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2014
Copyright © UNIASSELVI 2014
Elaboração:
Prof.ª Márcia Vilma Aparecida Depiné Dalpiaz
Prof.º Juliano Bona
516
D149g Dalpiaz, Márcia Vilma Aparecida Depiné
Geometria/ Márcia Vilma Aparecida Depiné Dalpiaz, Juliano
Bona. Indaial : Uniasselvi, 2014.
249 p. : il
ISBN 978-85-7830-820-9
1. Geometria.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
III
Porém, não se esqueça de refletir sempre, discutir com o grupo cada
unidade estudada, analisar alternativas para solucionar situações-problema
e criar caminhos novos para encontrar respostas. A Matemática nos permite
fazer isso.
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA .................................................... 1
VII
TÓPICO 4 – PROPORCIONALIDADE ............................................................................................... 37
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 37
2 TALES DE MILETO E OS SEGMENTOS PROPORCIONAIS ................................................... 37
3 TEOREMA DA PROPORCIONALIDADE ...................................................................................... 40
3.1 TEOREMA DE TALES .................................................................................................................... 42
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 48
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 49
VIII
TÓPICO 4 – CIRCUNFERÊNCIA E SUPERFÍCIES ESFÉRICAS ................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 129
2 ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA E SEMICIRCUNFERÊNCIA ..................................................... 132
3 CÍRCULO ............................................................................................................................................... 133
3.1 SETOR CIRCULAR, SEGMENTO CIRCULAR E SEMICÍRCULO .......................................... 134
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 136
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 137
IX
2.1 CLASSIFICAÇÃO . .......................................................................................................................... 191
2.2 PARALELEPÍPEDO . ....................................................................................................................... 192
2.3 CUBO . ............................................................................................................................................... 193
2.3.1 Área e volume do cubo .......................................................................................................... 195
3 ÁREA DA SUPERFÍCIE DE UM PRISMA ...................................................................................... 197
4 VOLUME DO PRISMA ....................................................................................................................... 201
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 204
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 205
X
UNIDADE 1
NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE
GEOMETRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está organizada em cinco tópicos. Em cada um deles você
encontrará dicas, textos complementares, observações e atividades que lhe
darão uma maior compreensão dos temas a serem abordados.
TÓPICO 3 – ÂNGULOS
TÓPICO 4 – PROPORCIONALIDADE
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
NOÇÕES PRIMITIVAS E AXIOMAS
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Vamos começar a fazer nossa caminhada por este mundo
maravilhoso chamado Geometria, esta que é considerada por muitos estudiosos
como uma das áreas clássicas da matemática. Porém, para que possamos entender
melhor o mundo da Geometria, é necessário que iniciemos nossos estudos pelo
que há de mais elementar nesta disciplina, ou seja, suas noções primitivas: ponto,
reta e espaço. A partir daí poderemos compreender as dimensões das formas
geométricas. As noções de dimensão e espaço são relativamente simples, e você não
terá dificuldade de compreendê-las. Na Geometria, estas noções são estabelecidas
por meio de definições que irão alicerçar os conceitos futuros trabalhados nesta
disciplina. Preparado(a) para está aventura? Então vamos nessa, “pé na estrada”.
E
IMPORTANT
• Um fio elétrico esticado de um poste a outro nos dá a ideia de uma parte da reta.
3
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Uma reta tem apenas uma dimensão. Podemos dar o nome de comprimento
à medida do segmento (parte, pedaço) de reta. Um segmento de reta é parte de
uma reta, e pode ser medido, pois é finito. Por exemplo, poderia ser medido em
cm.
Um espaço como este em que vivemos tem três dimensões. Podemos dar
o nome de comprimento, largura e altura às dimensões do cubo representado na
figura acima. Ele é parte de um espaço infinito, que pode ser medido. Por exemplo,
poderia ser medido em cm3. Ele se assemelha muito aos objetos de nosso mundo
físico.
4
TÓPICO 1 | NOÇÕES PRIMITIVAS E AXIOMAS
E
IMPORTANT
Uma reta pode ser colocada sobre outra, em um plano ou em nosso espaço tridimensional.
Mas não é possível encaixar um objeto em um espaço que tenha um número menor de
dimensões. Assim, uma reta não cabe em um ponto, um cubo não cabe em um plano nem
em uma reta.
Exemplos:
A B
Ponto A Ponto B
Exemplos:
r s
Uma reta também pode ser indicada por dois de seus pontos.
Exemplo:
5
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Exemplos:
Para as afirmações que usaremos nos próximos itens, teremos como base os
postulados (axiomas) de Euclides, relacionando o ponto, a reta e o plano. No item
6 deste mesmo tópico serão apresentadas os axiomas.
3 SEGMENTO DE RETA
Dados dois pontos distintos, a reunião do conjunto desses dois pontos com
o conjunto dos pontos que estão entre eles é um segmento de reta (“Estar entre” é
uma noção primitiva que obedece aos axiomas).
4 SEMIRRETA
Observe a figura abaixo:
6
TÓPICO 1 | NOÇÕES PRIMITIVAS E AXIOMAS
Exemplos de semirretas:
5 SEMIPLANO
Se r ⊂ α (lê-se r está contido em alfa) e r divide o plano α em dois semiplanos.
A reta r é chamada reta origem.
Exemplo:
α1 ∪ α2 = α
7
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
6 AXIOMAS
Neste momento, vale destacar a importância de, ao ensinar Geometria,
contextualizar os conceitos explorados historicamente. Este movimento permite
com que os alunos compreendam que estas relações matemáticas não surgiram no
vazio, na cabeça de um desses gênios da história da ciência. Mas, que compreendam
a série de fatores históricos e sociais que impulsionou o desenvolvimento de várias
áreas do conhecimento. Levando estes aspectos em consideração, vamos à história
de um dos principais autores da Geometria, Euclides.
FIGURA 1 – EUCLIDES
8
TÓPICO 1 | NOÇÕES PRIMITIVAS E AXIOMAS
• Numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos. (Quando falamos em
“infinitos pontos”, significa “quantos pontos quisermos”).
• Toda reta que tem dois pontos distintos num plano fica inteiramente contida no
plano.
• Por três pontos não situados na mesma reta (não colineares) passa um e somente
um plano.
• Dada uma reta r e um ponto exterior P, existe exatamente uma reta que passa
em P e é paralela a r. (O quinto postulado, do livro I, é o mais famoso dos
postulados de Euclides e que tem dado mais dores de cabeça aos matemáticos).
9
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
• Figura plana: é a figura que possui todos os seus pontos no mesmo plano.
E
IMPORTANT
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
• Um ponto sobre uma reta determina duas semirretas com origem no ponto.
A reta AB
O segmento AB
A semirreta AB
• Figura plana: é a figura que possui todos os seus pontos no mesmo plano.
11
AUTOATIVIDADE
1 Para saber se você entendeu o assunto estudado neste tópico, faça uma relação
com cinco objetos do seu cotidiano que deem ideia de pontos, retas e planos.
a) ( ) V – V – V – V.
b) ( ) V – V – F – V.
c) ( ) V – V – F – F.
d) ( ) V – F – V – F.
12
5 Sobre os axiomas de Euclides, analise as sentenças a seguir:
DICAS
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
POSIÇÕES DE RETAS
1 INTRODUÇÃO
Chegamos a mais um estágio de nossa viagem pela geometria. Neste
momento iremos analisar a posição relativa de retas no plano. Ao escutar a palavra
meta, você, acadêmico(a), pode tentar visualizá-las em vários objetos que estão ao
seu redor. Como por exemplo: na fuga que divide dois pisos, na aresta de uma
mesa, ou na superfície lateral de uma folha de caderno. Você pode também pensar
em qualquer reta suporte de uma forma geométrica. Por isso, sugerimos que você
tenha por perto um prisma qualquer (pode ser um cubo de qualquer material),
que manter usado para analisar as diferentes posições de retas que estudaremos a
partir de agora.
r⊂α
Indicação r // s
r∩s=∅
15
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
r∩s=rer∩s=s
Indicação: r ≡ s
≡ também é o símbolo da congruência
r ∩ s = {P}
Indicação: r × s
Deste modo, duas retas são perpendiculares se, e somente se, são
concorrentes (têm ponto comum) e formam ângulos adjacentes suplementares
congruentes.
Indicação: r ⊥ s.
16
TÓPICO 2 | POSIÇÕES DE RETAS
Indicação: r ⊥ α.
3 SEGMENTOS DE RETA
Vamos estudar agora como podem ser dois ou mais segmentos de reta.
Iniciamos observando a figura a seguir:
17
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
• Segmentos consecutivos
Dois segmentos de reta são consecutivos se, e somente se, uma extremidade
de um deles é também extremidade do outro, ou seja, a extremidade de um coincide
com a extremidade do outro.
Exemplos:
• Segmentos colineares
Dois segmentos são colineares se, e somente se, estão numa mesma reta.
Exemplos:
18
TÓPICO 2 | POSIÇÕES DE RETAS
UNI
Observe que nem todo segmento colinear é adjacente. E que nem todo
segmento adjacente é colinear.
• Segmentos congruentes
E
IMPORTANT
Para aprofundar ainda mais esta primeira parte conceitual vale pesquisar no
livro: DOLCE, Osvaldo; POMPEU, José Nicolau. Fundamentos de matemática elementar:
geometria espacial. 6. ed. São Paulo: Atual, 2005.
19
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• Quando duas retas concorrentes formam entre si ângulos retos, são chamadas
perpendiculares.
• Dois segmentos de reta são consecutivos se, e somente se, uma extremidade de
um deles é também extremidade do outro.
• Dois segmentos de reta são colineares se, e somente se, estão numa mesma reta.
20
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – F – V – V – F – F.
b) ( ) F – F – F – F – V – V.
c) ( ) V – F – V – F – V – V.
d) ( ) V – F – V – V – V – F.
21
3 Explique por que toda reta perpendicular é concorrente mas, nem toda reta
concorrente é perpendicular.
Segmento de reta: parte de uma corda compreendida entre duas pessoas que
estão disputando um cabo de guerra...
22
UNIDADE 1
TÓPICO 3
ÂNGULOS
1 INTRODUÇÃO
Há inúmeras aplicações dos estudos sobre ângulos em várias áreas
científicas. Na área tecnológica, na construção civil, e muitos outros campos de
pesquisa, é possível observar sua aplicabilidade principalmente para fazer medidas
de arco. Estas e outras análises serão feitas ao longo desse tópico.
2 ÂNGULO
A figura formada por duas semirretas de mesma origem chama-se ângulo.
23
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
m(AÔB) = 180º
Na figura acima OA e OB são semirretas opostas. Então AÔB é um ângulo
raso.
24
TÓPICO 3 | ÂNGULOS
Observe a figura:
3 BISSETRIZ DE UM ÂNGULO
A bissetriz é um dos tipos de relações geométricas muito utilizada na
geometria.
25
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Exemplo:
O sinal indica que o ângulo é reto.
Você pode fazer o exercício de observar ao seu redor objetos e coisas que
formam entre si um ângulo reto. Por exemplo, as paredes de sua casa, o pé da mesa
com o chão entre outros.
Exemplos:
26
TÓPICO 3 | ÂNGULOS
Exemplos:
Este ângulo lembra na prática uma rampa que pode ser pensada para várias
finalidades. Perceba que os ângulos estão em quase todas as situações práticas.
Para observá-los basta um “olho treinado”.
^ ^
Veja que os ângulos COD e FPE são complementares, pois,
^ ^
m(COD)+m(FPE) = 90º.
^ ^ ^ ^
Os ângulos AOB e MPQ são suplementares, pois m(AOB) + m(MPQ) =
180º.
28
TÓPICO 3 | ÂNGULOS
Exemplos:
Generalizando:
• Ângulos correspondentes
29
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
30
TÓPICO 3 | ÂNGULOS
Exemplo:
FIGURA 2 – TRANSFERIDOR
FONTE: Os autores
31
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Exemplo:
32
TÓPICO 3 | ÂNGULOS
E
IMPORTANT
Qualquer uma das relações pode ser utilizada para conversão. Usualmente
utilizamos 180º = πrad
DICAS
33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
• Ângulo obtuso: que tem medida MAIOR que 90º e MENOR que 180º.
• Os ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal
podem ser: correspondentes, alternos internos, alternos externos, colaterais
internos ou colaterais externos.
• Um grau tem sessenta minutos (60’) e cada minuto tem sessenta segundos
(60”).
• UA relação usual para converter graus em radianos e vice e versa é 180º = πrad
34
AUTOATIVIDADE
a) 15º
b) 120º
c) 150º
d) 300º
35
5 Agora faça o oposto, transforme os radianos para graus:
a)
b)
c)
d) 3π rad
5
a) 75º
b) 15º
c) 90º
d) 22º32’
c) 175º32’
d) 22º32’
DICAS
36
UNIDADE 1
TÓPICO 4
PROPORCIONALIDADE
1 INTRODUÇÃO
Vamos continuar nossa viagem pela geometria. Supondo que você queira
calcular a altura de um determinado prédio ou igreja, ou que você trabalhe em
uma área que as unidades de medida de altura são importantes: como encontrar
a medida de altura de qualquer objeto sem precisar subir no mesmo? Será que é
possível fazer isso?
37
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Dado o desafio Tales ficou por várias horas sentado na areia observando
e estudando a pirâmide, e percebeu que a sombra da pirâmide (assim como
a sombra de qualquer objeto) é proporcional à sua altura. Então, ele fincou seu
cajado verticalmente no solo, no final da sombra projetada pela pirâmide.
Comprimento da sombra
B
E
D
Metade da base
38
TÓPICO 4 | PROPORCIONALIDADE
B E
D
AB
= CD
BD DE
TURO S
ESTUDOS FU
39
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Vamos supor que você usou uma vareta de 30 cm e que neste instante a
sombra por ela projetada é de 15 cm. Sabendo que a medida da torre é 13 m. Qual
será a altura desta torre?
15cm = 30cm
1300cm xcm
15 ⋅ x = 1300 ⋅ 30
39000
x=
15
x = 2600 cm
Ou 26 m.
Então, concluímos que a altura da torre é 26 m.
3 TEOREMA DA PROPORCIONALIDADE
A partir das áreas dos triângulos vamos verificar algumas propriedades
para definir o importante Teorema da Proporcionalidade.
E
IMPORTANT
40
TÓPICO 4 | PROPORCIONALIDADE
Você pode observar que os triângulos ADE e ABE têm a mesma altura h,
em relação aos lados AD e DB, respectivamente.
AD.h
Área do triângulo ADE = 2 AD
=
Área do triângulo DEB AB.h AB
2
Os triângulos ADE e ADC têm a mesma altura h´, em relação aos lados AE
e EC, respectivamente.
41
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
AE.h’
Área do Triângulo ADE = 2 AE
=
Área do triângulo DEC AC.h’ AC
2
E AD e AE
D
AB AC
B C
42
TÓPICO 4 | PROPORCIONALIDADE
Bem, agora que conhecemos toda a parte teórica, vamos ver como podemos
aplicar o teorema de Tales.
43
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
m m
Assim: 25 = 30
40 x
x = 1200
25
x = 48m
44
TÓPICO 4 | PROPORCIONALIDADE
y
A
RUA x
28 m
20 m 25 m 40 m
RUA B
FONTE: Os autores
45
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Com base na planta o engenheiro deve calcular os lados x e y dos lotes. Veja
que as laterais dos lotes 1, 2 e 3 são perpendiculares às ruas A e B. A planta satisfaz
o teorema de Tales, deste modo podemos utilizá-lo.
FONTE: Os autores
46
TÓPICO 4 | PROPORCIONALIDADE
15 = 10
6 x
15x = 60
x = 60
15
x = 4cm
NOTA
47
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
• Dado dois triângulos com altura igual e base proporcional, a razão da área
destes triângulos obdecem uma relação de proporção.
AD = AE
DB EC
PR = AB
RQ BC
48
AUTOATIVIDADE
a) 1 = 2
3 4
b) 6 = 3
2 1
c) 3 = 2
1 6
d) 10 = 20
12 24
49
3 As linhas que pautam a folha do caderno são paralelas (conforme figura).
Trace duas retas transversais e com o auxílio de uma régua meça a distância de
uma linha a outra sobre a diagonal (estas medidas podem ser representadas por
a, b, c e d). Agora, com o valor das medidas, calcule a proporcionalidade entre
os segmentos.
Se você quiser pode medir linhas alternadas, não é necessário que as linhas
sejam consecutivas.
a)
b)
a)
b)
50
( ) 1,37; 11,62 ( ) 1,28; 9,62 ( ) 1,36; 3,64 ( ) 1,34; 12,9
c)
51
52
UNIDADE 1
TÓPICO 5
UNIDADES DE MEDIDA
1 INTRODUÇÃO
Vamos continuar a nossa caminhada definindo algumas unidades de
medidas utilizadas na geometria do nosso cotidiano. Como por exemplo: o metro,
metro quadrado e metro cúbico.
2 MEDIDAS DE COMPRIMENTO
A unidade padrão adotada mundialmente para medidas de comprimento,
desde 1790, é o metro. Quando um grupo de estudiosos se reuniu na França, para
organizar o sistema métrico, a unidade padrão, ou seja, o metro, foi determinado
como uma fração da distância do pólo norte ao equador do globo terrestre. Hoje,
com precisão muito maior, o metro é igual à distância que a luz percorre em certa
fração de segundo.
O metro (m) pode ser dividido em 100 centímetros (cm) ou 1000 milímetros
(mm). O múltiplo do metro mais usado é o quilômetro (km), que vale 1000 m.
Quando medimos o comprimento de qualquer objeto ou lugar dizemos que
usamos o metro linear.
53
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Lembrando que:
km – quilômetro
hm – hectômetro
dam – decâmetro
m – metro
dm – decímetro
cm – centímetro
mm – milímetro
1 polegada = 2,54 cm
1 légua = 5.555 m
1 pé = 30 cm
54
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
3 MEDIDAS DE ÁREA
A unidade de medida de área é o metro-quadrado (m2). Muitas vezes se
faz confusão nas medidas de área, pois um quadrado com 10 unidades de lado, na
verdade tem 10 x 10 = 100 unidades de área.
ATENCAO
Cuidado! Um metro quadrado não é a mesma coisa que 100 cm2. Acompanhe
os estudos deste tópico para entender a diferença entre estas duas medidas.
Então, quando falamos em 100 cm2, estamos falando num quadrado com
10 cm de lado. Imagine que a figura a seguir tenha 10 cm de lado e que cada
quadradinho tenha 1 cm2 de área:
55
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Neste sentido, quando explicar esta parte da geometria para seus futuros
alunos, enfatize a importância dessas medidas em situações práticas das mais
diversas. Você pode organizar atividades práticas para que os alunos manipulem
intrumentos de medida.
4 MEDIDAS DE VOLUME
A unidade de medida de volume é o metro cúbico (m3). Assim como
fizemos com a medida de área, podemos mostrar que um cubo com 10 unidades
de comprimento tem 10 x 10 x 10 = 1000 unidades de volume.
Acompanhe:
1m x 1m x 1m = 1m3
56
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Ademir Moretto
André Marcelo Santos de Souza
Saulo Vargas
Transferidor
57
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
Modelo 1
Modelo 2
Esquadro
58
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
UNI
Compasso
59
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
CONSTRUÇÕES DE ÂNGULOS
Vamos começar nossas construções com os dois ângulos mais simples que
temos para construir, com exceção de 180º e do 360º. São eles 60º e 120º.
Ângulo de 60º
FONTE: Os autores
60
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
Ângulo de 120º
FONTE: Os autores
FONTE : Os autores
BISSETRIZ
FIGURA 45 – BISSETRIZ
FONTE: Os autores
A semirreta OC divide o ângulo Ô em dois ângulos congruentes, AÔC ≅
CÔB.
62
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
63
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
ÂNGULO DE 30º
ÂNGULO DE 90º
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
Construa, numa folha, os ângulos de 15o, 45o e 75o e mostre o que você
aprendeu.
65
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
RETAS PARALELAS
Veja:
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
66
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
67
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
FONTE: Os autores
RETAS PERPENDICULARES
FONTE: Os autores
68
TÓPICO 5 | UNIDADES DE MEDIDA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
69
UNIDADE 1 | NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE GEOMETRIA
FONTE: Os autores
FONTE: Extraído e adaptado de: MORETTO, Ademir; SOUZA, André Marcelo Santos de; VARGAS,
Saulo. Métodos de representação gráfica. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
70
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você viu que:
• Para medir comprimentos, usamos o metro linear (m)
71
AUTOATIVIDADE
Vamos aprofundar este conteúdo exercitado:
a) ( ) Milhas 800.
b) ( ) Pés – 805,5.
c) ( ) Quilômetros – 803.
d) ( ) Milhas – 804,5.
0,1 m = 1 ______________
0,01 m = 1 _____________
0,001 m = 1 ____________
10 m = 1 ______________
100 m = 1 _____________
1000 m = 1____________
a) 1 m: ____________
b) 1 dm: ____________
c) 1 km: ____________
72
Nautilus movido apenas à eletricidade. Se mudássemos a unidade de medida
utilizada por Júlio Verne para km, como seria o nome do filme?
73
74
UNIDADE 2
GEOMETRIA PLANA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 2 – TRIÂNGULOS
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
FIGURAS POLIGONAIS
1 INTRODUÇÃO
A partir deste tópico vamos ampliar nossa capacidade de abstração
analisando algumas figuras específicas chamadas polígonos. Em alguns momentos
vamos fazer demonstrações matemáticas utilizando a linguagem definida na
Unidade 1. Preparado(a)? Então, vamos lá?
Bons estudos!
NOTA
77
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
2 POLÍGONO
Uma linha poligonal fechada simples é chamada polígono.
Podemos definir polígono como uma figura plana formada por três ou mais
segmentos chamados lados, de modo que cada lado tem interseção com somente
outros dois lados próximos.
Exterior
Interior
78
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
- No formato das colmeias das abelhas que mais parece uma região revestida por
um mosaico de polígonos.
FIGURA 7 – COLMEIA
79
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
80
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
81
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
E
IMPORTANT
3 Triângulo 3
4 Quadrilátero 4
5 Pentágono 5
82
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
6 Hexágono 6
7 Heptágono 7
8 Octógono 8
9 Eneágono 9
10 Decágono 10
11 Undecágono 11
12 Dodecágono 12
15 Pentadecágono 15
20 Icoságono 20
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
83
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
84
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
assim,
d= Cn,2-n
d= n!
-n
(n-2)!2!
n(n-1)(n-2)!
d= -n
(n-2)!2⋅1
d = n(n-1) -n
2
d = n -n -n n2-n-2n
2
2 2
d = n -3n
2
d = n(n-3)
2
85
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Vimos que:
Vamos a partir dessa premissa para demonstrar qual a soma das medidas
dos ângulos internos de um polígono.
Deste modo, concluimos que a equação pode ser aplicada para calcular o
número de diagonal de qualquer polígono.
86
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
Consideremos o polígono ABCDE, onde i1, i2, i3, i4, i5 são as medidas dos
ângulos internos e e1, e2, e3, e4, e5 são as medidas dos ângulos externos.
Pela figura podemos observar que a soma de um ângulo interno com seu
respectivo ângulo externo é igual a dois ângulos retos ou 180º.
Então:
Si = i1 + i2 + i3 +i4 + i5
87
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Se = e1 + e2 + e3 + e4 + e5
Então Si + Se = 5 ⋅ 180º
Então:
Si + Se = 5 · 180º.
Si + (2 · 180º) = 5 · 180º
Si = 5 · 180º – (2 · 180º)
Ou seja:
Si + Se = 180º · n
Si + (2 · 180º) = 180º · n
Si = 180º · n – (2 · 180º)
Si = (n - 2) · 180º
Então:
Solução
n = 10
Si = (n – 2) · 180º
88
TÓPICO 1 | FIGURAS POLIGONAIS
Si
ai =
n
ae = 360º
n
Para que você possa entender melhor, vamos calcular a medida do ângulo
interno e a medida do ângulo externo do octógono regular.
Si = (n – 2) · 180º
Si = (8 – 2) · 180º
Si = 6 · 180º
Si = 1080º
Si 1080 135º
ai = = =
n 8
Se 360º 45º
a e= = =
n 8
89
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
DICAS
Agora é com você! Quais são as medidas dos ângulos interno e externo de
um heptágono e de um pentadecágono?
90
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
Si = (n – 2) ⋅ 180º.
91
AUTOATIVIDADE
Lembre-se de que “não basta saber, é preciso saber fazer”, assim vamos exercitar
os assuntos estudados neste tópico.
a) b)
c) d)
a) ( ) V – F – V – V.
b) ( ) V – V – F – V.
c) ( ) F – V – V – F.
d) ( ) V – F – V – F.
6 Qual é o polígono?
93
94
UNIDADE 2 TÓPICO 2
TRIÂNGULOS
1 INTRODUÇÃO
Como vimos no tópico anterior, o triângulo é uma das figuras geométricas
mais básicas e por esta razão dedicamos o tópico para o estudo desta figura
poligonal.
Nas construções é fácil notar a presença de triângulos. Este fato não está
ligado apenas à sua estética, mas sim à rigidez. A seguir apresentamos algumas
imagens que comprovam este argumento:
FIGURA 11 – PORTÃO
95
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
96
TÓPICO 2 | TRIÂNGULOS
^
A
• Os vértices: A, B e C.
• Os lados: AB , AC e BC.
^ ^ ^ ^
• Os ângulos internos: BÂC ou Â, ABC ou B e ACB ou C .
• Os ângulos externos: e ^ ,e
^ ,e
^ .
1 2 3
Observe que:
Cada ângulo interno é oposto ao lado determinado pelos outros dois ângulos:
• O ângulo  é oposto a BC .
• O ângulo B é oposto a AC.
• O ângulo C é oposto a AB .
97
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Cada ângulo externo é suplementar do ângulo interno adjacente:
• m( A ) + m(ê1) = 180º
• m( B ) + m(ê2) = 180º
• m( C ) + m(ê3) = 180º
Em qualquer triângulo, a medida de cada lado é menor que a soma das medidas
dos outros dois lados (condição de existência).
Um triângulo com lados a=6, b=4 e c=3, a condição de existência pode ser
assim verificada:
a<b+c → 6<4+3
b<a+c → 4<6+3
c<a+b → 3<6+4
E ainda:
E
IMPORTANT
98
TÓPICO 2 | TRIÂNGULOS
E
IMPORTANT
Em todo triângulo, cada lado é menor que a soma dos outros dois, e ao mesmo
tempo, cada lado é maior que a diferença dos outros dois.
100
TÓPICO 2 | TRIÂNGULOS
o meio de saber que nada foi inventado e sim construído dentro de determinada
lógica e coerência.
1ª propriedade
Demonstração:
101
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Si = 1 · 180º
Si = 180º
Vamos fixar melhor esta propriedade com um exemplo. Para isso vamos
calcular a medida do ângulo  nos seguintes triângulos:
Então, m( A ) + m( B ) + m( C ) = 180º
3x + 2x + x + 36º = 180º
3x + 2x + x = 180º – 36º
6x = 144º
x = 144º
6
x = 24º
m( A ) = 2 · x = 2 · 24º = 48º
m( B ) = 3 · x = 3 · 24º = 72º
m( C ) = x + 36º = 24º + 36º = 60º
Então, m( A ) + m( B ) + m( C ) = 180º
2ª propriedade
102
TÓPICO 2 | TRIÂNGULOS
Tese: m( X ) = m( A ) + m( C )
Demonstração:
m( X ) + m( B ) = m( A ) + m( B ) + m( C );
m( X ) = m( A ) + m( C ).
Exemplo:
x = 54º + 82º
x = 136º
E a medida do ângulo faltante
do triângulo?
Logo, m ( x ) + m ( C ) = 180º
44º + 136º = 180º
103
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
3ª propriedade
Demonstração:
Pelo cálculo anterior sabemos que x mede 136º, que é maior que o ângulo
A e maior que o ângulo B.
104
TÓPICO 2 | TRIÂNGULOS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
105
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
106
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• Quanto aos lados, os triângulos podem ser classificados em: equilátero, isósceles
e escaleno.
E
IMPORTANT
Como sugestão de leitura indicamos um site com ótimas ideias para você
desenvolver suas aulas. Com ele, você poderá tornar seus futuros momentos de professor
diferentes e atraentes para seus alunos. Boa leitura! Eis o site: <http://descobertamat.blogspot.
com.br/>.
107
AUTOATIVIDADE
( ) F – V – V – V – F.
( ) V – V – F – V – V.
( ) F – F – V – F – V.
( ) V – V – V – F – F.
108
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) V – F – V – V – F – F.
( ) V – V – F – V – V – V.
( ) V – V – V – F – F – V.
( ) V – F – V – F – V – F.
109
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
( ) 3 cm, 5 cm e 7 cm.
( ) 15 cm, 8 cm e 8 cm.
( ) 3 cm, 2 cm e 7 cm.
( ) 7 m, 3,9 m e 3,7 m.
( ) 3,7 cm, 9,1 cm e 8,4 cm.
( ) 6 cm, 17,5 cm e 10 cm.
a) ( ) V – F – V – V – F – F.
b) ( ) V – V – F – V – V – F.
c) ( ) V – V – V – F – F – V.
d) ( ) V – F – V – F – V – F.
110
UNIDADE 2
TÓPICO 3
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
1 INTRODUÇÃO
Vamos aprofundar um pouco mais nosso estudo sobre os triângulos a partir
das relações de congruência. Neste tópico, nosso foco de análise será a formalização
matemática dos conceitos de congruência e de semelhança de triângulos.
111
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Mas atente que duas figuras congruentes podem não coincidir exatamente
ao sobrepomos e serem congruentes, veja:
112
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
FONTE: Os autores
a)
b)
c)
E
IMPORTANT
114
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
AB ≡ A’B’ Â ≡ Â
Indicação: ∆ABC ≡ ∆A’B’C’ se AC ≡ A’C’ e B ≡ B
BC ≡ B’C’ C ≡ C
115
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Não é por acaso que estes movimentos garantem a congruência entre duas
figuras. Há uma justificativa matemática rigorosa, porém não cabe nos estudos
desta disciplina. Por ora é importante simplesmente entendermos que a isometria
não deforma a figura.
116
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Vamos lá!
Exemplo:
117
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Neste ponto já temos dois lados iguais entre os triângulos ∆ABC e ∆CDE.
118
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
^ ^
A ≡ A’
AB ≡ A’B’
^ ^
B ≡ B’
Consequentemente:
^ ^
C≡C
Este caso de congruência é indicado por ALA.
AC ≡ A’C’
CB ≡ C’B
Exemplo:
Temos que AC = CD e
AB = 3 + 2 = 5 = EC
Como FB = FE = 2 o ∆FBE é isósceles e, portanto
FBE = FEB, pois são os ângulos da base e FEB = CED por serem opostos pelo vértice.
Em relação aos triângulos ABC e CDE os ângulos iguais são ABC e CED
Sobrepondo estes dois ângulos temos que BAC = ECD
Assim, mostramos que os triângulos ABC e CED são congruentes pelo caso ALA.
119
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
AB ≡ A’ B’
AC ≡ A’ C’ ∆ABC ≡ ∆A’B’C’
BC ≡ B’ C’
Consequentemente:
^ ^
A≡A
^ ^
B≡B
^ ^
C≡C
Exemplo:
120
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Assim, mostramos que os triângulos ABC e CED são congruentes pelo caso
LLL.
Esquema do 4º caso:
AB ≡ A’ B’
^ ^
A ≡ A’ ∆ABC ≡ ∆A’B’C’ Este caso de congruência é indicado por LAAo.
^ ^
C ≡ C’
Exemplo:
Temos que AB = 3 + 2 = 5 = EC
Sabemos ainda que AC = CD.
Como FB = FE = 2 o ∆EFB é isósceles portanto FBE = FEB.
121
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Hipótese:
^ ^
A ≡ A’
AB ≡ A’B’
BC ≡ B’C’
Tese:
∆ABC ≡ ∆A’B’C’
Demonstração:
AB ≡ A’B’ LAL
^ ^
A ≡ A’ ∆ABC ≡ ∆A’B’D’
AC ≡ A’D’
BC ≡ B’C’ LAL0
^ ^
A ≡ A’ ∆ABC ≡ ∆A’B’C’
^ ^
C ≡ C’
122
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Assim:
5 SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, possuem os três ângulos
ordenadamente congruentes e os lados homólogos proporcionais.
AB AC BC
k
A’B’ A’C B’C’ k é a razão de semelhança.
Se k=1 os triângulos são congruentes.
124
TÓPICO 3 | SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
AD AE
AB AC
125
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
126
AUTOATIVIDADE
1 INTRODUÇÃO
É neste contexto que vamos continuar nossa caminhada, estudando
uma figura que é fácil de ser notada em nosso cotidiano, a circunferência. A
circunferência é uma figura geométrica formalizada no campo da matemática.
Historicamente o avanço mais significativo foi a invenção da roda, que tornou
o conceito do circular aplicado à vida cotidiana. Os campos de transporte e
comunicação evoluíram extraordinariamente, contribuindo para o progresso da
humanidade. Historiadores caracterizam a circunferência como sendo um dos
primeiros inventos em que o homem concentrou seus esforços.
129
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
UNI
• O é o centro da circunferência.
• AO = OB = OC = r.
130
TÓPICO 4 | CIRCUNFERÊNCIA E SUPERFÍCIES ESFÉRICAS
Assim como nos polígonos a circunferência tem uma região interna e outra
externa, formadas pelo conjunto de pontos pertencentes a cada uma das regiões.
UNI
E
IMPORTANT
Mostre figuras, imagens, observe objetos que tenham este formato. Isso
tudo vai motivar seus alunos e fazer com que eles queiram aprender mais sobre
geometria. Mostre, por exemplo, uma bicicleta e enfatize a circunferência das rodas.
Indique aos alunos onde estão os raios da bicicleta e porque são assim chamados.
131
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Mostre também o diâmetro e trace imaginariamente uma corda para que eles
localizem estes entes geométricos no objeto que é tão comum a eles, a bicicleta.
FIGURA 19 – BICICLETA
132
TÓPICO 4 | CIRCUNFERÊNCIA E SUPERFÍCIES ESFÉRICAS
AB = arco menor e
AXB = arco maior.
A B
UNI
3 CÍRCULO
Círculo é um conjunto de pontos de um plano cuja distância de um ponto
dado desse plano é menor ou igual a uma distância, não nula, dada.
133
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
134
TÓPICO 4 | CIRCUNFERÊNCIA E SUPERFÍCIES ESFÉRICAS
NOTA
O setor circular menor AOB é a reunião dos pontos dos raios AO, OB e de
^ .
todos os pontos do círculo que estão no interior do ângulo AOB
O setor circular maior AOB é a reunião dos pontos dos raios AO, OB e de
^ .
todos os pontos do círculo que estão no exterior do ângulo AOB
135
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
• O segmento circular é uma região limitada por uma corda e um arco do círculo.
136
AUTOATIVIDADE
Para saber se você entendeu este tópico, não deixe da fazer as atividades a
seguir. Exercitando:
3 Numa mesa circular, uma pessoa fica bem acomodada ocupando cerca de 70
cm da borda deste móvel. Quanto maior o número de pessoas, maior deverá ser
o diâmetro desta mesa. Para acomodar confortavelmente 4 pessoas, qual deverá
ser a circunferência da mesa? Você é capaz de resolver este problema?
137
138
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, continuaremos nossa viagem pela geometria estudando como
se efetua o cálculo de área de algumas figuras poligonais. Pé na estrada!
139
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
• Os vértices A, B, C e D;
• As diagonais AC e BD.
2.1 PARALELOGRAMOS
Paralelogramos são quadriláteros planos convexos que têm os lados
opostos paralelos.
ABCD é paralelogramo ⇔ AB // CD e
AD // BC
140
TÓPICO 5 | ÁREAS DE FIGURAS POLIGONAIS
ABCD é retângulo ⇔ A ≡ B ≡ C ≡ D
ABCD é losango ⇔ AB ≡ BC ≡ CD ≡ DA
ABCD é retângulo ⇔ A ≡ B ≡ C ≡ D e AB ≡ BC ≡ CD ≡ DA
E
IMPORTANT
Observe que:
141
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
E
IMPORTANT
2.2 TRAPÉZIOS
Perceba, acadêmico(a), que esta apresentação feita por nós para introduzir
os conceitos de área pode também ser feita com seus alunos. Este movimento é
importante para situar o aluno na linguagem que vai ser adotada nos posteriores
cálculos de área. Deste modo, vamos observar como são feitos alguns cálculos de
área de alguns polígonos específicos.
Trapézios são quadriláteros que têm apenas dois de seus lados paralelos.
142
TÓPICO 5 | ÁREAS DE FIGURAS POLIGONAIS
Logo:
^ ^
m( A )+m( D )=180º
^ ^
m( B )+m( C )=180º
ATENCAO
3 ÁREAS
3.1 QUADRADO
A área de uma região quadrada, cujo lado mede unidades de comprimento,
é igual a 2 = × unidades de área, ou seja:
S = × = 2
143
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Para melhor explicar esta equação, você pode dar um exemplo prático.
Como exemplo, podemos imaginar o cálculo de área de um terreno quadrado.
Você poderia mostrar esta imagem a seus alunos dizendo que isto faz parte
de um projeto de um local externo de uma casa. Peça para eles analisarem a figura
e calcular a área que será futuramente o jardim. Este processo ajuda a mostrar aos
alunos que os conceitos estudados em sala têm uma utilidade prática.
3.2 RETÂNGULO
A área de uma região retangular cujo comprimento é a e cuja largura é b é
dada por ab unidades de área, ou seja:
S = ab
Discuta com seus alunos perguntando a eles outros exemplos que podem
ser analisados, utilizando estes cálculos de área relativamente simples. Você pode
analisar os próprios objetos que estão em sala como carteiras e a área do chão.
3.3 PARALELOGRAMO
A área da região limitada por um paralelogramo é encontrada multiplicando-
se o seu comprimento (base) pela sua largura (altura), ou seja:
S = ab
3.4 LOSANGO
A área da região limitada por um losango é igual à metade do produto das
medidas das diagonais:
3.5 TRAPÉZIO
A área da região limitada por um trapézio é igual à metade do produto da
altura pela soma das bases maior e menor:
145
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Tanto o item 3.4 como esse pode ser trabalhado de forma alternativa com
seus alunos. Você pode utilizar cartolina e mostrar estas relações matemáticas
fazendo com que o aluno participe e manipule estes materiais. Isso estimula a
aprendizagem e coloca o aluno como agente participante no processo de construção
do conhecimento.
E
IMPORTANT
3.6 TRIÂNGULO
A área limitada por um triângulo pode ser calculada de diferentes modos,
dependendo dos elementos conhecidos. Vejamos alguns:
146
TÓPICO 5 | ÁREAS DE FIGURAS POLIGONAIS
2 2
2
4 2 + 4h 2
2 = + h2 ⇔ 2 = + h2 ⇔ = ⇔ 42 - 2 = 4h2 ⇔ 32 = 4h2
2 4 4 4
3 2
h2 =
4
3 2
h=
4
l 3
h=
2
a+b+c
(sendo b a base do triângulo e p o semiperímetro p =
2
b h
Neste caso S = , mas no ∆ABC → h = b ⋅ senC então, podemos afirmar
2
1
que: S = a b senC
2
E assim podemos proceder com qualquer um dos três ângulos do triângulo.
6 2 3 3 2 3
S= =
4 2
149
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
Em que: : lado
a: apótema
n = perímetro (2p)
p: semiperímetro
NOTA
150
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você viu que:
• Retângulo: lados opostos iguais, quatro ângulos retos, duas diagonais iguais e
dois eixos de simetria.
• Paralelogramo: lados opostos iguais, ângulos opostos iguais e não tem eixos de
simetria.
Outras formas:
• Cálculos de área:
Área do quadrado: .
b h
Área do triânguloS ==
2
151
Dd
Área do losango =
2
Área do trapézio = ( B + b ) h
2
a
Área de um polígono regular: n , onde n = no de lados do polígono.
2
152
AUTOATIVIDADE
3 Um dos lados de um retângulo mede 10 cm. Qual deve ser a medida do outro
lado para que a área deste retângulo seja equivalente à área do retângulo
cujos lados medem 9 cm e 12 cm (em centímetros quadrados)?
5 A figura a seguir representa as dimensões de uma sala que vai ser assoalhada
com tábuas de 20 cm de largura por 3,5 m de comprimento. Quantas tábuas
são necessárias?
6 Para refazer o jardim de sua residência, o Sr. Júlio resolveu comprar blocos
de grama para colocar entre as árvores e as flores. A grama é vendida em
blocos que medem 50 cm x 30 cm. Quantos blocos, no mínimo, o Sr. Júlio
deve comprar para cobrir uma área de 165m2?
153
8 A frente de uma casa tem a forma de um quadrado com um triângulo
retângulo isósceles em cima. Se um dos catetos do triângulo mede 7 metros,
qual é a área frontal desta casa?
154
UNIDADE 2
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Estamos quase terminando essa segunda jornada pelos
caminhos da geometria. Neste tópico, vamos estudar um pouco mais sobre o
círculo. A importância de se estudar esta figura se destaca no campo da ciência e
na prática. É este movimento que vamos desenvolver neste momento. Mas antes,
um pouco de história.
repetir esse número tantas vezes quantas fileiras houvesse. Assim nasceu a fórmula
da área do retângulo: multiplicar a base pela altura.
2 ÁREA DO CÍRCULO
Observe a sequência de regiões poligonais regulares inscritas na
circunferência:
1
=S (2π R)R ⇒ S = π R2
2
Neste momento, após a teorização, você pode mostrar uma imagem para
seus alunos e fazer com que eles compreendam a lógica que está por trás da fórmula
que calcula a área de um círculo. Sugestão de imagem a seguir.
Este esquema pode também ser feito no quadro. Mostre com bastantes
detalhes a relação entre os polígonos regulares e a nova estética de escrita adotada
para fazer cálculos de área de um círculo, ou seja: A = πR2
158
TÓPICO 6 | ÁREAS DE CÍRCULOS E SETORES
159
UNIDADE 2 | GEOMETRIA PLANA
2 Numa circunferência de área igual a 121 πcm2, calcule a área do setor circular
delimitado por um ângulo central de 1200.
OBS.: claro que este valor pode ser escrito na forma decimal, basta dividir
121 por 3 e multiplicar por 3,14.
α
A
160
TÓPICO 6 | ÁREAS DE CÍRCULOS E SETORES
Depois de analisar com os alunos estas equações, você pode trabalhar com
situações práticas. Peça para um dos alunos que traga sua bicicleta para a sala
de aula. Com a ajuda de uma trena calcule as diferentes coroas circulares que
podem ser encontradas em uma bike. Com isso, sua aula fica mais atraente e por
consequência os alunos apreendem mais. Faça o teste!
NOTA
Para que você aprofunde seus conhecimentos sobre este tópico, sugerimos
como leitura o livro: RICH. Barnett. Geometria 3. ed. São Paulo: Bookman, 2003. Boa leitura!
161
RESUMO DO TÓPICO 6
• Área de um círculo = π ⋅ r ⋅ r = π ⋅ r2
αR2 = πR2α = R
• Área circular ⇔ Ac =
2 360 2
162
AUTOATIVIDADE
5 Uma pizza tem raio igual a 15 cm e está dividida em 6 fatias. Calcule a área
de cada fatia.
163
DICAS
164
UNIDADE 3
GEOMETRIA ESPACIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades que o(a) ajudarão a aplicar os conhecimentos apresentados.
TÓPICO 2 – PRISMAS
TÓPICO 3 – PIRÂMIDES
TÓPICO 4 – CILINDRO
TÓPICO 5 – CONE
TÓPICO 6 – ESFERA
165
166
UNIDADE 3
TÓPICO 1
RELAÇÕES NO ESPAÇO
1 INTRODUÇÃO
Estamos quase chegando ao de fim de nossa caminhada pela geometria.
Nesta última unidade, vamos aprofundar nossos conhecimentos analisando
objetos no espaço a partir das relações entre pontos, retas e planos.
167
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
UNI
168
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
UNI
Para explorar este assunto com seus alunos, leve-os para um passeio fora
da sala de aula e mostre as relações apresentadas no espaço. Em geral, todos os
objetos podem ser observados no que se refere aos seus elementos. Você também
pode utilizar a própria sala de aula e os objetos que estiverem disponíveis.
Para fazer a relação entre o plano e o espaço com os objetos que cercam
os alunos, você pode pedir que eles tragam diversas embalagens para analisar as
relações. Use a criatividade para ministrar ótimas aulas!
169
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
FIGURA 26 – EMBALAGENS
− Paralelos
• caso especial: paralelos coincidentes
− Secantes
• caso especial: secantes perpendiculares
Vamos às representações:
170
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
UNI
4 DETERMINAÇÃO DE UM PLANO
Quando temos três pontos não colineares, existe um único plano que passa
pelos três. Esta afirmação consiste em um importante postulado da Geometria:
171
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
c) por duas
retas paralelas
distintas
UNI
5 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Ao observarmos nosso entorno encontraremos objetos que são limitados
apenas por superfícies planas, outros limitados apenas por superfícies curvas e,
ainda outros limitados por superfícies planas e curvas.
Dessa forma, podemos definir sólido geométrico como uma figura que
possui as dimensões de latitude, longitude e altitude e se classificam em poliedros
e não poliedros.
UNI
6 POLIEDROS
Já sabemos que poliedros são sólidos geométricos limitados por faces
planas e poligonais como apresentado nas imagens:
Um poliedro é formado por faces, arestas e vértices. Cada face está contida
em um plano diferente. O encontro dos planos define um segmento de reta chamado
de aresta e o encontro das destas arestas determinam os vértices da figura espacial.
UNI
Convexidade de um poliedro
174
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
FIGURA 28 – POLIEDROS
175
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Nº faces Nome
4 Tetraedo
5 Pentaedro
6 Hexaedro
7 Heptaedro
8 Octaedro
9 Eneaedro
10 Decaedro
11 Undecaedro
12 Dodecaedro
13 Tridecaedro
14 Tetradecaedro
15 Pentadecaedro
20 Icosaedro
7 RELAÇÃO DE EULER
Para todo poliedro convexo vale a relação: F + V = A + 2 ou
V – A + F = 2 onde:
V é o número de vértices
A é o número de arestas
F é o número de faces
Exemplos:
V–A+F=2
12 – 30 + F = 2
F = 2 – 12 + 30
F = 20
176
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
Como contamos cada aresta duas vezes sem considerar o “encontro” temos
que dividir por dois: 24 + 12 = 18
2
Agora podemos aplicar a relação de Euler: F + V = A + 2
10 + V = 18 + 2
V = 18 + 2 -10
V = 10
UNI
Todo poliedro convexo é euleriano, mas nem todo poliedro euleriano é convexo.
Veja o os exemplos:
F + V=A+2
11 + 9 = 18 + 2
2 = 2
177
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Neste sentido, você poderia fazer uma ótima parceria com o professor de
História da escola. Seria um belo trabalho interdisciplinar!
8 POLIEDROS DE PLATÃO
Para tratarmos dos poliedros de Platão vamos, inicialmente, apresentar as
condições para definir poliedros convexos regulares. São elas:
178
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
UNI
→ Não é convexo
179
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
(V – A + F = 2)
Quatro faces
4 6 4 4–6+4=2 Tetraedro
triangulares
Seis faces
8 12 6 8 – 12 + 6 = 2 Hexaedro
quadrangulares
Oito faces
6 12 8 6 – 12 + 8 = 2 Octaedro
triangulares
Dozes faces
20 30 12 20 – 30 + 12 = 2 Dodecaedro
pentagonais
Vinte faces
12 30 20 12 – 30 + 20 = 2 Icosaedro
triangulares
180
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
UNI
ATENCAO
Tetraedro
4 faces triangulares
4 vértices
6 arestas
Hexaedro
4 faces quadrangulares
8 vértices
12 arestas
Octaedro
4 faces triangulares
6 vértices
12 arestas
Dodecaedro
4 faces pentagonais
20 vértices
30 arestas
Icosaedro
20 faces triangulares
12 vértices
30 arestas
181
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Ângulo Nº possível
Polígono Poliedro
interno em cada vértice
3 triângulos Tetraedro
Triângulos
60º 4 triângulos Octaedro
equiláteros
5 triângulos Icosaedro
Conclui-se que só existem cinco poliedros de Platão nos quais a soma dos
ângulos poliédricos é sempre menor que 360º.
182
TÓPICO 1 | RELAÇÕES NO ESPAÇO
• Em poliedro convexo:
o não há dois polígonos-face em um mesmo plano;
o cada lado de um dos polígonos-face é comum a dois e apenas dois dos
polígonos-face;
o o plano de cada polígono deixa todos os outros polígonos em um mesmo
semiespaço determinado por esta face.
184
• São cinco os poliedros de Platão: Tetraedro; Hexaedro; Octaedro; Dodecaedro;
Icosaedro.
185
AUTOATIVIDADE
6 Em nossos estudos vimos que entre dois planos são possíveis quatro
posições relativas no espaço. Sobre estas posições classifique as afirmações
a seguir em V para as verdadeiras ou F para as falsas:
a) ( ) V – V – V – F – V – V.
b) ( ) F – F – V – V – V – F.
c) ( ) F – V – V – F – V – F.
d) ( ) F – V – V – F – F – V.
e) ( ) V – F – V – V – F – V.
13 Determine:
188
UNIDADE 3
TÓPICO 2
PRISMAS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos estudar alguns poliedros convexos em relação ao
cálculo de sua área e seu volume.
FIGURA 32 – GELADEIRA
Quando você vai adquirir uma geladeira, além do seu custo e consumo
de energia, certamente você procurará comprar uma que se adapte ao espaço
disponível em sua cozinha e a capacidade de armazenar a quantidade de alimentos
que você e sua família necessitam.
A maioria das geladeiras que estão no mercado hoje tem sua capacidade
registrada em litros. Este cálculo nos informa a quantidade de alimentos que ela é
capaz de conter.
189
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Deste modo, estudar esta parte da geometria não é apenas fazer cálculos e
relações, mas sim entender um pouco mais da realidade que nos cerca.
2 PRISMAS
Prisma é um poliedro convexo tal que:
Para analisar os prismas com seus alunos, você pode construir estes sólidos
usando cartolina ou qualquer outro tipo de material, analisando e definindo
muitos conceitos matemáticos. Para motivá-los, você também pode organizar uma
amostra com os objetos construídos por eles.
190
TÓPICO 2 | PRISMAS
2.1 CLASSIFICAÇÃO
De acordo com a inclinação das arestas laterais, um prisma pode ser reto ou
oblíquo. O prisma é reto quando as arestas laterais são perpendiculares às bases, e
oblíquo quando não o são.
• os lados dos polígonos, A’B’, B’C’, C’D’, D’E’, E’F’, F’A’ e AB, BC, CD, DE, EF,
FA são as arestas da base;
• os segmentos AA’, BB’, CC’, DD’, EE’, FF’ são as arestas laterais;
2.2 PARALELEPÍPEDO
Um prisma cujas bases têm forma de paralelogramos é um paralelepípedo.
Observe que essa forma geométrica é delimitada por seis retângulos cujas
faces opostas são retângulos idênticos.
192
TÓPICO 2 | PRISMAS
Existem dois caminhos pedagógicos que vão ajudar nas suas aulas neste
momento. O primeiro é mostrar esses objetos na prática, fazendo pequenos
passeios com os alunos, na escola ou em qualquer outro lugar. Faça com que eles
observem e percebam a importância de se estudar estes conceitos. Em um segundo
momento, na planificação desses sólidos, novamente você pode usar materiais
lúdicos e fazer com que seus alunos coloquem a mão na massa. Faça com que eles
percebam que os objetos no espaço podem ser decompostos no plano.
2.3 CUBO
O cubo é um paralelepípedo retângulo ou prisma especial cujas seis faces
são congruentes (quadrados).
O cubo ou hexaedro regular (hexa: seis; edro: faces) possui as seis faces
congruentes.
193
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Cubo
Cubo planificado
Vamos pensar num prisma qualquer. Este prisma pode ser um cubo. Pois
bem, todas as arestas de um prisma têm extremidades em dois de seus vértices. As
diagonais das faces também têm extremidades em dois vértices do prisma.
A’ a B’
A B
D’ C’
A’ B’
D C
A B
Alateral = 2
Atotal = 6 2
ATENCAO
195
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Imagine um cubo com aresta medindo 1 m. Esse cubo tem volume igual a
1 metro cúbico (1 m3), que é a unidade de medida de volume no sistema métrico
decimal.
Observe agora a figura abaixo. Ela não é um cubo, pois suas arestas têm
medidas diferentes. Chamamos esta forma de prisma retangular. Porém, a base de
cálculo continua sendo o cubo.
Podemos dizer então que cabem 60 cubos de 1cm3 cada, no prisma acima.
Com seus alunos você pode mostrar esses conceitos de diferentes formas.
Utilize materiais e faça com que eles construam esses sólidos. Não se esqueça
também de destacar a importância de se estudar estas relações e que os conceitos
ajudam a compreender o mundo que nos cerca.
Exemplo 1
S2 ⋅ 3
A= No nosso caso, temos:
4
6S 2 ⋅ 3 6 ⋅ 32 ⋅ 3 27 ⋅ 3
A= = = cm 2
4 4 2
27 ⋅ 3
2⋅
Como são duas bases, temos Ab = 27 ⋅ 3 cm 2 .
=
2
Área total = área lateral + área das bases.
At = A + Ab = (108 + 27 ⋅ 3)cm 2
198
TÓPICO 2 | PRISMAS
Exemplo 2
Cada face do cubo é uma região quadrada. Sua área é dada por a2. Como
são 6 faces, temos A = 6a2.
A = 6 . 32
A=6.9
A = 54 cm2.
2
f= a2 + a2
2
f= 32 + 32
f 2= 9 + 9
f = 18
f = 3 2cm
2
d= a2 + f 2
2
d= 32 + (3 2) 2
d 2= 9 + 18
d = 27
d = 3 3cm
199
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Exemplo 3
200
TÓPICO 2 | PRISMAS
• Uma região retangular de medidas 40 e 20 cm, o que nos dá uma área de 800
cm2.
• Uma região retangular de medidas 40 e 20 cm, o que nos dá uma área de 800
cm2.
A área de toda caixa, desprezando as abas, é de: 2480 + 1160 = 3640 cm2.
4 VOLUME DO PRISMA
Já falamos anteriormente sobre o volume de um cubo. Vamos estudar agora
o cálculo de volume dos demais prismas.
201
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
• Se um sólido S é a reunião de dois sólidos que não têm pontos interiores comuns,
então o volume de S é a soma dos volumes dos dois sólidos.
Vprisma = Abase ⋅ h
Exemplo 1
Exemplo 2
Sabendo que foram gastos 0,96 m2 de material para se montar a caixa cúbica
cuja figura está ao lado, vamos calcular o volume dessa caixa.
Neste caso, temos que a área total do cubo é 0,96 m2 = 96 dm2 = 9 600 cm2.
202
TÓPICO 2 | PRISMAS
NOTA
203
RESUMO DO TÓPICO 2
204
AUTOATIVIDADE
205
206
UNIDADE 3
TÓPICO 3
PIRÂMIDES
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Vamos continuar com nossa caminhada pela geometria,
estudando um sólido clássico dentro da geometria e na própria história da
humanidade. Neste tópico, vamos estudar algumas relações que envolvem as
pirâmides como cálculo de volume e de área da superfície lateral. Porém, antes
vamos estudar um pouco de história.
FIGURA 34 – PIRÂMIDES
2 PIRÂMIDE
Esta primeira parte é importante que você mostre com bastantes detalhes
para seus alunos. A importância se destaca pelo fato de que todos os cálculos que
faremos a seguir estão definidos sobre estes alicerces. Fale isso para seus alunos
em sala, com isso, eles vão perceber que sua prática é organizada e que você não
está ali só para ensinar qualquer coisa. Eles vão perceber isso, com este processo
você ganha o respeito de seus alunos e eles, por consequência, mais conhecimento.
208
TÓPICO 3 | PIRÂMIDES
2.1 CLASSIFICAÇÃO
Com relação à base, as pirâmides classificam-se em:
209
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Ainda com relação à base, uma pirâmide é regular quando sua base é
uma região poligonal limitada por um polígono regular e a projeção ortogonal do
vértice no plano da base coincide com o centro desse polígono.
210
TÓPICO 3 | PIRÂMIDES
NOTA
É possível verificar que duas pirâmides com áreas das bases iguais e com a
mesma altura têm volumes iguais. Então:
área da base ⋅ altura
Volume de uma pirâmide qualquer =
3
área da base ⋅ altura
Vpirâmide = = Vpirâmide = Ab ⋅ h
3
3
Você pode conferir isso em sala de aula com seus alunos.
Encha a pirâmide com água, areia, farinha ou feijão. Use o material que
você tiver disponível. Depois despeje o conteúdo da pirâmide no prisma.
Você vai conferir que são necessárias três pirâmides para encher o prisma.
211
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Não deixe de fazer esse tipo de experimento com seus alunos. Claro que
nem sempre é possível, porém no caso descrito acima é fácil de ser realizado. São
estes os momentos em que as aulas podem ficar muito divertidas para você e
seus alunos. Deixe com que eles se envolvam e ajudem a construir os materiais e
realizem com você, acadêmico(a), este experimento. Temos certeza de que você se
surpreenderá com os resultados.
A área lateral de uma pirâmide é a soma das áreas das faces laterais.
Como as faces laterais são triangulares, basta encontrar a área de um triângulo e
multiplicar pelo número de faces laterais.
212
TÓPICO 3 | PIRÂMIDES
A área total de uma pirâmide é a soma das áreas das faces laterais com a
área da base.
Atotal = Alateral + ABase
Exemplo 1
Ab = 4 cm ⋅ 4 cm = 16 cm2
h = 7 cm
2 3
ABh
b
⋅h 16cm • 7cm 112cm ~ 37,3cm 3
V= = = =
3 3 3
O volume da pirâmide é de, aproximadamente, 37,3 cm3.
Exemplo 2
213
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Observe a figura:
Striângulo = 4⋅7,28
2
Striângulo = 14,56cm2
• Pirâmide é todo poliedro convexo com uma face chamada base num plano e
apenas um vértice fora desse plano. As demais faces da pirâmide são triângulos
determinados por um lado da base e o vértice da pirâmide.
Vértice.
Base.
Altura.
Apótema da base.
Apótema da pirâmide.
215
AUTOATIVIDADE
1 Um grupo de casais foi acampar e levou uma barraca de lona que, depois
de montada, tinha a forma de uma pirâmide regular hexagonal, cuja aresta
da base media 1 m.
5 3 3
Depois de montada, o ar em seu interior ocupava um volume de m .
Associe os itens, utilizando o código a seguir: 2
3
I– m
2
II – 5 m
3 3 2
III – m
2
( ) O apótema da base da barraca.
( ) A área da base da barraca.
( ) A altura da pirâmide da barraca.
216
UNIDADE 3
TÓPICO 4
CILINDRO
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Vamos, neste tópico, estudar mais
um sólido clássico dentro da geometria. Além disso, podemos
perceber muito a sua presença em vários locais onde circulamos
todos os dias, trata-se do cilindro. O cilindro circular reto é
também chamado de sólido de revolução, por ser gerado pela
rotação completa de um retângulo por um de seus lados.
A reta forma o eixo do cilindro e os círculos gerados pela rotação dos lados
AC e BD são as bases do cilindro. A superfície gerada pelo lado CD é chamada
superfície lateral do cilindro. A medida do segmento AC = BD = r é o raio do círculo
das bases, e a medida do segmento AB = CD = h é a altura do cilindro.
217
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
218
TÓPICO 4 | CILINDRO
Exemplo
Quando estiver lecionando sobre este assunto, você pode destacar com seus
alunos as diferentes formas e utilidades que o cilindro tem em nossa sociedade.
Você pode, inclusive, fazer uma pesquisa de campo fazendo com que os alunos
anotem os objetos, embalagens que têm o formato de um cilindro. Essas discussões
são ótimas para aumentar o nível de envolvimento dos alunos.
3 VOLUME DO CILINDRO
O volume de um cilindro é obtido da mesma maneira que o volume do
prisma:
219
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Vcilindro = Abase ⋅ h
Vcilindro = πr2 ⋅ h
Exemplo
Portanto, a área lateral é 120π cm2, a área total é 192π cm2 e o volume é 360π
cm .
3
Exemplo
220
TÓPICO 4 | CILINDRO
Desprezando a espessura da lata, mesmo porque esta medida não nos foi
fornecida, vamos calcular o volume da lata e com isso teremos a sua capacidade
aproximada.
ATENCAO
Vlata = Abase ⋅ h
Vlata = πr2 ⋅ h → V = 3,14⋅42⋅19 → V = 954,56cm3
221
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
você pode com seus alunos calcular o volume de objetos que tenha formato de um
cilindro e que seja de fácil acesso.
FONTE: Os autores
NOTA
222
RESUMO DO TÓPICO 4
223
AUTOATIVIDADE
224
8 A figura indica o tambor cilíndrico de um aquecedor solar com capacidade
de 1.570 litros.
225
226
UNIDADE 3
TÓPICO 5
CONE
1 INTRODUÇÃO
Quando olhamos para uma montanha, muitas vezes podemos encontrar
o formato de um cone, ou quando olhamos para um vulcão temos a ideia de um
tronco de cone. Ou, no nosso cotidiano, um funil ou uma casquinha de sorvete nos
dão a ideia deste sólido geométrico chamado cone. Assim como o cilindro, o cone
também é um sólido de revolução.
Apenas para você ter uma ideia da importância destes estudos, a trajetória
descrita pela Terra em torno do Sol tem o formato de elipse. Os espelhos dos
refletores dos telescópios têm formatos parabólicos. Alguns cometas têm trajetórias
parabólicas ao redor do Sol.
227
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
g
h g
h
A B
r r
Existem também cones circulares não retos, que não são cones de revolução.
Estes são chamados cones circulares oblíquos.
Além desses elementos, neste tópico, vamos analisar com mais profundidade
algumas relações geométricas que envolvem o cone. Entre elas podemos destacar:
cálculo da superfície lateral, cálculo de volume e situações práticas de resolução de
problemas. Começaremos definindo alguns aspectos ligados à linguagem.
2 SECÇÃO MERIDIANA
A seção meridiana de um cone é uma região triangular obtida pela
interseção do cone com um plano que contém o eixo do mesmo.
228
TÓPICO 5 | CONE
g
h g g
2r
Como nos tópicos anteriores, sugerimos que construa estes sólidos com
seus alunos. Você pode usar cartolina ou qualquer outro material a que você tenha
acesso. Enquanto define a linguagem, ou seja, como as coisas são nomeadas dentro
da geometria, você já pode mostrar e construir o cone na prática. Esse processo
coloca o aluno como participante do processo de construção do conhecimento.
Vamos continuar com nossa caminhada!
r = raio da base
h = altura
g = geratriz
A superfície total do cone reto é formada pela superfície lateral (um setor
circular) mais a superfície da base (um círculo), isto é, At = A + Ab.
229
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Arco área
Círculo todo: 2πg — πg2 (2πr) ⋅ (πg2)
⇒ A = = πrg
Setor: 2πr — A 2πg
A área da base é a área do círculo de raio r: Ab = πr2
Exemplo
• Área lateral:
• Área total:
230
TÓPICO 5 | CONE
4 VOLUME DO CONE
O volume de um cone é obtido da mesma maneira que o volume de uma
pirâmide:
Abase ⋅ h
Vcone = 3
πr2 h
Vcone =
3
Este tipo de experimento é fácil de ser feito em sala. Este processo torna sua
aula rica e a participação dos alunos por consequência acaba sendo maior. Vamos
continuar mostrando alguns exemplos que envolvem uma percepção de cálculo.
231
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Exemplo
Vamos calcular o volume de um cone de raio 7 cm
e altura 12 cm.
Exemplo
Exemplo
Você deve estar pensando que não é possível resolver tudo isso conhecendo
apenas a altura do cone.
Vamos rever o que acabamos de estudar. Acabamos de ver que num cone
equilátero a secção meridiana é um triângulo equilátero. Portanto, este será nosso
ponto de partida. Na figura ao lado, temos a secção meridiana do cone em questão.
Se g = 2r, então
g = 20 3mm
Agora já podemos calcular o que o problema
pede:
232
TÓPICO 5 | CONE
A ordem de estudo não precisa ser esta, mas é importante que todas sejam
contempladas. Muitas vezes, deixamos de mostrar que isto tudo, que está sendo
estudado em sala, não tem uma utilidade prática. Por isso, a importância de você
trabalhar este aspecto com seus alunos. Trazemos a seguir algumas imagens para
você se inspirar nesta dimensão prática.
FONTE: Os autores
NOTA
Para ampliar seus conhecimentos sobre este tópico, sugerimos o livro: RICH,
Barnett. Geometria. 3. ed. São Paulo: Atual, 2005.
233
RESUMO DO TÓPICO 5
A = πrg
Ab = πr2
At = πr(g + r)
V = πr2 h
3
234
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 1 hora e 50 minutos.
b) ( ) 2 horas.
c) ( ) 1 hora.
d) ( ) 2 horas e 15 minutos.
235
236
UNIDADE 3
TÓPICO 6
ESFERA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Estamos quase chegando ao fim de nossa
caminhada pela geometria. Ao longo dessa viagem, desvendamos
vários conceitos e aplicações. Agora, para terminar falta-nos ainda
estudar mais um sólido muito importante dentro da geometria: a
esfera.
E
IMPORTANT
237
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
d
r
2 VOLUME DA ESFERA
Para o cálculo do volume da esfera, vamos nos apoiar no princípio de
Cavalieri: “Sejam R e S dois sólidos cujas bases se apoiam num mesmo plano α. Se
todo plano β intersecciona esses sólidos em secções paralelas ao plano da base, de
mesma área, então o volume de R será igual ao volume de S”.
Desse cilindro vamos retirar dois cones retos cujas bases são as do cilindro e
vértice comum no ponto A. Ao sólido obtido chamaremos S. O vértice A é o ponto
médio do segmento com extremidades nos centros O1 e O2 das bases do cilindro.
FIGURA 39 – AMPULHETA
239
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
β
α
Como as duas áreas são iguais, pelo princípio de Cavalieri resulta que a
esfera e o sólido S têm o mesmo volume.
Exemplo
C = 2πR
40000 = 2⋅3,14 ⋅ R
40000 = 6,28 ⋅ R
40000
=R
6,28
R = 6369Km
4 4
V= 3 πR3 = 3 ⋅ 3,14 ⋅ 63693 ≅ 1,08 ⋅1012 km3
Exemplo
Sabemos que 2/3 da superfície do globo são cobertos pela água, assim:
241
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
2
3
⋅A
2
3 ⋅ 509485862 =
339.657.241km2
A área coberta de água é de aproximadamente 3,39 × 108 km2.
Além desse exemplo, que envolve o planeta Terra, você pode utilizar
em suas aulas outros objetos para fazer e desenvolver estes cálculos. Destaque
também a importância de se estudar estas relações não apenas para aumentar os
conhecimentos dos alunos, mas também para compreender melhor o mundo que
está em sua volta. Para finalizar este tópico, trazemos algumas imagens de objetos
que podem ser trabalhados em sala.
FONTE: Os autores
LEITURA COMPLEMENTAR
242
TÓPICO 6 | ESFERA
Mas, pense bem. Se você explicar para seus alunos e mandá-los copiar no
caderno: Um polígono convexo é aquele cujo perímetro não pode ser encontrado
em mais de dois pontos por uma secante. Você acha que eles entenderão o que é
um polígono convexo?
Não, é claro que não. Ninguém vai aprender o que é um polígono convexo
ouvindo ou lendo um texto desses, que mais parece uma bula de remédio.
Talvez você esteja se perguntando: Mas, o que tudo isso tem a ver com
meus alunos e com minhas aulas?
Nosso Juca adora jogar futebol. No jogo, ele corre, se desloca para a frente,
para trás e para os lados; se orienta para fugir da marcação; procura não deixar
a bola passar da linha lateral; reconhece as fronteiras do campo; dá chutes em
diagonal para o vizinho à esquerda; sabe que, para marcar o gol, precisa colocar a
bola dentro daquele retângulo que todo mundo chama de trave; corre em direção
à meta e chuta no canto direito do goleiro; depois do gol, ele coloca a bola embaixo
do braço e corre em direção ao círculo central no meio do campo. Vamos parar um
pouco e analisar o que ele fez: deslocamento para frente, para trás, para os lados,
orientação, direção, linha lateral, diagonal, vizinhança, esquerda, direita, dentro,
fora, retângulo, círculo, meio do campo. Quanta Geometria junta!
243
UNIDADE 3 | GEOMETRIA ESPACIAL
Ele não vai aprender melhor Geometria se a escola desprezar as coisas que
ele já sabe e já faz. Ele não vai aprender Geometria significativa só por ouvir uma
definição de hexágono, diagonal ou outra qualquer. É por isso que, como dissemos,
não se aprende Geometria com os ouvidos.
Uma criança em idade escolar não precisa que os adultos lhe digam o que é
um ponto, uma reta ou um círculo. Ela já absorveu essas ideias de algum modo. O
trabalho do professor será explorar essas ideias, relacionando-as com o dia a dia,
com situações desafiadoras que contribuam para promover novas descobertas.
244
TÓPICO 6 | ESFERA
• Uma atividade como “quem está vendo o quê” explora e desenvolve a orientação
espacial.
FONTE: Texto extraído e adaptado de: BIGODE, Antônio José Lopes. A geometria, as crianças e a
realidade. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/pdf/matematica2.pdf>. Acesso
em: 20 jun. 2006.
NOTA
Agora que você conhece um pouco mais a Geometria, leia o livro A magia dos
números no universo, de Robert Osserman.
Osserman trata da forma do universo. O espaço é plano ou curvo? Como representar algo
curvo ou esférico numa superfície plana? Que tipo de mapa seria mais útil para o navegador
ou o astronauta?
Boa leitura!
245
RESUMO DO TÓPICO 6
• O maior círculo formado pelo corte da esfera em seu centro é chamado círculo
máximo.
4 3
• Para calcular o volume da esfera usamos a fórmula: V= πR
3
• Para calcular a área da superfície esférica usamos a fórmula: A = 4πR2
246
AUTOATIVIDADE
Estamos no final de mais uma unidade de estudos. Sei que você se saiu bem até
aqui. Vamos exercitar mais um pouco? Exercitando:
247
DICAS
248
REFERÊNCIAS
BIGODE, Antônio José Lopes. A geometria, as crianças e a realidade. Disponível
em: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/pdf/matematica2.pdf>. Acesso em: 13
jul. 2006.
______. Por que as coisas são como são? Disponível em: <http://www.mec.gov.br/
seed/tvescola/pdf/matematica1.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2006.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. São Paulo: Ática,
2000.
FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Rio de Janeiro: Record, 1976.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CANDIDO, Patrícia. Figuras
e formas. São Paulo: Artmed, 2000.
249