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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE ENSINO DE GEOGRAFIA

Cadeira de Sistema de Gestão Ambiental

Plano de Gestão Ambiental (PGA) de Instalação de Bomba de Gasolina da


Empresa GALP na Localidade de Zalala, Distrito de Quelimane – Zambézia.

Docente: Discente:
Msc, Abibo Motonganhica Carlita Carlos Vinte
Engº Genito Patrício Maigara

Quelimane, Outubro de 2020.


Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 3
2. Objectivos do Estudo ................................................................................................ 4
2.1. Objectivos Gerais .................................................................................................. 4
2.2. Objectivos Específicos .......................................................................................... 4
3. Metodologia .............................................................................................................. 4
4. Contextualização do Plano de Gestão Ambiental ..................................................... 5
4.1. Objectivos e âmbito do PGA ................................................................................. 5
4.2. Medidas a adoptar na Fase de Construção............................................................. 6
4.2.1. Medidas a adoptar na Fase de Operação ............................................................ 6
4.2.2. Enquadramento Legal ........................................................................................ 6
5. Caracterizar o Perfil Biofísico e Socioeconómico da Localidade de Zalala ............. 7
5.1. Localização Geográfica da Área em Estudo.......................................................... 7
5.2. Clima, Relevo e Solos ........................................................................................... 8
5.3. Fauna e Flora ......................................................................................................... 9
5.4. Demografia ............................................................................................................ 9
5.5. Cultura ................................................................................................................... 9
5.6. Agricultura ........................................................................................................... 10
5.7. Pecuária ............................................................................................................... 10
5.8. Pesca .................................................................................................................... 11
6. Características do Processo de Exploração da Areia Pela GALP ........................... 11
7. Identificar e classificar os previsíveis impactos ambientais decorrentes da
actividade de extracção da areia ..................................................................................... 13
7.1. A Logística reversa como forma de gestão de resíduos ...................................... 14
8. Conclusão ................................................................................................................ 15
9. Referencias Bibliográficas ...................................................................................... 16
1. Introdução

Neste presente trabalho da cadeira de Sistema De Gestão Ambiental (SGA), onde irei de
desenvolver em relação ao Plano de Gestão Ambiental (PGA) de Instalação de Bomba
de Gasolina da Empresa GALP na Localidade de Zalala, Distrito de Quelimane –
Zambézia. Onde irei de abordar sobre a Caracterização do perfil Biofísico e
socioeconómico do distrito em causa, caracterizar o processo de exploração da areia
pela empresa e assim como identificar e classificar os previsíveis impactos ambientais
decorrentes da actividade de extracção da areia. Logo por fim fazer a apresentar um
plano de monitorização dos impactos ambientais da extracção da areia.
2. Objectivos do Estudo
2.1. Objectivos Gerais
 Analisar o plano de gestão ambiental (PGA) de instalação de bomba de gasolina
da empresa Galp na localidade de Zalala, Distrito de Quelimane – Zambézia.;

2.2. Objectivos Específicos


 Descrever sobre o plano de gestão ambiental (PGA) de instalação de bomba de
gasolina da empresa Galp na localidade de Zalala;
 Identificar o processo de instalação de bomba de gasolina da empresa Galp na
localidade de Zalala;
 Conhecer o fim da aplicação deste conhecimento;

3. Metodologia
Segundo Gil (1999), metodologia é conjunto detalhado de métodos e técnicas científicas
executados ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir objectivos
inicialmente propostos e ao mesmo tempo, atender os critérios de menor custo, maior
rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informações (p.54).

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos usados para a elaboração do presente


trabalho, baseei-me na pesquisa bibliográfica que consiste procura explicar um
problema a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos
periódicos, dissertações, teses e actualmente com material disponibilizado na Internet
(Oliveira, 2001 p.245).
4. Contextualização do Plano de Gestão Ambiental

O Plano de Gestão Ambiental abarca uma série de recomendações gerais e específicas


que colectivamente, servem como base para a gestão ambiental, isto é, para gerir
eficazmente os impactos ambientais durante as fases de construção e de operação do
Projecto.

O Plano de Gestão Ambiental de um projecto constitui uma ferramenta extremamente


útil no acompanhamento ambiental da execução do mesmo, permitindo que este decorra
segundo as melhores práticas ambientais e que seja também assegurada a sua
interligação com os programas de monitorização definidos, assim como o respectivo
acompanhamento dos resultados dessas monitorizações.

O PGA pretende acompanhar a totalidade da execução do projecto, desde o início das


actividades construtivas, no sentido de acompanhar os factores ambientais mais
sensíveis, bem como a implementação das medidas de mitigação apresentadas no
Estudo de Impacto Ambiental.

De referir igualmente que o acompanhamento ambiental permitirá, em conjunto com a


equipa de segurança, minimizar impactos e evitar situações de risco, através da adopção
de medidas preventivas e correctivas, e que se inserem na gestão da fase de construção.

O presente PGA reflecte assim a avaliação de impacto ambiental do EIAS e contém as


estratégias e acções consideradas adequadas para a minimização dos impactos negativos
do projecto e para a potenciação dos seus impactos positivos, definidas em programas
específicos de gestão, monitorização, controlo, conservação ou actividades específicas.

O PGA é um compromisso do proponente, perante as partes interessadas e afectadas,


com as regras e padrões de boa gestão ambiental aplicáveis através da execução dos
programas preconizados no presente instrumento.

4.1. Objectivos e âmbito do PGA

Um dos objectivos fundamentais dos trabalhos a realizar no âmbito do Plano de Gestão


Ambiental da empreitada consiste na conjugação de procedimentos que permitam que
as actividades construtivas assegurem a minimização dos impactos relevantes
associados à fase de construção, mantendo-se tanto quanto possível, a qualidade
ambiental das áreas a serem intervencionadas.
É igualmente importante ter presente que este plano deverá incluir metas de melhoria
progressiva a estabelecer em função das fases antecedentes de trabalho; para tal assume
relevância desenvolver acções de formação, sensibilização e auditoria à gestão
ambiental da obra.

Assim, serão descritas as Medidas de Gestão Ambiental preconizadas, de forma a dar


cumprimento às medidas de minimização que foram apresentadas no Estudo de Impacto
Ambiental, de acordo com a seguinte estrutura:

4.2. Medidas a adoptar na Fase de Construção


4.2.1. Medidas a adoptar na Fase de Operação

No que respeita aos planos específicos de gestão ambiental a implementar para várias
componentes ambientais, de acordo com o estabelecido nos Termos de Referência do
EPDA, os objectivos específicos encontram-se descritos no próprio plano que, de uma
forma geral tem a seguinte estrutura:

 Política e Estrutura Legal;


 Justificação do Programa;
 Principais Objectivos;
 Actividades Previstas;
 Responsabilidades;
 Cronograma das actividades previstas.

O envolvimento do público desde as fases mais precoces dos projectos, bem como a
disponibilidade das entidades promotoras para prestarem esclarecimentos acerca dos
mesmos, visa identificar as preocupações e expectativas, no sentido de que estas possam
ser consideradas no curso das diversas fases do estudo e implementação do projecto,
tornando estes processos mais transparentes, pelo que se prevêem igualmente canais e
procedimentos de Atendimento Público.

4.2.2. Enquadramento Legal

O PGA obedece o Decreto-Lei nº 45/2004, de 29 de Setembro, que define que este deve
conter “as acções a desenvolver pelo proponente, visando gerir os impactos negativos e
potenciar os positivos resultantes da implementação da actividade proposta, elaboradas
no âmbito da Avaliação de Impactos Ambientais”.
A Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental (Diploma Ministerial nº129/2006
de 19 de Julho) que serve como base mínima para a orientação do processo de AIA,
estabelece no seu capítulo IX, Plano de Gestão Ambiental, o conjunto de programas e
respectivas acções que se destinam a fazer com que o projecto se realize segundo os
princípios de protecção ambiental. O conteúdo deste PGA deve conter entre outros o
programa de monitorização, programas de controlo de situação de risco e emergência,
medidas de manutenção e programas de educação ambiental.

Além deste requisito legal, o PGA procurou responder àquelas que são as melhores
práticas definidas pelas directrizes dos Princípios de Equador, International Finance
Corporation (IFC) Sustainability Framework, Forest Stewardship Council (FSC) e
Organização Mundial da Saúde (OMS).

5. Caracterizar o Perfil Biofísico e Socioeconómico da Localidade de Zalala


5.1. Localização Geográfica da Área em Estudo

O posto Administrativo de Maquival localidade no distrito de Quelimane, limitando-se


ao Norte com o Posto Administrativo de Macuze, sul cidade de Quelimane, Este a
localidade de Zalala e ao Oeste com a localidade Mirremene (Mae, 2014).

Zalala, área em estudo, é uma Localidade pertencente ao Posto Administrativo de


Maquival e situa-se na parte Este da Cidade de Quelimane, limitando-se a Norte com a
Ilha de Idugo e a Localidade de Supinho, a Sul com a localidade de Varela a Este com a
praia de Zalala e a Oeste com Maquival sede (Autora, 2020).
Imagem 1. Mapa da Localidade de Zalala (Cenacarta, 2019).

5.2. Clima, Relevo e Solos

A localidade de Zalala é caracterizado pela presença do clima Tropical Húmido


contendo duas estações distintas, a estação chuvosa e a seca.

Segundo Mae, (2014: 1), a precipitação média anual é cerca de 1.428 mm na faixa
costeira (estação da cidade de Quelimane), enquanto a evapotranspiração potencial
média anual é cerca de 1.477 mm. A maior queda pluviométrica ocorre sobretudo nos
meses de Novembro de um ano a Abril do ano seguinte, variando significativamente na
quantidade e distribuição, quer durante o ano, quer de ano para ano, e a temperatura
média é de 25.6ºC.

O relevo é planície por quase toda localidade, com solos arenosos no interior (mesmo na
localidade), mais para o norte encontramos areias hidromorficas devido ao processo de
sedimentação na zona costeira, encontramos os sedimentos flúvio-marinhos e solos
argilosos proveniente dos mangais na região da fronteira com Supinho e os aluviões dos
rios Namaja, Muarrua e Maquival (Mae, 2014: 1).
5.3. Fauna e Flora

No que tange a Fauna, Zalala possui um fraco potencial faunístico devido a pressão
sobre os recursos naturais que é um factor condicionado com aumento populacional, o
que tem causando imigração e extinção de espécies, contudo a fauna é composta por
espécies tais como, gazelas “considerada como sendo uma espécie em via de extinção”,
cobras, macacos, roedores “ratos, esquilos, raposas” e uma variedade de pássaros e aves
(Mae, 2014).

Sobre a flora, a localidade de Zalala é rica em recursos florestais, mais concentrados nas
zonas costeiras, a flora é composta por arbustos, salgueiros e espécies de casuarinas
(localizados na orla marítima). É notória parte da população ao corte de estacas de
salgueiro para construção de habitações, lenha e produção de carvão vegetal (Mae,
2014).

Destaca-se também a abundância de coqueiro e mangueiras, e a existência de


laranjeiras, papaieiras, bananeiras e limoeiros. Os coqueiros têm representando duma
grande relevância, na economia local, pois é desatacado como uns dos principais
produtos de comercialização.

5.4. Demografia

De acordo com o censo populacional e habitacional 2007, a localidade de Zalala possui


cerca de21.365 habitantes divididos em idade e sexo, destes 10672 correspondem aos
Homens e 10693 as Mulheres, conforme o censo populacional e habitacional de 2006
INE (2017).

5.5. Cultura

De acordo o régulo Geriano (2019: cp), do bairro Safuri, considerado o primeiro a


existir em Zalala, a localidade de Zalala por pertencer ao posto do Maquival, partilham
assim a mesma cultura, ou seja, tem a mesma cultura, a que deu origem o povo
chamado hoje de Chuabo, esta é caracterizada por uma linhagem patrilinear,
nestesistema os laços de parentesco são definidos através do sexo masculino, ou seja, do
pai a filhos, a filhos dos filhos. Esta comunidade como outras, as suas manifestações
culturais são apresentadas em forma de danças “tradicionais” como é o caso de Ebondo,
Yalula, Beeni, Muthengo e Mambira.
Nesta cultura a ascensão do poder, é por via de sucessão, como afirmava o régulo
Geriano (2019: cp), é também praticado nesta comunidade cerimónias espirituais,
invocando pedidos de chuvas, boa produção, paz e harmonia familiar, estes segundo o
Regulo, são feitos numa grande e frondosa árvore chamada Safuri, que origem ao nome
do bairro.

Segundo Armando (2019: cp), A religião predominante é o Islã e a Católica, este, faz
menção a igreja universal, o 7o dia, Missão Baptista, e salienta a pouca aderência da
população a estas religiões.

Conforme Geriano (2019: cp), A praia de Zalala, tem um significado histórico-cultural


também para a comunidade, pois é um destinado a cultos e cerimónias rituais para além
de ser um local dedicado a prática da actividade pesqueira.

5.6. Agricultura

Dados do Mae (2014), apontam que a agricultura é a actividade económica que envolve
quase todos os agregados familiares. Por se tratar de uma agricultura tradicional,
extensiva, a sua produção é destinada ao auto-sustento, pouca parte da população o
destina para o comércio em pequenas escalas, é praticada em pequenas propriedades de
terra, baseada em culturas de variedades locais. Predomina a agricultura tradicional de
sequeiro, e nem sempre esta é satisfatória devido aos factores climáticos.

Aponta Fijamo (2019: cp) que a localidade tem enfrentando momentos de secas
extremas, pois há 6 anos atrás que a precipitação não se faz sentir o que condiciona uma
fraca capacidade de armazenamento da humidade no solo logo no durante o crescimento
das plantas.

A produção predominante na época chuvosa é a da cultura de arroz, e na época fresca a


batata-doce. Fora destas culturas, também destaca-se a produção da mandioca, feijão
nhemba e sorroco (Fijamo, 2019: cp).

5.7. Pecuária

Afirma Fijamo (2019: cp), que a pecuária assente na localidade de Zalala é do regime
extensivo feito por companhias, uma pecuária especializada na produção de animais de
comercialização como os bois, cabritos, porcos, e ovelhas, devido as características da
vegetação local, há uma extensa área de pastagem, o que condiciona o desenvolvimento
desta actividade. Destaca-se também a criação de animais domésticos destinados ao
consumo familiar, a fazer menção as galinhas, patos e cangas.

5.8. Pesca

O sector pesqueiro ocupa um lugar de destaque na localidade de Zalala, dois tipos de


pesca são caracterizados pela sua prática na praia de Zalala: a artesanal e a semi-
industrial.

De acordo Paulene (2019: cp), com os tipos de pesca praticado na praia de Zalala é
possível obter os seguintes tipos de espécies pesqueiras: peixe “Madambane” (Ocar
Baelama), “Sololo” (Anchovela), “Balachão” (Acete) “Malola” (Hilsa), Serra, Bagre,
Raia, Tira Casaco e Corvina.

A pesca é praticada principalmente por pescadores de Pebane e Maganja da Costa que


migraram por causa das guerras.

Sobre as espécies protegidas, é considerada a pesca ilegal do Golfinhos, Tartarugas


Marinhas e Cavalos-marinhos (Paulene, 2019: cp).

6. Características do Processo de Exploração da Areia Pela GALP

Para Santos (2005), o ramo de postos revendedores de combustível (PRC) pode ser
dividido em duas categorias:

A de postos cidade e a de postos estrada, em função das actividades


neles desenvolvidos. O primeiro é mais voltado para atender às
necessidades da população urbana, enquanto o segundo seria mais
voltado a atender às necessidades dos viajantes e dos caminheiros. Isso
implica directamente na disposição do estabelecimento, pois enquanto o
primeiro localiza-se em perímetro urbano e possui estruturas menores, o
segundo concentra-se geralmente junto às estradas e possui uma
estrutura relativamente maior em função até da disponibilização de
estacionamentos para que os caminheiros possam pernoitar (p. 72).

Ainda, segundo Santos (2005, P. 74), as actividades mais frequentes em um posto de


combustíveis são as seguintes:

a) Recebimento de produto, via carros-tanques de combustíveis;


b) Armazenamento dos combustíveis em tanques enterrados;
c) Abastecimento dos veículos;
d) Operação do sistema de drenagem oleosa segregada da fluvial;
e) Troca de óleo lubrificante dos motores dos veículos;
f) Lavagens de veículos;
g) Operação da loja de conveniência / escritórios / arquivo morto.

Tais actividades, por mexerem com produtos químicos (combustíveis fósseis), são
consideradas potencialmente poluidoras, podendo, impactar o meio ambiente, em
função dos resíduos gerados.

Os principais resíduos gerados nessas actividades consistem em vapores de


combustíveis, flanelas e estopas contaminadas, efluentes líquidos, como águas oleosas,
filtros usados, óleo queimado, lodo tóxico das caixas separadoras de água e óleo e
embalagens de lubrificantes.

Segundo Santos (2005), os impactos ambientais causados por esses resíduos


provenientes da actividade de posto de combustível podem ser controlados e/ou
evitados, desde que, se invista em equipamentos mais adequados, implantando novas
tecnologias menos impactastes, para controle ambiental, promovendo um melhor
desempenho ambiental operacional ao não provocar incidentes dessa natureza.

Com relação aos sistemas de gestão, Santos (2005), diz que o simples fato dos postos de
combustíveis possuírem um sistema de gestão ambiental e aplicá-lo evitaria uma série
de problemas de ordem ambiental. Para tanto, ele sugere a adopção de um sistema
simplificado de Gestão Ambiental para os postos revendedor de combustíveis,
sintetizado nas seguintes directrizes:

1. Liderança e Comprometimento: o responsável pela organização deve ser


responsável e comprometido com as directrizes do sistema de gestão ambiental.
2. Objectivos Estratégicos: aqui as metas, programas e planos para alcançar os
objectivos devem ser registados. Os objectivos devem seguir os seguintes
tópicos: gerenciamento de combustíveis, gerenciamento de efluentes (sólidos,
líquidos e gasosos), administração predial e limpeza geral, gerenciamento de
água, energia e ruído e gerenciamento de segurança geral.
3. Organização e Responsabilidades: devem ser definidos os papéis e
responsabilidade de cada membro da equipe, com suas respectivas tarefas
descritas e garantida a sua capacidade via treinamento.
4. Gerenciamento dos Riscos Ambientais e seus Efeitos: para cada actividade
desenvolvida deve ser feita uma avaliação dos riscos ambientais envolvidos,
identificando os impactos sobre o meio ambiente.
5. Verificação e Controle Operacional: deve ser mantido um monitoramento e
acompanhamento permanente em todas as actividades.
6. Análise da Administração: por fim, deve ser feita anualmente uma revisão do
Sistema de Gestão Ambiental, para verificar as oportunidades de melhorias e
necessidade de alterações no sistema.

7. Identificar e classificar os previsíveis impactos ambientais decorrentes da


actividade de extracção da areia

As actividades desenvolvidas pelos postos de combustíveis são consideradas


potencialmente poluidoras, pois podem ser prejudiciais à água, ao solo e ao ar. Assim,
estas empresas vêm investindo em protecção ambiental de forma a assegurar a
integridade do meio ambiente. Neste âmbito, as administrações públicas estão
estabelecendo normas e procedimentos mais seguros e adequados para tais empresas,
potencialmente poluidoras.

Em contra partida o eco-marketing, protecção ambiental e competitividade económica


passaram a se entrelaçar tendo em vista o novo perfil de consumidor que querem
qualidade de vida e exigem responsabilidade ambiental por parte das organizações.

Nesse contexto o eco marketing, vem sendo utilizado pelas organizações como uma
ferramenta estratégica. Essa ferramenta projecta e sustenta a imagem da empresa
tornando-se um diferencial no mercado, cujo enfoque é agregar e satisfazer as
necessidades de consumidores ecologicamente conscientes e contribuir para criação de
uma sociedade sustentável. Os procedimentos necessários à gestão ambiental devem
instituir a forma como a empresa irá identificar os reflexos ambientais a serem
controlados, e de que maneira irá determinar aqueles que tenham ou possam vir a ter
impacto significativo sobre o meio ambiente (Venancio, 2008).
7.1. A Logística reversa como forma de gestão de resíduos

Segundo Leite (2006), quando se fala em logística reversa (LR) deve-se imediatamente
pensar no inverso da logística empresarial, que consiste no transporte, movimentação de
materiais, armazenagem, processamento de pedidos e gerenciamento de informações,
envolvendo o ciclo de actividades que acompanham o produto, desde sua matéria-prima
até o consumidor final. Deve-se, portanto, pensar nas actividades de gerenciamento do
retorno de produtos do consumidor ao fornecedor, ou seja, da disposição de embalagens
e resíduos, da reciclagem, da remanufactura e do reuso de materiais.

Para Leite (2006, p. 16), entende-se por logística reversa:

A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações


logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo
de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos,
agregando-lhes valor de diversas naturezas: económico, ecológico, legal, logístico, de
imagem corporativa, entre outros.

Infere-se daí, que a logística reversa consiste no processo de retorno dos produtos, de
seus resíduos, ou sucatas do consumidor para o fornecedor, para a reciclagem ou para o
reuso.

Para Leite (2006), quando os bens são devolvidos por defeitos, término de validade ou
estoques excessivos, eles farão parte da cadeia pós-venda e serão encaminhados para
mercados secundários. Já, quando eles são utilizados e posteriormente são descartados,
farão parte da cadeia de pós-consumo, onde poderão ser reciclados, remanufacturas,
reutilizados ou dispostos em aterros sanitários, dependendo de sua condição.
8. Conclusão

Nos tempos atuais, devido aos intensos problemas relacionados à degradação do meio
ambiente, vive-se um período onde a questão ambiental está ganhando força, os órgãos
ambientais estão cada vez mais actuantes e a legislação ambiental cada vez mais
rigorosa. Devido aos intensos impactos ambientais que o desenvolvimento de suas
actividades pode gerar, a legislação ambiental incidente sobre o ramo de postos
revendedores de combustíveis está cada vez mais severa, exigindo dos postos, eficientes
acções preventivas e correctivas com relação à geração de acidentes ambientais.

O licenciamento ambiental mostra-se como um importante instrumento para a


preservação do meio ambiente por parte dos postos revendedores de combustíveis, pois
cumprimento de suas exigências proporciona um controle eficiente dos diversos
impactos ambientais gerados pelas actividades desenvolvidas pelo sector.

As actividades de revenda de combustíveis vêm se tornando cada vez mais complexas,


tendo em vista que os custos de acidentes e incidentes ambientais, bem como os custos
para a sua remediação são elevados, exigindo dos postos revendedores a realização de
suas actividades de acordo com as normas e leis ambientais vigentes, bem como o
atendimento às boas práticas de trabalho, visando garantir a minimização de riscos ao
meio ambiente, à segurança e saúde dos trabalhadores e comunidade vizinha.
9. Referencias Bibliográficas

Instituto Nacional de Estatística (INE), IV RGPH, 2017.

LEITE, Paulo Roberto. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2.


Reimpressão. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall.

SANTOS, Ricardo José Shamá dos. (2005). A gestão ambiental em posto revendedor de
combustíveis como instrumento de prevenção de passivos ambientais.

VENANCIO, Tania Luciane; VIDAL, Carlos Magno de Sousa; MOISA, Rubia Elaine.
(2008). Avaliação da percepção da importância da gestão ambiental em postos de
combustíveis localizados na cidade de Irati, Paraná. Ambiência - Revista do Setor de
Ciências Agrárias e Ambientais, v. 4, n. 3 Set./Dez.

Comunicação Pessoal (cp) / Fontes Orais

 Pio José Tamelion – Chefe da Sede da Localidade de Zalala


 Alvim Armando Joaquim – Chefe do Comité da Localidade de Zalala, e
responsável pela cultura
 Luciano César Geriano – Regulo do Bairro Safuri
 José Paulene – Técnico Extensionista de Pescas da localidade de Zalala
 António Fijamo– Técnico agro-pecuário da localidade de Zalala

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