontece
quando eu e ela ficamos a 15 metros um do outro.

—Você começam uma briga ou algo assim?

Ele riu.

—Não, nada disso. Mas fica... Feio.

—Tudo bem. Eu estou pronta para ir de qualquer maneira. Apenas


deixe-me encontrar um banheiro antes.

Ele lhe indicou o caminho não parecendo muito feliz com isso. Ela teve
que revirar os olhos. Sim, ela não ia para essa coisa de modificar o corpo isso
a assustava. Mas uma coisa que ela não voltava atrás era em um confronto.
Se essa garota a abordasse de alguma forma, ela poderia se surpreender com
o que receberia em troca.
Como se ela tivesse sorte, o seu caminho a levou diretamente em frente
ao quarto onde o grupo de meninas se reuniam. Um forte:

—Ei! — a deteve em seu caminho, e ela virou-se e inclinou-se para a


porta.

—Sim?

A ex “qualquer que seja seu nome” tinha agora riscas negras correndo
de ambos os olhos para o queixo, fazendo-a parecer como o “The Crow” 7. As
três garotas ao redor dela olharam para Macy inquietas, com as mãos
descansando levemente sobre os ombros da ex em caso delas terem que contê-
la de repente.

—Quem é você?— A menina exigiu.

—Quem é você?

Inexplicavelmente, isso fez a ex rir.

—Você vai descobrir.

—Então eu acho que você vai descobrir quem sou eu também.

—Oh, isso realmente não importa. Eu sei o que você é. — Se o desdém


em seus olhos quando ela olhou Macy de cima a baixo pudesse matar, ela
teria caído morta no local. —Você é a maldita fantasia dele, vê, e você é tudo o
que eu odeio, de modo que a faz ser nada além de sua foda de vingança. E não
apenas uma vingança contra mim, mas também contra alguma outra cadela
rica que o colocou para baixo há muito tempo atrás. Uma vez que ele se livre
de você ele voltará para onde ele sabe que pertence.

—Jesus. Não pule a sua próxima medicação. — Macy murmurou,


afastando-se da porta para retomar a sua caça pelo banheiro. Ela encontrou a
porta fechada com uma faixa de luz brilhante abaixo. Ótimo. Adicione isso a
uma explosão repentina de tumulto e a visão da ex partindo para cima dela no
corredor, apesar das mãos de suas amigas a segurando e essa foi se
transformando em uma verdadeira noite de merda.

Era por isso que ele tinha se sentido atraído? Então o que diabos ele
estava fazendo com ela?

Isso era tudo muito ridículo. Ela permaneceu de braços cruzados e


calmamente assistiu a garota gritar e soluçar enquanto as amigas dela
tentavam empurrá-la para longe, maravilhando-se que existiam pessoas que
ainda se comportavam desta forma tendo mais do que 12 anos. Candace
conseguiu esgueirar-se pela confusão e veio para o lado de Macy, os olhos
arregalados do tamanho de pires.

—Você está bem?

Macy apontou para a porta fechada.


                                                            
7 The Crow (br./pt: O Corvo) é uma série de história em quadrinhos criada por James O'Barr. A série foi
criada originalmente enquanto O'Barr lidava com a morte de sua namorada por um motorista
embriagado. Foi mais tarde publicada pela editora Caliber Comics em 1989, tornando-se um grande
sucesso no meio "underground".
—Apenas esperando o banheiro.

—Ah. Esqueça este. Aqui, eu vou lhe mostrar onde há outro. Afaste-se
de toda essa insanidade.

Focando em sua respiração e dando um passo de cada vez, ela seguiu


Candace. Só porque ela não fugia do confronto não significa, necessariamente,
que ela gostava disso. Especialmente quando a outra pessoa parecia pronta
para lhe infligir danos físicos. Atrás dela, ela podia ouvir Ghost se juntando a
discussão, dizendo a menina em um tom baixo e controlado para acalmá-la.
Isso aparentemente funcionou. Ela se dissolveu em soluços.

—Qual é o nome daquela diaba da morte8?

Candace levou-a para o que parecia ser o quarto principal.

—Raina. Eu mesma só a vi um par de vezes. Eles se separaram muito


antes de Brian e eu ficarmos juntos. Mas ela, ah, ainda tem sentimentos por
ele, obviamente.

—Obviamente.

—Ela vai ao estúdio, às vezes. Brian já a fez sair antes. Eu até tentei
falar com ela e praticamente tive a mesma reação que com você desde que eu
sou apenas uma vadia rica estúpida também, e Brian realmente não dá a
mínima para mim e ele só vai chutar a minha bunda então por que ela iria me
escutar, e blá, blá, blá. Ghost mudou seu número de telefone celular por
causa dela. Aparentemente, quando eles se separaram, ela fez ameaças sobre
se matar.

—Lindo. E você estava conscientemente conspirando para me colocar


no meio de tudo isso?

—Apenas ignore Macy. Azar que ela apareceu aqui esta noite. Ela não
aparece muito. Não é uma grande coisa.

Macy levantou as sobrancelhas quando uma nova onda de gritos


irromperam do lado de fora. Ignorar isso? Ela suspirou.

—Ele vem com bastante bagagem, não é?

                                                            
8 Banshee: Nas tradicionais histórias irlandesas, é um espírito cujos gritos significavam que alguém da
sua família iria morrer.
Capítulo Nove

Então, sim, foi principalmente culpa dele que isto tinha sido adiado.
Ghost não achava que eles alguma vez voltariam para o apartamento de Macy.

Ela o deixou orgulhoso esta noite, contudo, e isso tinha valido a pena.

—Viu? Eles não são tão ruins. — Ele freou para entrar no
estacionamento do prédio e riu. — Pelo menos, não todos eles.

—Não, não todos eles. — Um pequeno movimento fora do campo


periférico de sua visão chamou a sua atenção, e ele olhou para baixo para ver
que ela tinha torcido a alça de sua bolsa praticamente em nós.

—Ei, eu sinto muito por isso. Eu realmente não achava que haveria
qualquer perigo de ela estar lá hoje à noite. Eu vi que alguns dos seus amigos
estavam lá, mas normalmente, esta não é a galera dela.

—Talvez os amigos dela a deixaram saber que você estava lá com


alguém.

—É uma possibilidade. Você está bem?

—Sim. — Sua voz era brilhante. Muito brilhante.

—Você tem certeza?

Ela assentiu com a cabeça.

—Mas eu quero que você saiba que eu deixei toda essa coisa de brigar
por um cara lá no ensino médio.

—Tudo bem...

—Eu não sei que negócio é esse com essa garota, mas não quero
nenhuma parte disso.

—Não há nenhum negócio com essa garota.

—Bem, então estamos claros. Se isso é algo do tipo terminar e voltar...

—Inferno, não. Acabou. Está acabado.

—… eu não preciso do drama.

—E você acha que eu preciso? — Ele estacionou no mesmo lugar que


tinha estacionado antes. —O que, você está tendo alguma dúvida?

—Não, mas francamente? Eu não vejo como você pode ir dela para...
Mim.

—Sim, eu adoraria dar uma olhada no último cara com quem você saiu
também. Ver como nós comparamos. — Ele deu uma cotovelada no braço dela
e sorriu quando ela estalou a mandíbula fechada, mas ele sabia que não iria
ficar assim.
—Mas... Bem... Isso me leva a imaginar se algo do que ela disse pode ter
pelo menos algum mérito.

—O que ela disse?

—Basicamente que para você eu era uma puta rica com quem você ia
ter uma foda de vingança.

Ele esperava que ela não percebesse ou que não pudesse ver o modo
como essas palavras fizeram sua mandíbula se apertar. Maldita seja Raina.

—Sim, isso soa como algo que ela iria dizer. Não se preocupe com isso.

—Bem... Eu sou? Eu só quero saber no que estou me metendo aqui. Eu


não gosto de surpresas.

Ele se endireitou e olhou fixamente para fora através do para-brisa,


suspirando pesadamente.

—Macy, eu posso te dizer com honestidade absoluta de que você não é


uma 'foda de vingança'. Eu não transo com pessoas indiscriminadamente, por
isso o fato de eu estar aqui significa que gosto de você. Além disso, eu não sei
o que te dizer. Eu vou colocar um anel no seu dedo em breve? Inferno que não.
Mas você me parece o tipo de pessoa que não estaria procurando por isso com
um cara como eu, então está tudo bem, certo?

Ela só abaixou a cabeça, olhando seus dedos brincarem com a alça da


bolsa, e alguma coisa disparou em seu peito.

—Macy? Isso é legal?— Assim que as palavras saíram de sua boca, ele
se perguntou se era legal para ele. Um minuto atrás “sem amarras” teria sido
música para seus ouvidos. Mas, na fração de segundo quando ele perguntou e
ela vacilou... Um mundo de sonhos explodiu em sua cabeça, todo um universo
de 'e se'.

Mas seja lá qual universo alternativo que tenha violado sua realidade,
recuou de volta ao lugar e ela olhou para ele.

—Sem amarras, só diversão?

Agora ela fez isso soar tão casual, muito casual. Não havia nada de
casual sobre a intensidade de seu querer, de sua necessidade por ela. Sentada
na penumbra, ela era estonteante. Absolutamente capa de revista
deslumbrante, e ele sabia em seu coração que essa era outra garota que
poderia rasgar-lhe todo de novo, realmente fazer um número sobre ele. Ela
poderia carimbar o seu número bem no meio da porcaria da sua testa e rir
disso.

Ele era um tolo da maior magnitude?

—Sim.

—Legal — ela disse, parecendo aliviada. Ele estava aliviado pelo alívio
dela. Seja o que for que os levasse a sair do carro dele para sua cama.
Aparentemente, seu pau não se importava do quão grande tolo ele era.
—Fique sentada. — Ele sentiu o olhar dela sobre ele, enquanto pulou
para fora e correu para abrir a porta dela, mas com sorte ela não estaria
olhando tão de perto para poder dizer que quase lhe doía andar. Excitado era
um eufemismo. Ele estava ameaçando arrebentar o zíper de sua calça jeans.
Era quase embaraçoso.

Depois que ela saiu do carro, pegou na mão dele. Algo sobre a
simultânea simplicidade e enormidade de seus dedos entrelaçando os dele, o
fodeu todo por dentro, fazendo algo selvagem e protetor acender dentro dele.

Confiança. Ela confiava nele. Tudo sobre ele e seu mundo era o oposto a
ela e ao dela, mas ela estava disposta a assumir esse jogo louco com ele.

—O que é? —, Ela sussurrou quando ele só ficou ali parado olhando


para ela como um tonto nos últimos dez segundos.

Ele saiu do transe e balançou a cabeça.

—Nada.

—Você pode entrar. - disse ela, como se tivesse medo de que ele achasse
que não era bem-vindo agora ou algo assim. Ela vasculhou a bolsa com a
outra mão e retirou um molho de chaves. Juntos, eles passearam em direção
à porta do seu apartamento.

Por um segundo, ele esperava que as coisas não ficassem estranhas.


Então, ele se repreendeu por agir como uma garotinha.

É claro que as coisas estavam prestes a ficar estranhas. Ele vivia para o
estranho.

Mas nada o preparou para o “estranho” que o cumprimentou quando


Macy acendeu uma lâmpada dentro do apartamento.

Ok, fazendo justiça, este era o Texas e a decoração country e faroeste


era, se não a norma, então muito aceitável. Mas não com ninguém com quem
ele se relacionava. Onde quer que ele olhasse tinha couro e imitação de couro
de boi marrom e branco. E os troféus. Jesus. Ela tinha um visor especial
iluminado para eles. Ele sabia que ela andava muito a cavalo, mas deve estar
competido desde que começou a andar para acumular tudo isso.

Fileiras deles. Troféus. Medalhas. Fotos emolduradas dela segurando-os


como uma menina pequena com dentes tortos, então uma adolescente
desengonçada, finalmente a mulher deslumbrante que ele conhecia. Um casal
de idosos sorrindo com orgulho ao seu lado na maioria delas. Os pais,
provavelmente. Ela tinha uma semelhança notável com a mulher.

Uma foto em particular chamou sua atenção. Ela estava montando,


virando um barril em uma nuvem de poeira. O fotógrafo pegou a determinada
e feroz carranca em seu rosto perfeitamente, e isso não fez nenhum favor para
sua atual ereção.

—Eu não tinha ideia de que estava na presença da Rainha do Rodeio.

—Desagradável isso, não? — Ela perguntou, franzindo o nariz empinado


e jogando a bolsa no sofá de dois lugares de couro pálido.
—Ah, com certeza. Totalmente desagradável — ele brincou.

Ela riu.

—Bem, eu meio que... Não consigo me obrigar a me livrar deles. Por


muito tempo depois que eu parei de competir, os embalei. Eu não queria olhar
para eles, mas no final, eu dei o braço a torcer. Eu acho que é minha veia
competitiva tenho que ter a lembrança de que eu realizei algo. Idiota, certo? —
Ela realmente parecia estar corando.

Isso era insanamente sexy.

—Eu entendo—, disse ele. —Eu me sinto da mesma forma quando


acordo e vejo as prostitutas inconscientes e a torre de latas vazias de cerveja
que eu construí na noite anterior. É tão difícil deixar ir.

Ele se esforçou para manter a declaração séria, e com certeza, ele foi
presenteado com um olhar assustado de seus grandes olhos castanhos.

Então, de repente, ela entendeu. Sem ele ter que dizer uma palavra ou
abrir um sorriso, seu corpo saiu do estado de alerta, e ela riu.

—Deus, você é mau.

—Então, há alguma razão para você parar de competir?

Seu olhar cintilou das relíquias de seus dias de glória para seu rosto.
Havia uma franqueza naquele olhar que ameaçava desfazê-lo.

—Candance nunca mencionou isso para você?

Ele balançou a cabeça.

—Não.

—Eu estava competindo em Conroe, quando eu tinha 18 anos. Eu


tinha acabado de fazer a última volta quando não sei o que aconteceu. Eu
nem me lembro. Mas, aparentemente, algo assustou meu cavalo, e eu fui
lançada. Trinquei duas vértebras entre uma dúzia de outras coisas. Eu estava
roxa por toda parte. Dez semanas com um suporte, além de cirurgia e
fisioterapia... Isso foi... Assustador. Minha égua, Sugar, quebrou a perna e
teve que ser sacrificada. — Ela apontou para a foto que ele esteve olhando
mais cedo. —Está é ela.

—Droga, garota.

Os lábios dela se curvaram.

—Depois que saí de tudo isso, eu não tinha mais fogo por isso como
costumava ter. Eu ainda monto ainda amo montar, mas estou bem mais
cautelosa do que antes. Em todas as coisas, eu acho.

—Eu posso ver como isso poderia acontecer. Você ainda tem
problemas?

—Às vezes. Mas no geral eu tive muita sorte. Muita sorte. Então não
reclamo muito.
Ele abriu a boca para dizer que achava incrível ela querer sequer olhar
para um cavalo depois de algo assim, mas depois de ser retirado mutilado dos
destroços do carro de seus pais aos seis anos de idade não o tinha feito odiar
veículos. Exatamente o oposto, na verdade. Ele passou seu tempo livre
tentando consertá-los. Quanto maior o trabalho, mais ele gostava. Mas ele
nunca seria capaz de tornar aquela massa de metal retorcido em sua memória
em qualquer coisa parecida com um automóvel, mesmo em seus sonhos.

Ela o pegou.

—Você estava prestes a dizer alguma coisa?

—Só que —, ele se esforçou para conter a emoção ameaçando quebrar


sua voz, — talvez possamos comparar cicatrizes.

Havia pouca coisa que ele tinha visto em sua vida inteira mais bonito do
que o sorriso de Macy. Talvez fosse porque, agora que ele pensou sobre isso,
era uma coisa bastante rara.

—Você vai me mostrar as suas se eu mostrar as minhas?

Ele piscou para ela.

—Isso e outras coisas.

A maneira curiosa que ela estava olhando para ele o deixou maluco, o
fez desesperado para saber o que estava acontecendo por trás daqueles olhos
bonitos. Uma coisa ele sabia com certeza: havia profundidades nela que ele
ainda nem tinha começado a sondar. Ela o intrigava. Classificá-la não seria
mais simples do que torcer aquele pedaço de metal distorcido de volta em seu
formato original.

—Eu vou fazê-la se acostumar comigo antes que acabe você sabe —
disse ele.

A língua rosa dela deslizou pelo lábio superior. Talvez sua boca
estivesse apenas seca, mas ele levou isso como um convite. O baile em torno
um do outro havia acabado. Eles estavam aqui. Sozinhos. Ela era dele e ele
era dela, mesmo que só por esta noite.

—Eu já estou ficando um pouco acostumada com você — disse ela


suavemente enquanto ele se aproximava.

—Só um pouco?

Ela deu um aceno lento, sem nunca tirar o olhar do dele.

—Mm-hmm.

—É um começo.

Com um sussurro macio, ele inclinou-se e roçou os lábios nos dela,


saboreando a inspiração dela e a forma que isso fez o peito dela roçar o seu.
Ela era perfeitamente dotada. Muito mais do que a mão cheia que a maioria
dos caras diziam ser o ideal ele sempre dizia que se foda, ele gostava da carne
macia transbordando em suas mãos. Ele gostava de espaço para explorar.
Ampla área para beijar, lamber e chupar. Ele não discriminava com base na
sua preferência, mas ele se alegrou quando encontrou a perfeição. Ela era
isso.

Um gemido escapou da garganta dela quando sua língua deslizou


contra seus lábios, procurando pela entrada. Ela deu a ele, permitindo que as
mãos dela subissem em torno do pescoço dele. O sabor dela explodiu em sua
língua, doce e sensual como uma maldita fruta afrodisíaca. Deus. Ele não
contava com esta cortesia. Isso estava o tirando do ar, o deixando
desequilibrado. Ele gemeu e afundou os dedos em seu cabelo sedoso,
moldando a palma da mão na parte de trás de sua cabeça. Procurando pelo
fogo que ele sabia que estava queimando dentro dela, mesmo que ela ainda
estivesse com medo de mostrá-lo a ele.

Sem fôlego, ela se separou, e o arder em seus olhos quando o olhou


quase sugou o oxigênio fora dele por sua vez.

—Meu quarto é... Logo ali. — Ela acenou para uma porta aberta do
outro lado da sala.

—É? O que me espera lá? Uma caveira de vaca genuína?

Ela riu.

—Talvez. Mas o mais importante, uma cama realmente muito grande.

—Mmm. Com pressa, não é?

A julgar pelo brilho em seus olhos, o rubor em suas bochechas, ela


estava. Ele nunca tinha notado antes que ela tinha sardas, apenas um
pouquinho sob seus olhos e através o nariz. Os dedos dela acariciaram sua
nuca, enviando arrepios pelas suas costas.

—Você não acha que já esperamos tempo suficiente?

—Bom ponto. — Ele se afastou um pouco e esticou seu braço em


direção à porta. —Depois de você.

Ele tinha sido a última pessoa com quem ela tinha feito sexo, e tinha
sido a melhor parte de um ano. Esse foi o tempo mais longo que ela tinha
ficado sem fazer sexo desde que começou a ter relações sexuais. Era por isso
que ela não conseguia parar de tremer? Ela deveria dizer algo antes que ele
tivesse uma ideia errada?

Ela nunca tinha estado tão excitada, assim desperta. Não podia ser
tudo ele.

Pegando a deixa, ela afastou seu olhar do dele e caminhou em direção


ao seu quarto. Ela o sentiu se movendo atrás dela, seguindo de perto. Entre
suas pernas, ela já estava lisa e necessitada a partir do seu beijo, e se não
tirasse este maldito sutiã apertado, ela ia gritar. Ela precisava das mãos dele
sobre ela, acalmando as dores.

Uma lâmpada foi deixada acesa em seu quarto para ambientar. Com
cicatriz grande e feia ou não, ela não era uma garota do tipo luzes apagadas.
Alguma compulsão louca a fez virar para fechar a porta depois que ele
entrou atrás dela ela não sabia o porquê. Não era como se alguém pudesse
estar na sala de estar para ouvi-los. Isso só parecia mais... Íntimo. Mais...

O ar esvaiu dela assim que o duro corpo dele a pressionou rudemente


contra a porta fechada. Ele puxou o cabelo dela para o lado e apertou sua
boca quente no lado do pescoço dela, sugando forte. O contorno do seu pênis
marcando sua bunda. Seu batimento cardíaco disparou fora de controle.

— Oh, Deus — ela suspirou, se esfregando contra ele. O movimento


deu-lhe espaço suficiente para deslizar as mãos sob sua blusa, pela sua
barriga tremente e segurando seus dois seios, massageando-os com uma
gentileza que contradizia o duro e áspero em todas as outras partes. Ela só
queria que já estivesse nua para ele.

—Tire fora — ela pediu.

As mãos dele deslizaram até as costas dela e habilmente desabotoaram


o sutiã. Ele ergueu a boca de seu pescoço e procurou seus lábios. Ela virou a
cabeça para trás e bebeu em seu beijo como uma mulher faminta enquanto
seus dedos viajaram de volta e brincaram com seus mamilos nus debaixo dos
bojos do sutiã solto. Droga, ela queria a coisa fora, mas isso era melhor do
que nada.

Isso tudo era muito, e ela não podia chegar perto o suficiente. Ela não
podia ver o suficiente. Ele deu-lhe espaço para tirar seu suéter e sutiã; então
ele plantou-a de volta no lugar, chovendo beijos sobre os ombros dela e nas
costas de seu pescoço, enquanto seus dedos trabalhavam no botão dos jeans
dela. Ela mexeu os quadris quando ele o deslizou por suas pernas. Graças a
Deus ela não usava botas ou sapatos complicados ela chutou fora suas
sapatilhas e não podia sair dos jeans rápido o suficiente.

Isso deixava apenas sua calcinha sobrando. Assim como ele tinha
prometido no telefone noite passada.

A respiração de Seth soprava quente contra seu ombro enquanto a mão


dele roçava a parte de baixo de suas costas. A julgar pelos movimentos, ele
estava soltando o cinto, abrindo o botão e — oh Deus, sim — puxando para
baixo o zíper.

— Deixe-me ver. — Ela tentou virar, mas ele moveu-se tão perto atrás
dela que não havia nenhuma maneira dela conseguir, nem mesmo quando
cada centímetro do corpo dele pressionou o dela contra a porta. E ele era forte
o suficiente para parar todas as novas iniciativas da parte dela. Não que ela
tenha tentado muito.

—Você está tremendo — ele murmurou. Ele se inclinou para ela, seu
nariz aninhado no cabelo dela. Ela o ouviu inalar, sentiu o peito dele expandir-
se em suas costas.

Não havia como negar a observação dele. Nem explicar isso também.
Ela tremia como se o quarto estivesse a vinte graus negativos, mas ela estava
queimando.

As mãos dele deslizaram para baixo em sua coluna, os dedos


arranhando o cume delicado de 17 centímetros aninhado no recorte. Ela
nunca tinha tido muita sensibilidade desde que tinha se curado, mas agora...
Oh, tinha sentido. Ela sentiu o toque dele lá mais intensamente do que
qualquer outro que ela tenha conhecido. Surpreendentemente, não era
autoconsciente sobre isso, não com ele. Ela optou por não usar biquínis
depois do acidente, mas Seth... ele carregava sua história de vida em sua pele,
certo? Ele acreditava nisso. Ele iria simplesmente ver a sua cicatriz como um
pequeno pedaço dela.

Suas mãos descansaram no cós de sua calcinha de seda. Sem esforço


consciente para se mover, ela empurrou de volta contra sua virilha
novamente, sentindo o comprimento duro e macio dele pressionar contra a
pele nua acima do cós da sua calcinha. Se ela não pudesse vê-lo, caramba, ela
o sentiria.

Ela engasgou quando a ponta do seu pênis esfregou suavemente


através da carne acima de sua calcinha. A cabeça foi ladeada com algo mais
frio e ainda mais duro do que a sua carne túrgida.

Seus joelhos quase se dobaram. Seu piercing. Ela ainda não sabia
exatamente quais eram seus sentimentos sobre isso. Mas sabia que isso era
condenadamente bom.

Ele riu, um som que a fez pensar em um assassino em série prestes a


deslizar um garrote em volta de seu pescoço.

—Qual é o problema?

—Seu... Nada.

—Hmm? Meu o quê?

—Seu piercing. É... Diferente para mim.

—Diferente não é sempre ruim.

—Não. É apenas diferente.

—Ok.

—Quero dizer, honestamente, eu poderia correr gritando se...

—Macy?

—O que?

Ele empurrou sua ereção entre as pernas dela então o piercing raspou
seu clitóris.

—Cale-se.

Seus métodos se provaram ser eficazes. Ela até abriu as pernas para
lhe dar um melhor acesso, a sua testa pressionada contra a porta enquanto
ela ofegava.

—Espere um segundo — disse ele. —Puta merda. O que você está


usando?
Até aquele momento, ela tinha quase esquecido. Depois de suas
fantasias super excitantes de deixar sua calcinha, ela tinha vestido uma
calcinha fio dental.

—Eu pensei que você poderia apreciar isto.

—Apreciar? Eu acho que estou apaixonado.

Foi dito em tom de brincadeira, mas uma pontada estranha passou por
ela.

—Tão molhada para mim — ele murmurou, mantendo os movimentos


deliciosos que arrancavam ainda mais umidade de seu núcleo. Um
movimento, um impulso desses quadris poderosos, e ele poderia estar dentro
dela. Tão fácil. Ela estava quase sem noção o suficiente para implorar-lhe que
o fizesse. — Porra — ele sussurrou enquanto ela ondulava contra o seu cume.
— Você é cheia de surpresas, não é?

—Eu prefiro estar cheia por você.

Ele riu, e seus dentes beliscaram seu ombro. Ela engasgou.

—Não se mova— disse ele. — Eu quero dizer isso.

Ela nunca teve um homem que tomava o controle do jeito que ele fazia.
Todos os seus amantes foram obsequiosos. Talvez isso fosse pelo que ela
sempre se atraía, caras que pudesse controlar. Isso não funcionaria aqui. Mas
ela queria tentar, queria testá-lo para ver o que ele faria se ela o
desobedecesse. Em vez disso, ela se agarrou à porta e tremeu quando sentiu
ele se mover por trás dela.

Houve o enrugar de um pacote de papel laminado. O som inconfundível


dele deslizando uma camisinha para baixo em seu pênis com golpes rápidos.
Ela gemeu quando o calor dele apertou contra ela novamente e dois dedos
gentilmente se focaram na passagem inflamada entre suas pernas. Ela
levantou-se na ponta dos pés quando ele apertou para dentro, testando,
alongando. Seus músculos internos se sentiam como líquido, mas agarraram
seus dedos intrusos com uma força que a surpreendeu. A respiração dele era
irregular contra sua orelha.

—Você sempre fica assim tão molhada? — Ele sussurrou.

Ela balançou a cabeça. Essa era a verdade. Se nada, houveram vezes


que a sua falta de excitação com alguém novo a angustiara. Com ele... Era
exatamente o oposto. Sua disposição, sua necessidade, a resposta de seu
corpo a ele, era motivo de grande preocupação.

Ela não gostava da maneira como ele a fazia admitir isso para ele. Ela
não queria dar-lhe mais poder do que já tinha sobre ela.

De repente, ele tirou a mão de entre as pernas dela e se abaixou para


pegar o joelho dela, levantando a perna e encaixando-se entre suas coxas. Os
músculos dela se endureceram em antecipação.

—Seth... — Ela inclinou seus quadris para trás para encontrar sua
cabeça larga, tão pronta para ele enchê-la. Ela o tomaria inteiro, mesmo que
isso machucasse.
Poderia isso ser tão bom como foi antes? Não podia. Nada poderia ser
assim tão bom de novo.

Ele esfregou a cabeça sobre os lábios, para baixo de um lado da renda


que cobria a abertura em sua calcinha e para cima no outro lado. Ela gemeu e
se mexeu, tentando capturá-lo. Não havia nenhum ponto em fazê-la ficar mais
molhada, ela estava encharcada. Mas ele continuou os movimentos ardilosos,
provocando, fazendo-a implorar. Fazendo-a abrir-se ainda mais em luxúria.
Toda vez que ele passava sobre seu clitóris, seu piercing causava estragos. O
corpo dela estremeceu, e ela choramingou. Ele esfregou lá, uma vez, duas
vezes, mais duro... Pressionando... Empurrando para cima...

Desesperada, quase soluçando, ela se contorceu até que ele se aninhou


em sua entrada. Alívio explodiu através dela, mas depois ele não empurrou
imediatamente. O que diabos ele estava esperando?

—Seth!

A risada baixa em seu ouvido disse-lhe exatamente o que ele estava


esperando. A pressão construída atrás de sua cabeça grossa lentamente
separando-a. Ela jogou a cabeça para trás contra o ombro dele e as unhas se
cravaram na madeira da porta. Sua respiração prendeu. Seu corpo travou.
Mas ele foi implacável, levando-a em um impulso lento, mas persistente, ela
estava impotente para parar, mesmo se quisesse.

Ah, sim. Era tão bom como foi antes. Melhor.

— Santa foda sim— ele respirou contra o pescoço dela. — Oh, meu
Deus.

Ela sufocou o seu nome novamente. Ela sentiu... Tudo. Cada nuance.
O cume grosso de sua coroa. A conta de seu piercing em baixo, agora em
posição perfeita para estimular seu ponto G. Ele estava em todos os lugares,
por toda ela. Seu corpo lutou para se ajustar, tecidos sobrecarregados
tremendo. Ela virou a cabeça para que ele pudesse beijá-la com aqueles lábios
lindos, e foi...

— Perfeição— ele murmurou contra ela. —Você pensou sobre isso tanto
quanto eu pensei?

Tão lentamente como ele entrou, ele começou a se retirar. A carne


sensível que tinha lutado para aceitá-lo agora lutava para mantê-lo dentro. Os
únicos meios de resposta dela foram uma série de pequenas lamúrias.

—Você pensou?— Ele pressionou, e ela percebeu que ele não iria
desistir até que respondesse.

—Sim! Por favor...

—Bom. É disso que eu gosto. — Ele a encheu duro e rápido, de novo e


de novo, batendo os quadris dela contra a porta. —Você poderia me ter a
qualquer momento que você quisesse Macy.

Se ela sobrevivesse a isso... Bem, ela não tinha certeza do que faria para
arrepender-se pela sua sobrevivência, mas teria de ser algo bem grave.
Especialmente quando a mão livre dele se pressionou entre o corpo dela e a
porta e seus dedos desenharam círculos torturantes em torno de seu clitóris.
Quando ela ficou tão fraca que suas pernas não a suportariam, ele
manobrou-os para a cama, colocando-a deitada sobre a cama. Tão quente
como foi tê-lo atrás dela, ela precisava disto. Cara a cara. Seu peso sobre ela.
Tão certo.

Ela lutou para despi-lo da camisa que ele ainda estava usando, mas
eles não tiveram tempo para se incomodarem com os jeans agarrados a seus
quadris. Ela o teria nu antes que a noite terminasse. Ele deslizou dentro do
corpo dela novamente e ela se arqueou para fora da cama, envolvendo suas
pernas ao redor da cintura dele.

—Finalmente tenho você na cama— ele murmurou, capturando seus


lábios trêmulos com os dele.

O beijo profundo, desesperado, tão de parar o coração real, a conduziu


ao seu primeiro orgasmo sem aviso prévio. Ele o sentiu gemendo em sua boca
enquanto ela contraía em torno dele. Ela amou a forma como ele parou de
bombá-la e então rebolou dentro dela, tão em sintonia com suas necessidades
que era quase como se suas mentes tivessem se fundido assim como seus
corpos.

Pensamentos como esse, ela tinha que banir. Mas não podia, não
quando seu cérebro era mingau e seu corpo rapidamente seguia o exemplo.
Seth suavizou seus movimentos enquanto ela se agarrou a ele, deixando-a
recuperar-se.

Ela sabia por experiência própria que ele não estava nem perto de
terminar. Ele era o Garoto Maravilha quando se tratava de resistência. Se por
algum milagre isso se tornasse algo a longo prazo, ela estava com medo de que
poderia haver noites em que ela não teria a energia para acompanhá-lo.

Ele sorriu para ela.

—Isso foi doce. - ele murmurou, dando um girada em seus quadris que
a deixou contemplando a segunda rodada. —Acalmou?

—Mm-hmm.

Ele entrelaçou seus dedos com os dela e prendeu suas mãos no


colchão, se baixando para beijar e lamber um caminho até seus seios.
Quando ele o fez, seu pau escorregou para fora dela, e ela ofegou, seu corpo
apertando contra o vazio que ele deixou para trás. Seus mamilos apertaram
em antecipação pela boca dele. Como tinha prometido, ele não a provocou,
desta vez tomando um mamilo tenso em sua boca sugando profundamente.

Ele soltou uma das mãos dela, e um momento depois, seu dedo
escorregou na fenda rendada entre suas pernas, e suas coxas estremeceram e
se fecharam contra seus lados. As sensações eram apenas muito fortes ainda
sensível da devastação de seu orgasmo.

—Mmm. Abra-se, querida.

Ela tinha que fazê-lo por partes, ou ela iria quebrar em pedaços. Ele
esperou pacientemente enquanto ela lentamente deixava os joelhos caírem
separados.
Os dedos dele trabalharam delicadamente, enlouquecedoramente entre
os lábios, girando através de sua umidade, mas evitando seu clitóris
completamente. Tudo de uma vez, ela não poderia ter o suficiente de seu
toque. Seus olhos se arregalaram quando ele deslizou para baixo pelo
comprimento de seu corpo, dando beijos enquanto ele descia até a sua
barriga. A língua dele deslizou dentro de seu umbigo, e depois seus lábios
brincaram com a carne na fronteira de sua calcinha.

—Esta é tão fodidamente sexy — ele murmurou. Seus lábios deslizaram


sobre a renda que cobria seu montículo. O corpo dela apertou tão forte contra
seu dedo quando o retirou que isso o fez amaldiçoar novamente. E apertou
outro para dentro.

Até agora a boca dele estava roçando-a logo acima do lugar onde seus
dedos desapareciam dentro do corpo dela, e isso a estava enlouquecendo. Ela
pulsava, doía, se contorcia. A respiração dele a banhava, cada uma um sopro
refrescante tanto quanto um calor escaldante.

—Por favor—, ela sussurrou, sem nem mesmo saber o que mais ela
estava pedindo. O impulso lento e a retirada dos dedos dele era apenas um
lembrete minúsculo do que estava por vir.

—Você me quer? — Ele respirou. —Você quer a minha boca na sua


buceta, chupando-a até você gritar, ou meu pau de volta dentro dela? Diga-
me como você precisa, e eu vou dar a você. — Sua língua arremessou uma vez
sobre seu clitóris. Ela quase teve um ataque. O quadril dela não poderia
permanecer parado, ondulando contra seus dedos mergulhando em um ritmo
perfeitamente sensual e torturante.

Tão bom quanto isso era, não poderia se comparar a um clímax cegante
com ele enterrado fundo dentro dela, impossivelmente grosso,
impossivelmente duro. Ela precisava disso.

—Seu pau— ela sussurrou.

—Hum?

Ah não, ele realmente ia a fazer dizer isso?

—Eu quero você dentro de mim — disse ela. Não poderia haver
nenhuma dúvida desta vez. —Agora.

Ele não parecia se importar com a ordem. Rapidamente, ele terminou


de retirar a calça jeans. Finalmente. Quando ele se estendeu sobre ela
novamente, ela o aninhou entre suas pernas e colocou os braços ao redor de
sua carne nua, sua respiração áspera e irregular. O tremor nela nunca havia
realmente diminuído agora tinha dobrado. Os lábios dele procuraram os dela.
Ela suspirou quando suas línguas giravam em torno de si, saboreando um
leve sabor dela nele. Quando ele deslizou de volta dentro do corpo dela, o grito
que saiu de sua garganta deve ter soado enganosamente doloroso.

—Tudo bem?

—Não pare.

Essa era a beleza disto, sabendo que ele não poderia, sabendo que ele
poderia levá-la tantas vezes quanto ela precisasse. Seguro agora sobre o bem-
estar dela, ele liberou sua força sobre ela. Ela estava mais do que pronta para
isso, prendendo seus tornozelos atrás das costas dele se segurando pela sua
vida, deixando-o exorcizar todos esses meses de frustração acumulada. Ela se
agarrou a ele, levando tudo e dando-lhe tudo de volta para ele. Êxtase a tinha
cegado, mas quando ele os rolou de forma que ela estava por cima, ela jurou
que isso não iria fazê-la fraca também.

Um brilho muito fino de suor cobriu o peito dele, reluzindo à luz do


abajur. Seu corpo era nada menos do que uma obra de arte desde suas linhas
duras e seus planos até suas tatuagens; ela só tinha tido um vislumbre de
tudo isso, mas já sabia que ela queria desesperadamente deslizar sua língua
por aquele quadril.

Mais tarde. O brilho perverso em seus olhos era muito sedutor, e ele se
sentia muito malditamente bom dentro dela.

Ela apertou os músculos internos dela e sorriu para sua reação. Os


dedos dele se apertaram nas coxas dela, e o queixo dele inclinou-se para cima.

— Foda mulher.

—Não se esqueça do quanto eu gosto de cavalgar.

Ele gemeu em agonia.

—Merda. Eu estou morto.

Ela inclinou-se e agarrou o queixo dele, travando seus olhares.

—Eu vou pegar leve com você.

A risada dele soou triste, e ela não podia deixar de apreciar o espanto
em sua expressão.

—Onde diabos você esteve toda a minha vida?

Ela revirou seu quadril, e a voz dele se perdeu em um rosnado. As


mãos dele vagaram acima para cobrirem os seus dela e ela cobriu os dedos
dele com os seus, mantendo o ritmo e o ângulo que o mantinha acertando
todos os pontos certos dentro dela. Ela queria negar que havia algo a ser dito
sobre o piercing, mas teria que ser uma tola ou uma mentirosa. Quando ela se
inclinou para trás era tão...

Oh. Meu. Deus.

Ela arfou o nome dele. O ritmo dela tornou-se irregular, perdida para a
paixão. Prazer, quente e liquefeito, agrupado em sua barriga. O primeiro
orgasmo dela normalmente era o mais intenso, mas ele estava indo destruir
tudo o que ela pensava que sabia sobre si mesma e sobre sexo. Uma das mãos
dele deslizou para baixo para que o polegar pudesse circular seu clitóris, e não
havia como evitar isso. As coxas dela se travaram no quadril dele, o corpo dela
se prendeu forte no dele. O mundo explodiu.

Ela desabou sobre ele quando onda após onda varreu através dela, cada
contração parecendo permitir que ele fosse mais profundo. Tão profundo que
ela achava que não poderia aguentar nada mais, mas ela o fez. Ele murmurou
coisas insanamente perversas no ouvido dela. E assim que o turbilhão
chegava ao fim para ela, ele foi pego em seu próprio.

Ele a jogou debaixo dele como se ela fosse nada mais do que uma
boneca de pano, esmagando-a contra o colchão. O rosnado sexy dele no
ouvido dela quando ele empurrou profundo e estremeceu fez com que ela
tivesse pensamentos perversos suficientes para manter a ambos ocupados
toda a noite. Ela acariciou as costas dele enquanto ele gozava, marcando-o
levemente com suas unhas. A julgar por seus arrepios, ele adorou.

—Deus, Macy — ele gemeu. Lentamente, os movimentos do quadril dele


diminuíram. Ela sentiu falta desse ritmo imediatamente, não queria que
acabasse. Então, quando ele fez um movimento para se afastar, ela trancou
seus tornozelos em torno dele e choramingou.

A risada dele soou sem fôlego.

—Está tudo bem. Eu vou dormir aqui.

—Bom.

—Eu não sou muito pesado?

Ela balançou a cabeça contra o ombro dele. Sinceramente, ela sabia


que quando o deixasse ir... Seria o fim. A realidade iria cair. Ela teria que
olhar para ele sabendo que ele viu o quanto ela estava tremendo. Quem sabia
qual vulnerabilidade pós-coito crua estava aparecendo em seu rosto agora?
Ela sentiu como se fosse chorar. Ela não podia falar.

Ele colocou beijos ao longo da mandíbula dela, e acabou encontrando


seus lábios. Ela suspirou quando os abriu para deixá-lo entrar, pensando que
era até engraçado como um beijo a tinha acendido e agora ele a estava
acalmando. Trazendo-a para baixo. Acalmando sua respiração irregular, seu
coração acelerado.

Eles acabaram deitados de lado, de frente um para o outro, com as


pernas um emaranhado que ela não queria nem começar a entender. Ela só
queria aproveitar a deslizar preguiçoso e suave de seus dedos para cima e
para baixo em seu braço. O silêncio se estendeu por um longo tempo,
enquanto ela simplesmente olhava para ele.

—Você deve pensar que eu sou a maior puritana — disse ela depois de
um tempo.

As sobrancelhas escuras dele se inclinaram.

—O que diabos fez você dizer isso?

—Você tendo que me calar.

—Não. Uma puritana não ficaria suja no banco de trás de um carro,


faria sexo pelo telefone e... Apareceria usando uma calcinha fio dental esta
noite. Droga, se eu soubesse que você a estava usando a noite toda... — Os
olhos dele se fecharam como se estivesse saboreando o simples pensamento
do que ele teria feito com ela. —Vamos apenas dizer que nós poderíamos ter
tido que procurar um armário ou algo assim na casa do meu amigo.
Ela riu.

—Eu acho que quando você coloca assim...

—Mas, eu posso te contar um segredo. As pequenas reservas e


ansiedades que você tem me deixam ligado. Imensamente.

—Sério? Por quê?

—É um grande desafio fazer com que você se deixe ir. E muito mais
gratificante para mim quando você o faz.

Então esse era o motivo de tudo isso. Um desafio. Até mesmo aquela
Raina havia insinuado isso. Oh bem, como ela poderia realmente estar
ofendida? Pelo menos ele sabia o que queria, o que gostava. Pelo menos ele foi
honesto.

—Eu posso ver como isso pode ser um carinho no ego para você.

—Isso realmente não tem nada a ver com isso. E não me leve a mal. Eu
amo uma mulher que ama sexo e falar sujo. — Ele estendeu a mão para
esfregar seu polegar através do lábio inferior dela. Os olhos dela se fecharam
quando os dedos dele deslizaram sobre seu queixo até sua garganta. —Mas há
algo sobre ouvir conversa suja vindo de uma boca agradável, limpa. Qualquer
garota que diz 'foda' como outra palavra qualquer pode me dizer para fodê-la, e
é quente, mas não significa tanto quanto quando você diz isso. Se eu
conseguir fazer você me dizer para fodê-la, Macy, foder você mais forte, foder
você mais rápido... É melhor você acreditar que é o que você vai ter. Você vai
ter tudo o que eu tenho, e então algo mais.

Como ele conseguiu fazer seu sangue correr tão rápido tão cedo?
Aquelas exatas palavras que ele queria ouvir dela estavam amontoadas em
sua garganta neste momento. Ela até puxou o lábio inferior entre seus dentes
para formar o f. Só para testá-lo. Ele parecia estar segurando a respiração,
esperando. Quando ela abriu os olhos, ela encontrou o rosto dele tão perto que
seus lábios estavam quase se tocando.

—Eu xingo você sabe. Eu não sou a Branca de Neve.

Ele expirou de forma frustrada, seu hálito quente fazendo cócegas na


boca dela.

—Maldição e inferno? Sua coisa atrevida.

Ela ergueu o queixo, encontrando os olhos escuros dele de frente.

—Você já me ouviu falar palavrões. E eu, acredite ou não, tenho sido


fodida antes de você aparecer.

Aqueles olhos ficaram ainda mais escuros.

—Oh, você fez isso agora.

Macy quase riu quando ele se ergueu sobre ela, e sua boca desceu
sobre a dela novamente, mas dois segundos depois, todo o humor sumiu no
ataque de luxúria cega que a tomou. Ele se sentia tão bom contra ela, forte e
duro. Ela passou suas palmas das mãos sobre a pele suave e marcada dele,
maravilhando-se.

Imaginara-o nu muitas vezes. Mas não sabia o que se escondia sob a


camisa, ela tinha negligenciado preencher as tatuagens em suas fantasias.
Elas cobriam os dois braços completamente – pelo o que ela percebeu. Ao
contrário do motim de cores vibrantes de Brian, as tatuagens de Seth eram em
sua maioria em preto. Os padrões rodavam através de seu peito, algumas
pequenas gavinhas subindo até o pescoço. Ambos os mamilos tinham aros de
prata que brilhavam sob a luz fraca.

—Por que estou ganhando isso? O que eu fiz? — Ela perguntou


inocentemente.

A resposta dele foi colocar outra camisinha e jogar os joelhos dela sobre
seus ombros.

—Você foi fodida antes, hein? —, Perguntou ele, inclinando-a para que
seu piercing deslizasse sobre o ponto G quando ele entrou. — Quando eu
terminar, você vai ter reavaliado a sua definição.

Ela já tinha.

*****

Horas mais tarde, ele se mexeu ao lado dela, e ela relutantemente


liberou o aperto de suas pernas sobre as dele para deixá-lo levantar-se. Se ela
gastar um pouco mais de tempo admirando a vista como ele fez – droga! —
bem, quem poderia culpá-la?

Bumbum estreito. Coxas firmes. A dor persistente entre as coxas dela


era testemunha de que ele sabia como usar aqueles músculos. As tatuagens...
Bem, isso não era para ela, mas era algo para quebrar um acordo? Nem um
pouco. Ela apoiou a cabeça em sua mão e tentou não babar quando ele se
moveu em direção à porta.

—Tem alguma coisa para beber? — Perguntou ele.

—Todos os tipos de coisas. Sirva-se de qualquer coisa que você


encontrar.

—Quer alguma coisa?

—Talvez eu tome um gole do que você for beber.

Ela traçou o padrão de hera em seus lençóis enquanto o escutava


explorava a cozinha. Pesquisando através de seus armários, presumivelmente
procurando um copo, abrindo a geladeira. Era estranho ter alguém por perto.
Estranho, mas agradável. Mesmo que ele teria ido até amanhã.

Ele caminhou de volta um momento mais tarde, com um copo de algo


que ela não podia ver o que era. Ele entregou o copo a ela quando deslizou de
volta sob as cobertas, e ela teve um vislumbre do brilho de prata em seu pênis
e da tatuagem logo acima de sua região pubiana, mas ela não poderia dizer o
que era.
O cheiro flutuando do copo que ela segurava alcançou suas narinas, e
ela tomou um gole, olhando para ele surpresa.

—Suco de maçã?— Ela riu.

—Sim, e daí?

—Eu só achei que você iria por algo mais forte.

—Era tentador. Na verdade, só para você saber, eu não bebo muito


mais. De vez em quando eu vou ter um bom tempo com os amigos, mas não
como eu costumava fazer. Acordar em lugares estranhos com tatuagens
estranhas vão fazer isso com você.

—Bom saber. — Ela entregou-o de volta o copo. Ele tomou um gole e o


colocou sobre o criado-mudo, estabelecendo-se ao lado dela novamente. —Eu
não consegui ver. Com o que você cobriu o Gasparzinho? — ela perguntou. Ela
tentou levantar as cobertas, mas debaixo estava muito escuro.

—Cara de fantasma.

Ela desandou a rir, e ele seguiu o exemplo.

—Do grito? Você não fez.

—Não, eu não fiz. Ainda é um fantasma, mas é um fantasma


assustador.

—Oh, ótimo. Agora eu tenho que ficar cara a cara com ele sempre...

—Você vai aprender a amá-lo. É um pacote. O monstro na minha calça


e o monstro espreitando acima.

—Você tem muito orgulho de seu, erm, dote, não é?

Ele cortou-lhe um sorriso de lado.

—Estou ouvindo uma reclamação?

—Não, não de mim.

—Tudo bem, então. — Ela gostou do jeito que ele a olhou, seu olhar
bebendo-a de seus olhos para os lábios para a queda de seu cabelo para baixo
de seu braço. Ele estendeu a mão e tocou uma mecha, enrolando-a em torno
de seu dedo.

Ela não sabia se deveria perguntar as questões que queimavam em seu


cérebro, mas ela queria... Não, ela precisava... Saber mais sobre quem ele era.
Ele já tinha calado-a uma vez no carro. Ela olhou para baixo e se assistiu a
ponta do seu dedo trilhando a curva de tinta no braço dele, pegando a deixa.

—Quanto tempo você ficou com a Raina?

—Três anos.

Olhos se arregalando, ela levantou sobre seu cotovelo e olhou-o


fixamente.
—Três anos? Há quanto tempo vocês terminaram?

—Cerca de seis meses antes de nos conhecermos.

Bem mais de um ano atrás, então. Isso foi uma espécie de alívio,
embora ela tenha se perguntado por que isso nunca tinha surgido antes.

—O que aconteceu?

—Você a conheceu, não é?

—Mas ela não ficou assim da noite para o dia. Você continuou com isso
por tanto tempo, então deve ter havido algo mais. Desculpe-me, eu sou
insanamente curiosa.

—Era legal ser assim tão necessário.

—Oh, vamos lá.

—Mas eu superei isso.

—Depois de três anos.

—Tudo bem, você quer a verdade feia? A garota era uma louca de pedra.
Ela era louca em todos os outros aspectos também. Ela daria um fora em
alguém, ou em mim, em um piscar de olhos. Foi divertido. Eu dava chutes
imaginando o que diabos ela faria a seguir. Nós éramos como a morte de todas
as festas, porque nós podíamos acabar em uma briga gigante, e coisas
poderiam ser destruídas... Na maioria por ela, quando as jogava em mim.

—Então violência doméstica te excita.

Ele riu.

—Droga, quando você coloca isso dessa forma, parece terrível. Não era
tão ruim assim. Ela pesava cerca de 40 kilos. E eram na maior parte na frente.
Ela poderia te xingar de seis maneiras diferentes até domingo, mas se você
disse-se algo que a magoasse, ela choraria por horas.

—Como vocês se conheceram?

—O vocalista principal da nossa banda nos apresentou. Ele a conhecia


de Austin, onde ela morava. Ela estava em outra banda, mas estava se
desfazendo, e ela fez alguns vocais como convidada com a gente. Quando ela e
eu ficamos juntos, ela mudou-se para cá comigo. Ela tem estado por ai desde
então.

—O que aconteceu? Quero dizer, se foi tudo muito divertido para você,
então...

—Ela ficou grávida.

O coração de Macy falhou uma batida quando tudo congelou. Não


estava inteiramente certa como se comportar, ela o observou de perto e
deixou-o continuar em seu próprio tempo.

—A única pessoa na Terra para quem eu contei isso foi para o Brian, e
eu acho que mesmo para ele eu contei pelo choque. Ele era o único que estava
bem ali ao meu lado quando ela me ligou para dizer. Raina... Ela estava
animada. Isso assustou a merda para fora de mim. Quero dizer, eu poderia
querer ser pai um dia, mas não tão cedo, certo? E eu não a desejaria como a
mãe de ninguém. Ainda assim, era minha responsabilidade também, então eu
não ia fugir dela. Mas isso me fez perceber o quão pouco eu queria estar com
ela. Quero dizer, me casar com ela? Ou mesmo lidar com ela durante os
próximos 18 anos, enquanto nós criamos uma criança? Isso foi o que me
assustou mais do que qualquer coisa. Acontece que isso não importava. Ela
teve um aborto espontâneo.

—Oh.

—É. Foi brutal. Ela teve um colapso emocional.

—E você?

—Eu acho que eu tinha me acostumado com a ideia. É um choque,


quando de repente tudo o que você vem planejando e se preocupando acaba
simples assim. — Ele estalou os dedos. —Eu estava muito confuso também.
Mas eu sabia nesse momento que queria cair fora, certo, mas isso só fez com
ela se apegasse mais a mim, e eu sabia que não poderia deixá-la dessa forma.
Eu permaneci com ela por mais alguns meses até que eu pensei que ela estava
melhor; então tinha que cair fora. Ela começou a falar sobre tentar engravidar
novamente, e eu simplesmente não conseguia lidar com isso.

Macy ficou em silêncio enquanto digeria o que ele tinha acabado de


contar a ela. Uau. Ela estava esperando um pequeno drama, não as
circunstâncias que mudam uma vida e que levaram ao término deles. E
subitamente ela tinha vergonha de si mesma por ter feito a piada a Raina
sobre pular sua próxima dose de remédio. Por tudo o que sabia a garota ainda
estava lidando com as consequências emocionais de perder seu bebê e o cara
que ela amava em pouco tempo.

—Eu me sinto mal por ela, e por um tempo eu tentava estar lá por ela
se precisasse de mim, mas ela nunca iria ver isso pelo o que era. Ela não
desistiria. Então na forma típica de Raina, ela começou a ficar louca comigo e
com meus amigos, então... Que se foda ela. Está terminado, acabou. Ela é
uma garota crescida; ela precisa lidar com isso.

—E sobre a outra garota que ela mencionou?

Ele estava distraidamente acariciando os cabelos dela, mas com a sua


pergunta, sua mão congelou.

—Nada a dizer. Eu era um garoto estúpido. Não era o que eu pensava


que era. — Ele zombou e murmurou — Obviamente — tão baixo que ela mal
pode ouvi-lo, mudando de forma que ele estava deitado de costas, olhando
fixamente para o teto.

—Garoto estúpido ou não, parece que teve um efeito muito sério em


você.

—Ouça só ela, falando toda séria. — Ele sorriu. Ele era um ator muito
bom, ela decidiu, mas não tão bom assim. —Como eu disse, eu era um idiota.
Ela era quente. Eu pensei que estava apaixonado, que talvez ela também
estivesse. Ela não estava. Fim da história.
Ela suspirou e deitou a cabeça no ombro dele.

—Qual era o nome dela?

—Brooke.

Ela queria perguntar mais, mas a rispidez de sua resposta claramente


considerava que o assunto estava encerrado, mesmo sem divulgar o
sobrenome da garota.

—Eu fiquei com meu primeiro namorado por um longo tempo — disse
ela em seu lugar. — Nós crescemos juntos, assim não era como se eu
realmente o amasse assim. Ele apenas estava sempre lá, você sabe?

—Por que estamos discutindo tanto sobre a palavra com A?

—Ei, você a disse primeiro.

—Então eu vou ser o primeiro a cortá-la.

—Tudo bem por mim. — Ela vasculhou seu cérebro por um outro tópico
que ele talvez não cortasse. Falando de amor óbvio... — Há quanto tempo você
e Brian se conhecem?

—Desde o primeiro ano. Eu já o conhecia antes, mas nos conhecemos


oficialmente na aula de arte. Ele era a grande estrela da classe, pelo menos lá.
Eu fiquei doente com isso, então eu fui até a mesa dele um dia para lhe dizer
que as suas pinturas eram boas, mas que a perspectiva dele era uma droga.
Ele disse, 'Hey, foda-se”. Depois da aula, nós brigamos no corredor e ficamos
em detenção juntos. Começamos a falar sobre música. E uma amizade
disfuncional nasceu. Nós ainda discutimos até hoje sobre quem ganhou a
luta. Houve mais do que uma revanche.

Ela riu.

—Soa como vocês dois.

—Porém, somos uma boa equipe. Especialmente no trabalho.

—Como vocês são uma equipe em uma loja de tatuagem?

—Bem, veja, ele é brilhante em retratos. Quando o Brian desenha o


rosto de alguém, ele se parece mais com a pessoa do que a pessoa mesma.
Você já viu o trabalho dele, certo?

—Eu vi o desenho que ele fez de Candace. É incrível.

—Mas ele não é tão bom com as letras. É o seu pequeno segredo sujo, e
eu amo encher o saco dele sobre isso. Eu sou apenas o oposto. De jeito
nenhum eu quero foder com o rosto amado de alguém no corpo de outro
alguém, sabe? Merda me faz estressar sequer pensar sobre isso. Então eu
desenho todas as letras para ele, e ele nunca joga quaisquer retratos no meu
caminho. Dê-me um escorpião ou uma lagartixa ou qualquer coisa qualquer
dia, eu vou fazê-lo rapidamente. Mas não a Vovó Lucy.

Macy sorriu com a forma que o entusiasmo penetrava a voz dele sempre
que ele falava sobre o trabalho dele e do Brian.
—Isso é muito legal. Eu queria que eu e Candace tivéssemos uma
história assim emocionante, mas eu nem consigo me lembrar da primeira vez
que nos conhecemos. Nossos pais são amigos. Ela foi educada em casa, e eu
era praticamente a única pessoa com quem a mãe dela a deixava sair. — Ela
silenciou por um momento, franzindo a testa, pensando. — Como com o meu
primeiro namorado, provavelmente a única razão para ela ter ficado comigo é
que eu sempre estive lá.

—Ah, cala a boca. Lá vai você de novo. Embora eu deseje que, pelo seu
bem, que seus pais não sejam nada como os dela. Eu não os conheço, mas eu
ouvi as histórias de horror de Brian.

—Eles não são. Apenas os típicos pais xeretas, intrometidos e


ocasionalmente constrangedores.

— Eu acho que você tem sorte de ter os pais por perto para serem
intrometidos e constrangedores. Os meus não estiveram lá tempo suficiente.

Ela se encolheu interiormente. Outro assunto delicado.

—Eu sinto muito.

Ele acenou com a mão.

—Está tudo bem. Foi há muito tempo. Eu não vou cair em pedaços
falando sobre isso ou qualquer coisa.

—Então, a sua avó o criou depois...

—Sim. Ela sempre disse que eu era a única coisa que a manteve em pé
depois do acidente. Meu avô morreu quando eu era um bebê, e meu irmão
mais velho era um idiota de nascença, de modo que ela era basicamente
sozinha, exceto por mim e por minha irmã. Fez-me sentir como se houvesse
uma razão para eu ter saído das ferragens com pouco mais do que um
arranhão, sabe?

—É claro que houve uma razão. Alguma vez você duvidou disso?

—Através da idiotice dos meus dias de angústia adolescente, eu acho


que soltei uns que se foda o mundo, eu queria ter morrido ao invés dos meus
pais, mas eu superei isso. Brian estaria sempre lá para chutar a minha bunda
bêbada se eu precisasse. Acredite em mim, eu precisava disso.

—Parece que ele tem sido um amigo muito bom para você.

Ele ficou em silêncio por um momento. Quando falou, repulsa torceu


sua voz.

—Brian é o irmão que eu deveria ter tido. Ao invés daquele imbecil filho
da puta a quem eu fiquei acorrentado.

—Qual é o problema com o seu irmão?— Ela vasculhou seu cérebro,


mas não conseguia se lembrar dele dizendo a ela o por que dele odiar tanto o
cara. Ele mal falou sobre ele.

—Ele é um idiota. Não precisa de nenhuma outra explicação.


—Tem que ser mais do que isso. Tenho certeza que todo mundo tem um
parente que se pode dizer o mesmo sobre ele. Mas você... Você leva isso a um
nível totalmente novo.

—É? Bem, ele leva o conceito de ser um idiota para um nível totalmente
novo.

—É só que eu acho que depois da tragédia que vocês passaram, você


poderiam, eu não sei, se unirem.

—Você achou errado. — O calafrio emanando dele era palpável. Ela


levantou a cabeça e franziu o cenho para ele.

—O que ele fez para você?

—Vamos mudar de assunto, certo? Eu não quero foder a noite agora.

Chateada, ela acomodou a cabeça de volta em seu ombro.

—Ok.

Ele estava certo. Ela não queria isso também. Ela tinha acabado de
pegar todas as muitas peças dispersas de seu quebra-cabeças. Algo lhe dizia
que não haveria um quadro completo por um longo, longo tempo, se nunca.

Deus, nos últimos poucos minutos eles falaram sobre morte, gravidez e
coração partido – e irmão dele é o assunto proibido? Estranho. Se ela
continuasse a fazer perguntas, ele ia, provavelmente, se vestir e ir embora.

Ela definitivamente não queria isso. Ainda mais perturbador, ela se


encontrou imaginando como seria ter isso todas as noites. A solidez quente do
seu ombro sob sua bochecha, seus dedos preguiçosamente viajando para cima
e para baixo em seu braço.

Isso não podia dar certo. Ele deixou os termos claros no carro, e ela
concordou. Agora que ela o deixou entrar, ela tinha que ter cautela.
Ultimamente ela muitas vezes pensava que ele era diferente do que ele parecia
quando ela o conheceu o piadista, o tatuador que não dava a mínima para
ninguém ou qualquer coisa mas era claramente possível que ele não era. Pelo
menos quando se tratava dela.

Como ela se comparava a garota misteriosa que, obviamente respingou


o coração dele por todo o inferno, ou mesmo com a que ele mantinha por perto
porque ela era insana e excitante?

Macy queria explorar um pouco do lado selvagem dele com ele... Era por
isso que ela estava aqui. Ela queria descobrir se sequer tinha um lado
selvagem. Ela não esperava se sentir mais aborrecida do que nunca depois de
tudo.
Capítulo Dez

A última coisa que ele tinha planejado era dormir com ela aconchegada
ao seu lado, com a cabeça em seu ombro como se fossem... Um casal ou algo
assim. Num momento, eles estavam deitados na cama dela numa penumbra
pacífica, e no próximo, um feixe de luz do sol estava atingindo-o diretamente
nos olhos.

Poderia muito bem fazer mais do mesmo. Ele rolou e procurou pelo
corpo quente dela só para tocar o frescor dos lençóis vazios. Levantou a
cabeça e focando, ele não só viu a evidência visual que ela estava
desaparecida, mas um aroma estava vindo da cozinha acordando partes dele
que estavam famintas por mais do que o corpo dela. Ele sempre acordava
morrendo de fome.

Ele queria tomar um banho, mas primeiro ele colocou a calça jeans e,
deixando o botão aberto, caminhou lentamente em sua sala de estar para
investigar... Ignorando um troféu em formato de sela no caminho.

Jesus, sim, a garota gostava de montar. Ele poderia com maldita


certeza atestar isso.

Ela estava cortando legumes no balcão em um robe de seda rosa que


mal cobria sua bunda. Se movendo mais silenciosamente possível em seus pés
descalços, ele esgueirou-se atrás dela e deslizou um dedo sob a bainha.

Macy arfou e girou, com os olhos cor de avelã arregalados.

—Caramba! Não faça isso com uma mulher com uma faca na mão.

—Você não me assusta —, ele murmurou, inclinando-se para saborear


a doçura de seu pescoço. Ela cheirava a baunilha, quente e doce. Tinha o
gosto disso também. O perfume sempre o provocava quando ele estava perto
dela, mas agora, assim tão perto, ele poderia se embebedar dele. Bêbado dela.

A faca caiu no balcão, e ela suspirou e enrolou seus braços ao redor do


pescoço dele. A posição ergueu a bainha do robe dela, e ele se aproveitou,
deslizando as mãos sobre os globos firmes de sua bunda.

Ele amava como ela era suave e forte ao mesmo tempo, seus músculos
sólidos como o de qualquer atleta, a força desmentida pela delicadeza de sua
estatura. Perfeição, ele pensou novamente. Ele realmente queria que ele
parasse com isso. Ninguém era perfeito.

Ela poderia muito bem ser o mais próximo do que ele já teve.

Um puxão rápido e o robe dela se abriu, expondo aqueles altos, doces


seios de mamilos rosados. Algo chiou raivosamente no fogão, mas não era
nada comparado com o chiar acontecendo no sul. Ele estava tão duro agora,
como esteve na noite passada, à visão de seus seios deliciosos o acelerando até
que ele era como um carro de corrida no sinal vermelho.

—Eu vou queimar o bacon—, ela murmurou enquanto os lábios dele


procuraram por um mamilo. Por alguma razão, ela o fez pensar em cobertura
de bolo. Um bolo decorado. Muito rico para o seu paladar, mas maldição se ele
não ia roubar uma mordida se pudesse.

Graças a Deus ele tinha colocado suas calças de volta. Graças a Deus
ele colocou sua carteira de volta no bolso a noite passada. Graças a Deus
havia mais preservativos lá. Ela já estava deslizando os jeans dele,
empurrando-a para baixo de seus quadris, de modo que sua ereção saltou
livre. Ele se afastou dela e gemeu quando ela o envolveu com seus dedos
magros. A primeira vez que ela tinha feito isso meses atrás, ele poderia ter
gozado com seu aperto suave como um adolescente. Só para ficar nas mãos
dela, as mãos de Macy, quando ele pensou que ele nunca estaria, tinha quase
sido demais para ele.

—Espere — ela sussurrou e, esticando-se para a sua esquerda, apagou


o fogo do fogão e moveu a panela para uma boca fria.

Ele riu, mas o som abruptamente morreu quando ela bateu os joelhos
na frente dele. Todo o ar praticamente acenou adeus a seus pulmões. Ele se
arrastou para trás até que sua bunda encontrou a borda do balcão da
cozinha, e ele apoiou as mãos contra ele, tentando recuperar o fôlego. Quando
ela finalmente ficou cara a cara com o fantasma ceifador esquelético abaixo
em seu abdômen, ela fez uma pausa longa o suficiente para olhar para ele e
sorrir. Graças a Deus isso não a deteve. Sua pequena língua molhada deslizou
sobre sua cabeça e, em seguida, a circulou, e ele deixou cair à cabeça para
trás com um gemido agonizante.

Depois de três longos e úmidos cursos em seu pau, ele estava ofegante.
Uma vez que ele estava brilhando com a umidade de sua língua, a mão dela se
enrolou em torno de sua base, seus lábios sugaram sua coroa. Lentamente.
Centímetro por centímetro. Ela o trabalhou profundamente quando seus
joelhos quase cederam.

—Macy — ele engasgou, enfiando os dedos pelos cabelos sedosos ainda


bagunçados pelas suas aventuras selvagens na noite passada. Ele queria
agarrar a parte de trás da cabeça dela e empurrá-la, teve que fechar em punho
para não fazê-lo. Ela choramingou quando ele puxou seu cabelo apertado. —
Desculpe — ele sussurrou, soltando. —Eu não posso suportar isso.

Ela ainda tinha que mostrar a ele o que ele não podia suportar. Sua
língua enrolou em torno de seu eixo, provocando em seu piercing, e ele
rosnou. Sua mão acariciou-o em sua base. Sua outra mão surgiu para
embalar suas bolas. Toda maldita vida dele estava centrada entre suas pernas
naquele momento.

Mas ele não queria gozar na garganta dela. Até o ponto que interessa,
ele não queria gozar em uma borracha de merda, também.

Havia decisões muito piores para ser tomada ele decidiu, do que onde e
como gozar dentro do corpo disposto de Macy. Mas este balcão de cozinha com
certeza estava em uma altura ideal...

Ele quase foi longe demais para detê-la. Quase. Agarrando as mãos
dela, ele as retirou quando ela o olhou interrogativamente. O pênis dele saiu
de sua boca dela com um som molhado que quase o fez mudar de ideia. A
memória de quão suave, apertada e perfeita a buceta dela havia estado em
volta dele era a única coisa que lhe deu força. Ele queria estar lá de novo,
queria estar lá sempre que ela o deixasse antes dela decidir seguir em frente.

Seguir em frente... Talvez para algum outro idiota indigno. O


pensamento enviou lâminas de navalha rasgando através de seu peito.

Ele a puxou de pé e agarrou-a em torno de sua cintura fina, a girou e a


sentou no balcão. Ela deu uma risada suave quando uma mecha de cabelo
preto caiu sobre seus olhos... Olhos estonteantemente lindos, sonhadores,
venha - me - foder. Ele se posicionou entre as coxas dela e alcançou o bolso de
trás de seus jeans caídos. Ela olhou para baixo em seu pau. Nada de quedas
ali. Ele estava quase apontando na vertical.

A língua rosa de Macy deslizou sobre o seu lábio superior inchado. Ele
adoraria deixá-lo deslizar sobre ele um pouco mais, mas estava zumbindo com
muita adrenalina, muita energia reprimida. Tanto quanto ele gostaria que ela
o chupasse até o fim, agora precisava fodê-la. Duro. Ele precisava que ela
nunca se esquecesse como era o ter em seu interior.

Ela pegou o pênis dele enquanto ele abria a camisinha, um canto


daquela boca deliciosa se levantou.

—Magnum — ela comentou.

—Você sabe disso.

—Oh, sim, eu sei.

Com sua tarefa concluída, ele a puxou para perto, espalhando as


pernas dela ao redor de seus quadris.

—Seth— ela respirou, o menor indício de urgência em seu tom. —Vá


com calma no início, ok? Tem... Sido há um tempo e...

—Está tudo bem — ele sussurrou. Ele precisava dela, ele precisava dela
duro e rápido, mas um minúsculo indício de vulnerabilidade dela e ele
também queria acalmá-la e protegê-la. E nunca, jamais machucá-la.

Ela tomou sua intrusão gentil com a cabeça para trás, suas unhas
cavando nos ombros dele, seu pescoço gracioso exposto para que ele pudesse
assistir a pulsação vibrando no lado de seu pescoço. Ele podia sentir o mesmo
pulsar nas profundezas apertadas de sua vagina. A testa dela se franziu, mas
se era prazer ou dor ou um conjunto dos dois, não poderia dizer. Ele ficou
imóvel enquanto ela se mexeu para encontrar o melhor ângulo de seu quadril
para ele. Quando ela o encontrou, ele sabia. Sua expressão suavizou.

—Ah, sim—, ele murmurou, acariciando o lado de seu pescoço. Ele


moveu uma mão da coxa dela para desenhar círculos provocantes ao seu
redor da aréola com o polegar quando ele retirou-se quase todo o caminho.
Apenas a ponta dele reivindicou a última polegada dela. Ele deslizou de volta,
mais fácil desta vez. Ela estava tão inchada, tão apertada. Tão perfeita,
contornada de uma forma que acariciava todos os pontos quentes dele. Como
se ela tivesse sido feita para ele.

Cada gota de contenção que ele possuía estavam comprometidas agora,


lutando contra a necessidade rugindo em suas veias, mantendo-a a beira. Ele
não se deixaria ir até que ele soubesse que ela estava com ele.
Os músculos internos dela apertaram e ele rosnou. Maldição, ele amava
quando ela fazia isso. A garota tinha músculos em lugares que...

Ela fez isso novamente, e todos seus pensamentos desapareceram.

—Macy... — Isto era um apelo. Isto era uma oração. Se ela precisasse,
ele transformaria isto em uma porra de cântico. Ele só a queria, queria
mergulhar nela mais e mais, precisava fazer ela dele.

—Sim, Seth, sim.

Ela mal tinha conseguido falar o nome dele quando ele se deixou ir.
Assim como na noite passada, seu forte calor apertado trouxe para fora a
besta nele, e ele estava faminto por ela. Talvez algum dia ele pudesse
imaginar-se realmente fazendo amor com esta mulher, mas agora não era este
momento. Os gritos dela eram música em seus ouvidos e quando ele olhou
para baixo para se ver desaparecendo mais e mais dentro de suas dobras rosa,
tão molhada e bonita, a vista foi quase a sua ruína. Quantas malditas vezes
ela o levaria a ruína?

Quando ela gozou, ele sentiu. Nunca em um milhão de anos ela será
capaz de fingir um orgasmo para ele, ela o agarrou com tanta força e puxou-o
tão profundamente quando ela gozou que ele não conseguia respirar. Os
músculos da coxa dela estavam como pedras ao redor de seus quadris. Seus
mamilos ficaram bem duros. A cor rugiu alto em suas bochechas. Bem na
frente dele, ela florescia toda, e isso era algo muito belo.

Ele seguiu o caminho dela. Como não poderia? Seu peito apertou
quando a sua libertação saiu pulsando. Por um momento, seus olhares se
prenderam, e depois suas bocas se fundiram furiosamente enquanto ele
bombeava sua semente na barreira entre eles. Ela bebeu os gemidos e abafou
as maldições dele e acariciou suas costas enquanto ela espremia a última gota
dele com seus próprios tremores.

—Oh, meu Deus—, ela suspirou, um suave suspiro que ele já


reconhecia e amava. Ela puxou a cabeça dele para descansar em seu ombro
enquanto ele lutava para recuperar o fôlego. Envolvido no calor dela, nos
braços dela, nas pernas dela... Cristo.

Nunca tinha sido assim antes. E era por isso que ele precisava dar o
fora daqui.

Precisava, mas não poderia. Porque, quando se tratava de garotas como


Macy, como Brooke, ele era um fraco maldito e sem esperança.

Ele desejava com maldita certeza que aquele nome parasse de cruzar
seus pensamentos. Sejam quais forem às emoções que Macy estava tirando de
dentro dele, ele queria empurrar, enterrar e chutá-las de volta onde elas
pertencem. As perguntas dela ontem à noite não tinham ajudado.

Macy não era nada como Brooke. Elas poderiam ter vindo de origens
abastadas semelhantes, mas Brooke precisava de muito para se manter. Ele
não tinha sido capaz de sustentar aquela garota, algo que ele percebeu agora,
mas, enquanto era um garoto com estrelas em seus olhos, ele pensou que o
mundo era sua concha. Com ela ao seu lado, ele poderia fazer qualquer coisa.
Quando ela partiu, ela deu-lhe um tapa afiado de realidade.
Ele levantou a cabeça antes que ele adormecesse em pé embalado no
abraço de Macy. Os olhos castanhos vidrados olhando para ele agora não
continham um pingo do desdém que ele tinha visto na expressão da primeira e
única mulher que ele amou aquele dia anos atrás. Tudo o que via agora era a
devastação causada pelo prazer muito recente. Macy inclinou-se e beijou-o
docemente, acariciando a língua dele com a dela, e a mancha escura em seus
pensamentos foi lavada.

Ela recuou e passou o polegar na sobrancelha dele.

—Você parecia muito longe — ela murmurou.

—Estou de volta agora.

—Onde você estava?

Ele balançou a cabeça.

—Em nenhum lugar com o qual você precisa se preocupar. — Só então


ele se afastou dela, deixando-se deslizar livre de seu corpo. Ela suspirou
suavemente e fechou suas pernas, puxando seu robe sobre seus seios
corados.

Havia algo tão sexy em uma mulher bem fodida. Especialmente quando
ela voltava a si depois de um orgasmo incrível e percebia que ainda estava
esparramada deliberadamente em um móvel em um lugar moderadamente
inadequado. Ou um banco traseiro. Macy tinha agora aquele olhar
ligeiramente envergonhado de Eu não posso acreditar que eu apenas o deixei
me pegar aqui.

Ela limpou a garganta e saltou do balcão, seu cabelo escuro protegendo


seu rosto. Ele sorriu para si mesmo e se dirigiu para o banheiro para cuidar
do preservativo. Quando voltou, ela estava de volta na sua posição original
quando ele entrou na cozinha, virando panquecas.

—Com fome?— ela perguntou.

Agora que seu apetite sexual estava fora do caminho bem, em sua
maior parte, inferno, sim, ele poderia se concentrar em partes menos
importantes de sua anatomia, como seu estômago.

— E ela cozinha também — disse ele, apertando-a na parte inferior.


Ela riu.

—Bem, um pouco. Não fique muito animado.

Ela o tinha bem animado. E tinha pouco a ver com suas habilidades na
cozinha. Da variedade culinária.

—Nós não queimamos o bacon depois de tudo —, observou ele, pegando


um pedaço e o mordendo. Estava bom e crocante, do jeito que gostava.

Ela riu suavemente e ele parou para observar o perfil dela. Quando ela
colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, a sua mão visivelmente
tremeu.
—Você está bem?— Ele perguntou, passando a mão pelas costas dela e
massageando seu ombro.

Ela assentiu com a cabeça quase antes que ele pudesse pronunciar as
palavras. Ela não podia olhar para ele.

—Mm-hmm. Ótima.

Que diabos aconteceu aqui? Ele tipo se esgueirou e a cercou, mas ela
parecia estar dentro. Talvez a noite passada era para ter sido a última noite, e
nesta manhã, ela queria ele o inferno fora de sua casa.

Sem amarras, certo.

Ok, ele poderia fazer isso. Era o que ele havia prometido a ela na noite
passada. Mas se encontrou mais uma vez não gostando disso. Mil e uma
coisas que ele poderia fazer com o seu corpo flexível voava através de sua
mente. Ele queria ficar o dia todo com ela para realizar algumas delas.

—Café? — Ela perguntou, pegando as canecas de um armário.

Obviamente, ela não tinha planejado expulsá-lo imediatamente. Ele


estava sendo um idiota.

—Isso seria incrível. Preto.

Eles sentaram-se para comer em sua mesa bistrô em seu cantinho


ensolarado, mas o prazer da comida foi eclipsado pela visão de seus cabelos
brilhando no sol. Eram castanhos e sedosos, embora a luz da manhã lançava
um brilho avermelhado em torno dele. Várias vezes, ele olhou acima de sua
caneca de café para pegá-la olhando para ele. Ela iria sempre baixar seu olhar
para o prato ou virá-lo para fora da janela. Ela mal tocou em sua própria
comida.

—Você não está comendo muito — disse ele.

—Eu realmente não estou com fome. Eu achava que estava... Mas eu
aposto que eu não estou.

—Sente-se bem?

Suas sobrancelhas se inclinaram brevemente.

—Oh, com certeza.

—Macy... — Ghost a alcançou através da mesa, deslizando sua mão


sobre a dela. Imediatamente, ela virou a sua mão para cima e segurou a dele.
Poderia muito bem tirá-la de lá. — Se você está se sentindo estranha com tudo
isso, não precisa se preocupar. Não pense que qualquer coisa está diferente do
que nós conversamos na noite passada.

Realmente doeu dizer isso. E talvez ele esteja louco, mas pensou que a
expressão que atravessou o rosto dela quando ela olhou para suas mãos
unidas também era de dor também.

—Eu sei disso. — Sua voz soava grossa, como se sua garganta estivesse
fechando. —Eu tive um momento muito bom, no entanto.
—Eu também.

Seu olhar emotivo cintilou até o dele e voltou para baixo. Droga, eles
não tinham sequer arranhado a superfície. Por que as palavras dela tinham
ecos de adeus nelas? Por que diabos o sexo sempre complicava as coisas? Era
apenas uma parte do corpo que ia dentro de outra. Por que não poderia ser
apenas sobre o ato físico, por favor e obrigado, te pego mais tarde?

Mas isso era exatamente o que ela estava fazendo. Novamente. Ele
deveria ter conhecido melhor do que ir para lá com ela. Ela já atirou essa
merda quente e fria sobre ele uma vez meses atrás. Sua viagem para outro
estado não tinha limpado sua memória de quão puto ele tinha ficado. Ele
pensou que com certeza ela não iria jogar o mesmo jogo com ele agora, mas
parecia que ela estava pronta para fazer dele um tolo pela segunda vez.

Maldição se ele a deixaria fazer isso novamente. De repente, ele soltou a


mão dela e levantou-se fora de sua cadeira. Surpresa queimou pelo rosto dela.

— Obrigado pelo café da manhã, mas é melhor eu me vestir e voar —


disse ele, sacudindo o polegar por cima do ombro na direção da porta. —Tenho
que estar no trabalho em algumas horas, e eu quero ligar para Nana primeiro.

—Ah... Tudo bem. — Colocando as palmas das mãos sobre a mesa, ela
levantou-se também, seus movimentos lentos e um pouco tímidos.

Maldito adeus na manhã seguinte. Parecia dez vezes mais estranho


quando tudo o que ele realmente queria era arrastá-la de volta para o quarto e
tê-la o resto do dia.

Ela baixou o olhar e se ocupou em limpar os pratos. Ele ficou por um


momento para ajudá-la, em seguida, foi para o quarto dela para colocar sua
camisa e botas. Quando terminou, e se voltou para a porta do quarto, ela
estava lá, tendo aparecido silenciosamente atrás dele em algum momento.

—Eu quis dizer o que eu disse — ela disse a ele. — Eu tive um tempo
realmente muito bom, quero dizer, isso é dizer pouco.

Foda, ela era bonita, e ele a queria. Ele a queria agora. Queria atacá-la
em seus lençóis bagunçados e fazê-la gritar seu nome de novo.

Assim ele fez. Que se dane se estaria fazendo toda a caminhada da


vergonha hoje.

Seu suspiro assustado contra seus lábios apenas alimentou-o quando


ele esmagou-a contra ele e derrubou os dois de volta para o colchão. Ela
poderia muito bem desistir de usar seu pequeno robe ao redor dele, ele
arrancou a faixa e o espalhou aberto, apalpando seu seio, enquanto ela se
sacudiu e se contorceu embaixo dele. As coxas dela agarraram seus quadris e
ela esfregou sua buceta contra o eixo rígido da ereção que ele nunca tinha
realmente perdido desde que estava dentro dela.

Ele precisava terminar o que tinha começado na noite passada. Tinha-


lhe dado à opção, e ela tinha escolhido para ele fodê-la, mas agora estava
desejando mais uma prova da doçura entre as pernas dela.

Beijou-a com lentas, varreduras deliberadas de sua língua. Ele queria


que ela morresse para ele fazer a mesma coisa com seu clitóris. A julgar pelos
seus movimentos, seus gemidos, ela queria exatamente isso. Prendendo os
pulsos dela na cama, ele beijou um caminho desde seus lábios até seu mamilo
esquerdo, tão apertado. Ele o lambeu, o chupou, deu-lhe a mais leve pitada
de seus dentes.

A cabeça dela sacudiu. Ela era forte; algumas vezes os braços dela
podiam estremecer, e ele quase perdeu seu aperto sobre ela. Mas ele segurou-
a rapidamente. As coxas dela se esfregaram para cima e para baixo nos
quadris dele, os calcanhares dela apertados na bunda dele. Ela se movia
embaixo dele como se ele estivesse dentro dela, um ritmo lento e sensual. Se
esse era o jeito que ela gostava, ele iria anotá-lo e usá-lo mais tarde com ela.

Se houvesse um mais tarde.

Ele jogou o pensamento de lado. Ele a faria gozar tão duro que não
haveria dúvidas sobre mais tarde. Ela seria a única a voltar por mais.

Quando ambos os mamilos estavam molhados e distendidos por suas


atenções, a pele leitosa dela se colorida com um calor rosa, ele deslizou sua
boca aberta para baixo em sua barriga. Mais para baixo, mais para baixo,
passando sua língua contra a carne dela. Quanto mais baixo ele ia, mais difícil
se tornava para ela se mover, até que ela estava apenas se contorcendo
quando ele prendeu as pernas dela embaixo de seus braços. Quando ele roçou
contra seu cabelo púbico aparado bem baixo, o cheiro de sua excitação deu
curto circuito em seu cérebro.

—Oh, Deus, por favor... — ela gritou as primeiras palavras que tinham
irrompido dela. Os pulsos dela novamente ameaçaram quebrar seu aperto.

—Se eu soltar as suas mãos, você vai ser uma boa menina e não vai me
tocar?

—Por que não? — Ela arfou, inclinando seus quadris para cima em
direção a ele.

Ele se esquivou dela.

—Tudo o que eu quero que você sinta de mim é minha boca e meus
dedos.

—Sim!

—Mesmo quando você gozar, não me toque.

Os sons rasgando da garganta de Macy foram perdidos entre gemidos e


soluços. Ela conseguiu acenar com a cabeça.

—Agora, me peça gentilmente.

—O que?

—Peça-me o que você quer Macy.

—P-por favor... Lamba-me.

—Ah, tudo bem. — Ele lambeu o lado liso interior de sua coxa.

—Merda. Não ai.


Ele quase caiu na gargalhada.

—Foi mal. Onde? Eu não posso ler sua mente, mulher.

—Chupe a minha buceta, Seth. — Ele poderia jurar que seu rosto
vermelho ficou dois tons mais escuros.

—Obrigado. Eu acredito que vou.

Cristo, ela estava molhada. E inchada. E doce como os morangos que


ela pôs sobre a mesa esta manhã. Ele beijou-a ternamente, varrendo sua
língua através de suas dobras e recolhendo o gosto de seus sucos. Os soluços
curtos e rápidos dela de momentos atrás se transformaram em longos e
demorados suspiros de prazer.

Os dedos dele aliviaram nos pulsos dela e então os soltaram. Os


braços dela permaneceram obedientemente na cama. Ele roçou a ponta dos
seus dedos contra a barriga dela quando ele abaixou primeiro uma mão e
depois a outra, sentindo os músculos do estômago dela se contraírem sob seu
toque. Tão sensível. Ele colocou um braço debaixo dele para se apoiar e deixou
uma mão livre para tocá-la. Quando ela estivesse pronta.

—Está bom, querida? — Ele murmurou contra ela.

—Muuuuito bom.

Ele explorou mais abaixo, deixando sua língua deslizar sobre sua
entrada onde o seu sabor era ainda mais nítido e forte. As coxas dela
endureceram, e ele se lembrou do que ela havia dito anteriormente sobre estar
dolorida. Ela precisava disso agora. Ele moveu sua língua em cursos lentos e
suaves ao redor de sua pequena abertura. A necessidade de deslizar para cima
e mergulhar seu pênis estava lá ela nunca deixou de existir, mas ele a
ignorou. Isto era tudo sobre ela.

—Tão doce — ele sussurrou. —Eu poderia fazer isso o dia todo.

—Eu poderia deixá-lo fazer isso o dia todo.

Ele moveu sua boca para cima para chupar seu clitóris. Quando ele se
moveu com os gemidos dela ecoando em seus ouvidos, ele agitou a língua
sobre seu clitóris, tornando seus gritos ainda mais altos. Suas coxas se
abriram mais. Quando ele olhou para o comprimento de seu corpo, as mãos
dela estavam em seus seios. Quente como o inferno.

Quando seu primeiro orgasmo a varreu, ele deslizou um dedo


profundamente dentro dela para que ele pudesse sentir suas contrações.
Incrível. Ele poderia jurar que seu sabor e aroma se tornaram mais doces, e
quando ele retirou seu dedo, estava revestido pelo mel dela. Ele levou seu dedo
em sua boca para uma prova, em seguida o deslizou de volta juntamente com
outro, dobrando-os para cima para provocar a parede superior dela.

Ela de alguma forma não o tocou durante seu clímax. Agora ela parecia
perceber que ela não poderia fazê-lo parar sem desobedecer essa ordem.

— Seth não posso levá-lo — disse ela, tentando se esquivar.

—Você pode — ela assegurou a ela. —Você não tem escolha.


—Oh, meu Deus...

Ele retirou seus dedos molhados da excitação dela, e gentilmente os


baixou para provocar a carne enrugada abaixo de sua buceta. Simplesmente
assim, a respiração dela ficou presa em seus pulmões e, mesmo sem tocá-los,
ele sentiu os músculos da coxa dela endurecerem de novo. Mas ela não se
afastou, ela não desobedeceu e o afastou.

—Você já foi fodida na bunda, doce Macy?

Ele observou cuidadosamente a reação dela. Ela puxou os lábios entre


os dentes e balançou a cabeça, a testa enrugada.

—Mas você vai me deixar, não vai? — ele a persuadiu quando ele
exerceu a mínima pressão com o dedo. Ela era impossivelmente apertada. O
peito dela de repente se levantou como se ela tivesse acabado de se lembrar de
respirar.

—Eu... Você vai me machucar.

—Com medo de um pouco de dor, vaqueira?

A boca dela se curvou para isso.

—Não. Mas tendo a evitá-la se eu tiver escolha.

—Bem, você tem sabe. — Um pouco mais, e um pouco mais, ele


empurrou até a ponta de seu dedo suavizar seu anel apertado o suficiente
para ganhar a entrada. Milímetros. Um centímetro. Uma polegada. As mãos de
Macy estavam agarrando a colcha, puxando-a quase ao rosto. Sua respiração
soluçou. Ela não falou. Não o parou.

—Como você se sente? — Ele sussurrou.

Os lábios dela se separaram, os olhos se abriram, tumulto e agonia


contorcendo pelo domínio em seu rosto.

—Suja — ela mordeu fora.

—Era para isso que você me queria— ele praticamente rosnou. Seu pau
ia xingá-lo bastardo se não conseguisse estar dentro dela. Mas ele só tinha
que fazer isso. Isto era sobre a deixar querendo mais. —Não foi? Para deixá-la
suja. É por isso que você sabe que vai me deixar fazer isso. Depois que eu sair
e você esfriar, você vai dizer a si mesma que não iria. Mas um dia, você vai me
implorar por isso, porque você sabe que há mais, e sabe que eu posso dar isso
a você.

Ele poderia jurar que a palavra que saiu dos lábios dela foi — foda — e
ele não poderia resistir a um sorriso. Já soltando a língua dela. Ele estava com
o dedo até o nó dentro de seu doce calor, e suor formava gotículas na testa
dela. Ele aliviou sua boca de volta para seu clitóris e o provocou com
lânguidas varreduras de sua língua, gemendo no tempero acentuado de sua
necessidade. Ah, sim, ela queria isso muito bem. Ela estava praticamente
pingando. Enquanto ele a distraia com círculos lentos de sua língua, ele
empurrou o dedo mais fundo até que ela aceitou tudo o que ele poderia lhe
dar.
Quando ela gozou, músculos apertando desesperadamente contra ele,
lentamente ele puxou-se fora. O gemido de lamento que rompeu da garganta
dela foi um som que ele ouviria em seus sonhos a partir de agora.

Pareceu uma eternidade antes de ela se restabelecer. Os olhos dela


estavam molhados, os mamilos pontudos, sua pele rosada. Ele não conseguia
tirar os olhos dela. Ela ficou mole, ofegante, uma camada fina de suor
brilhando em sua pele à luz de suas janelas.

—Eu realmente não aguento mais — ela disse fracamente.

—Isto dificilmente é um dia todo— reclamou ele, levantando-se nos


cotovelos, joelhos e depois subindo para fora da cama para seus pés. Se ele
ficasse em pé e olhasse para ela por um momento admirando seu trabalho
manual, bem, ele deduziria que não haveria um cara na terra que poderia
culpá-lo ou que não teria feito o mesmo. A maioria deles iriam provavelmente
tentar tirar secretamente uma foto em seus telefones celulares.

Ela fechou os joelhos juntos, escondendo sua fatia corada do céu de


sua vista. Droga. Ele imaginou o beicinho no seu rosto quando ela fazia isso
era semelhante a uma criança descobrindo que o Papai Noel não existia.

Uma vez que ela recuperou sua respiração, Macy riu, levantando uma
mão para cobrir o rosto.

Bem, isso foi uma maneira garantida de dispensar qualquer


constrangimento com ela. E ele não queria encontrar-se nessa situação
novamente. Ele correu para o banheiro para lavar as mãos. Em seguida,
apoiando-se na cama com as mãos, inclinou-se e roçou os lábios em sua
bochecha. Ela virou a boca para a dele. Sabendo que ela provaria a ambos
quando ela o beijou não ofereceu alívio para sua furiosa ereção.

Ele se afastou. Ela choramingou, enrolando os dedos em torno do


pescoço dele, tentando segurá-lo com ela.

—Eu tenho que ir adorável.

—Mas... — O olhar dela vagou até a braguilha, onde ele lutava contra
seu zíper. Ele sorriu e traçou seu queixo delicado com o polegar.

—Eu venho te pegar mais tarde.

Antes que ela pudesse responder, ele se foi.


Capítulo Onze

—Eu estou pronta para jogar limpo.

Candace olhou para cima de sua caneca fumegante, com uma


sobrancelha arqueada enquanto ela estudava Macy do outro lado da cabine.

—Isso é sobre o que eu acho que é?

Macy olhou ao redor da cafeteria do outro lado da Rua da Dermamania.


As garotas entraram lá quase antes de fechar para aliviar um desejo súbito de
chocolate quente.

—Eu tenho certeza.

Candace sorriu de orelha a orelha.

—Não que eu não sabia que algo estava acontecendo, mas estou
contente que você finalmente está me contando. Derrama.

Macy deu de ombros, sentindo-se tão fora de seu elemento. Não que ela
não confiava em suas amigas ou não gostava de confidenciá-las sobre algumas
coisas. Ela sempre se orgulhava de ser o tipo de pessoa que não espalhava seu
drama para a diversão de todos, e engolir esse orgulho parecia como forçar
engolir uma bola de boliche. Seu rosto pegou fogo, e ela abanou-se. Candace
caiu na gargalhada.

—Porra, deve ter sido bom.

—Oh, isso foi bom.

Candace se aproximou e colocou a mão sobre a de Macy ela estava


usando luvas sem dedos com listras pretas e rosas e a apertou.

—Estou tão feliz por você. Eu notei um brilho em você nos dois últimos
dias.

—Não vá escolher algo para um chá de cozinha ou qualquer coisa.

—Bem, eu sei, mas... Você precisava de um incentivo. Acho que ele é o


suficiente.

—Mais do que isso. Eu só... Eu não sei. Ele é ótimo.

—Eu sinto um mas chegando.

—Um grande.

—Macy, se você gosta dele, fica com ele. Não se preocupe com mais
nada. Quando Brian e eu começamos a ficar juntos, eu perdi tanto tempo me
preocupando e sem ofensa ouvindo você e a todos os outros me dizerem para
esquecer isso, que nunca iria funcionar. Eu o feri, eu me torturei... E para
quê? Não tinha que ser desse jeito. Eu deveria ter confiado no que eu estava
sentindo.
—Você e Brian já tinham muito em comum, no entanto. É como se ele
tivesse trazido para fora o 'você' que já estava lá. Vocês fazem muito mais
sentido do que eu e o Ghost. Tudo o que temos a nosso favor — ela olhou ao
redor, inclinou-se sobre a mesa e sussurrou — é um ótimo sexo.

—Ei, isso é mais do que algumas pessoas têm. — Candace piscou.

—Eu tenho medo de que é tudo o que sempre será. Ele tem muita coisa
acontecendo agora, sabe? É realmente um tempo muito ruim. Sem mencionar
a ex psicopata.

Candace zombou.

—Não se preocupe com ela. Todo mundo se encolhe quando ela chega, e
ela gosta de botar pressão, mas eu acho que ela é bastante inofensiva.

—O que há com essa outra garota que aparentemente quebrou seu


coração há muito tempo?

—Oh Deus. Brian me contou um pouco sobre isso eu não acho que sei
toda a história. Aparentemente, esta garota o destruiu totalmente, e ele ainda
fica amargo sobre isso às vezes. Isso é tudo que eu sei.

—Fantástico. Isso é exatamente o que eu preciso um homem que está


preso à outra pessoa. — E era essencialmente isso o que Raina tinha
insinuado. — Essa coisa toda de bagagem que eu estava falando. Eu
realmente poderia seguir sem isso.

—Eu não acho que é tanto que ele está preso a ela. Eu acho que é que
ele estava fodido, e isso ainda o irrita. Machucou aquele frágil ego masculino e
tudo mais.

Macy pensou em como ele se fechou com a menção daquela garota. Ah,
tinha feito mais do que machucar o ego dele. Isso o tinha reduzido a uma
massa sangrenta.

Candace girou lentamente a caneca em suas mãos.

— Brian é realmente leal a ele. Eles podem falar um monte de merda


um para o outro, mas um não poderia pular de uma ponte sem o outro perto
atrás dele.

—Eu percebi. E esse é outro problema.

—O que?

—Honestamente? Tenho a sensação de que Brian não gosta de mim. E


eu definitivamente não quero causar problemas entre você e ele ou colocar
vocês em posição de tomar partido se Ghost e eu não dermos certo.

Como esperado, Candace já estava balançando a cabeça.

—Brian gosta de você...

—Como se ele fosse te dizer que não gosta.

—Conhecendo-o? Ele faria. Mas ele nunca me disse nada para indicar
que ele não gosta, eu juro.
—Ok.

—Você tem aquela linha entre suas sobrancelhas. Pare.

Macy riu e bebeu sua própria caneca, lambendo o último do chocolate


de seus lábios.

—Isso pode facilmente ir a lugar nenhum, e eu vou ter estressado por


nada.

—Vá devagar, dê uma chance. Mantenha a mente aberta.

—Eu realmente não acho que esse é o tipo do conselho que eu preciso
neste momento. Estou além disso. Eu... Eu não posso parar de pensar nele,
Candace. Isso está me deixando louca. Estou tentando tão duro ser casual
sobre isso porque... — Ela balançou a cabeça. —Isso parece tão impossível
neste momento.

—Acredite em mim, não é impossível. Se funcionou para nós, pode


funcionar para você.

—Ele lhe parece o tipo que está à procura de algo a longo prazo? Por
mais que eu tente fingir que eu não estou, eu estou. Eu adoraria isso, sabe?
Se o cara certo aparecesse, eu estaria tão pronta para me casar e ter filhos. Eu
o deixei acreditando que eu não estou a fim de nada disso.— Quando ela
realmente ouviu a si mesma, ela deixou a cabeça cair em suas mãos com um
gemido. —Você ouviu o que eu estou admitindo? Eu basicamente menti para
transar.

—Eu não sei se você percebe isso ou não, Macy, mas você pode ser
muito distante. Se essa é a impressão que você está deixando transparecer, ele
provavelmente está fazendo a mesma coisa. É simplesmente auto-preservação.

—Eu não sou tão ruim assim.— Macy levantou a cabeça e procurou o
rosto de Candace. — Eu sou?

—Eu não sou ninguém para dar uma opinião objetiva. Eu a conheço
minha vida toda, eu estou acostumada com você.

—Ótimo. Em outras palavras, Você é uma cadela furiosa que só uma


melhor amiga poderia amar. Eu não tinha ideia que eu tinha tão pouca
autoconsciência.

—Supere isso. Eu diria que você é mais uma esnobe do que uma cadela
furiosa. Ah, e talvez uma louca por controle embora você esteja melhor sobre
isso agora do que costumava ser. Mas eu te amo mesmo assim. Assim, ele
também pode.

As palavras picaram, o anel de verdade mordendo profundo. A Candace


de antigamente nunca teria dito nada parecido para ela. Macy riu para não
chorar.

— É só que eu não vejo o que há de tão errado em definir os meus


caminhos e querer o que eu quero, e gostando do que eu gosto. E, claro, não
gostando de algumas coisas.
—A ideia principal é que você tem que aceitá-lo do jeito que ele é e não
tentar mudá-lo. Se você não está disposta a fazer isso, Macy, realmente isso
vai ser impossível. Desista agora, porque eu posso te dizer com absoluta
certeza, ele não vai aceitar. Quero dizer, ele é um cara que vai dizer-lhe para
cair fora e morrer se você tentar isso com ele.

—Eu sei. Eu não faria isso. Ele é quem ele é. Contanto que ele se
lembre de que eu sou quem eu sou também. — Macy suspirou, olhando pela
janela para o letreiro de néon do estúdio de tatuagem do outro lado da rua.
Uma leve garoa frisava no vidro e varria a rua lá fora, mas mesmo assim, ela
podia ver que Seth estava lá. Ela mal podia vê-lo através das janelas, e com
certeza, o carro dele estava agora estacionado ao lado do prédio. Quando isso
aconteceu, e como ela não tinha notado? — Ei, eu pensei que você disse que
ele não estava trabalhando hoje à noite.

Candace olhou.

— Huh. Ele não está. Ele deve estar fazendo uma hora. Parece que
Kelsey e Evan estão lá também. Quando é que a festa começou?

Macy mordeu a unha do dedão. Ele não tinha falado com ela desde que
deixou seu apartamento. Já fazia dias. Ela não tinha tentado entrar em
contato com ele, também. Seria algum tipo de jogo, ou ele realmente não se
importava em falar com ela? Sempre que ela tentou aplicar motivos a ele,
porém, ela teve que dar uma olhada por si mesma.

Sim. Ela adoraria falar com ele. Ela só não estava prestes a ser a
primeira a pegar o telefone e dar-lhe a satisfação de saber que ela precisava
dele, de dar qualquer verdade a suas últimas palavras arrogantes antes que
ele a tinha deixado sem vida deitada na cama imaginando o que o diabos tinha
acontecido. Por quase uma hora depois que ele saiu, ela olhava para o teto em
transe. Quando ela finalmente se arrastou para fora, tremores a quebravam
toda vez que ela se movia, ela notou que ele tinha pegado o moletom com
capuz que ele tinha emprestado para ela de seu guarda-roupa e levado com
ele.

Havia estado lá pouco mais de um dia e ela sentia falta dele. Sentia
falta de pegá-lo e inalar o cheiro dele.

Droga, alguém tinha que quebrar o ciclo. Bem que poderia ser ela.

Ela olhou através da mesa para sua melhor amiga.

—Vamos lá.

*****

Fazia três dias, e ele não tinha ouvido uma palavra dela. Ghost podia
muito bem enfrentar isso; ela era uma garota que estava presa a sua opinião.
Ele admirava isso. Ele normalmente também estava preso às dele, exceto
quando se tratava dela, a arma que ele estava preso estava perpetuamente
armada e pronta para disparar.

Uma coisa excelente sobre sua noite de sábado era a de que, Gus
realmente apareceu para praticar, de forma coesa, não menos, e eles quase
explodiram o telhado da casa. Eles até começaram um monte de material
novo. Parecia que ambos os homens machado tinham um monte de agressão
para trabalhar para fora, e o resto dos caras tinham aparecido e adicionado
seus respectivos sabores também. Até mesmo Mark estava feliz. Os vizinhos
reclamaram. Foi uma sensação incrível, pela qual ele vivia. No momento em
que ele foi embora, ele ainda estava extremamente empolgado.

Sem nenhum lugar para ir e nada para fazer. Então ele foi até
Dermamania, pensando que perdedor ele deveria ser para ir ao seu local de
trabalho para sair em sua noite de folga.

Não. Isso só queria dizer que ele tinha um trabalho incrível.

—Você sabe, se estiver muito entediado, eu tenho muitas coisas que


você poderia fazer — disse Brian quando Ghost fez sua entrada.

—Ooh. Eu tenho certeza que você tem garoto amante.

—Jesus. Eu acho que eu te deixei escancarado para merda, isso não é


bom também.

Risos irromperam dos artistas e clientes.

—Você sabe que não poderia ficar uma única noite sem você, Bri, bebê.
A Candace não está aqui? Você e eu podemos escorregar em seu escritório e...

—Por favor! — Starla gritou. —Poupe-nos.

—Você sabe que você ama isso, minha pequena voyeur. — Starla sorriu
como se dissesse que não havia como negar. Ghost ergueu-se em cima do
balcão de sua estação. —O que está acontecendo esta noite, crianças?

Brian balançou a cabeça.

—Nada aqui. Trabalho, casa, dormir.

—Vamos lá, cara. É sábado à noite.

—Diz o cara que não tem estado aqui o dia todo.

—Burro velho.

Ele riu.

—Eu não sou mais velho que você, cara.

—Ele apenas está domesticado agora —, disse Starla.

—Pobre coitado amarrado. Onde está a domesticadora, afinal?

—Do outro lado da rua, na cafeteria. — Brian olhou para ele. — Com a
Macy.

Merda. A pausa foi tão desnecessária, assim como os pequenos


sorrisos que passaram entre os outros. Ghost só podia esperar que ele tivesse
mantido sua expressão branda e desinteressada.

—Ah, é? E eu aqui esperando que você ia me dizer que estavam em seu


escritório fazendo um 69. — Bom. Isso soou como algo que ele diria.
—Você queria. — O olho de Brian foi pego por algo fora das janelas da
frente. —Inferno. É o meu irmão.

Ghost seguiu seu olhar para fora para ver Evan Ross e sua esposa
Kelsey caminhando rapidamente pela chuva fraca. Brian esperou até que Evan
abrisse a porta antes de colocar a mão na boca e gritar em direção à traseira.

—Hey! Escondam todo o crack!

Ghost riu enquanto ele considerava uma fuga. Ele não tinha uma razão
para estar preocupado que um promotor público entrasse em seu local de
trabalho, mas Evan tinha uma maneira de fazer todos se sentirem como se
tivessem algo a esconder. Mesmo quando ele estava de calça jeans, em vez de
um terno, o cara transbordava autoridade. Ele não poderia evitá-lo.

Eles riram com bom humor da brincadeira de Brian, Kelsey caminhou


para dar a seu cunhado um abraço. Evan olhou ao redor da loja com o seu
olhar todo avaliador, cumprimentando Ghost com um balanço de cabeça
quando seus olhos se encontraram. É sempre bom ter amigos em lugares
altos. Mesmo se você nunca realmente se importava de ver esses amigos.

—A que devo a honra duvidosa? — Brian perguntou, pulando para se


sentar no balcão quando Evan se virou de volta para ele.

—Kelsey quer tatuar meu nome na bunda dela — disse ele, ganhando
uma tapa no braço e risos de sua esposa.

E ele poderia ser bastante descontraído também.

— Um cara não pode visitar o seu irmãozinho?— Evan perguntou uma


vez que ela parou.

—Não, se ele insiste em chamá-lo de irmãozinho.

—Você já deveria ter percebido que ele só faz isso para irritá-lo—, disse
Kelsey. —Onde está a Candace?

—Lá fora em algum lugar fumando. Ou se drogando. Ou ela pode estar


tomando um café do outro lado da rua. Onde está o Alex?

—Com mamãe—, disse Evan. —Nós estamos tendo uma rara noite de
passeio... Embora elas possam ser mais abundantes quanto mais para perto
nos mudarmos. Ela está tentando absorver todo tempo com o bebê que ela
puder.

—E então você veio para... Ter o seu nome tatuado na bunda da Kelsey?
Ev... De um lado e an no outro, certo?

Kelsey estava ficando mais vermelha do que o suéter vermelho-cereja,


cobrindo a boca em seu riso. Evan balançou a cabeça.

— Você está totalmente errado.

—Hey,— Starla saltou, — Eu tive uma ideia. Você devia chamar seu
próximo bebê menino de Kevin. Seria como uma combinação de ambos os
seus nomes.

O lábio superior de Brian enrolou.


—Isso é patético. Deus, você é patética, Star.

—Nós realmente pensamos nisso antes de nos fixarmos em Alex— disse


Kelsey, colocando as mãos nos quadris, em ofensa fingida.

—Isso é porque vocês dois são idiotas sentimentais.

—Ha. Você fala assim, mas todos nós sabemos como você pode ser
sentimental também. É só uma questão de tempo até você ter o nome de
Candace na sua bunda — disse Evan.

—Posso dizer para registro que eu sempre jogo pistas muito fortes aos
meus clientes para que eles não tatuem o nome de alguém importante em
seus corpos? É a pele deles, eles podem fazer o que quiserem. Mas eu não me
importo quanto tempo eles estão juntos ou quão sólido parece. Nunca falha
deles estarem de volta aqui algumas semanas depois, soluçando para mim que
eles querem isso coberto. Às vezes, eu juro que você precisa ser um
conselheiro licenciado para trabalhar com este negócio.

—Ah, vamos lá, Bri — Kelsey disse. —Você não vai fazer uma tatuagem
com o nome de Candace? Mesmo uma pequena? Eu sei que você faria.

Ele sorriu.

—Ah, eu já tenho, mas é em um lugar onde você não pode ver.

—Muita informação, Brian — disse Evan quando a sala explodiu em


sons de desgosto.

Brian colocou a mão sobre o peito.

—No meu coração.

Desta vez, os sons de engasgos foram ainda mais altos.

—Essa é a coisa mais doce que eu já ouvi! — Kelsey chorou sobre tudo
isso.

—Você está de folga ou o que, cara? — Brian perguntou para Evan. —


Aqui estou eu, tendo que dar a sua esposa emoções românticas e tudo mais.

—Não o deixe nevar em você —, disse Evan, puxando Kelsey perto de


seu lado. Mas mesmo ele tinha um sorriso no rosto.

—Eu sempre soube que Brian era um romântico reservado —, disse ela.
—Eu disse para ele há muito tempo, não foi? Só era necessário a mulher certa
para trazê-lo para fora.

Evan deu um beijo na ponta do nariz dela, sorrindo em seus olhos.

—Não é isso tudo o que é necessário?

—Tudo bem, consigam um quarto. E não se fala mais sobre eu ser


romântico aqui. — Brian puxou a frente da sua camiseta. —Eu tenho uma
imagem a zelar.

Ghost tinha sentado assistindo a conversa melosa com desânimo e sem


palavras. As palavras de Macy no carro na outra noite voltaram para
assombrá-lo, quando ela disse que às vezes as coisas funcionam. Ele gostaria
de poder acreditar nisso para si mesmo. Olhando para os dois
relacionamentos aqui representadas, de Brian e de Evan, ele quase podia ter
esperança. Claro, ambos ainda estavam em seus estágios da infância no
grande esquema das coisas. Mas ele estava começando a perceber que ele
ficaria mais surpreso se Brian e Candace não dessem certo do que se eles
derem. Em todos esses anos que ele o conhecia, Ghost nunca tinha visto seu
amigo dessa forma. E se Evan e Kelsey se separassem... Bem, isso iria sacudir
toda a cidade.

Ele nunca se sentiu merecedor disso ele mesmo. Ele se considerava um


cara confiante o suficiente, mas o que nessa coisa de sempre amante poderia
possivelmente ser tão atraente sobre ele que outra pessoa poderia querer
passar o resto de sua vida com ele? Ele não entendia isso. Como Gus, ele era
um fodido, apenas de formas diferentes. E olha só no que a garota do Gus o
está fazendo passar.

Candace e Macy usaram esse momento para entrar pela porta da frente,
ambas rindo sobre alguma coisa, mas o sorriso vibrante de Macy vacilou um
pouco quando o viu. Não em decepção, no entanto. Seus olhos brilharam. Ele
não sabia por que ou como, mas teve a impressão de que o coração dela saltou
em sua garganta. O dele tinha. Ou talvez ele estivesse apenas fodidamente
delirante quando se tratava dela. De qualquer forma, ele retornou o sorriso
que ela conseguiu dar para ele.

Kelsey e Candace correram para um abraço, ambas vibrando com o


prazer em ver uma à outra. Macy cumprimentou Kelsey e Evan calorosamente,
mas Ghost não perdeu o olhar dela deslizando sobre ele a cada poucos
segundos. Porque ele não conseguia parar de olhar para ela.

As bochechas dela, todas vermelhas por causa do frio. Ele se lembrou


dela corando de excitação. Seus brilhantes olhos castanhos talvez ele tenha
colocado a luz ali; ela não estava lá na primeira noite que ele a tinha visto
antes do interlúdio deles em seu carro.

Ela era uma daquelas garotas que notavelmente tinham um penteado


diferente a cada vez que ele a viu. Às vezes encaracolado, às vezes longo e
elegante, por vezes em uma variedade elegantemente presos para cima. Esta
noite estava simples – uma mecha negra presa atrás de cada uma das orelhas
sob uma touca de malha branca. As orelhas dela também estavam um pouco
rosas, e o que ele não daria para levá-la para casa e aquecê-la...

Droga, ela estava fora da sua jurisdição.

—Ele estava falando tão doce sobre você agora mesmo—, disse Kelsey
quando Candace foi para o lado de Brian e entregou-lhe o copo que tinha
trazido do outro lado da rua.

—Ele estava? Ele pode ser muito doce quando quer ser.

Brian tomou um gole de café e abraçou a namorada para o seu lado.

—Eu poderia mantê-la por perto por um tempo. Enquanto ela estiver
agindo certo e não me passando muitos sermões. Ela é boa de se olhar, você
sabe.
Candace bateu-lhe no peito.

—Tão bom saber que eu sou querida.

—Você não estava pensando em obter o seu mestrado e a sua


licenciatura9, Candace? — Evan perguntou. — Ai está Brian. Você disse que
precisava de um conselheiro no estúdio. Você teria um.

Os outros riram, mas tudo de uma vez, a atmosfera parecia mudar.


Candace ficou muito interessada no conteúdo restante de sua bebida, e Brian
deixou cair o braço de seus ombros e prontamente esfregou a sua nuca. Ghost
levantou uma sobrancelha. Brian tinha insinuado um pouco de estresse com
relação aos objetivos futuros da carreira de Candace, mas agora ele tinha a
sensação de que Evan tinha inadvertidamente jogado uma grande bomba de
merda diretamente entre eles.

—Estou explorando opções—, disse ela com cuidado e olhou para Brian.
Ele sorriu para ela, e a estranheza pareceu evaporar de alguma forma.

Ghost fez uma nota mental para tirar Brian fora para uma conversa de
um para um.

Quando a brincadeira apaixonada foi ressuscitada, ele continuou


tentando descobrir como diabos ele poderia levar Macy para o lado, sem se
tornar uma parte de tudo isso. Sua chance veio quando Brian decidiu que
queria mostrar a todos no que ele estava trabalhando. Apesar de toda sua
falta de interesse em tinta e piercings, Macy amou olhar para as obras de arte,
então ela seguiu o grupo. Ghost caiu em passo certo em seus calcanhares.
Ela estava usando algumas dessas calças jeans com brilho na bunda. Como se
ele precisasse de mais uma razão para olhar lá.

A visão o tinha tão cativado que ele quase perdeu quando Candace o
cutucou no braço quando todos eles lotaram a sala dos fundos, onde eles
elaboravam os desenhos.

—Eu não sabia que você viria esta noite.

Macy olhou para ele, sorriu e abaixou a cabeça.

—Apenas dando uma volta —, disse ele. —Pensei em arruinar a noite de


Brian.

Mas a irreverência era inútil. Ele engoliu em torno do aperto em sua


garganta quando Macy se moveu ao seu lado e seu cheiro familiar encheu
suas narinas. Cristo, ela cheirava tão bem. Ele queria prendê-la contra a
parede bem aqui, respirar sua satisfação.

Os outros se envolveram em conversas em torno dele, dando a Brian


seus elogios e opiniões sobre isto e aquilo, mas Ghost estava se concentrando
duramente em não armar barraca na frente de suas calças sem se importar
muito com o que estava sendo dito.

                                                            
9 Licensed Professional Counselor (LPC): Conselheiro Profissional Licenciado: é uma licenciatura voltada
para profissionais da área de saúde mental. 
—Você não mudou de ideia ainda? —, ele perguntou a Macy, quase
desesperado para ter aquele olhar avelã sobre ele novamente.

Suas sobrancelhas delicadas mergulharam baixo quando ela olhou para


ele.

—Sobre?

—Senhorita 'Eu nunca vou fazer uma tatuagem'.

—Ah. — Ela riu. —Não, nada nunca vai mudar minha opinião. Não que
estas não sejam bonitas. — Ela apontou para um projeto floral elaborado. —
Especialmente aquele.

—Aquele é um dos meus.

—Sério?

—Ele tem raros momentos em que ele não é inútil —, disse Brian.

—Cala a boca antes que eu rasgue o metal para fora da sua cara.

—Que rude! — Candace disse. Ghost não perdeu o pequeno olhar que
ela trocou com a Macy. —Vamos lá, pessoal, vamos voltar lá para frente. Bri,
eu preciso de você por um segundo. — Ela puxou o braço de Brian quando ela
se moveu em direção à porta.

—Só por um segundo? —, ele perguntou, sorrindo enquanto ele seguiu


com Evan e Kelsey.

—Bem, quando isso é tudo o que você é capaz... — Ghost disse,


ganhando uma saudação de dedo do meio quando Brian saiu. Macy riu, mas
parecia tensa, e ela olhava para os outros quatro como se quisesse sair
correndo para fora da porta com eles.

Mas ela não o fez.

Abençoe todos os seus esquemas de pequenos corações negros. Assim


quando os outros se foram, Ghost passou por cima e fechou a porta. As
sobrancelhas de Macy estavam praticamente em seu couro cabeludo, quando
ele se virou para ela.

—Oi, — ela disse simplesmente.

Ele só podia encará-la por um momento, depois soltou um suspiro e


balançou a cabeça.

—Droga, garota.

—O que?

—O que? — ele perguntou.

—Bem... O que? Quero dizer realmente. Eu não sei o que dizer, eu não
sei... Eu não sei o que diabos eu estou fazendo. — Ela soltou um suspiro, o
olhar no chão nas proximidades de suas botas. Ela puxou aquele lábio
inferior suculento entre seus pequenos dentes brancos. Jesus ajude-o, ele
queria fazer a mesma coisa com ele.
Ele esperou até que seus olhos brilharam de volta para ele.

—Você parecia saber o que diabos você estava fazendo na outra noite. E
eu gostei disso.

—Essa parte é fácil. É essa parte que eu não gosto. Você sabe que nós
vamos ter que estar em torno um do outro, às vezes — nossos melhores
amigos vivem juntos. Eu não quero que seja estranho para ninguém.
Inclusive nós.

—Ok, então vamos lidar com isso. Aqui e agora. Você quer continuar me
vendo? Não se preocupe em ferir meus sentimentos ou qualquer merda assim.
Eu sou um menino grande; eu posso levá-lo. Mas eu não estou a fim de
nenhum jogo. Eu deixei você ter alguns dias para se acalmar, e eu estive
pensando também.

—Oh? O que você está pensando?

—Vamos lá, Mace. Você é linda, talentosa, e em qualquer momento que


uma garota como você quiser sair com um cara como eu, é melhor você
acreditar que eu percebo quão idiota eu seria perdendo isso.

—Talvez eu não queira que você me queira só porque eu sou... Essas


coisas.

—Tudo bem, eu não coloquei as palavra tão bem. — Ele estava abrindo
a boca para continuar, mas ela levantou a mão.

—Ouça, Seth... Eu acho que nós fizemos isso tudo do contrário.

—Do contrário?

Ela cruzou os braços, seu olhar surpreendentemente direto sob a touca.

—Do contrário para mim. Normalmente, eu procuro conhecer um cara


antes de me deitar com ele. Isso não aconteceu aqui. No começo, tudo bem.
Eu não contava em querer mais nada com você. Eu pensei que seria apenas
diversão, como dissemos.

—Então você está dizendo... Você quer mais?

—Tudo o que estou dizendo neste momento é que eu realmente não te


conheço... Mas eu gostaria.

Inferno, se ela chegasse a conhecê-lo, realmente conhecê-lo, ela poderia


correr gritando. Isso era uma coisa boa, no entanto. Ela não tinha fugido
ainda. Ele pensou em todas as noites que ele poderia passar lentamente
explorando seu belo corpo sem pressa para memorizar tudo antes que ela
chutasse seu traseiro para fora de sua cama e de sua vida. Todas as horas que
ele poderia passar inalando a doçura da baunilha de sua pele, o cabelo dela.
Ah, sim, ele queria conhecê-la melhor.

—Talvez devêssemos deixar esfriar? —, ela perguntou.

Todas as suas fantasias sensuais paralisaram. Esfriar? Isso não


computou.

—O que?
Macy limpou a garganta, pela primeira vez olhando longe e
distraidamente estudando os desenhos no quadro.

—Você poderia, eu não sei, me convidar para um encontro? Um


encontro regular?

Fazer as coisas do jeito que ela costumava tê-las feitas. Dar a ela a sua
zona de conforto. Ele podia lidar com isso. Mas não sem um pouco de
provocação. Ela poderia muito bem saber disso sobre ele neste momento, se
ela já não sabia.

—Tudo bem. Eu não queria fazer sexo com você novamente de qualquer
maneira.

Deus, ele amava o seu sorriso. Ainda mais quando ele vinha
acompanhado por sua risada. Ela o agraciou com ambos naquele momento.

—Puxa, obrigada. Eu me sinto muito melhor sobre essa coisa toda.

—Você? Eu sou o único que foi apenas informado sobre a coisa toda de
deixar esfriar.

—Não é que eu não queira dormir com você de novo. Honestamente?


Eu quero arrastá-lo para casa agora. É tudo sobre o que eu pensava. Mas... —
Ela suspirou e balançou a cabeça. — Eu pensei sobre isso, e não quero ser
pega em algo desse tipo. Isso não é para mim. Eu não quero um
relacionamento conturbado. Eu não preciso de alguém entrando e saindo da
minha vida. Ou você vai estar por perto ou não vai. Não há meio termo
comigo. Se você não pode lidar com isso...

Ele deu um passo para frente e tomou-lhe as mãos. Quente e suave.


Mas forte. Assim como ela.

—Onde deveria ser o nosso primeiro encontro?

Ela piscou para ele. Nas luzes do teto brilhantes, as sardas dela eram
mais proeminentes. E os lábios também, rosa e brilhante com o gloss que ela
usava. Ele queria prová-la, tocar seu rosto, inferno, plantar as costas dela
contra a parede aqui mesmo, mas ele se segurou. Sim, talvez a sua restrição
auto-imposta de se envolver tinha acabado de ser soprada ao inferno e ido
embora, mas ele não se importava. Não quando ela olhava para ele assim. O
que poderia ferir ver aonde as coisas iam?

—No caso de você ainda não tenha percebido, — ela disse com uma
piscadela, — Eu realmente sou uma garota à moda antiga. Você pode decidir.

—Tudo bem, mas eu acho que deveria lhe dar um aviso justo. — Ele se
inclinou e colocou sua testa na dela, seus narizes descansando próximos
quando ela inclinou a cabeça para encontrá-lo. —Eu vou dar-lhe todos os
encontros que desejar. Mas essa coisa de deixar esfriar? Eu não posso
prometer isso.

*****
A porta se fechou sobre o último cliente da noite, e Starla correu para
trancá-la. Ghost desligou o vídeo do Lamb of God10 tocando nas telas planas e
olhou quando Brian surgiu bocejando na parte de trás, as chaves da
caminhonete em sua mão.

—Eu estou fora — disse ele. — Veja vocês amanhã. — Ele se virou para
voltar em direção da saída traseira.

—Bri. Vem para a academia comigo, cara.

Ele parou de caminhar.

—Você não pode estar falando sério.

—Vamos lá. Você precisa disso.

—Não à meia-noite. — Brian bateu um boné na cabeça com uma mão e


girou as chaves em torno de seu dedo com a outra. Candace já tinha ido, já
que ela tinha um exame pela manhã e à constante atividade no estúdio não
era propício para estudar. —Eu estou batendo o saco.

—Você tem 29 ou 69?

As covinhas diabólicas apareceram.

—Vinte e nove com um 69 me esperando em casa. — Os outros gritaram


e riram.

—Fodido sortudo. Eu definitivamente estarei me escondendo em seus


arbustos esta noite. Ei, mas veja, você pode vir comigo e ficar todo animado
para ela. Ela vai trabalhar isso para fora para você.

—Você está louco.

—Para que nós passamos todas àquelas horas fodidas na academia?


Porque nós trabalhamos horas loucas. Pare de ser um covarde, e vamos
embora.

E assim, eles se encontraram a caminho da academia depois que Brian


resmungou uma explicação para Candace no telefone.

—É como ter um oficial de justiça ou o quê? —, Ele perguntou, depois


que Brian jogou seu telefone no assento ao lado dele.

—Hein? Não. Nem um pouco.

—Então me diga onde você vê que essa coisa vai.

—O que?

—Não se faça de ignorante. Tem sido quase um ano para vocês dois, e
ela parece ser um elemento permanente no estúdio.

                                                            
10 Lamb of God é uma banda norte-americana de groove metal ou como eles se autodenominam
Metal Americano Puro formada em1990. A banda de Richmond, Virginia chamava-se originalmente Burn
The Priest, mas rapidamente mudaram o seu nome, após o álbum de estreia autointitulado, em 1998.
Brian lançou-lhe um olhar.

—Você tem um problema com isso?

—Importaria se eu tivesse?

—Enquanto nós estivermos juntos? Não. Enquanto ela for um elemento


permanente no estúdio, valorizo sua opinião.

—Realmente.

—Esta não é uma ditadura, homem. Eu nunca quis que fosse.

—Então, se eu dissesse a palavra, ela teria ido?

—Eu não iria tão longe como 'ido'. — Brian estendeu a mão para
desligar Prophecy do Soulfly. Então, ele suspirou. — Olha, eu só não quero que
a identidade dela se confunda toda com a minha. Eu não quero isso por ela.
Eu continuo dizendo que ela deveria, você sabe, explorar outras opções. Ela é
uma grande ajuda, mas para que diabos ela trabalhou tão duro? Eu era mais
do que um grande problema para ir para a faculdade. Mas ela fez, e fez isso
com honras. Eu estou tão orgulhoso dela e eu não quero segurá-la.

Ghost pegou o porta CDs de Brian de meio pé de espessura e começou


a vasculhar distraidamente.

—Então é disso que se tratava. Quando Evan falou sobre ela ser uma
conselheira no local.

—Sim, eu sei que ele estava brincando, mas... Há uma certa tensão.

—Você está sendo uma pequena cadela insegura. Você ainda está
pensando que você não é bom o suficiente para ela.

—Hey, foda-se.

—Isso é tudo o que é cara. O que você está dizendo é que a sua vida a
nossa vida, de verdade, desde que eu faço o que você faz não é boa o suficiente
para ela. Ou alguém como Macy. Admite isso.

—Não é isso. Eu mal mantenho os pais dela fora da minha bunda do


jeito que é. Eles estão apenas começando a ir me olhar nos olhos. Eu não
daria à mínima, mas é importante para ela, eu não me importo com o que ela
diz.

—Então talvez você não esteja se preocupando com o que ela diz que é o
problema.

Brian puxou uma longa respiração pelo nariz. Expirou-a. Ah. Ele
atingiu um nervo.

—A foda da mãe dela, cara. Depois que Candace e eu ficamos juntos,


Sylvia me puxou de lado e era toda “Só me prometa, Brian, que você vai olhar
para que ela termine a escola” . — Ele balançou o dedo no ar, usando um alto
tom de censura. — “E não me faça uma avó ainda”! Como se eu estivesse
determinado a fazê-la parar os estudos e a engravidá-la. Merda. Eu preciso de
um cigarro.
—Ainda assim? Faz meses.

—Realmente não faz.

—Droga. Você voltou para o vício.

—Apenas um par de vezes.

—Bem, eu estou de volta agora, e eu estou dizendo a você diretamente.


Corta essa. Merda. Fora.

—Eu sei. A academia foi provavelmente uma boa ideia esta noite.

—Eu estou em sintonia com você, cara. Mas, apesar de quão perfeitos
você e eu parecemos juntos, eu nunca poderia estar com alguém que tem Acid
Bath11 em sua coleção. — Ele fechou o porta CDs e a colocou de lado. —
Piadas à parte. Você vai se casar com ela?

—É sim. E eu sou. Eu tenho que. É como se... Às vezes...

—Desembucha.

—Às vezes eu acho que eu não vou conseguir passar mais um dia sem
pôr um anel no dedo daquela garota e mudar a porra do sobrenome dela para
o meu. Eu vou passar o resto da minha vida com ela, e eu quero que comece
ontem.

—Então faça isso já. Eu sabia que algo estava te comendo. Você é como
uma maldita fera enjaulada, e está fumando de novo, pelo amor de Deus.

—Eu já a fiz correr uma vez. Não é o momento certo para ela ainda. Isto
tem que ser certo.

—Sim, mas vocês estão firmes agora. Olha, pare de se estressar.


Candace é legal comigo. Ela é uma grande ajuda e eu não posso vê-la
causando qualquer drama. As garotas gostam dela. Se ela quiser ficar perto de
nós esse tanto então que Deus a abençoe. E, por favor, vá em frente e a peça
para casar com você antes que sua cabeça exploda.

Apenas a algumas noites atrás, ele tinha estado cantando uma melodia
totalmente oposta para Macy. Que sol e arco-íris ela tinha injetado nele desde
então?

—Tudo no que ela está pensando agora é em se formar. Eu não quero


sabotá-la com a minha besteira de alfa.

—Eu tenho uma reclamação sobre ela. Ela assustou todas as suas fãs.
Eu meio que sinto falta delas. — Brian riu quando entrou no estacionamento
da academia. Ghost sorriu para si mesmo. Isso era mais parecido com ele.
Soou como seu antigo eu. Brian era um vulcão às vezes; ele tinha que explodir
o seu topo para alguém antes que ele pudesse voltar a viver tranquilamente. —
E eu amaria ficar no altar com você, mas não espere me ver em nenhum
smoking. A não ser que eu possa arrancar as mangas, e adicionar algumas
correntes ou algo assim.

                                                            
11 Acid Bath: Banda americana de metal existente entre os anos de 1991 a 1997.
—Não se preocupe com isso. Acho que fugir secretamente para nos
casarmos seria a nossa única opção. Entre a minha família e a dela, você pode
imaginar o circo que o nosso casamento seria? Minha mãe está pronta para
mandar matar a mãe de Candace da forma que ela é.

—De jeito nenhum, cara. Este casamento tem que acontecer, só para
ver as mães lutando uma com a outra. Eu pagaria um bom dinheiro por isso.
Inferno, eu usaria um smoking por isso.

—Mais algum problema vindo de Raina?

Bem, isso era um assassinato do seu bom humor. Raina tinha lhe
mandado mensagens cinco vezes hoje. Ele apostaria uma grana que Mark,
aquele filho da puta, tinha lhe dado o seu número. Por que aqueles dois não
fodiam um ao outro e se esqueciam dele, ele não sabia.

Ela queria que ele soubesse como ele estava sendo imaturo por resistir
ao seu retorno para a banda. Como isso deve significar que ainda haviam
sentimentos que ele não iria admitir. Ha.

—Além de estar me deixando louco? Não.

—Você não acha que ela vai assustar Macy para longe?

Ghost zombou.

—Macy iria jogar aquela garota no chão, amarrá-la com um meio nó e


jogar as mãos dela para o alto. Raina é só papo.

Brian desligou o motor.

—Eu acho que você pode estar certo, se o que Candace diz é verdade. O
exterior é enganoso.

—Certo? Eu acho que poderia ser dito para todos nós, no entanto. O
que você acha sobre ela? Honestamente.

—Que ela é uma espécie de esnobe em seu próprio pedestal. Eu


provavelmente preciso conhecê-la melhor, no entanto.

—Sim. A conheça, e ela é legal.

Eles pegaram suas malas, saíram da caminhonete e foram em direção


ao prédio. Pelo o que ele podia ver através da parede de vidro, parecia que eles
a teriam quase só para si, o que era uma coisa boa. Algumas pessoas estavam
andando em esteiras ou usando as elípticas.

—O que está acontecendo com ela? — Brian bateu seu cartão-chave e


abriu a porta. —Você me colocou sob a mira; agora é a sua vez.

Droga. Ele não podia evitar o sorriso de gato que se espalhou pelo seu
rosto quando ele pensou em vê-la novamente. Tocá-la, saboreá-la. Ela era a
última coisa maldita que ele precisava neste momento. Havia toda a porcaria
sobre Raina, a banda, sua avó. Mas ela era a única que ele esperava com
prazer para ver. A única coisa que o fez pensar que ele iria conseguir passar
por tudo isso.

Isso era... Assustador.


—O que tiver que ser, será irmão.
Capítulo Doze

O rancho dos pais de Macy era nos arredores da cidade, situada longe
do resto do mundo dentro de uma sólida barreira de pinheiros. Ela guiou seu
Arcádia pelo caminho sinuoso rodeado de árvores com Jason Aldean cantando
para ela em seu aparelho de som, sacudindo para fora as tensões do dia de
trabalho. Houveram muitas.

Desde que recebeu seu diploma em negócios, ela tinha administrado a


loja de esportes ao ar livre de seus pais, enquanto eles principalmente
aproveitavam a aposentadoria. Era um bom trabalho; ela não podia reclamar.
Mas havia um determinado empregado que estava recebendo muitas
reclamações ultimamente, e ela não iria aceitar isso. Não era sua coisa favorita
demitir alguém, mas parecia que estava caminhando para isso. Ela precisava
falar com seu pai sobre isso.

Mas esse sempre foi o seu oásis, o lugar onde ela podia deixar tudo para
trás. Ela se lembrou dos dias em que dava aulas de equitação para as filhas de
seis anos de idade de Jared, Ashley e Mia. Elas eram estudantes ansiosas, que
as faziam ser um prazer de se trabalhar. As meninas lembravam muito dela
mesma em uma idade similar, fascinada com a bela majestade equina,
determinada a aproveitar todo esse poder de que qualquer forma que pudesse.
Esse fascínio a tinha enchido por anos, e ela queria passar para frente o que
restava dele para qualquer pessoa disposta a aceitá-lo.

Ela virou uma esquina, e a visão não familiar da picape Chevrolet


cabine dupla vermelha, grande e brilhante de Jared se tornou clara,
estacionada perto da arena. Macy franziu a testa. Normalmente a mãe dele
trazia as meninas para as aulas, o que era bom para ela. Isso dispensava
qualquer constrangimento, e a Sra. Stanton podia ficar por perto e conversar
com a mãe de Macy até que elas terminassem. Suas visitas frequentes tinham
sido o motivo que acabou amarrando Macy a este negócio em primeiro lugar,
mas ela não se incomodava.

O que a fazia se incomodar eram os encontros inesperados com o seu


primeiro amante, e as memórias de seu relacionamento mais sério, longo e
duradouro, quando ela tinha um encontro com Seth esta noite.

—Ótimo,— ela murmurou, virando em torno do celeiro vermelho antigo


e estacionando ao lado da caminhonete. Ashley e Mia estavam sentadas em
um banco perto da lagoa dos patos, o ponto favorito delas depois da arena.
Elas ainda não tinham notado a chegada de Macy. O pai delas estava com
uma bota enganchada na cerca, falando em seu telefone celular. Ele virou-se e
acenou ao vê-la.

Isto então não era o que ela precisava. Jared Stanton estava tão só
quanto eles chegaram agora, e ela se lembrou de como ele disse que queria
dançar com ela no bar naquela noite. Não parecia ser uma coincidência que
ele tinha aparecido hoje.

Ele sempre tinha sido exatamente o tipo de homem que ela realmente
poderia ver-se estabelecida. Estável, confiável, dedicado a seus filhos. Alguém
com todos os seus interesses... Que diabo, se ela se sentasse e elaborasse uma
lista de verificação de compatibilidade, ela poderia marcar cada caixa. No
papel, ele era a perfeição. E quente também.

Eles terminaram não muito tempo depois que Macy teve seu acidente.
Ele queria estar ao lado dela, mas ela o afastou com sua raiva e amargura. Ele
incorporava muitas lembranças de uma vida da qual ela se afastou. Pouco
depois, ele se casou com outra garota rapidamente. Macy tinha chorado por
dias. Quando as gêmeas dele nasceram apenas cinco meses depois, tudo ficou
um pouco mais claro. Ele estava tentando fazer a coisa certa, mas no final, foi
um fracasso total. Seu divórcio foi só recentemente finalizado.

—Hey — ele disse quando ela saiu de seu carro e, rapidamente,


encerrou sua chamada. Graças ao inverno irregular do Texas, estava
consideravelmente mais quente hoje; ela mal precisava de seu casaco leve, e
ele estava usando uma camisa de flanela azul que ressaltava seus olhos
incríveis. — Já estava na hora de você aparecer. — Uma covinha
enlouquecedora apareceu no rosto dele. De jeito nenhum ela não poderia
retornar esse sorriso.

— O quê? Eu não estou atrasada. Você, no entanto, chegou meia hora


mais cedo.

—Senhorita Macy!— As meninas gritaram em uníssono. Seus rabos de


cavalo, um castanho, um loiro, voaram atrás delas enquanto elas corriam ao
longo da lagoa. Elas se chocaram contra ela, batendo-a de volta alguns passos
quando elas jogaram seus braços ao redor da cintura dela.

—Whoa! — Ela riu, abraçando-as de volta. — Fico feliz em ver que


alguém me aprecia. — Ela lançou um olhar exagerado para Jared sobre os
topos de suas cabeças.

—Você é apreciada, tudo bem. Sempre foi.

Macy deixou o flerte dele passar despercebido.

—O que o traz aqui?

—Pensei em ver o que você está fazendo, pegar... Levá-la para jantar
conosco, se você estiver interessada.

—Ah... Isso é realmente muita gentileza sua, Jared, mas tenho planos
depois que terminarmos aqui.

O sorriso ficou um pouco triste, mas ele comicamente bateu com a mão
no peito e deu um passo para trás.

—Ainda me colocando para baixo depois de todos esses anos.

—Pare com isso agora. Talvez eu aceite uma outra hora, ok?

Ele acenou com a cabeça, sem mais comentários e partiu para ajudá-la
a selar Rosa e Trindade para as meninas. Os rituais familiares eram muito
como nos velhos tempos, isso a enervou. Se as coisas tivessem sido diferentes,
e ela não tivesse sido uma cadela amarga, talvez eles estivessem fazendo isso
para seus próprios filhos agora.
Ela bateu esse pensamento de lado antes que pudesse arrastá-la para
baixo. Ela tinha feito suas escolhas. Talvez elas não haviam sido
necessariamente boas, mas que ela iria tê-las agora. Muitas coisas haviam
mudado para voltar atrás.

—Você está incrível —, disse ele mais tarde, depois que eles terminaram
e as meninas correram para o lago dos patos novamente. Sempre levou uma
eternidade para fazer os dois discutirem. O sol estava caindo por trás dos
pinheiros distantes, e uma brisa fria beliscou as bochechas de Macy antes que
elas se aquecessem com o elogio dele.

—Obrigada. Você está ótimo também.

Ele apoiou o calcanhar da bota no degrau mais baixo da cerca e apoiou


os cotovelos de volta na parte superior.

—Você não dançou comigo na outra noite.

Ela riu, com certeza corando mais quando ela pensou sobre o que ela
estava fazendo que a proibia de ter qualquer outro contato com ele.

—Você realmente se lembra? Você estava bêbado.

—Não! Eu tinha tudo sob controle.

—Claaaaro que sim. — Assim como eu.

—Eu acho que a culpa é minha. Eu deveria ter te agarrado naquele


momento.

Ela não tinha absolutamente nenhuma ideia do que dizer sobre isso.

—Eu estava... Hum, presa.

—Sim, se o cara ao seu lado pudesse me matar só com o olhar, eu


poderia não estar aqui agora. Ele é... Com certeza você não está com ele, não
é?

—Ele é... Ah... Ele é um amigo. De um amigo. Amigo do namorado de


uma amiga, na verdade. — Com quem acontece de eu estar dormindo. — Nós
estamos saindo.

—É ele que você verá esta noite?

—Sim.

—Macy. Sério?

Ele estava começando a irritá-la.

—O que, Jared?

—Ele apenas... Não é alguém com quem eu imaginaria você lidando


muito bem.

—Eu acho que eu sei com o que eu posso lidar e com o que eu não
posso.
—Eu sei que Candace está namorando com Brian Ross. — Ele zombou.
— Há uma maçã que caiu muito longe da árvore... E depois foi empurrada
pelo quintal. Eu nunca pensei que você se misturaria com qualquer dos
amigos dele, entretanto.

—Eu não posso acreditar que você está sendo tão...

Julgamento. A mesma porcaria que ela tinha estado fazendo todo este
tempo. Não muito tempo atrás, ela teria concordado com ele. Ela o teria
interrompido. O Brian é um bandido. Olha o que ele está fazendo com a minha
melhor amiga, enchendo-a de tatuagens e a transformando em uma almofada
de alfinetes. Ele não é bom o suficiente para ela. Ele vai machucá-la.

Todos os pensamentos que ela tinha mantido foram lavados com uma
simples declaração de Seth na outra noite.

Brian é o irmão que eu deveria ter tido.

E Candace amava Brian mais do que a vida. Candace não amaria


alguém que não era bom o suficiente para ela.

— Olha, Brian é ótimo. Eu posso não ter percebido isso de início, mas
você sabe o que? Eu não poderia ter escolhido um cara melhor para ela se ela
me pedisse.

Ele ergueu as duas mãos como se para preveni-la, e ela percebeu que
estava indo para a cara dele.

—Eu não queria te chatear. Eu só... — Ele se endireitou e tomou os


ombros dela suavemente em ambas as mãos. Sempre um toque tão suave, às
vezes tão frustrante. Ela não o havia sentido em anos. A lembrança súbita fez
calor se acumular por trás de seus olhos. —Macy, eu sempre lamentei por
não ter lutado mais duro por você. Lamento a ter deixado quando você me
disse para partir. Eu sempre desejei que você realmente não quisesse dizer
isso, ou pelo menos que você algum dia percebesse que você não quis dizer
isso. Mas, então, eu estraguei tudo. Tudo aconteceu com Shelly, e... — Ele
olhou fora em algum ponto acima de sua cabeça, e ela sabia que ele devia
estar olhando suas filhas brincando. —Eu não me arrependo disso também,
porque isso me deu Mia e Ash. Mas eu vi você na outra noite no bar com...
Aquele cara, e você parecia mais bonita do que eu jamais a tinha visto, e se eu
pudesse fazer tudo certo...

Desanimada, ela levantou a mão e cobriu a boca dele com os dedos.

—Jared? Pare. Ok? Não faça isso.

—Você não teria sequer pensando sobre isso? O que está acontecendo
entre vocês é assim tão importante para você?

—Não é mesmo isso, realmente. É...

O quê? O que foi isso? Se esta oferta houvesse chegado há um ano


atrás, o inferno, há duas semanas antes de Seth voltar, como ela teria
reagido? Se ela queria assentar e ter uma família, o espécime perfeito estava
bem na frente dela. Ele vinha com uma família já construída e ela amava Mia
e Ashley, e elas a amava.
Ela e Jared tinham uma história. Ela sabia de suas peculiaridades, o
que o faria rir, o que o irritaria. Que ele amava tudo o que ela amava e não
gostava de tudo o que ela não gostava. Que a parte de trás do seu pescoço era
uma zona erógena.

Conforto. Segurança.

Seth... Ela realmente não sabia nada sobre ele, exceto que ele era leal
aos seus amigos e familiares, ela nunca tinha visto uma foto dele onde ele não
estava mostrando o dedo do meio para a câmera ou colocando a língua através
do V de seus dedos e ele tinha uma ex tão apaixonada por ele que a garota
tinha quase perdido sua mente. Que ele realmente nunca tinha dado a Macy
nenhuma outra coisa além de uma sequencia de orgasmos violentos e um vejo
você mais tarde. Ele a fazia se sentir o total oposto de Jared. Instabilidade.
Perigo. Dado o texto que ele enviou a ela mais cedo Use uma saia esta noite ele
só prometeu mais do mesmo.

Deus a ajudasse, ela gostou disso. Ela não podia se imaginar caindo
fora agora. Isso era impensável.

—Jared... Desde que me machuquei, eu segui minha cabeça. Eu tenho


sido cautelosa a ponto de quase perder meus amigos. Eu não posso mais
fazer isso. Eu tenho que seguir meu coração dessa vez. Meu coração está me
dizendo que eu preciso para seguir meu próprio caminho, jogar a precaução
ao vento. Talvez isso vá explodir de volta na minha cara, eu não sei. — Ela
baixou o olhar e balançou a cabeça. —Eu não sei.

Jared suspirou. As mãos dele deslizavam em torno das costas dela e ele
a puxou para seus braços, descansando o queixo em cima da cabeça dela. Ela
praticamente desmoronou nele. Ele cheirava maravilhoso, o cheiro fresco e
limpo do exterior do seu lugar favorito para estar.

Admitir tudo isso para ele, de todas as pessoas tinha exigido muito
dela. Ela estava louca? Ela estava realmente seguindo seu coração, ou apenas
a sua vagina?

—Se você mudar de ideia —, ele murmurou, inclinando sua bochecha


no cabelo dela, — você sabe onde me encontrar.

*****

Foi como um déjà vu. Apenas o restaurante estava mais escuro e


silencioso do que o bar. Quando Seth deslizou na cabine ao lado de Macy, ela
estremeceu quando a coxa dele dentro do jeans encostou em sua coxa nua.

Ela havia consentido e colocou uma saia apertada preta com botas até o
joelho e um suéter verde, e não havia nenhuma dúvida em sua mente do por
que ele havia feito esse pedido. Toda vez que ela se lembrava da outra noite no
bar, seu coração dava um mergulho de cisne para a boca do seu estômago.

Ele parecia... Perigoso esta noite. Todo de preto, o que não era
incomum. Não era porque ele realmente não tinha feito à barba em um par de
dias, e uma sombra enquadrava o marrom mais escuro de seu cavanhaque.
Era o seu comportamento. Ela não sabia se ele alguma vez já havia exalado
sexo cru como ele exalava esta noite. Como se ele tivesse pensado nisso o dia
todo e estava a ponto de explodir no qual ele poderia muito bem colocá-la
sobre a mesa, abrir suas pernas e fazer dela seu aperitivo bem aqui no
restaurante. A tensão em torno da boca dele, o olhar em seus olhos, diziam
tudo.

—Nunca pensei em você como um cara que senta do mesmo lado da


mesa —, disse ela, bebendo a água que a garçonete tinha acabado de colocar
na frente dela.

—Normalmente eu não sentaria —, disse ele depois que a garçonete foi


embora. — mas de que outra forma eu poderia te ajudar a escapar, se o clima
aparecer?

Macy trabalhou em engolir a bebida e colocou o copo de volta para


baixo, lutando para manter a compostura. Ele inclinou seu ombro para ela,
deixando a ponta do seu nariz traçar a curva externa de sua orelha.

—Desde o dia dos namorados, eu não consigo tirar isso da minha


cabeça. Quanto eu queria fazer você gozar bem aqui na frente de todos,
imaginando se você poderia esconder isso quando gozasse.

—E se eu não pudesse? Como seria embaraçoso.

—Mmm. Talvez o orgasmo roubado seja algo que nós iremos trabalhar.
Eu escolhi um bom lugar para começar, certo?

Ele tinha. As costas das cabines aqui eram maiores do que as suas
cabeças. Eles estavam completamente escondidos das pessoas atrás deles. Ele
tinha solicitado especificamente o canto. Se a mesa na direita deles
permanecesse vazia, eles estariam totalmente isolados de todos, exceto dos
garçons.

Macy tomou mais água, tentando umedecer a garganta seca. Seu sexo
já doía e pulsava por seu toque, encharcando sua calcinha, e ela não
conseguia desviar o olhar da mão dele uma vez que ela repousava sobre a
mesa. Grande, perfeita, com longos dedos calejados o suficiente para fazer sua
pele cantar com prazer.

Oh Senhor, por favor, ajude-me a sobreviver.

Ela tinha o sentimento de que orar sobre qualquer coisa que Seth
Warren tinha em mente esta noite seria um sacrilégio.

Conforme o tempo passava e ela ficava imaginando quando ele estava


indo para começar com isso, ela também percebeu que ele poderia ser
realmente encantador quando queria ser. A garçonete que os atendia parecia
já estar apaixonada. Eles poderiam ter um tempo difícil em se livrar dela
tempo suficiente para ...

Isso era provavelmente apenas a maneira que ele queria. Elevar o fator
de perigo, não é?

O fettuccine Alfredo dela chegou, e ela o atacou. Ela aliviou a luxúria


batendo em suas veias com comida. Ele riu para ela, comentando como ele
amava uma mulher que podia comer. Ela o alimentou com algum do seu
garfo, e ele a alimentou com um camarão usando seus dedos, deixando as
pontas permanecem em seus lábios até que ela passou sua língua contra eles.
Os olhos dele se fecharam.
—Droga, mulher, — ele respirou.

—Eu quero você. — Os olhos dele se abriram de novo na declaração


dela. A mão dele caiu debaixo da queda da toalha de mesa, e seus dedos
deslizaram habilmente debaixo da saia dela, amontoando-a acima da coxa.
Rapidamente ele estava seguindo a borda de sua calcinha.

—Aqui? É aqui que você me quer?— Seu dedo apenas roçou sobre o
clitóris dela, barrado pelo painel do algodão fino.

Ela assentiu com a cabeça e fundiu sua boca ardente na dele. A


pequena garçonete iria provavelmente reaparecer a qualquer minuto. Macy
não dava à mínima.

—Oh, ei— disse ele de repente, se afastando da boca dela. —Eu quase
me esqueci. — Ela quase gritou quando ele retirou a mão de entre suas
pernas, mas a sua irritação se transformou em confusão quando ele chegou ao
bolso de sua jaqueta de couro preta. O que quer que ele tenha retirado de lá
estava escondido em seu punho fechado. —Estenda a sua mão.

—O que você está fazendo?

—Apenas faça isso.

—Oh meu Deus, Seth, se você for colocar algo totalmente constrangedor
na minha mão...

—Shh. Faça-o.

—Mas você...

—Macy. Cale a boca. Faça isso.

Ela revirou os olhos e tentou encará-lo, embora duvidasse que parecia


muito convincente desde que ela não poderia mesmo começar a forçar os
lábios em uma careta.

—Eu não queria dizer exatamente que eu queria abrir mão da minha
autonomia quando eu te disse...

Ele se inclinou mais perto, assim ela podia sentir o seu hálito quente
em seus lábios, sentir o cheiro do vinho em seu hálito.

—Você quer que eu te toque de novo? Faça-o.

Ofegando suavemente, tremendo violentamente, ela levantou a palma


da mão para cima com toda a ânsia de alguém prestes a receber uma granada
de mão. Ele a beijou, apenas um roçar suave de seus lábios para trás e para a
frente nos dela, quando ele deslizou seu punho na mão dela, abriu-o e deixou
para trás o item misterioso. O pedaço de renda lhe disse exatamente o que
era. Ela separou-se dele e escondeu a mão debaixo da mesa com um suspiro.

—Seth!

—Você a pediu de volta.


—Não no meio de um maldito restaurante — Olhando para baixo e
vendo a fresta vermelha entre seus dedos confirmou isso: ele tinha devolvido
para ela a calcinha do Dia dos Namorados.

—Nós não estamos no meio. Aqui está tão bom quanto em qualquer
lugar.

—Realmente. — Ela alcançou sua bolsa para guardá-la, mas ele pegou
a mão dela e balançou a cabeça.

—Eu quero que você troque por ela.

—Você está louco.

—O que? — Ele riu. —Não se preocupe, eu a lavei.

—Mas...

—Vamos lá, desmancha prazeres —. Ele lançou um olhar por cima do


ombro e então deslizou o cabelo dela de volta para o pescoço, inclinando-se
para sussurrar em seu ouvido. —Eu quero pensar sobre ela cobrindo essa
buceta doce, úmida, quente e fodidamente incrível que você tem. Quando eu
tirar a sua roupa mais tarde, é ela que eu quero ver.

Ela estremeceu mesmo sem querer.

—Você está tão obcecado com a minha roupa de baixo, você tem certeza
que não quer usá-las?

Ele se acalmou e o silêncio se instalou por um momento. Por um


instante terrível, ela pensou que o tinha deixado com raiva. Sem chance.

—Quem disse que eu não o fiz?

Ela não poderia ajudá-la; ela começou a rir.

—Você é terrível.

—E você gosta. Admita.

—E você é intrometido. E presunçoso.

—Não. Eu só tenho o seu número, bebê.

—Realmente.

—Eu vi você, sabe, no primeiro dia que você entrou no estúdio com a
Candace. Toda cerimoniosa e respeitável, parecendo que sua roupa custava
mais do que o meu guarda-roupa inteiro. Também olhando como se estivesse
pronta para fugir para a porta a qualquer minuto. Mas não o fez, e nós
estávamos sendo ofensivos como o inferno, e eu vi você tentando não abrir um
sorriso. Na maioria falhando.

Ela se lembrava também. Lembrou-se de ficar olhando para ele quando


ele não estava olhando para ela. Ele perguntou se ela precisava de alguma
coisa, uma bebida ou qualquer outra coisa, e ela sacudiu como se fosse
atingida com um fio eletrificado, rapidamente sacudindo a cabeça e voltando
para o seu e-book enquanto esperava Candace acabar de fazer sua primeira
tatuagem com Brian. Todos tinham provavelmente pensado que ela era a
maior vadia metida a entrar no local.

—Eu só... Eu estava preocupada com ela.

—Sim? E consigo mesma? Você achava que um de nós ia atacar você e


tatuá-la contra a sua vontade?

—Claro que não.

—Você é a mãe galinha para todos, ou apenas para Candace?

Era uma observação muito sincera para que ela tomasse como qualquer
ofensa.

—Eu acho que posso ser assim com todos, mas Candace era muito
protegida. Quero dizer muito. Eu pensei que ela estava cometendo um
grande erro, e foi provavelmente à primeira vez que ela se recusou a me ouvir.

—Se ela era tão protegida, eu não posso ver realmente por que você iria
tentar perpetuar isso.

—Isso só me assustou um pouco.

—Eu te assustei um pouco?

Ela olhou-o nos olhos.

—Sim.

—Eu assusto ainda?

—Sim.

—Ótimo. Deixe-me saber se eu parar; terei que pensar em algo novo. —


Então quando ele estava se inclinando para beijá-la novamente, a garçonete
apareceu, e ele recuou, olhando para frente enquanto Macy tentava recuperar
o fôlego. A proximidade dele tinha uma maneira de roubar isso dela.

A garçonete retirou seus copos vazios e sorriu um pouco quando ela


começou a se virar.

—Desculpe. Siga em frente.

O calor subiu pelas bochechas de Macy. Ele olhou para os lados e


piscou para ela. Limpando a garganta, ela ousou levantar a mão acima da
mesa, aquela ainda segurando a calcinha em uma pequena pilha travessa de
seda e renda.

—Então e sobre isso?

O olhar escuro dele seguiu o dela baixo para a calcinha.

—Vá para o banheiro feminino e a coloque. — O canto da boca dele


pulou para cima. —Embora eu não tenha nenhuma objeção em você colocá-la
aqui.

—Eu não acho que sou tão descarada ainda.


—Nós vamos ter que trabalhar nisso também, não é?
Capítulo Treze

Se alguém tivesse dito a ela que em qualquer momento antes da noite


de hoje que ela iria trocar de calcinha no banheiro do restaurante só para
agradar um homem, ela teria rido estupidamente. Concedido, ela não
conseguia passar pelo processo sem um pequeno sorriso que ela não
conseguia limpar do rosto. Quando ela a deslizou sobre suas coxas e até o
seu lugar, visões dele deslizando-as fora nos limites apertados do banco de
trás do carro dele passaram pela sua mente, aquecendo-lhe a carne lá em
baixo, quase como se fossem os dedos dele a tocando. Ela teve de se encostar
na porta do banheiro e tentar acalmar seu pulso irregular.

Depois de toda essa confusão sobre a calcinha, se ele acabar quebrando


seu coração, ela terá que queimar a maldita calcinha.

Nenhum pensamento sobre isso agora, contudo. Eles ainda estavam


apenas tendo um bom tempo, certo? Os corações não haviam sido trocados, e
passaria um longo, longo tempo antes que fossem, se nunca.

Quando ela voltou para a mesa e ele deslizou para fora da cabine para
deixá-la entrar, ela percebeu com uma pontada de decepção que a mesa em
frente a eles estava agora ocupada por um casal com duas meninas. Essa
pontada mordeu fundo quando Seth tomou o assento em frente a ela dessa
vez. Ela perdeu a sensação dele ao seu lado.

—Eu acho que o clima passou —, ela comentou com um sorriso


sarcástico, pegando um morango do cheesecake que havia chegado enquanto
ela estava fora. Ele observava com muita atenção quando ela lentamente o
mordeu.

—Oh, eu não diria isso.

—Hmm, talvez se alguém não fosse todo conversa...

O som que ele fez em sua garganta era quase um rosnado.

—Eu vou te mostrar a conversa quando nós formos para a minha casa.

Macy terminou de comer o morango, enquanto sua mente trabalhava. A


casa dele? Interessante. Eles não tinham feito planos concretos para além do
restaurante; ela tinha simplesmente assumido que eles iam de volta para o
apartamento dela. Ela ia conhecer onde ele mora. Dado seus interesses
diversos, era bastante assustador.

—Você está me dando ideias, você sabe —, disse ele, pegando o garfo e
cavando sua própria sobremesa.

—Ideias?

—Eu poderia citar algumas coisas que eu gostaria de fazer com você e
com morangos. E chantilly.

Ela se mexeu, tentada a dizer-lhe para apressar isto logo. Algo sobre
colocar a calcinha vermelha que ela sabia que ele achava tão sexy tinha
acendido fogos lá abaixo. Ele sabia o que estava fazendo, fazendo-a trocar de
calcinha. E agora ele a estava fazendo esperar.

Provocando.

A garçonete, em seu caminho para a família na outra mesa, veio com


uma pasta de couro com a conta. Quando ele a pegou, ela colocou a mão
sobre a dele.

—Deixe-me.

—De jeito nenhum. É minha.

—Deixe-me pagar a minha parte, pelo menos. Eu te pedi para me levar


em um encontro, depois de tudo.

—E eu trouxe certo? Porque eu queria, não porque você me pediu. —


Ele piscou e deslizou a pasta sob sua mão. —Eu sou um cara à moda antiga
de muitas maneiras, você sabe.

Ela não se apaziguou, no final. Ela não lhe pediu para levá-la a um dos
lugares mais caros da cidade, não tinha sequer imaginado que ele sonharia
em fazer isso. Tinha sido uma agradável surpresa, porque era o seu favorito.
Mas não algo que ela precisava ou esperava. Tomara que ele não tenha essa
impressão dela, quando ela teria ficado perfeitamente feliz pegando um filme
ou indo ao restaurante de sushi que ambos amavam.

E tomara que... Bem, sentia-se infeliz, mesmo por pensar nisso. Ela
não tinha nenhuma ideia sobre a situação financeira dele, realmente, e não ia
especular. Mas ela odiava a ideia de que ele poderia pensar que ele precisava
se endividar só para fazê-la feliz.

Sem mencionar que isso trouxe de volta as palavras de ódio de Raina da


outra noite, por mais que tentasse impedi-las de ecoar em sua cabeça.

Depois de pagar a conta, ele a ajudou a colocar o seu casaco. Ele


segurou a porta do restaurante aberta para ela. Ele abriu a porta do carro
para ela. Ela não acha que se passaram mais do que alguns segundos na
viagem sem que a mão dele a estivesse tocando em algum lugar... Mesmo que
estivesse descansando levemente sobre as suas costas ou mais embaixo em
seu quadril ou até mesmo na sua nuca, levantando os pelos finos lá. Até eles
ansiavam pelo toque dele, parecia. Quando ele se acomodou no assento do
motorista, ela xingou o console e o câmbio entre eles. Ela queria deslizar até
que pudesse senti-lo todo ao seu lado, como tinha sentido no restaurante.

Apesar de sua irritação com os obstáculos, ela adorava o carro dele.


Que ele tinha tão amorosamente o restaurado ao seu estado original deu-lhe
um pequeno comichão em sua barriga. Isso a fez pensar em tudo o que
poderia florescer em suas mãos cuidadosas.

—A sua casa, hein? — Ela perguntou uma vez que ele dirigiu para a
rua.

—Há algum outro lugar que você queira ir?

—Oh, não. Eu só... — Ela parou e riu. —Estou extremamente curiosa


para ver onde você mora, eu admito.
—É? Então espero que você não se decepcione com o quão normal ela é.
É a casa na qual eu cresci. Eu tentei não desfigurá-la muito.

—Ah. A casa da família.

—Quando meus pais morreram, Nana mudou-se de Oklahoma para


cuidar de nós para que não tivéssemos que nos mudar depois do que
aconteceu. Depois que todos nós crescemos, meu irmão foi o primeiro a se
mudar, assim ela ficou para mim e para a minha irmã mais velha. Nana se
mudou de volta para Oklahoma depois que ela viu que Steph e eu não íamos
morrer de fome ou vagar sem rumo pela rua. Não todos os dias, pelo menos. —
Ele lançou-lhe um sorriso. — Steph é um tipo de mãe-galinha também.

Ela riu de seu comentário, mas soou... Solitário. É claro, ela tem estado
cercada pela sua família a vida toda. Família e mais amigos do que ela sabia o
que fazer com eles. E o rodeio, contudo, tudo isso tinha mudado...

—Mas a sua irmã não mora em Oklahoma agora?

—Ela estava visitando Nana alguns anos atrás, e ela conheceu um


rapaz. Mudou-se para lá, se casou. Tem dois meninos.

—Ah, tio Ghost. — Ela deu-lhe um beliscão brincalhão no braço.

—Eu sinto falta desses meninos, também. Eu realmente tive que


conhecê-los enquanto eu estava lá. Eu preciso voltar lá em breve.

—Você já pensou em se mudar para lá?

—Não realmente. O tempo todo que eu estava lá, eu mal podia esperar
para voltar.

Ela não tinha que conhecê-lo bem em tudo para ver a tristeza que se
apoderou dele quando ele mencionou sua avó. Ele tentou esconder isso. Ele
fez isso bem. Mas, mesmo que fosse apenas uma vacilação de uma fração de
segundo em sua expressão ou o brilho mais leve de tristeza em seus olhos, ela
pegaria. Ela honestamente não sabia como ele mantinha uma cara tão
incrível. Rindo com ela, flertando e falando sujo... Ele estava apenas tentando
esquecer o que estava acontecendo em apenas um estado ao norte?

A mão direita dele estava descansando sobre a alavanca de câmbio.


Macy se aproximou e colocou a dela em cima da dele.

—É muito ruim, não é?

Ele ficou um longo tempo de responder. Ela viu os músculos de sua


garganta se contraírem quando ele engoliu.

—É ruim.

—Eu sinto muito. Nós nem sequer...

—Não, pode parar por ai. A coisa sobre Nana é que ela é mais cheia de
vida do que qualquer um que eu já conheci. E tão genuinamente boa. Para
deixar a vida que ela tinha construído, e se mudar para cá para cuidar de nós
quando ela estava de luto também... Eu não sei se eu poderia fazer isso, sabe?
Eu só posso ouvi-la na minha cabeça me dizendo para não se preocupar com
ela, para continuar a viver. Não é que eu não me preocupo com ela, mas... Oh,
merda. — Ele esfregou os olhos com força com o polegar e o indicador.

—O quê? Por favor, me diga.

O desconforto dele era palpável. Ele esfregou a parte de trás do seu


pescoço, verificou os espelhos desnecessariamente. Ela começou a pensar que
ele não ia responder, e ela teria que aceitar isso. Mas, então, ele a
surpreendeu.

— Alguns meses atrás, ela estava tendo um dia bom, e eu disse a ela
tudo sobre você. Eu tenho uma foto no meu telefone que eu tirei de você e de
mim quando nós estávamos brincando como bobos quando começamos a sair,
lembra? A que estamos fazendo caras estúpidas. Ela olhou para a foto, e então
olhou para mim e me perguntou o que diabos eu estava fazendo ali
conversando com ela quando eu deveria estar aqui correndo atrás de você.
Esse é o tipo de pessoa que ela é. Ela realmente queria dizer isso. — Ele ligou
a seta e suspirou. —Essa foi uma das últimas conversas coerentes que
tivemos. Tudo sobre você.

Macy olhou para o seu perfil com tal espanto silencioso, que ela mal
notou quando ele entrou em uma garagem e freou. Uma vez que ele
desengatou o carro, ele reclamou a mão dela e entrelaçou seus dedos nos dela.

—No entanto eu não posso dizer que é o por isso que eu voltei. Minha
irmã me incentivou a vir para casa por um tempo, e eu senti que eu precisava
vir para verificar as coisas ao redor da casa, ver meus amigos, voltar para a
minha música, simplesmente estar aqui. Mas eu pensei que era muito
engraçada a forma como as coisas funcionam. Se você conhecesse Nana,
saberia que ela quase sempre consegue o que quer. — Ele levou a mão dela
para cima, escovando os nós dos dedos com os lábios. —Aqui estou eu,
correndo atrás de você.

Ela abriu a boca, mas as palavras não estavam lá. Se era terror ou
euforia que as mantinham em cativeiro, ela não sabia.

Não era suposto que isso acontecesse. Oh Deus. Calor picava o fundo
dos seus olhos, e ela queria correr. Queria ficar. Porque os lábios dele eram
quentes, plenos e maravilhosos, e ela os queria por todo o seu corpo. Agora.

Ela se lançou para ele, e a volúpia de sua boca na dela enviou seu
estômago em uma queda livre. Isso não era diferente da alta vertigem de
cavalgar em um galope rápido, e ela não se permitiu fazer isso em muito
tempo...

Procurando por ar, ela se afastou o coração batendo forte em seu peito.

— Qual é o problema? —, Ele respirou, inclinando-se e tentando


recapturá-la. Ela deixou-o, incapaz de resistir. Assim como na primeira noite,
assim como todas as noites em que estiveram juntos desde então. Incapaz de
resistir. Sabendo que ela deveria. Gemidos indefesos escaparam de sua
garganta. A língua dele deslizou dentro da boca dela. Ele soltou a mão dela, e
ela colocou os braços em volta de seu pescoço enquanto ele alisava a mão em
suas costelas e encontrou seu seio, apertando suavemente através de suas
camadas de roupas.
Por que seu corpo tinha de responder desse jeito com ele? Por que não
poderia ter ansiado o toque de Jared esse tanto? Ela nunca o teria deixado se
tivesse. Sob as mãos de Seth, ela se tornou viva. Ela desdobrava, refinava,
florescia. Ele se sentia tão certo, mesmo quando tudo mais era tão errado.

—Vamos entrar —, ele murmurou contra seus lábios. Macy não poderia
imaginar deixá-lo ir, mas ela entendeu que se não, eles só teriam mais uma
rodada de sexo veicular. Balançando a cabeça, ela se inclinou para trás
quando ele a soltou. —Espere sentada.

Quando ele fez a viagem rápida em volta para abrir a porta, ela olhou
para a casa em frente a ela. Muito bonita, tradicional tijolo bege com telhado
triangular. Ela deslizou de seu banco depois que ele abriu a porta, dando uma
olhada ao redor. O bairro era bastante agradável com casas semelhantes
apertadas juntas ao longo de ambos os lados da rua. Quieta. A maioria das
luzes já estavam apagadas; ela teve a sensação de ter estado fora por horas.

—Acho que você não pode tocar sua música muito alto aqui.

Ele fechou a porta, sorriu e puxou-a para a varanda da frente.

—Poderia explicar porque eu não fico aqui frequentemente.

Havia um frio no ar hoje à noite, agravado pelo calor que ela apenas
sentiu em seu carro, em seus braços. Ela estremeceu com impaciência em seu
casaco, enquanto ele destrancava a porta da frente, e então ele estava
puxando-a para dentro e empurrando-a contra a parede, e não havia nada
além dele, seu beijo, a força de seu corpo sobrepondo a dela. Ela agarrou o
colarinho dele e correspondeu a ferocidade dele com a sua própria. Quando os
lábios dele deixaram os dela para beijar um caminho quente para o pescoço,
ela virou a cabeça e notou a porta ainda aberta.

—Seth... A porta...

—Está escuro.

—Você não pode...

—Cale-se, Macy.

Dane-se ela mesma por ter alguma vez dito a ele que ela precisava de
alguém para fazê-la se calar. Então novamente, ela pensou quando ele
empurrou a sua saia até os quadris, que pode ter sido um dos pedidos mais
benéficos que ela já fez. Os dedos dele ainda frios por causa da temperatura lá
fora, queimaram a carne queimando entre suas pernas, e seus joelhos se
dobraram. Ela agarrou-se aos ombros dele para manter-se de pé.

—Tão quente —, disse ele, roçando sua boca para trás e para frente
pela dela daquela forma devastadoramente erótica que ele tinha. —Tão
fodidamente quente, Macy... — Mãos grandes deslizaram sob sua bunda e a
ergueu, plantando suas costas com força contra a parede. Ela enrolou suas
pernas em torno dos quadris dele, se arqueou contra ele e praticamente
ronronou. Ele teve que deixá-la ir para abrir suas calças, e ela agarrou-se a
esmo, rezando para que ele se apressasse.

Um metro e meio para a esquerda deles, a porta da frente ainda


continuava totalmente aberta, e uma brisa fria roçou sua coxa esquerda. Lá
fora na rua, um carro passou devagar, e ela engasgou, embora ser vista não
era nem mesmo uma possibilidade remota.

Quem ela estava brincando? Naquele momento, ela não se importaria se


alguém andasse até a porta e os assistisse. O pênis dele, em toda a sua glória
totalmente ereto, deslizou sobre sua calcinha úmida, raspando seu clitóris
através da renda. Seu aperto sobre ele aumentou em desespero. Uma pequena
mudança na posição e ele seria capaz de...

—Camisinha — ela suspirou. Puta merda, eles não poderiam esquecer.


Ele já tinha engravidado uma garota, pelo amor de Deus.

—Foda— Girando-a, ele a depositou em um sofá perto enquanto ela


tentou se orientar na sala escuro. Ele não era nada além de uma sombra
escura pairando sobre ela, mas ela podia vê-lo rapidamente arrancar sua
carteira e puxar o pacotinho fora. Assim que ele tinha a camisinha sobre a
ponta, ela o alcançou com as duas mãos e desenrolou-a em seu comprimento
inchado. Ele soltou um suspiro trêmulo, parecendo mal conseguir se manter
no controle tempo suficiente para ela realizar a tarefa. Ela esperava que ele
caísse sobre ela quando ela terminasse, mas ele a puxou pelos seus pulsos e a
colocou de volta em sua posição anterior, contra a parede.

Ela riu, e ele sorriu contra a garganta dela.

—Eu realmente queria fazer deste jeito — disse ele.

—Eu realmente queria que você o fizesse.

—Garota impertinente—. Os dedos dele, apertando a coxa dela, se


arrastaram para dentro, para puxar a calcinha de lado. Ela gemeu e ofegou
como ele testou sua umidade e, em seguida, posicionou-se com um grunhido
que soou mais animal do que humano. Sem usar menos roupas do que ela
estava em dois minutos atrás, ela estava prestes a ter sexo contra uma parede.
Na frente de uma porta aberta. Esta era uma primeira vez.

—Oh!— A intrusão brusca chicoteou todos os pensamentos para fora de


sua cabeça, ela teve que escalá-lo em um esforço inicial para escapar da
estirada ardente quando suas respirações se misturaram. O aperto dele sobre
ela se intensificou, não a deixando ir embora. Ela choramingou quando ele foi
mais profundo do que o seu corpo excessivamente ganancioso estava
preparado.

—Jesus —, ele murmurou e a beijou, lento e de derreter. Tudo de uma


vez, os músculos dela pareciam responder generosamente, relaxando ao redor
dele, ficando líquido. Ele deslizou para dentro até que ela estava presa
fortemente a sua virilha. Um suspiro de alívio escapou dela. Quando ele
começou a se mover, não era com a urgência que ela esperava, dado o seu
início apressado. Foi com uma deliberação lenta que poderia destruí-la.

—Seth, oh Deus...

Era uma coisa boa que ele era forte o suficiente para segurá-la; ela não
tinha forças. Ela apertava em torno dele, mais e mais, e ela sabia que ele
sentiu isso a partir dos sons que ele fez. Prazer acentuado pegou fogo na
frente de sua barriga e brilhou fora até que nada existia, além da sensação
dele dentro dela e o gosto dele em sua boca. Calor. Ela virou a cabeça em
direção da brisa que vinha da porta aberta, na esperança de encontrar algum
alívio para suas bochechas em chamas. Outro carro passou pela rua. Seth
chupou o lado de seu pescoço, e ela sorriu para nada em particular.

O medo, a necessidade de correr que tinha se apoderado dela no carro...


Ainda estava lá, um pouco. E já era tarde demais. Se ela quisesse fugir de
Seth Warren e tudo o que ele a fazia sentir, ela deveria ter feito isso desde o
primeiro momento que ela o conheceu. Ela não deveria ter deixado ele em
qualquer lugar perto dela. Toda vez que eles estavam juntos, ele acabava com
a sua determinação. Essa primeira noite no ano passado, ela não tinha sido
capaz de não fugir dele depois de tudo. Agora, ela não pensa que poderia fazê-
lo mesmo se tentasse.

Ele mudou seu aperto sobre ela então, içando-a, movendo um braço e
depois o outro, até que ele a estava segurando com os antebraços sob as coxas
dela... E algo aconteceu. Era seu piercing? Ou seu ângulo ajustado... A
respiração dela se prendeu, a boca aberta quando sua cabeça caiu para trás.
Essa centelha de prazer, ele a estava atiçando em um completo inferno
estrondoso, mais e mais a cada estocada. Um grito saiu arrancado de sua
garganta, e ela rezou para que os vizinhos não pudessem ouvir, embora um
segundo depois, ela estava além de incomodar.

—Oh, bebê, se você ficar mais apertada em mim eu vou morrer —, disse
ele.

—Seth, você é... O que é... Deus!— Êxtase puro fundido irradiava de seu
sexo; a parte de trás de sua cabeça encontrou a parede com um baque quando
ele empurrou mais fundo nela. Os músculos dela começaram a apertar. Suas
unhas se cravaram duramente no couro da jaqueta dele. Ela não tinha
nenhum controle agora, era tudo dele, e ele gostava desse jeito, não gostava?
Ela não podia resistir de tentar se esquivar da intensidade, mesmo quando ela
se jogou contra ele.

—Onde você está tentando ir, hein? Goze para mim, Macy. Goze para
mim, ou eu vou levá-la para fora e fazer você gritar lá no gramado da frente
para toda a porra do bairro ouvir.

A onda de pânico e a excitação provocadas pelas palavras dele a


atiraram na borda, mesmo que ela soubesse que se cada orgasmo anterior
havia sido de explodir a mente, este com certeza selaria a seu destino. Não
havia nenhuma ajuda para ela. Ela o envolveu em um aperto de morte,
mordendo o couro em seu ombro para não gritar quando o prazer rasgou tão
duro que era quase doloroso.

Ele rosnou algo que seu cérebro saturado de prazer não conseguiu
decifrar, batendo mais forte contra ela. Em uma nova profusão ele roçou seu
clitóris, pegando-a no ápice e arremessando-a mais alto. Ela gritou e soluçou e
o arranhou, poderia até mesmo ter dado uma tapa nele, antes da exaustão a
puxar para baixo e ela estava desossada entre ele e a parede.

Deslizando livre e então a carregando em seus braços, ele chutou a


porta fechada e conseguiu acertar um interruptor de luz nas proximidades.
Ela só soube porque a escuridão por trás de suas pálpebras fechadas estava
de repente... Menos escura. Sua mente não havia reiniciado ainda. No
momento em que ela finalmente conseguiu erguer os olhos abertos, ela estava
deitada em uma cama em um quarto mal iluminado.
—Ainda está comigo? —, Ele perguntou, deslizando o cabelo para fora
da testa dela.

—Que diabos foi isso?

Ele riu, apoiando a cabeça em seu cotovelo.

—A foda mais quente que eu já tive.

As sobrancelhas de Macy se juntaram. Será que ele alguma vez ia


pensar no que eles tiveram como algo mais do que isso? Ela era louca por
querer que ele pensasse?

—Qual é o problema?

—Eu estou... Molhada?— Algo estava definitivamente acontecendo;


suas coxas estavam úmidas. Oh, Deus, o preservativo não tinha estourado,
tinha?

—É a primeira vez que já aconteceu com você?

—O que?

—Bebê, isso é tudo seu. — Ele arrastou um dedo acima de sua perna.
—O ponto G é algo de se admirar.

Sério? Ela nunca acreditou em toda aquela coisa sobre ejaculação


feminina. Candace e Sam tinham debatido sobre isso uma vez, ela pensou,
mas ela tinha se desligado do assunto... Assim como sobre muito do que
Candace tinha dito sobre sexo com piercings genitais envolvidos. Ela ainda se
sentia infeliz sobre o modo com que ela tratou sua amiga apesar de todas as
suas desculpas.

—Você tem certeza?

Ele deu uma risada irônica.

—Oh sim. Você pode apostar que eu tenho fodidamente certeza quando
eu faço uma mulher fazer isso. — Em um movimento fluido, ele se levantou da
cama. —Deixe-me pegar uma toalha para você.

O constrangimento rugiu alto na cara dela, e quando ela cobriu o rosto


com suas mãos, percebeu que suas pernas não eram as únicas coisas
molhadas. Lágrimas cobriam suas bochechas. Ela sentou-se, olhando para as
palmas das mãos úmidas em desânimo. O que diabos ele acharia dela agora?
Que ela era um pesadelo: danificada, sentimental e sexualmente reprimida?
Cruelmente o suficiente, o pensamento só fez mais lágrimas escorrer de seus
olhos mais rápido do que ela poderia freneticamente enxugá-las com as
mangas de sua blusa.

—Macy, bebê, o que há de errado?

Ao som de sua voz, ela saltou em pânico agradecendo tudo o que era
mais sagrado por suas pernas serem capazes de segurá-la. Ela não poderia
sofrer outra vergonha esta noite.

—Nada. Pode... Você pode me levar para casa?


—Espere, não. Merda, eu fiz alguma coisa?

Não era assim que as coisas deveriam acontecer, de forma alguma. Isso
era para ser divertido. Onde estava a diversão? De onde estava vindo todo esse
lixo emocional?

—Fale comigo, caramba. Eu não posso corrigi-lo se você não falar


comigo.

—Eu não preciso de você para me corrigir — ela retrucou e


imediatamente desejou que ela pudesse ter segurado essas palavras antes
delas escaparam. Ele congelou no meio do caminho, uma ruga aparecendo
entre as sobrancelhas.

—Eu não disse que eu iria corrigir você. Você não está quebrada. Mas
algo a deixou toda fodida, e talvez eu possa corrigir isso. Há uma diferença.

—Existe? Eu só... — Ela expirou profundamente, em seguida, tomou


respirações lentas e medidas, lutando para enviar as lágrimas de volta onde
apareciam mesmo quando ela as limpou.

—Eu sinto muito. Normalmente, eu não sou uma chorona.

Ele levantou uma sobrancelha cética.

—Ok.

Grande. Ele já havia sofrido com uma ex-psicopata. Ela esperava que
ele não achasse que ele estava em pé na frente da próxima. Ela riu sem
humor, desistindo de sua batalha contra suas próprias emoções e olhando
para baixo para brincar com os seus dedos.

—Não é culpa sua. Não é nada que você tenha feito.

—Eu acho que eu prefiro ouvir o que é. Pelo menos então eu poderia ser
capaz de fazer algo. — Ele se aproximou e lhe entregou a toalha que ele tinha
trazido. Felizmente, ele não ficou olhando enquanto ela enxugava os restos de
seu prazer mais cedo e da dor emocional que a perseguia. Ele caminhou para
longe, enfiando as mãos nos bolsos e cegamente olhando algumas fotos na
cômoda. Ela teve de tirar sua calcinha – ela teve que pegar a outra na sua
bolsa.

—Você não acha que é bastante óbvio como isso vai acabar? — Ela
desabafou.

Ele olhou para ela então. A amargura na resposta dele arrancou algo de
dentro dela. Como se as palavras tivessem trazido velhas mágoas que ela nem
podia imaginar.

—É. Eu acho que é.

—Então, por que eu estou aqui?

—Eu não sei Macy. Por que você está? Eu não sinto que tenho de
explicar o que você está fazendo aqui, depois do que eu disse a você no carro.

—Você não acredita que essas coisas alguma vez funcionem. Estou
surpresa que você ainda quer tentar.
—Talvez finalmente eu tenha visto algo que valesse a pena o risco.

Ela não queria resistir ao sorriso provocando em seus lábios, mas ela
não podia confiar nisso ainda.

—Sério?

—Bem, não tanto quando você está uma bagunça soluçante ou uma
bêbada chata, mas... — Ele se abaixou para evitar o travesseiro que ela pegou
e jogou nele. —Brincadeira. Eu até gosto de você dessa forma.

—Eu não posso imaginar por que.

—Jesus. Eu não sei como alguém tão bonita, talentosa e incrível como
você nunca teve uma dose para a sua autoestima. Você pode explicar isso, por
favor?

—Meu acidente...

—Isso é tudo o que foi. Um acidente. Poderia ter acontecido com


qualquer um. Isso aconteceu comigo, o pesadelo de toda criança pequena. É
difícil, eu sei disso. Mas não deixe isso te derrotar.

Ela assentiu com a cabeça, ainda fungando.

—Eu deixei. O acidente... Eu sinto como se ele tivesse tirado a minha


identidade. Isso me fez ter medo. Até fiquei com medo dos meus amigos
quando eles começaram a mudar em torno de mim. Eu senti como se o meu
mundo tivesse sido arrancado de debaixo de mim uma vez, e eu o tenho de
volta, mas... E se eu não tenho tanta sorte da próxima vez?

Ele cruzou até ela, inclinando o queixo até que ela foi forçada a olhar
para ele... Não que ela pensasse que ela queria olhar para qualquer outro
lugar naquele momento, ou nunca. Alguma emoção inominável estremeceu
através de seu peito enquanto suas mãos quentes e suaves seguraram ambas
as bochechas.

—Pare. De estar. Com medo.

Ela estava com tanto medo, porque ela tinha encontrado a pessoa com
as ferramentas para colocá-la inteira novamente? Ele sofreu uma perda tão
profunda que ela se sentia como uma criança idiota reclamando do dodói que
ela ficou quando caiu do cavalo.

Aqueles olhos. Ela muitas vezes pensou que poderiam engoli-la. Agora
ela tinha certeza disso. Seus polegares delicadamente limparam a última trilha
de suas lágrimas.

—E não fique envergonhada comigo.

Ela mordeu o lábio, vendo-o olhar para ela, perguntando o que ele
estava procurando em seus olhos. Ele deve saber que se ela tivesse as
respostas para todos os muitos mistérios da sua alma, ela com maldita
certeza, teria dado a ele por referência presente e futura.

—Quando estamos juntos, eu quero te levar a lugares que você nunca


esteve antes—, disse ele. —Isso é com o que eu concordei, lembra? Não fique
histérica comigo quando eu faço isso, a não ser que você esteja pronta para se
afastar desta coisa toda.

—Eu não estou indo embora —, ela sussurrou. Ele baixou o rosto para
o dela, e ela inclinou-se para beijá-lo antes que ele pudesse fazê-lo. Ecos de
prazer ondularam por sua barriga com o toque dos lábios dele. Ele a puxou
para mais perto, e ela percebeu como ele estava brutalmente duro contra ela.
Isso não poderia ter acontecido nos últimos minutos. —Espere, Seth... Você
não?

Ele balançou a cabeça, esfregando o nariz com ela.

—Não. Você meio que desabou sobre mim. Pensei em levá-la para a
cama e deixá-la se recuperar primeiro. Não se preocupe com isso.

Ela sorriu, aproximando para acariciar sua sobrancelha escura.

—Você sabe, eu acho que eu estou toda recuperada agora.

—Ah, é? Bem, então, nesse caso... — Ela gritou feliz quando ele a
derrubou de volta na cama.
Capítulo Catorze

Eram três da manhã, ele estava tão exausto que mal conseguia mover o
braço, mas a mulher completamente relaxada e tranquila ao lado dele fez todo
o esforço valer a pena. Teria valido a pena, independentemente, mas... Droga.

Ela estava deitada de bruços, com os braços dobrados sob si e um


pequeno sorriso pacífico em seu rosto, seu corpo nu longo, magro e cintilante
no tênue brilho da lâmpada. Ele traçou trilhas leves ao longo das costas dela
com a ponta dos seus dedos.

Quem diabos estava sorrindo para ele para que isso tivesse acontecido?

—Mmm—, disse ela, a primeira palavra que qualquer um deles tinha


conseguido desde o colapso em uma pilha de membros emaranhados, suor e
euforia vinte minutos atrás.

Ele ecoou o som, inclinando-se para beijar o ombro dela e sentir o


cabelo escuro com cheiro de baunilha derramando sobre ele. Não importa o
quanto ele estava cansado, ele não conseguia parar de tocá-la.

Ele estava tão ferrado. Na melhor maneira possível.

—Você está com sede? —, Perguntou ele.

—Mm-hmm. Mas não fique de pé ainda. Isso está gostoso. — Ela soava
tão sonolenta e tão fodidamente fofa. A pele dela era um deleite, macia e suave
e, exceto pela cicatriz em sua espinha, imaculada. Ele se moveu até que sua
cabeça estava na parte superior das costas dela para que ele pudesse assistir
seus dedos traçando a linha. Um pouco de tensão penetrou em seus
músculos, mas fluiu facilmente fora quando ele continuou acariciando-a.

A presença da cicatriz obviamente a incomodava. E não era um


quelóide12, com o qual ele nunca estava inclinado a foder ao redor. Se ela não
fosse tão anti tatuagem, ele poderia criar uma obra-prima para ela. Antes que
ele percebesse, ele estava traçando para fora dela, um projeto desdobrando em
sua cabeça, que englobava uma linha reta e estendidas para fora em padrões
sinuosos. Talvez algo com hera verde vibrante, ou...

—O que você está fazendo?—, Ela murmurou.

Ele se manteve no desenho. Porra seria lindo nela.

—Projetando a tatuagem que você nunca vai me deixar te dar.

Para sua surpresa, ele não foi recebido com rejeição dura e súbita. Ela
se virou embaixo dele, e ele deslizou a cabeça no travesseiro para olhar para o
rosto dela.

                                                            
12 Quelóide: é um caso especial de cicatriz. Como desordem fibroproliferativa, são lesões fibroelásticas,
salientes, rosadas, avermelhadas ou escuras e às vezes brilhantes. Podem ocorrer na cicatrização de
qualquer lesão da pele. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas (benigno), não contagiosas e
indolores, podem se tornar um problema estético importante.
—Por cima da minha cicatriz?

—Veja só. — Ele puxou seu braço esquerdo para cima para ela ver,
apontando para uma faixa preta grossa da tatuagem. —Bem aqui. Sente? Foi
aí que um osso perfurou através da minha pele após o acidente. A cicatriz é
feia como o inferno.

Ela passou os dedos levemente sobre ela.

—Uau. Eu nunca tinha pensado nisso antes. Cobrir uma cicatriz com
uma tatuagem, eu quero dizer.

—Não é para todos. Alguns podem levar várias sessões. Alguns podem
se machucar mais, se isso é um fator. No entanto eu acho que você seria uma
boa candidata. Ela é fina, e mesmo se eu não a cobrisse, eu poderia fazê-la
menos perceptível. Quero dizer. — Ele sorriu. —As pessoas só iriam notar
como a sua tatuagem é incrível.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos.

—Algo para se pensar, eu acho. Embora eu não saiba se eu poderia


fazê-lo.

— Bem, você sabe — ele disse, virando-se de costas e enfiando um


braço atrás da cabeça. —Faça isso pelas razões certas, ou não faça.

— Não se trata de vaidade, de verdade. É a lembrança. Eu não sei se


mudá-la ou cobrindo-a ajudaria.

—Seria no mínimo, uma lembrança de algo diferente. Transformá-la em


algo bonito.

A mão de Macy deslizou sobre o peito dele, e ela subiu sobre ele, seus
seios e seu cabelo longo o tocando levemente quando ela se inclinou para lhe
dar um beijo.

—Obrigada.

Naquele momento, o modo como seus olhos castanhos o beberam, ele


não queria mudar uma coisa maldita sobre ela.

—Eu acho que você é linda do jeito que é. Eu só quero que você se sinta
melhor.

Os lábios dela se curvaram para cima.

—É só fachada, não é?

—O que é isso?

—Você não é nada parecido com a imagem que projeta.

—Então, eu sou uma farsa agora?

—Não, não uma farsa. Jesus.

Ele riu, e ela se inclinou e o mordeu.


—Não, eu te entendi. Há algum show, eu não posso mentir. Mas ainda é
quem eu sou. É um escape. Minha música e meu trabalho é como eu tiro toda
a merda louca que se passa na minha cabeça. Coisas que eu não posso deixar
sair na sociedade educada, você sabe. Só que... Eu estou tão raramente na
sociedade educada, que eu não sei como me comportar nela de qualquer
maneira, por isso.

O meio sorriso de Macy começou a tremer, e então ela quebrou em uma


gargalhada. Era contagiante, e ele não podia evitar, mas juntar-se quando ele
se sentou para encará-la.

—O que há de tão engraçado, desmancha-prazeres?

—Eu estou apenas... Eu não sei se eu deveria até mesmo dizer isso.
Pode te assustar ou fazer você ficar louco ou algo assim.

—Se não envolve você colocar suas roupas neste momento, não vai.

Ela arrastou seu dedo ao longo de uma de suas tatuagens, sem olhar
nos olhos dele.

—Eu estou pensando em como seria levá-lo para casa para conhecer
meus pais.

Loucura, inferno. Ele experimentou uma erupção de alegria de que o


pensamento até mesmo tenha passado pela mente dela.

—Ah, é? O que eles pensariam?

—Eles são pessoas boas, você entende, mas você não é exatamente o
que eles esperariam. Eles são muito do ar livre, muito simples. Meu pai pode
ser muito barulhento e engraçado, embora, e ele não se importa em deixar as
pessoas irritadas. Eu acho que seria hilário ver vocês dois competindo, isso é
tudo.

—Seu pai parece meu tipo de cara.

—Então talvez nós vamos descobrir onde isso vai dar — disse ela
timidamente. —Eu tenho que avisá-lo, provavelmente você vai estar
acampando, pescando e caçando com ele antes de perceber.

Ele nunca teve seu próprio pai por perto para fazer esse tipo de coisa.
Pelo menos não que ele pudesse se lembrar.

—Eu estaria disposto a fazer isso. Enquanto eu não tiver que subir em
nenhuma porra de cavalo.

A mão desenhando linhas tentadoras ao longo da pele dele, de repente o


empurrou.

—Ah, não! Me diga que você não odeia cavalos.

Ele pegou o pulso dela e empurrou-a para a cama, levantando-se sobre


ela.

—Não, não odeio. Eu simplesmente não sinto a necessidade de ficar em


cima de um. Você, por outro lado... — Deus, será que ele alguma vez inalaria o
suficiente do cheiro dela? Ela suspirou quando ele arrastou seus lábios em
seu pescoço.

—É justo. Você pode descobrir, contudo... Ou... — Ele continuou se


movendo para baixo, lambendo um caminho em torno de seu pequeno mamilo
atrevido. —... Pode descobrir um amor por cavalgar que vai ficar com você
para o resto de sua vida.

Ele pode descobrir um amor para ela que iria ficar com ele para o resto
de sua vida, se ele mantivesse essa merda. Bonita, macia, sensível Macy... Um
pequeno osso duro de roer, mas tão quente e doce, uma vez que ele fazia.

—Você não pode estar pronto para fazer de novo —, disse ela. Com
isso, ele levantou-se de joelhos e guiou a mão dela para sua ereção.

—Isso não parece pronto para você?

—Meu Deus. Você é sobrenatural.

—Ou você é. É tudo você, bebê.

Ela sentou-se, acariciando-o levemente em sua mão quando ela deu-lhe


um olhar recatado sob uma faixa de cabelo escuro. Aquele olhar ali, seria a
morte dele. Especialmente com a boca dela pairando tão perto de seu pau,
quando tudo que ele queria era se enfiar entre aqueles lábios rosados.

—Oh, por favor. Eu tenho que acreditar nisso?

Ele deu um olhar exagerado em torno do quarto, esquerda, direita e


voltou para ela.

—Você é a única aqui. A menos que eu tenha outra garota escondida


debaixo da cama. Eu não acho que eu tenha. Eu poderia verificar.

—Tudo bem, obrigado.—

—Sem outras garotas? Vamos lá, Macy. Se você quer ficar com um
cara como eu, você tem que compreender as minhas necessidades.

Lá estava ele. Aquele olhar absoluto ele está brincando ou não? De


confusão em seus olhos castanhos. Quebrada a noz ou não, ele sabia que seu
nervosismo ainda estava ali em algum lugar.

—Você mesmo disse, bebê. Sou sobrenatural. Você é uma grande


transa, mas com certeza você não acha que só uma mulher poderia manter
todo este homem satisfeito.

—Eu aconselho você a não dizer essas coisas para uma mulher que tem
o seu bem masculino mais precioso em suas mãos.

Sorrindo, ele segurou o rosto dela e inclinou-a para um beijo.

—Você sabe que eu sou cheio de merda, né?

—Às vezes é difícil de dizer.— Macy estava realmente fazendo beicinho.


Porra, ela era quente.
—Sim, bem, não se preocupe. Mulheres são loucas. Uma de cada vez é
tudo que eu estou disposto a assumir. — Ela deu um beliscão duro na coxa
dele, e ele uivou.

—Ei! Cuidado com as sua mãos de Hulk.

—Eu não tenho mãos de Hulk.

—Elas podem parecer pequenas e delicadas, mas você poderia quebrar


pedras com elas.

—Eu posso fazer isso com elas também. — Ela cercou o pênis dele com
ambas, lentamente e suavemente deslizando desde a ponta até a base. Todo o
ar saiu dos pulmões dele. Ele mergulhou os dedos nos cabelos dela, resistindo
à vontade de puxar a boca dela em direção a ele.

—Isso é bom—, ele murmurou. —Eu gosto muito mais disso.

Macy se aproximou, uma perna de cada lado dos joelhos dele. Ah, foda,
sim. Seus olhos brilharam para os dele, pura maldade em suas profundezas.
Ela lambeu os lábios.

—Você quer que eu o chupe?

Era como perguntar se ele queria tomar sua próxima respiração. Ele
pulsava entre as mãos dela, e aquela distância entre os lábios dela e a cabeça
do seu pênis. Era necessário diminuí-la muito, muito em breve.

—Chupe-o, Macy.

—Eu não vou receber ordens agora. Se você quer isso, vai ter que me
pedir delicadamente.

—Maldição! Por favor, chupe-o.

—Isso não foi legal. Você não pode xingar, e vamos tornar isso
interessante. Você não pode dizer 'chupar'.

—Ei agora. Você disse.

Seus lábios curvaram para cima.

—Minha boca. Minhas regras.

Ela ia ter o devido retorno mais tarde.

—Macy, rainha do meu universo, eu suplicantemente peço que você


coloque os seus doces lábios sobre minha masculinidade e o torne seu
pirulito.

—Oh meu Deus. Isso foi impressionante. — Sorrindo diabolicamente


agora, ela observava os movimentos de suas mãos enlouquecedoras por um
longo tempo, agora acariciando com uma, depois com a outra em cima dele e
ele pensou que ia gritar. — Hmm. Eu concordo.

O prazer autêntico da língua dela alisando a parte inferior de seu pênis


era mais do que ele poderia tomar. Ela não deixou nenhuma parte de seu
comprimento inexplorada pelos redemoinhos molhados e deliciosos, até
mesmo brincando com seu piercing, dando-lhe pequenas lambidas que ele
sentiu todo o caminho em sua espinha. Quando ela finalmente o envolveu na
felicidade de sua boca, sugando seu caminho pouco a pouco em direção à
base, ele estava ofegante.

Ele reuniu seu cabelo rebelde em um rabo de cavalo e segurou-o em seu


punho, precisando de alguma medida de controle sobre o ataque devastador
dela sobre seus sentidos. Quem quer que seja o cara que a ensinou a chupar
um pau, ele queria comprar-lhe uma cerveja e espancá-lo.

Os pequenos gemidos desesperados dela ao redor dele fez suas


terminações nervosas cantarem. Sua mão apertou forte em torno dele,
prolongando a agonia, mas ele não estava reclamando. Ele poderia, no
entanto, devolver totalmente o favor mais tarde, e ele não descansaria até que
roubasse completamente seus poderes de fala.

Se ele não poderia dizer a esta garota o quão incrível e linda e de tirar o
fôlego ela era, ele poderia mostrar, e então não dar a ela nenhuma chance de
discutir com ele.

Quando ele gozou, ele quis empurrá-la para trás. Ele realmente o fez.
Mas no momento em que suas mãos tencionaram no cabelo dela e seu pênis
sacudiu em sua boca, ela o chupou até a parte de trás de sua garganta e
agarrou a bunda dele com as duas mãos. Ele estava perdido. Era tudo o que
ele podia fazer para não cair sobre ela, e soltou palavras que ele não se
lembraria mais tarde, mas certamente o teria condenado depois de seu pedido
para não xingar. Ela não o deixou ir até que ela torceu cada gota abençoada
dele, e então ele caiu para o seu lado, ofegante.

—Droga, garota.

Macy deslizou ao lado dele, encaixando-se como se tivesse sido feita


para estar lá. Ele envolveu-a em seus braços e lutou para recuperar o fôlego e
para combater pensamentos como esse. Com o calor de sua pele sedosa
infiltrando nele, contudo, foi uma batalha perdida.

—O que? — Ela perguntou inocentemente.

—Você é sobrenatural.

Por um segundo, os dentes pequenos dela afundaram no ombro dele,


fazendo arrepios deslizarem em seu peito.

— É tudo por você. — disse ela docemente e beijou longe a picada que
tinha deixado.

Ele não podia esperar nem mais um minuto para sentir aqueles lábios
inchados no seu. Inclinando o rosto dela para cima, ele capturou sua boca e a
rolou de costas, com a intenção de beijá-la pelo resto da noite, se pudesse. Ela
tremeu e embalou-o contra as curvas e declives de seu corpo, correndo a sola
de seu pé pela perna dele, acariciando suas costas e marcando-o levemente
com suas unhas. Foda, ela era primorosa. Os pequenos gemidos dela
ressoavam na cabeça dele. Outro par de minutos, e ele estaria pronto para
mais uma rodada com ela. Quem era ele brincando sobre lutar contra seus
sentimentos? Ele a queria de todas as formas que a pudesse ter.
*****

Perto de quatro e meia, Macy estava começando a pensar que ele nunca
iria deixá-la dormir novamente. E isso estava bom para ela. Mas desde que
eles tinham criado um bom apetite pela malhação que eles tinham dado um ao
outro, ela estava quase feliz quando ele arrastou o corpo dela quase sem vida
fora da cama para pegar algo para comer. Era uma oportunidade de ela olhar
ao redor da casa dele também.

Vestindo a camisa que ele tinha usado no jantar, que chegava bem
depois da metade de sua coxa, ela vagava em torno de sua sala de estar,
enquanto ele vasculhava os armários da cozinha. Sobre a lareira haviam
várias fotos de família emolduradas, e ela teve que sorrir quando viu uma de
Seth em sua juventude. Finalmente, uma foto em que ele não estava
mostrando o dedo do meio para a câmera. Ele estava vestido como se estivesse
em uma praia de férias, com o braço em torno de uma loirinha com seu
mesmo sorriso e olhos escuros. Sua irmã, talvez? Stephanie? Ela era bonita. E
Seth... Ele parecia cem por cento diferente com o cabelo. Ela tinha razão em
sua avaliação: era castanho escuro, grosso e ainda tinha um pouco de ondas.
Um par de tatuagens apareciam sob as mangas da sua camiseta, mas nada
como o que ele tinha agora.

Nenhuma dúvida sobre isso, ele tinha sido um boneco e ainda o era
agora, apenas... Uma boneco com uma aparência um pouco assustadora.

A próxima foto para a direita era, obviamente, de seus pais. Ele parecia
com ambos, e os seus grandes sorrisos felizes quase trouxeram lágrimas aos
olhos dela. O pesadelo de toda criança pequena. Ela teve a súbita vontade de
ligar imediatamente para seus pais... Embora, com certeza, eles perguntariam
o que ela estava fumando para ligar para eles quase cinco da manhã se ela
não estava morrendo.

Vagando seu olhar através de mais alguns dos outros retratos na


maioria dele, da família de sua irmã e uma mulher mais velha, que só poderia
ser a sua avó ela percebeu que seu irmão deveria estar ausente de todos eles.
Nenhum cara parecido com ele ou perto de sua idade poderia ser visto em
qualquer lugar.

—O que você está fazendo aí?— Ele chamou da cozinha.

—Apenas olhando as suas fotos.

—Ugh. Não fique muito familiarizada com esse cara.

—Quem, você? Eu gosto daquele cara. De antes e de agora.

Ele riu e entrou na sala de estar carregando batatas fritas e um par de


sanduíches em um prato.

—Eu como muito fora — disse ele se desculpando. —É só eu, então...

—Isso está bom. Obrigada.

Ele colocou as coisas na mesa de café.


—Eu me esqueci das bebidas. Espere ai.

Ela continuou sua leitura enquanto ele trotava de volta para a cozinha,
movendo-se para a enorme coleção de CDs dele. Ocupava uma estante inteira.
Ele até começou a empilhar linhas em cima de linhas. Alguns dos nomes das
bandas... A fizeram estremecer.

—Oh, meu Deus.

—O que?— Perguntou ele, voltando atrás dela.

—Esta coisa... — Ela começou a rir. —Você a tem em ordem alfabética.

—Sim, e daí?

—Eu não sei, eu apenas achei engraçado você ter seu death metal em
ordem alfabética. Trazendo ordem ao caos, eu acho? Quer dizer, Deus não
permita que você deixe o Cadáver Canibal e... Decapitação do Gado fora de
ordem ou algo assim. — Ela virou-se para ele, com os olhos arregalados. —
Decapitação do Gado? Sério?

—Não odeie. Há muito que eu poderia dizer sobre esse yee-haw agudo
de merda que você ouve.

—Sim, mas...

—Sim, mas nada.

—Ótimo.

—Se isso faz você se sentir melhor, isso são apenas coisas que eu
acumulei ao longo dos anos. Eu não necessariamente as ouço o tempo todo...
Ou até mesmo gosto de tudo isso.

—Ah. Bom.

—Mas Cadáver é incrível.

—Ótimo. Então como você 'acumulou' todos estes CDs?

—Ao encontrá-los espalhados ao redor da casa de alguém depois de


uma noite de farra bêbado.

Desde que ela era lenta mas seguramente aprendendo a lidar com tudo
o que ele disse com uma pitada de sal, ela encolheu os ombros para essa.

—Qual é a sua banda favorita? Não que eu tenha ouvido falar deles ou
qualquer coisa.

—In Flames13.

—Hmm.

—E não é o caos.

                                                            
13 In Flames: (Em Chamas) Banda sueca de Death metal melódico fundada em Gotemburgo, em 1990.
Ela move-se para sentar-se com ele no sofá e fez barulho quando tomou
sua bebida.

—Parece com isso para mim. Eu só não vejo o encanto. Isso me dá dor
de cabeça.

—É força bruta. É sobre coração partido e aborrecimento. A música em


si traz ordem ao caos. Ouvi-la, tocá-la, para mim me ajuda a colocar para fora
toda a feiura. Me deixa descarregar. Isso me ajuda a controlar minhas
emoções eu posso dar um passo atrás e vê-los de longe, olhar para eles e
explorá-los sem fazer algo de que eu vá me arrepender. É como... Uma
queimadura controlada.

Ele falou tão apaixonadamente, tão sinceramente sobre isso, que ela
não poderia deixar de ficar paralisada.

—Isso é... Interessante, eu acho. É terapêutico para você.

—Exatamente. Mas não apenas isso. Eu curto para caramba. Tenho


certeza de que curtiria não importando com o que eu tenha que lidar. — Ele
mordeu seu sanduíche, e ela olhou fixamente a coleção dele, um pouco de
ciúme que ele tinha encontrado um escape. Ela não tinha nenhum. Suas
emoções estavam engarrafadas por tanto tempo que ela não sabia o que
aconteceria se tirasse a rolha. Mas dadas as suas lágrimas não convidadas e
seu ataque a ele no início desta noite, ela agora tinha uma ideia.

—Eu poderia ouvir algumas delas.

—Você não precisa fazer isso. Eu só estava explicando minhas razões,


não tentando empurrá-las em você.

—Mas se isso significa tanto para você, se é uma parte tão grande de
você... Isso me ajudaria a conhecer você. Você poderia me mostrar a sua
música favorita; que tal isso?

—Eu nunca poderia escolher apenas uma.

—Algumas, então. E me conte sobre a sua banda. Devo ousar perguntar


o nome?

—Na Matança.

—Jovial. Mas não tão ruim, considerando.

Ele riu.

—Bem, os caras rejeitaram a minha proposta de 'Misantrópicos Filhos


da Puta'. Eu não posso imaginar por que.

—Eu também não.

Ele pulou.

—Deixe-me pegar o meu laptop, e eu vou tocar para você algumas do


Flames. Tem uma canção deles em especial que tocamos muitas vezes. É
chamada 'The Jester Race'. Você vai ter uma ideia do que você ouviria se
alguma vez for a um show. — Ele estendeu e cutucou o nariz dela. —É o que
você deveria fazer. Vamos tocar no próximo mês em Austin.
—Oh, ah... Eu não acho que poderia fazer isso.

—Por que não? Brian e Candace vão nos ver quando podem. Talvez eles
possam ir também. Você não estaria sozinha.

—Isso não é para mim. Realmente. Isso não é mesmo para mim. Eu a
ouviria, mas ouvi-la ao vivo na minha cara é outra coisa.

Ele zombou.

—Sim, mas... É um pouco diferente. Eu estou pedindo para você me ver


tocar. Você provavelmente nunca me verá em um cavalo, mas eu ainda
assistiria você correr.

—Você não terá que se preocupar com isso, não é?

Ela baixou o olhar quando o rosto dele escureceu, olhando fixamente


para suas mãos, enquanto seus dedos se entrelaçavam ansiosamente um com
o outro.

—Eu gostaria foda, eu o faço. — disse ele com tal nitidez que estalou a
cabeça dela de volta para cima. — Eu gostaria de ter conhecido você antes
Macy, porque você não teria desistido, merda. Os médicos liberaram você
para montar, não é?

—Você não sabe...

—Eu estou te perguntando. Eles liberaram você para montar, não é?

Ela olhou para ele, seu pulso batendo em suas têmporas.

—Sim.

—Você mesmo disse que era a sua identidade, é quem você é. Quem a
deixou jogar a merda da toalha em si mesma?

—Ninguém! Foi a minha decisão, e todo mundo em volta de mim a


respeitou. — Todo mundo que ela deixou ficar em torno dela, isso sim.

—E você tomou essa decisão por medo, não é?

—Não há nada de errado em ter medo. Vai me dizer que não há nada de
que você tenha medo?

—Há muitas coisas que eu tenho medo. Mas não há nada que possa me
impedir de fazer o que eu amo. Nada.

—Então eu acho que é onde nós somos diferentes —, disse ela. —Eu
nem sei por que isso é um problema. Foi há anos. Esta feito. Eu ainda
monto, não é como se eu tivesse fobia. Mas ninguém vai me obrigar a fazer o
que eu não quero fazer.

—Só que, você quer fazê-lo. Você tem que querer fazê-lo.

—Se eu quisesse tanto assim, eu teria feito!— Mas as lágrimas traidoras


estavam enchendo seus olhos. Merda! Ela não queria chamar a atenção dele
para elas esfregando-as, mas também não queria deixá-las derramar. Ela
deixou cair o queixo para o seu peito, apertando os olhos fechados. Volte,
volte...

—Quão diferente você é hoje do que você era antes de seu acidente?

—Pergunte a Candace — ela retrucou. —Ela pode te dizer.

—Eu estou perguntando a você. Porque a garota que eu vi naquelas


fotos em seu apartamento... Ela parecia sem medo. E orgulhosa.

—Aquela garota ainda assim não teria ido a um concerto de death


metal.

—Isso pode ser, mas ela nunca pensaria que fugiria de si mesma, não
é?

Ela deu uma risada sem graça e balançou a cabeça.

—Eu não sei por que você está fazendo isso. O que diabos está tentando
provar?

Suspirando, ele sentou-se ao lado dela. O conforto quente de sua mão


acariciou através das costas dela, embaixo do cabelo, e seus dedos a
apertaram delicadamente.

—Eu não tive a intenção de explodir em você. É apenas algo que tem
estado na minha cabeça, e a oportunidade de colocar tudo para fora surgiu.

—O que exatamente tem estado na sua cabeça? Conte-me um pouco—

—Nada sobre você estava fazendo sentido. Eu não tenho que perguntar
a Candace quão incrível você era nesse seu negócio de rainha do rodeio. Eu
pude vê-lo. Mas o que eu vi naquela noite em sua casa, naquelas fotos, não
era o que eu estava vendo em você. Esta não devia ser uma mulher que
precisava de alguém para calá-la, porque ela é tão cautelosa. Esta devia ser
uma mulher que chutou traseiros e levou nomes. Quem diz as outras pessoas
quando se calar. — Ele gentilmente tirou o cabelo de trás da orelha dela. —Eu
ainda a vejo, sabe. Eu acho que você deve deixá-la sair para brincar mais
vezes.

Macy fungou, de repente sem medo de deixá-lo ver que lágrimas


estavam pingando uma a uma de seus olhos, respingando na camisa dele que
ela usava.

—Eu posso te dizer o exato momento em que eu a tranquei — ela disse


suavemente, a voz trêmula tanto quanto suas mãos.

—Diga-me.

—Quando eu acordei naquela cama de hospital, e... Eu não podia me


mover. — Ele a puxou para mais perto, colocando seus lábios para o lado da
testa dela. Ela puxou uma respiração estrangulada e enfrentou a escuridão
daquele momento, pela primeira vez desde que a enterrou nos recessos mais
longínquos de sua mente. — Eu não entendi a princípio; eu pensei que estava
paralisada. Mas eu deveria saber que não estava, porque, oh meu Deus, a
dor. Eu doía toda. Eu quebrei outros ossos além das minhas costas,
principalmente costelas, porque o meu cavalo caiu em cima de mim. Meu
corpo inteiro parecia que estava em um molde. Eu tive uma concussão, e
minha cabeça estava enrolada. Eu surtei. Minha mãe desabou a chorar. Foi de
alívio da parte dela, porque eu estava acordada e coerente, mas isso me
assustou ainda mais, porque eu sabia que ela estava chorando porque eu
nunca voltaria a andar.

Ele estava em silêncio, apenas segurando-a, deixando-a ir em seu


próprio tempo.

— Você monta sabendo de todos os riscos — disse ela depois de alguns


instantes. — Eu sempre os conheci. Eu tinha amigos que se machucaram, e
eu mesma fui jogada muitas vezes. Contudo, quando você pensa que é
invencível como eu fiz, é fácil acreditar que tudo vale o risco. Eu só descobri
que não valia. Não para mim.

Ela pensou em Jared e como ela disse-lhe para se afastar dela até que
ele escutou. Ela tinha feito a mesma coisa com um monte de seus amigos.
Inferno, se seus pais não tivessem presos com ela, os teria mandado embora
também. Eram todas lembranças fortes e dolorosas do que ela não poderia
mais ter, o que ela não poderia mais fazer. Em vez disso, o que ela não se
deixaria fazer.

Candace e Sam, não a tinham deixado. Mas elas não tinham sido parte
da sua vida de rodeio, e ela agarrou-se a elas, talvez mais do que a qualquer
outra pessoa. Não era de se admirar que qualquer desentendimento nesses
relacionamentos a lançava em um estado de confusão. As duas tinham sido
sua tábua de salvação. Ainda eram de certa forma.

—Eu posso entender—, Seth disse depois de um longo silêncio. —Eu


não gosto disso por você. Eu quero ver você fazer o que ama. Você merece isso.
Mas eu entendo absolutamente.

—Todo mundo merece isso, não é? Mas isso não significa que eles
conseguem o que querem. No entanto, obrigada.

—Eu mantenho o que eu disse. Eu gostaria de ter te conhecido na


época. Eu gostaria de... Ter estado lá por você.

Ela zombou.

—Eu teria te posto para correr.

—Bebê, a uma pequena coisa sobre mim que você pode não saber
ainda... Eu não corro tão facilmente. E você não me assusta.
Capítulo Quinze

O sol não tinha espreitado por sobre as árvores ainda, mas tinha que
estar chegando perto. Seth tinha feito mais do que pegar o seu laptop para
tocar um pouco de música para ela. Ele tinha trazido sua guitarra e
amplificador. Ela agora sabia que ele tocava death metal melódico, e ela foi
apresentada a uma visão geral da discografia e da evolução do In Flames.
Apesar de suas reservas, e do fato de que uma compreensão mais profunda da
música não a dispensava da leve dor de cabeça que isso lhe deu, vê-lo tocar a
emocionou. Ver os músculos flexionarem nos seus braços e peito,
testemunhar a paixão e o poder que ele colocava em cada nota. O que antes
era um inflexível não sobre ir a um de seus shows se transformou em um
bem, talvez, algum dia. Com um monte de Advil a mão.

Contudo ela não iria dizer isso a ele ainda. Fazê-lo sofrer. Ele não
parecia se importar de fazer o mesmo com ela.

— Aqui, eu acho que você vai gostar disso — disse ele, sentado no puff
em frente a ela, com sua guitarra no colo. — Provavelmente mais a sua
velocidade.

Ela se animou.

—Sério? Eu mal posso esperar para ver o que você considera minha
velocidade.

Seth riu e limpou a garganta. Ele deixou o suspense se construir por


um minuto, em seguida, as inconfundíveis notas iniciais de Sweet Home
Alabama encheram o ar.

Macy riu em satisfação, batendo palmas. Mas essa não foi à única
surpresa que ele tinha para ela; o queixo dela caiu quando ele começou a
cantar a letra com uma voz clara e impecável. Havia alguma coisa que esse
cara não poderia fazer bem? Ela não sabia no que focar. Os movimentos
hipnotizantes de seus dedos longos e graciosos sobre a guitarra, ou sua boca
deliciosa formando as palavras que ela sabia de cor desde que era pequena.
Inferno. Não importava onde ela olhava. Seu peito nu, com tatuagens, sua
calça jeans rasgada ou suas mãos habilidosas. Ele era o pacote completo.

—Incrível — ela respirou quando ele terminou com um floreio.

Sorrindo timidamente, tocou mais alguns acordes.

—Obrigado.

—O que possuiu você para aprender a tocar isso?

—Ei, eu tenho respeito pelos clássicos. — Seu olhar foi para um ponto
sobre o ombro esquerdo dela, em direção à área onde as fotos de família
estavam colocadas. Tudo de uma vez, seus olhos desfocaram, e sua mandíbula
se apertou quase imperceptivelmente. — Uma das poucas lembranças que eu
tenho do meu pai era dele tocando essa música.

—Bem, eu acho que ele ficaria muito orgulhoso.


Ela queria beijar o pequeno sorriso que provocou naqueles lábios então.

—É tipo isso. Eu provavelmente não tenho feito muito mais coisas das
quais ele ficaria orgulhoso, assim eu decidi me empenhar para fazer essa
única de forma perfeita.

—Eu duvido disso. — Abafando um bocejo com a mão, ela olhou para o
relógio. — Uau. Eu não acho que eu fiquei acordada a noite toda desde...
Humm. Eu não sei se eu já fiquei acordada a noite toda.

Seth puxou a correia da guitarra sobre a cabeça e colocou o


instrumento de lado, e ela não podia evitar em pensar que ele estava grato
pela mudança de assunto.

— Faz tempo desde que eu tenho. Você é uma má influência.

— Eu deveria ir para casa, deixá-lo dormir. Você irá trabalhar hoje à


noite?

—Merda. Sim. Eu vou.

—Oh, não. Você vai parecer um zumbi.

—Eu vou ficar bem. — Ele foi se sentar ao lado dela no sofá. Sem nem
mesmo pensar, ela se aconchegou em seu peito, quente e nu. Parecia
igualmente natural quando o braço dele se estabeleceu em torno dos ombros
dela, abraçando-a para perto. —Você não tem que ir a lugar nenhum, você
sabe. A menos que queira.

Tranquilidade a impregnou. Aquele cheiro, o cheiro dele, aquele que ela


nunca conseguia tirar de sua cabeça, quando não estava com ele, a envolveu.

— Mmm. Estou feliz que você disse isso. Eu poderia dormir aqui
mesmo.

—O que você quiser — ele murmurou seus lábios roçando a testa dela.

Ela estava apenas começando a cochilar quando o celular dele tocou no


silêncio de morte, as notas frenéticas do toque do celular dele quase fazendo
saltar fora de sua pele.

— Oh foda — ele murmurou, e ela se virou para deixá-lo levantar. —


Todo mundo deveria saber melhor do que me ligar às seis horas da maldita
manhã.

Sorrindo sonolenta com a visão de sua bunda com o jeans justo quando
ele atravessou a sala para pegar seu telefone, ela se aconchegou no canto do
sofá e deitou a cabeça sobre o braço. Sem ele debaixo dela, era um pouco frio.
Droga, ele tinha umas costas bonitas. Ombros bonitos. Tudo bonito. A
tatuagem só acentuava as linhas e contornos. Ela queria lamber cada...

Macy não sabia o que a alertou para a mudança na atmosfera, mas


sentou-se quase sem um pensamento consciente. Talvez tenha sido o seu
comportamento quando ele verificou o visor do telefone, talvez houvesse um
enrijecimento quase imperceptível de seus músculos que ela sentiu mesmo do
outro lado da sala. Talvez tivesse simplesmente levado algum tempo para
perceber que uma chamada há uma hora inaceitável já que todos deveriam
'saber melhor' nunca era uma coisa boa.

Seja lá o que fosse, ela sabia antes dele levantar o telefone no ouvido
que era ruim, e a urgência em sua voz quando ele respondeu confirmou.

—Steph? O que há de errado?

A avó dele. Ele escutou por um momento antes de lançar-se em direção


ao seu quarto. Macy saltou de pé e o seguiu, com o coração acelerado.

—Foda. Foda. Ela está...? Estou indo. Apenas... Não! Eu tenho que
estar lá. Eu vou ficar bem... Sim, bem, droga, eu não deveria ter deixado você
me convencer a voltar para casa em primeiro lugar. Eu estou a caminho, tudo
bem? Mantenha-me informado.

Ele já estava pegando roupas do seu armário e as jogando na cama


quando ele jogou o telefone para baixo no colchão. Ele quicou e caiu no chão;
Macy abaixou-se para pegá-lo. Que diabos ela deveria dizer? O que deveria até
mesmo perguntar? Ele havia se esquecido completamente da presença dela,
contudo ela entendia completamente.

Finalmente, ela deixou escapar a única coisa que realmente importava


para ela naquele momento.

—Você está bem?

Ele fez uma pausa longa o suficiente para esfregar os olhos com força
usando o polegar e o dedo indicador. Ele não respondeu. De vários metros de
distância, ela podia ver o tremor de suas mãos.

—O que você precisa que eu faça? Deixe-me ajudar — ela tentou de


novo, na esperança de obter alguma resposta construtiva dessa forma.

— Não há nada que você precise fazer. Eu vou te levar para casa e
partir.

— Seth, me escute. Sei que você está chateado, sei que tudo o que você
está pensando é em se chegar a ela, mas você ficou acordado a noite toda, e
você não precisa pegar a estrada neste momento.

Ele pegou uma mochila do armário e descuidosamente empurrou um


punhado de camisas nela.

—Eu estou bem.

—Você não está bem. Você poderia...

—Bebê, eu tenho adrenalina suficiente bombeamento através de mim


agora para nunca mais precisar dormir de novo. Eu tenho isso, ok?

—Pelo menos me deixe chamar Brian. Talvez ele possa ir com você ou
algo assim.

—O inferno, não, eu não vou incomodá-lo com isso.

—Você sabe que ele gostaria de ajudar.


—Eu sei. E é exatamente por isso que eu não vou ligar para ele.

—Então me deixe ir com você. Ou até mesmo conseguir um bilhete de


avião. Qualquer coisa. Por favor.

—Você dirigindo não seria nada melhor do que eu. E eu agradeço a


oferta, mas você sabe que eu serei capaz de dirigir até Oklahoma no tempo
que levaria para passar por toda essa porcaria no aeroporto.

Droga, ela não estava dando uma dentro. Ele nem sequer olhava para
ela, só rebatia suas réplicas, enquanto continuava seu empacotamento
frenético.

— Seth, você pode me dizer honestamente que sua Nana ia querer que
você se colocasse em perigo?

Os ombros dele caíram. Então ele deixou cair à camisa e se inclinou


sobre a cama, segurando-se com os punhos, respirando profundamente. Ela
se aproximou e passou os dedos sobre as costas trementes.

— Apenas algumas horas de sono e eu aposto que você vai se sentir


como novo.

—Não há maneira alguma de eu conseguir dormir agora.

Qualquer coisinha poderia fazê-lo voltar a fazer o que ele estava


fazendo. Ela sabia disso, mas tinha que perguntar. Engolindo a ansiedade, ela
disse:

—O que aconteceu com ela?

—Um derrame, eles acham. — Se levantando, ele pegou a camisa e a


empurrou dentro da mala com uma violência que a fez dar um passo para
trás. —Filho da puta.

—Não se culpe por não estar lá. Você mesmo disse que ela queria você
aqui.

—Eu sei disso.

—Então, vamos pensar sobre isso e...

Ele recomeçou a ação novamente.

—Não, foda-se. Estou indo.

—Então eu estou indo com você.

—Sim, certo.

A maneira como ele lançou as palavras dela fora como se ela não
quisesse dizê-las a chateou.

—Podemos revezar a direção e nos manter mutuamente acordados. Eu


sei que vou estar no caminho, uma vez que chegar lá, mas vamos pensar em
algo. Eu só quero que você esteja a salvo. Ei. — Pegando o braço dele, ela o fez
olhar para ela. A dor crua nos olhos dele roubou a respiração dela por um
segundo. —Estou falando sério.
—Macy...

—Você queria estar lá para mim naquela época. Eu quero estar aqui
para você agora.

De repente, ele não podia encontrar o olhar dela, e um buraco negro se


abriu e alargou-se no fundo do estômago dela. Ela poderia estar
ultrapassando os limites desta relação... O que quer que essa relação fosse.
Ele poderia muito bem não querer que ela se intrometesse em um assunto
familiar privado. E, embora ela pudesse entender completamente, a dor que a
rasgou com o pensamento era tão nítida e real que, pela segunda vez em
menos de um minuto, ela mal podia respirar.

Ele não podia fazer isso. Não agora.

—Macy, isto é...

—Independente do que mais isto seja você é meu amigo. Eu faria isso
por qualquer um dos meus amigos. — Isto era verdade, mesmo que ela
estivesse minimizando por causa do seu próprio senso de auto-preservação.

—Eu ia apenas dizer que isso é loucura. Você tem coisas acontecendo,
você tem um trabalho...

—E eu trabalho para os meus pais, que são pessoas extremamente


compreensivas e capazes. Eu posso encontrar um caminho de volta de alguma
forma. Candace e Sam podem ir me buscar; elas vão adorar uma viagem na
estrada, e nós precisamos de tempo de garotas. Eu não vou ficar no seu
caminho.

Quando ele estendeu a mão e acariciou o rosto dela, um pouco daquele


vazio se fechou. Ele a queria. Mesmo que ela não pudesse ficar com ele, era
tudo o que ela precisava saber... Que ele desejava que ela pudesse ir.

—Você não estaria no meu caminho. Eu a manteria comigo, se você


pudesse ficar. Tenho certeza de que eu não estarei de volta até que... Tudo
acabe.

—Eu sei. Sinto muito por você estar passando por isso.

—Você é incrível, sabe disso? Eu gostaria que ela pudesse ter te


conhecido.

Macy estendeu a mão e pegou a mão dele do rosto dela para segurá-la
contra o peito. Com a outra, ela acariciou a parte de trás do pescoço dele,
sentindo a tensão esticar seus músculos.

—Hey. Ela ainda pode. Não pense assim.

—Isso soa... Muito cruel.

—Então, vamos te levar a ela. Ok?

Ele a envolveu em seus braços, apertando o ar de seus pulmões e


segurando tão apertado que ela quase não podia enchê-los novamente. Ela
devolveu o abraço tão ferozmente como pode.

Quando ele se machuca, eu me machuco.


As lágrimas que brotaram então, não eram uma coisa tão ruim, e ela as
deixou fluir. Elas não eram para si mesma. Elas eram todas para ele.

*****

—Você está apaixonada por ele, não está? — Candace perguntou.

Macy olhou para fora da janela da loja de conveniência e equilibrou o


telefone celular precariamente entre a orelha e o ombro enquanto pegava
bebidas da geladeira. Do lado de fora, Seth estava enchendo seu carro com
gasolina. A visão dele em sua blusa de capuz e calça jeans rasgada com o sol
da manhã cintilando em seus óculos de aviador fez seu coração virar de
cabeça para baixo. Uma morena passando perto dele num jeans manchado de
cintura baixa e uma camiseta pequenina quase tropeçou nos próprios pés
enquanto o olhava. Ele inclinou seu queixo para ela. Macy revirou os olhos.

—Eu realmente não...

—Macy.

—Eu poderia estar... Um pouquinho apaixonada por ele?

Isso fez a amiga dela rir.

—Um pouquinho? Isso é como estar um pouquinho grávida ou algo


assim. Isso não acontece.

—Eu tenho uma pergunta séria para lhe fazer.

—Tudo bem.

—O que você honestamente acha que o futuro reserva para qualquer


uma de nós? A você ou a mim. Quero dizer, 30 anos a partir de agora, ainda
vamos estar realmente com esses caras, chegando em casa velhos e grisalhos
do estúdio de tatuagem? Ouvindo heavy metal o tempo todo enquanto
tentamos fazê-los não xingar perto dos netos?

—Eu vou estar com o meu, independente do que ele estiver fazendo.
Sem dúvidas.

—Eu apenas sinto como se a profissão deles permitisse a eles


festejarem em suas síndromes de Peter Pan ou algo assim.

—Contudo, Brian é sensato. Ele está pensando à frente. Ele sabe que
ele não vai fazer isso para sempre, o mais provável, e ele está pensando em
abrir mais alguns estúdios ao redor da área. Além disso, vamos encarar... Ele
vai receber uma herança um dia, e assim eu vou. Então você vai. — Ela riu. —
Bem, eu vou receber uma herança a menos que meus pais finalmente me
deserdem.

—Oh, isso nunca vai acontecer.

—Eu decidi que você deve estar certa. Eles já teriam feito isso. E ei,
não é como se o Ghost fosse um preguiçoso. Ele não vai gastar todo o tempo
dele sentado no seu sofá.

—Eu sei.
—Então, pare de se preocupar tanto. Deus. É tão engraçado. Eu aqui
te dizendo para não se preocupar, e seu conselho para mim sempre foi o de
me preocupar para caramba.

—Tudo bem. — Macy colocou seus lanches no balcão e retirou a


carteira de sua bolsa. — Você vai ter muitas horas para me colocar sob o fogo
na viagem de volta. Nós estamos combinadas de que vocês irão me buscar,
certo?

— Sim. Apenas mande uma mensagem com o endereço quando você o


tiver, e vamos estar no caminho. Diga ao Ghost que o Brian vai chamá-lo, em
poucos minutos, quando ele sair do chuveiro. Estamos enviando bons
pensamentos para a avó dele.

—Eu tenho certeza que ele vai apreciar isso. Vocês são os melhores.

—Muito obrigada por ter ido com ele. Brian ficou tão aliviado em saber
que ele não estava dirigindo até lá triste e sozinho. Ele realmente precisa de
você agora.

Ela abriu a boca para contradizer isso, certa de que apesar de todos os
protestos dela, ele teria ficado bem se ela estivesse ou não com ele. Mas ela
deixou aquelas palavras morrem na garganta, dizendo seu adeus a Candace e
agradecendo o caixa.

Antes de eles deixarem a casa dele mais cedo, ele certamente a segurou
como se precisasse dela. Ela não conseguia pensar naquele momento sem o
seu estômago apertar, em partes iguais, por medo e por alegria. Se as últimas
doze horas com ele tinham sido de tal insanidade sexual e emocional, como
seria a viver com ele?

Ele entrou rapidamente pela porta no momento em que ela se virou.


Com seus óculos de sol empurrados para o topo de sua cabeça agora, ela
podia ver o cansaço se instalando. As sombras sob os olhos dele, a retração de
sua boca. Ela estava pronta para cair de cara no chão também. Mas ela
injetou tanto brilho em sua voz quanto podia.

—Eu conversei com a Candace. Ela e Sam vão vir. Ela disse que o Brian
vai chamá-lo em poucos minutos.

—Legal.

—Eu peguei para nós o maior café que eles oferecem. Deixe-me dirigir
agora, ok?

Ele entregou-lhe as chaves sem fazer comentários e moveu-se para os


banheiros na parte de trás do posto. Nem mesmo um protesto. Sim, ele estava
exausto.

Cinco minutos depois, eles estavam na estrada novamente. Ela


aprendeu a dirigir com um câmbio manual o pai dela havia insistido, mas
levou algum tempo para que ela se aclimatar novamente. Ele era um bom
esportista e riu quando ela quase voltou para trás em uma colina e, em
seguida, deu um solavanco para frente.

—Ei, você está aqui para a minha segurança, lembre-se.


—Eu sei disso! Apenas faz alguns anos. — Como, quase 10. Mas ele
não precisava saber disso. —Eu vou tentar não matar o seu bebê.

Ele deu uma tapinha no painel.

—Seria preciso muito para matar o meu bode. — Ela olhou por cima
quando ele inclinou a cabeça para trás e bocejou, desejando que ele tentasse
pelo menos pegar no sono por algumas horas. Ele provavelmente queria ter
certeza que ela não ia deixar a sua transmissão caída na estrada primeiro.

Outros quilômetros ou mais depois, ela se tornou intensamente


consciente do peso do olhar dele sobre ela. Os olhos dele estavam
completamente escondidos atrás de seus óculos de sol agora; por tudo o que
ela sabia, da forma como a cabeça dele estava inclinada para trás, eles
poderiam estar fechados. Eles não estavam. Ela podia sentir isso.

—O que? — Ela perguntou, remexendo em seu assento.

—Eu acho que você é a primeira pessoa que eu já deixei conduzir este
carro, além de mim. E você parece incrivelmente sexy fazendo isso.

—Pfft. Eu sou uma bagunça. — Ele a deixou no apartamento dela por


tempo suficiente para que ela trocasse de roupa, limpasse o rosto, escovasse
os dentes e prendesse o cabelo de volta em um rabo de cavalo. Ela precisava
de uma boa noite de sono, mas principalmente ela precisava de um banho. E
pensar que ela poderia realmente conhecer a irmã dele nesta condição.

—Você é linda.

Então era ele. Se isso nunca tinha saltado e violentamente batido sobre
a sua cabeça, antes, isso o fez então. A sombra escura em sua mandíbula
estava mais forte nesta manhã. Apesar das circunstâncias, ela desejava senti-
la raspar contra sua pele novamente. Ele tinha a melhor boca maldita que ela
já tinha visto em sua vida, e ele sabia como usá-la.

—Agora eu sei que você está privado de sono — disse ela, o calor
formigando em suas bochechas, que lembrava muito bem como aquele
pescoço se sentia quando o corpo dele se movia contra o dela. Dentro do dela.
Ela teve que resistir à tentação de colocar a mão em seu rosto. O pulso dela
cresceu irregular. —Você está alucinando.

—Não. Estou vendo mais claramente do que nunca, eu acho. —


Quando ele estendeu a mão e afastou uma mecha perdida de seu cabelo atrás
da orelha, ela estremeceu com o toque dos dedos dele lá.

O que ele quis dizer? Ela tentou engolir o nó preso em sua garganta,
mas isso só permaneceu ali, sufocando-a. Algo estava crescendo entre eles.
Algo grande. Ela se sentiu impotente contra isso, e Deus sabia que ela não
gostava de se sentir impotente.

Você não gosta disso, mas você deixou com certeza isso te possuir, não
deixou? Não é tão forte quanto você pensou que era.

Ela tomou um gole de café, desejando que ele não percebesse como sua
mão tremia.
— Eu sei que essa coisa toda, tem sido muito para despejar sobre você
quando somos... Amigos. Relativamente novos amigos. Eu nunca tive a chance
de fazer algo assim para você. Mas eu quero que você saiba Macy, não importa
o que aconteça, eu nunca vou esquecer isto. Eu vou retribuir com qualquer
coisa que você alguma vez precise de mim. Sempre. Sem fazer perguntas.

Amigos. Essa palavra não tinha um gosto muito bom na boa dele, ela
poderia dizer. Ela também não estava confortável com isso, mesmo que ela
tenha sido aquela que havia jogado essa palavra nele mais cedo. Para o
inferno com a auto-preservação. O arrependimento dela naquele momento era
tão imenso, que eclipsou tudo além da necessidade de dizer a ele a verdade:
ela queria muito mais do que ser sua amiga.

—Seth, eu não quis dizer...

O telefone celular dele escolheu esse momento para vir à vida, tocando
o que até ela mesma sabia que era Big Balls do AC/DC. Por que ele escolheu
aquele toque para o Brian, ela não sabia e não se atreveu a perguntar.

O humor quebrou-se quando Seth atendeu ao telefone. Macy


interiormente amaldiçoou a escolha do momento do Brian e focou novamente
na longa estrada à frente, aumentando seu aperto no volante, o coração
batendo estupidamente. Apesar de sua exaustão, de repente ela nunca se
sentiu mais desperta.

Ela precisava se recompor então talvez a escolha do momento pelo


Brian não tenha sido tão ruim no final das contas. Seth estava no meio de
uma crise familiar. Agora não era hora de adicionar as suas emoções
conflitantes na confusão dele, não importa o quanto as suas emoções
imploraram para que ela as expressasse. Ela estaria lá para confortá-lo até
que suas amigas viessem, e então ela iria embora e o deixaria lidar com sua
dor. Quando ele voltasse, talvez eles pudessem continuar de onde eles
pararam.

O corpo dela ainda vibrava com as sequelas da maratona de sexo da


noite passada, e estar no carro dele, com o seu banco de trás, não ajudou
nada. Nada mesmo. Não é de admirar que ela estava extremamente cansada.
Ela provavelmente nunca seria capaz de andar neste veículo sem pensar no
primeiro encontro de muitos meses atrás.

O próprio fato de que ela se encontrou com ele naquela noite estava
mostrando a primeira rachadura em seu escudo exterior de cautela. Ela ainda
não sabia o que tinha acontecido com ela, mas quando ela o encontrou no bar
de sushi e ele perguntou se ela queria sair mais tarde, o seu sim foi imediato.

Solidão? Tédio? Talvez os dois, talvez muito mais. Candace tinha


apenas começado a sair com Brian, Sam tinha o Michael, e Macy tinha...
Ninguém.

Nada havia acontecido, pelo menos não naquela noite. Eles só


conversaram. Ela não havia mentido para a sua amiga quando a Candace a
encheu de perguntas sobre isso alguns dias depois, mas ela tinha tentado
muito duro esconder a decepção que sentiu decepção que ela mesma tentou se
livrar. Uma ideia tão ruim quanto à coisa toda era, ela não tinha sido capaz de
ajudar a si mesma. Certamente este cara audaz, de inteligência afiada e
aparência perigosa tinha mais em mente para ela do que sair.
Como se viu, não tinha levado muito tempo para ele mostrar a ela.

Ela olhou para ele agora, descobriu que ele finalmente se acomodou
depois de desligar da ligação com o Brian e parecia estar cochilando com o
capuz sobre sua cabeça. Bom. Ela deixou as lembranças de seu segundo
encontro absorvê-la.

A maneira como ele não tinha beijado a boca dela. Ela tinha ido para o
movimento primeiro imagine isso e ele tinha agarrado o queixo dela e raspado
a lateral do pescoço dela com seus lábios... Ah, aqueles lábios... Antes de
marcá-lo levemente com os dentes. Ela nunca, nunca poderia esquecer-se
disso. Tinha sido tão desconcertante e selvagemente erótico para ele negar-lhe
o gosto dele, quando ela estava morrendo de fome por isso. Ele a tinha tido
sem nenhum outro pouco de esforço.

Após esse momento intensamente vívido, o resto foi um borrão de


prazer. Do desejo vencendo a dignidade. Provavelmente era bom que ela não
conseguia se lembrar das coisas exatas que ele a tinha levado a dizer ou das
posições que ele a colocou para que ele pudesse chegar até ela nos confins
apertados. O grau de dificuldade só tinha feito isso muito mais quente. Ele
deu a ela o melhor sexo de sua vida. Mas isso não era algo em que eles
poderiam construir um relacionamento. Isso deveria ser algo extra, não o
principal.

No entanto, coisas como esta. Estar lá um para o outro através das


crises. Cuidar. Ela não tinha dúvida de que ela poderia chamá-lo para
qualquer coisa e ele estaria lá, mesmo antes de hoje. Isto tudo era sobre isso,
certo? E eles tinham isto acontecendo entre eles também.

Ela não queria acabar como a Raina. Esse pensamento a aterrorizava


mais do que qualquer coisa. Ele poderia estar fazendo a garota parecer pior
do que era, mas Macy tinha testemunhado a loucura em primeira mão, e ela
parecia arruinada sobre ele. Quando ele tiver terminado de dar a Macy todo o
sexo viciante que ela poderia lidar, ele iria então cortá-la fora também? Ele se
apoiaria nela se eles enfrentassem algo maior e que mudasse a vida? Vai
retribuir por um favor de vez em quando era uma droga de visão diferente do
que ter isso para sempre.

Ela queria o para sempre com alguém. Ela estava pronta para o para
sempre. Por favor, Deus, não me deixe estar desperdiçando meu tempo.
Capítulo Dezesseis

—Oh, que porra.

A voz de Seth arrancou Macy de um sono intermitente... Se o que ela


estava fazendo poderia ser chamado assim. Ela nunca poderia se sentir
confortável ou relaxada o suficiente em um carro para dormir plenamente.
Seja qual for o caso, ele a assustou de modo que ela estava sentada e
acordada quase antes do último 'a' deixar seus lábios.

Ao que tudo indica, era o início da tarde, e ele estava cutucando o GTO
para o meio-fio em uma rua de aparência tranquila ladeada por casas de
aparência calma. Eles tinham chegado à casa da irmã dele, presumivelmente.
E ele não estava feliz.

—O que há de errado?

—Aquilo — Ele apontou pelo para-brisa para o Tahoe preto brilhante


com placas do Texas estacionado na frente deles. — Aquele é o filho da puta
do meu irmão.

—Oh. Você não achava que ele viria?

—Por que diabos ele faria isso? Ele não fez merda nenhuma até agora;
por que começar agora?

—Bem... — Sem saber o que dizer e em grave desvantagem, Macy se


atrapalhou para encontrar algo encorajador para dizer e desistiu. Nada que
seu cérebro sonolento pudesse evocar poderia magicamente desfazer o que
parecia ser anos de animosidade. —Eu sinto muito.

—Eu não posso acreditar que Steph não me avisou que ele estava aqui.

—Talvez ela não achasse que você viria se ela avisasse.

—Eu não teria. Eu teria pelo menos ido direto para o hospital, como eu
queria, em primeiro lugar. Se ela tem mente algum tipo de reunião familiar do
tipo beijar e fazer as pazes, ela pode desistir.

Aqui estava um ângulo que ela poderia pegar, talvez.

—Vocês são os irmãos dela. Ela precisa de vocês dois. O que quer que
tenha acontecido no passado coloque-o de lado para ela e sua avó. Vocês todos
precisam um do outro agora.

—Eu preciso daquele imbecil como eu preciso...

—Sim, todo mundo sabe disso. Ouça o que eu disse, por favor? Eu não
estou certa?

Ele ainda não tinha desligado o motor. Ele ainda podia dirigir para
longe e evitar isto completamente... Por agora, pelo menos. Ele teria que
enfrentar isso mais cedo ou mais tarde. Ela podia ver os cálculos acontecendo
por trás dos olhos dele. E a dor. Talvez partir agora seria o melhor. Ela não
gostou disso, mas a última coisa em que ela se ver presa era num drama em
uma família estranha. A Sam e a Candace estavam há apenas algumas horas
atrás deles, talvez três. Se Seth se afastasse agora iria manter a paz até que
suas amigas pudessem chegar aqui e resgatá-la, inferno, ela deveria ser a
favor disso.

—O que você quiser fazer —, ela disse a ele calmamente.

Ele esvaziou. O breve cochilo dele havia o revigorado o suficiente para


que ele parecesse bem quando eles revezaram a direção na fronteira do estado,
mas agora ela assistia a exaustão persistente tomar posse dele, absolutamente
minando o restante de energia que lhe restava. Alcançando-a, ele virou a
chave fora. Tudo sobre o movimento parecia como uma derrota lenta.

O que poderia ser tão ruim assim? O que estava esperando por ele lá?

—Talvez você devesse me contar um pouco?

—Macy, eu sinceramente não tenho forças agora. Você vai descobrir


rápido o suficiente.

Adequadamente confusa, ela voltou sua atenção para a casa bonita de


moldura branca além do quintal pequeno, mas meticulosamente elaborado à
direita. Enquanto ela observava, uma mulher loira saiu para a varanda com
uma criança em seu quadril, acenou e desceu os degraus. A mesma mulher
das fotos na casa dele.

Seth abriu a porta dele, e Macy seguiu o exemplo, saindo e o seguindo


pela calçada. Ela ficou parada sem falar, enquanto ele e sua irmã se
abraçavam o melhor que podiam em torno de seu sobrinho que era adorável e
depois andou até estar ao alcance de Seth quando ele se virou para trás e
estendeu o braço em direção a ela.

—Macy, irmã. Irmã, Macy.

—Stephanie — a outra mulher falou. Para a surpresa de Macy, ela se


apressou para frente e a puxou em um abraço de um braço também. —Muito
obrigada por ter vindo com ele.

—Não foi problema, realmente. Sinto muito por sua avó. — Apesar da
sobriedade da troca, ela teve de rir quando o menininho no quadril de Steph
agarrou o seu cabelo em um aperto de morte, e Steph entrou em seu riso
enquanto trabalhava para livrá-la.

—Eu nunca tive esse problema —, Seth brincou quando Macy ficou
livre. Ele esfregou a sombra sobre sua cabeça raspada em demonstração.

—Bem, se é isso que eu tenho que fazer para parar de ter esse
problema, eu vou passar. — Steph pegou a mão de seu filho pequeno e a
acenou para Macy. — Este é o Matthew, e sim, ele ama cabelo comprido. E
brincos grandes. Venham para dentro. Você parece exausto.

—Espere um pouco. Você poderia ter me avisado que ele estava aqui,
você sabe. Quero dizer... Droga, Steph.

—Você está falando sério? Você não acha que é hora de superar isso?
—Não, eu não acho. Isso não é um tipo merda que você simplesmente
supera.

—Jesus, Seth, você tem um anjo de garota, bonita, obviamente


maravilhosa bem aqui. — Macy quase pulou para trás quando Stephanie a
indicou com um movimento de seu braço livre. O que diabos ela tem a ver
com qualquer coisa? —Então o que isso ainda importa?

Tudo se encaixou. Oh, Deus. Foi sobre uma garota. Alguma outra
garota. Macy se mexeu desconfortavelmente, mais convencida do que nunca
que esta tinha sido uma ideia muito, não, terrivelmente má.

—Eu não dou a mínima para a garota. O que eu daria uma... — Ele
pareceu segurar a si mesmo quando Steph bateu em seu braço e inclinou a
cabeça dela em direção de seu sobrinho. — O que me importa é que eu sou
parente de sangue de alguém capaz de fazer essa mer... Coisa. Você deveria
tomar nota, você sabe. Se ele me ferrou, vai ferrar você.

Steph suspirou com resignação cansada.

—Tenho certeza de que não teremos que lidar com ele por muito tempo.
Uma vez que tudo tenha acabado, ele vai desaparecer novamente. Basta
interagir bem por agora, por favor?

—Eu acho que ela está aqui também?

—Ela está aqui.

—Se ele começar para o meu lado, eu vou embora.

—Tudo bem. Justo. — Sua irmã se virou e subiu os degraus. Seth


olhou para Macy, que olhou de volta com algo semelhante a entrar em pânico
quando a porta de tela bateu fechada.

—Isto é sobre uma garota—, ela sussurrou para ele. —Muito obrigada
por me avisar.

—É... — Ele balançou a cabeça e virou-se, subindo os degraus.


Praticamente deixando-a ali. —Isto é apenas fodido. — Enquanto ela
considerava voltar para o carro dele e dirigir todo o caminho de volta para o
Texas, ele parou e olhou para ela. —Eu não esperava por tudo isso, você sabe.
Se eu tivesse, você não estaria aqui. Sinto muito.

Se ele estava tentando encorajá-la, ele estava falhando


miseravelmente... Mas ele não estava tentando, ela decidiu quando ele abriu a
porta de tela e olhou para ela com expectativa. Ele tinha se fechado, se
desligado. Ela tinha visto isso acontecer no carro. Não era exaustão ou não
era apenas exaustão. Era desligamento emocional. A seriedade que ela só
tinha visto flashes desde que ele tinha voltado e sobreposto todo o bom humor
restante em suas feições.

O que quer que isto fosse, ele definitivamente não o tinha superado até
agora. Onde isso a deixava?

Doendo como o inferno, era isso. Isso machucou. A raiva borbulhou,


mas como ela disse a si mesma no carro, tinha que se controlar. Agora não era
a hora, e ela estaria indo para casa abençoadamente em breve. Talvez ela
tivesse um bom tempo para voltar atrás e meditar sobre tudo isso, enquanto
ele ficava aqui. Apenas um par de horas a mais. Aguente firme.

Ela passou por Seth para dentro da casa enquanto ele segurava a porta
para ela, quase com medo do que ela iria encontrar. Não havia ninguém na
sala de estar, mas vozes vinham do que deveria ser a cozinha logo à frente. Ela
esperou por Seth para entrar e mostrar o caminho, limpando as palmas das
mãos úmidas em seu jeans.

E parou no caminho.

Um homem entrou pela porta... E ele poderia ter sido Seth, apenas...
Bem, com o cabelo. Assim como ele parecia na imagem em sua casa.
Idênticos.

Gêmeos. Deus havia dois dele?

Apenas que esse cara era inteiramente outro animal. Suas roupas eram
caras. Não tinha um rasgo, um buraco ou até mesmo um ponto desgastado
naqueles jeans engomados, e que a pele que ela podia ver em seus braços não
tinha nenhum vestígio de tatuagens.

Uau. Apenas... Uau.

Seth cumprimentou-o, apertou as mãos com ele, mas fez isso com
frieza. Macy estava esperando para ser apresentada o nome dele era Scott, não
era? Quando uma loira muito alta, muito bonita veio por trás do irmão de Seth
e tomou seu lugar ao lado dele. Ela usava calças pretas justas e um top azul
largo que não fez nada para esconder o fato de que ela também estava grávida.

Macy sentiu Seth congelar-se ao lado dela. Se isso fosse mesmo


possível dada à tensão já saindo dele em ondas. Ele não sabia?

—Seth — a loira disse, — como você tem passado?

—Eu estou ótimo. Vejo que você está... Indo bem.

Ela baixou sua mão esquerda, uma grande pedra brilhante em seu
dedo para a barriga inchada e riu quando Scott passou o braço em volta dos
ombros dela.

—Eu acho que sim se você pode chamar isso de 'bem'.

—Sim, você... Está ótima.

—Será que não?— Scott perguntou. —Brooke é a pequena mama mais


quente ao redor. — Ele roçou seu ouvido e ela riu.

Brooke. Brooke?

A Brooke?

Oh, inferno não.

Esqueça Seth agindo como um tolo; Macy estava pronta para lançar na
garganta desse cara em seu nome. Fodido, ele disse. Sim, isso foi um
eufemismo. Este era todo o tipo de fodido.
E agora a saltadora de irmãos gêmeos Brooke estava grávida, e,
aparentemente, Seth não sabia.

Através da intrusão em seus ouvidos, ela estava vagamente consciente


da conversa formal seguindo. O quão humilhado ele deveria estar se sentindo
por Macy ver isso? Ela queria tirá-lo daqui, porque ele estava passando pelo
suficiente, e agora ele tinha que enfrentar isso também. Tudo o que ela tinha
dito a ele no carro estava sendo desconsiderado. Eles definitivamente não
deveriam ter vindo aqui.

Mas, pelo amor de Deus, ele poderia ter dito a ela. Ele poderia ter
confiado nela. Contudo, se os papéis estivessem invertidos, ela poderia ter
feito o mesmo?

—Você não vai nos apresentar a sua namorada? — Scott estava


dizendo. Macy saiu de seu transe, percebendo que ela se deixou ficar para trás
ignorada por muito tempo. Ela estava abrindo a boca para responder quando
Seth abriu a dele. Ah, ele a abriu.

—Eu não sei. É seguro?

Macy tinha o pensamento irracional de que o elefante na sala tinha


apenas avançado alardeado e pisoteado tudo em seu caminho. A formalidade,
dolorosa e forçada se transformou em uma completa hostilidade quando Scott
olhou para Seth com um olhar que poderia perfurar o aço e Brooke baixou o
olhar para o chão. Stephanie entrou na sala com cautela por trás deles,
parecendo pronta para jogar-se entre os quatro se necessário.

Macy enfiou a mão praticamente na cara de Scott.

—Macy Rodgers. Muito prazer em conhecê-lo.

Ele piscou e olhou para ela, pegando sua mão brevemente.

—Scott Warren. Você também.

Ela virou a mão para a loira.

—Brooke, não é?

Parecendo aliviada, ela concordou e cumprimentou também, mas Macy


não perdeu o tremor em suas mãos.

—Brooke Warren.

—Então prazer em conhecê-la também. De quanto tempo você está?

—Sete meses.

—Uau. — Ela deu ao braço de Seth uma tapa com as costas da mão. —
Espero que eu pareça tão bem quando estiver de sete meses.

A Brooke parecia confusa.

—Oh, você está...?


—Deus, não. Assim, você sabe algum dia. — Ela enlaçou o seu braço
com o de Seth e sorriu para ele. Uma sombra de um sorriso brincou nos lábios
dele quando ele encarou de volta.

—C-claro,— a outra garota gaguejou.

—Olha, eu estou prestes a cair de exaustão, vamos sentar e...

Stephanie, que tinha apenas começado a respirar de novo, pulou para


a sugestão de Macy.

—Sim! Vamos todos nos sentar por alguns minutos. Seth, Macy, tenho
bebidas e lanches para vocês. Vocês devem estar morrendo de fome. Você
pode se refrescar, e vamos ver a Nana.

—Alguma mudança?— Seth perguntou. —Eu prefiro não esperar.

— Eu sei querido, mas ela está estável. Vamos cuidar de você primeiro.
— Ela os levou para a cozinha, como a mãe galinha que Seth tinha dito que
ela era. Macy não perdeu o obrigado sussurrado que ela disse em sua direção
quando eles tomaram lugares ao redor da mesa da sala de jantar e de uma
variedade de batatas fritas, sanduíches e bebidas.

Ainda era estranho, e aquela tensão horrível continuava a pairar no ar,


mas o medo de que a violência poderia irromper a qualquer momento
lentamente diminuiu. A situação havia sido abordada. Scott parecia saber
que Seth não tinha esquecido e que não ia perdoar. Os dois mal se olharam,
falaram menos ainda. Macy, Brooke e Stephanie carregavam o que havia de
conversa.

Sob a mesa, ela procurou a mão de Seth, e a segurou firme. Ele não
comeu. Sua constante inquietação e checagem em seu relógio disse
claramente que não queria estar aqui, e Macy não podia deixar de pensar que
se ela não estivesse aqui, ele iria entrar em seu carro e ir para o hospital, onde
ele queria estar. Ela o estava segurando.

Inclinando-se, ela colocou a boca perto da orelha dele.

—Posso falar com você por um minuto?

Ele concordou e levantou-se, puxando-a com ele, dizendo aos outros


que eles voltariam. Eles saíram de frente de onde o carro dele estava
estacionado, Macy cruzando os braços contra o frio fraco de fevereiro que o sol
não poderia eliminar. Uma dor de cabeça estava florescendo na parte de trás
de seu crânio e ela puxou fora o prendedor de seu rabo de cavalo. Por um
momento eles ficaram em silêncio enquanto os carros passavam na rua e um
grupo de crianças pedalavam por eles. Ela mal sabia por onde começar.

—Eu sinto muito. Se você quiser ir, vamos — disse ela finalmente. —
Sam e a Candace podem me pegar no hospital.

—Está tudo bem. Eu odeio hospitais, e eu tenho certeza de que você


também, então não há razão para sujeitá-la a isso. Você está com frio? — Ele
fez um movimento para abrir sua blusa de capuz, mas ela o deteve.
—Eu estou bem. E realmente, isso não é uma grande coisa. Mas Seth?
Eu realmente gostaria que você tivesse me avisado no que eu estava me
metendo.

O olhar em seu rosto disse que ela não precisa dizer isso a ele.

—Fodido, certo? Contudo, você lidou com isso como uma campeã.
Obrigado por isso.

Ela lhe deu um pequeno sorriso e jogou o cabelo para trás em um gesto
de eu-não-fiquei-assustada. Ele riu.

—Então, eu acho que você também não quer falar sobre isso agora —
disse ela.

—Bem, é por aí. Você tem alguma dúvida, manda.

—Eu presumo que esta garota... Como foi? Havia uma competição por
ela entre você e seu irmão, ou o quê?

—Eu acho que havia só que eu não sabia disso. Ela me deixou por ele.
Foi... Cristo há quase sete anos. Eles foram embora, praticamente
desapareceram à noite juntos, e eu não tinha posto os olhos em qualquer um
deles desde então. Até hoje. Não tinha ideia de que ela está grávida.

—Você a amava.

—Sim.

—Você ainda a ama?

Ela teria pensado que ele esperava que essa fosse a próxima questão
lógica para deixar seus os lábios, mas ele parecia desconcertado por isso. O
coração dela se afundou. A hostilidade entre ele e seu irmão ela podia
entender. Você simplesmente não fazia isso com alguém que você se
importava. Se ele queria levar o rancor com ele para o resto de sua vida, era
problema dele. Insalubre, talvez, mas problema dele.

Como ele se sentia sobre outra mulher enquanto Macy estava se


tornando cada vez mais envolvida com ele era problema dela.

—É como se eu não pudesse separar meus sentimentos por ela do meu


ódio por ele. Isso faz sentido? Eu não posso dizer que eu a amo, não. Mas eu
sempre vou odiá-lo. Cada dia de merda, eu vou odiá-lo. Quando eu penso
sobre ele, eu tenho que pensar sobre ela, e eu fico puto de novo.

—Você o odeia por causa dela, ou isso foi à gota final?

—Ele sempre foi um idiota. Mas então, eu também era, por isso não
posso culpá-lo. Eu não sei. Nós nunca tivemos muito mais do que a
tolerância entre nós, mesmo antes da merda ser jogada no ventilador.

—Então... As tatuagens, a música, os piercings... Quero dizer, o que


você está tentando fazer é distanciar-se tanto quanto possível de seu gêmeo?

—Jesus, Macy. Eu sou quem eu sou. Não para me rebelar, não para
não irritar ninguém, e com certeza, não por qualquer motivo relacionado a
aquele babaca lá.
—Isso não foi... Eu não deveria ter dito isso. Sinto muito.

Contudo, agora que a lata de vermes foi aberta, ele não conseguia
colocar a tampa de volta.

—Eu acho que o meu irmão foi um upgrade. Mesmo pacote, ambições
maiores. E ela estava certa, também, não estava? Como se vê. Então... Que
seja.

—Do que você está falando? Tão certo de si mesmo como você sempre
foi, não pode acreditar nisso.

—Eu sei o que eu penso sobre mim mesmo. — Ele fez um gesto em
direção a casa. —Mas eu também sei o que eles pensam sobre mim.

—Bem, quem se importa com eles, então?— Um canto da boca dela


puxou para cima. —Que se fodam.

Isso foi merecedor de ver as sobrancelhas dele atirar para cima, de ver
um sorriso genuíno iluminar o rosto dele. Tudo o que foi necessário era um
foda-se saindo da boca dela. Mas as palavras seguintes dele fez com que ela
perdesse seu próprio sorriso, e ele não pode olhar para ela quando ele as
disse, em vez disso ficou olhando para a ponta da sua bota escavar o chão.

—Você me destruiria, sabe disso?

—O que?

—Se alguma vez você jogar merda em mim como ela fez. Eu soube
desde o início. Eu acho que sou um guloso por punição. Eu já cai e me
queimei muitas vezes, mas aqui estou eu, pedindo mais.

O coração dela balançou. Ela se aproximou e agarrou as bordas de sua


blusa fechada com zíper, fazendo-o olhar para ela, esperando até que ela
tivesse a atenção total dele novamente antes de falar.

—Ei. Eu não sou ela. Eu não sou nada parecida com ela. Não projete
aquilo em mim. Não é justo, e você sabe disso. Assim que entendi o que tinha
acontecido, fiquei revoltada. Se acha que eu sou esse tipo de pessoa, que eu
iria fazer algo assim com você, então... — Então o que? Se ele era assim
cauteloso e desconfiado... Que futuro eles teriam?

Os dedos dele estavam surpreendentemente quentes como ele chegou


para tomar os dela.

—Agora, eu não deveria ter dito isso. Droga. Isso só... Trouxe muita
coisa de volta. Vê-los. Sinto muito.

—Talvez isso lhe dê a oportunidade de trabalhar algumas coisas.

—Certo. Posso te perguntar uma coisa?

—Claro.

—Onde você foi depois daquela noite, àquela primeira noite em que
estivemos juntos?
A respiração de Macy se prendeu quando a vergonha queimou através
dela. Os olhos escuros dele procuraram o rosto dela.

—Você parou de falar comigo — ele continuou. —Mais do que isso,


evitou a merda fora de mim. Você se lembra o que você me disse, depois que
tudo estava feito? Você me disse para não contar a ninguém.

Isso mesmo, ela tinha dito. Contudo, não era tão ruim quanto parecia,
ele tinha que saber disso. Ela balançou a cabeça, mas ele continuou.

—O que, eu era bom o suficiente para bater uns orgasmos fora de você,
mas eu não era bom o suficiente para que seus amigos soubessem?

—Isso não era o que eu quis dizer. Eu não sou de falar sobre coisas
assim, mesmo com minhas melhores amigas. Pergunte a Candace e a Sam
quando elas chegarem aqui, se você quiser. Eu não sabia se você era do tipo
que correr para se gabar para o Brian que pegou a melhor amiga da namorada
dele. Sim, eu estava um pouco envergonhada e um pouco confusa me
perguntando o que diabos estava acontecendo comigo. Mas o meu pedido para
você não contar a ninguém não era um comentário sobre você. Foi por mim.
Eu juro.

Ela não tinha a intenção de machucá-lo. Ela não tinha pensado que iria
machucá-lo, ou mesmo que pudesse. Naquela época, especialmente, ele
parecia tão... Invencível. Impenetrável. Sim, ela realmente pensou que ele
poderia se vangloriar com seus amigos que ele tinha conseguido pegar a
melhor amiga frígida de Candace em seu banco de trás, e ela morreria de
mortificação, se acontecesse isso. Mas não. Até onde ela sabia, ele não tinha
dito uma palavra sobre isso, e ele não teria mesmo se ela não tivesse pedido a
ele.

Se aproximando, ela capturou o rosto dele entre as suas mãos. Ela


podia olhar para aquele rosto para sempre, ela se deu conta. Tão cheio de
caráter, tão bonito. Ela tinha rido mais com ele no último par de semanas do
que ela teve em todo o ano. E ela teria que deixá-lo. O pensamento de não
tocá-lo, não ouvir o riso dele em seu ouvido ou ver aquele brilho diabólico em
seus olhos por sabe-se lá quanto tempo, deixou seu coração escancarado.

—Eu realmente vou sentir saudades de você — disse ela, odiando quão
banal isso soava. Se aquelas malditas lágrimas ameaçadoras começassem a
sair, ela ia ter que deixá-las. Elas falariam mais por seus sentimentos do que
sua voz jamais poderia.

Um pouquinho apaixonada, o caramba.

—Macy... — A mudança dela para dentro dos braços dela foi sem
esforço; ela não sabia se ela foi para eles ou se ele primeiramente a puxou, era
simplesmente um movimento contínuo, instintivo. Como se ambos soubessem
que ela pertencia lá.

—Eu não sei o que dizer —, ele respirou no cabelo dela, apertando o ar
fora dela. —Foda. Só espere por mim.

Isso era tudo o que ele precisava dizer.

—Eu vou.
Capítulo Dezessete

Havia tantas razões que o faziam temer a partida dela. Por um lado,
uma vez que ela se fosse isso significava que ele teria que enfrentar o que
estava esperando por ele no hospital, e não sabia se ele poderia aguentar. Por
outro lado, ele seria deixado olhando para o feliz casal fazedor de bebê sem a
voz reconfortante da razão dela em seu ouvido ou a presença calmante dela ao
seu lado.

Por último, mas o mais importante... Deus, ele não tinha percebido o
quanto ele ia sentir saudade dela até que ele viu o carro de sua amiga
estacionar na frente, e isso o atingiu como um chute no estômago.

—Lá estão elas —, disse ela calmamente, de pé a partir do balanço da


varanda onde eles estiveram balançando, na maior parte em silêncio, por mais
de uma hora. Sem o calor dela enrolado quase protetoramente contra seu
lado, o frio se infiltrou, mas ela não soltou a mão dele quando ele se levantou e
seguiu seus passos. Então era isso.

Candace saiu do banco do passageiro e correu para a frente,


abraçando-o e dizendo como ela estava sentida por tudo, que ela e Brian
estavam lá se ele precisasse de algo feito em casa, mas ele ouviu e assistiu
tudo através de uma névoa. Brian já havia dito isso a ele pelo telefone. Disse-
lhe para ter todo o tempo que ele precisasse, e que ele ainda tinha um
emprego quando estivesse pronto para isso.

Maldição, ele odiava deixá-lo para baixo ou deixá-lo em um aperto.

Ele queria pedir para Macy ficar. Pelo menos por um dia ou dois. A
impossibilidade disso não tornou mais fácil de resistir. Suas amigas já tinham
chegado até ali. Ela tinha uma vida, e ele ainda não era uma presença
permanente o suficiente para uma interferência de tal magnitude. Além disso,
mesmo se por algum milagre ela não o dispensasse, isso só tornaria as coisas
muito piores quando ela finalmente fosse embora. Ele estava pegando um
caminho muito diferente de si mesmo, jogando tudo isso em cima dela. Ela
acabaria o deixando antes mesmo dele ter uma chance. Inferno, ele tinha
muita sorte por ela já não ter feito isso.

—Você é uma santa — Candace estava dizendo, abraçando Macy agora.


Por quanto ele sabia, e ele esperava que Macy soubesse também. Ela era um
anjo na terra para passar as últimas vinte e quatro horas sem dormir com ele.

—Eu sou uma santa sonolenta — disse Macy. Suas pálpebras caíram
um pouco. Ele tinha pensado algumas vezes que ela estava cochilando no
balanço. Ainda assim, ela era linda, sua pele um pouco corada do frio, seus
olhos castanhos não menos claros pela sonolência aparente.

—Eu aposto. Vamos deixá-la em paz e você pode dormir todo o caminho
de volta.

Samantha deu a volta na frente de seu SUV.

—Eu trouxe travesseiros e um cobertor para você, mesmo.


—Deus te abençoe. — As duas trocaram um abraço rápido e Macy
perguntou se ela poderia pegar sua bolsa no carro de Ghost.

Ele a pegou para ela, certificando-se de que seus dedos roçassem os


dela quando ele a entregou. O olhar dela encontrou o dele, ficou lá e falou em
volumes que suas amigas não podiam ouvir. Não havia palavras, de qualquer
maneira. Talvez fosse parte de seu maldito problema; ele nunca sabia dizer as
palavras para impedir que alguém o deixasse. No entanto, Macy era diferente
de qualquer uma com quem ele já tinha estado. Ela iria entender.

Sim. Ele uma vez pensou isso sobre Brooke também, não pensou? E ela
estava grávida do filho de seu irmão. No início, ele até pensou isso sobre
Raina, que era tão parecida com ele em tantos níveis que, certamente, não
havia nenhuma maneira que eles não podiam dar certo. Finalmente, as
explosões deles quando estavam juntos resultaram apenas em autodestruição
para ambos.

Não pense sobre essa merda, cara.

Havia muito mais porcarias pressionando para se preocupar.

—Eu acho... Que é melhor a gente pegar a estrada — disse Macy,


colocando a alça de sua bolsa em seu ombro, em seguida, acariciando as
costas da mão dele com o polegar.

— É. — Ele teve que resistir a lamber os lábios com a necessidade de


beijá-la.

—Eu me sentiria mal em não dizer adeus a todos...

—Eu vou dizer para Steph por você, ela entenderá. Quanto aos outros,
não se preocupe com isso. Sério.

—Ok.

—Eu queria que você não tivesse que ir.

Em suas palavras bruscas, a expressão dela parecia escorrer. Isso foi


bom ou ruim? Ele sabia que ela não podia ficar; ele não era tão estúpido. Tudo
o que importava era que ela ficaria se pudesse. Quando os olhos dela se
encheram de lágrimas, ele decidiu que deveria ser um bom sinal. Sam e
Candace voltaram para o carro, dando-lhes privacidade.

—Tudo vai acabar acontecendo para o melhor —, ela disse a ele,


gentilmente pegando os ombros dele em suas mãos. — Você tem que acreditar
nisso.

—Eu sei que vai.

Ficando na ponta dos pés, ela apertou os lábios nos dele, demorando-se
até que ele estava apenas se preparando para esmagá-la em seus braços, jogá-
la por cima do ombro e fugir com ela estilo homem das cavernas e então ela se
afastou, acariciou sua bochecha uma vez e virou-se. Levando seu perfume
adocicado de baunilha e sua confiança tranquila com ela, deixando-o para
enfrentar algumas realidades duras e frias tudo por conta própria.
Mas essa é a maneira que sempre tinha sido. Essa é a maneira como ele
preferia. O que era diferente agora?

—Eu te ligo —, disse ele sem jeito, apenas no caso de não ser óbvio. Ele
não iria durar 10 minutos sem a necessidade de ouvir a voz dela.

—É melhor que sim.

Ele abriu a porta de trás para ela, viu quando ela entrou e apertou o
cinto. Ele disse para Samantha dirigir com cuidado. O olhar de Macy se
prendeu no dele quando ele fechou a porta; ele não quebrou a ligação quando
o carro se afastou, mesmo quando o carro se afastou pela rua e ele não
conseguia mais vê-la.

Em seguida, elas viraram a esquina, e ela se foi.

Ele não voltou para a casa de Stephanie. Não havia nada para ele lá
agora. Ele seria um conforto para a sua irmã e sua família, uma vez que o
bastardo não estivesse sob o teto dela, mas agora, não havia chance dele
compartilhar o espaço com Scott.

Ruim o suficiente que eles tinham de compartilhar DNA. E um rosto.


Macy tinha perguntado se ele estava tentando ser diferente de seu irmão, e ele
não estava eles sempre foram como a noite e o dia. Eles não tinham os
mesmos interesses, exceto por enorme, evidente exemplar... Não era o
suficiente eles terem o mesmo gosto por mulheres; não, eles tinham que ter a
mesma mulher.

Macy tinha dito tudo. Foda-se ele. E foda-se Brooke também.

Era um dia muito bonito para esta melancolia. Ele fez o caminho para o
hospital no piloto automático, preparando-se o caminho todo. Os deprimentes,
por demais familiares cheiros dentro do prédio reviraram seu estômago, mas
ele se forçou a ficar preparado e se arrastou, sabendo que o ambiente ia ficar
muito mais familiar nos próximos dias, semanas... Quanto tempo que fosse.

Deus, como ele desejava que as coisas pudessem voltar ao normal


novamente. Por si mesmo, por sua avó.

O balcão de informações disse-lhe onde encontrá-la e logo ele ficou


congelado na porta de seu quarto, praticamente cego e surdo para a agitação
de enfermeiros e de jalecos brancos na UTI. Era tudo o que podia fazer para
respirar. Ela parecia tão frágil, quase inexistente sob os cobertores, exceto pela
sua touca de cabelo branco e pelos pequenos pontos onde seus pés
descansavam sob os cobertores. O que deveria ser uma dúzia de tubos a
estavam ligados a uma máquina e a outra.

Ele realmente fodeu isto, jogado fora sua última chance de dizer adeus
a ela, dizer a ela que a amava e que ela o ouvisse.

Arrastando uma cadeira para o lado da cama dela, sentou-se


pesadamente e tomou sua mão, fina e morna na sua. Foi apenas ontem que
ele estava tão agitado por sair com Macy em seu primeiro encontro real?
Parecia que foi há dez anos. Sua avó teria gostado dela. Ela também teria sido
capaz de dizer-lhe como lidar com Scott, ou se mais nada, ela o teria colocado
na linha e dito para parar de desperdiçar energia mental em algo tão inútil.
Ela havia quebrado seu coração ao ver os dois divididos de tal forma, mas ela
sabia onde colocar a culpa. Scott não tinha apenas machucado Seth, ele
machucou ela, ele machucou a todos eles. Ele tinha fugido como a doninha
covarde que ele era para que não tivesse que ouvir porcaria de ninguém sobre
o pedaço de merda que ele estava sendo.

Inferno, talvez Scott teve a ideia certa. Faça o que você quer fazer, não
importa quem você fere ou o quanto, viva sua vida do jeito que você quer e
para o inferno com todos os outros. Estavam todos indo para acabar
exatamente onde sua avó estava algum dia, certo? Poderia muito bem fazer
mais do mesmo, e parecia estar funcionando terrivelmente bem para aquele
rato bastardo. Bem financeiramente e um bebê a caminho com a mulher que
era para ser a mulher de outra pessoa.

Toda vez que ele pensava sobre as noites em que ele e Brooke tinham se
deitado juntos e conversado sobre se casar, ele queria colocar paredes para
baixo com as próprias mãos, queria saltar fora de sua pele, pois se sentia
coberto de lama por deixar-se ser vítima de uma traição assim. Não era tanto
pelo o que ele tinha perdido não mais mas pelo tolo que ele tinha sido. Ela
estava fodendo com o Scott desde então? Ele não sabia, e ele nunca o faria. A
única menor e infinitesimal satisfação que ele tinha dessa situação toda era
que ele sabia que ele tinha sido o primeiro de Brooke. Sim, toma essa, filho da
puta. Não que o Scott provavelmente saiba. Quando era o melhor momento
para dizer ao seu marido que seu irmão gêmeo idêntico tinha tirado sua
virgindade? Tente nunca.

As máquinas apitavam e bombeavam e faziam tudo o que quer que


fosse para manter sua avó viva. Naquele momento, ele mal estava segurando a
si mesmo. Sua mente girou sobre seu drama atual para evitar de ter que lidar
com a realidade na frente dele.

Ela estava morrendo. E ele não podia aceitar isso.

As imagens que ele estava deliberadamente empurrando de volta piscou


seu caminho através de sua agitação, então, ele estremeceu, respirando com
dificuldade pelo nariz para não perdê-las. Brincando de esconde-esconde atrás
da casa, ouvindo as histórias de ninar incríveis que ela sempre lhe contava
para ele colocar a sua grande bunda para dormir, ela o abraçando e o
embalando e de alguma forma conseguindo mantê-lo junto enquanto ele
chorava e lamentava por seus pais. Ela tinha perdido eles também.

Talvez sua mãe e seu pai também soubessem como lidar com tudo. Mas
eles não estavam aqui também. Eles foram embora, como a maioria das
pessoas em sua vida. Eles não estavam com ele em espírito, eles não estavam
confortando-o, e qualquer um que dissesse o contrário estava cheio de merda.
Ele estava sozinho.

As emoções romperam e o rasgou em pedaços. Ele baixou a cabeça


para onde sua mão agarrou a da sua avó e soluçou.

******

—Eu sei que prometemos deixá-la dormir, mas eu tenho uma pergunta.

Macy voltou de sua leitura cega da paisagem passando e encontrou o


olhar de Sam no espelho retrovisor.
—Eu provavelmente não serei capaz de dormir até que eu esteja na
minha cama, de qualquer maneira. O que?

—Debatemos isto todo o caminho até aqui.

—Tudo bem...

—Ele tem piercing?

—Sam!

A risada de suas amigas misturadas era como um bálsamo para a sua


alma. O que ela faria sem elas?

—Eu estou apenas brincando — disse Sam. —Desculpe. Está tudo


muito sério por aqui; eu não posso evitar.

—Eu sei que você não pode.

—Você realmente vai manter isso em um cofre, não é?

—Sim. E por falar em cofres, Candace... O que Brian te contou sobre


Brooke? Alguma coisa?

—Não, nada mesmo.

—Uau. Esses caras têm um cofre à prova de explosão, então.

—Ele está escondendo de mim? O que é isso?

—Se Brian não disse a você, então eu estou certa como o inferno de não
o fazer. Eu estava apenas curiosa para ver o que você sabia.

—Os homens e os seus cofres — Candace resmungou.

—Ei, nós temos um cofre também — disse Sam. — É só que,


geralmente, está em um local centralizado e nós três temos chaves para ele. —
Ela lançou um olhar cômico para Macy sobre seu ombro.

—Não desta vez. Sinto muito.

— Quem é essa tal de Brooke, afinal? Clareiem-me pelo menos um


pouco. Eu não sei absolutamente nada.

—Ela é uma ex.

—Ele ainda estava em cima dela?

—Há alguns... Problemas de raiva remanescentes. Isso é tudo o que eu


vou dizer sobre o assunto.

—Pare com isso. Ela não é páreo para você, querida. Certo?

— Pelo menos você não é parente de sangue do ex mais conhecido —


Candace adicionou. Macy sorriu enquanto puxava o telefone celular de sua
bolsa. Deus, essa não era a verdade. Brian tinha namorado com a prima
favorita de Candace antes de os dois ficarem juntos, e ainda era uma fonte de
discórdia na família sufocante de Candace.
Ela enviou um texto rápido para Seth. Eles estavam na estrada por
mais de uma hora; com certeza ele já tinha chegado ao hospital há essa hora.
Uma sensação de que ele não estava bem agitou em sua barriga, e isso mais
do que qualquer outra coisa a mantinha acordada.

É claro que ele não estava bem. Ela também não estaria bem na
posição dele, mas ela não podia suportar não estar lá. Ele estava praticamente
sozinho com a sua ex, um irmão que ele odiava e uma irmã que, enquanto
suas intenções eram boas, provavelmente ia empurrar toda essa coisa de
supere-isso até que ele engolisse.

Espero que você esteja bem, eu prometo não parar de pensar em você.

Ela mordeu o lábio inferior. Muito? Ele se importava agora se ela estava
pensando nele ou não? As palavras pareciam estar a três metros de altura em
sua tela pequena. Antes que ela pudesse mudar de ideia, ela apertou o Enviar
e jogou a cabeça para trás contra o assento, esfregando os olhos com força
usando o polegar e o indicador.

—Ok, Macy?— Sam estava olhando para ela pelo espelho novamente.

—Eu... Não realmente, não.

—Por favor, tente dormir um pouco — disse Candace. —Você vai se


sentir melhor.

—Você pode se certificar que o Brian verifique ele várias vezes? Quero
dizer, existem coisas sobre as quais ele ainda não vai falar comigo, sabe?

—Eu não tenho que me certificar. Ele irá. Ele provavelmente vai estar
fazendo uma viagem para vê-lo, mas ele não foi capaz disso hoje.

Havia alguma razão para que ela não pudesse fazer a mesma coisa?
Mas não, ela estava sendo ridícula. Agindo como uma adolescente apaixonada
ou algo assim. Seth precisava lidar com os seus problemas sem ela por perto.
Enquanto isso...

Graças a ele, e a última noite e a esta manhã haviam algumas coisas


que ela precisava trabalhar em si mesma.

Seu telefone soou com uma mensagem de retorno.

Eu estou bem. Obrigado. Contudo, poderia realmente ir comer algum


sushi agora mesmo. :)

Não era exatamente o que ela esperava ouvir, mas tudo bem. Pelo
menos ele ganhou pontos pela lembrança que ele conjurou. Ela escreveu de
volta

'Eu também. ' e resolveu aceitar os conselhos de suas amigas para tentar
dormir um pouco.
Capítulo Dezoito

O toque do seu telefone arrancou-a do sono mais profundo que ela


tinha experimentado em toda sua vida. A cabeça de Macy ergueu do
travesseiro.

Ela pegou desajeitadamente o telefone em sua mesa de cabeceira antes


que a realidade tivesse varrido as teias de aranha de seu cérebro. Pode ser o
Seth, algo ruim pode ter acontecido...

As letras em negrito em sua tela lhe disse que era só a sua mãe.

Ela atendeu e caiu para trás em seu travesseiro oh-tão-confortável.

—Onde você está?— Sua mãe perguntou antes que ela pudesse dizer
sua saudação.

—Eu estou em casa. Dormindo. — E essa parte do dormindo? Eu


gostaria de chegar lá de novo.

—Bem, eu imaginei. Mas você não ligou. E já são duas da tarde.

—Desculpe fazer você se preocupar.

—Está tudo bem?

—Sim.

—Você vai me dizer agora o que está acontecendo?

Ugh. Ela correu através de sua explicação na manhã de ontem,


quando ela chamou a mãe porque ela não queria dizer-lhe a situação e lidar
com seu jogo de cem perguntas.

—Tudo está bem. Eu disse que estava ajudando um amigo.

—Você disse que estava ajudando um amigo a chegar em Oklahoma.


Deve ser um amigo que eu não conheço, porque Candace e Sam não tem
família em Oklahoma.

—Você não acha que eu poderia ter amigos que você não conhece a
essa altura?

—Você está sendo evasiva. Eu só posso supor que você tem um


homem.

Oh, Jesus.

—É um... Amigo homem, sim.

—Eu acho que não deveria ter convidado Jared para jantar hoje à noite,
então.

Macy levantou-se rapidamente.


—Você fez o que? — Ela sempre jantava com os pais nas noites de
domingo; o que no mundo os possuiu para fazerem isso?

—Ele veio aqui esta manhã, Macy, e ele parecia lamentável. Ele tinha
ido ao seu apartamento procurando por você ontem, mas é claro que você não
estava o dia todo. Ele disse que estava preocupado com você, mas eu disse a
ele o que você estava fazendo.

—E ele disse...?

—Nada. Apenas ficou conosco um pouco mais. Quando estava saindo,


seu pai lhe disse para voltar hoje à noite, e que vocês dois poderiam conversar.

—Ah, mãe.

—Não grite comigo; grite com ele. Você sabe que ele estava
praticamente planejando seu casamento com Jared a partir do momento que
você fez 12 anos. Ele o ama, e eu também. Nós queremos ver você resolver as
coisas. Jared parece querer resolver as coisas.

—Eu não quero resolver as coisas.

—Você tem certeza sobre isso? Você o amava tanto. Eu sei que você
fez. E eu vi vocês dois lá fora sexta-feira.

—Jared está infeliz e confuso, mãe. Seu casamento acabou de


desmanchar. Não é amor, é... Nostalgia. Ou algo assim.

—Eu não acredito nisso. Eu acredito que ele nunca superou você.

Droga, o que era isso com os e-—namorados? Tente sair com outra
pessoa, que eles reaparecem como vespas irritadas. Macy teve o pensamento
hilário e irracional que eles deveriam apresentar Jared e Raina, mas ela
mordeu o lábio para não rir.

—Se ele vai estar lá, então eu não posso ir.

—Não faça isso. Que rude. Se nada mais, ele era seu melhor amigo. Ele
sente sua falta.

Ela ficou imóvel em sua cama e escutou sua própria pulsação e a chuva
que ela acabou de percebeu que estava salpicando contra sua janela.

—Mãe... O que você diria se eu dissesse que eu estou pensando em


correr de novo? Não nada sério — ela rapidamente emendou. — Só... Voltar
um pouco a isso. Ver para onde vai.

—O que eu posso dizer?— Ela já podia ouvir a alegria borbulhando na


voz de sua mãe. — Eu diria que eu acho que você definitivamente precisa vir
jantar esta noite.

Então, ela se viu passando pela caminhonete cabine dupla estacionada


na garagem de seus pais ele estava adiantado e caminhando até a porta da
frente às sete horas. Ela se sentia um completo lixo, ainda fora de sintonia.
Depois de tudo isso, ela provavelmente não iria dormir nada esta noite. Seth a
tinha chamado há uma hora atrás; ele parecia cansado, mas bem. Ele não
tinha falado muito, e ela não se incomodou em dizer-lhe aonde ia. Não tinha
havido nenhuma mudança na condição de sua avó, e os médicos não estavam
otimistas. Ele tinha adormecido no momento em que ela o fez.

Tinha sido tão bom ouvir a voz dele. Ela a ouviu em seus sonhos a
noite toda, mas não tinha nada a ver com a realidade. Agora, ela precisava
apenas suportar os planos de seus pais e voltar para casa. Refletir sobre os
últimos dois dias e pensar. E lembrar-se.

Ah, sim. Lembrar-se. Agora que ela estava de volta, de certa forma
descansada e não vivendo na adrenalina crua, dez segundos não poderiam
passar sem um flashback da noite de sexta. Não deve ser tão difícil se agarrar
a esses sentimentos e passar por isso.

Ela não se preocupou de tocar a campainha. Os cheiros da casa eram


um conforto quando ela entrou na casa da fazenda desconexa de dois andares;
normalmente, ela esperava ver seus pais a cada semana. No entendo, um
pouco de culpa passou através dela esta noite. Ela não tinha sido exatamente
acessível com eles, então eles provavelmente tinham suas esperanças de uma
reconciliação. E ela duvidava que Seth gostaria disso se ele soubesse que ela
estava jantando com seu ex, quando ele não tinha nada de um inferno com a
dele.

Isso não era uma grande coisa, no entanto. Se Jared começasse algo
com ela, ela simplesmente o pararia de novo.

—Macy? — A voz de sua mãe veio da sala de jantar sobre o barulho do


riso masculino. — Estamos aqui, querida.

Ela seguiu o som, dominando um sorriso para todos quando ela entrou.
Sua mãe e seu pai vieram para lhe dar abraços, e Jared levantou de seu
assento, seu olhar azul de matar demorando-se nela um tanto quanto
intimamente. Talvez vendo um pouco demais. Sam sempre tinha sugerido que
os caras poderiam subconscientemente cheirar o sexo em uma mulher, e isso
os trouxe cheirando. Mas já faziam dois dias desde que Seth tinha passado a
noite com ela. Certamente os restos do prazer catastrófico já haviam passado.

Ela o cumprimentou com um sorriso e rapidamente tomou seu lugar


habitual, o que era felizmente do outro lado da mesa dele. Sua mãe já havia
servido a comida, e ela colocou um pouco no prato e comeu sem realmente ver
nada do que estava acontecendo ao seu redor. Vagamente, ela ouviu seu pai
fazer a Jared todas as perguntas usuais sobre a sua família, seus pais, como o
trabalho estava, seu novo John Deere14, a remodelação que estava fazendo em
sua casa... , etc. Ela não podia se incomodar em ouvir as respostas.

Seu celular zumbiu em seu bolso do jeans. Escondendo seus


movimentos sob a mesa para que sua mãe não jogasse fora o telefone dela,
porque ela era fanática por boas maneiras na mesa – Deus, imagine Seth
colocando a mão na saia aqui — ela o tirou do bolso e deu uma olhada de
esgueira.

Seth era geralmente um cara que escrevia pouco, mas ele tinha de
querer que a sua mensagem chegasse alta e clara esta noite.

                                                            
14 John Deere: Deere & Company mais conhecida pelo nome de seu fundador John Deere é uma empresa
americana baseada em Illinóis e é a principal fabricante de máquinas agrícolas do mundo.
'Me ligue quando você for para a cama. Preciso ouvir você gemer meu
nome novamente'.

Calor fluiu pelo seu rosto; ela praticamente podia sentir-se ficando
vermelha. Era como se ele tivesse acabado de dizer essas palavras em seu
ouvido. Contorcendo-se em sua cadeira contra a dor que se construía em seu
sexo, ela rapidamente levantou o olhar e focou em seu prato ainda cheio.

Jared a estava observando. Ela sentiu o peso disso sem olhar, e quando
ela se atreveu a olhar para cima, suas suspeitas foram confirmadas. Havia
algo vagamente como fome na maneira como ele olhava para ela, e ela se
perguntou se o homem em frente a ela era qualquer coisa como o menino que
ela afastou anos atrás.

Mas, mesmo esse olhar predatório nunca poderia, nem em um milhão


de anos, incitar tal manifestação de paixão nela. Não como aquelas palavras
na tela de seu celular, que pareciam estar queimando um buraco em seu jeans
agora.

—O que há de errado com você?— Seu pai disse. Ela ouviu, processou,
mas por um momento, nem sequer considerou que ele estava falando com ela.
—Ei! Minha filha.

Ela saltou em sua cadeira. Uma rápida olhada ao redor mostrou que
não só o do Jared, mas todos os olhos estavam sobre ela.

—O que?

—Você está fora no espaço.

—Só cansada papai.

Ele zombou.

—Ah, coitadinha.

—Não me dê um momento difícil—, disse ela, sorrindo e pegando o


garfo principalmente para o show.

Sua mãe franziu a testa para ela, não se enganado por um segundo.

—Você parecia preocupada nas últimas semanas. Notei mesmo quando


eu falei com você sexta-feira, você mal ouviu uma palavra do que eu disse.

Ela tinha falado com sua mãe na sexta-feira?

—Eu não sei por que. Tudo está bem.

—As coisas na loja estão bem? Todo mundo se comportando?

—Sim, estão bem.

—Como estão Candace e Samantha?

—Todo mundo está ótimo, mãe. Nada está errado.


—Eu falei com a mãe de Candace hoje. Ela disse que ela e aquele
menino Ross ainda estão firmes. Ela nunca tem muito a dizer além disso,
embora.

Aquele menino Ross. Pobre Brian. Era como se ele nem tivesse um
primeiro nome.

—Sim. Firmes.

—Eu só espero que ela não engravide — a mãe de Macy disse


preocupada.

Sério?

—Mãe.

—Bem! Isso mataria a Sylvia, você sabe que o faria.

—Tenho certeza de que eles ficarão bem. Eles são adultos, você sabe.

—Será que ele vai casar com ela? Ela disse alguma coisa?

Então Jennifer Rodgers poderia correr para sua melhor amiga Sylvia
Andrews e informar sobre os acontecimentos na vida de Brian e Candace?

—Eu não sei. Ela ainda nem se formou. Dê-lhes tempo antes de você
começar a planejar o chá de panela e o chá de bebê.

—Eu não acho que a Sylvia esteja muito animada sobre o planejamento
de qualquer coisa onde eles estejam envolvidos.

Exceto, talvez, como tirar Brian da vida de sua filha, sem parecer muito
culpada.

—Bem, ela precisa superar isso, e talvez você possa tentar explicar isso
a ela.

—Ela está muito melhor agora do que estava quando tudo


primeiramente explodiu. Isso eu posso dizer.

Explodiu era falar pouco. Tinha sido feio. O irmão de Candace, James
tentou destruir Brian e tudo o que ele tinha construído. Macy odiava pensar
sobre isso. Ela teve que surgir com a informação que poderia ao contrário
causar a queda do James – e provavelmente traria vergonha a toda a família
Andrews. Foi necessário tudo o que tinha nela para fazê-lo.

Mas Brian não tinha ficado zangado com ela por sua indecisão sobre
confessar o que sabia. E tudo tinha acabado em uma trégua, ainda que muito
tensa.

—Isso tudo é muito interessante — o pai de Macy disse: — Mas o que é


isso de você querer correr novamente? — Ela não achava que ela o tinha visto
sorrir tão grande desde antes dela se machucar.

Jared estava cortando seu bife. Suas mãos congelaram. A esperança


que floresceu em seu rosto enquanto ele lentamente levantou os olhos para o
dela quebrou seu coração.
—Sério? —, Perguntou ele.

—Eu não sou tão contra a ideia mais.

—Isso é incrível. Você deveria ir para o lançamento no próximo final de


semana. Vou posicionar os barris para você; você pode fazer algumas corridas.
Obter algum treino. Eu sei que todo mundo adoraria ver você.

Todos os seus velhos amigos? Metade deles provavelmente atirariam


pedras para ela. E na casa de Jared? Não, obrigado.

—Ah, não, isso é... Eu não estou pronta para tudo isso ainda.

—Eu não estou disposto a aceitar um não como resposta. — Ugh, e lá


estava o sorriso que a encantou diretamente fora de sua virgindade em uma
idade que, provavelmente, iria fazer seus pais reavaliarem seus sentimentos e
jogá-lo para fora de casa se eles soubessem.

—Bem, talvez você tenha que aceitar—, ela disparou de volta, soando
mais paquera do que ela pretendia. Era um pouco demais... Jared encarando-
a do outro lado da mesa como se quisesse comê-la viva, e as mensagens de
texto de Seth debaixo da mesa sobre ela gemendo em seu ouvido. E ela ainda
pensava que não tinha voltado da sexta à noite. Ela estaria viajando assim tão
alto por um longo tempo ainda.

Jared colocou a mão no queixo, pensativo.

—A que tipo de chantagem eu posso recorrer? Seus pais estão sentados


bem aqui. Hmm...

— Sim, é só ir lá, amigo. Meu pai tem armas. Montes e montes de


armas.

Seus pais riram disso, e ele se juntou a eles, dando uma piscadela para
Macy.

—Sério, no entanto. Sábado por volta do meio-dia. Vamos para fora.

—Você realmente deveria ir—, disse a mãe dela. —Seria bom para você
sair.

—Eu saio.

—Sim, mas...— Ela parou, e Macy levantou as sobrancelhas, sua mente


fornecendo o fim daquele pensamento... Seria bom para você sair com pessoas
diferentes.

Ah, não. Eles não estavam prestes a começar com isso de novo,
estavam? Ela se perguntava o quanto Jared tinha dito a eles. Seus pais
sempre foram pessoas acolhedoras, mas se Jared fez parecer que ela estava
saindo com um bandido, isso iria mudar. Ela era ela mesma; ela fazia o que
ela queria fazer. Mas ela próxima deles, e a aprovação deles era importante
para ela. Sempre tinha sido, e pela maior parte de sua vida, sempre havia sido
relativamente fácil para ela conseguir isso.

Era melhor Jared não manchar a imagem de Seth antes mesmo deles
terem a chance de conhecê-lo. Contudo, a quem ela estava enganando? Ele
provavelmente seria um perito em manchar isso tudo por ele mesmo uma vez
que eles o fizerem.

Enquanto ela cozinhava tudo isso, os outros fizeram uma viagem pela
estrada da memória sobre a sobremesa, e em pouco tempo sua mãe estava
mostrando fotos antigas dela e Jared e seus amigos, e toda essa baboseira.

Ela sorriu, conversou e relembrou com eles, mas por baixo de tudo, ela
só queria sair correndo da mesa. Por que ela sempre tinha que abrir sua boca,
grande e gorda?

—Eu odeio acabar com a festa, mas ainda estou muito cansada—, ela
anunciou, levantando de sua cadeira.

—Oh, tão cedo?— Sua mãe olhou desanimada. —O café deve estar
pronto em um minuto.

—Não, obrigado. Eu vivi no café ontem. Estou fora de café.

—Você vai, por favor, me ligar quando você tiver tempo para conversar?

E quando seria isso?

—Tudo bem, mãe.

Jared levantou-se quando ela se aproximou da porta.

—Posso levá-la até lá fora?

Merda, ela deveria ter visto isso chegando. E foi como felicidade
instantânea nascendo nos rostos de seus pais. Furiosa, ela encolheu os
ombros e esperava que o sorriso falso que ela estampou não entregaria a sua
irritação.

—Faça como quiser.

Ela deu beijos de despedida em seus pais quando Jared entrou no hall
de entrada, certificando-se de que ele seria capaz de ajudá-la a colocar o
casaco e abrir a porta da frente para ela. Ela deixou-o fazer isso sem
estardalhaço, pensando em como nada disso significava tanto como quando
Seth tinha feito coisas semelhantes. Talvez porque ela não esperava isso de
um cara como ele. Ou talvez porque, quando Seth o tinha feito, não dava a
impressão de desespero.

O pensamento a fez ficar triste de repente. Jared não tinha feito nada
para merecer seu aborrecimento, realmente, exceto ainda se importar com ela
em um momento muito inoportuno.

—Por favor, apareça sábado —, disse ele enquanto caminhavam para a


noite fria. Os dedos quentes dele enrolado em torno dos dela. — A previsão é
de que o tempo esteja ótimo.

Ela puxou sua mão e empurrou-a no bolso do casaco.

—Jared, eu preciso que você pare com isso.

—O que?
—Eu te expliquei na sexta-feira.

—Eu só estou tentando ser seu amigo.

—Então eu vou ter que pedir para você parar com isso também, se esta
é a maneira como você vai ser. Envolver minha mãe e meu pai não é uma
coisa a se fazer.

—Eu sinto muito por isso. — Ele se inclinou contra o para-choque


dianteiro de seu Acádia, olhando como se ele estivesse a ficar confortável, e ela
suspirou. — Eu comecei a pensar ontem, e eu meio que fiquei fora de mim, eu
acho. Eu queria conversar com você um pouco mais. Então você não voltou
para casa o dia todo...

—O que você fez, acampou na rua?

—Não. Eu verifiquei uma vez pela manhã e depois tentei novamente à


tarde.

Ela estreitou os olhos. Ele tinha ficado fora de si, pensando que ela
tinha passado a noite com Seth.

—Você não tem que se preocupar comigo. Eu sou uma garota grande.
Eu posso tomar minhas próprias decisões e eu posso cuidar de mim mesma.

—Macy, você pode fazer melhor do que esse cara.

O inferno que não. Ela se lançou para a maçaneta da porta do carro,


empurrando-o para fora do caminho, quando ele tentou interceptá-la.

—Eu não te devo explicações.

Ele ganhou, agarrando a maçaneta antes que ela pudesse abri-la.

—Eu sinto muito, ok? Mas ouça o que eu estou dizendo. Você sabe
disso. Em seu coração, você sabe disso. Isso nunca vai funcionar. Você acha
que eles vão aceitar isso? — Ele apontou para a casa dela. Ela parou de
tentar puxar a mão dele para fora e olhou para ele quando sua respiração
queimou seus pulmões. —Você acha que eles vão acolher aquilo na casa
deles?

—Não cabe a eles.

—Não vá assim. Por favor. Basta pensar em vir sábado. Eu juro que
não vou sair de linha. Eu tenho as meninas neste fim de semana. Elas iriam
amar ver você lá. Isso faria o final de semana delas, Macy, realmente.

Ah, isso não era justo.

—Você provou que você não vai recuar quando eu disser para você o
fazer, então não. Eu não estou me colocando nesta situação de novo.

—E se eu prometer que serei bom? — Ele sorriu para ela.

—Não.

—Só me diga o que vai doer. Você pode ver alguns velhos amigos, rir
sobre os velhos tempos, obter um pequeno pedaço de sua antiga vida de volta.
Eu quero te ajudar com isso, se nada mais. Você era incrível. Se eu posso ser
uma pequena parte, uma pequenina parte, de você voltar para isso, então
inferno. Eu quero entrar.

Jared não tinha que ser uma parte de sua obtenção de sua antiga vida
de volta. Ela procurou seu rosto, procurando qualquer sinal de insinceridade.
Ou luxúria velada. Não havia nada, exceto seus olhos azuis sinceros e
implorantes.

—Jared...

—Vamos lá. Apenas um dia. Se você não se divertir, eu prometo que eu


nunca, jamais a chatearei de novo para sair com a gente.

Ela cruzou os braços, olhou para ele um pouco mais, mordeu o lábio
inferior. Finalmente ela soltou seu fôlego com raiva, derrubando a postura
defensiva e tentando abrir a porta do seu carro novamente. Desta vez, ele a
deixou.

—Ótimo! Tudo bem. Eu venho. — Depois de abrir a porta, ela colocou o


dedo em seu rosto. —Me escuta. Você tenta uma coisa, você diz uma coisa que
remotamente me ofenda ou me irrite, e eu saio de lá. Você entendeu? Estou
falando sério, Jared.

Ele estava sorrindo como o gato Cheshire, mas ele deixou cair toda a
expressão em seu discurso.

—Eu entendi. Verdade. Sim, senhora. — Ele saudou ela.

Ela revirou os olhos e fugiu para o interior de seu carro, arrancando as


chaves de sua bolsa e empurrando uma na ignição.

—Sábado. Meio-dia — disse ele.

—Eu sei.

—Boa noite, Macy.— Com um sorriso final que tinha um pouco de


triunfo demais atrás dele para seu gosto, ele fechou a porta dela.

******

A voz sonolenta de Seth quando ele atendeu seu telefone foi a melhor
coisa que ela tinha ouvido durante todo o dia. Rindo, ela puxou as próprias
cobertas até o queixo.

—Você estava dormindo.

—Sim —, ele bocejou.

—Mas você respondeu tipo, no primeiro toque.

—Estava esperando por você.

—Sério?

—Você não respondeu meu texto anterior, então eu não sabia se você
chamaria ou não.
—Desculpe. Eu estava na casa dos meus pais jantando. — Sua testa
franziu. Ela deveria dizer a ele que seu ex-namorado estava lá? Ou que eles
iriam sair juntos neste fim de semana? Ele era o tipo para ficar louco com algo
assim? Se ele fosse, provavelmente não valeria a pena o drama. Não era como
se ele tivesse alguma coisa para se preocupar.

Seu riso era lento e quente e... Oh, o que ela não daria para ouvi-lo ao
seu lado, em vez de através de uma linha através do estado. Ela esfregou as
coxas juntas de forma inquieta.

—Isso é incrível —, disse ele.

—Por quê?

—Chame-me de perturbado, mas se eu soubesse que você estava em


seus pais, eu provavelmente teria continuado.

Graças a Deus que ele não sabia, então. Ela teria ficado colada a seu
telefone a noite toda, e sua mãe poderia ter jogado ele fora.

—Você deve se sentir um pouco melhor.

—Bem... Eu estou bem.

—Tudo... Igual

—De forma geral, sim.

Ela queria perguntar como iam as coisas com seu irmão, mas que esta
provavelmente seria a última coisa sobre a qual ele gostaria de conversar.

—Onde você está?

—No quarto de hóspedes da Stephanie.

—Hmm... Eu acho que você tem que ficar quieto então.

—Eu não tenho nenhum problema com isso. — Sua voz caiu para um
timbre íntimo que fez arrepios correrem das pontas dos seus dedos dos pés até
a raiz dos seus cabelos. —Eu já sinto sua falta, Macy.

Ela sentia falta dele antes que dela ter entrado no carro de Sam e ido
embora. Sua mão, que havia estado descansando em sua barriga, avançou
para baixo com sua própria vontade. Em pensar em apenas algumas noites
atrás...

—Posso tirar seu pensamento das outras coisas? — ela perguntou


suavemente.

—Isso seria fodidamente esplêndido.

—Eu estava pensando em algo mais cedo, pouco antes de eu te ligar. —


Seu ritmo cardíaco acelerou. Ela não tinha exatamente a intenção de deixá-lo
saber ainda onde seus pensamentos tinham sido estado passeando, mas se ele
queria ocupar sua mente com outras coisas, ela estava certa de que tinha a
solução.

—Uh-oh.
— Estamos, na verdade, a apenas três horas de distância se nos
encontrarmos no meio.

—Você está falando sério? — Todo o humor tinha deixado sua voz.

Ela puxou o lábio entre os dentes e pensou por um momento.

— Se você estiver a fim, com certeza. Não neste minuto, porque eu


preciso de mais horas de sono, mas eu só quero ver você. Eu quero estar lá
para você quando eu puder. Se precisa ficar longe e você não pode vir todo o
caminho para casa... Eu vou até você, eu vou por todo o caminho, se você
precisar de mim, mas... Diga uma palavra e eu estarei lá.

—Eu... Eu não sei o que dizer, realmente.

Na escuridão de seu quarto, ela se encolheu.

—Muita coisa? Sinto muito.

—Não...

—Você está lidando com algo que eu não tenho experiência e eu não sei
o que fazer para ajudar. Então me diga se eu precisar recuar.

—Você está me ajudando falando comigo. Por estar ai. Por fazer cada
maldita coisa que você já está fazendo. — Ele ficou quieto por um minuto. Ela
estava tentada a preencher o silêncio ela mesma, mas ela deixou ele o ter. —
Isto é mais suportável por sua causa.

O coração dela aqueceu, e ela queria tanto sentir seus lábios nos dela,
ela poderia ter dirigido aquelas seis horas direto, dormir que se dane. Que ela
queria ser dele de todas e quaisquer maneiras que ela pudesse, tanto física
como emocionalmente, foi uma revelação que cortou a respiração dela.

A Macy cautelosa tinha caído pelo mesmo tipo de cara que deveria
enviá-la correndo para as colinas.

Que tinha feito isso uma vez, mas ela tinha sua posição agora. Ela
tinha um pouco de seu antigo eu de volta. Um pouquinho, mas estava lá, e foi
tudo graças a ele. Ela devia há ele muito mais do que ele jamais poderia dever
a ela.

—Você estará de folga no sábado? —, ele perguntou.

Sábado. Ela deveria ir à casa de Jared no sábado. Mas se ela tivesse


que escolher entre um e o outro... Não havia dúvida.

—Sim. Eu geralmente estou de folga nos fins de semana.

—Hmm.

—O que você está pensando?

—Estou pensando que com maldita certeza terei que fugir por algumas
horas. Estou pensando durante a noite.

—Você tem certeza?


—Eu não tenho certeza se eu deveria, mas... — Ele deu um grunhido
frustrado. —Merda.

—O que você achar — disse ela rapidamente. —Eu não quero tirá-lo
daí se você precisa estar lá.

—Eu sei disso, bebê. Mas eu não estaria considerando isso se não
precisasse ver você, também.

—Você tem que cuidar de si. Eu não me importo se nós apenas


conversamos a noite toda.

—Ah, eu acho que nós podemos encontrar algo mais para fazer, além
disso.
Capítulo Dezenove

Tinha sido a semana mais longa de sua vida. Se era a expectativa de


ver Macy ou a devastação absoluta de, basicamente, estar em um relógio de
morte, ele não sabia. Os dois fatores simplesmente se fundiram em um trecho
longo e interminável de agonia.

Sentiu-se melhor no instante em que ele se afastou dos cheiros estéreis


do hospital e na estrada, colocando quilômetros entre ele e aquele lugar
maldito e percorrendo os que o separavam de sua garota. Ele os percorreu um
pouco ansioso demais, resultando em uma multa a meio caminho de Fort
Worth. Isso nem importava. Minutos depois de estar de volta na I-35, ele
estava voando de novo.

Ela provavelmente o estaria perturbando sobre isso se ela estivesse ali.


Ele quase podia ouvi-la, e parecia que mesmo a imaginando pegando em seu
pé o fazia sorrir. Ele supôs que ele não faria qualquer bem a nenhum deles se
ele se matasse, então ele conseguiu aliviar o pé do acelerador um pouco.
Quanto mais perto ele chegava, mais calmo ele ficava.

Macy tinha reservado o quarto de hotel e mandado uma mensagem


com as direções. Ela também disse que iria ligar quando chegasse lá, por isso,
mesmo que ela tenha saído de casa mais cedo do que ele tinha, ele percebeu
quando ele puxou para o estacionamento que ele deveria ter vencido ela.

Bem, dada à porra da multa jogada no seu banco do passageiro, não


era de se admirar. Pelo menos o policial o tinha deixado ir sem vasculhar seu
maldito carro. Sua aparência não exatamente o apresentava como um cidadão
honrado.

Depois de estacionar e esticar as pernas por um minuto, ele pegou o


celular e ligou para ela. Foi um dia perfeito, o céu impecável, o início azul da
primavera. Ele olhou para os carros zunindo pela interestadual, enquanto ele
esperava para ouvir a voz dela novamente.

—Não me diga que você já está lá — ela respondeu.

—Sim, eu estou. Onde está a sua bunda lenta?

—Ei, agora. Eu vou te mostrar o lenta em cerca de... 20 minutos, de


acordo com o meu GPS.

Oh, o inferno sim.

—Tudo bem, então. Só tendo certeza de que eu não estava prestes a


tomar um bolo.

—Nem em um milhão. Vejo você em breve.

—Tenha cuidado.

Enquanto esperava, ele mandou uma mensagem para Steph, então


ligou e tirou a merda com Brian por alguns minutos. O cara parecia exausto,
mas escondeu-o muito bem. Se Ghost não o conhecesse por metade de sua
vida, ele poderia ter perdido a tensão.

Será que Brian pensava o mesmo sobre ele? Provavelmente. Eles não
eram apenas um par de cabeças duras miseráveis. Mas dias melhores estão
pela frente. Eles tinham que ser. Ele poderia colocar a ideia na cabeça da
Macy que ela precisava convencer sua melhor amiga a arrastar o cara para
longe e transar com ele sem sentido por alguns dias. Ele seria um novo
homem.

Um Acádia Borgonha chamou sua atenção quando entrou numa vaga


do estacionamento um pouco para baixo dele, e ele se despediu do seu amigo.

Durante toda a semana, enquanto ele esteve longe de Macy, ele disse a
si mesmo que ela não poderia ser tão bonita quanto ele se lembrava, que ele
não podia sentir tanto por ela e tão rapidamente. Ele passou dias tendo de
olhar para Brooke, cuja beleza era como uma faca talhando seu coração mais
uma vez. Quando Macy deu a volta na parte final de seu SUV, o sorriso
brilhante dela todo para ele, ela era como um bálsamo para seus sentidos
irregulares. A respiração dele fugiu. Ele literalmente não podia puxar o ar por
um momento; ele com toda maldita certeza não podia falar.

Ela não podia saber que fazia isso com ele. Nem nunca. Como se ele
pudesse dar a alguém esse tipo de poder sobre ele, quando toda cada vez que
ele permitiu que isso acontecesse antes, tudo tinha ido para a merda? Macy
voou em seus braços, e ele a abraçou com toda a convicção e determinação
que ele tinha naquele momento para mantê-la à distância. Para não ficar tão
louco tão rápido. Não foi inteligente, e ele sabia disso; ele só não achou que o
bom senso seria suficiente para superar sua necessidade dela. Ele estava tão
fodido, correndo loucamente no caminho para conseguir o seu coração
espalhado por todo o inferno. E sorrindo como um palhaço o tempo todo.

O aroma dela o envolveu. Baunilha quente, ainda mais doce do que ele
se lembrava, tentando-o a comê-la viva. Ela fez um pequeno som impotente
em seu ouvido, e ele quase perdeu o controle de si mesmo.

—Você está bem?—, ele perguntou, admirando a sua exuberância. Eles


conversaram muito na semana passada, quase todas as noites, mas ele
percebeu que eles tinham, em sua maioria, falado sobre o que estava
acontecendo com ele. Por que mágoas e estresses ela tinha passado para ter
vindo até aqui para por para fora? Ele simplesmente não podia acreditar que
ela estava aqui apenas para vê-lo, mas ele tinha toda a noite para chegar ao
fundo da questão.

Ela assentiu com a cabeça contra o pescoço dele.

—Mm-hmm. Viagem longa. Feliz em estar aqui, feliz de ver você. — Ela
lhe deu outro aperto, e ele colocou os pés dela no chão, só então percebendo
que ele a tinha levantado.

—Você parece... Você está estonteante, Macy.

Um rubor subiu nas bochechas dela, e ele não pode resistir de acariciá-
las com os seus polegares. Não havia nenhum outro além dele que já tenha lhe
dito isso antes? Era provavelmente uma suposição idiota, mas mesmo assim,
isso o irritou. Qualquer homem que ela tenha pertencido que tenha
negligenciado elogiá-la todo santo dia era um idiota.

—Obrigada. Eu me sinto meio murcha depois de estar no carro esse


tempo todo.

—Murcha, minha bunda. Você está em plena floração, bebê. — Ele se


abaixou quando ela riu e deu uma tapa nele. — Ei, você está com fome? A
cidade é o nosso parque de diversões. Eu sei que podemos encontrar um bom
sushi por aqui.

—Mmm. Sim, eu estou com fome —, disse ela, correndo o dedo por
baixo do queixo dele e obtendo uma reação instantânea na parte sul dele. —
Mas a comida pode esperar um pouco.

Droga com certeza podia. De alguma forma, ele conseguiu passar os


próximos minutos, esperando enquanto ela fazia o check-in, descarregando as
malas para ela, encontrando o quarto deles. Tudo passou em um movimento
fodidamente lento. Luxúria o tinha socado subitamente. Ele esperava que
aquela mulher soubesse no que se meteu, porque ele não parava de pensar
que ele estava indo para o inferno por todas as coisas que ele queria fazer com
ela.

—Eu não posso evitar, mas me sinto travessa fazendo isso —, disse ela
enquanto enfiava o cartão na ranhura. — Parece com algum caso ilícito,
fugindo pela vida, encontrando-se em um hotel...

Ele sorriu e levou a bagagem deles para a noite para dentro, soltando-
os na porta.

—Então, é isso o que é.

—Amantes secretos. Que não são exatamente tão secretos mais. — Ela
olhou ao redor do quarto. Era agradável, fresco, escuro com as cortinas
fechadas. Inferno, ele não dava a mínima para o quarto. Ele só dava a mínima
para a cama e a mulher no quarto.

—Ah, é? Quem sabe que você está aqui? —, Perguntou ele.

—Você sabe... Ninguém, na verdade. Eu nem sequer disse para


Candace ou Sam, onde eu estava indo.

—Eu espero que não haja nenhuma razão importante para isso, porque
Brian sabe. Então provavelmente Candace também.

Macy murmurou algo que soou como:

—Isso não é necessariamente verdade — quando ela inclinou-se e testou


a maciez da cama, mas ele não podia se incomodar para refletir sobre isso.
Tudo o que podia focar era no modo como sua camisa marrom moldava em
sua cintura pequena e aquele fodido jeans moldando seu bumbum.

—Amantes secretos, hein? —, Disse ele, movendo-se em direção a ela.


Ela virou-se e deu-lhe um pequeno sorriso, dando um passo para trás para
cada um que ele dava a frente. Ela usava o cabelo comprido e liso, e
derramado em torno de seus ombros, convidando seus dedos para afundar na
seda brilhante e pesada dele. —É o jeito que você quer?
—Não. Eu não quis dizer isso. Como eu disse, não somos tão secretos
agora.

E ela não se importava. Jesus. Será que ele poderia amar esta garota
da maneira que ela merece? Ele poderia amá-la com tudo o que ele era, e
ainda assim não seria o suficiente. Ele iria foder tudo de alguma forma,
porque era isso que ele fazia.

Ela parou seu retiro de provocação de seu avanço e ficou parada agora,
grandes olhos castanhos observando sua abordagem até que ela estava
olhando diretamente em seus olhos. Decidida. Aberta. A respiração dela veio
um pouco acelerada; seu pulso vibrou ao lado de seu pescoço. Será que ele
nunca se acostumaria a esta estupefação sem fôlego, sem palavras que ela
provocava quando estava tão perto dele? Tudo parecia tão frágil... Uma
palavra errada, uma ação errada dele e toda a coisa iria rachar. Ele só sabia
como realmente se comunicar com garotas como Raina. Insolentes, diretas e
que sabem por que estão ali: para foder e brigar e acima de tudo, ter um bom
tempo.

Não garotas como Macy, que olhavam para ele com expectativas além
do que ele podia dar-lhes fisicamente. Garotas como ela deveriam saber ir
para outro lugar para obter essas necessidades satisfeitas. Brooke com toda
infernal certeza tinha. Ela até sabia para onde ir direto.

—Por que você veio aqui? —, Perguntou ele, gentilmente empurrando


para trás uma mecha de cabelo perto de seu olho.

Confusão cruzou suas feições delicadas.

—O que?

—Tenho certeza de que não é mais sobre andar no lado selvagem


inferno, nós nunca sequer realmente chegamos lá, não é? Eu tenho sido um
guia turístico horrível.

—Seth, você disse e fez coisas para mim que ninguém jamais fez. Eu
tenho feito coisas, pensado coisas e dito coisas que eu nunca pensei que eu
iria. Então, não, você não tem sido um guia turístico horrível. Você tem sido...
Perfeito. Para mim, você tem sido perfeito. — Ela tomou a mão dele, aquela
que ainda não tinha sido capaz de parar de tocar seu cabelo, e deixou seus
dedos deslizarem através dos dele. — Eu até falei com meus pais e um dos
meus velhos amigos sobre corridas novamente. Passos de bebê — ela
acrescentou rapidamente.

Orgulho praticamente explodiu em seu peito.

—Bebê, isso é incrível.

—Bem, obrigada por confrontar-me sobre isso.

—É tudo você. Tudo o que fiz foi dar-lhe uma pequena cotovelada.

—Sim, mas... Foi uma cotovelada que ninguém mais me daria. E você
fez muito mais do que isso.

—Oh? Como o quê?


—Eu sei que posso ser uma espécie de livro fechado às vezes. Você me
fez me abrir. Você não tem medo de fazer isso. Isso significa muito, que você
faria o esforço. Naquele momento, era como se você me conhecesse e que eu
precisava ouvir melhor do que ninguém nunca teve.

Mais uma vez, ela foi capaz de colocar alguma coisa lá que estrangulou
seu coração em uma chave de braço e amarrou sua maldita língua em nós.
Então, ele fez a única coisa que sabia fazer a puxou em seus braços e colocou
sua boca na dela. Se ele não poderia usá-la para falar com ela naquele
momento, ele poderia usá-la para fazê-la se sentir bem. Para chegar mais
perto dela.

Um suspiro escapou dela, e ele o bebeu, para dentro, deslizando as


mãos para baixo na bunda dela para puxá-la apertada contra seu pênis
dolorido. Ela gemeu contra seus lábios, e sua língua deslizou entre seus
dentes, provocando e tentando a dele, até que ele a saqueou de volta. O corpo
dela tremia e aqueceu contra o seu, e quando ela se afastou para olhar para
ele, seus olhos estavam um pouco mais brilhante, os lábios um pouco mais
cheios.

—Por que você não me beijou a primeira noite em que estivemos


juntos?

Sério?

—Não podia te dar tudo adiantado.

Os dedos dela se enroscaram em torno da parte de trás de seu pescoço,


quente e tentador. Ela molhou os lábios, e o conhecimento que ela o provou lá
fez suas mãos apertam sobre ela.

—Você me deu tudo mais tarde.

Ele inclinou-se, deslizando seus lábios nos dela.

—Nem tudo. — Quando ela abriu os lábios para convidar a invasão de


sua língua, mais uma vez, ele a iludiu, ao invés disso trilhando sua boca para
baixo na mandíbula e no doce perfume do pescoço dela.

—Provocador —, ela o repreendeu, mas ele ouviu o tremor na palavra.


Rindo, ele relutantemente a deixou ir e se afastou, deixando-a ofegando
suavemente e o encarando em confusão.

—Tire a roupa para mim —, ele disse a ela.

—E você?

—No devido tempo. — Ele se sentou na cama e recostou-se contra a


cabeceira. —Faça isso.

Com uma expressão ilegível, ela o considerou por alguns segundos, e


ele imaginou se ela iria recusar apesar do fato de que ele a tenha visto nua
com frequência suficiente.

—Você está se sentindo como uma garota má, hoje, lembre-se,— ele a
levou. — Você fugiu da vida para se encontrar com seu amante clandestino em
uma cidade distante, e ninguém sabe onde você está. Você é dele por esta
noite. Isso há assusta um pouco, não é mesmo. — A ingestão rápida de ar dela
fez seus seios levantarem brevemente, sedutoramente. Ele não conseguia tirar
os olhos dela, observando os efeitos de suas palavras suavizando seu corpo. —
Mas isso também faz com que você fique quente.

—Às vezes eu acho que você me conhece um pouco bem demais. —


Mesmo quando ela disse isso, suas mãos escorregaram sob a parte inferior de
sua camisa. Agonizantemente lento, ela a levantou e a retirou sobre a cabeça
até que seu cabelo se soltou dela com um cair suave e se acomodou de volta
em torno de seus cremosos ombros nus. A boca dele ficou seca com a visão de
seu sutiã de renda vermelha de corte tão baixo, que se ela se movesse, ele
poderia pegar a menor visão da borda superior de sua auréola.

Ah foda.

—Você está vestindo a calcinha vermelha, não está?

Sua cabeça caiu para trás, e ela riu de uma forma que o fez pensar em
uma sedutora demoníaca. Ela devia ter uma cauda de diabo vermelha
esparramada ao redor de seus pés. Então, dando-lhe um olhar travesso que
qualquer estrela pornô poderia aprender, ela abriu o botão em seus jeans,
abaixou o zíper e o deslizou para baixo sobre seus quadris com uma manobra
lenta. Chutando livre, ela sacudiu os cabelos para trás e olhou para ele, à
espera de seu próximo movimento.

Ele sabia o que ele queria que aquele movimento fosse. Fixando sua
bunda sexy na cama e tê-la de todas as maneiras possíveis a noite toda. Ele
queria amarrá-la, tirar o controle que ela tão desesperadamente precisava em
sua vida, fazê-la dar tudo para ele.

Em vez disso, ele disse:

—Venha aqui.

Ela molhou os lábios e obedeceu, quadris balançando hipnoticamente.


Se ele fosse menos homem, a simples visão de seu avanço sobre ele seria
suficiente para fazê-lo gozar tudo em cima dele.

Ele sabia desde a primeira vez em que a vira apavorada e praticamente


acuada no estúdio que debaixo do exterior recatado se escondia uma mulher,
apaixonada confiante e devastadoramente sexual. Ela nunca o decepcionou.

—Então, se eu sou sua para a noite, o que você vai fazer comigo? —, ela
perguntou. Ele deixou seu olhar vagar pelo corpo dela. Ela estava ao alcance
agora, de pé ao lado da cama; ele só não sabia o que ele queria fazer em
primeiro lugar.

—O que você quer? —, Ele sussurrou.

Nunca tirando os olhos do dele, ela desabotoou o sutiã e deixe-o


deslizar de seus braços. Ele engoliu contra a secura repentina em sua
garganta. De repente, não havia dúvida de que ele queria fazer em primeiro
lugar.

Sentando-se e voltando-se para ela, ele agarrou seus quadris e puxou-a


entre suas pernas. A respiração dela amarrou e tremeu e pele dela parecia
cetim quente debaixo de suas palmas quando ele empurrou as mãos para
cima de sua barriga para a segurar o peso firme de seus seios.

— Fodidamente lindos — ele murmurou, inclinando-se para pegar


primeiro um mamilo e depois o outro em sua boca. Os joelhos dela tremeram
onde eles estavam pressionados entre as coxas dele, e as mãos dela agarraram
um punhado da camisa dela quando ela choramingou.

Ele adorava o som disso. Ele puxou-a mais fundo, chupou-a mais duro,
circulando seu pequeno mamilo com a língua, tudo em um esforço para fazer
seus gemidos mais altos. A cabeça dela caiu para trás, um movimento que
apenas inclinou mais seu corpo flexível para ele. O cheiro da excitação dela
queimava suas narinas, e se sua ereção estava ameaçando arrebentar sua
braguilha antes, a situação era duas vezes mais terrível agora.

Enganchando sua mão sob o joelho dela, ele puxou a perna dela até o
joelho dobrado repousar em sua coxa. Ela engasgou e imediatamente revirou
os quadris em direção a ele, silenciosamente implorando para ele a tocar. Ele
não a manteve esperando, deslizando os dedos entre as pernas separadas,
mas certificando-se de ficar em cima do tecido úmido por agora. Ele moveu
suas atenções de um mamilo molhado e duro para o outro que ele tinha sido
quase negligenciado.

—Oh, Seth, por favor —, ela ofegou, inclinando seu corpo para que os
dedos dele roçassem seu clitóris. Um choque passou por ela; suas mãos o
apertaram mais forte. Qualquer coisa a mais e ela iria rasgar sua camisa. Ele
não dava mínima.

—Você não respondeu a minha pergunta —, disse ele contra sua carne
pulsante.

—O quê...? — O ar saiu dela quando ele sugou novamente. Ele não


deixou tê-lo de volta por pelo menos um minuto, provocando o mamilo,
dedilhando seu clitóris.

— Por que você veio aqui. Eu perguntei você nunca respondeu.

—Para ver você. — Sua voz era baixa, mais completa, cheia de desejo, e
caramba, ele achou isso excitante.

—Para me foder.

—Não apenas... Não, eu... Oh, Deus. — Seus dedos tinham apenas
ultrapassado a barreira de tecido entre eles e a sua buceta. Tão molhada, tão
suave. Em um movimento frenético, ela colocou todo seu peso sobre o joelho e
levantou a outra perna até que repousava sobre ele também, abrindo-se mais.

—Não? Então, se eu parar, então...

—Não, não pare!

Ele riu. Ela estava mentindo para si mesma se ela achava que não
precisava disso. Talvez ele estivesse mentindo para si mesmo ao pensar que
ela precisava de alguma coisa mais do que isso.

E se ele a soltasse sexualmente apenas para o próximo bastardo de


merda que entrasse em sua vida para colher todos os benefícios?
Oh, droga, não. Ele afastou a mão, agarrou-a pelos quadris e jogou-a
na cama de lado, elevando-se sobre ela e quase rasgando sua camisa fora ao
vê-la com uma espécie de apreensão feroz em seus olhos. Isso não a impediu
de agarrar os jeans dele e trabalhá-los até que ela segurou o pênis dele em
suas mãos. Porra, ele estava duro, tão duro que doía, e o doce alívio estava a
apenas alguns centímetros de distância. Entre as pernas ou entre os lábios
dela, ele não ligava muito, só sabia que tinha que entrar em um lugar ou no
outro, e ele tinha que chegar lá rápido.

—Você está tomando pílula? — Ele perguntou asperamente.

Os cílios dela piscaram quando ela olhou para ele.

—Não. Sinto muito.

E então seus sonhos de se afundar em seu calor úmido sem nenhuma


barreira até gozar chegaram a uma morte gritante. Estava tudo bem. Ele só
queria que ele tivesse tido a precaução de obter os preservativos fora e tê-los a
mão. No momento em que ele voltou para ela com o pacote pequeno, ele não
estava menos faminto pela pausa. Ela também não estava, aparentemente,
porque ela agarrou a camisinha dele e a abriu e o seu pênis foi envolvido pelo
látex quase antes que ele pudesse piscar.

—Calcinha fora — ele reivindicou, e ela fez o trabalho ainda mais


rápido de retirá-la. Ele tirou a calça jeans. O olhar faminto dela vagava sobre
ele, e ela esticou os braços acima da cabeça, já sabendo do que ele gostava,
sem ele pedir.

—Eu pensei que você gostasse delas vestidas — ela disse com voz
rouca.

—Eu não quero uma coisa maldita me impedindo de tocar cada


centímetro de você que eu puder.

Um suspiro a estremeceu. Jesus Cristo. Seu corpo longo e nu brilhava


sob a luz fraca. Toda dele. O olhar dela caiu para seu pênis, ela lambeu os
lábios, e isso era a última coisa que seu controle perigosamente fraco poderia
tomar. Ele não tinha deslizado os dedos dentro dela, não tinha esticado ela,
não a tinha preparado. Ele queria o doce choque de seu aperto impossível, a
queria apertando-o até que ele não conseguisse respirar, queria ver as
sensações em resposta passando no rosto dela.

Ele afastou seus joelhos mais amplos. Deixou a cabeça de seu pau
deslizar através de sua umidade concentrada e empurrou uma vez, forte. Os
dedos dela amassaram a colcha sobre sua cabeça. Seu rosto adorável apertou
em êxtase agonizante. Ele fez isso apenas pela metade antes que ele não
pudesse tomar mais do atrito, recuou e empurrou novamente para facilitar
sua entrada.

Dúzias de maldições devem ter saído de seus lábios, mas ele estava
além de saber ou se importar com o que ele disse. Somente quando ela tinha
aceitado ele todo que ele parou por um momento, respirando com dificuldade
enquanto as pernas dela tremiam ao redor dos seus quadris. Ela estremeceu
inteira, na verdade, até mesmo no interior, onde ele podia sentir cada
movimento ampliado cem vezes em torno de seu eixo demasiadamente
inchado.
Assustada, ferida, ligada... Seja lá como ela estivesse agora, ele estava
lá com ela. Era tudo sobre a possessividade que havia borbulhado com o
pensamento dela com as mãos de algum outro idiota por toda ela. O pau de
algum outro idiota onde o seu estava agora. Ele abriu a boca para dizer
alguma coisa... O que, ele não tinha ideia. Algo para tranquiliza-la.

Ele nunca imaginou que ela seria a única a tranquilizá-lo.

—Bebê, venha aqui! —, disse ela, desobedecendo seu pedido não dito e
segurando os braços para ele. Ele teria sido o mais estúpido filho da puta vivo
para não ir para eles.

Não era muito difícil, naquele momento, quase entender onde Brian
estava vindo agora, em sua necessidade de fazer uma reivindicação com a sua
mulher, para fazê-la dele e só dele. A verdade da questão era, contudo, que
não fazia diferença o quanto você dava a ela, ou quantos anéis você colocasse
em seu dedo, havia sempre um filho da puta ao virar a esquina à espera de
tentar seduzi-la com uma proposta melhor. Ele não sabia disso?

Mesmo quando ele relaxou em seu abraço, o desespero comeu um


buraco em sua barriga. Não poderia durar. Mas ele não podia lutar contra
isso. Tanto quanto ele gostava de tomar o controle dela para fora, os braços
dela ao redor dele e o corpo macio dela o acolhendo, roubou fora a última gota
do próprio controle dele. Com apenas algumas poucas palavras, um toque, ela
trouxe sua besta instável para obedecer sob seu próprio comando suave.

Ela não tinha vindo aqui para fodê-lo;, ela tinha vindo aqui para fazer
amor com ele. Ele não estava pronto para isso ainda.

—Tudo vai ficar bem. —, ela sussurrou, acariciando as costas dele.

Ele inalou a doçura esmagadora de sua pele e cabelo e soltou sua


respiração em um arrepio, tentando obter um controle antes de ele perdê-lo,
bem aqui, agora. Havia tanta, muita merda voando ao redor de sua cabeça... E
talvez esta tivesse sido uma ideia enormemente ruim expô-la a isso.

—Vire-se.

Não adiantava discutir com ela. Ele rolou, puxando-a com ele. Talvez
assim ela não olhasse muito para o seu rosto. Só Deus sabia o que ela iria ver.

Plantando beijinhos ao longo da mandíbula dele, ela levantou os


quadris, deixando-o deslizar para fora até a última meia polegada. Ele gemeu,
apertando as mãos na bunda dela, em um esforço para não empurrá-la de
volta para baixo. Lentamente, tão malditamente lento isso curvou os dedos do
pé dele, ela afundou novamente. Polegada por polegada até que ela tinha
levado tudo e ele subitamente ficou suado.

—Oh, Deus, — ela engasgou. As palmas das mãos quentes dela


pegaram o rosto dele, e os lábios dela se derreteram sobre os dele. Então,
quando ela se levantou e se afundou novamente, ela puxou a cabeça dela para
trás e olhou diretamente para ele, os lábios entreabertos, os olhos vidrados de
prazer. —Oh.

—Macy... — Paraíso. Ela era um pequeno pedaço do paraíso enrolado


em volta dele para compensar o inferno em sua cabeça. Seu corpo se movia
com graça fluída quando ela começou a amá-lo... Era a única palavra para o
que ela fazia. Cada recuo trouxe os lábios dela de volta para os seus. Seus
aromas como cupcakes e sexo giravam em sua cabeça, e ele poderia se afogar
no luxo escuro de seu cabelo sedoso e pesado caindo ao redor dele. Um pouco
mais rápido agora, mas ainda suavemente, ela o montou, buscando o ângulo
que lhe disse que ela estava chegando ao seu ápice e precisava voar. Tanto
que tinha a esperança de que ela não iria olhar muito para ele, porque ela
fixou diretamente em seus fodidos olhos, os dela como âmbar ardente vidrados
de prazer e necessidade.

—Foda, isso é bom —, disse ela, e foi tão inesperado que ele quase caiu
na gargalhada.

—Você não está feliz por não ter saído correndo e gritando?

—O que...? Oh. — Ela deu uma risada ofegante, aparentemente,


lembrando o seu comentário sobre o piercing dele. — Eu estou. Tão feliz.

—Vire-se.

—Hein?

Ele a impulsionou para cima com um suave empurrão nos quadris


dela.

—Vire-se, vaqueira. Você vai ver. — Uma curiosa incerteza piscando nos
olhos dela, ela fez o que ele disse a ela, virando suas costas para ele. Ele
alcançou entre eles e se posicionou em sua entrada, ambos gemendo quando
ela se afundou de volta, engolindo-o todo.

—Foda-se — ele respirou. Correndo sua mão para cima aos lados dela,
ele a puxou para trás até que ela ficasse deitada em cima dele, virando a
cabeça dela para um beijo enquanto ele acariciava a barriga e os seios dela.
Foi uma pausa bem-vinda do olhar investigativo dela e, dadas as suas
lamúrias e os pequenos giros de seus quadris sobre ele enquanto ele estava
parado completamente imóvel, ele sabia que seu piercing estava descansando
no doce ponto dela.

—Seth —, ela gemeu contra a boca dele. — Eu preciso... — Sua buceta


pulsou em torno dele, espasmos involuntários que iam levá-lo para fora de sua
mente.

Deus, sim, ela precisava, e ele queria ser o único a supervisionar o


satisfação dessas necessidades a partir de agora. Ele pegou uma das mãos
dela e a deslizou para baixo de sua barriga.

—Brinque com o seu clitóris, Macy.

A desvantagem era que ele não podia ver quando ela obedeceu. Ele
sentiu a mão dela soltar a dele, ouviu o som minúsculo, úmido de seus dedos
encontrando seu alvo e seu suspiro em resposta. Em pequenos incrementos,
ele começou a se mover. Era tudo o que ela precisava para ele trabalhar no
local exato em que ele estava. Os dedos dela exploraram mais para baixo e
tocaram o pau dele onde desaparecia dentro dela, e o choque disso subiu pela
espinha dele, o fez rosnar, o fez apertar o braço em volta da cintura dela.
—Eu preciso que você goze, bebê, antes de eu explodir —, disse ele em
uma corrida em seu ouvido. — Preciso sentir você me apertar, enquanto eu
estou duro e profundo.

—Sim. — O roçar dos dedos dela o deixou e voltou a trabalhar no


pequeno botão que ele mal podia esperar para beijar e lamber mais tarde, até
que ela gritou. Ele disse a ela tudo sobre esses planos, enquanto ela suspirou
e gemeu, tremeu e sacudiu, até que finalmente ela quebrou sobre ele. O corpo
dela ondulando em ondas, enquanto ele deixou o controle em ruínas e tomou-
a com cursos longos que enviaram seus gritos mais altos e ordenharam sua
própria libertação em grandes e fortes espasmos, que levaram todo o stress e a
dor de cabeça com eles pelo menos para o momento. O peso dela caiu sobre
ele no momento em que seu último tremor o rasgou.

Mas ela não ficou. Ela deslizou fora dele e se enrolou ao lado dele, o
corpo dela ainda tremendo tão violentamente que ele foi obrigado a se virar e a
envolvê-la em seus braços.

—Você está bem?

Ela apenas balançou a cabeça, agarrando-se a ele. Ele não pressionou.


Havia sido fodidamente intenso para ele também, e ele não poderia falar sobre
isso, então não havia razão para fazê-la tentar isso. Tão rapidamente como ele
foi capaz, ele cuidou do preservativo. Então, alcançando fora dela, ele puxou a
metade inferior da colcha fora do colchão e puxou-o sobre ambos,
aconchegando-a mais perto em seu peito. Apenas no caso de que seu tremor
não ser apenas de natureza emocional.

E se fosse? E se ela estivesse tão afetada pelo que estava acontecendo


aqui, como ele parecia estar?

Ele agarrou-a mais apertado. A perna macia dela deslizou sobre a dele,
e o braço dela foi em torno da cintura dele, a cabeça dela aninhada sob o
queixo dele. Hálito quente soprava contra seu ombro. Tanto por seus
grandiosos e inteligentes planos para mantê-la à distância. Aqui neste
pequeno casulo, o mundo não importava, e aparentemente nada do que ele já
pensou ou sentiu antes também não importava. Ele poderia morrer por esta
garota.

—Você é boa demais para mim —, ele sussurrou. Não realmente o que
ele queria falar esse momento, mas foi o que saiu.

—Não diga isso. — A voz dela ainda era baixa, rouca, ofegante.

—Eu sei. É besteira.

A cabeça dela se levantou, e olhos castanhos claros encontraram o


olhar dele.

—Eu quero você. E eu sou uma cadela tensa, lembra? Eu não tendo a
querer coisas que não são boas o suficiente para mim.

—Uma cadela tensa? Quem diabos te disse isso?

—Ninguém nunca teve que me dizer isso.

—Para uma cadela tensa, você é muito generosa.


Um sorriso brincou no canto dos lábios dela.

—Você acha que eu não tenho minhas próprias razões egoístas para
estar aqui?

—Bem, eu também tenho no que diz respeito. Assim, que tal admitir
que nenhum de nós é perfeito e continuar com a vida.

—Você que trouxe o assunto.

—Foi uma observação. Correta, mas irrelevante.

—Não correta e irrelevante.

Ele riu, afundando a mão no cabelo dela para segurar o pescoço e guiar
os lábios dela de volta para os seus.

—Tudo bem —, ele disse a ela entre bocados de sua doçura. —Estou
desistindo

—Essa é a maneira que deve ser. — Ela deslizou seu corpo sobre o dele,
com um brilho diabólico em seus olhos. —Você desiste.

—É assim agora?

—Mm-hmm.— As coxas dela se abriram em torno dos quadris dele, e a


boca dela trilhou até o piercing no mamilo direito dele. Quando sua língua o
cutucou, a respiração dele prendeu. Porra se seu pênis já não estava inchado
e duro contra a suavidade da barriga dela. — Então, estes realmente
aumentam a sensibilidade?

Ele levantou seus quadris, pressionando sua ereção contra dela.

—O que você acha?

Quando ela riu, uma explosão da respiração dela resfriou a umidade


que ela tinha deixado em seu mamilo e ele gemeu.

— Eu acho que eu poderia olhar para você e ter essa reação.

Ela só poderia estar certa sobre isso.

—Está interessada?

O olhar incrédulo dela se levantou para o dele.

—Em anéis de mamilo? Oh, inferno não.

Um suspiro escapou dela quando ele virou-a sob ele, o movimento


fazendo com que o cobertor escorregasse por seus corpos.

— Eu não coloco piercings, de qualquer maneira.

—Você não?

—Não. Puramente interessado na tinta. — A pele dela era uma deliciosa


mistura de doce e salgado enquanto ele lambia a delicada curva onde o
pescoço encontrava o ombro. Ele sabia por experiência própria que aquele
sabor se intensificava entre as pernas delas.
—Há tanta coisa que eu quero fazer com você.

—Contanto que não envolva agulhas.

—Anotado —. Ele puxou um mamilo atrevido em sua boca, chupou-o


lentamente enquanto ele deslizava os dedos pela barriga dela. Os quadris dela
se inclinaram para cima em um doce convite, e ele o aceitou, deslizando dois
dedos em cada lado de seu clitóris, mas não o tocando diretamente. Ela deu
um pequeno choramingo de aflição... E então as palavras que fizeram o
mundo parar de girar.

—Fora isso, você pode... Fazer o que quiser comigo.

O edifício poderia ter pegado fogo, um aviso de tornado poderia ter


soado, ou uma maldita bola de demolição poderia ter quebrado através da
parede, e ele não teria notado no momento. Mas aquelas palavras fizeram a
cabeça dele levantar.

—O que você quer?

Ele praticamente podia ver o rubor subindo nas bochechas dela.

—Eu pensei que nós estávamos falando sobre o que você quer.

—Não, isto é tudo para você. Eu gostaria de empurrá-la, mas apenas a


lugares onde eu tenha plena certeza de que você gostaria de ir. Eu não vou
cruzar todas as linhas que você pode ter tudo em prol de me fazer gozar.
Então, se há algo que você esteja curiosa, ou que você acha que você quer
tentar, então você precisa me dizer.

Ela desviou o olhar do dele, estudando a parte do teto acima do ombro


direito dele.

—Eu só fico pensando sobre o que você disse sobre sua ex, sobre você
ficar por perto porque ela era louca na cama. Foi à primeira coisa que você
mencionou quando eu perguntei por que você estava com alguém assim por
tanto tempo.

—E se eu tivesse usado o meu cérebro, eu nunca teria lhe dito isso,


especialmente se eu achasse que você ia ficar remoendo isso. Ei —.
Gentilmente, ele afastou o cabelo da testa dela, chamando sua atenção
novamente. —Isso pode ter me mantido por um tempo, mas isso não me
manteve para sempre, não é?

—Eu não gosto da ideia de não ser a melhor que você já teve. — Uau. A
intensidade feroz daquela declaração o pegou de surpresa e, por um momento,
ele se perguntou se ele tinha acabado de receber um vislumbre da Macy de
antes do acidente, sempre pronta para ganhar que todos haviam falado. Além
de... Que diabos?

—Agora eu não quis te dar essa impressão. Jesus, garota. — Ele


sentou-se sobre os joelhos, esfregando uma mão sobre a cabeça. Ela o seguiu,
recatadamente segurando a colcha nos seus seios inchados. — Eu queria que
eu pudesse até mesmo descrever para você como eu me senti naquela primeira
noite em que estivemos juntos. Porém, eu não posso, porque as únicas
palavras que atravessam minha mente eram 'Uau, Incrível'. É isso aí. Mais e
mais. Mesmo que você não tenha se quer olhado para mim uma vez, que você
tenha concordado em encontrar-se comigo, que você tenha realmente feito o
primeiro movimento e não me provocou ou me impediu minha vida poderia ter
terminado naquela noite, Macy, e eu a teria considerado completa. Você é a
melhor que eu já tive. Se tudo o que fizermos a partir de agora for sexo
missionário15 heterossexual às vinte horas das noites de terça-feira dos meses
que começam com J, você ainda vai ser a melhor que eu já tive.

Se ele tivesse esperado que ela parecesse feliz depois de tudo isso, ele
estaria decepcionado. Ela abaixou a cabeça, ainda segurando o cobertor
ridículo como se ele não tivesse tido apenas o mamilo dela em sua boca.

—Então eu tinha que ir e bagunçar tudo —, ela disse, finalmente,


parecendo pequena e abatida.

—Não se culpe. Você explicou. É perdoável. Venha aqui —. Erguendo-a


em seus joelhos, ele a envolveu em seus braços. Graças a Deus, ela
finalmente deixou cair o cobertor, indo pele com pele com ele, enterrando o
rosto dela em seu ombro e apertando-o com força. — Eu sou o mais sortudo
filho da puta vivo por estar aqui agora — ele sussurrou. — Nunca pense que
eu não sei disso.

—Eu mesma tenho muita sorte.

                                                            
15 Sexo Missionário: Estilo papai e mamãe. 
Capítulo Vinte

Eles tinham saído para comer sushi quando as mensagens de texto


começaram. E então as chamadas.

Jared estava chateado por ela tê-lo ignorado. Ela se sentiu mal por isso,
tinha ligado mais cedo e deixado o recado no correio de voz honestamente, em
toda aquela excitação, ela tinha quase esquecido tudo sobre isso, mas ele
estava reagindo de forma exagerada. Aparentemente, ele tinha ido ao
apartamento dela, porque ele queria saber onde ela estava. Como se ela
tivesse que dar satisfações a ele.

Quando Seth perguntou-lhe quem diabos estava tentando entrar em


contato com ela, ela acenou fora suas perguntas e silenciou o telefone. Droga.
Ela deveria ter lhe dito desde o início que seu próprio ex psicopata poderia
estar nascendo bem diante dos seus olhos. Ugh. Jared nunca lhe pareceu esse
tipo de pessoa. Então, novamente, Jared nunca tinha visto ela ficar
seriamente envolvida com outra pessoa.

—Você tem certeza que está tudo bem? — Seth perguntou, assustando-
a fora de seus pensamentos. Eles estavam fazendo hora depois de acabar de
comer a algum tempo agora. E ainda estavam se deleitando com as sensações
de tudo o que eles tinham feito pouco antes de irem para lá ou pelo menos, ela
estava. Ela rapidamente tomou um gole de sua água.

—Ah, com certeza.

—Se alguma coisa estiver acontecendo de volta para casa...

—Não, nada disso. Embora eu precise fazer uma chamada. Tudo bem?

—Claro.

—Volto já. — Ela deslizou para fora do seu assento e foi para o
banheiro feminino, a mandíbula apertada com todas as palavras que ela
queria por para fora. A solução mais simples seria desligar totalmente o
celular, mas ele já a tinha deixado irritada.

O banheiro estava vazio, graças a Deus, e esperançosamente ela


poderia fazer isso de forma rápida. Jared respondeu imediatamente.

—Macy?

—Qual é o seu problema, Jared?

—Por que você não veio hoje?

—Eu disse a você. Sinto muito, mas algo aconteceu. Fim da história.
Agora pare com isso. Agora.

—Eu não gosto de ser descartado no último minuto. Isto não é de seu
feitio. O que aconteceu com você?
Apesar do surto em sua indignação, as palavras dele picaram. —Eu
acho que você tinha a ideia de que isso era mais do que realmente era. Não era
um encontro. Não foi uma abertura de portas para você e eu voltarmos a ficar
juntos um dia, não importa o que o levou a acreditar nisso. Quanto mais eu
pensava sobre isso, mais tudo parecia uma má ideia, de qualquer maneira.

—Eu acho que você está fora transando com ele novamente. Ignorando
as pessoas que realmente se preocupam com você por esse lixo. Eu nunca
pensei que eu iria vê-la chegar a isso, mas agora que você tem, talvez vocês se
mereçam.

Fúria silenciosa e avassaladora a devastou, roubando toda a


capacidade de falar, e ela odiou isso, ela odiava isso. Lágrimas queimaram
seus olhos. O único pensamento que poderia espremer-se por entre o tumulto
em sua cabeça foi, 'O que o Seth diria?' A resposta veio muito facilmente pelo
menos, parte dela o fez.

—Jared? Vai se foder. Eu só posso ter esperança de merecer ele. — Ela


não podia espetar o botão vermelho para desligar rápido o suficiente. Em
seguida, ela fez o que deveria ter feito desde o início: desligou a maldita coisa.
Quando ela bateu seu caminho para fora do banheiro, ela quase bateu em
uma pobre senhora que estava entrando e murmurou um pedido de desculpas
antes de contorná-la e seguir cegamente de volta para sua mesa.

Grande erro, ela percebeu quando se sentou. Ela deveria ter tomado
um minuto para se recompor. As sobrancelhas escuras de Seth caíram
quando ele olhou para ela.

—O que diabos aconteceu?

—Nada. — Ela se esforçou a ser indiferente quando ela recolheu sua


bolsa e seu casaco, mas não achou que tinha conseguido, então ela desistiu.
—Eu não quero falar sobre isso.

— Jesus, você precisa falar sobre isso. Seu rosto está da cor da sua
blusa. — Que era magenta. —Parece que você está prestes a entrar em
combustão. Vamos lá, querida. A bunda de quem eu devo chutar?

Ah, ela poderia pensar em uma agora mesmo. Como Jared se atreve a
falar aquilo sobre ele? Sobre ela? Ele sempre tinha sido um grande idiota, ou
ela simplesmente não tinha prestado atenção em sua ingênua juventude?

—Não é nada. Podemos voltar para o quarto agora?

A mudança em seu comportamento era aparente sem ele dizer uma


palavra. Seus olhos escuros se estreitaram de forma quase imperceptível, e
não havia dúvida do aperto de sua mandíbula.

—Macy. Quem estava na porra do telefone.

Merda. Se ela lhe disse-se, ela teria que dizer-lhe tudo. E ele pode
muito bem fazer o que ele ameaçou.

—É apenas alguém que eu sei que é um idiota. Não é nada com que
você precise se preocupar, certo? Vamos simplesmente voltar e não deixar
isso arruinar a noite. Vou me acalmar, eu prometo.
O olhar dele perfurou o dela ficou mais alguns segundos antes de ele
amaldiçoar e arrancar sua carteira do bolso de trás, atirando algumas notas
sobre a mesa antes de ficar de pé e empurrá-la de volta em seu lugar. Ele não
olhou para ela.

—Ei—, disse ela suavemente, ficando em pé ao lado dele. —Não é...

Ele se afastou dela. Na verdade virou suas costas e a deixou ali.

Bem. Parecida que agir como um imbecil era contagioso. Ela o seguiu,
lutando para colocar o casaco que ele normalmente estava muito feliz em
ajudá-la a colocar.

—Seth.

Pelo menos ele segurou a porta do restaurante para ela, mas ele não
respondeu, e não olhou em seus olhos. E ela estava sendo deliberadamente
ignorada, droga, se ela iria implorar por sua atenção. Ela surgiu à sua frente e
abriu a porta do passageiro do carro dele antes que ele pudesse tocá-la.
Mesmo se ele tivesse inclinado a isso. A força que ela usou para fechá-la
depois que ela se jogou dentro provavelmente lhe deu uma pista de como seu
comportamento estava afetando o humor já de merda dela.

Que diabos? Droga Jared Stanton. No silêncio momentâneo enquanto


Seth dava a volta para o lado do motorista, ela viu os faróis na interestadual
borrarem, em seguida, cerrou os olhos fechados. Tudo o que conseguiu fazer
foi apertar as lágrimas para fora. Ela enxugou suas bochechas quando ele se
deixou cair em seu assento.

—Diga-me o que diabos está acontecendo.

—Por que a maldita inquisição?

—Porque você está escondendo algo de mim, e eu não gosto disso.

—Então, a minha vida é um livro aberto quando estou com você? Eu


tenho que passar cada chamada telefônica com você e retransmitir todas as
minhas conversas pessoais para a sua aprovação?

—De onde vem essa merda? Eu só pedi para saber detalhes sobre o
telefonema que a fez parecer como se quisesse arrancar a cabeça de alguém
fora. Se alguém está fodendo com você, Macy, eu quero saber sobre isso.

—Bem, eu não quero que você saiba sobre isso.

O silêncio que desceu era terrível e absoluto. Em seguida, a jaqueta de


couro dele rangeu quando ele se afastou dela e virou o carro, resmungando
algo que soou como — Fêmeas loucas de merda. — Ele saiu de ré da vaga do
estacionamento e arrancou tão rápido que ela estava procurando algo a que se
segurar. Mas pelo menos ele não dirigiu como um louco quando eles atingiram
a interestadual; o coração dela na garganta o suficiente como estava.

—Eu pensei que tínhamos virado uma página, você sabe, — ele disse
quando violentamente mudou de marcha. —E eu sempre pensei que você
confiava em mim mais do que isso.
—Não é que eu não confie, é apenas... Merda. Eu estou com raiva de
um amigo. Então, o que. Por que você está fazendo disso um negócio tão
grande?

—Por que você está fazendo isso? É apenas um grande negócio, porque
você está me excluindo. Eu duvido que você esteja com tanta raiva da
Candace. Ou da Sam.

—Não —, ela disse com cautela.

—Um amigo, hein.

Ela segurou a boca fechada.

—Será que esse amigo, em qualquer momento colocou o pau dele em


você?

A visão dela praticamente ficou preta.

—Você não acabou de dizer isso para mim.

—Sim, eu fiz.

—Então eu acho que você precisa calar a boca antes de dizer qualquer
outra coisa que você vai se arrepender mais tarde.

—Eu não vou me arrepender de merda nenhuma, exceto, talvez, que eu


me estabeleci para isto, para começar. Obrigado por sua falta de negação, por
sinal. Me diz tudo o que eu preciso saber.

—Deus! Você está sendo tão irracional. Eu sei que você foi magoado e
tudo mais, mas não projete isso em mim. Eu não vou tolerar isso.

Ele ficou em silêncio por um longo tempo, muito tempo.

—Há muita coisa que eu não vou tolerar, Macy. Eu tenho uma linha.
Uma vez que é ultrapassada, é isso. Segredos, escapadas secretas, outros
filhos da puta farejando em volta enquanto você finge que não é grande coisa.
Já estive lá. Estes são os principais fodidos problemas para mim. Você
deveria saber disso.

Macy zombou, tentando segurar a raiva que estava rapidamente se


transformando em coração partido.

—Coitadinho. Supere isso. Eu não acho que eu estaria muito fora da


linha em sugerir que você está apenas à procura de alguma razão para
acreditar que a linha foi cruzada quando não foi. Eu não fiz nada. Eu expliquei
para você que eu não coloco meu drama fora para todo mundo ver. Você quer
tudo na cara, e isso é uma maldita grande questão para mim.

—Você trouxe o seu drama para a fodida mesa lá atrás. Você tinha o
seu drama escrito em todo o seu rosto. O que eu deveria pensar?

—Tudo bem, Seth. O amigo do qual eu estava falando é Jared Stanton.


Você o viu no bar na noite do dia dos namorados. Eu o conheço a tanto tempo
quanto eu me lembro. Nós namoramos a partir do momento que eu tinha
quatorze anos até que eu tive meu acidente. Depois disso, ele engravidou
alguma outra garota, se casou, teve gêmeos, se divorciou. Eu dou aulas de
equitação para as filhas dele, porque ele trabalha muito, e ele sabe que eu sou
muito boa nisso. E sim, ele me quer de volta. Eu o vi na casa de meus pais
no final de semana passado. Ele queria que eu fosse a uma laçada hoje. Eu
concordei em ir pelos velhos tempos, mas eu dei o fora nele para ver você. E
ele está chateado, e ele disse algumas coisas realmente de merda agora. Fim
da história. Satisfeito?

—Tudo isso vem acontecendo desde que estamos saímos juntos?

—Sim.

—Foda.

E foi isso. Ele completamente se fechou. Talvez ela merecesse isso;


talvez não, definitivamente, ela supunha, considerando a reação dele ela
deveria ter sido honesta com ele sobre tudo isso. Ela realmente não tinha
considerado isso uma grande coisa. Porque não era uma, pelo menos em sua
mente. Então novamente, ela nunca tinha sido aquela a ser deixada para trás
antes. Ela sempre foi à pessoa que partia. Jesus. Quem teria pensado que ser
o tipo de pessoa que gostava de manter a boca fechada em vez de falar pelos
cotovelos iria explodir de forma tão espetacular na sua cara? Não era
geralmente o contrário?

—Olha, eu sinto muito —, disse ela, odiando o tom suplicante em sua


voz. — Nada disso é tão ruim quanto parece. Eu sempre digo para ele que
não voltarei com ele. Ele sabe sobre você. Não é como se eu estivesse nos
mantendo em segredo.

—Só mantendo ele em segredo de mim. — Ele freou tão forte no


estacionamento do hotel que se ela não estivesse usando o cinto de segurança,
ela poderia ter sido jogada no painel.

—Por um bom motivo, aparentemente! — Ela estalou, destravando e


arremessando o cinto. Uma vez que ela tinha saído do carro, ela notou que ele
não fez nenhum movimento para fazer o mesmo. Ele nem sequer desligou o
motor. Segurando a porta, ela se inclinou para olhar para ele, sua pulsação
em seus ouvidos. —Você está indo embora?

Seu rosto estava na sombra, mas dado o gelo em sua voz, isso era
provavelmente uma coisa boa.

—Feche a porta.

Oh, Deus, tinha que ter algo que ela pudesse dizer para fazer isso
melhorar. Alguma frase mágica que iria deixá-lo saber que ele não tinha
nenhuma razão para ter ciúmes ou se sentir ameaçado. Nenhuma de
qualquer forma. Mas se esta era a sua reação quando ela recebesse a menor
quantidade de atenção do sexo oposto, ela realmente queria fazer parte disso?
Se era assim que ele queria, então era assim que ia ser. Ela bateu a porta e
não esperou para vê-lo partir.

O que ele fez.

Oh, inferno não.

Graças a Deus que eles tinham cada um pegado um cartão chave. Ela
deixou-se entrar no quarto e arremessou sua bolsa na escuridão, ouvindo o
conteúdo se espalhar onde quer que ela tenha pousado. A primeira coisa a
chamar a sua atenção quando ela acendeu a luz foi à bolsa de viagem dele
sobre a cômoda. Ela esperava que não houvesse nada importante lá, porque
ela com maldita certeza não iria levá-la de volta para ele. Ele tinha sorte dela
não queimá-la ali mesmo.

—Fêmeas loucas de merda o cacete —, ela murmurou no silêncio do


quarto. Os homens eram os insanos. Será que ele acha que só porque ela o
permitiu estar em sua vagina algumas vezes que ela era sua propriedade?
Será que o Jared pensa a mesma coisa? Ela tinha uma má notícia para ele
especialmente. Ela não tinha exatamente sido celibatária desde a separação
deles, mesmo antes de Seth. Não houveram muitos, mas houveram alguns.

Seu telefone havia desembarcado no pé da cama. Ela pegou-o,


suspirando e o ligando quando ela caiu pesadamente sobre a cama
bagunçada, exausta. Jared tinha aparentemente seguido a sua sugestão
anterior. Nenhuma mensagem dele. Candace tinha deixado uma mensagem
de voz. Só queria conversar. Bem, ela não estava de bom humor para
conversar.

O que diabos estava acontecendo? Ele estava simplesmente voltando


para Oklahoma sem uma palavra? Ele estava indo a algum lugar para se
acalmar até que eles pudessem conversar racionalmente? Ela nunca o tinha
visto enfurecido. Ela não o conhecia assim. Provavelmente foi uma boa coisa
que ela tivesse esse vislumbre antes que isso fosse mais longe.

Seja como for, ela pensou, arrastando-se fora da cama. Ela achou que
ia dormir nua em seus braços esta noite, então ela não tinha colocado na mala
um pijama. Má ideia. Assim que ela tirou sua roupa e ficou só de lingerie ela
olhou para a mala dele. Certamente ele teria uma camiseta lá, ele vivia nelas.
A que ela tirou da mala era preta (que incrível) e estava escrito Cannibal
Corpse em letras vermelhas escorridas. Adorável. Mas, quando ela puxou-a
sobre a cabeça e libertou o cabelo da gola, o cheiro vagamente cítrico dele a
envolveu, e a última de sua raiva se dissipou.

Ela iria dormir um pouco, ir para casa e tentar esquecer que as últimas
semanas se querem aconteceram.

******

Ela sacudiu desperta com uma boca em seu pescoço, molhada e quente
que a sugava.

Luxuria caiu sobre ela como um tsunami, varrendo qualquer


sonolência para fora de sua cabeça e dobrando os seus batimentos. Com um
pequeno suspiro, ela agarrou os lados do rosto dele e puxou a boca dele para a
dela, bebendo sua respiração quente encharcada de uísque ele deve ter bebido
muito disso, porque seu sabor a deixou instantaneamente bêbada. A língua
dele se enroscou com a dela, e ela a chupou, regozijando-se com o gemido
atormentado que a ação tirou da garganta dele. Buscando em seu coração por
quaisquer vestígios de sua raiva de mais cedo e a encontrando ainda
queimando, ela sabia que deveria fazê-lo parar. A mão quente dele deslizou
sob a sua camiseta – a camiseta dele — viajando todo o caminho até o seu
seio, e a noção voou para fora de sua cabeça. Ele o apertou rudemente,
puxando o mamilo até que ficou com dor pela atenção. Ela queria a boca dele
lá. Ela a queria em todos os lugares. A própria mão dela deslizou entre eles, e
ela praticamente rosnou em frustração em encontrar que ele continuava de
jeans. Mas não havia nada frustrante sobre o cume duro pressionando contra
seu zíper. Uma onda de umidade em resposta a encharcou, e ela trabalhou na
liberação do pênis dele de seu jeans.

Um pensamento desagradável provocou nas bordas de sua consciência,


e ela não queria deixá-lo tomar posse, mas pouco a pouco ele cresceu até que
tomou conta até da necessidade empoçada ardente entre suas pernas. E se ele
estivesse tão bêbado que não sabia o que estava fazendo? Ele tinha dirigido
nesse estado? Virando a cabeça, enquanto a boca dele queimava sua garganta,
ela viu a garrafa de líquido âmbar colocada sobre o criado mudo. Talvez ele só
a trouxe e bebeu aqui. A TV estava ligada, mas sem som, sua luz cintilando
contra o teto. E se ele tivesse acabado de acordar com um tesão e surpresa!
Lá estava um corpo feminino quente e disposto a distância do comprimento do
braço?

—Diga meu nome —, ela sussurrou contra os lábios dele enquanto seus
dedos concluíram sua tarefa e o comprimento pesado dele encheu suas mãos
ansiosas.

—Macy — ele respirou. O braço dele enrolado em volta dela, puxando-a


mais perto. A outra mão dele abandonou o seu lugar no seio dela e deslizou
por seu estômago em sua calcinha úmida. —Macy...

Ela abriu as pernas, movendo-se contra sua mão. Os dedos dele a


acariciaram, a dedilharam, causando estragos requintados em sua carne lisa e
sensível.

—Me foda, Seth, — ela ofegou na boca dele. —Por favor. Eu só quero
você. Eu sempre quis só você.

Tensão varreu o corpo contra o dela, e ela rezou para que o lembrete de
suas palavras anteriores não apagassem seu ardor. A mão dele agarrou a
calcinha dela e puxou-a para baixo e fora.

Ele a rolou debaixo dele enquanto ela lutava para empurrar a calça
jeans dele mais para longe. Ele se mexeu, posicionando-se não de forma fácil,
já que ela não conseguia parar de se contorcer sob ele. Em seguida, a cabeça
larga de seu pênis a penetrou, e ela jogou a cabeça para trás com um grito
gutural, afundando suas unhas na carne firme da bunda dele. Instigando-o,
implorando por mais. Ele deu isso. Duro, rápido, não mostrando misericórdia,
ele empurrou seu comprimento inteiro dentro dela, enviando ondas de choque
através do corpo dela. Se ela não estivesse tão molhada, tão quente, tão
desesperada por ele, ela poderia ter gritado para ele parar, ir mais devagar. Ela
imaginou se ele mesmo teria ouvido.

— Foda — ele rosnou quando ele foi tão profundo que ela mal podia
respirar. — Foda.

A própria mente dela não podia fazer muito melhor para descrevê-lo.
Uma palavra girou à frente de seus pensamentos: sim. Sim. Isto era direito,
este era o lugar onde ela pertencia. Ele puxou para fora, deixando-a
choramingar em tristeza, a vagina dela apertando contra o vazio repentino, ele
saiu. O corpo dela incendiou quando ele empurrou de volta para dentro.
Estrelas explodiram em frente de suas pálpebras fechadas e nas profundezas
que ele alcançou em seu interior. Oh Deus, mais dois golpes e ela estava
pronta para gozar. Isso era muito menos do que ele tinha para dar a ela. Ela
caiu em êxtase, mesmo antes da cabeceira começar a bater na parede com a
ferocidade da paixão dele. E mais uma vez antes de ele empurrar as pernas
dela para trás até que os pés dela estavam sobre seus ombros. Em seguida,
seu piercing acertou o ponto G dela com precisão devastadora, e ela gozou
mais duas vezes, soluçando seu nome. Ela tinha perdido a conta quando ele a
virou e tomou-a por trás. Nessa altura, ela estava dolorida, sem ossos, sem
vergonha, dele para moldar e dar forma como massinha. A camiseta dela tinha
desaparecido em algum ponto. Pedaços de sua pele coçavam e ardiam onde ele
a tinha chupado. Não havia nenhum outro orgasmo sobrando no corpo dela
para ser puxado para fora... Ou assim ela pensou.

Falando repetidamente o nome dele e amando como soava em sua


língua, ela ondulou e apertou em torno dele novamente. Os dedos dele
apertaram em sua carne duro o suficiente para deixá-la roxa quando ele a
puxou contra ele uma última vez... E deixou-a. O ar frio circulou sobre a carne
superaquecida dela na ausência dele. Ele resmungou várias maldições quando
ele gozou nas costas dela. Exausta, choramingando, ela desmoronou
totalmente sobre o colchão. Ele seguiu, aparentemente sem se preocupar com
a confusão entre eles, e ela deu boas vindas ao peso dele sobre ela. A
respiração dele soprou no ouvido dela. O coração dele galopava contra as
costas dela, e ele tremeu tão duro como ela tremia. Ela não achava que queria
se mover novamente. Mmm, sim, ela poderia ficar assim a partir de agora.

— Você também vai me deixar —, disse ele, as palavras praticamente


um chiado no ouvido dela, mas atadas com tanto desespero que choque
reverberou através dela.

— Seth, eu não vou... — Ele rolou longe dela e saiu da cama. De


alguma forma, ela encontrou forças para levantar a cabeça e vê-lo cambalear
em direção ao banheiro, levantando seus jeans enquanto andava. — Me ouça.

Ele não o fez. Quaisquer outras palavras se emaranharam na garganta


dela e gelo se instalou onde as cinzas de seu coração haviam estado quando
ele bateu a porta fechada.

Bastardo. Nojento inacreditável bastardo.

******

Estúpido fodido, estúpido. Ghost estava ainda mais chateado com o seu
pau desobediente do que com a mulher lá fora na cama. Porra, a cabeça dele
doía, e a luz do banheiro era como uma faca cortando mais fundo em seu
cérebro com cada pensamento. Ele não sabia como ele tinha sangue
suficiente em regiões baixas para sustentar seu pau duro; cada gota parecia
estar concentrada bem atrás de seus olhos. E vibravam com cada batida do
seu coração, que ainda tinha que desacelerar. Mas ao invés de acalmar, agora
batia em fúria. De si mesmo. De tudo. Uma olhada no espelho revelou que ele
parecia merda esmagada. Macy realmente não tinha sido capaz de ver com o
que ela estava transando ou ela poderia tê-lo posto para fora. Ele parecia
perdido. Ele supôs que ele ainda estava. Olhando fixamente para seu reflexo,
ele queria se socar, ver seu próprio rosto quebrar como tudo na sua vida
fodida.

Suspirando, ele poupou o espelho e os nós dos seus dedos, jogou água
fria em seu rosto e contemplou o chuveiro. O quente aroma de baunilha
açucarada dela ainda estava por todo dele, e se ele não o tirasse, ele poderia
rasgar para dentro daquele quarto e ter uma repetição. Merda. Ele tinha ido
bruto com ela também. Maldito cérebro bêbado e nublado pelo sexo. Pelo
menos ele teve a presença de espírito de gozar fora; agora ele só esperava o
inferno que tenha sido o suficiente. Ele não estava preocupado com doenças
ela cuidava de si mesma e assim ele o fazia, mas depois da catástrofe com a
Raina, ele tinha jurado nunca deixar isso acontecer novamente.

Macy tinha se sentido tão bem que o simples pensamento dela enrolada
em volta dele era o suficiente para despertar o interesse apesar de tudo o que
tinham acabado de fazer. Tão molhada, tão suave, tão perfeita. Ele realmente
precisava sair daqui antes que ele fizesse um papel colossalmente ridículo,
ainda mais do que ele já tinha. Ele tinha sido um idiota por ter voltado ao
invés de ter ido a outro lugar para se afundar. Agora ele estava preso no
banheiro sem nenhuma rota de fuga que não envolva ter que enfrentá-la.

Movimento suave, idiota. E agora?

Aquele chuveiro poderia ser uma boa técnica de protela mento. Frio.
Ele nunca tinha pensado que ele iria precisar de um banho frio após um sexo
tão furioso. Depois da exibição, ele precisava de um saco de gelo. Ele estava
dolorido, cru. Em qualquer outro momento, ele estaria muito orgulhoso de si
mesmo.

Descartando a calça jeans, ele percebeu que seu telefone celular estava
no bolso. Eram 05:07 A.M. Brian tinha tentado falar com ele uma vez e tinha
enviado mensagem há apenas algumas horas atrás. Sim, ele tinha contado
tudo ao Brian logo após a briga; ele tinha tanta energia furiosa que ele não
sabia para onde canalizá-la Cara, Candace não sabia nada sobre isso,
também. Eu acho que você está exagerando. Chame se precisar de mim, eu não
me importo a que horas.

Ghost sorriu quando ele deixou o celular sobre o balcão e entrou na


água no chuveiro. Brian sempre mandava as mensagens com a gramática
perfeita. O que diria seu melhor amigo se soubesse que ele tinha tido o melhor
sexo de sua vida e que estava escondido no banheiro como uma virgem na
noite da formatura? E talvez ele estivesse exagerando, mas o inferno. Jared
foda Stanton soou como um prêmio para alguém como ela. Ela deveria ir
montar lá fora no pôr do sol com seu vaqueiro e esquecer tudo sobre ele. Aqui
estava ele tentando colocá-la de volta nas corridas... E ele só a empurrou para
seu ex esperando. Sim, você é bem-vindo, idiota. Ele lembrava vagamente de
dar uma olhada para o rosto do cara, vendo e ouvindo o suficiente para saber
que ele era um idiota arrogante. Ela poderia ter dado o fora no cara desta vez,
mas sempre haveria um próxima vez.

Limpe sua cabeça. Isso era tudo o que ele precisava fazer. Ele tinha
acordado com raiva e dor guerreando dentro de sua cabeça confusa e um
intenso tesão... E o corpo suave e doce de Macy aninhado ao seu lado. Uma
combinação catastrófica. Pelos primeiros minutos, ele pensou que estava
tendo o sonho mais quente e molhado de sua vida.

No final das contas, não importava se ele estava exagerando ou não.


Esta era apenas a prova de que ele precisava parar de pensar com seu pau, ter
sua bunda de volta em Oklahoma e mantê-la lá enquanto ele precisasse. Tirá-
la de sua cabeça. O spray do chuveiro bateu nele, mas isso não lhe trouxe
clareza. Não fazia a decisão que ele tinha acabado de tomar mais fácil de
engolir. Ele estava com as mãos apoiadas contra a parede, deixando o fluxo de
água bater em suas costas. Quando a cortina do chuveiro abriu, ele realmente
não estava surpreso o choque que chocou o inferno fora dele foi à falta de
críticas verbais da garota muito nervosa do outro lado. Macy entrou na
banheira com ele sem uma única palavra, com o cabelo preso
descuidadamente sobre sua cabeça, o rosto e o peito dela com marcas
vermelhas.

Ele saiu do caminho dela. Sem encontrar os olhos dele, sem se


comportar como se ele estivesse lá, ela se ensaboou e se enxaguou, enquanto
ele cerrava ambos os punhos, reprimindo a necessidade de colocá-la contra a
parede e obter algumas palavras daquela boca deliciosa. Mesmo algo no estilo
da Raina, como eu odeio você, filho da puta vil teria feito ele se sentir melhor
do que o seu silêncio gelado. Mas ele não merecia se sentir melhor.

Ela lhe acertou no peito com sua bucha de banho e saiu.

Ah, foda-se isso. Ele abriu a boca para falar, para chamá-la de volta,
para levá-la a amaldiçoar seu nome, qualquer coisa... E seu telefone zumbiu e
tocou no balcão. Macy saiu, fechando a porta atrás de si quando ele quase
quebrou o pescoço para pegar o seu telefone.

Stephanie. Deus sabia que a última vez que tinha recebido um


telefonema dela há esta hora, não tinha sido uma boa notícia.

—Steph?—, ele atendeu mais como resmungou.

O mais breve silêncio... E então a voz chorosa de sua irmã.

—Onde você está?

—Estou... Foda, Stephanie, o que é?

—O hospital acabou de ligar. Nana teve outro derrame. — Ela deu um


suspiro trêmulo. —Seth... Nós a perdemos.
Capítulo Vinte e Um

—Macy? Você está bem?

Macy voltou à atenção, percebendo que tinha estado olhando


cegamente em seu teclado pelos últimos minutos. Se ela não parasse de
negligenciar o trabalho, seus próprios pais iriam demiti-la.

Ela olhou para cima e sorriu para Carla, que estava parada na porta de
seu escritório.

—Bem, obrigada. Só um pouco preocupada. Entre.

Carla começou a tratar do inventário com ela, toda negócios como de


costume, mas ela continuou lhe dando olhares estranhos. Droga. Ela tinha
que sair dessa fossa. Já faziam três semanas desde sua fuga desastrosa com o
Seth, três semanas desde que ele saiu do banheiro, disse a ela em uma voz
trêmula que sua avó tinha morrido... E então praticamente ignorado todos os
seus esforços de consolação enquanto ele empurrava a roupa em sua mala e
saiu.

Agora ela achava que ele não estar lá quando isso aconteceu era culpa
dela também. Candace e Brian tinham ido para o funeral. Macy não se
atreveu, não tinha pensado que ela seria querida. Eles lhe disseram que foi
um pesadelo; Seth e seu irmão haviam trocado ofensas após o funeral, e Brian
teve que intervir entre eles uma vez. Nada como um funeral para trazer todo o
drama da família à tona. Ela deveria ter sido capaz de estar lá para ele por
tudo isso. Ela teria sido, se ele deixasse. Ele ainda estava em Oklahoma,
ajudando a esvaziar a casa de sua avó.

Após o trabalho, ela não poderia enfrentar a ideia de olhar


estupidamente a parede ou a TV. Sua vida tinha se tornado como um canção
country agora todas aquelas letras tristes faziam mais sentido do que nunca.
Ela encontrou-se dirigindo para a Dermamania, onde pelo menos sua melhor
amiga estaria lá para animá-la. Talvez Candace poderia sair mais cedo, elas
poderiam pegar Sam e terem uma noite de garotas tristes.

Um coro de saudações subiu quando ela entrou, e ela tentou não


deixar que seus olhos fossem imediatamente atraídos para a estação triste e
vazia do Seth. Candace veio para frente e deu-lhe o abraço costumeiro,
segurando um pouco mais do que normalmente fazia.

—Como vai? — Brian perguntou, inclinando seu queixo para ela de trás
do balcão. Eles pareciam estar tendo uma pausa nos negócios, mas, era noite
de segunda-feira. Provavelmente não era a noite da semana mais
movimentada em um estúdio de tatuagem. Starla tinha uma cliente com quem
estava conversando enquanto tatuava a sua omoplata, mas era tudo.

—Bem — disse Macy, ouvindo a mentira em sua única palavra. —


Posso falar com vocês por um minuto?
—Claro —. Brian indicou para trás. Macy e Candace o seguiram para
seu escritório. Ele fechou a porta atrás deles e se apoiou contra a mesa,
cruzando os braços e compartilhou um pequeno sorriso com Candace.

Uau, flashback. Só que, quando os três tinham vindo para esta sala foi
para discutir o que Macy sabia sobre o vandalismo na loja quase um ano
atrás, Candace e Brian eram aqueles com o coração partido olhando
tristemente um para o outro. Macy não tinha querido consertar isso, não
realmente. Ela pensava que eles não eram bons juntos, que sua melhor amiga
estava realmente estragando tudo por se misturar com esse cara. Ela e Seth
tinham saído juntos uma vez nesse ponto, compartilharam algumas risadas,
mas ela de forma geral tinha o mesmo sentimento sobre ele, apesar de seus
hormônios em fúria. Ela pensava que ele era muito parecido com Brian:
quente, engraçado e notícia muito ruim.

Mostrou como ela era especialista era em manter suas convicções.

—Como ele está? — Ela falou, interrompendo o flerte acontecendo


diante de seus olhos e sabendo que ela não precisa identificar quem ela queria
dizer.

—Ele está muito mal — disse Brian, com o rosto solene. — Mas o
estúpido filho da puta está dirigindo até Austin hoje à noite para tocar em um
show com sua banda.

Ele estava louco?

—O que você está falando sério? O que ele está pensando?

—Eu tentei de todas as formas tirar essa ideia dele. Na verdade, eu


estava pensando em ir até lá eu mesmo, só para ter certeza que ele está bem.

Candace de repente sentou-se reta em sua cadeira, olhando


intensamente nos olhos de Macy.

—Vá com ele.

—Oh, eu não poderia. Eu tenho trabalho amanhã.

—Ei, essa é a vantagem de ser o chefe, certo? — Brian sorriu para ela.
—Realmente, eu não tinha decidido se ia ou não. Mas eu vou, se você quiser.

O estômago dela praticamente revirou com a indecisão. Depois da


forma como ele se comportou, ela não deveria estar nem ai para o que
acontecia com ele. O fato é que ela se importava, contudo, e ela não podia
negar. Os primeiros instintos eram geralmente os corretos, certo? Seu
primeiro instinto estava gritando com ela para ir.

—Provavelmente seria uma viagem perdida. Eu duvido que ele queira


me ver.

—Eu meio que jurei que isso estaria fora de questão para ser revelado,
mas... Eu posso praticamente garantir que ele quer. Ele sabe que estava se
comportando mal.

Bem, esse era o primeiro passo. Candace estava sorrindo como uma
tonta.
—E quanto a você? — Macy perguntou a ela. — Você viria também,
certo?

—Não posso. Eu tenho uma prova amanhã. Uma sadista.

Brian zombou.

—Você sabe que vai detonar.

—Sim, mas é uma aula às oito da manhã. O que diabos eu estava


pensando pegando uma aula às oito horas da manhã?

—Eu te perguntei isso quando você se matriculou —, ele a repreendeu.

—Oh, bem, está quase acabado de qualquer forma. Mas se não fosse
por isso, eu iria.

Macy mudou de um pé para o outro. Deus iriam a loucura, o drama e


as viagens rodoviárias alguma vez terminar?

—Você está realmente bem com isso? — ela perguntou a sua amiga.

—Com você passeando com o meu namorado?— Candace riu. — Eu


sei que eu não tenho nada com o que me preocupar. — Ela compartilhou um
olhar enjoativamente amoroso com o namorado quando disse. Macy estava se
preparando para andar entre eles quando Brian finalmente cortou o olhar e
consultou o relógio.

—É melhor sermos rápidos, então. Duvido que até mesmo consigamos


ver o cenário nesse momento.

—Eu não... Eu não sei nem mesmo o que dizer. Para ele, ou para vocês.

—Aw, nós amamos você, Macy, e nós o amamos também —, Candace


disse. —Vocês dois estão miseráveis. Temos que dar-lhes mais um empurrão.

—Eu não sei quando ele vai voltar—, Brian falou — Esta pode ser a sua
única chance de pegá-lo por quem sabe por quanto tempo, a menos que você
queira dirigir até Oklahoma novamente.

—Ele estava... Tão bravo comigo, e eu não acho que ele tinha um bom
motivo para estar. Quero dizer, eu nunca deveria falar com ele de novo
depois... Bem, algumas coisas realmente feias aconteceram que eu não sinto
como se eu merecesse.

—Ei, é com você — disse Brian. — A oferta está de pé se você quiser. Se


não, então eu vou lá para frente e voltar ao trabalho.

—Vamos lá, Macy —, Candace pediu, praticamente pulando.

Talvez ele falasse com ela agora; talvez ele ouvisse. É tudo sobre o que
se trata esta noite. Eles poderiam colocar para fora suas queixas, e ver onde ia
dar. Ela tinha muito a dizer a ele; o peso daquelas palavras tinham
permanecido em seu peito por semanas e foram adicionadas mais a cada dia
enquanto ela virava a situação em sua mente. Se nada mais, ela seria capaz
de colocá-las para fora, mesmo se ele ficasse parado lá como uma parede de
tijolos, enquanto ela as atirava.
Ela olhou para o Brian.

—Tudo bem. Vamos fazê-lo.

******

—Você parece merda, cara!

O grito soou claramente no momento em que Ghost se arrastou pela


entrada de trás do Crossbones, e ele mostrou a Gus o dedo do meio por ser tão
amável de apontar o seu estado. Sim, esse era o modo como todo mundo
queria ser cumprimentado.

—Parece como merda, sente como merda, em um mundo de merda —,


ele resmungou.

Gus sorriu.

—Eu tenho algo para isso.

—Não, cara. Onde está a minha guitarra?

—Vamos, eu vou te mostrar. Tenho que me aquecer também.

—Obrigado por trazê-la. — Ele sempre se sentia como a porra de um


gigante andando ao lado do Gus muito mais pequeno.

—Não tem problema. — Enquanto o outro guitarrista tagarelava sobre o


drama acontecendo em sua vida e nem mesmo uma vez mencionou o drama e
a perda obscurecendo a vida do Ghost houve um momento em que ele quis
virar as costas e ir de volta para o inferno de onde ele tinha vindo. Mas para
quê? Tudo sobre Nana foi resolvido, e ele tinha sido um sanguessuga em
Stephanie por tempo suficiente, mesmo que ela tenha jurado que ela amava
ele estar lá. Então, ele tinha embalado toda a sua merda em seu carro antes
de sair do subúrbio da cidade de Oklahoma, resolvendo voltar para casa
depois desta noite. Brian precisava dele. É claro que, ajudar o Brian carregava
uma alta probabilidade de ficar frente a frente com a Macy em algum ponto, e
isso não era uma questão grandiosa. Mas era uma que precisava ser
resolvida, por sua própria sanidade, se nada mais. Mesmo através de toda a
tristeza da perda de sua avó, não havia tirado essa garota da cabeça. Ela
estava totalmente enraizada, e ele havia aceitado isso.

Gus estava no meio de uma festa de xingamentos sobre sua ex-


namorada, quando o som inconfundível do aquecimento de voz de Raina
alcançou Ghost de algum ponto indeterminado à frente, parando-o em seu
caminho. Gus olhou para ele, levantando uma sobrancelha.

—O que é isso, cara?

—Que diabos ela está fazendo aqui?

O outro cara deu de ombros.

—Mark disse a ela para vir.

Ele estava indo nocautear o filho da puta.


—Vamos lá, cara. Qual é o grande problema? Ela só vai cantar algumas
músicas com a gente.

—É o fato de que ela está aqui. Eu não quero ficar me esquivando da


sua bunda louca a noite toda.

Gus zombou.

—Então, não o faça. Talvez se você a pegar algumas vezes pelos velhos
tempos, você se sentiria melhor. Inferno, eu faria.

—Merda, não. — Acima de tudo, ele não precisava de Raina em seu


rosto. Ele olhou demoradamente de volta para a saída, suspirou e passou uma
mão sobre sua cabeça. Havia apenas uma coisa que poderia tornar esta noite
tolerável. Esquecer. E batendo Mark fora. —Eu mudei de ideia. Aponte-me
para o caçador. E o que mais você tem?

Um sorriso iluminou o rosto de seu assim chamado amigo. Não era


uma visão bonita, mais como a forma como a serpente deve ter sorrido quando
Eva mordeu a maçã.

—Siga-me.

*****

Ralando o traseiro para Austin para um show de heavy metal com o


namorado de sua melhor amiga. Enquanto este era um lugar que Macy
poderia dizer honestamente que nunca pensou que estaria, era tão estranho
como ela teria imaginado.

—Eu não posso acreditar que eu estou fazendo isso —, disse ela,
finalmente, percebendo que ela quase tinha roído o seu dedão na corrida.

—As coisas que fazemos por amor, certo? — Disse Brian.

Se ela ao menos soubesse que é o que isto era. Ela sabia como ela se
sentia, mas ela não era mais tola o suficiente para chamar isso de amor
quando não tinha ideia se era recíproco.

—Eu me pergunto se talvez eu devesse ter pensado nisso um pouco


mais.

—Às vezes a decisão espontânea é a correta.

—Eu acho que sim. Então, ele realmente quer me ver? Você não acabou
de dizer isso?

Ele cortou-lhe um olhar sob o seu boné preto.

—Como se eu tivesse deixado você saber disso tão facilmente. Vamos


lá. Ele está mais preocupado com que você nunca mais queira vê-lo
novamente.

—Eu nunca quis arrastar você e Candace para isso. Isso é exatamente
o que eu não queria. — E uma das razões pelas quais ela não queria entrar em
toda esta coisa para começar. Não importa, porém. Ela estava nisso. Ela
estava nisso até seus globos oculares.
—Não se preocupe com isso.

—Ele não sabe que estamos indo?

—Não no momento. Você quer que ele saiba?

Ela se lembrou daquela noite na casa dele, ficando acordados até o sol
nascer, conversando, rindo, discutindo e fazendo sexo de tremer o chão. Como
sinceramente ele falou sobre sua música e como ela poderia dizer que ele teria
gostado de ela estar lá para o seu show. Brian tinha dito que provavelmente
seria muito tarde para pegar um lugar, mas se Seth ainda a queria, ela iria a
cada droga de show que ele fizesse a partir de agora para fazer valer.

—Não—, ela disse, permitindo um pequeno sorriso com o pensamento


de seu rosto quando ele a visse lá. —Vamos surpreendê-lo.

—Legal.

—Então, quando é que você vai se casar com a minha melhor amiga?—
Ele riu de surpresa, de repente parecendo adoravelmente envergonhado
quando covinhas perfeitas apareceram em suas bochechas. Se já não estivesse
escuro, ela poderia jurar que ele estava corando.

—Você está bem com isso, hein?

—Bem, não que você precise da minha permissão ou qualquer coisa


assim, mas sim, eu ficaria muito bem com isso.

—Eu aprecio isso. Nunca realmente pensei que você fosse louca sobre a
ideia.

—Me desculpe se eu nunca lhe dei essa impressão. Para ser sincera,
sim, eu não te conhecia a princípio. Mas isso era estritamente eu sendo uma
cadela superficial.

—Não, isso era você se preocupando com sua amiga. O que é


admirável.

—Estou muito feliz por ela ter você.

Ele sorriu.

—Você acha que poderia fazer os pais delas sentirem a mesma coisa?

—Oh, não se preocupe com eles. Ou eles virão para perto ou não virão,
e se não o fizerem, eles são tolos. Você não respondeu a pergunta, a propósito.

—Macy, eu me casaria com ela amanhã, se pudesse. Mas nós


queremos fazer tudo certo, não nos precipitar. Ser descuidado, espontâneos e
sem responsabilidade por um tempo.

Era um conceito estranho para ela, um futuro que nunca tinha


imaginado para si mesma, e nem mesmo para Candace quando as duas se
sentavam à noite e romantizavam sobre seus futuros maridos elegantes e seus
3 ou 4 filhos perfeitos. Candace tinha mais ou menos abandonado à fantasia
com facilidade. Macy não sabia se ela poderia fazer o mesmo. Ela sempre foi
sobre responsabilidade e direção e sua vida seguindo no ritmo perfeito, o
próximo passo lógico era encontrar alguém com um igual direcionamento e
determinação para construir família. Se as últimas semanas tinham mostrado
a ela alguma coisa, era que não haveria a construção de uma família com Seth
Warren por um longo tempo, se nunca. Ele era um redemoinho. Não haveria
como domesticar esse ai.

Mas aqui estava ela, perseguindo-o como uma idiota apaixonada. Pelo
menos esta noite iria provavelmente deixá-la saber se poderia haver um futuro
com ele, seja lá o que isso implicasse. Maldição, ela tinha ido de roer a unha
do polegar para o dedo indicador agora. Ela iria arruinar toda a sua manicure
antes de chegar lá.

*****

Como Ghost conseguiu passar o show sem bater na cabeça de Mark


com sua guitarra, seria um mistério para ser ponderado até o dia de sua
morte. A resposta provavelmente estava nas quantidades massivas rugindo
através de sua corrente sanguínea, e no fato de que ele passou a maior parte
de seu tempo no palco evitando Raina, que continuava vindo muito
fodidamente perto dele, querendo cantar no seu microfone em seus vocais
compartilhados.

No fim de tudo, ele fez os seus sentimentos claros sobre a situação toda
quando bateu sua guitarra contra a plataforma da bateria uma dúzia de vezes
em vez disso, não se importando em que direção os estilhaços voaram. Ele
pensou que tinha pegado um pedaço acima de seu olho, mas quem diabos se
importava. Ele teve uma grande satisfação em sentir o resultado chocante
quando ele voou fora do palco.

Agora. Chegue em algum lugar antes de desmaiar. Foi muito bom ele ter
decidido no final das contas não engolir aquela merda que Gus tinha lhe dado
mais cedo; ele provavelmente estaria morto. Ele cambaleou até um curto
corredor muito brilhante e entrou na primeira porta aberta que ele viu com
escuridão dentro. Imediatamente ele bateu a canela em algo e quase caiu.

—Merda!

As mãos dele encontraram almofadas quando ele se conteve e,


percebendo que o objeto agressor era um sofá, ele gemeu e se estatelou sobre
ele, estendendo-se ao longo do comprimento e enterrando seu rosto nas
almofadas de encosto. Trevas. Sim. Sem contar o que transgressões passadas
haviam transpirado no móvel ligeiramente mal cheiroso, mas no momento ele
não podia se importar menos. Era macio e horizontal. Isso era tudo que ele
precisava.

Quando a porta se fechou atrás dele, ele disse um silencioso obrigado


ao sacana com consideração que o havia banhado com a escuridão
abençoada, e agraciada inconsciência.

Uma mão, pequena e macia, deslizou pelo seu braço escorregadio de


suor. Além das pontas dos dedos ele sentiu a dureza de unhas compridas. Um
grunhido saiu dele, e ele se afastou. Deixe-me em paz.

—Você está bem?— Uma voz suave perguntou. Ele não sabia se tinha
ouvido isso ou sonhado, pairando no cinza entre acordado e o esquecimento.
—Vá embora—, ele disse da mesma forma. A voz dele soava como se a
garganta fosse feita de cascalho.

Ela não vai embora. Aquela mão tranquilizadora continuou esfregando


e explorando suas costas, apenas apertando de leve seu braço, seu pescoço,
movendo-se para baixo até que roçou seu lado nu, onde sua camisa tinha
subido um pouco. Ela deslizou sob sua camisa para marcar sua carne
levemente com as unhas. Algo estranhamente familiar sobre isso. Familiar e...
Oh sim, fodidamente quente. Seu pau se contorceu e inchou. Ele gemeu. Ele
pensou em Macy. Seu cabelo macio. Seu cheiro. Afundando em seu calor
molhado. Baunilha encheu sua cabeça, quase como se ela estivesse aqui com
ele. Fortes, dedos seguros esfregaram sua ereção através de seu jeans, e ele
perdeu o fôlego, se esfregando no toque. Um suspiro escapou de algum lugar
atrás dele. Transformou-se em palavras.

—Eu senti tanta falta disto.

Ele sentiu falta dela. Oh merda, ele sentiu falta dela. Mesmo através da
névoa densa em sua cabeça, ele viu o rosto dela. Ele não podia nem se quer
beber o suficiente para fazê-la ir embora. Que tipo de inferno era esse em que
ele estava? O que diabos ele fez para merecer ir para lá?

Lábios macios e frescos roçaram seu pescoço. Hálito quente fez cócegas
em seu ouvido. Ele empurrou com força contra a mão esfregando seu pênis
agora duro como pedra, e antes que ele percebesse, aqueles dedos hábeis o
haviam libertado.

Ôa, foda, o que estava acontecendo? Sacudido fora de seu medo, ele
levantou-se do sofá e agarrou quem quer que fosse pelos braços. Sim,
definitivamente feminina. Um suspiro surpreso soou. Ele tinha ouvido isso
milhares de vezes antes, quando ele chupava seus piercings de mamilo ou seu
piercing no clitóris ou impulsionava duro em sua buceta sempre disposta.

Raina. A filha da puta da Raina com as mãos sobre ele.

Não era de admirar que todos os seus pensamentos eram voltados para
o sexo; ele estava tão duro que doía. Mas não era por causa de seu traseiro
louco.

—O que diabos você está fazendo? — Ele exigiu. Ela puxou os ombros
fora de seu controle e tentou empurrá-lo de volta para baixo. Ele não ia ou
assim ele pensava. Seus músculos descoordenados disseram o contrário, e ela
conseguiu fazer com que ele meio que reclinasse novamente e sua perna
coberta por meias de rede passaram sobre os quadris dele. Suas mãos
abertas deslizaram até o peito dele.

—Me foda, Ghost. Oh Deus, estou tão molhada para você. Você se
lembra como era não é, querido? De jeito nenhum a buceta daquele pedaço de
puta rica faz você gozar como a minha faz.

Oh, merda, ela se sentia bem se esfregando contra ele. Seria tão fácil, e
quem no inferno estava lá para se importar? Ele agarrou os pulsos dela e
puxou-os atrás das costas, capturando os dois em uma mão. Um grunhido
estrangulado rasgou da garganta dela; ela adorava isso.
—Sim! Bebê... Oh, por favor. Venha para mim. — Ele olhou fixamente
para a forma sombreada e frenética quando ela tentou se contorcer em posição
sem o uso de seus braços. —Eu te amo tanto. Deixe-me amar você.

Ele acreditou nela. Colocando pressão sobre a parte baixa das costas
dela, ele a trouxe para baixo sobre ele. A boca quente e úmida dela presa ao
lado de seu pescoço. Ele rosnou, esperando... Ela era uma mordedora. E uma
arranhadora, e uma batedora quando ela realmente ficava excitada. Sim, ela o
tinha golpeado mais de uma vez em suas aventuras mais selvagens e ásperas.
Havia um motivo para ele ter isso de prender as mãos da Macy para baixo.
Não que ela fosse fazer isso, isso tinha meio que virado uma coisa dele
Especialmente com ela.

Macy.

Os dentes de Raina rasparam em sua pele, mas apenas por um


momento. A voz gutural dela derramada sedutoramente em seu ouvido,
levantando arrepios em seus braços.

—Eu não estive com ninguém desde você. Eu sou apenas sua. Esta é
apenas sua. — A umidade dela vazando sobre ele... Ela já tinha tirado a
calcinha antes de ela subir em cima dele, se ela estivesse usando alguma para
começar. —Somente sua. Tome-a.

—Raina...

Apenas ele dizendo o nome dela parecia fazê-la recomeçar seus


movimentos novamente. Os pulsos dela puxaram de repente de seu agarre,
mas ele apertou mais forte, e ela não estava indo a lugar nenhum.

—Deixe-me tocar em você. Estou aqui, bebê, você sabe que eu sou a
única que está sempre aqui para você. Certo? Você não sabe disso?

—Eu sei disso.

—Deus, eu senti tanta saudade de você. — Foi dito em uma corrida


contra os lábios dele. —Você não sabe o quanto.

—Eu sei que você sentiu. — Ele deslizou sua mão livre até o lado dela.
Ela ofegou e tentou colocar seu seio dentro da mão dele, mas ele a contornou e
colocou a palma de sua mão reta no peito dela. —Raina?

—Sim, bebê?

—Sai. Fora de mim. Foda. — E ele a empurrou para cima, tirando a


boca dela de cima dele, mas com maldita certeza de que ele manteve seu
domínio sobre as mãos dela.

Ela se debatia e amaldiçoava, e ele pensou que ela tentou uma vez dar
uma cabeçada nele. A luta continuou até que finalmente ele conseguiu
alavancar-se fora do sofá, jogando a bunda dela de primeira no chão.
Desvantagem de ser, ele não tinha mais controle sobre ela, e ele não podia ver.
Por tudo o que sabia, uma lâmpada poderia voar em sua cabeça a qualquer
momento.

—Seu bastardo!—, Ela guinchou.


—Isso mesmo, eu sou um bastardo. Mas eu sou um bastardo que
poderia ter fodido você agora e voltado a ignorá-lo amanhã. Isso teria feito você
se sentir melhor? Porque é assim que qualquer coisa entre eu e você seria.

—Ela não te ama como eu amo. Ela não vai. Ninguém jamais vai. Ela
vai te foder e vai embora como aquela outra vagabunda fez. Porque você não
pode ver isso?

—Eu já vejo isso. Não faz qualquer diferença.

—Não. Você me ama. Você tem que. — Lágrimas em sua voz agora.
Merda. —Você tem que. O que nós tivemos...

—O que nós tínhamos era algo que você podia sair e ter com qualquer
filho da puta neste prédio. Briga e sexo e mais briga. Talvez você precise dessa
toxicidade para se sentir completa, mas eu não. Não era amor, Raina; nunca
foi. Era outra coisa. Era feio.

—Isso é o que você precisa —, disse ela, a voz furiosa no escuro. As


mãos dela encontraram suas coxas ela deve estar de joelhos e ele estava tão
fora de equilíbrio que quase caiu de costas no sofá. Foda, ele tinha que sair
pela porta. — Não essas cadelas certinhas que você e Brian têm. Você precisa
do feio. Ninguém mais vai entender isso sobre você.

—Então eu acho que eu vou ficar sozinho. — Ele a balançou fora,


recuando fora de seu alcance e só então percebeu que ele precisava colocar
seu pau de volta em suas calças de pressa, antes que ela chegasse perto dele
novamente e fizesse algo estúpido.

—Seth...?

—O que?

—Eu não posso viver sem você.

Incrível, que a pequena diaba nervosa no palco, a fada demente que


cada cara na multidão mataria para levá-la para casa e tê-la o estuprando de
vinte maneiras diferentes, foi reduzida nesta fraca, chorona, apeladora
desconexa no escuro. Em cima dele. Ele queria ficar com raiva dela, mas tudo
o que conseguiu reunir no momento era pena. E tristeza, que ele pudesse
entender. Inferno. Ele já esteve lá.

Ele estava lá agora.

—Aqui está um pensamento, Raina. Tente.

Ele estava fechando o zíper da braguilha, quando a porta se abriu.


Capítulo Vinte e Dois

Era incrível. Brian parecia conhecer cada pessoa neste edifício. Pelo
menos dez deles o pararam para perguntar sobre tatuagem. Para a maioria
deles ele dava um ou dois minutos de atenção, sempre se encaminhando para
a parte de trás. Sempre, as questões envolviam alguma variação de:

— Quando você vai deixar aquele buraco e a Candace deveriam partir.

Pelo menos ele sempre respondia com:

— Eu sou mais necessário lá do que eu sou aqui — o que era


reconfortante.

Algumas garotas o pararam também, é claro. Macy grudou ao lado dele,


ganhando mais do que alguns olhares estranhos ou diretamente hostis. Brian
comentou com ela que ele mal podia esperar para ver quantas mensagens de
texto Candace receberia alertando-lhe que ele estava aqui com outra garota.
Quando eles chegaram a uma porta ao lado do palco, um enorme segurança
vestido de preto que parecia alguém da luta livre profissional cortou um olhar
em seu caminho. Grande. Isto provavelmente ia se tornar num problema.

Ela deveria saber melhor. A influência de Brian não poderia ser negada.
Sorrindo, o cara estendeu a mão, e Brian a pegou, engatando em um daqueles
cumprimentos de batidas de costas de mãos rápidas e meio abraços que os
caras faziam. Eles tiveram uma conversa obscena por um minuto enquanto
Macy mudava seu peso para trás e para frente, a impaciência a comendo. Por
fim, Brian perguntou,

—Ghost está lá atrás, cara?

—Não o vi sair. Ele está bem?

—Eu acho que a cabeça dele está um pouco fodida.

—Eu acho que mais do que a cabeça dele está fodida.

—Por que você diz isso?

—Vocês não estavam aqui?

—Na verdade, não, nós chegamos tarde.

—Ele destruiu a porra da guitarra dele, mano. Quero dizer, essa merda
vai para baixo em uma base regular por aqui, mas não é como ele. Grande
show, no entanto. Que droga que você perdeu. — O cara olhou para ela, dando
uma rápida examinada, em seguida, levantou a sobrancelha com piercing para
Brian. —Onde está à garota Candy?

—Em casa. Esta é a amiga dela. Ela é que precisa falar com Ghost.

O grandalhão zombou e balançou a cabeça.

—Alguém precisa fazer alguma coisa com ele.


—Podemos ir lá? Nós vamos cuidar dele.

—Com certeza. — Ele piscou para Macy e sacudiu a cabeça em direção


à porta. —Siga lá para trás, querida.

—Obrigada—, disse ela, sabendo que ela não foi ouvida sobre a
multidão barulhenta. Brian a precedia através do lugar, ela cruzou os braços,
franzindo o nariz com o cheiro. Álcool puro e maconha suficiente para que ela
provavelmente reprovasse em um teste de drogas amanhã. Mas pelo menos
havia menos pessoas. Sua cabeça estava começando a doer.

Brian aparentemente tinha vindo aqui antes também; ele verificou


alguns lugares diferentes, perguntou a algumas pessoas com que eles
cruzaram. Ninguém tinha visto Seth desde que ele tinha deixado o palco. Por
fim, eles encontraram um cara baixinho com um moicano transando no
corredor com uma menina de cabelo roxo ainda mais baixa do que ele. Ele
segurava uma garrafa de Jack Daniel, e quando ele se separou de sua parceira
sorridente, ele tomou um gole que provavelmente drenou metade da garrafa.
Vendo Brian e Macy vindo na direção deles, ele a levantou em saudação.

—Ross! Você viu a nossa apresentação?

—Perdi. Eu só preciso do Ghost. Onde ele está?

—Provavelmente desmaiado. — Dessa vez ele segurou a garrafa em


direção a uma porta fechada, no outro extremo do corredor. —Eu o vi entrar
lá. Não, espere. — Ele sorriu. —Eu vi Raina entrar lá também. Assim, ele
provavelmente não está desmaiado. Eu o deixaria sozinho da mesma forma.

O coração de Macy parou. As palavras de Brian ecoaram em sua mente


exatamente no tom que ela as pensou.

—Raina? Que diabos ela está fazendo aqui?

A parceira do moicano continuou tentando beijá-lo, puxando seu rosto


em direção ao dela. Ele a deixou por um segundo, e assim quando Macy
estava pronta para se colocar entre eles e fazê-los se separarem, ele se
afastou.

—Mark a chamou para vir.

—Eu tenho certeza que ele não verificou com Ghost sobre isso.

—Da mesma forma, ela está aqui. E lá. Com ele.

O universo inteiro de Macy tinha se focado naquela porta. Os dois


rapazes continuaram a falar, mas ela não estava ciente de qualquer coisa,
além daquela maldita porta. E no que poderia estar acontecendo por trás dela.
A cabeça dela atacada com sangue; ela tremia toda.

—... Que diabos você deu a ele, Gus? Você está louco?

—Ei, ele me pediu cara, eu agarraria ela se fosse você!

A última coisa foi dita quanto à mente dela finalmente voltou e ela
caminhou em direção da porta, cada passo parecendo que a deixava mais
longe do que mais perto. Ela esperava que nunca chegasse a ela, mesmo que
ela soubesse que tinha de chegar.

—Macy, espere! — Brian pegou o braço dela, e ela arrancou-o de seu


aperto, as lágrimas já estavam se amontoando.

—Pare com isso.

Ela estendeu a mão para a maçaneta; ele a agarrou novamente a


plantando de costas para a parede, centímetros de distância do seu destino.

—Não, querida, eu não estou passando por essa merda. Estou levando
você para fora daqui.

—Ele não... Estaria com ela, estaria?— Quão humilhante, quão


mortificante, que Brian, que qualquer um pudesse vê-la assim. Por isso, ela
odiou Seth Warren logo em seguida. Odiava ele e esperava que ela nunca mais
o visse novamente a não ser para abrir aquela porta e gritar para ele que idiota
ele era para voltar com aquela... Aquela... O que quer que ela fosse.

Ela é alguém que o conhece melhor do que você, parece que ele quer,
age como ele quer, quase teve um filho dele, pelo amor de Deus. E o que é
você? Alguém que ele acha que vai quebrar o coração dele algum dia.
Enquanto ela pode estar lá fora sendo sua maldita cantora de rock; ela era
alguém que nunca faria isso. E ele sabe disso.

—Macy, ele está bêbado. E, possivelmente algo mais, de acordo com


Gus. Mesmo se ele esteja com ela... Ele não está em seu juízo perfeito.

—Eu não posso saber disso e não confrontá-lo.

—Eu não posso ser uma parte disso. O cara acaba de perder sua avó.
Ele acaba de perder você. Por semanas agora, ele teve de lidar com Brooke e
com a porra de seu irmão. Meu conselho, Macy, é voltar para casa e resolver
tudo isso uma vez que ele esteja de volta e coerente. Esta não é a forma.

As lágrimas escorreram, e todo o seu ódio não foi reservado direto para
Seth apenas; um pouco dele era para ela mesma, por deixar-se ficar tão
chateada. Por deixar-se ser afetada. Brian estava com a mandíbula apertada e
irritado, não deixou que o seu olhar ardente chateado saísse dela por um
momento. Provavelmente tentando se reassegurar que ela não ia se posicionar
e começar a gritar.

—Tudo bem?— Ele finalmente disse. —Vou levá-la para obter um


quarto de hotel. Então eu vou voltar e cuidar dele, gritar com ele, qualquer
coisa que você precise que eu faça. Mas eu preciso ter certeza de que ele fique
sóbrio.

—Ele faz disso um hábito, não é? — Disse ela amargamente.

Os olhos dele se estreitaram, e ela sabia que toda a raiva dele não era
para Seth, também.

—Não. Não na verdade. Mas posso lembrar claramente de outro


momento.
—Você está tentando colocar a culpa disso em mim? Porque isso é
besteira, Brian. Eu sei que é o seu 'menino' e tudo, mas se ele está lá
transando com ela, é porque ou ele quer estar, ou por que ele foi estúpido o
suficiente para se embebedar com uma ex-instável por perto. Luto não é
desculpa. Ele não deveria estar aqui para começar

—Eu sei que a culpa é dele, certo? Mas eu não vou deixar você ir lá do
mesmo jeito.

O inferno que não vai.

—Tudo bem. — ela bufou, cruzando os braços e olhando para algum


ponto fixo à direita da cabeça de Brian. Hesitante, ele a deixou ir, primeiro
uma mão e depois a outra caindo fora. Ela fez seu melhor para parecer
frustrada e miserável inferno, isso não era o fim.

—Olha, eu sinto muito. — Ele deu-lhe um pequeno empurrão para a


direção que eles vieram. O moicano e objeto de suas afeições tinham se
mudado para um local mais privado, pelo menos. Ela se deixou ser levada
embora. —Nós vamos te instalar, e então você pode chamar Candace, e vocês
meninas podem ficar com raiva a noite toda sobre como somos porcos
nojentos.

—Parece bom — disse ela, dando uma risada triste. — Você não é um
porco nojento, no entanto, Brian.

—Eu tive meus momentos antes de Candace e eu ficarmos juntos. Não


o dispense ainda, Macy. Dê a ele uma chance de se explicar.

—Eu pretendo. — Ela lançou um olhar de lado para Brian. Ele tinha
saído do estado de alerta.

Eu pretendo... Bem malditamente agora.

Girando, ela correu de volta para a porta, alcançando-a e a abrindo


quase antes dela se quer registrar a irritação de Brian.

—Ah, droga.

Uma faixa de luz cortou através da sala até então escura e iluminou
tudo o que ela nunca queria ver: Seth fechando a calça jeans, Raina de joelhos
na frente dele. Ambos estremeceram da iluminação súbita, Seth xingando
enquanto Raina saltava em seus pés. Ele parecia pronto para cair dos seus.

—O que diabos está...?— A voz dele se afogou quando reconhecimento


filtrou através de seus olhos. — Macy? Ah, foda Macy!

Aquela expressão, aquela devastação crescente no rosto dele, não era


com maldita certeza o que ela esperava ver quando ela e Brian vieram. Ela se
virou e correu para longe. Brian estava encostado contra a parede, de braços
cruzados, de cabeça baixa. Ele olhou para cima e só a observou passar
rápido. Mas ela o ouviu interceptar seu amigo.

—Deixe-a sozinha, cara.

—Sai de cima de mim. Macy!


—Maldição, você não vai fazer merda agora. Não me faça bater em você.

Ela não sabia onde ela estava indo. Onde ela poderia ir? Ela estava aqui
com Brian que tinha sido o erro colossal número 1. Ele era o seu único modo
de voltar para casa, e agora ele tinha as mãos cheias. Um soluço escapou dela,
e ela esfregou duramente seu rosto, passos rápidos se tornando em uma
parada. Ela tinha aberto aquela porta, porque ela queria confrontá-lo, e aqui
estava ela, fugindo a moda típica de Macy.

—Macy, por favor.

Um olhar para trás mostrou que Brian estava fazendo um trabalho


eficaz em segurar Seth longe dela... Inferno, com seus olhos vermelhos e a voz
arrastada, era incrível que ele mesmo tenha ficado duro para aquela cadela. A
cadela que aproveitou aquele momento em particular para sair da sala e ir
diretamente na direção de Macy. Ela quase pulou para trás. Raina usava
lentes de contato brancas e seus olhos foram generosamente pintados com
preto, e ela parecia algo saído do pior pesadelo de Macy. Mas a pior coisa, a
coisa que ela veria em sua cabeça a partir de agora, na verdade, não era a
maquiagem, as roupas, ou os olhos mortos. A pior coisa era o pequeno sorriso
presunçoso de triunfo curvando os lábios contornados de preto dela. A pior
coisa era o show pouco exagerado que ela fez ao limpar o lado de sua boca
com uma manga preta esfarrapada quando ela passou rebolando.

Isso era o que ele queria.

Isso era o que ele poderia muito malditamente bem ter.

O coração dela disparou como um coelho fugindo. Seth tinha


conseguido arrancar-se das mãos de Brian e caminhou na direção dela.

—Estou cansado de tentar colocar algum sentido em vocês seus


fodidos!— Brian jogou as mãos para cima. —Sejas idiotas, então. Eu não me
importo.

—Macy.

Ela recuou um passo à medida que avançava, e depois outro. Ele


parecia tão terrível como Raina, exceto o preto sob seus olhos não era
sintético. Um poço fresco de lágrimas se fez nos olhos dela.

—Por favor, bebê, isso não era o que parecia.

Uma risada explodiu dela, alta e horrível.

—Eu esperava por algo um pouco mais original de você. Talvez então eu
pudesse realmente acreditar que você pelo menos se importava.

—Ela veio para cima de mim, tudo bem? Eu não fiz nada. Eu pensei
sobre isso, eu admito isso, mas isso não aconteceu. Nada aconteceu!

—Então, eu tenho que acreditar que ela estava de joelhos... Fazendo o


que, Seth? O que você poderia até mesmo me dizer sobre isso? Que ela estava
procurando por uma lente de contato perdida? Ela estava com as duas nos
olhos, então não tente. Eu teria que ser a maior idiota na face da terra para
acreditar em qualquer volta que você tente colocar nesse cenário. Se as
próximas palavras a saírem de sua boca forem quaisquer outras além de 'Eu
deixei ela chupar o meu pau', então eu vou saber o que você acha da minha
inteligência.

Ele balançou a cabeça.

—Isso não foi o que aconteceu. Eu estava meio apagado. Ela abriu
minhas calças antes de eu consegui empurrá-la longe, e ela caiu no chão.
Então eu me levantei, e você entrou, e eu juro por Deus, bebê, que é tudo o
que aconteceu.

Não era a coisa mais improvável que ela já tinha ouvido, e ela podia
acreditar nisso vindo de Raina, mas... Oh, Deus. Ela colocou a cabeça em
suas mãos, em seguida, empurrou o cabelo para trás, piscando lágrimas
enquanto olhava fixamente para a iluminação muito brilhante acima. Ela
achava cada vez mais difícil olhá-lo nos olhos quanto mais eles ficavam
parados ali.

—Eu só... Eu tenho que sair daqui.

Brian caminhou atrás de Seth.

—Finalmente, alguém fala algo com sentido. Você deveria ter decidido
isso cerca de cinco minutos atrás.

Seth o ignorou.

—Deixe-me levá-la a algum lugar e nós podemos conversar...

—Não. Você está bêbado. Ou alto, ou o inferno que seja. Eu não vou a
lugar nenhum com você. — Foi então que, conforme ele tentou alcançá-la e ela
se afastou, que ela notou o chupão vermelho-púrpura na pele do pescoço dele
bem no limite da gola. —Oh, Deus, Seth. Aparentemente, você deitou lá e
gostou disso tempo suficiente para ela lhe dar isso. — Ela empurrou-o com
força na área com um dedo.

—O cara perdeu sua cabeça fodida — Brian murmurou, esfregando


uma mão para trás e para a frente na testa.

—Cale-se, homem. Macy... Você só tem que acreditar em mim.

—Oh, eu tenho que acreditar? Por quê? Você não acreditou em mim.

—Ou não acredite em mim. Que merda que seja.

—Desculpe-me — Brian interrompeu, — mas eu gostei da ideia dela.


Vamos sair daqui antes que isto se torne ofensivo.

Antes que se tornasse ofensivo? Já não estava sendo?

—Sim, por favor — ela disse a Brian, odiando quão pequena ela soou. —
Tire-me daqui.

Seth olhou fixamente para ela por um momento aparentemente


interminável, as narinas dilatadas, e, dada a tensão visível o torturando, ela
teve o pensamento terrível que ele poderia bater em alguma coisa. As únicas
opções dele eram Brian, a parede, ou ela.

Brian notou.
—Hey — disse ele, tomando-lhe o braço. — Leve-a para abaixo um nó,
mano.

Seth somente arrancou-se fora do alcance de Brian e, em seguida,


empurrou fora dele, resmungando palavrões até que ele virou o corredor à
frente.

*****

Macy manteve seu quarto de hotel escuro como breu, para que ela não
tivesse que assistir o incessante borrão do teto em meio às lágrimas, que não
paravam de cair.

Por que ela não se acalmou e ouviu Brian? Que não era a hora de
causar um drama, não importando o que estivesse acontecendo naquele
quarto. Seth não era nem mesmo dela; ela não tinha o direito de marcar ele
como seu território exclusivo. Para fazer uma cena como aquela na frente dos
amigos dele quando ele já estava machucado? Se ela não tivesse sido tão cega,
tão fora de sua cabeça com ciúmes, ela teria visto isso. Estúpida, estúpida.
Pensar sobre o que pode ter acontecido naquele quarto escuro era inútil.
Apenas duas pessoas sabiam, e ambas tinham bons motivos para mentir
sobre isso. Ponderando sobre isso, ela percebeu que podia acreditar nos dois
lados igualmente. A única solução era fazer com que um deles confessasse.

Por que ela se importa? Toda a cena feia passava novamente contra a
parte de trás de suas pálpebras fechadas. O rosto dele quando ele a
reconheceu. As ruínas lá. Lágrimas se reuniram novamente, espremeram fora
e derramaram sobre cada lado do rosto dela. Ela não tentou detê-las mais, se
virou de um lado e soluçou em seu travesseiro. Não haveria qualquer sono
esta noite. Seu coração estava em pedaços sangrentos. Seu telefone celular
soou e ela quase não se preocupou em alcançá-lo. Apesar da sugestão de
Brian de que ela ligasse para Candace e desabafasse, ela não queria falar com
ninguém. Brian a tinha deixado e ela mal ligou uma luz antes de tirar suas
roupas e ir para debaixo dos lençóis, deixando o zumbido do ar condicionado a
embalar.

No entanto, ela o alcançou e sentou-se em linha reta, quando ela viu o


nome de Seth.

Estou no seu hotel. Por favor, converse comigo.

Deus, ela não poderia. Poderia? Ela estava fraca agora, tão fraca e
desesperada para acreditar nele que ela poderia cair em algo estúpido.

Mas sua necessidade de vê-lo aparentemente a fazia mais estúpida. Ela


mandou uma mensagem a ele com o número do seu quarto, em seguida, caiu
para trás e se xingou, esfregando forte sua testa ainda dolorida com as palmas
de ambas as mãos. Até o momento em que ele bateu na porta, ela tinha se
levantado e colocado uma camiseta e um short. O som, apesar de esperado,
fez o coração dela bater forte em seu peito. Ela o deixou entrar sem olhar para
ele, sabendo que se ela o fizesse, ela poderia estar bem e verdadeiramente
ferrada. Em mais de um sentido.

—Você está bem? — ele perguntou, fechando a porta enquanto ela se


sentou na cama e olhou para o relógio. Eram quase duas da manhã. Ela se
perguntou se ele teve a chance de ficar sóbrio o bastante; de alguma forma,
parecia que sim.

—Eu estou bem.

—Você estava chorando.

—Sim, estava.

Ele xingou em voz baixa, esfregando uma mão sobre sua cabeça.

—Bebê, eu sei que o que você disse é verdade. Nada que eu possa dizer
vai fazer o que você viu parecer melhor. — Ele pegou uma cadeira na pequena
mesa ao longo da parede oposta a ela, posicionando a cadeira para trás,
sentando-se na linha de visão dela. Perto o suficiente para tocar, mas não o
fez, e ela apreciava isso. — Realmente, você não tem nenhum motivo para
acreditar em mim. Mas não tem nenhuma razão para acreditar nela também.
Ela é a única que colocou sua própria volta sobre esse cenário. Não eu.

—Eu estava deitada aqui pensando sobre isso —, disse ela. — Como
qualquer um de vocês tem razão para mentir como o outro.

—Eu tenho mais a perder — ele disse suavemente. —Eu admito isso.
Eu tenho muito mais a perder.

—Isso realmente não fala em seu favor.

—Eu sei. Mas é a verdade.

—Seth... Eu sinto muito sobre a sua avó. Eu não fui capaz de falar com
você para lhe dizer e... Sinto muito sobre aquela cena hoje à noite. Seja lá o
que estivesse acontecendo, não estava certo eu fazer isso. Eu nunca pensei
que eu seria reduzida a... Aquilo.

—Você não foi à única que foi reduzida. Quando eu vi você...

—Eu sei.

—Eu vou corrigir isso, Macy. Eu não me importo se nós tivermos que
começar tudo de novo. Vou me esforçar para reconstruir tudo. — Um sorriso
fraco passou através de seus lábios, em desacordo com a forma apaixonada
que ele falou. — É o que eu faço você sabe. Coloco montes de lixo enferrujado
de volta na estrada, transformo cicatrizes em arte. Talvez eu consiga colocar
uma vaqueira uma vez quebrada de volta em um cavalo. Eu vou fazer o
mesmo por nós, se você me deixar.

Ela queria tanto acreditar nele, colocar toda sua confiança de volta
nele. O silêncio desceu, um que ela não sabia como preencher, ou mesmo se
ela deveria. A raiva dela tinha se queimado para fora, deixando-a vazia.
Cansada, mas sem esperança de qualquer descanso.

Algumas coisas nem mesmo ele poderia consertar. Mas se ele


continuasse a dizer coisas assim, ela poderia estar inclinada a deixá-lo tentar
e... Isso não era o melhor.
—Eu acho que nós não somos bons um para o outro, Seth. Eu já disse
isso antes, mas eu acho que nós dois sabemos como isso vai acabar. Somos
de mundos diferentes. Eu vi hoje o quanto o seu pode me machucar.

Ele segurou a cadeira para trás com tanta força que as juntas dos
dedos ficaram brancas.

—Mas você também viu como somos bons juntos. Quão bem nós
preenchemos a lacuna quando se trata só de nós, e isso é tudo o que importa,
não é? Porque no final, isso é tudo o que vai ser. Só você e eu.

—Está parecendo mais e mais como se sempre seremos você, eu e


Raina.

Um olhar impotente atravessou o rosto dele, e foi quando ela percebeu


algo. Ele realmente estava indefeso quando se tratava da Raina, e
honestamente, o que ele poderia fazer? Uma ordem de restrição? Que piada.
Como diabos você se livra de alguém que simplesmente não quer ir?

—Eu preciso de algum tempo — disse ela. —Isso é tudo o que eu posso
te dar agora. — Outro silêncio caiu. —Você tem um quarto? —, Ela perguntou
finalmente.

—Sim. Eu acho que você está dizendo que eu deveria ir para ele?

—Estou exausta, e esta foi uma má ideia.

Ele fez um movimento para se levantar, mas quase não o fez. Agitação
renovada o acertou, e ele se sentou novamente, esfregando o rosto duramente
com as mãos.

—Merda, Macy, eu não posso sair daqui, se eu achar que vai ser a
última vez. Sempre imaginando se existia algo mais que eu poderia ter dito
para... — Ele parou, parecendo obter um controle sobre a emoção
estrangulando sua voz, sua mão esfregando seu peito como se estivesse
tentando amenizar alguma dor fantasma lá. —O fato de você ter vindo aqui
para me ver... E então por você ter visto o que viu... Foda. Eu não posso viver
comigo mesmo. Eu só quero arrancar minha pele fodida, eu me sinto tão sujo.
Eu deveria ter despejado a bunda dela fora de mim no minuto em que eu
percebi quem era ela, mas eu só precisava... Ferir alguém. Da maneira como
estou ferido. Desde que eu perdi Nana, desde que eu te empurrei para longe.

Pelo menos ele admitiu.

— Isso fez você se sentir melhor?

—O inferno, não. Pior. Foi errado. Eu sei disso. Eu disse a ela que o
que nós tivemos nunca foi amor; era feio. Era assim que nós éramos um para
o outro o tempo todo. Era como se nós atirássemos nossa raiva do mundo um
no outro. Ela era um alvo fácil no momento certo.

—Soa como se fosse para ser. — Não havia dúvida da amargura na voz
dela, e ela nem sequer tentou suprimi-la.

—Eu também disse a ela que eu não quero mais isso na minha vida. Eu
acabei com tudo isso. Eu quero o que eu tenho com você. Eu quero a forma
como damos risada juntos. Eu nunca poderia nos ver nos transformando em
qualquer coisa parecida com isso.

—Nós fizemos, contudo, Seth. Naquela noite, em Fort Worth... Aquilo


não estava certo. Depois que transamos você disse que eu só iria deixar você,
você me fez sentir muito suja. Você virou as costas para mim quando eu tentei
estar lá para você. Você jogou um monte de acusações na minha cara e
encontrou uma razão para correr.

—Eu fiz. Eu nunca vou fazer isso de novo. Porque tão assustado
quanto eu estava de ter alguém como você eu estava muito assustado eu vejo
agora que estou de longe muito mais assustado por não ter você.

Talvez ela fosse mais forte do que ela pensava. Enquanto ela queria
acreditar nele Deus, mais do que qualquer coisa, ela queria não só sobre o que
tinha acontecido com Raina, mas sobre como seriam as coisas a partir de
agora, ela manteve a guarda firme em torno de seu coração. Ela não tinha sido
exatamente acessível com ele também.

—Eu preciso explicar algo sobre mim.

As sobrancelhas dele se afundaram sobre seus olhos, um vinco


aparecendo entre elas.

—Ok.

—Eu realmente estava infeliz na noite do dia dos namorados. Quero


dizer... Sim. Você me chamou assim, eu estava no fundo do poço, e não
apenas sobre as diferenças entre mim e minhas amigas. Eu estava sozinha.
Tenho estado por um tempo, mas aquela noite era, tipo, o ponto alto.

—Eu soube disso no momento em que eu a vi. Eu tomei a decisão de


fazer algo sobre isso.

Mais algumas lágrimas quentes escorregaram para fora, mas ela forçou
um sorriso para ele.

—Bem, você fez. Mas a coisa é... Você me disse uma vez que eu não
parecia uma garota que estava à procura de compromisso, mas eu sou. Eu
estou pronta para ter o que as minhas amigas têm, e muito mais. Eu quero
casar e eu quero ter filhos. Eu não estou dizendo que eu quero isso tudo
amanhã, ou até mesmo no próximo ano ou no ano seguinte. Eu só tenho que
saber... Que eu estou com alguém que pode ver estas coisas em seu futuro
também. Se você não pode, então eu vou pedir que você não me faça perder
meu tempo.

Ele soltou um suspiro, não olhando para ela, mas para as mãos dela
descansando em seu colo. Ela tinha apenas torcido seus próprios dedos em
nós durante aquele discurso.

—Uau.

—Eu sei que foi rude, mas agora é um bom momento para colocar tudo
para fora, certo? Acho que começamos com algumas ideias preconcebidas um
sobre o outro. Se nós soubermos desde o início que nunca vamos dar um ao
outro o que nós precisamos, por que continuar? Relações que se arrastam por
anos e, finalmente se acabam por causa da indecisão por parte de um ou do
outro... Eu não quero isso. Isso parece um desperdício para mim.

—Os casamentos fazem a mesma coisa. Os votos não são a linha de


chegada. Quantos casais você conhece que são miseráveis, e você olha para
eles e pensa. 'Droga, já se divorciaram?' Porque eu conheço alguns. Acho que
você está limitando-se. Mesmo que eu não possa ver essas coisas no meu
futuro agora, talvez veja depois de um ano. Ou dois. Talvez algo aconteça em
sua vida, e você não veja mais essas coisas. As pessoas evoluem.

—Eu acho que eu não sou tão cínica ainda. Eu ainda estou convencida
de que quando isso acontecer comigo, vai ser felizes para sempre.

—Bem... Claro, você merece isso.

Silencio novamente, tão pesado com as palavras não ditas. Como ele
disse, ela merecia isso; talvez todo mundo mereça, mas ele poderia dar isso a
ela? Ela poderia desistir de tudo o que sempre sonhou e acreditou para estar
com ele? Para ser um par de penas flutuando no vento juntos, sem destino
previsível...

Ela olhou para ele, permitindo-se olhar fixamente provavelmente pela


primeira vez desde que ele entrou. O luto gravou linhas pesadas ao redor da
boca dele. Ele parecia mais velho, um pouco magro, e seu traje todo preto
apenas destacava as sombras sob os olhos. Ela sentiu falta do sorriso o
diabo-deve-se-preocupar dele. Ela sentia falta de tudo nele.

—Você deve ir para seu quarto e tentar dormir — ela disse suavemente.
—Não pense em mim agora. Nós dois vamos dar um passo para trás. Você
ainda está de luto.

Olhando para o chão, ele acenou com a cabeça e se levantou. Ele não
olhou nos olhos dela quando ele se inclinou e deu um beijo em sua testa,
demorando um momento interminável antes de se afastar.

—Sem você, eu estou de luto por dois ao invés de um.

Enquanto ela o observava sair pela porta, era tudo o que podia fazer
para não correr atrás dele.
Capítulo Vinte e Três

—Você acha que estou fazendo a coisa certa?

Brian olhou para ela, em seguida, voltou a olhar para a estrada.


Apesar do horário tardio na noite anterior, ele estava pronto para ir brilhante e
cedo, a encontrando no estacionamento do hotel um pouco antes das oito. Ele
parecia como se tivesse dormido bem.

Que fracasso isto tinha sido.

—Dar um tempo? Acho que sim. Quero dizer, isso dói, eu posso atestar
isso. Mas é necessário, às vezes. Ou você perceber que não pode viver sem eles
ou que você estava realmente louca por se quer tentar viver com eles.

—Você acredita nele? Honestamente. Esqueça essa merda de código dos


homens e me diga se o que ele disse fez algum sentido.

—Estamos falando da Raina aqui. Sim. Faz todo o sentido para mim.

Ela riu sem alegria.

—Eu acho que sim. Você falou com ele esta manhã?

—Não. Falei com ele tarde ontem à noite. Ele estava indo dormir e iria
para casa hoje mais tarde.

—Ele vai ficar bem, certo?

—Ele vai ficar bem. Ele já passou por coisas piores.

—Eu não duvido. Você vai olhar por ele?

Ele acenou com a cabeça uma vez e puxou seu boné mais para baixo
sobre os olhos.

—Sempre.

—Bom.

—Candace disse que você não ligou para ela ontem à noite.

Suspirando, ela esfregou a dor de cabeça que não a tinha deixado


através da noite.

—Eu não pude. Não havia nenhuma maneira que eu poderia ter falado
sobre isso, mesmo com ela.

—Só para você saber, eu não disse nada a ela. Ela me perguntou como
foi, e eu só disse que não foi tão bem, e você estava chateada. Você pode dizer
a ela o que você quiser.

—Mantendo isso em seu cofre, hein?

Ele fez um movimento como se estivesse sacudindo uma chave longe de


seus lábios.
—No cofre.

—Obrigado, Brian. E eu sinto muito mais do que nunca, agora que você
foi arrastado para isso.

—Ei, eu espero que de tudo certo para vocês. Eu realmente espero.

Ela observou como a paisagem verde rolava fora de sua janela. A


primavera estava em toda parte, assim parecia, exceto dentro de sua alma. O
Inverno ainda estava impregnado lá, sombrio e implacável.

—Eu tenho certeza que irá. — Mas ela não ouviu uma única nota de
confiança em sua voz. Ela não podia sequer reunir uma falsa.

****

Dias se passaram. Ele não ligou. Mesmo que isso fosse a coisa exata
que ela pediu, pesava em seu coração pensar nele sozinho na casa onde ele
tinha lembranças de seus pais e de sua avó, todos eles já se foram agora.
Memórias de uma irmã que não estava por perto para ele, e um irmão que
tinha arrancado seu coração fora e aparentemente, ainda não dava a mínima
para isso.

Então, muitas vezes ela se viu dirigindo pela casa dele como uma
perseguidora psicopata. Como Raina, muitas vezes ela pensou com um
sorriso. Mas onde Raina estava provavelmente construindo santuários e
fazendo feitiços de vodu de amor ou algo assim, Macy estava apenas tentando
trabalhar a coragem para parar. Para sair, para subir e tocar a campainha
dele. Para colocar seus braços em volta dele. Ela nunca conseguia juntar a
coragem.

Por tudo o que sabia, o seu discurso sobre a necessidade de ter uma
família algum dia o tinha assustado para longe mais do que qualquer outra
coisa. Não era exatamente o que uma garota deveria dizer quando ela estava
tentando prender um homem, e ela ainda se perguntava o que a tinha
possuído para fazê-lo. Apenas uma necessidade ardente de colocar sua alma
fora para ele, para deixá-lo tomar uma decisão sobre ela, sabendo que tudo o
que ele achava que sabia sobre ela estava errado. Ela tinha algumas decisões
para tomar por si mesma. Como se ela acreditava nele sobre a Raina.

Se mesmo isso importava sobre a Raina. De alguma forma, a raiva que


sentia dele não estava mais lá. Estava toda naquela garota. Naquela pequena
praga irritante que provavelmente sempre estaria à espreita, esperando por
sua chance de ressurgir com um novo ataque contra eles. Macy podia ver isso
agora. Uma guerra nuclear, e tudo o que restaria seriam as baratas e a Raina.

Ela não podia mais ir para Dermamania, também. Toda vez que ela
pensou em parar para visitar Candace, Seth estava lá. Mesmo com a desculpa
conveniente para entrar e vê-lo não a deixava confiante o suficiente. Ela estava
com medo de enfrentá-lo. E se ele agisse como se nada tivesse acontecido
entre eles? E se ela estava só esta se enganando? E por que ela sentia tanta
falta daquele maldito lugar agora que estava fora dos limites para ela?

—Macy, apenas passe por aqui e fale com ele! — Candace suplicou a
ela quase duas semanas após o acontecido em Austin. Ela nunca admitiu para
sua amiga o que tinha realmente acontecido. Na verdade, ela não se deixou
falar com Candace sobre Seth em tudo, principalmente para evitar ouvir
aquelas palavras saírem da boca de Candace. Mas o próprio cofre da Macy foi
ficando cheio o suficiente para estourar; ela tinha que aliviar a pressão.

—Talvez. Não tão cedo.

—Sabe como você sempre gosta de me dizer quando eu estou fazendo


algo estúpido?

—Sim. Mas eu não preciso ouvir...

—Nuh-uh. Você não vai sair assim tão fácil. Você está sendo estúpida.

—A questão é que eu estava sempre errada no seu caso.

—Olha, eu já estive onde você está. Então, por favor, vá por mim o quão
ruim você está estragando tudo agora.

Seu coração caiu.

—Por quê? Ele não está... Como, começando a ver outra pessoa, não é?

—Sério? Não tonta. Mas ele precisa de você. Ele deixou a banda.

Seu coração ficou doente por um segundo ou dois.

—Por que ele fez isso?

—Ele está chateado com eles por levarem Raina para Austin sem ele
saber, aparentemente. Disse que foi a última gota.

—Ele simplesmente... Desistiu?

—Ela está causando a vocês tantos problemas? É disso que se trata?


Deus, eu não suporto aquela cadela.

—Candace. Ele deixou?

—Oh meu Deus, você está me ouvindo agora? Ele caiu fora. Foi feio.
Ele tem brigando com Mark por dias; até mesmo Brian trocou palavras com
Mark, que é o vocalista principal, no caso de que você não sabia. Tem sido o
drama principal aqui. Você está perdendo.

—Eu tive drama suficiente para durar um bom longo tempo.

—Então ele também. Macy, eu não queria ser aquela a te dizer isso,
mas ele está falando sério em se mudar para Oklahoma. Brian está fora de si.

Os olhos de Macy se encheram de lágrimas. Instantaneamente,


simplesmente assim, a ideia daquelas semanas sem ele se transformarem em
algo permanente libertaram o dilúvio que ela estava segurando desde que
chegou em casa de Austin. Ela se sentou em silêncio por tanto tempo
tentando encontrar sua voz que Candace disse:

—Alô? Macy?

—Eu estou aqui—, ela sussurrou. Era tudo o que conseguia dizer.

—Oh Deus. Sinto muito. Mas você vê? Você tem que falar com ele.
—O que eu faço? O impeço de ir? Por mais que nós odiamos isso, e se
essa é a melhor coisa para ele? Tudo o que eu estive pensando é sobre o quão
solitário ele deve ser. Ele não tem ninguém aqui.— Ela sabia que sua amiga
podia ouvir os soluços que ameaçavam ultrapassar as palavras.

—Ele nos tem! Ele poderia ter você também, se não fosse tão
fodidamente teimosa. Você o ama, Macy?

—Eu amo.

—Então diga a ele.

E se ele não a amasse de volta?

Era esse o pensamento que a mantinha acordada, queimando em seu


cérebro como se tivesse sido marcado no interior do seu crânio. E ela chorou.
Ela chorou por dias, chorou rios, encontrou todas as emoções que ela tinha
socado para baixo e enterrado e que nunca queria enfrentar novamente após o
acidente. Se tivesse algo para bater em seu apartamento, ela teria esmurrado
isso.

Jared tentou ligar para ela; ela lhe disse para deixá-la sozinha. Ele
realmente não era culpado de nada, exceto de tentar conquistá-la de volta,
mas a tentativa dele tinha causado toda essa merda em primeiro lugar. Ela lhe
disse que estava apaixonada, e mesmo que isso não tenha dado certo, não
haveria mais volta para eles. A raiva dele por ela provavelmente significava que
ela não iria continuar a ensinar suas adoráveis meninas a andar a cavalo
novamente, mas não era seu dever se preocupar com elas. Eles iriam
encontrar outra pessoa.

Mas ela encontrou-se indo para a casa dos pais muito mais do que o
habitual, enfrentando a carranca preocupada da sua mãe e a inconsciência
amigável de seu pai. Era o último que ela iria procurar, esperando para criar
coragem de pedir o conselho dele. Enquanto sua vida amorosa nunca tinha
sido um tema quente entre eles ela na verdade estremeceu ao pensar em falar
com ele sobre isso se havia uma pessoa em sua vida que poderia lhe falar
diretamente, era seu velho e bom pai. Ele podia amar Jared, mas ele a amava
mais. Ele não iria empurrá-la nessa direção, se ela não quisesse, ela tinha
certeza disso. Agora sua mãe, por outro lado...

Final de março era lindo no rancho, e ela tinha acabado de sair para
alimentar os patos e aproveitar o suave ar do final da tarde realmente sentindo
saudades de Ashley e Mia, que adoravam ajudá-la a fazer isso quando seu pai
gritou para ela da arena.

—Macy garota! Quer dar uma corrida com a Pixie?

Sorrindo, ela limpou as mãos em seus jeans e se aproximou dele.

—Claro.

—Eu posso arrumar os barris para você. — Suas sobrancelhas


grisalhas balançaram sob seu chapéu do John Deere, que ele tinha começado
a usar constantemente agora que estava perdendo seu cabelo. Era um
assunto tabu em torno de sua casa.
Seu coração saltou em sua garganta quando ela andou através da
cerca.

—Ah...

—Não empurre —, disse ele, dando de ombros como se ele não se


importasse de uma forma ou de outra. Droga, ele sabia como chegar a ela.

Com a boca seca, ela olhou em direção do celeiro. A corrida de sangue


em suas veias era quase audível quando ela considerou. A mão de seu pai
desceu suavemente em seu ombro.

—Eu só vou dizer isto. Eu sei como você é. Sei que a principal coisa que
a está segurando agora é o medo, mas não é medo do que poderia acontecer,
mas de que você acha que você pode não ser perfeita. Faz anos, Macy. Dê a si
mesma a permissão para não ser perfeita. A vida é muito curta, mas você
ainda é jovem. Desista daquele aperto de punho de ferro que você dominou e
apenas... Se divirta. Para variar.

Seu olhar virou-se para encontrar o de seu pai.

—Você sempre sabe a coisa certa a dizer, pai.

Ele sorriu o sorriso que sua mãe sempre dizia que ainda fazia seu
coração parar de bater.

—Pode ser. Ou pode ser que eu tenha uma mula teimosa de filha igual
ao seu velho.

Era tanto como nos velhos tempos, ela quase podia imaginar seu bando
de amigos do rodeio pendurados em torno da cerca. Musica country gritando
do caminhão de Jared. Jared sorrindo para ela, torcendo para ela.
Geralmente era ele quem marcava o tempo dela. Agora era só ela e seu pai, e
não havia nenhuma multidão a admirando. De alguma maneira isto era muito
mais doce desta maneira, e ela sabia que iria se lembrar disso para sempre.

Ela só desejava que Seth pudesse vê-la. Imaginou se ele ficaria


orgulhoso, ou se ele sequer se importaria.

Pixie, seu cavalo Palomino, empinou debaixo dela, e Macy deu-lhe um


tapinha consolador.

—Eu sei como você se sente garota.

—Pronta?— Seu pai não tinha um cronômetro; ele disse para ela ir com
calma para começar, não correr sério. Bom conselho. Estando fora do jogo
por anos, ela não estava condicionada. Sim, dando verdade ao discurso de
seu pai mais cedo, isso irritou o inferno fora dela, e ela prometeu começar a
trabalhar nisso logo que pudesse. Pelo menos Pixie poderia ajudá-la um
pouco. O proprietário anterior do cavalo era um competidor, e o pai Macy a
tinha comprado apenas alguns meses atrás. Então ela sabia bem o padrão do
trevo e Macy já tinha caminhado com ela através dele algumas vezes.

Inspire. Expire devagar. O cavalo dela não era a única coisa galopante;
seu coração também estava. Ela estreitou seu olhar sobre o barril a sua
direita, seu primeiro alvo. Não houve memórias traumáticas do evento para
atacá-la, pelo menos. Como ela disse ao Seth, ela não se lembrava de nada.
Não de ter voado pelo ar, não do impacto de quebrar os ossos. Seu pai
provavelmente tinha imagens piores em sua cabeça agora do que ela. Se ele
podia enfrentá-las de frente, ela também podia.

—Lembre-se, leve-a com calma, agora.

—Sim, senhor.

—Vai!

Ela quase não o fez. Quase desmontou e disse:

—Outra hora. — Sabendo que ela estaria provando certo que todos em
sua vida eram tudo o que a fez seguir em frente. Seth dizendo que ela estava
com medo. Seu pai dizendo que ela era uma perfeccionista. Candace dizendo
que ela era uma maníaca por controle.

Ela dobrou o primeiro barril. Este é para você, Candace, seu pequeno
espírito livre, eu acho que você estava certa, afinal.

Então o segundo, o pai dela gritando para ela balançar um pouco mais
aberto. Ela fez a curva, cuidando para seguir as instruções dele para que ela
não derrubasse o barril. Algo que ela tinha feito antes, porque ela não gostava
de ouvir. Veja pai, eu não sou tão teimosa, não mais.

Ela sabia que o terceiro era onde ela tinha perdido antes.
Aparentemente, existia um vídeo da coisa toda, mas ela nunca se permitiu
assistir. Provavelmente foi o melhor. Quando Pixie chutou poeira chicoteando
seu corpo grande em torno do último barril, Macy não podia deixar de sorrir.
Sua parte favorita era a louca corrida para o final. Talvez a antecipação disso a
tenha feito desleixada e foi assim que ela acabou comendo poeira e flertando
com a paralisia ao longo da vida.

O vento em seu rosto, os cascos frenéticos de Pixie sacudindo seus


ossos... Foi libertador. A culpa sobre o que tinha acontecido com a sua amada
Sugar pesava sobre ela durante anos, outra razão pela qual ela nunca pensou
que iria correr novamente. Mas Pixie foi criada para fazer isso, treinada para
fazê-lo. Depois de passar por isso com ela, Macy mal podia esperar para
libertar seu potencial total. O cavalo compensava seu nome em tamanho, mas
com maldita certeza ela podia voar. Ela andava como um sonho.

Quando ela puxou para trás as rédeas de Pixie e andou com ela em
volta, sorrindo para seu pai, ela se sentiu renascer. Tudo por correr um trajeto
tão familiar que estava praticamente impregnado nela. Ela tinha sentido falta
disso. Deus, ela sabia que sentia falta, mas ela não tinha percebido o quanto
até aquele momento.

Seu pai não fez disso uma grande coisa. Sem correr e abraçar ou
bajulação em cima dela. Sua aceitação calma lhe disse que ele sempre soube
que esse dia chegaria. Parabéns não eram necessários, porque ela deveria ter
dado este passo logo que o médico lhe deu o ok para voltar a montar com a
sua simples recomendação:

— Se doer, pare.

Não tinha doido. Tinha sido espetacular, e ela era uma sortuda. Ela iria
tirar proveito disso, não viver uma farsa de uma vida.
—Obrigada, pai —, disse ela mais tarde, enquanto ela o ajudava com a
escovação. Ele olhou para ela sobre o dorso dourado da Pixie, sua expressão
tão ilegível como de costume. Era só porque ela o conhecia tão bem que sabia
que ele tinha algo a dizer.

Ele deu de ombros.

—Eu não fiz nada.

—Bem, você pode pensar que não fez, mas você fez. Obrigada por, você
sabe, a minha vida, por tudo. Depois do que aconteceu, você provavelmente
pensou que eu era ingrata por todas as coisas que você fez por mim, mas eu
nunca fui.

—Eu nunca pensei isso. — Ele deu uma tapinha em Pixie. —Você sabe,
quando eu vi o jeito com que você bateu no chão... Eu quase cai no chão
também. E tudo que eu podia pensar era em ter segurado você em cima do
Prancer pela primeira vez quando você era apenas grande o suficiente para
andar, como seus olhos se iluminaram. Pensei muito nisso nas semanas
seguintes. Você sempre teve aquela faísca. Após o acidente, porém, ela sumiu.

—Eu sei —, ela disse calmamente.

—Mas eu nunca tive nenhum arrependimento, Macy, e eu não teria,


não importando o que o médico dissesse quando ele veio pela primeira vez fora
da sala de operação. Porque aquela faísca era linda e algo que muita gente
nunca teria não importando quanto tempo eles vivessem ou quantos
quilômetros eles andassem.

—Me desculpe se eu deixei você para baixo.

—Deixar-me para baixo? De forma alguma. Eu não acho que eu já


estive mais orgulhoso de você pela maneira como você lutou o seu caminho de
volta. Inferno, se você nunca quisesse olhar para outro cavalo de novo, eu não
teria culpado você. Eu poderia não ter gostado, mas eu teria entendido.

Ele provavelmente não percebeu o quão perto ela tinha chegado desse
extremo no começo. Ela praticamente se obrigou a voltar para a sela. Pouco a
pouco, tinha ficado melhor. Passos de bebê, ela percebeu. Ela os estava dando
mesmo naquela época. Ela só pensava que poderia andar como uma criança
até quando ela pudesse. Chega disso. Ela estava pronta para se levantar e
caminhar corajosamente. Não, correr.

—Você a tem de volta, você sabe — seu pai disse, gesticulando para ela
sem realmente tirar os olhos de sua tarefa.

—O que?

—Você está iluminada.

—Eu não me sinto muito iluminada —, ela riu, embora por algum
motivo suas palavras a fizeram iluminar. Inferno, talvez ele estivesse certo.

—Não só hoje, contudo. Sim, você tem sido uma espécie de


resmungona por aqui por alguns dias, mas algo totalmente a tem iluminado. É
Jared?
Tudo de uma vez, seu humor brilhante mudou perigosamente em
direção a uma batida.

— Não, papai. Não é Jared. Eu odeio cortar o seu barato, mas nunca vai
ser o Jared.

—Bem, então eu acho que deve ser alguém. Então põe isso para fora.

—Eu estou apaixonada.

—Não merda.

—Pai! Eu só... Eu não sei.

—Você disse que estava apaixonada. Então, que diabos que tem para
não saber?

—Eu estou indo seguir em frente e arriscar sua coronária e acabar com
isso. Você sabe aquele tipo de comédia onde a filha rica fica com raiva de seus
pais por uma razão ou outra, e contrata um cara totalmente inadequado para
ela levar para casa e posar como seu namorado sério ou noivo para dar o troco
neles?

—Soa um pouco familiar.

—Vamos apenas dizer que, se você o conhecê-lo, você provavelmente


vai estar se perguntando o que você fez para mim. Ele é o melhor amigo de
Brian Ross, se isso não lhe diz alguma coisa. Eles trabalham juntos.

—Um tatuador, hein? Você disse que o Brian é um cara bom, certo?

—Ele é. Ele é ótimo.

—Bem, olhe criança. Eu sei que você tem uma boa cabeça em seus
ombros. Eu sei que não faria nada estúpido, e você não iria se contentar com
um punk idiota. Eu confio em seu julgamento.

—Obrigada, pai. Eu acho que depois de tudo o que Candance passou...

—Os pais de Candace são idiotas. Eles estão preocupados com o que é
bom o suficiente para a sua pequena princesa. Mas eu acredito que eu criei
uma mulher forte o suficiente para saber quem é digno dela e quem não é. Se
esse cara é bom o suficiente para você, e ele é aquele que faz você flutuar nas
nuvens dando-lhe de volta a sua faísca, você pode ter certeza de que ele é bom
o suficiente para mim.

Preguiçosamente, Macy correu o pincel sobre o casaco de Pixie, sua


cabeça a quilômetros de distância.

—É alguém que vale a pena manter por perto — acrescentou seu pai.
—Apenas no caso de certa mulher mula de cabeça teimosa continuar
empurrando o pobre rapaz embora.

—Oh, pai.

—Eu estou errado?

—Você não está errado. Você só não sabe tudo sobre a situação.
—Eu não preciso. — Ele ficou de pé, com o olhar direto e constante
sobre ela. — O que quer que esteja errado, você sabe se vale a pena consertar
ou não. Se for, então, conserte isso. Se não, deixe-o sozinho e siga em frente.
Se eu te criei para ser forte, então isso significa que eu não te ensinei a sentar
e esperar a vida e a felicidade acontecerem para você. Você vai atrás disso,
Macy.

E se algo está em seu caminho, você passa por isso.

Direto. Você passa por isso. Seu pai não disse as palavras, mas ele
tinha dito antes. Muitas, muitas vezes.

Ela se perguntava como esse homem tinha permitido que ela se


acovardasse durante tanto tempo. Talvez fosse apenas porque ele sabia que
esse era um ponto que ela precisava para voltar a maior parte por si mesma.
Talvez ele a conhecia bem o suficiente para perceber que tudo o que ela
precisava para voltar ao seu espírito de luta era algo pelo qual valesse a pena
lutar.

—Sabe, é bom começar a escutar seus discursos de novo.

Ele sorriu.

—Por um longo tempo, você não queria ouvi-los mais. No entanto,


receio que sua pausa tenha acabado. Temos trabalho a fazer.

Em mais de um sentido.

—Eu estou pronta.


Capítulo Vinte e Quatro

Mezzanine Music não era um lugar que Macy já tenha tido motivo para
visitar. Esperando que isso nunca mudasse, porque depois de hoje, ela
poderia ser banida para a vida.

—O que ela dirige? —, Ela perguntou para Candace no telefone,


olhando fixamente para o edifício enquanto ela estava sentada em seu Acádia
juntando seus nervos.

—Na verdade, eu não sei.

Não havia maneira de determinar se Raina estava trabalhando hoje,


então sem ir lá dentro descobrir. Encurralando a garota em seu trabalho não
era a forma mais inteligente de lidar com isso; ela sabia disso. Mas não
haviam outras opções. Ela não sabia onde ela morava, e nem Candace sem
perguntar para alguém e entregar o plano de Macy. Além disso, qualquer
reunião com esta garota precisava ser pelo menos de alguma forma público
para que Macy não acabasse decapitada em uma vala em algum lugar.

Ela sorriu com o pensamento, distraidamente olhando para as grandes


janelas da loja de música. Nenhum sinal de cabelo multicolorido lá.

—Há um grande flyer da Dermamania na janela.

—Sim, Brian e o proprietário são amigos. Nós trocamos propagandas.


Ele contratou Raina quando ela se mudou para a cidade.

—Há alguém que Brian não seja amigo?

—Dos meus pais?

—Certo.

—Você tem certeza disso?

—Não, mas o que mais eu vou fazer? Eu vou desligar agora.

—Boa sorte. Se eu nunca mais ouvir você de novo, eu te amo.

—Diga aos detetives com quem eu estava indo me encontrar.

—Entendido.

Bem, aqui vai. Ela deixou a segurança de seu carro, sem vontade de
sentar lá tempo suficiente para ver se a garota se aventuraria lá fora para
fazer uma pausa, para fumar ou algo assim. Isso se ela realmente estava
trabalhando.

E ela estava. Quando Macy abriu a porta da frente gerando um


agradável som de sino, Raina olhou do balcão no final da sala grande, e Macy
teve a grande satisfação de ver a expressão dela se esvaziar uma fração de
segundo antes do habitual desdém aparecer. Realmente era um olhar pouco
atraente para uma garota tão bonita, mas ela não dava à mínima. Ela podia
sentir pena de Seth, mas era culpa dele mesmo por se meter com ela por tanto
tempo quanto tinha.

—O que você quer?— A pergunta grossa de Raina fez virar as cabeças


de alguns dos rapazes que estavam olhando as guitarras penduradas na
parede.

—Eu gostaria de ter uma palavra com você.

Raina estendeu os braços para indicar seus arredores, dando a Macy a


voz de Olá? quando ela disse:

—Eu estou trabalhando agora?

—Eu percebi isso. Então vamos marcar uma hora e um lugar para mais
tarde — público, por favor — e eu vou embora.

—Não. Eu não tenho nada a dizer a você.

Macy cruzou os braços.

—Isso pode ser, mas eu tenho muito que dizer a você. Eu posso dizer
isso aqui e agora, se quiser. Eu aposto que posso dizer muita coisa antes de
eu ser expulsa e, provavelmente, coisas que você não quer que ninguém ouça.

Um cara de cabelos compridos enfiou a cabeça para fora da porta atrás


do balcão, franzindo a testa para Raina e olhando Macy de cima a baixo.

—Há algum problema?

Devia ser o amigo de Brian. Mas ela não quis citar o nome dele; ela
reservaria no caso de Raina disser que havia um maldito grande problema e
expulsar Macy. Surpreendentemente, ela não fez isso, colocando para fora um
suspiro tempestuoso ao invés.

—Eu preciso de alguns minutos, Dave. Está tudo bem?

—Vá lá para fora.

Raina mal se esforçou em acompanhar Macy enquanto ela se dirigia


para a porta da frente, batendo em seu ombro. Que classe. Mas ela a tinha
abordado no trabalho, então talvez ela não fosse muito melhor. E ela tinha
dito ao Seth, que ela havia deixado à coisa toda de brigar por um homem para
trás no ensino médio. Ha.

Admitido, ela não tinha estado perto de Raina muitas vezes, mas ela lhe
pareceu como o tipo de garota que tinha um ar constante de raiva sobre ela,
como se o mundo e seus aborrecimentos fossem exaustivos. Agora não era
diferente, quando ela foi até o limite do prédio e se virou para Macy.

—Tudo bem. Fale.

—Você vai me dizer o que aconteceu naquele quarto. A verdade.

—Oh, realmente. Ouvir os detalhes sórdidos sobre eu chupando seu


homem a deixa excitada ou algo assim? — Seus lábios se curvaram em um
sorriso de gato. —Mmm. Isso me deixa, só de pensar nisso.
—Veja, aqui está o negócio. Eu não acredito em você. Então, a menos
que você me convença do contrário neste momento, eu realmente não tenho
escolha a não ser ir com o que ele diz. Ele diz que você é uma mentirosa.

—Sim, ele diria, não diria? E você está cheia de merda, porque você
sabe que eu estou certa. É como eu te disse. Ele tem um tesão por garotas
como você, talvez, mas ele sabe aonde vir quando ele quer ser fodido. Você
precisa de mais uma demonstração?

—Se você está tão convencida de que é com você que ele quer passar o
resto de sua vida, então onde está ele, Raina? Por que ele não está com você?
E, se por outra demonstração, você quer dizer que está indo tentar novamente
praticamente abusar sexualmente de alguém que está meio inconsciente,
então não, eu tenho certeza que nenhum de nós precisamos ver isso de novo.
É tipo ilegal, você sabe.

A mandíbula de Raina cerrou os lábios tremendo. Se ela estava prestes


a saltar para a garganta de Macy ou explodir em lágrimas, ela não podia dizer.
Mas aquele olhar disse-lhe tudo o que ela precisava saber.

—Não foi assim que aconteceu.

—Não foi isso? Olha — Macy continuou, —Eu quero que você saiba
que eu percebo que você e ele passaram algumas coisas realmente emocionais
juntos, tudo bem? Eu não sou insensível a isso. Eu posso ver onde seria duro
deixar de ir, mas...

—Não é seu fodido problema.

— Ele é meu problema. Ele não é mais problema seu. Iria me deixar
muito feliz se você voltasse para onde você veio, mas desde que não é
inteligente o suficiente para saber quando você não é querida, eu estou
dizendo a você diretamente, e numa linguagem que possa entender.— Ela deu
um passo mais próximo, quase nariz com nariz com a outra garota. —Fique.
Fodidamente. Longe...

Raina ergueu o braço. Macy estava pronta até mesmo para esse
movimento relâmpago, batendo a mão dela para o lado antes que pudesse
acertar a bochecha dela, mantendo um agarre apertado no pulso estreito de
Raina.

—... Dele — ela terminou. — Eu posso parecer uma fracote cadela rica,
Raina, mas eu só pareço dessa maneira. Eu conheço pessoas. Eu tenho
lutado com animais maiores do que você. E eu posso atirar.

Raina se irritou, sua respiração rápida e superficial, sua pulsação


acelerada sob os dedos apertados de Macy. Mas Macy não achou que ela
estava confundindo a surpresa e a dica de medo nos olhos dela.

—Oh, me ameaçando agora?— Ela não parecia tão durona como ela
esteve momentos atrás.

—Não. Nem um pouco. Apenas aconselhando sobre quaisquer medidas


de retaliação do tipo atração que você poderia estar considerando. Seth
sempre disse que você é mais de latir do que de morder, então eu estou
esperando que nós não tenhamos que lidar com nenhum desses. Porque eu
estou te dizendo, se você chegar perto dele assim de novo, eu serei uma cadela
country direto em você.

Quando Raina sacudiu sua mão fora, Macy a soltou, ainda não
baixando a guarda. Mas a outra garota só abaixou a cabeça e cruzou os
braços sobre o peito, parecendo pequena e de repente vulnerável. Seu cabelo
grande só a fez parecer assim menor. Aí vem a história triste.

Mas ela não veio. Quando Raina levantou a cabeça, seus olhos estavam
úmidos, mas toda a luta parecia ter saído dela.

—Eu quero que você saia.

—Eu quero que você se mude. E não me refiro a partir deste ponto.
Quero dizer longe de nós. Volte para onde você veio.

—Você está louca?

—Eu sei que você só estava morando aqui por causa dele, mas você não
o tem mais, e você nunca mais vai. Não há nada para você aqui além de muito
mais mágoa do que você já tem.

—Que seja. Posso voltar ao trabalho agora?

Macy zombou, pensando que talvez fazendo a garota perder o emprego,


ela seria forçada a voltar para o que quer que ela tenha em Austin não era
uma ideia tão ruim. Mas ela não tinha chegado tão baixo. Ainda.

—Enquanto tivermos um entendimento?

Os olhos de Raina se estreitaram. Eles eram de uma cor indistinguível


Macy ponderou sobre isso por um segundo antes de decidir que eles eram
simplesmente cinza metal. Em seguida, a boca abaixo deles torceu.

—Enquanto ele a manter por perto, de qualquer maneira.

Ela supunha que isso era tão bom quanto um reconhecimento como ela
ia conseguir. Balançando a cabeça, ela deu um passo para o lado e deixou
Raina passar por ela. De jeito nenhum ela iria virar as costas para ela neste
momento. Raina não bateu no ombro dela desta vez. Talvez fosse um bom
sinal.

Ela observou até a outra garota desaparecer na esquina do prédio... E,


finalmente, permitiu-se respirar novamente.

Agora, a parte difícil.

******

—Que porra de filme, cara.

—Sua cara que é uma merda.

—Esse foi com certeza a pior atuação que eu já vi em um filme que não
mostrou seios durante os créditos de abertura.
Brian teve que levantar a agulha para rir da avaliação de Ghost ou se
arriscaria a mutilar o seu cliente. Ghost sorriu, mantendo seu próprio foco em
colorir dentro da linha. E fora de Macy.

Ele tinha passado por essa merda antes; ele sabia que ia ficar melhor
com o tempo. Mas, pelo menos naquela época ele tinha o luxo da Brooke ter
partido. Como era, cada vez que a porta soava quando alguém entrava, ele
temia olhar para cima, sabendo que ele estava prestes a sofrer um aperto no
estômago de decepção quando não era Macy, ou a devastação de ver seu rosto.
O medo dele de ver indiferença lá quando chegasse a hora e ele não podia
evitá-la para sempre manteve-o acordado durante a noite.

Ah, ele poderia funcionar. Ele mantinha as aparências; ele usava a


máscara. Só Brian e Candace estavam a par do fato de que algo não estava
certo... Bem, o inferno, por tudo o que sabia, todo mundo estava agora. Se
estavam, eles não disseram nada.

Ele não sabia por quanto tempo ele poderia mantê-lo antes que ele
arrumasse tudo o que podia transportar em seu banco de trás e ir embora da
cidade no meio da noite. Antes dele dizer que se foda, que se fodam todos.
Ele começaria de novo em outro lugar, longe de Macy, longe da porra da
insanidade da Raina. Não passava um dia sem que Raina não mandasse uma
mensagem de texto ou tentasse ligar, deixando mensagens de voz implorando
para ele se encontrar com ela. Ele mudaria seu número, se ele não tivesse
medo de que Macy poderia tentar ligar para ele.

Não que ele acreditasse em milagres ou qualquer coisa assim.

—Vamos lá, não foi tão ruim assim —, disse Brian, ainda pendurado na
porcaria do filme.

—Então eu odiaria ver o que você considera ruim.

E assim foi a conversa do estúdio mudando de filmes ruins a


comentários sobre a queixa que alguém tinha feito sobre a música. O que
levou a observações sobre os diferentes gêneros de metal e a declaração
habitual de Brian.

— Os rosnados no death principalmente me aborrecem. Quem quer


ouvir o Cookie Monster? Cante suas letras de merda. Ponha um pouco de
emoção por trás disso.

E a retaliação habitual de Ghost.

—Ow, eu sinto muito. Você precisa de um abraço, garoto emo? Você


sabe, pode querer cruzar as pernas. Sua vagina está aparecendo.

—Chupa meu pau.

—Eu sei que você gostaria disso, mas Candace teria que retornar isso
primeiro.

—Doeu!— Alguém proclamou, e até mesmo Brian riu.

—Olha, ele nem mesmo nega isso.


Sim, negócios como de costume. Ele não tinha perdido sua deixa, mas
por baixo a exaustão o comia. Isso acontecia quando você sentia como se você
tivesse que conscientemente dizer a seus pulmões para manter a expansão
com o ar, o seu coração para continuar a bombear. Mostrar uma rachadura
em seu exterior seria uma boa maneira de ser comido vivo por essa equipe, no
entanto. Quando Brian tinha sido rasgado pela Candace, pelo menos ele teve
o luxo de ser o chefe. Ninguém tinha fodido com ele; eles simplesmente o
evitaram. Ghost não tinha essa proteção.

Ele terminou com o seu cliente, renunciando as instruções dos


cuidados posteriores, porque o cara era um de seus frequentadores habituais;
ele sabia o que fazer. O cara estava indo em direção à porta, quando ela abriu
e uma garota entrou, Ghost a viu pelo canto do olho, mas mesmo antes de ele
olhar para cima e verificar que era ela, todo o oxigênio deixou a sala. Virando-
se imediatamente e se colocando no show de endireitar a sua estação, ele
tentou arrastar para dentro o ar que podia.

—E ai, Macy? — Disse Brian.

Os passos dela foram propositais chegando mais perto. Merda.

—Eu só preciso dele — disse ela.

Ele? Como... Eu?

Ele não poderia se ajudar. Ele se virou para encará-la, preparando-se


para o choque de vê-la novamente, mas não foi possível. Com maldita certeza
não era indiferença no rosto. Ela olhou para ele, só para ele, como se ela
quisesse rastejar dentro dele ou talvez fosse o maldito pensamento positivo de
sua parte. Mas a faísca em seus olhos e a cor em suas bochechas... Ele
conhecia aquele olhar. Ele tinha dado isso a ela na sua frente.

—Você tem um minuto? — Ela perguntou quando ela chegou até ele, à
voz pequena em desacordo com o propósito gravado em suas feições delicadas.
Ele queria pegar aquele rosto entre suas mãos, beijar aqueles lábios até que
eles ficassem inchados e vermelhos, mas também tinha que manter a calma.
Foda, o lugar inteiro estava assistindo. Candace tinha até mesmo se
aventurado para fora da parte de trás e se moveu para o lado de Brian, os dois
trocando pequenos sorrisos secretos.

—Claro — ele disse com um encolher de ombros. —Vamos lá.

Ele a levou de volta para a sala, onde ela lhe pediu para tomá-la em seu
primeiro encontro, acendendo a luz e fechando a porta.

—O que foi?

Ela não respondeu de imediato, dedilhando uma mecha de seu cabelo e


olhando para ele tão de perto que ele se mexeu desconfortavelmente sob o
peso do olhar. Algo estava... Diferente sobre ela. Ele não poderia dizer o que
era.

—Ouvi dizer que você saiu da banda.

Isso não era o que ele esperava.

—Sim.
—Pensei que você tinha me dito que nunca iria deixar nada fazer você
parar de fazer o que você ama.

—Acho que eu não amava tanto isso mais.

—Está é realmente a razão?

—Sim, Macy, é. — Deus, ela estava linda. E cheirava tão bem. Merda,
ela nunca tinha parecido ou cheirado mais gostoso. Ele respirou fundo,
esperando que isso trouxesse alguma clareza. E isso só trouxe mais do cheiro
dela. — Não era tanto a banda ou a experiência como quanto às pessoas. Eles
estavam começando a ser um dreno em mim. E a coisa de Raina... Não foi
legal.

—Então, eu estou feliz que você os deixou — disse ela simplesmente.

—Tudo bem. Nós terminamos de falar sobre mim agora? — Ele se


moveu em direção da porta. Se ele não se afastasse dela em breve, ele não
poderia ser responsabilizado por aquilo que ele estava prestes a fazer que era
empurrá-la contra a parede e beijá-la pelas próximas horas. Dias. Qualquer
que seja. Ele ainda não tinha certeza de que ela estava aqui agora para isso.

—Eu fui ver ela. Raina.

Seus pensamentos atingiram um parede de tijolos. Ele congelou.

—Você... Fala de novo?

—Eu fui ao trabalho dela. — Ela sorriu. — Pensei que eu ia ser expulsa,
mas... Nós conversamos. Nós esclarecemos algumas coisas.

—Você. Conversou com a Raina.

—Conversei.

—E não houve derramamento de sangue, pele voando, visitas ao


pronto-socorro...?

Ela cruzou os braços.

—Eu me ressinto da insinuação de que não posso me comportar de


forma civilizada.

—Eu estou insinuando que a Raina não pode ser civilizada...

—Ah, ela tentou me dar um soco, eu ameacei atirar nela... Coisas


típicas de mulher.

—Puta merda. — Ele olhou fixamente para ela com admiração


absoluta. — Você tem que estar me fodendo.

Ela colocou as mãos nos quadris.

—Bem, isso é o que ia acabar acontecendo, certo? Você não poderia


muito bem bater nela ou ameaçá-la isso seria mal visto. Eu, no entanto... Vou
a fazer cuspir os dentes, e eu duvido que muitas pessoas iriam me culpar.
Ele já tinha se precipitado mais cedo. Agora ela estava mais bonita do
que ele já jamais a tinha visto. Isso é o que estava diferente sobre ela. Ela
parecia feroz, ainda andando com a alta adrenalina.

—Então... Não pense que eu não estou impressionado, mas... Para que
você fez isso exatamente?

—Não é óbvio?

—Com você? Bebê, nada com você é óbvio. — Ele imaginou se ela se
lembrava dessas palavras da noite do dia dos namorados, viu quando ela
sorriu que sim.

—Eu me lembro de alguém me dando lições sobre o medo me


segurando. Eu acho que funcionou. — Ela balançou seu cabelo longo e feroz
para trás. —Então. Você está com medo?

—Um pouco, sim.

—Ótimo. Deixe-me deixar isto claro com você. Você tem tanto para se
preocupar com o meu ex-idiota como eu tenho que me preocupar com a sua.
O que é nada, zero. Eu vejo isso agora. Então, nós dois podemos prometer
esquecer isso?

—Bebê, eu vou prometer qualquer coisa que você quiser agora. — Onde
ele estava avançando em direção à fuga antes, ele estava agora a encurralando
no canto da sala com seu olhar febril bloqueado nos lábios dela. Mas a palma
dela surgiu aberta contra o peito dele.

—Não, espere. Antes que todo o sangue drene de seu cérebro para
baixo. Eu quero dizer isso. Eu não vou aceitar explosões de ciúmes como
aquela.

—Eu te disse que não iria mais acontecer.

—Só para que fique claro. Mas, além disso, eu não estou estipulando
quaisquer regras. Eu te disse o que eu quero da vida, mas eu quero você
também. — Seu olhar cintilou no rosto dele. —Da maneira que eu puder te
ter.

O coração dele deu uma cambalhota e cantou aleluia. Talvez eles


continuassem assim durante anos. Talvez, depois de alguns meses com ela,
ele estaria como Brian querendo derrubar as paredes para baixo para se casar
com a mulher que amava. Mesmo o pensamento de uma criança acidental ou
duas não causava o ataque de pânico que teve com Raina. Se alguma vez ele
fosse ter um filho, ele não poderia escolher melhor pessoa para fazer isso.

—Macy, eu posso te dizer com absoluta certeza que não importa como
ou onde você e eu acabemos, você não vai ter considerado isto um desperdício
de seu tempo.

Antes que ele percebesse, ela o virou para a posição inicial dela.
Apoiado no canto. As palmas das mãos dela encontraram as paredes de ambos
os lados de seus ombros. Ela olhou-o nos olhos com uma franqueza que
assassinou qualquer vontade de resistir que ainda podia estar encolhida no
canto de seu cérebro. E oh, Cristo, seu pau já estava ameaçando arrebentar
sua braguilha.
—Prometa-me isso.

—Eu deveria ter te prometido isso na outra noite. Eu estava apenas...


Todo fodido. — Ele tomou uma respiração instável. —Sim. Eu prometo.

—Eu entendo. E eu sinto muito. Eu deveria ter te escutado.

—Muitas pessoas provavelmente não nos querem juntos, você sabe?


Eu não tinha percebido isso, ou eu não dava a mínima antes. Mas agora eu
vejo, e eu não me importo com o que ninguém pensa, mas você tem certeza
que você...

Ela segurou o queixo dele, e todo o seu pensamento sumiu. A garota


tinha dedos fortes. Ele mal podia esperar para senti-los em volta...

—Ghost?

Ela me chamou de Ghost.

—Hein?

—Cale-se.

E, finalmente, milagrosamente, ela o beijou.

*****

Eles foram para o apartamento dela porque era mais perto. Brian tinha
dado uma olhada para eles quando surgiram da parte de trás, sorrindo para o
pedido do Ghost e disse-lhes para caírem fora de lá com um gesto para a
porta. Candace tinha sorrido de orelha a orelha.

Isso quase se transformou em outro ataque frenético de sexo veicular,


mas de alguma forma eles se seguraram. Ainda era dia claro, depois de tudo.

Quando finalmente eles se derrubaram sobre a cama dela, ele não


conseguia parar de sorrir enquanto a beijava.

—O que? — ela perguntou quando ele deve ter começado a olhar como
um psicopata.

—Estou feliz —, ele murmurou, puxando para cima a camisa dela e


deslizando sua boca pelo corpo dela para beliscar e lamber sua barriga. —Pela
primeira vez em... Sempre, parece. Eu me sinto mais leve.

Macy suspirou, puxando os joelhos para cima e inclinando seu corpo


flexível em direção a ele.

—Eu estou contente.

Era verdade. Toda a dor sobre sua avó, ainda estava lá, e ele sempre
sentiria saudades dela. Mas ele também sabia que estava exatamente onde ela
ia querer que ele estivesse exatamente onde os seus pais iam querer que ele
estivesse, e havia conforto nisso.

E talvez o mais importante, por uma das poucas vezes em sua vida, ele
estava exatamente onde queria estar.
—Então, você não está se mudando para longe de mim? — Macy
perguntou sua voz suave e sem fôlego.

Ele quase podia rir com o momento dessa pergunta. Erguendo a


cabeça, ele deixou seu olhar se enrolar com o dela.

—Você está doida?

—Bem, Candace disse...

—Candace e Brian escutaram muito disso em minha boca


ultimamente. E sim, eu pensei nisso. Mas minha vida está aqui. Você está
aqui.

Ele não podia se despir rápido o suficiente, não poderia despi-la rápido
o suficiente. Mas no momento em que ele deslizou em sua boceta, apertada e
necessitada, ele arrastou seus golpes, não querendo que isso acabasse muito
rápido. Fazendo amor com ela como ela tinha obviamente querido em seu
encontro desastroso em Fort Worth ele estava pronto para isso agora. Os
suspiros e os gemidos de Macy encheram sua cabeça, limpando os
pensamentos caóticos das últimas semanas, trazendo uma calma e uma
certeza que ele nunca tinha conhecido nem imaginou chegar a conhecer. E
quando ela gentilmente trouxe a cabeça dele para baixo e o beijou, sua língua
rodando em torno da dele, no mesmo ritmo perfeito de seus quadris inclinados
para recebê-lo, merda, ele estava no paraíso.

Algo ainda estava diferente, porém. Ela estava diferente. Ele não
poderia identificar o por que; ele só confiava no vínculo que compartilhavam o
suficiente para saber que havia algo acontecendo na cabeça dela, apesar do
que estava acontecendo com seus corpos.

Ele espalhou seus lábios pela bochecha dela e sussurrou em seu


ouvido.

—Você está bem, bebê?

Ela assentiu com a cabeça de sua forma reservada. Mas ele não podia
deixá-lo fora agora, não quando ela estava tão aberta, bonita e vulnerável. Não
quando era tão óbvio em seu beijo que ela estava ansiando por algo, ansiando
duro por isso.

—Se eu pudesse dar-lhe qualquer coisa, o que você me pediria?

—Eu... Não...

—Você sabe. Olhe para mim. O que você me pediria?

Os lindos olhos dela se abriram, o olhar dela encontrando o seu


diretamente. As palavras vieram, as que ele queria ouvir, e ele sabia que era
verdade.

—Seu amor.

—Ei, isso é fácil. Você não sabe que você já o tem? Então, está tudo
bem. Certo?
O pequeno som gutural de alívio que escapou dela enquanto ele falava
era a coisa mais sexy que ele já tinha ouvido. Os dedos dela se apertaram
mais na parte de trás de seu pescoço, e ele deixou cair a sua testa na dela.

—Eu te amo, Macy. Eu te amo. — Seus lábios capturaram os dela. —Eu


te amo.

—Eu também te amo.

Dadas às lágrimas que escaparam dos olhos dela em seguida, ele


imaginou se talvez essas palavras tinham sido um peso nela por um longo
tempo. Ele tinha sido um idiota de merda. Mas o que mais possa acontecer,
aquelas pequenas palavras o manteriam de pé para sempre. Seja lá o que
acontecesse, por pelo menos um momento em sua vida, Macy o tinha amado.
Mas ele iria fazer das tripas coração para transformar o momento em uma
vida inteira. Ele sorriu para ela.

—Bem, não chore por isso.


Capítulo Vinte e Cinco

—Você está bem?

—Por que não estaria?

—Bem... Você sabe. — Macy o observou enquanto ele ligou a seta


indicando que ia entrar na propriedade de seus pais. O desejo de tocá-lo,
apertar sua mão, tranquiliza-lo de alguma forma, era esmagador. Ela esfregou
as palmas das mãos úmidas em seus jeans em vez disso. Por que ela estava
tão nervosa? Eram apenas seus pais. Era ele quem deveria estar preocupado.
Mas... Ainda assim. Oh Deus. Ela esperava que isto desse certo. Isto tinha
que dar certo.

Não porque ela estava ansiosa para agradar seus pais. Não porque se
ele não gostassem dele, ela teria que desistir dele. Nunca em um milhão de
anos. Eles não eram assim de qualquer maneira, apesar do que o estúpido do
Jared pudesse pensar. O que ela queria o dia de sonho ridiculamente
embaraçoso que ela tinha permitido passar em sua cabeça de novo e de novo
nas últimas semanas era que eles o recebessem bem, o amassem, fossem o
mais próximo possível dos pais que ele tinha perdido todos aqueles anos atrás.
Sua mãe tinha a capacidade de agir como mãe com qualquer um, realmente,
mas o pai dela, apesar de suas palavras no outro dia, poderia ser uma venda
mais difícil.

—Eu estou bem. Alguma dica de última hora para mim? — ele
perguntou, e ela imaginou se o seu avanço lento pelo caminho era apenas um
modo de adiar o inevitável. —Eu nunca, tipo, fui apresentado aos pais antes.

Se ele estava nervoso, ele realmente não demonstrava. Ela estava mais
nervosa do que ele. E a coisa mais comum para dizer nestas situações era,
provavelmente, Oh, basta ser você mesmo, mas ela não tinha certeza de que
era exatamente o melhor conselho, pelo menos não para a primeira reunião.
Talvez na, oh, vigésima sétima ou algo assim. Ela o amava o jeito que ele era,
mas...

Desistindo, ela estendeu a mão para colocar sobre a mão dele.

—Quanto ao meu pai, ele vai falar em sua orelha, e tudo o que você
precisa fazer é dar um grunhido entusiasmado de vez em quando. Minha mãe
é um pouco mais difícil. Ela vai fazer um milhão de perguntas. Eu já lhe
contei o essencial, no entanto.

—Legal. Uau— ele acrescentou quanto dirigiu por uma curva e a casa
de seus pais veio à tona. —Rancho legal.

—Se você seguir em frente em vez de pegar a rotatória, você vai acabar
no celeiro. Eu vou ter que te mostrar mais tarde. Você pode conhecer meus
cavalos.

—Enquanto...

—Você não tem que montar em um, eu sei —, ela terminou por ele,
rindo. Ele pegou a rotatória, assobiando com a visão da grande fonte no centro
da vegetação. Macy tentou imaginar ver tudo isso pela primeira vez. Ela
cresceu aqui, por isso era simplesmente o lar para ela, mas sim, era muito
bonito. O jasmim amarelo estava florescendo no arco que conduz ao jardim, e
os arbustos chineses nas laterais eram uma explosão de fúcsias.

—Pronto?—, ela perguntou quando ele parou. A porta da frente da casa


se abriu, e sua mãe saiu, sorrindo. Ela devia estar muito animada para
esperar.

Aqui vamos nós.

Eles podem ter protelado um pouco no início, mas finalmente, eles


iriam amá-lo.

—Como eu nunca estarei. Não toque na porta.

Ela tinha estado a ponto de fazer exatamente isso.

—Oh, pronto para matar—, ela brincou.

—Eu sempre abro suas portas, desmancha-prazeres. — Ele piscou para


ela, e ela se derreteu. Ela estava fazendo um monte disso ultimamente. Por
causa do seu toque. Por causa do jeito que ele olhava para ela. Quando ele
abriu a porta dele para sair, ela agarrou o braço dele, impedindo-o.

—O que foi?

—Eu quero que você saiba que nada disto importa. Meus pais ou o que
eles pensam... O que ninguém pensa. Você começou a me perguntar sobre
isso no outro dia, e eu quis te dizer. Eu não me importo. Assim, você não
precisa nem se preocupar com isso. — Merda, ela estava prestes a dizer isso.
E até mesmo querendo dizer isso. —Basta ser você mesmo.

Sua boca linda se curvou nos cantos, e ele estendeu a mão para
acariciar a bochecha dela.

—Querida, eu não conheço nenhuma outra maneira de ser.

Com isso, ele saiu do carro e correu em torno para a porta dela.
Quando ele abriu, ela ouviu a sua mãe exclamar alegremente sobre o
cavalheiro que ele era. Macy escondeu um sorriso quando ela tomou a mão
que ele ofereceu e se levantou do seu assento, puxando para baixo a barra de
sua saia. Cavalheiro, certo. Ela iria certificar-se de manter um pouco de
distância entre eles na mesa de jantar, para que as mãos errantes dele não
tenham nenhuma ideia brilhante.

O olhar dele a devorava assim como tinha feito quando ele a pegou
mais cedo nesta noite. Assim como tinha sido quando ele a levou de voltar
para o quarto e a derrubou na cama. E durante o sexo áspero e selvagem que
se seguiu. Ela teve que refazer seu cabelo e sua maquiagem depois disso.

Ok. Talvez ela manteria um monte de distância entre eles.

Deus, ela estava corando vermelho brilhante na frente de sua mãe, que
tinha acabado de descer os degraus da frente. O pai dela estava nos
calcanhares de sua mãe agora. Ele assobiou quando viu o carro de Seth.
—Esse é um passeio doce que você tem aí, filho.

—Obrigado, senhor.

Deixando seu pai se dirigir ao carro antes que qualquer apresentação


tenha sido feita.

—Hum, mãe, pai... Pai — ela insistiu quando ele não conseguiu desviar
os olhos longe do GTO — Este é Seth Warren. Seth, Jennifer e Daryl Rodgers.

Sua mãe o cumprimentou calorosamente e até mesmo lhe deu um beijo


rápido na bochecha, mas seu pai ainda estava vidrado no carro.

—Eu tinha um garanhão como esse quando eu tinha dezesseis anos —,


disse ele, orgulhoso. Macy revirou os olhos, mas pelo menos ele conseguiu
oferecer sua mão, mesmo que ele não tenha chegado a olhar para o seu
convidado. Seth balançou.

—Prazer em conhecê-lo—, disse Seth.

Ele poderia muito bem não ter falado.

—Lembra-se, Jen? Peguei você no nosso primeiro encontro nesse carro.


Poderia ser o mesmo maldito carro.

—Oh, uau, você está certo!

—Talvez seja o mesmo—, disse Seth. —Mer... Coisas mais estranhas já


aconteceram.

—Não seria uma coisa?— Ele riu. —Você fez toda a restauração você
mesmo?

—Sim eu fiz. — Ele começou a falar às especificações que eram como


grego para ela, porque embora o pai dela tivesse insistido em que ela fosse
capaz de dirigir carros mais velhos, ela com maldita certeza não sabia o que
estava acontecendo sob o capô de um.

Eu aposto que irei aprender, contudo, saindo com ele. Ela sorriu, vendo
seu pai ouvir Seth com muita atenção. Ele rondava em torno do GTO como se
ele estivesse considerando pular atrás do volante e acelerando para baixo na
entrada de automóveis.

—Incrível—, ele proclamou por ultimo.

Sim. Tudo estava indo bem.

—Mas eu tenho mais uma pergunta. — disse seu pai. Ele esperou até
que o suspense se construísse por um minuto. —O que diabos aconteceu com
o seu cabelo, filho?

Oh. Não. Ele. Não. Fez. Isso.

Seth passou a mão sobre sua cabeça e sorriu não surpreso.

—Eu fiz isso deliberadamente, senhor. — Ele fez um gesto na direção da


careca brilhante do pai dela. —Qual é a sua desculpa?
Inferno.

O coração de Macy caiu. Ela fechou os olhos, esperando pelo resultado


desagradável. Um segundo se passou. Dois. Uma vida inteira. Certamente
seu pai poderia ser civilizado esta...

A risada de seu pai explodiu de repente, chocando os olhos dela abertos


quando ele abraçou-a a seu lado e lhe deu um beijo na testa.

—Finalmente encontrou um cara franco para você, Macy. Eu já gosto


dele.

Ela soltou a respiração presa, tão cheia de alívio que ela estremeceu
quando o ar a deixou. Ele iria ver mais tarde por dar-lhe esse mini ataque de
coração, mas por agora, ela sorriu para o cara que tinha dado a ela tanto. Ela
própria.

—Eu meio que gosto dele também.

FIM

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