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MANAUS - AM
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MANAUS - AM
2021
1. Introdução
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina superado apenas pe-
los Estados Unidos. Possuindo uma situação privilegiada no cenário da bovinocultura,
com todas as condições necessárias para que o setor das indústrias de carne e derivados
alcancem uma maior participação no mercado internacional, consequentemente aumen-
tando os aspectos econômicos no país.
Para melhorar o desempenho comercial e conquistar novos mercados, são neces-
sárias ações que assegurem a qualidade da carne, incluindo a inspeção higiênico-sanitá-
ria e reduzir o risco da ocorrência de transmissão. Considerando este cenário, todas as
enfermidades bovinas passam a ter importância, principalmente as doenças zoonóticas
com problemáticas na saúde pública, onde seu controle é realizado utilizando infraestrutu-
ra e recursos financeiros deficientes. Além disso, falta informações sobre a importância e
a distribuição dessas zoonoses, ou seja, ausência de políticas públicas. Dentre essas do-
enças, as que mais se destacam são a Brucelose e a Cisticercose que são de grande
distribuição e ocasionam consideráveis prejuízos econômicos no rebanho bovino, com
disseminação numerosa quando não tomadas medidas apropriadas de proteção e com-
bate.
A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa de caráter crônico, causada por
bactérias do gênero Brucella, que acomete o homem e animais de diferentes espécies.
Nos bovinos, esta enfermidade é provocada pela bactéria Brucella abortus que compro-
mete especialmente o sistema reprodutivo. Após a infecção, ocorre um curto período de
bacteremia e as bactérias vão se alojar em diversos órgãos (EAGLESOME & GARCIA,
1992; THOEN, 1993), onde se multiplicam livremente. O curso da doença depende do es-
tado fisiológico que o animal está e os sinais patológicos se fundamentam na presença de
sinais como aborto, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta e esterilidade
de machos e fêmeas. Ela pode ser transmitida pelo contato direto ou indireto com animais
infectados e anexos fetais e, ainda, veiculada ao homem pela ingestão de produtos de
origem animal contaminados, principalmente leite e seus derivados que não passaram por
processamento térmico adequados. Pode ser veiculada também por meio de carnes cruas
e pela própria manipulação de carcaças e vísceras durante o abate sanitário.
Já a cisticercose é uma enfermidade parasitária provocada pela ingestão de ovos
de Taenia Saginata, os quais, após serem ingeridos pelos bovinos, irá evoluir no organis-
mo do animal o Cysticercus bovis, que se desenvolve normalmente no tecido conjuntivo
muscular e ocasionalmente no fígado, pulmão, olhos, cérebro. Na teniose bovina, os hu-
manos são os únicos hospedeiros definitivos de Taenia Saginata, os quais adquirem a te-
niose ou solitária através do consumo de carne crua ou mal passada contendo as larvas
do parasita, denominadas cisticercos, podem eliminar milhares de ovos ao dia, livres nas
fezes, os quais podem sobreviver na pastagem durante vários meses. Os animais se in-
fectam ao consumirem água ou nessas pastagem contaminadas com ovos viáveis do pa-
rasita ou por qualquer outro modo que leve à ingestão desses ovos, mesmo que esporá-
dico e involuntário (FALAVIGNA-GUILHERME, 2006; PIRES, 2008; SANTOS; BARROS,
2009). Uma vez ingeridos por bovino, adaptados à espécie e após passar pelas condi-
ções pré-digestivas e digestivas próprias dos bovinos, liberam a oncosfera que segue
através do sangue para a musculatura estriada, logo em seguida é perceptível a sua for-
ma larval. Está zoonose é a mais frequente causa a condenação de carcaças de bovinos.
Portanto, está revisão vem com o intuito de abranger conhecimento dessas duas
doenças encontradas em bovinos como suas características e ciclo evolutivo, além de le-
vantar informações sobre sua ocorrência nas diferentes regiões do Brasil, inclusive de ori-
2.Objetivos
3. Material e Métodos
4. Resultados e Discussão
Localiza o das preval ncias(%) de animais positivos para brucelose bovina, nos estados
brasileiros, 2016. Dados obtidos pelo Programa Nacional de Controle e Erradica o da
Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).
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Verificou-se queda significativa nos ndices para a brucelose bovina em Minas Ge-
rais, Rond nia, Mato Grosso e Mato devido a investimentos realizados em programas de
vacina o compuls ria. Nos estados do Esp rito Santo, Rio Grande do Sul e S o Paulo
verificou-se ndices pr ximos aos obtidos na d cada anterior. Em Santa Catarina, consta-
tou-se um discreto aumento devido baixa preval ncia da doen a desde 2001. Vale res-
saltar que este o nico estado em est gio avan ado do PNCEBT, atuando j na fase de
erradica o, com intensifica o do sistema de vigil ncia para detec o e saneamento de
propriedades foco.
Em outros dois estados foram realizados seus primeiros estudos epidemiol gicos a
n vel global para avalia o da situa o da brucelose em seus rebanhos. No Par , detec-
tou-se preval ncia aparente de 10,25% e na Para ba, 0,36% para animais soropositivos.
importante ressaltar que no Par foi desenvolvido um estudo retrospectivo em 2011, a
partir de resultados de exames realizados por laborat rios particulares em diferentes regi-
es do estado. J na Para ba, foi feito um levantamento de dados, a partir dos relat rios
mensais destinados ao servi o oficial do estado, emitidos por m dicos veterin rios habili-
tados para realiza o do diagn stico da brucelose bovina durante o per odo de janeiro de
2008 a julho de 2009.
Cisticercose:
No Brasil, os dados sobre a prevalência de cisticercose bovina são aqueles obtidos
a partir das anotações do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Serviço de Inspeção Es-
tadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) dos frigoríficos, por meio do exame
post mortem realizado nas carcaças (SOUZA, 1997). Sabe-se que essa parasitose atinge
em maior número classes com menor poder aquisitivo.
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tras regiões analisadas nesse mesmo estudo. Observou-se ainda uma limitação de in-
formação quanto a essa zoonose, principalmente a relativa à transmissão.
No frigorífico de Santo Antônio das Missões (RS) foi detectada por Corrêa et al. (1997)
prevalência de 4,63% no ano de 1996, uma média de prevalência considera- da alta para
o estado. Em outro estudo em frigorífico de Inspeção Estadual do Rio Grande do Sul, La-
gaggio et al. (2007) identificaram prevalência de 4,11% num período de dez anos. Os da-
dos para esse estado revelam que era necessário toma medidas preventivas urgentes.
Pereira, Schwanz e Barbosa (2006), examinando 38 municípios do estado do Rio
de Janeiro, constataram que o município que apresentou maior índice no período estuda-
do foi o de Duas Barras, com média total de 118 animais abatidos/ano e uma média de
4,29% de acometimento por cisticercose.
Souza et al. (2007) encontraram prevalência de cisticercose bovina variando de 0%
a 27,3%, com média de 3,83% no estado do Paraná. Comparando-se esses dados ante-
riores aos dados coletados por Guimarães- Peixoto et al. (2012) (levantamento de quatro
anos), percebe-se queda na ocorrência de cisticercose bovina no Paraná. Segundo esses
autores, o estado tem conquistado evolução positiva com a implantação do programa de
controle do complexo teníase-cisticercose.
5. Considerações finais
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6. Referências
MARQUES ROSSI, Gabriel. El tal. Situação da cisticercose bovina no Brasil. Semina: Ci-
ências Agrárias, vol. 35, no. 2, 2014, pp.927-938. Redalyc. Disponível em : <https://www.-
redalyc.org/articulo.oa?id=445744140040> . Acesso em: 25 de nov. de 2021.
ORTOLANI, Enrico. Brucelose: a quantas anda o controle no Brasil?. Portal DBO , 2019.
Disponível em : <https://www.portaldbo.com.br/brucelose-a-quantas-anda-o-controle-no-
brasil/>.Acesso em: 26 de nov. de 2021.
SOLA, Marília Cristina. El tal. Brucelose bovina : Revisão. Enciclopédia Biosfera, Centro
Cient fico Conhecer - Goi nia, v.10, n.18; p.686 ,2014. Disponível em: <http://conhe-
cer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/Brucelose.pdf>. Acesso em: 26 de nov. de 2021.
ALVES SILVA, Ana Júlia .; SENA VILLAR, Karina. Brucelose Bovina e sua situação sanitá-
ria no Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do
CRMV-SP, v. 9, n. 2 (2011), p. 12–17, 2011. Disponível em: <https://www.revistamvez-
crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/364>. Acesso em: 27 de nov. de 2021.
Empresa Rehagro Ensino Agronegócio. Como evitar prejuízos com cisticercose bovina?.
Blog - Rehagro Ensino, 2019. Disponível em : <https://rehagro.com.br/blog/prejuizos-com-
cisticercose-bovina/>. Acesso em: 27 de nov. de 2021.
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