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Material Teórico
Evolução da Gestão de Pessoas
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Evolução da Gestão de Pessoas
• Introdução
• Modelos de Gestão de Pessoas e as Eras Organizacionais
• Fases da Gestão de Pessoas no Brasil
• Gestão Estratégia de Pessoas por Meio dos
Subsistemas de Recursos Humanos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Objetiva-se que o estudante, ao concluir a unidade de estudo, seja
capaz de distinguir as três Eras do desenvolvimento organizacional,
bem como identificar as características específicas de cada uma delas
e reconhecer a sua influencia nas mudanças ocorridas na gestão de
pessoas ao longo dos tempos.
· Pretende-se ainda que o estudante possa identificar as fases da
gestão de pessoas no Brasil e sua relação com os modelos de gestão
de pessoas.
· Almeja-se também que o aluno reconheça o papel do gestor como o
responsável por, junto à equipe, prover formas de concretização da
intenção estratégica em realidade.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
Introdução
Avanços tecnológicos vividos nos últimos tempos diminuíram as distâncias
entre as nações. O aperfeiçoamento dos meios de comunicação e de transportes
encurtaram as distâncias, resultando na globalização da economia, o que têm
afetado diretamente o modo como vivemos e como trabalhamos.
A relevância do Capital Humano nas organizações é cada vez mais evidente aos
gestores. A necessidade de capacitação de mão de obra é explicita quer para o
trabalhador quer para a empresa. A competitividade global, o avanço tecnológico,
o aumento da produtividade e da inovação, entre outros aspectos marcantes na
atualidade nas empresas exigem um profissional altamente qualificado. Daí a
importância de uma gestão de pessoas que supra às necessidades de recursos
humanos estratégico da organização, provendo a esta condições de ter êxito na
performance profissional.
“Como os avanços tecnológicos têm afetado o ramo de atividade das organizações com as
Explor
8
Modelos de Gestão de Pessoas
e as Eras Organizacionais
Para atender às novas exigências organizacionais, a gestão de pessoas precisou
se reinventar. Mas a história da gestão de pessoas tem mostrado que a necessidade
de reinvenção não é recente e nem influência dos tempos de globalização. Ao
contrário, como bem esclarece Fischer (2002), há muito fatores internos e externos
à própria organização que influenciam a gestão de pessoas. E, neste sentido, três
Eras organizacionais distintas, que marcaram o último século, merecem destaque
quando se trata de gestão de pessoas: (1) Industrialização Clássica; (2) Industrialização
Neoclássica; e (3) Era Informação.
9
9
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
O filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, lançado em 1936, apresenta uma forte
Explor
Quadro 1
Características do Modelo de Departamento Pessoal
Período aproximado De 1900 a 1950
Visão das pessoas Mão de obra
Nível de atuação Burocratizado, rotineiro e operacional.
Principais atividades Admissão, demissão, controle de frequência, legislação
trabalhista, disciplina, relações sindicais, ordem.
Formato do trabalho relacionado Centralização total das operações no departamento de
à gestão de pessoas Recursos Humanos.
Comando da ação Decisões vindas da cúpula da organização e ações
centralizadas no departamento de Recursos Humanos
Missão da área Vigilância, coerção, coação, punições, confinamento
social das pessoas.
Fonte: adaptado de Chiavenato (1999, p. 35)
Após a Segunda Guerra, o mundo não era mais o mesmo e nem tampouco o
ambiente organizacional. Inicia-se nesta Era a abertura para negociações entre
outros mercados financeiros. As transações deixam de ser apenas locais e passam
a ser regionais e/ou mesmo internacionais, aumentando assim a competitividade
entre as organizações.
O foco, que até então estava na execução da tarefa, volta-se para o comportamento
humano, fazendo surgir o Modelo de Recursos Humanos.
10
O objetivo da administração de pessoas, evidentemente, continuou sendo o de
atingir as metas organizacionais, no entanto, passou-se a considerar que colabora-
dores mais motivados e satisfeitos contribuiriam de forma mais eficaz e apropriada
na busca dos objetivos organizacionais. As novas teorias motivacionais, como, por
exemplo, as propostas por Maslow, Teoria da Hierarquia das Necessidades, e de
Herzberg, Teoria dos Dois Fatores, possibilitaram considerar que não apenas as
questões financeiras, como o salário, seriam motivadores para o trabalhador. Inicia-
-se os investimentos em outras formas de benefícios ao trabalhador.
Quadro 2
Características do Modelo de Recursos Humanos
Período aproximado De 1950 a 1990
Visão das pessoas Recursos Humanos
Nível de atuação Departamentalizado e tática
Recrutamento, seleção, treinamento, administração de sa-
Principais atividades
lários, benefícios, higiene, segurança e relações sindicais.
Formato do trabalho relacionado Responsabilidade de linha e função de staff.
à gestão de pessoas
Decisões vindas da cúpula da área e ações centralizadas
Comando da ação
no departamento de Recursos Humanos
Missão da área Atrair e manter os melhores funcionários.
Fonte: adaptado de Chiavenato (1999, p. 35)
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11
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
Quadro 3
Megatendências Globais Características
Crescente poder das tecnologias da informação e da
Revolução Digital comunicação que dissolvem fronteiras políticas e
organizacionais.
Globalização dos mercados, da concorrência, das associações,
Mercado Global
do capital financeiro e da inovação gerencial.
Economia deixa de se basear exclusivamente na manufatura
Era do Conhecimento e exploração de recursos naturais e passa a valorizar o
conhecimento, a informação e a inovação.
A transição da economia global para a economia virtual com
Economia Virtual
transações mundiais e instrumentos financeiros sintéticos.
A ascensão de outras nações fazendo surgir uma nova ordem
Reequilíbrio geopolítico mundial. Quebrando a hegemonia de países que anteriormente
detinham o poder.
A crescente incapacidade dos governos nacionais em controlar
Declínio dos governos
os próprios destinos político-econômicos.
O crescimento do terceiro setor formado pela sociedade
Convergência setorial e industrial civil, baseada na cooperação e nas fusões, tornando difícil a
distinção entre os setores público e privado.
O surgimento de novas formas de organização empresarial
Novas Alianças Estratégicas dentro e entre as empresas; equipes interdisciplinares
entre as organizações sem regras de hierarquização; parcerias estratégicas entre
organizações rivais.
Grande porte e a massa corporativa ampla deixa de ser
vantagem competitiva, tornando-se desvantagens, uma
Estruturas Organizacionais Ágeis
vez que as organizações menores são mais ágeis e mais
empreendedoras.
O aumento geométrico da importância comercial, política e
Preocupações Sociopolítico Ambiental
social do ambiente e a preocupação ecológica.
Missão da área Atrair e manter os melhores funcionários.
Fonte: adaptado de Kiernan (1998)
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Quadro 4
Características do Modelo de Gestão de Pessoas
Período aproximado Após 1990.
Visão das pessoas Parceiros.
Nível de atuação Focalização global e estratégica no negócio.
Como os gerentes e suas equipes podem escolher, treinar,
Principais atividades
liderar, motivar, avaliar e recompensar os seus participantes.
Formato do trabalho relacionado à gestão de pessoas Descentralização rumo aos gerentes e a suas equipes.
Comando da ação Decisões e ações do gerente e de sua equipe de trabalho.
Missão da área Criar a melhor empresa e a melhor qualidade de trabalho.
Fonte: adaptado de Chiavenato (1999, p. 35)
Uma vez que as organizações precisam se adaptar aos novos tempos e, para
isso, requerem conhecimento, manter as pessoas motivadas e comprometidas com
a organização e seus objetivos passam a ser papel da Gestão de Pessoas.
A primeira delas, a Fase Contábil surge ainda no início do século XIX, antes
dos anos 1930, quando com a migração de milhares de pessoas para a indústria,
surge a necessidade de controle de entradas e saídas de funcionários e com o custo
que estes representavam à organização.
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13
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
“Embora a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) Lei nº 5.452, tenha sido datada em
1º de maio de 1943, ainda no começo do governo de Getúlio Vargas, nos anos de 1930,
começam a surgir regras que beneficiavam os trabalhadores.”
A atual Fase Estratégica, iniciada em meados dos anos 1980, é marcada pelo
reconhecimento da necessidade de associar a gestão de pessoas às estratégias da
organização. A atuação do departamento de recursos humanos não se restringe
à provisão imediata, mas ao atendimento de necessidade de Capital Humano em
longo prazo, acompanhando o planejamento estratégico da organização.
“... quando o papel do homem no trabalho vem-se transformando e suas
características mais especificamente humanas, como o saber, a intuição
e a criatividade, vêm sendo valorizadas, talvez se caminhe para uma
transição na qual a empresa finalmente reconheça que se relaciona com
pessoas e não com recursos” (FISCHER, 2002, p. 32).
14
Explor
“Em qual dessas cinco fases - Fase Contábil, Fase Legal, Fase Tecnicista, Fase Administrativa
ou Fase Estratégica - está a organização na qual você trabalha? Você consegue identificar?
Quais as características da gestão de pessoas da organização lhe permitem determinar que
ela está nesta fase? Pense nisso!”
Quadro 5
Distinção do papel da área de Recursos Humanos, segundo Albuquerque
Estratégico Tático Operacional
• Definição das características • Validação dos critérios • Planejamento de
do pessoal da empresa, em de seleção; necessidades de pessoal; e
longo prazo; e • Formulação de plano de • Aplicação de planos
Seleção
15
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UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
“a Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, altera a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),
Explor
aprovada pelo Decreto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, bem como as Leis nºs 6.019, de
3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim
de adequar a legislação às novas relações de trabalho. https://goo.gl/85n5oA.”
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Importante! Importante!
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17
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
A remuneração por competência, por exemplo, tem sido cada vez mais
utilizada pelas organizações a fim não só de proteger o conhecimento do próprio
colaborador, como os conhecimentos explícitos que foram por ele internalizados,
mantendo-os na organização.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
GV-executivo
LACOMBE, Beatriz Maria Braga; BENDASSOLI, Pedro F. (2004). Cinco décadas de
RH. GV-executivo. São Paulo, v 3, n 3. ago/out de 2004.
https://goo.gl/1n6Wv1
Comunicação & Mercado/UNIGRAN
MAGALHÃES FILHOS, Osmário Venâncio de; PEREIRA, Valdir da Costa. (2013).
Gestão de pessoas e seu contexto na sociedade contemporânea. Comunicação &
Mercado/UNIGRAN. Dourados/MS, v 1, n 4, p. 115-125, jan-jul 2013
https://goo.gl/QS1G9g
Universidade de São Paulo
PACHECO, Marcela Soares. (2009). Evolução da Gestão de Recursos Humanos:
um estudo de 21 empresas. Dissertação (Mestrado em Administração). Programa
de Pós-Graduação de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto.
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto
https://goo.gl/4DaP3Z
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
TOSE, Marília de Gonzaga Lima e Silva. (1997). A evolução da gestão de recursos
humanos no Brasil. Dissertação. (Mestrado em Administração). Programa de Pós-
Graudção em Administração. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
https://goo.gl/2w1h8F
19
19
UNIDADE Evolução da Gestão de Pessoas
Referências
ABRANTES, Talita. (2011). 55% das empresas usam o Facebook para recrutar
profissionais. Carreira – Você S.A. Disponível on-line em: http://exame.abril.com.
br/carreira/quase-90-das-empresas-usam-o-linkedin-para-recrutar-profissionais/,
acessado em julho de 2017.
________. (2009). O Capital Humano nas organizações. São Paulo: Elsevier Campus.
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Gestão de Pessoas
Material Teórico
Noção de Competência
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Noção de Competência
• O que é Competência
• Competências segundo David McClelland
• Competências Segundo os Franceses Le Boterf e Zarifian
• Competências Segundo os Brasileiros Fleury e Dutra
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Objetiva-se que o estudante, ao concluir a unidade de estudo, seja
capaz de distinguir a definição de competência proposta nos anos
1970 por McClelland das definições estabelecidas por Zarifian e Le
Boterf na década de 1990, associando-as ao respectivo contexto
sociopolítico e econômico em que foram propostas.
· Pretende-se ainda que o estudante possa identificar contribuições dos
pesquisadores brasileiros e a leitura acerca do tema, considerando o
contexto sociopolítico e econômico nacional.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Noção de Competência
O que é Competência
Competência é sem dúvida uma palavra cada vez mais em alta, quer no âmbito
organizacional, quer no âmbito educacional.
O artigo ‘Testing for competence rather than inteligence’, publicado por McClelland em 1973:
Explor
https://goo.gl/IvIjY0
8
Para o psicólogo, tais testes até poderiam prever o desempenho acadêmico
dos estudantes, mas não poderiam prever o futuro profissional deste estudante,
ou seja, não permitiam um prognóstico de sucesso na vida futura. Como poderia
então, um teste rotular uma pessoa como “mais qualificada” ou “menos qualifica-
da” para algo?
Frente a isso, McClelland defende que a preocupação deveria estar nas compe-
tências de cada um, uma vez que essas se relacionam com o desempenho eficaz
no trabalho.
9
9
UNIDADE Noção de Competência
Competências Segundo os
Franceses Le Boterf e Zarifian
O debate oriundo dos franceses, especialmente na década de 1990, acerca
do conceito de competência evidencia que não é mais suficiente considerar
competente o profissional que atende a um conjunto de tarefas que compõe um
cargo. Concepção de competências que viria a se adequar à nova visão de gestão
de pessoas predominante na época, ou seja, o contexto organizacional passa a ser
dinâmico e falar de tarefas de um cargo, na maioria dos casos não era mais possível,
pois estes passam a ser cada vez mais complexos, imprevisíveis e menos rotineiros.
No livro “Um mundo sem empregos” de William Bridges, escrito em 1995, trata
especialmente das mudanças ocorridas nas organizações, e ainda em meados dos
anos 1990, afirma que meio às mudanças no ambiente empresarial, um arranjo de
funções e cargos serve por pouco tempo e o profissional ideal deverá ser aquele
capaz de atuar com maleabilidade, se adequando às funções, enfrentando crises e
se recuperando das decepções.
“... o desaparecimento quantitativo (dejobbing) que acontece hoje leva
ao desaparecimento qualitativo dos empregos. O downsizing dissolve os
perfis dos empregos convencionais, uma vez que força as organizações a
acrescentarem novas responsabilidades e mudarem as existentes. À medi-
da que os que ficam pegam os pedaços deixados pelos que saem, as descri-
ções de cargos fazem cada vez menos sentido” (BRIGDES, 1995, p. 29).
O termo em inglês Dejobbing é ultilizado na área de gestão de pessoas como conceito para
Explor
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Em meio a esta situação, que não é diferente da que vivemos hoje, a despeito do
tempo transcorrido, o conceito francês de competência busca ultrapassar a ideia de
qualificação. Dois estudiosos se destacam: Zarifian e Le Boterf.
Importante! Importante!
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11
UNIDADE Noção de Competência
Para Le Boterf, por sua vez, agir com competência envolve três dimensões:
(1) os recursos disponíveis (pessoais e exteriores) que devem ser mobilizados; (2)
a prática profissional e os resultados que esta produz; e (3) a reflexividade
ou distanciamento. Nessa perspectiva, o pensador considera que o profissional
competente é aquele que sabe combinar e por em prática tais dimensões.
Importante! Importante!
“De acordo com Le Bortef, agir com competência envolve três dimensões:
(1) recursos disponíveis;
(2) prática profissional e resultados que esta produz; e
(3) reflexividade ou distanciamento.”
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Em relação aos recursos disponíveis, existem aqueles que são do profissional
e aqueles que estão disponíveis no contexto em que ele está inserido. Os recursos
do profissional envolvem: capacidade cognitiva, formação acadêmica; experiência
de vida e profissional, recursos emocionais, habilidades físicas e sensoriais, entre
outros. Já os recursos disponíveis no contexto em que o profissional se insere,
podem ser oriundos de base de dados, de pesquisas, do know-how da organização,
das competências dos colegas de trabalho, entre outras fontes.
Competências Segundo os
Brasileiros Fleury e Dutra
No Brasil, pesquisadores interessados em competência, assim como Fleury e
Dutra, compreendem que há ainda uma distância muito significativa entre o que
é competência acadêmica e o que é competência nas organizações, embora tal
distanciamento não seja exclusivo das empresas brasileiras.
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13
UNIDADE Noção de Competência
Fleury (2002) propõe definições que explicitam as ações descritas por Le Boterf
como componentes do ser competente: saber agir, saber mobilizar recursos, saber
integrar saberes, saber aprender, saber engajar-se, saber assumir responsabilidades
e saber agir por meio de uma visão estratégica.
Quadro 1 – Definição das ações propostas por Le Boterf como componentes do ser competente
Ações do ser competente Definições
• Saber o que e por que faz.
Saber agir
• Saber julgar, escolher, decidir.
Saber mobilizar recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e competências.
Saber comunicar • Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.
• Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais,
Saber aprender
saber se desenvolver.
• Saber empreender, assumir riscos.
Saber se engajar e se comprometer
• Comprometer-se
• Ser responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas
Saber assumir responsabilidades
ações, sendo por isso reconhecido.
• Conhecer e entender o negócio da organização, seu ambiente,
Ter visão estratégica
identificando oportunidades e alternativas.
Fonte: Fleury (2002, p. 56)
Diante destas definições, Fleury compreende competência como “um saber agir
responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao
indivíduo” (2002, p. 55).
“um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar,
transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econô-
mico à organização e valor social ao indivíduo” (FLEURY, 2002, p. 55).
O estudioso adverte que o profissional pode sim ser dotado de recursos que permi-
ta atuar com competência, mas se não há entrega a ação competente não ocorrerá.
Será que este profissional deseja de fato gerar resultados para a empresa? Tomando
a definição de competência de Fleury, o profissional pode saber agir com responsa-
bilidade e reconhecer que isto implica mobilizar e integrar recursos, transferir seus
conhecimentos e habilidades ao que faz, agregando valor à organização, mas isso
não garante que este profissional irá aplicar sua competência à organização.
De acordo com Dutra, se temos, por exemplo, dois funcionários que ocupam
o mesmo cargo, desempenham as mesmas tarefas e são remunerados e avaliados
da mesma maneira, mas um deles quando demandado resolve de fato o problema
que lhe é apresentado, consegue lidar com as crises e situações inesperadas, este é
muito mais valioso para a organização. Mas, nas organizações de uma forma geral,
14
ambos são tratados da mesma forma, ou ainda, o que pode ocorrer e, muitas vezes
ocorre, é o fato deste mais “valioso” ser exigido muito mais que o outro, mas sem
nenhuma recompensa para isto.
E isto, muitas vezes ocorre, conforme Dutra, devido nas empresas brasileiras
coexistir duas compreensões do termo: a compreensão que se constata pelo
discurso dos gestores e a prática que se enxerga nas empresas. O discurso mostra-
-se contemporâneo e busca utilizar a visão acadêmica para se referir ao tema.
Todavia, na prática as empresas mantêm a postura de gestão tradicional, que não
permitem a aplicação do conceito, ou seja, como não há articulação discurso e
prática, não há sucesso.
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UNIDADE Noção de Competência
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
A Gestão do Trabalho e os Desafios da Competência: Uma Contribuição de Philippe Zarifian
LIMA, Cláudia Maria Pereira de; SOUZA, Paulo Cesar Zambroni de; e ARAÚJO,
Anísio José da Silva. (2015). A Gestão do trabalho e os desafios da competência: uma
contribuição de Philippe Zarifian. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília/DF, v 35, n 4.
https://goo.gl/CeukYY
Testing for Competence Rather than for “Intelligence”
MCCLELLAND, D. (1973). Testing for competence rather than for “intelligence”.
American Psychologist, January.
https://goo.gl/IvIjY0
O Movimento em Torno da Competência e Formação de Administradores: Algumas Reflexões
SANT’ANNA, Anderson de Souza. (2010). O movimento em torno da competência
e formação de administradores: algumas reflexões. Revista Gestão & Tecnologia,
Pedro Leopoldo/MG, v 10, n 1, p. 1-11.
https://goo.gl/eRwbch
Revista da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
GATTAI, Maria Cristina Pinto. (2013). A fragilidade da classificação das competências.
Psicologia Revista. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde. São
Paulo, v 22, n 1, p. 9-42.
https://goo.gl/w2FKym
RAC – Revista de Administração Contemporânea
FLEURY, Maria Tereza Leme; e FLEURY, Afonso. (2001). Construindo o conceito de
competência. RAC - Revista de Administração Contemporânea. Curitiba/PR. v 5.
Edição Especial, p. 183-196.
https://goo.gl/AAcZWW
16
Referências
BRASIL, LDB. Lei 9394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm,
acessado em julho de 2017.
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Gestão de Pessoas
Material Teórico
Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Competências Organizacionais
e Competências Essenciais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Objetiva-se que o estudante, ao concluir a unidade de estudo, seja ca-
paz de identificar as diferenças entre Competências Essenciais e Com-
petências Organizacionais, bem como a mútua influência que exercem.
· Pretende-se também, por meio da presente unidade, que o
estudante possa identificar como o estabelecimento das estratégias
organizacionais interferem no desenvolvimento das Competências
Organizacionais e Essenciais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Competências na Empresa:
Organizacionais e Essenciais
Comumente apresentados como sinônimos, as Competências Organizacionais
e as Competências Essenciais apresentam características bastante distintas.
Importante! Importante!
Competências Essenciais
Prahalad e Hamel no artigo, The core competence of the corporation, são
categóricos ao afirmar que os principais executivos de uma empresa da década
de 1990 serão “julgados pela capacidade de identificar, cultivar e explorar as
Competências Essenciais que tornam o crescimento possível” (1990).
A despeito das décadas que nos separam da edição do artigo, este se mostra
atual, e ainda hoje os principais executivos das organizações buscam maneiras de
possibilitar o crescimento de seus negócios e para tanto procuram estratégias para
identificar, cultivar e explorar as Competências Essenciais da empresa.
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Uma organização que possui Competências Essenciais, ou seja, que se diferencia
da concorrência, de acordo com Prahalad e Hamel (1990), atende a três requisitos:
(1) prover acesso a uma ampla variedade de mercados; (2) oferecer benefícios
significativos a seus clientes; e (3) ser difícil de imitar.
Importante! Importante!
“Para possuir Competências Essenciais uma organização deve ser capaz de:
(1) prover acesso a uma ampla variedade de mercados;
(2) oferecer benefícios significativos a seus clientes; e
(3) ser difícil de imitar.”
9
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UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Mas vale destacar que o valor agregado oferecido ao cliente não se relaciona aos
produtos ou serviços, que podem ser imitados, mas à competência essencial, àquele
conhecimento que a empresa domina e que é muito difícil não só de descrever, mas
especialmente difíceis de imitar, ou seja, sua diferenciação perante os concorrentes
estará no conhecimento interno e na forma como tal conhecimento é disseminado.
Para atender a estes três requisitos, uma organização deverá combinar uma
variedade significativa de competência, que lhe possibilitaram planejar, criar e
distribuir produtos e serviços aos clientes em vários mercados.
“A tarefa crítica para a gestão é criar uma organização capaz de infundir
produtos com funcionalidades irresistíveis ou, melhor ainda, a criação de
produtos que os clientes precisam, mas ainda nem sequer imaginadas”
(PRAHALAD e HAMEL, 1990, s.p.)
10
Centro de Custos ou Provedor
de Competências Essenciais
Pensar e produzir competências não são tarefas simples, mas a competência é
que fará a diferença no futuro de uma organização.
Por isso mesmo Prahalad e Hamel (1990) afirmam que muitas empresas, ao
deixarem de investir internamente para o desenvolvimento daquilo que compreende
como centro de custos, terceirizando parte daquilo que é o seu produto, perdem a
oportunidade de fazer, nascer e crescer suas Competências Essenciais.
O quanto se deve ser dependente de uma empresa externa em relação aquilo que
é o produto principal de uma organização? E se o fornecedor, ou seja, a tal empresa
externa decidir tornar-se concorrente da organização para a qual prestava serviços?
“Em sua avaliação, o quanto a empresa em que você trabalha, ou qualquer outra que
Explor
conheça com mais profundidade, tem delegado a outras as atividades que poderiam ser
desenvolvidas internamente? Você consegue definir quais as vantagens deste processo e
quais são suas desvantagens? Ao terceirizar estes serviços, você identifica que a empresa
perde oportunidade de desenvolver Competências Essenciais? Refletir sobre tais aspectos
torna-se fundamental quando se trata das chamadas Competências Essenciais.”
11
11
UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Competências Organizacionais
As Competências Organizacionais se relacionam a capacidade operacional e
funcional da empresa em mobilizar seus recursos, materiais e humanos, de forma
a agregar valor a si e aos colaboradores.
Mas o que isso quer dizer? Para que a empresa mantenha seu negócio
funcionando, conquiste lucratividade e atenda às exigências do mercado é necessário
que desenvolva Competências Organizacionais compatíveis com sua estratégia
operacional, ou seja, é preciso que a organização adquira, aprimore e desenvolva
competências compatíveis com seu negócio.
Fleury e Fleury esclarecem o assunto da seguinte forma “pode-se dizer que a
organização possui diversas Competências Organizacionais localizadas em di-
versas áreas” e, dentre essas diversas Competências Organizacionais, “apenas
algumas são as Competências Essenciais, aquelas que a diferenciam e que lhe
garantem uma vantagem competitiva sustentável perante as demais organiza-
ções.” (2004, p. 47).
Prahalad e Hamel (2005) comentam acerca de duas Competências Organiza-
cionais da Honda, que cabem como exemplo, para distinção de Competências
Organizacionais e Competências Essenciais.
Dentre as Competências Organizacionais da Honda está a excelência de seus
motores, já comentada nesta unidade. Essa competência pode ser considerada
a competência essencial da Honda, considerando os comentários de Prahalad e
Hamel (2005). Já a outra competência organizacional, o processo de vendas e/ou
a rede de revendedores, é apontada pelos autores como uma competência básica.
Ambas as competências apresentadas, quer a competência na produção dos
motores quer a competência no processo de vendas, são algumas das Competências
Organizacionais da Honda, no entanto, como comentam Prahalad e Hamel, os
clientes não procuram a Honda em função de terem uma experiência melhor em
sua rede de vendas quando comparado ao atendimento nas redes de vendas de
seus concorrentes, mas sim em função do produto oferecido pela empresa.
Acerca da variedade de competências nas organizações, Zarifian (2001)
propõem cinco formas: (1) competências sobre processos; (2) competências
técnicas; (3) competências sobre a organização; (4) competências de serviços; e (5)
competências sociais.
12
Importante! Importante!
Por fim, as chamadas competências sociais são definidas por Zarifian como
o saber ser relacionado às atitudes que mantém o comportamento do indivíduo
na organização. As competências sociais incluem a autonomia nas ações, a
responsabilidade na execução das atividades e a forma de comunicação. Em uma
organização competente, com um líder competente, o colaborador é levado ao
aumento progressivo de autonomia e de responsabilidade em suas ações que
resultam no comprometimento na vida social, pessoal e nas mudanças internas
da organização. Como comunicação entende-se em reciprocidade, uma vez que
comunicar é compreender o outro.
Estratégias Organizacionais
Definir estratégias organizacionais permitirá à organização determinar quais as
Competências Organizacionais necessárias para cada etapa do projeto estabelecido,
ou seja, quais as Competências Organizacionais necessárias à empresa e,
especialmente, quais Competências Essenciais à estratégia de negócio (FLEURY,
2002; FLEURY E FLEURY, 2004).
13
13
UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Fleury (2002) comenta que, como um “círculo virtuoso” (2002, p. 58), no qual
não há ordem pré-estabelecida, a definição da estratégia operacional alimentará
e permitirá desenvolver as Competências Organizacionais e estas por sua vez,
alimentarão e permitirão desenvolver as estratégias operacionais, ou seja, o
desenvolvimento das Competências Organizacionais depende da aprendizagem
e da estratégia operacional, que depende da aprendizagem e do quantum de
Competências Organizacionais uma empresa possui, conforme ilustra a Figura
proposta por Fleury.
Estratégia
Aprendizagem
Competência
Considerando a proposta de Treacy e Wiersema, Fleury e Fleury consideram três
tipos de estratégias organizacionais: (1) Excelência Operacional; (2) Liderança em
Produtos; e (3) Orientação para Clientes (FLEURY, 2002; FLEURY E FLEURY, 2004).
Importante! Importante!
“Treacy e Wiersema, citados por Fleury e Fleury (2005), apresentam três formas de
estratégias organizacionais que podem ser escolhidos pelas empresas:
(1) Excelência Operacional;
(2) Liderança em Produtos; e
(3) Orientação para Clientes.”
14
Nesse sentido, Cuatrecasas (2002) lista atividades que resultam em desperdício
nos processos, são elas: (1) excesso de produção; (2) defeitos; (3) atraso ou espe-
ra; (4) transporte; (5) movimentação desnecessária; (6) processos inadequados; e
(7) estoque.
15
15
UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Função /
Estratégia
Operações Desenvolvimento Vendas / Marketing
Competitiva de Produto
Convencer o mercado de
Manufatura classe mundial/ que a relação qualidade/
Excelência Operacional Inovações incrementais
produção enxuta preço dos produtos/serviços
oferecidos é ótima
Preparar o mercado e educar
Inovações radicais
Liderança em Produtos Scale up e produção primária os clientes potenciais para a
(breakthrough)
adoção da inovação
Desenvolver relações com
Desenvolvimento de
Orientação clientes específicos para
Manufatura ágil sistemas (produtos/serviços)
para o Cliente compreender necessidades
específicos
e vender soluções
“Para definir Scale up vamos definir primeiro Start up. Uma das definições de Start up -
Explor
existem outras - é um modelo de negócio com custos de manutenção baixo e potencial para
crescer rapidamente, ainda que em condições de incerteza. A Scale up pode ser definida
como uma Start up amadurecida, ou seja, um modelo de negócio, com grande potencial de
crescimento, mas que já está mais estruturado.
16
Enfim, embora Competências Essenciais e Competências Organizacionais se-
jam conceitos distintos, ambos se integram na busca das organizações por manter-
-se competitiva no ambiente empresarial.
Para encerrar a unidade, convido-o a refletir sobre uma das famosas frases
do professor Michael Porter, autor de diversos livros que tratam estratégias e de
vantagem competitiva, “uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio”. Como
vimos, para desenvolver, manter e fortalecer competências, uma empresa deve ter
como base seus objetivos organizacionais e estabelecer estratégias para atingi-los,
do contrário, alcançar suas metas será impossível.
“uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio” (PORTER, 2004, s.p.).
17
17
UNIDADE Competências Organizacionais e Competências Essenciais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Estratégias Competitivas e Competências Essenciais: perspectivas para a internacionalização da indústria no Brasil
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso Carlos Correa. (2003). Estratégias com-
petitivas e competências essenciais: perspectivas para a internacionalização da indústria
no Brasil. G&P – Gestão & Produção. São Carlos/SP, v 10, n 2, p. 129-144, ago. 2003.
https://goo.gl/p148dt
Alinhando Estratégias e Competências
________. (2004) Alinhando estratégias e competências. RAE – Revista de Administração
de Empresas. São Paulo, v 44, n 1, pp 44-57.
https://goo.gl/j5S5iY
Competências Essenciais: proposta de um modelo de concepção
PACHECO, Ana Paula Reusing. (2010). Competências Essenciais: proposta de um
modelo de concepção. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenha-
ria e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.
https://goo.gl/foSv9x
The Core Competence of de Corporation
Prahalad, C. K. e Hamel, G. (1990). The core competence of de corporation. Harvard
Business Review. May-Jun 1990.
https://goo.gl/ZgaRRv
Competências Organizacionais alinhadas à Estratégia e aos Processos Empresariais.
SCOLA, Roberto. (2003). Competências Organizacionais alinhadas à estratégia e aos
processos empresariais. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em
Administração. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
https://goo.gl/RfzgSf
18
Referências
CUATRECASAS, L. (2002) – Design of a rapid response and High Efficiency
service by Lean Production Principles: methodology and evaluation of variability of
performance. International Journal of Production Economics. Vol. 80, p.169-183.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso Carlos Correa. (2003). Estratégias
Competitivas e Competências Essenciais: perspectivas para a internacionalização
da indústria no Brasil. G&P – Gestão & Produção. São Carlos/SP, v 10, n 2,
p. 129-144, ago. 2003. Disponível on-line em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/
v10n2/a02v10n2>, acessado on-line em julho de 2017.
19
19
Gestão de Pessoas
Material Teórico
Capital Humano e Capital Intelectual
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Capital Humano e Capital Intelectual
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Objetiva-se que o estudante, ao concluir a unidade de estudo, seja
capaz de discernir cada um dos componentes do Capital Intelectual,
reconhecendo suas especificidades. Que reconheça a distinção entre
Capital Humano e Capital Intelectual e reconheça o primeiro como
componente do segundo.
· Almeja-se ainda que o estudante reconheça a relevância do Capital
Intelectual para a manutenção e desenvolvimento das organizações.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Capital Humano e Capital Intelectual
Capital Humano
Definido como o conjunto de competências per-
tencentes ao trabalhador que permitem a este me- “Capital Humano é defi-
lhorar em seu desempenho no trabalho resultando nido como o conjunto de
assim em valor econômico, o conceito de Capital competências pertencen-
tes ao trabalhador.”
Humano tem uma vasta história, que se inicia ainda
em meados do século passado.
O conceito, oriundo da Economia, tem a década de 1950 como marca de
seu surgimento. O termo Capital Intelectual ganha força e resignificação com a
globalização que marcou os anos de 1990. Abordaremos aqui um pouco da história,
a fim de elucidar quem foram os principais pensadores do conceito e como este
surgiu. Todavia, nosso objetivo não é o de se estender no aspecto histórico do
conceito, mas sim permitir a você conhecer a origem do conceito.
8
Os trabalhos de Schultz, que lhe renderam em 1979 o prêmio Nobel de Ciências
Econômicas, atribuíram à educação valor econômico e postularam o conhecimento
como uma forma de capital, capital do trabalhador e não da empresa. Ao buscar
qualificação, o trabalhador estará valorizando seu capital e tornando-se empregá-
vel. Todavia, conforme esclarece Schultz, não basta haver investimento, é impor-
tante que o investimento seja de boa qualidade e correto, ou seja, é necessário
educação de qualidade.
“...o esclarecimento do conceito de Capital Humano e a sua identificação
mobilizaram as coisas para uma especificação mais completa de
mensuração e acumulação de capital moderno. Fez, também, com que
nos tornássemos mais conscientes das mudanças que se registraram na
qualidade do capital material. Desta forma, o fato de tratar a educação
como Capital Humano nada mais é senão um passo à frente rumo a uma
captação consciente de todo o capital” (SCHULTZ, 1973, p. 130).
O conceito Capital Humano formalizado por Schultz passa a ter com Gary
Becker, por intermédio de suas análises de custo-benefício do investimento em
educação versus produtividade, uma visão mais sistemática. É postulada então a
Teoria do Capital Humano, cujo preceito principal é a defesa de que a educação
tem influencia direta na renda do trabalhador.
9
9
UNIDADE Capital Humano e Capital Intelectual
Capital Intelectual
O patrimônio de uma organização, ou seja, seus bens e direitos de propriedade,
é constituído de ativos, que podem ser tangíveis ou intangíveis.
“O termo Tangível, oriundo do latim tangibilis, faz alusão a tudo o que se pode tocar, ou
Explor
10
O chamado Capital Intelectual tem entre seus compo-
nentes, o Capital Humano, ou seja, o conhecimento per- “O Capital
tencente ao trabalhador, como já tratamos na unidade. Mas, Intelectual da
também, além do Capital Humano, o Capital Intelectual pos- organização é
constituído pela
sui outros dois componentes. O Capital Intelectual é cons- união do Capital
tituído também pelo Capital Estrutural e pelo Capital do Humano, Capital
Cliente – ou Capital de Marca, como é tratado por alguns Estrutural e Capi-
autores, ou seja, as pessoas, a estrutura das informações e tal do Cliente.”
os clientes formam os ativos intangíveis de uma empresa.
Enquanto o Capital Humano é um bem do profissional e não da empresa,
é por meio do Capital Estrutural, que o conhecimento tácito, que pertencia ao
trabalhador é apreendido, armazenado e passa a compor o Capital Estrutural da
empresa, ou seja, ainda que fruto do Capital Humano, o Capital Estrutural é um
bem que pertence à empresa. Edvinsson e Malone define o Capital Estrutural como
“o arcabouço, o empowerment e a infraestrutura que apoiam o Capital Humano”
(1998, p. 32). Desta forma, investir no Capital Estrutural significa investir na
capacidade de organização das informações que cercam a empresa.
Para Stewart o Capital Estrutural “pertence à empresa como um todo, pode ser
reproduzido e dividido” (1997, p. 98). Ao compreender e reter o conhecimento
pertencente ao Capital Humano, os gestores estão criando o Capital Estrutural da
organização que é constituído por manuais, conceitos, rotinas, patentes, sistemas,
entre outras formas de armazenamento do conhecimento. O Capital Estrutural
concede direito autoral legal de propriedade da organização, que pode vendê-lo ou
mesmo processar quem os utilize sem permissão (STEWART, 1997).
11
11
UNIDADE Capital Humano e Capital Intelectual
Importante! Importante!
O Capital do Cliente, por sua vez, refere-se ao valor social da empresa, ou seja,
como está a imagem da organização perante seus clientes, como esta se relaciona
com seus parceiros de negócios, como é sua reputação no mercado em que atua.
Trata-se do componente do Capital Intelectual que se refere à geração de renda.
12
Componentes do Capital Intelectual Indicadores
• Saber como;
• Educação;
• Qualificação profissional;
• Conhecimento relacionado com o trabalho;
Capital Humano
• Competências relacionadas com o trabalho;
• Proatividade;
• Empreendedorismo; e
• Interesse em inovação.
Fonte: Guthrie (2001)
No Brasil, assim como em alguns outros países, muitas empresas ainda não se
atentaram ao fato de possuírem um capital muito valioso: o Capital Intelectual.
Estas empresas estão em desvantagens em relação àquelas que reconhecem possuir
um capital de valor inestimável, embora intangível, e estão investindo em formas
de gerenciá-lo.
13
13
UNIDADE Capital Humano e Capital Intelectual
Mas o certo é que empresa nenhuma sobreviverá ser não investir em conheci-
mento, que advém do Capital Intelectual. Cabe não só a área de Recursos Huma-
nos, mas a todos os gestores da empresa identificar os objetivos organizacionais,
as estratégias operacionais e investir em Capital Intelectual que atenda as necessi-
dades oriundas destes objetivos e estratégias.
Além disso, como aponta Prahalad e Hamel, todo gestor deve saber e considerar
que o “Capital Intelectual sofre depreciação constante” (p. 62). Afinal, os clientes
mudam, há avanço contínuo da tecnologia e a concorrência continua existindo e
procurando superar as demais organizações. Então, “o seu conhecimento, caro
leitor, sobre seu setor vale menos nesse exato momento do que valia quando
começou a ler” (2005, p. 62).
A Teoria Evolucionista, que tem Charles Darwin uns dos principais precursores, consid-
Explor
14
“À medida que o ambiente competitivo fica mais complexo e variado,
a necessidade de maior variedade genética – uma gama mais ampla de
crenças gerenciais e um repertório maior de ações gerenciais – cresce
rapidamente. Qualquer empresa com esperança de sobreviver precisa
criar dentro de si mesma um percentual razoável de variedade genética do
setor como um todo” (PRAHALAD e HAMEL, 2005, p. 63.
É relevante que gestores despertem ao fato que o Capital Intelectual, que como
bem coloca Stewart (1998), compõe a soma de todo o conhecimento de uma
organização, é que proverá recursos para o desenvolvimento das competências
organizacionais e, consequentemente, das competências essenciais, ou seja, é
esse o conhecimento que permitirá a organização criar vantagem competitiva
inovadora, difícil de ser imitada, que atenda aos anseios dos clientes e que seja
capaz de expandir para novos mercados, tal como descrevem Prahalad e Hamel
(1990), ao definirem a organização que possui competências essenciais.
Portanto, qualquer empresa que queira se manter viva no mercado deve investir
no desenvolvimento de seu Capital Intelectual.
“... o cérebro e não a força muscular se transformará no fator de sucesso
para o crescimento econômico” (KANAANE e ORTIGOSO, 2010, p. 53).
Prahalad e Hamel contam que em 1993, quando Bob Eaton assumiu a posição
de diretor-executivo da Chrysler, reuniu-se com vários executivos da empresa. Na
ocasião, além de elogiar os executivos pelos resultados obtidos na última década,
citou outros comentaristas que haviam elogiado a Chrysler. Depois de convencer os
executivos, já envaidecidos pelos elogios, Eaton revelou que os comentários citados
haviam sido escritos nos anos de 1956, 1965, 1976 e 1983 e que a história
mostrava que, pelo menos uma vez a cada década, a empresa tinha enfrentado uma
crise e tido que se superar. E, frente à constatação afirmou aos executivos “‘Tenho
uma ideia melhor’ (...) ’vamos parar de adoecer (...) minha ambição pessoal é ser o
primeiro presidente a não liderar um retorno triunfal da Chrysler’” (2005, p. 24).
Enfim, como gestor, qual será sua estratégia? Planejar o crescimento e investir
constantemente no Capital Intelectual, desenvolvendo competências organizacio-
nais ou, ser pressionado a buscar soluções em momentos de crise?
15
15
UNIDADE Capital Humano e Capital Intelectual
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Escolaridade, Salários e Empregabilidade: Tem Razão a Teoria do Capital Humano?
BALASSIANO, Moisés; SEABRA, Alexandre Alves de; e LEMOS, Ana Heloisa. (2005).
Escolaridade, salários e empregabilidade: tem razão a teoria do Capital Humano?
Revista de Administração Contemporânea. Curitiba/PR, v. Out/Dez de 2005.
https://goo.gl/FAjCjb
A Teoria do Capital Humano e sua Influência Econômica e Política sobre a Educação e o Trabalho no Brasil nas
Décadas de 1960 e de 1970
SILVA, Jefferson Soares da; SILVA, Adnilson José da. (2012). A Teoria do Capital
Humano e sua influência econômica e política sobre a educação e o trabalho no
Brasil nas décadas de 1960 e de 1970. In: VIII Seminário do Trabalho: Trabalho e
Políticas Sociais no Século XXI, Marília/SP.
https://goo.gl/bPextP
Capital Humano: A Vantagem Competitiva
VANDERLEY, Luciano Gonzaga. (2001). Capital humano: a vantagem competitiva.
Organizações & Sociedade. Salvador/BA, v 8, n 22. Salvador/BA.
https://goo.gl/ebV1XJ
Capital Intelectual: Porque e como Medir este Ativo Intangível
GRACIOLI, Clarissa; e CERETTA, Paulo Sergio. (2004). Capital Intelectual: porque
e como medir este ativo intangível. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de
Produção. Florianópolis, SC.
https://goo.gl/jmFwKH
Efeito da Gestão do Capital Intelectual na Vantagem Competitiva: O Caso de um Grupo Empresarial com Atuação
Predominante em Tecnologia
OLIVEIRA FILHO, João Bento de; LOPES, José Eduardo Ferreira; OLIVEIRA, Márcia
Freire de. (2015). Efeito da gestão do capital intelectual na vantagem competitiva: o
caso de um grupo empresarial com atuação predominante em tecnologia. RGO -
Revista Gestão Organizacional. Chapecó/SP, v 7, n 2, maio/ago de 2014.
https://goo.gl/scxgvu
A Relevância do Capital Intelectual
SILVA, SANDRO RODRIGUES. (s.d.). A relevância do Capital Intelectual.
https://goo.gl/yNQ5oJ
16
Referências
BANCO MUNDIAL. (1995) Relatório sobre o desenvolvimento mundial 1995: o
trabalhador e o processo de integração mundial. 1. ed. Washington, D.C., p. 11-132.
EDVINSSON, Leif. MALONE, Michael S. (1998). Capital Intelectual: descobrindo
o valor real de sua empresa pela identificação de seus valores internos. São Paulo:
Makron Books.
GUTHRIE, James. (2001). The management, measurement and the reporting of
intellectual capital. Journal of Intellectual Capital, volume 2, n° 1, p. 27-41.
HANDY, C. (1994). A Era do Paradoxo: dando um sentido para o futuro. São
Paulo: Makron Books, p. 2-32.
HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. (1999). Teoria da contabilidade.
Tradução de Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas.
KANAANE, Roberto. ORTIGOSO, Sandra Aparecida Formigari. Manual de treina-
mento e desenvolvimento do potencial humano. 2º ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NOBELPRIZE.ORG (1979). The Sveriges Riksbank Prize in Economic
Sciences in Memory of Alfred Nobel 1979. Disponível on-line em: https://
www.nobelprize.org/nobel_prizes/economic-sciences/laureates/1979/, acessado
em julho de 2017.
________. (1992). The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in
Memory of Alfred Nobel 1992. Disponível on-line em: http://www.nobelprize.
org/nobel_prizes/economic-sciences/laureates/1992/, acessado em julho de 2017.
PRAHALAD, C. K. e HAMEL, G. (1990). The core competence of de corporation.
Harvard Business Review. May-Jun 1990. Disponível on-line em: http://www.
stratafrica.com/media/63222d0a46a87ff0ffff81ba7f000101.pdf, acessado em
julho de 2017.
________.(2005). Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter
o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Traduzido por Outras
palavras. Rio de Janeiro: Elsevier.
SCHULTZ, T. O Capital Humano: investimentos em educação e pesquisa.
Tradução Marco Aurelio de Moura Matos. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
OLIVEIRA FILHO, João Bento de; LOPES, José Eduardo Ferreira; OLIVEIRA,
Márcia Freire de. (2015). Efeito da gestão do capital intelectual na vantagem
competitiva: o caso de um grupo empresarial com atuação predominante em
tecnologia. RGO - Revista Gestão Organizacional. Chapecó/SP, v 7, n 2, maio/
ago de 2014. Disponível on-line em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/
index.php/rgo/article/viewFile/1877/1567, acessado em julho de 2017.
STEWART, Thomas A. (1998). Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva
das empresas. 11º edição. Rio de Janeiro: Campus.
17
17
Gestão de Pessoas
Material Teórico
Gestão da Aprendizagem Organizacional
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Gestão da Aprendizagem
Organizacional
• Aprendizagem Organizacional
• Aprendizagem Individual na Organização
• Aprendizagem Coletiva na Organização
• Gestão do Conhecimento para o Presente e para o Futuro
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Reconhecer a importância da gestão do conhecimento como estraté-
gia para alcance dos objetivos organizacionais.
· Identificar as principais características da Aprendizagem Organiza-
cional e da Aprendizagem Coletiva nas organizações e como essas
se influenciam mutuamente.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Gestão da Aprendizagem Organizacional
Aprendizagem Organizacional
Um requisito fundamental para uma organização de sucesso é aprender a
aprender. Produzir, desenvolver a capacidade de aprender continuamente e difundir
conhecimento são essenciais para uma organização se manter competitiva.
É certo, tal como ressalta Kim, que a despeito de uma organização aprender
por meio de seus colaboradores, essa não depende de nenhum colaborador em
específico. A criação de um conhecimento organizacional está na construção de
sua memória, ou seja, na tarefa de transformar a aprendizagem individual em
aprendizagem coletiva.
8
E tal mudança deve resultar em comportamentos que serão vantajosos quer para o
individuo quer para a sociedade (SKINNER, 1972).
Portanto, quando um indivíduo aprende algo ele passa a agir de forma diferente
da qual agia antes de obter tal conhecimento. As ações de um indivíduo são
alteradas por meio da aprendizagem e, consequentemente, ao alterar suas ações
(ou respostas, utilizando o conceito da Análise do Comportamento) o indivíduo
provoca modificação no ambiente.
Importante! Importante!
Mais um exemplo relacionado a esse fator pode ser extraído da crise hídrica que
tem atingido várias regiões do país de tempos em tempos. Em muitas regiões a
crise hídrica resultou em modificações nas respostas (ou ações) dos indivíduos, que
por sua vez, desencadearam mudanças no ambiente. Há condomínios residenciais
que reduziram o gasto de água pela metade por meio de ações como, por exemplo,
9
9
UNIDADE Gestão da Aprendizagem Organizacional
organização na qual atua? Você sente liberdade para aplicar o conhecimento adquirido na
organização? Ou não sente espaço para partilhar novas ideias?”
Mas importa destacar que, tal como ressalta Kim, “as organizações podem
aprender independente de qualquer individuo específico, mas não independente de
todos os indivíduos” (1998, p. 62).
10
“Em sua opinião, com base no que já foi estudado acerca de gestão de competências, qual
Explor
dessas duas empresas terá mais facilidade para reconstruir o que foi perdido?”
11
11
UNIDADE Gestão da Aprendizagem Organizacional
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Aprendizagem Coletiva na Organização
Nonaka (2001) defende a existência de dois tipos de conhecimento: (1) conhe-
cimento explícito; e (2) conhecimento tácito.
O conhecimento tácito, por sua vez, não está codificado e por isto mesmo é
difícil de ser transmitido. Trata-se de um conhecimento subjetivo, pessoal e base de
uma experiência individual. É claro que este conhecimento pode vir a ser codificado
e tornar-se explícito, mas até que isso ocorra, a utilização de tal conhecimento será
mais restrita.
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UNIDADE Gestão da Aprendizagem Organizacional
Tabela 2
Meios de Conversão
Possíveis técnicas
do conhecimento
·· Interações coletivas face a face;
Externalização ·· Conceito de produto/analogia;
·· Incentivo à criatividade e diálogo.
·· Interações individuais e virtuais;
·· Cultura organizacional disseminada;
Internalização ·· Know how técnico;
·· Learning by doing; e
·· Leitura.
·· Interações individuais e virtuais;
·· Banco de dados;
Combinação ·· Rede de comunicação;
·· Elaboração de relatórios.
·· Interação individual face a face;
·· Treinamento;
Socialização ·· Confiança;
·· Comprometimento.
Fonte: adaptado de Senge (apud FLEURY e OLIVEIRA JÚNIOR, 2002, p. 139)
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Para tanto, as organizações precisam se comprometer com o desenvolvimento
de seus funcionários, criando assim vantagem competitiva sustentável, ou seja, além
de promover a instauração de novas competências humanas e empresariais, a or-
ganização deve manter atualização constante destas competências, atendendo assim
continuamente às exigências de um mundo globalizado e em constante evolução.
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UNIDADE Gestão da Aprendizagem Organizacional
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Aprendizagem Organizacional Versus Organizações que Aprendem: Características e Desafios que Cercam essas
Duas Abordagens de Pesquisa
BASTOS, Antonio Virgilio Bittencourt; GONDIM, Sonia Maria Guedes; LOIOLA,
Elizabeth. (2004). Aprendizagem Organizacional versus organizações que aprendem:
características e desafios que cercam essas duas abordagens de pesquisa. Revista de
Administração. São Paulo, v 39. n 3, pp. 220-230.
https://goo.gl/G4Zub7
Competição Baseada em Competências e Aprendizagem Organizacional: Em Busca da Vantagem Competitiva
LEITE, João Batista Diniz; PORSSE, Melody de Campos Soares. (2003). Competição
baseada em competências e Aprendizagem Organizacional: em busca da vantagem
competitiva. Revista de Administração Contemporânea. Curitiba/PR, v 7. n 3.
https://goo.gl/JrjkFd
A Produção Acadêmica sobre Aprendizagem Organizacional no Brasil
LOIOLA, Elizabeth; BASTOS, Antonio Virgilio Bittencourt. (2003). A produção
acadêmica sobre Aprendizagem Organizacional no Brasil. Revista de Administração
Contemporânea. Curitiba/PR, v 7. N 3.
https://goo.gl/B1zxk1
Aprendizagem Organizacional e Gestão do Conhecimento: Pautas para a Gestão de Pessoas
SCORSOLINI-COMIN, Fabio; INOCENTE, David Forli; MIURA, Irene Kazumi. (2011).
Aprendizagem Organizacional e gestão do conhecimento: pautas para a gestão de
pessoas. Revista Brasileira de Orientação Profissional. São Paulo, v 12, n 2.
https://goo.gl/ggXm91
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Referências
ARGYRIS, C.; SCHÖN, D. (1996). Organizational learning II: Theory, method
and practice, Reading, Mass: Addison Wesley.
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Gestão de Pessoas
Material Teórico
Gestão de Desempenho
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Gestão de Desempenho
• Avaliação de Desempenho
• Métodos de Avaliação Tradicionais
• Ferramentas Empresariaise a Gestão de Desempenho
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Pretende-se por meio da unidade que o estudante seja capaz de
reconhecer a importância da gestão de desempenho como ferramenta
da gestão de pessoas.
· Objetiva-se ainda que o estudante saiba distinguir os métodos de
avaliação apresentados na unidade, identificando suas características
e formas de contribuição no processo de avaliação de desempenho
e de potencial.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Gestão de Desempenho
Avaliação de Desempenho
Pode-se dizer que desde a existência do trabalho, existiu também a avaliação
de desempenho, ainda que não de forma sistematizada como na atualidade. O
primeiro registro sobre Avaliação de Desempenho data do Século XVI, quando
Santo Inácio de Loyola utilizava relatórios e notas às missões religiosas realizadas
pelos jesuítas em países colonizados.
Os relatos seguintes se dão a partir de meados do Século XVIII por ações realizadas
nos Estados Unidos da América. Primeiro pela implantação de relatórios anuais
de avaliação dos funcionários do serviço público em 1842 e, posteriormente, no
exército americano em 1880. A primeira empresa a implantar um sistema formal
de avaliação de seus executivos foi a General Motors, a partir de 1918.
Mas para que a avaliação tenha sucesso e possa ser vista como ferramenta de
valor, o processo deve ser “menos como um mecanismo de controle e mais como
um meio de aumentar a competência” (GIL, 2010, p. 273).
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Explor
“O termo coaching, oriundo do inglês, refere-se ao processo de aprimorar o desenvolvi-
mento humano nas organizações”.
Trocando ideias...Importante!
“...a avaliação deve ser entendida menos como um mecanismo de controle e mais como
um meio de aumentar a competência. Como um processo que irá permitir aos gerentes
orientar, corrigir e incentivar seus subordinados. Será o caso de implantar a avaliação
para qualidade” (GIL, 2010, p. 273).
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UNIDADE Gestão de Desempenho
Ferramentas Empresariais
e a Gestão de Desempenho
Além dos métodos tradicionais, novas formas de avaliação de desempenho têm
sido propostas. Destacamos no presente texto quatro delas: (1) Avaliação por
Competências; (2) Avaliação 360 Graus; (3) Balanced Scorecard (BSC); e (4)
Matriz de Gestão – Nine Box.
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Identificação e
Formulação da Desenvolvimento Formulação dos
Estratégia Organizacional de Competências Planos Operacionais
Diagnóstico das Internas de Trabalho e de Gestão
Definição da Visão, Negócio
Competências
e Modelo de Gestão
Humanas Captação e Definição de Indicadores
Definição de Objetivos Desenvolvimento de Desempenho e de
e Indicadores de de Competências Remuneração de
Desempenho Corporativos
Externas Equipes e Indivíduos
Acompanhamento
e Avaliação
Figura 1
O diagrama permite compreender como todo o modelo de gestão se vincula ao
estabelecimento de competências que possibilitam ao funcionário contribuir com
as estratégias organizacionais. Não diferente, a avaliação é realizada considerando
competências conceituais (conhecimentos), competências técnicas (habilidades),
como também da postura do profissional (atitudes).
Conforme descreve Lopes et al. (2007), para ser considerada Avaliação 360
Graus é necessário que a proposta apresente algumas características. São elas:
• Participação de todas as pessoas que interagem com o avaliado;
• Feedbacks simultâneos e estruturados entre avaliado e avaliadores;
• Aplicação de instrumento específico que visa avaliar aspectos relevantes
quando aos comportamentos considerados importantes na organização;
• Deve conter avaliação qualitativa; e
• Ainda que haja participação de todos, deve-se garantir confidencialidade
dos resultados.
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UNIDADE Gestão de Desempenho
Explor
“O termo stakeholders, oriundo do inglês, que poder ser definida como parte interessada
no negócio, representa todos os indivíduos que de algum modo exercem influência na
organização e são por ela influenciados.”
Trocando ideias...Importante!
“Quando as pessoas recebem “feedbacks” honestos e específicos de seus superiores,
colegas e subordinados, elas passam a compreender como seus comportamentos afetam
as outras pessoas e percebem a necessidade de mudar alguns desses comportamentos”
(YUKI, 1995, p. 45).
Para cada uma dessas dimensões Kaplan e Norton, apresentadas por Souza
et al. (2005) propõem a elaboração de objetivos, indicadores, metas e iniciativas,
conforme mostra a Figura a seguir.
Financeira
Para ter sucesso financeiro,
como a empresa deve se
apresentar aos acionistas?
Aprendizado e Crescimento
Para alcançar a visão de
futuro, quais as habilidades
necessárias para a empresa
mudar e melhorar?
Figura 2
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Ao definir e propor a definição de objetivos, indicadores, metas e iniciativas para
cada uma das dimensões avaliadas, o BSC permite uma visão estratégica da or-
ganização, promovendo assim alinhamento entre as ações adotadas e os objetivos
estabelecidos, além, é claro, conforme comenta Souza et al., tornar-se uma ferra-
menta de comunicação, uma vez que “cria uma linguagem organizacional comum
à liderança e aos empregados e, também, uma oportunidade de aprendizagem
organizacional” (2005, p. 58).
Trocando ideias...Importante!
“O Balanced Scorecard - BSC é um sistema de informação para gerenciamento da
estratégia empresarial. Traduz a missão e a estratégia da empresa em um conjunto
abrangente de medidas de desempenhos financeiros e não financeiros, que servem de
base para um sistema de medição e gestão estratégica” (PADOVEZE, 2007, p. 121).
Tabela 1
Categorias e objetivos Características Medidas ou indicadores possíveis
Mudanças na automação das
atividades rotineiras provocaram · Satisfação dos funcionários;
Capacidade dos discrepâncias nos perfis de · Retenção dos funcionários;
funcionários competência que, por sua · Produtividade por funcionário;
vez, exigem reciclagem do · Lucratividade por funcionário.
trabalhador.
· Índice de cobertura de informações estratégicas;
O desempenho eficaz requer a · Porcentagem de processos que oferecem retorno em
disseminação de informações
Capacidade dos sistemas tempo real sobre qualidade, tempo e custo;
sobre os clientes, os processos
de informação · Porcentagem de funcionários que lidam diretamente
internos e as consequências
com clientes e tem acesso online às informações
financeiras das decisões.
referentes a eles.
· Número de sugestões por funcionários;
A motivação é a condição
Motivação, · Número de sugestões por funcionários implementadas;
essencial para o
Empowerment e · Pesquisa interna sobre desenvolvimento de equipes;
comprometimento
Alinhamento · Porcentagem de planos de negócios desenvolvidos
com o negócio.
pelas equipes.
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UNIDADE Gestão de Desempenho
Por fim, outra ferramenta empresarial que tem sido utilizada cada vez com maior
frequência nas organizações é a Matriz de Gestão – Nine Box. Embora não se te-
nha ao certo a definição acerca de seu criado, é possível dizer que uma das primeiras
utilizações da ferramenta foi feita por Jack Welch em 1997 na GE (LEME, 2014).
Formada por um gráfico, cujos eixo “x” representa o Potencial e o eixo “y” o
Desempenho. A Matriz de Gestão – Nine Box conta com nove quadrantes organi-
zadas numa escala de três faixas de avaliação, conforme mostra a Figura a seguir.
B3 B6 B9
Alto
B2 B5 B8
Médio
Potencial
B1 B4 B7
Baixo
Desempenho
Figura 3
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Tabela 2
Caixa Desempenho Potencial Interpretação Analítica Interpretação Sintética
Riscos na manutenção;
Riscos na manutenção
B1 Baixo Baixo acompanhamento muito
do colaborador.
próximo; substituir.
B3 Baixo Alto Novos na função.
Especialista em Desenvolver na função.
B7 Alto Baixo
situação crítica.
Potencial para melhorar
B2 Baixo Médio
o desempenho.
Acompanhar, identificar
B4 Médio Médio Bom especialista na função.
fatores internos e externos
Possibilidade para mudança que estão impactando,
para outra função de gerando tal situação
B5 Médio Médio
mesma complexidade após
realização do potencial.
Possibilidade de
B6 Médio Alto progressão após a
realização do potencial.
Possibilidade de mudança Talentos, preparar para
para outra função com assumir novas funções.
B8 Alto Médio
mesmo nível
de complexidade.
B9 Alto Alto Potencial além da função.
Ainda que seja um instrumento em ascensão nas organizações, dois aspectos de-
vem ser considerados no uso da Matriz de Gestão – Nine Box: (1) a matriz não deve
ser utilizada como única técnica de avaliação, mas sempre em conjunto com outras,
ou seja, como um instrumento complementar à avaliação; e (2) não se deve avaliar
funcionários de níveis de função distintos, pois a comparação poderá ser injusta.
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UNIDADE Gestão de Desempenho
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Avaliação Educacional: a Abordagem por Competências
ARAÚJO, Claisy Maria Marinho; RABELO; Mauro Luiz. (2015). Avaliação educacio-
nal: a abordagem por competências. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 20, n.
2, p. 443-466, jul. 2015.
https://goo.gl/e8NACq
Avaliação de Desempenho 360°: um confronto entre teoria e prática
LOPES, Cynthia Roberta Gomes; VIGARANI, Marcela Pereira; e FARIA, Graciela
Sanjutá Soares. (2007). Avaliação de Desempenho 360°: um confronto entre teoria
e prática. Nucleus, v 4. n 1-2, set. 2007.
https://goo.gl/kE5RRP
Modelos de Gestão de Competências versus Processo de Validação: Um ponto cego?
MUNCK, Luciano; SOUZA, Rafael Borim de; CASTRO, André Luís de; ZAGUI,
Cristiane. (2011). Modelos de gestão de competências versus processo de validação:
Um ponto cego? Revista de Administração, v. 46, n. 2, p. 107-121.
https://goo.gl/XSSwbq
Avaliação de Desempenho por Competências: Sobavaliação dos Empregados.
PIMENTA, Amanda Maria Marques; DE PAULA, Patrícia Pinto. (2012). Avaliação de
desempenho por competências: sobavaliação dos empregados. Psicologia em Revis-
ta. Belo Horizonte/MG. Volume 18. Nº 2.
https://goo.gl/C5dSe1
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Referências
CARBONE, Pedro Paulo; BRANDÃO; Hugo Pena; LEITE, João Batista Diniz; e
VILHENA, Rosa Maria de Paula. (2006). Gestão por Competências e Gestão do
Conhecimento. Série Gestão de Pessoas. 2º ed. Rio de Janeiro: FGV.
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