CONTEÚDOS
• PARTE IV : CALDEIRAS
• PARTE VI : DESTILAÇÃO
PARTE I
INTRODUÇÃO
CONCEITOS GERAIS
PARTE I - INTRODUÇÃO
- Mecânicas
- Transferência de Massa
- Transferência de Calor
Definição de Fluidos :
Separação de Fluidos :
Realizada por :
- Centrifugação
- Filtração
- Destilação
- Absorção – soluções líquido-gás
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Alguns conhecimentos são fundamentais para que se possa estudar de forma adequada a disciplina
denominada Operações Unitárias, como conhecimentos sobre conversão de unidades, unidades
que podem ser medidas lineares, de área, de volume, de massa, de pressão, de temperatura, de
energia, de potência. Outro conceito-base para “Operações Unitárias” é o de Balanço, tanto
Material quanto Energético.
• Conversão de Unidades
1 ft =12 in
1 in =2,54 cm
1 m =3,28 ft
1 m =100 cm = 1.000 mm
1 milha =1,61 km
1 milha =5.280 ft
1 km =1.000 m
1 ft3 = 28,32 L
1 ft3 = 7,481 gal
1 gal = 3,785 L
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1 bbl = 42 gal
1 m3 = 35,31 ft3
1 bbl = 0,159 1 m3
1 kg = 2,2 lb
1 lb = 454 g
1 kg = 1.000 g
1 t = 1.000 kg
1 HP = 1,014 CV
1 HP = 42,44 BTU/min
1KW = 1,341 HP
1 HP = 550 ft.lbf/s
1KW = 1 KJ/s
1 KWh = 3.600 J
1KW = 1.248 KVA
- Balanço Material : se baseia na Lei de Lavoisier da Conservação das Massas ; na natureza nada se
perde, nada se cria, tudo se transforma.
Igual
Massa que entra → PROCESSO → Massa que sai
Igual
Energia que entra → PROCESSO → Energia que sai
PARTE II
• NOÇÕES DE HIDROSTÁTICA
Hidrostática é o ramo da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em repouso. Este
nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água, é por isso que, por razões históricas,
mantém-se esse nome. Fluido é uma substância que pode escoar facilmente, não tem forma própria
e tem a capacidade de mudar de forma ao ser submetido à ação e pequenas forças. Lembrando que
a palavra fluido pode designar tanto líquidos como gases.
. ELEMENTOS DE HIDROSTÁTICA
A massa específica é uma característica da substância que constitui o corpo e é obtida pelo
quociente entre a massa e o volume do corpo, quando este é maciço e homogêneo. A unidade de
massa específica no SI é o kg/m3, mas também é muito utilizada a unidade g/cm3.
1 g/cm3 = 1000 kg/m3.
Importante
Densidade e densidade absoluta são grandezas físicas diferentes. Observe que podemos obter
qualquer das duas grandezas utilizando a fórmula acima, porém, só teremos a densidade absoluta
ou massa específica se o corpo em questão for maciço e homogêneo, de outra forma, o que
estaremos obtendo é uma característica do corpo chamada densidade.
# Pressão
Pressão é uma grandeza física obtida pelo quociente entre a intensidade da força (F) e a área (S)
em que a força se distribui.
A pressão que um líquido de massa específica m, altura h, num local onde a aceleração da
gravidade é g exerce sobre o fundo de um recipiente é chamada de pressão hidrostática e é dada
pela expressão:
. Teorema de Stevin
A diferença de pressão entre dois pontos, situados em alturas diferentes, no interior de um líquido
homogêneo em equilíbrio, é a pressão hidrostática exercida pela coluna líquida entre os dois pontos.
Uma consequência imediata do teorema de Stevin é que pontos situados num mesmo plano
horizontal, no interior de um mesmo líquido homogêneo em quilíbrio, apresentam a mesma pressão.
Prensa hidráulica :
. Empuxo
Empuxo é uma força vertical, orientada de baixo para cima, cuja intensidade é igual ao peso do
volume de fluido deslocado por um corpo total ou parcialmente imerso.
. Na Esfera A : E = P
A esfera A está em repouso, flutuando na superfície do líquido. Isto acontece quando a densidade do
corpo é menor que a densidade absoluta do líquido e, neste caso, o empuxo recebido pelo corpo é
igual ao seu peso.
Na Esfera : E + N = P
A esfera C está em repouso, apoiada pelo fundo do recipiente. Isto acontece quando a densidade do
corpo é maior que a densidade absoluta do líquido e, neste caso, o empuxo é menor que o peso do
corpo.
. Peso aparente
É a diferença entre o peso do corpo e o empuxo que ele sofreria quando imerso no fluido.
Para entender esse sistema, é importante pensar em um recipiente que possui alguns ramos que
são capazes de se comunicar entre si :
Como podemos observar na figura acima, o recipiente está cheio com apenas um líquido em
equilíbrio, portanto podemos concluir que:
1- A superfície que estiver sem líquido, será horizontal e irá atingir a mesma altura de h.
2-Quando os pontos do líquido estiverem na mesma altura z, a pressão do mesmo será igual.
Com isso pode-se concluir que esses fatos são denominados princípio dos vasos comunicantes.
Um outro exemplo, porém agora com dois líquidos homogêneos, representados por A e B e que não
podem se misturar ( imiscíveis ) :
Portanto:
• NOÇÕES DE HIDRODINÂMICA
. ELEMENTOS DE HIDRODINÃMICA
# Viscosidade
É a propriedade dos fluidos que está associada à maior ou menor resistência que eles oferecem ao
seu próprio escolamento.
Esta resistência se explica pelo atrito interno que ocorre entre as moléculas que compõe o fluido,
movimentando-se umas contras as outras, e por atrito dessas moléculas com as paredes do
recipiente que as contém.
Os fluidos com alta viscosidade como o melado ou mel, fluem mais lentamente que aqueles com
baixa viscosidade como a água. Todos os fluidos, líquidos e gases, têm certo grau de viscosidade.
Alguns materiais, como o piche, que parecem sólidos, são na realidade altamente viscosos e fluem
muito lentamente. O grau de viscosidade é importante em muitas aplicações. Por exemplo, a
Um escoamento simples está mostrado na figura abaixo para ilustrar a definição de viscosidade.
← τ F1 → escoamento →
F
τ : força ou tensão de cisalhamento ; τ= A
dV
V : velocidade de escoamento do fluido ; V=
dx
F dV F dV
α => =κ .
A dx A dx
. TIPOS DE VISCOSIDADE
Viscosidade Dinâmica (κ )
Os fluidos que obedecem a Lei de Newton para a Viscosidade, são denominados de “FLUIDOS
NEWTONIANOS “ . São fluidos que apresentam viscosidade constante.
Já os fluidos que não obedecem a Lei de Newton para a Viscosidade, são chamados de “FLUIDOS
NÃO NEWTONIANOS” . São fluidos que apresentam viscosidade variável.
Viscosidade Cinemática ( η )
É aquela que se obtém quando se relaciona a viscosidade dinâmica ( κ ) com a massa específica (
µ ) do fluido :
k
η= µ Cardoso
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• Unidades de Viscosidade
Viscosidade Dinâmica
A unidade no Sistema CGS de unidades para a viscosidade dinâmica é o poise (p), cujo nome
homenageia a Jean Louis Marie Poiseuille. Sói ser mais usado o seu submúltiplo: o centipoise (cp).
O centipoise é mais usado devido a que a água tem uma viscosidade de 1,0020 cp a 20 °C
1 poise = 100 centipoise = 1 g/(cm·s) = 0,1 Pa·s.
1 centipoise = 1 mPa·s.
Viscosidade cinemática
. Imagens de Viscosímetros
Inicialmente, vamos considerar apenas o que é chamado fluido ideal, isto é, um fluido incompressível
e que não tem força interna de atrito ou viscosidade. A hipótese de incompressibilidade é válida com
boa aproximaçãoquando se trata de líquidos; porém, para os gases, só é válida quando o
escoamento é tal que as diferenças de pressão não são muito grandes.
O caminho percorrido por um elemento de um fluido em movimento é chamado linha de
escoamento.Em geral, a velocidade do elemento varia em módulo e direção, ao longo de sua linha
de escoamento. Se cada elemento que passa por um ponto tiver a mesma linha de escoamento dos
precedentes, o escoamento é denominado estável ou estacionário.
No início de qualquer escoamento, o mesmo é instável, mas, na maioria dos casos, passa a ser
estacionário depois de um certo período de tempo. A velocidade em cada ponto do espaço, no
escoamento estacionário, permanece constante em relação ao tempo, embora a velocidade de uma
determinada partícula do fluido possa variar ao longo da linha de escoamento.
Linha de corrente é definida como uma curva tangente, em qualquer ponto, que está na direção do
vetor velocidade do fluido naquele ponto. No fluxo estacionário, as linhas de corrente coincidem com
as de escoamento.
. Tipos de Escoamento
O escoamento laminar caracteriza-se pelo movimento ordenado das moléculas do fluido, e todas
as moléculas que passam num dado ponto devem possuir a mesma velocidade. O movimento do
fluido pode, em qualquer ponto, ser completamente previsto.
O escoamento turbulento não é interessante devido às desvantagens e perigos que sua presença
pode acarretar. Quando um corpo se move através de um fluido, de modo a provocar turbulência, a
resistência ao seu movimento é bastante grande. Por esta razão, aviões, carros e locomotivas são
projetados de forma a evitar turbulência.
# Vazão
Vazão é a quantidade em volume de fluido que atravessa uma dada seção do escoamento por
unidade de tempo.
Nota: A determinação da vazão pode ser direta ou indireta; considera-se forma direta sempre que
para a sua determinação recorremos a equação 3.1 e forma indireta quando recorremos a algum
aparelho, como por exemplo Venturi, onde:
Vazão em massa é a quantidade em massa do fluido que atravessa uma dada seção do escoamento
por unidade de tempo.
Nota: O conceito de vazão em massa é fundamental para o estudo de escoamentos onde a variação
de temperatura não é desprezível.
Vazão em peso é a quantidade de peso do fluido que atravessa uma dada seção do escoamento por
unidade de tempo.
. Relação entre Vazão em Peso (QG), Vazão em Massa (Qm) e Vazão em Volume (Q)
Para obtenção desta relação, evocamos os conceitos de peso específico (γ = G/V) e massa
específica (ρ = m/v), através dos mesmos, obtemos a relação deseja.
. Unidades de QG, Qm e Q
Para que possamos evocar as suas principais unidades, introduzimos inicialmente as suas equações
dimensionais.
. Cálculos da vazão
São ainda muito usadas as unidades litro por segundo e metro cúbico por hora (m3/h).
Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando com
velocidade constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v) do fluido, em
dada seção do condutor, pela área (A) da seção considerada, ou seja:
Q = A .v
V = A .v.t
V
Como Q = , tem-se : Q = A . v
t
. Exemplos práticos
1) Um condutor de 20 cm2 de área de secção reta despeja gasolina num reservatório. A velocidade
de saída da água é de 60 cm3/s. Qual a vazão do fluido escoado?
V = 60 cm3/s A = 20 cm2
Q = A.v
Q = 20 x 60
Q = 1.200 cm3/s
. Resolução :
2) Uma bomba transfere óleo diesel em um reservatório à razão de 20 m3/h. Qual é o volume do
reservatório, sabendo-se que ele está completamente cheio após 3 horas de funcionamento de
bomba ?
Dizemos que um fluido encontra-se escoando em regime permanente quando a velocidade, num
dado ponto, não varia com o tempo.
Assim, considerando vários pontos quaisquer no interior de um fluido, estes estarão em regime
permanente, desde que toda partícula que chegue a cada um desses pontos, passe com a mesma
μ1.A1.v1 = μ2.A2.v2
Esta relação mostra que onde a área da secção do condutor for maior, a velocidade de scoamento
da massa fluida é menor e vice-versa.
. Exemplos práticos
1) Um duto de secção retangular possui um estreitamento cuja área de secção é de 100 cm2.
Certo líquido flui no duto à razão de 90 litros/min. Calcular a velocidade do líquido no estreitamento.
. Resolução :
O problema fornece vazão do líquido no interior do duto em sua parte mais larga.
Sabe-se que:
Q1 = Q2
Q1 = A2 v2
Logo, v2 = Q1/A2
Deve-se estar atentos para as unidades.
2) Calcular a velocidade do fluido na parte mais larga do condutor mostrado na figura abaixo:
v1 = 5 ,0 cm/s v2 = ?
A1.v1
A1.v1 = A2 . v2 => v2 =
A2
40x5 200
=> v2 = => v2 = = 1,3 cm / s
150 150
Número de Reynolds ( NR )
Quando a velocidade de um fluido que escoa em um tubo excede certo valor crítico, o regime de
escoamento passa de lamelar para turbulento, exceto em uma camada extremamente fina junto à
parede do tubo, chamada camada limite, onde o escoamento permanece laminar.
Além da camada limite, onde o escoamento é turbulento, o movimento do fluido é altamente
irregular, caracterizado por vórtices locais e um grande aumento na resistência ao escoamento.
O regime de escoamento, se lamelar ou turbulento, é determinado pela seguinte quantidade
adimensional, chamada Número de Reynolds :
NR = r D v / κ
Esta velocidade média é definida como a velocidade uniforme em toda a seção reta do tubo que
produz a mesma vazão.
Com a Lei de Stokes viu-se que a força resistiva sobre uma esfera que se move em um fluido
viscoso com uma velocidade não muito grande é proporcional ao módulo desta velocidade.
Por outro lado, a força resistiva sobre qualquer objeto sólido que se move em um fluido viscoso com
velocidades maiores é aproximadamente proporcional ao módulo da velocidade ao quadrado.
Reynolds, estudando a causa destas duas diferentes leis de atrito nos fluidos, descobriu que a
mudança da lei de primeira potência para a de segunda potência não era gradual, mas sim, brusca,
e ocorria, para qualquer fluido dado e qualquer aparato de medida, sempre na mesma velocidade
crítica.
Reynolds mostrou experimentalmente que esta mudança acontecia simultaneamente com a
mudança no regime do escoamento do fluido no aparato de medida, de laminar para turbulento.
O experimento consistia em introduzir um fio de líquido colorido no centro de um tubo através do
qual o mesmo líquido, sem corante, escoava com uma velocidade controlada.
A baixas velocidades
de escoamento, o fio
de líquido colorido
permanecia reto e contínuo pelo comprimento do tubo e quando certa velocidade crítica era atingida,
a linha colorida era violentamente agitada e sua continuidade destruída por curvas e vórtices,
revelando assim fluxo turbulento. Exatamente nesta velocidade crítica é que a lei de atrito no fluido
passava de uma lei de primeira potência para uma de segunda potência.
# Perda de Carga
. Conceito
Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá sempre uma
perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de ventilação ou exaustão) ou perda de
carga (Sistemas de bombeamento de líquidos). Esta perda de energia é devida principalmente ao
atrito do fluído com uma camada estacionária aderida à parede interna do tubo. O emprego de
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tubulações no transporte de fluídos pode ser realizada de duas formas: tubos fechados e canais
abertos. Em suma, perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso do fluido quando este
escoa. No cotidiano a perda de carga é muito utilizada, principalmente em instalações hidráulicas.
Por exemplo, quanto maior as perdas de cargas em uma instalação de bombeamento, maior será o
consumo de energia da bomba. Para estimar o consumo real de energia é necessário que o cálculo
das perdas seja o mais preciso possível.
No caso de escoamentos reais, a preocupação principal são os efeitos do atrito. Estes provocam a
queda da pressão, causando uma "perda", quando comparado com o caso ideal, sem atrito. Para
simplificar a análise, a "perda" será dividida em distribuídas (devidas ao atrito em porções de área
constante do sistema) e localizadas (devidas ao atrito através de válvulas, tês, cotovelos e outras
porções do sistema de área não-constante). Como os dutos de seção circular são os mais comuns
nas aplicações de engenharia, a análise básica será feita para geometria circular. Os resultados
podem ser estendidos a outras formas pela introdução do diâmetro hidráulico. A perda de carga total
(Hp) é considerada como a soma das perdas distribuídas (hf) devidas aos efeitos de atrito no
escoamento completamente desenvolvido em tubos de seção constante, com as perdas localizadas
(hs) devidas a entradas, acessórios, mudanças de área etc. Consequentemente, consideram-se as
perdas distribuídas e localizadas em separado.
Em resumo :
A Perda de Carga pode ser definida como sendo a perda de energia que o fluido sofre durante o
escoamento em uma tubulação. É o atrito entre o fluido (no nosso caso a água) e a tubulação,
quando o fluido está em movimento.
É a resistência ao escoamento devido ao atrito entre o fluido e a tubulação, mas que pode ser maior
ou menor devido a outros fatores tais como o tipo de fluido (viscosidade do fluido), ao tipo de
material do tubo (um tubo com paredes rugosas causa maior turbulência), o diâmetro do tubo e a
quantidade de conexões, registros, etc existentes no trecho analisado.
I. Comprimento da tubulação ( l )
III. Velocidade ( v )
Quanto maior a velocidade do fluido, maior a perda de carga.
a. Rugosidade
A rugosidade depende do material do tubo. Existem tabelas onde encontramos esses valores em
função da natureza do material do tubo.
b. Tempo de uso
O tempo de uso, ou seja, a idade do tubo também é uma variável a ser considerada, devido
principalmente ao tipo de material que for utilizado (ferro fundido, aço galvanizado, aço soldado com
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revestimento, etc.). O envelhecimento de um tubo provoca incrustações ou corrosões que poderão
alterar desde o fator de rugosidade ou até o diâmetro interno do tubo.
c. Viscosidade do fluido
onde:
J = Perda de Carga
l = comprimento
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d = diâmetro
f = fator - viscosidade, rugosidade, idade do tubo, etc.
Esse método consiste em aplicar uma fórmula empírica criada para água em uma tubulação feita
com determinado material. Dentre as várias fórmulas criadas com esse método, muitas vezes se
adota a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao (FWH), pois é a que melhor se adapta a muitos projetos,
como os para tubulações em PVC de até 100 mm de diâmetro.
I. Normais
As perdas de cargas normais ocorrem ao longo de um trecho de tubulação retilíneo, com diâmetro
constante. Se houver mudança de diâmetro, muda-se o valor da perda de carga.
As perdas de carga acidentais ou localizadas são as perdas que ocorrem nas conexões (curvas,
derivações), válvulas (registros de gaveta, registros de pressão, vávulas de descarga) e nas saídas
de reservatórios. Essas peças causam turbulência, alteram a velocidade do fluido, aumentam o atrito
e provocam choques das partículas líquidas.
3. Energia de fluxo: é a energia que um fluido contém devido à pressão que possui.
mesmos termos.
onde:
V = velocidade do fluido na seção considerada.
g = aceleração gravitacional
z = altura na direção da gravidade desde uma cota de referência.
P = pressão ao longo da linha de corrente.
ρ = densidade do fluido.
Viscosidade (atrito interno) = 0 , ou seja, se considera que a linha de corrente sobre a qual se
Caudal constante
v= 2 gH
1 ) Qual a pressão manométrica dentro de uma tubulação onde circula ar se o desnível do nível do
mercúrio observado no manômetro de coluna é de 4 mm?
Considere: densidade do Mercúrio = ρhg = 13600 kg/m3 e aceleração gravitacional g = 9,81 m/s2
A pressão absoluta é a soma dessa pressão com a pressão atmosférica (101325 Pascals).
2 ) Qual a vazão de água (em litros por segundo) circulando através de um tubo de 32 mm de
diâmetro, considerando a velocidade da água como sendo 4 m/s? Lembre-se que 1 m3 = 1000 litros
Resolução :
Solução: Vazão = V . A
Logo: V = Vazão / A
4 ) Qual a velocidade da água através de um furo na lateral de um tanque, se o desnível entre o furo
e a superfície livre é de 2 m ?
Resolução:
5 – Qual a perda de carga em 100 m de tubo liso de PVC de 32 mm de diâmetro por onde escoa
água a uma velocidade de 2 m/s?
Resolução:
Com o número de Reynolds e o Diagrama de Moody, obtemos para o tubo liso que o fator de atrito f
= 0,02.
Resolução :
Com o número de Reynolds, podemos agora obter o fator de atrito através do diagrama de Moody,
onde se obtém o fator de atrito f = 0,095.
PARTE III
BOMBAS HIDRÁULICAS
1. MÁQUINAS
Entre os diversos tipos de máquinas, as máquinas fluidas são aquelas que promovem um intercâm-
bio entre a energia do fluido e a energia mecânica.
- máquina hidráulica motora ou motriz : transforma a energia hidráulica em energia mecânica ( ex. :
turbinas hidráulicas e rodas d’água ).
Dessa forma, por exemplo, as bombas hidráulicas são máquinas motrizes que sugam ou empurram
um fluido, obrigando-o a água a subir. Há muitos tipos de bombas.
2. BOMBAS HIDRÁULICAS
Uma bomba hidráulica é um dispositivo que adiciona energia aos líquidos, tomando energia
mecânica de um eixo, de uma haste ou de um outro fluido: ar comprimido e vapor são os mais
usuais. As formas de transmissão de energia podem ser: aumento de pressão, aumento de
velocidade ou aumento de elevação – ou qualquer combinação destas formas de energia. Como
consequência, facilita-se o movimento do líquido. É geralmente aceito que o líquido possa ser uma
mistura de líquidos e sólidos, nas quais a fase líquida prepondera.
Outras máquinas destinadas a adicionar energia aos fluidos na forma de vapor e gases só são
chamadas de bombas apenas eventualmente. Como exemplos, há a bomba de vácuo, destinada a
esgotar ar e gases, e a bomba manual de ar, destinada a encher pneumáticos, bolas de futebol,
brinquedos e botes infláveis, etc. As máquinas que se destinam a manusear ar, gases ou vapores
são normalmente chamadas pelos técnicos de ventiladores ou ventoinhas, sopradores ou
compressores.
Bombas Hidráulicas são máquinas motrizes que recebem energia potencial de um motor ou de uma
turbina, e transforma parte desse energia em potência :
As bombas cedem estas duas formas de energia ao fluido bombeado, para fazê-lo recircular ou
transportá-lo de um ponto a outro.
. Bombas de Pistão
Funcionam através da ação de umm pistão sob uma porção de fluido presa em uma câmara.
Quando o pistão se move, o fluido é impulsiondado para fora. Desse modo, a energia do pistão é
transferida para o fluido.
. Bombas de Diafragma
Funcionam através do movimento hidráulico de um pistão sob uma membrana flexível, chamada de
diafragma, que serve para reter uma porção de fluido em seu interior e expulsá-lo no movimento
inverso do pistão. Possui válvulas de admissão e de descarga.
Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força
centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando
líquido do centro para a periferia do conjunto girante.
Portanto, funcionam através do movimento rotativo de engrenagens ( lóbulos, plahetas ou fusos ) ,
que retém o fluido no espaço formado entre a carcaça e as engrenagens.
. Descrição
Constam de uma câmara fechada, carcaça, dentro da qual gira uma peça, o rotor, que é um conjunto
de palhetas que impulsionam o líquido através da voluta (Figura abaixo ). O rotor é fixado no eixo da
bomba, este contínuo ao transmissor de energia mecânica do motor.
A carcaça é a parte da bomba onde, no seu interior, a energia de velocidade é transformada em
energia de pressão, o que possibilita o líquido alcançar o ponto final do recalque. É no seu interior
que está instalado o conjunto girante (eixo-rotor) que torna possível o impulsionamento do líquido.
Voluta dupla
Para vazões médias e grandes alguns fabricantes optam por bombas de entrada bilateral para
equilíbrio do empuxo axial e dupla voluta para minimizar o desequilíbrio do empuxo radial. A carcaça
tipo difusor não apresenta força radial, mas seu emprego é limitado a bombas verticais tipo turbina,
bombas submersas ou horizontais de múltiplos estágios e axiais de grandes vazões. A carcaça tipo
difusor limita o corte do rotor de modo que sua faixa operacional com bom rendimento, torna-se
reduzida.
Rotor: órgão móvel que fornece energia ao fluido. É responsável pela formação de uma depressão
no seu centro para aspirar o fluido e de uma sobrepressão na periferia para recalcá-lo.
Difusor: canal de seção crescente que recebe o fluido vindo do rotor e o encaminha à tubulação de
recalque. Possui seção crescente no sentido do escoamento com a finalidade de transformar a
energia cinética em energia de pressão ; são aletas estacionárias que oferecem ao fluido um canal
de área crescente desde o rotor até a carcaça.
Voluta : o rotor descarrega fluido num canal de área de seção reta contínua e crescente.
Aumentando a área, a velocidade diminui, reduzindo assim a formação de turbilhões.
saída
em caracol ( difusor )
a) Bombas radiais ou centrífugas: o fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção radial.
Caracterizam-se pelo recalque de pequenas vazões em grandes alturas. A força predominante é a
centrífuga. Pelo fato das bombas centrífugas serem as mais utilizadas, será abordado, neste
material, todo o seu princípio de funcionamento e critérios de seleção.
b) Bombas Axiais: o fluido entra no rotor na direção axial e sai também na direção axial.
Caracterizam-se pelo recalque de grandes vazões em pequenas alturas. A força predominante é a
de sustentação.
a) Bombas de sucção simples ou de entrada unilateral: a entrada do líquido se faz através de uma
única boca de sucção.
b) Bombas de dupla sucção: a entrada do líquido se faz por duas bocas de sucção, paralelamente ao
eixo de rotação. Esta configuração equivale a dois rotores simples montados em paralelo. O rotor de
dupla sucção apresenta a vantagem de proporcionar o equilíbrio dos empuxos axiais, o que acarreta
uma melhoria no rendimento da bomba, eliminando a necessidade de rolamento de grandes
dimensões para suporte axial sobre o eixo.
a) Bombas de simples estágio ou unicelular: a bomba possui um único rotor dentro da carcaça.
Teoricamente é possível projetar uma bomba com um único estágio para qualquer situação de altura
manométrica e de vazão. As dimensões excessivas e o baixo rendimento fazem com que os
fabricantes limitem a altura manométrica para 100 m.
b) Bombas de múltiplo estágio: a bomba possui dois ou mais rotores dentro da carcaça. É o
resultado da associação de rotores em série dentro da carcaça.
Essa associação permite a elevação do líquido a grandes alturas (> 100 m), sendo o rotor radial o
indicado para esta associação.
a) Rotor aberto: usada para bombas de pequenas dimensões. Possui pequena resistência estrutural.
Baixo rendimento. Dificulta o entupimento, podendo ser usado para bombeamento de líquidos sujos.
a) Bomba de sucção positiva: o eixo da bomba situa-se acima do nível d’água do reservatório de
sucção .
b) Bomba de sucção negativa ou afogada: o eixo da bomba situa-se abaixo do nível d’água do
reservatório de sucção .
Funcionam através do movimento rotativo de engrenagens ( lóbulos, palhetas ou fusos ) , que retém
fluido no espaço entre a carcaça e as engrenagens.
- São utilizados para fluidos viscosos quaisquer, desde que não contenham sólidos em suspensão.
A folga entre a carcaça e a ponta da engrenagem ( lóbulos, palhetas ou fusos ) é mínimo, sendo
proibitiva a presença de sólidos em suspensão e utilizando o próprio fluido como lubrificante.
GAXETAS :
São componentes utilizados para a vedação das bombas centrífugas . São montadas em torno do
eixo da bomba e apertadas por um outro componente chamado “preme-gaxetas”.
Não podem ser totalmente apertadas, devendo permitir um vazamento em média de 40 a 60 gotas
por minuto para a lubrificação e refrigeração.
São sistemas de selagem utilizados quando não se pode deixar o fluido bombeado vazar. Permitem
vazamento 100 vezes menores que as gaxetas.
São formados por componentes mecânicos mais elaborados, requerendo melhor eficiência de
lubrificação e resfriamento, sendo muitas vezes utilizados outros fluidos ( água, etilenoglicol ),
que deve ser limpo.
FILTROS DE SUCÇAO
São instalados na sucção das bombas para protegê-las da presença de sólidos estranhos, que
poderiam danificá-las internamente.
Com a continuidade operacional os filtros permanentes tendem a limitar o fluxo para a bomba,
podendo provocar danos mecânicos nas mesmas. Para facilitar a limpeza, a maior parte dos
fabricantes prevê um dreno no ponto mais baixo.
São válvulas que controlam a pressão na tubulação automaticamente pela ação da força de uma
mola. Podem ser para pressões positivas ou para vácuo.
Uma válvula de segurança é projetada para proteger o sistema e não para operar permanentemente
aberta.
PARTIDA :
. Antes da partida :
. Após a partida :
* Observações :
Para bombas centrífugas, a recomendação é de valores em torno de 50% do BEP ( Best Efficiency
Point – Ponto de Melhor Eficiência ) . Entretanto, muitos fabricantes estabelecem valores em torno
de 5 a 20% da vazão do BEP .
Se uma bomba operar continuamente com vazões abaixo dos valores mínimos recomendados,
haverá danos mecânicos na bomba produzido pela elevação da temperarutura até a vaporização do
fluido.
ESCORVA :
As bombas centrífugas não são capazes, normalmente, de aspirar o fluido quando esse se encontra
abaixo da sua linha. Nesse caso é necessário encher a bomba manualmente antes da partida. Esse
procedimento chama-se escorva.
Para que a escorva seja realizada é preciso que exista uma válvula de retenção no início da
tubulação.
Se a escorva for aquecida, a bomba não parte.
PRESSÃO DE VAPOR :
A temperatura na qual um líquido ferve é chamada de Ponto de Ebulição (PE) . O ponto de ebulição
por sua vez, varia com a pressão atmosférica. Assim, quanto menor a pressão, menor o PE.
Então, a fervura de qualquer líquido varia com a pressão atmosférica.
PRESSÃO DE VAPOR é a pressão na qual um líquido ferve. Todo líquido tem a sua pressão de
vapor que varia com a temperatura.
. Conclusões :
* O FENÔMENO DA CAVITAÇÃO
. Descrição do fenômeno
Como qualquer outro líquido, a água também tem a propriedade de vaporizar-se em determinadas
condições de temperatura e pressão. E assim sendo temos, por exemplo, entra em ebulição sob a
pressão atmosférica local a uma determinada temperatura, por exemplo, a nível do mar (pressão
atmosférica normal) a ebulição acontece a 100oC. A medida que a pressão diminui a temperatura de
ebulição também se reduz. Por exemplo, quanto maior a altitude do local menor será a temperatura
de ebulição. Em consequência desta propriedade pode ocorrer o fenômeno da cavitação nos
escoamentos hidráulicos.
Causas da cavitação
- Queda de rendimento
- Marcha irregular
- Vibração provocada pelo desbalanceamento
- Ruído provocado pela implosão das bolhas
Primeiramente, elaborando-se um bom projeto para a linha de sucção. Segundo, aplicando-se uma
manutenção preventiva.
São as iniciais do termo em inglês NET POSITIVE SUCTION HEAD, cuja tradução para o
Português, seria o equivalente a “Balanço no Topo da Sucção Positiva” ou “Altura Livre Positiva de
Sucção “.
→ NPSH (Net Positive Sucction Head) : pressão residual com que o fluido chega na entrada da
bomba que vai fazer com que a pressão do fluido no interior da bomba não atinja a pressão de vapor
do fluido.
→ NPSH requerido : pressão requerida pela bomba para que a mesma funcione.
→ NPSH disponível : pressão com que o fluido chega até a entrada da bomba (energia que o tipo
de instalação fornece ao fluido).
. Obs.: para que a bomba funcione sem cavitação é necessário que o NPSH disponível seja 10%
maior que o NPSH requerido.
Altura manométrica total é a energia por unidade de peso que o sistema solicita para transportar o
fluido do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma determinada vazão. Essa
energia será fornecida por uma bomba, que será o parâmetro fundamental para o selecionamento da
mesma.É importante notar que em um sistema de bombeamento, a condição requerida é a vazão,
enquanto que a altura manométrica total é uma consequência da instalação.
As curvas tipo drooping são ditas instáveis e são próprias de algumas bombas centrífugas de alta
rotação e para tubulações e situações especiais, principalmente em sistemas com curvas de
encanamento acentuadamente inclinadas. As demais são consideradas estáveis, visto que estas
para cada altura corresponde uma só vazão, sendo a rising a de melhor trabalhabilidade (Figura
abaixo ) .
A função de uma bomba é transferir energia para o fluido, logo sua operação sempre implica em
consumo de energia.
• TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
- bombas centrífugas operando em temperaturas altas : Risco de cavitação e danos para a bomba.
. Em Série
. Em Paralelo
Bombas em série :
Quando a altura manométrica for muito elevada, devemos analisar a possibilidade do emprego de
bombas em série, pois esta solução poderá ser mais viável, tanto em termos técnicos como
econômicos. Como principal precaução neste tipo de associação, devemos verificar se cada bomba
a jusante tem capacidade de suporte das pressões de montante na entrada e de jusante no interior
da sua própria carcaça. Para melhor operacionalidade do sistema é aconselhável a associação de
bombas idênticas, pois este procedimento flexibiliza a manutenção e reposição de peças.
Em resumo :
Teoricamente temos que bombas em série somam alturas e bombas em paralelo somam vazões. Na
prática, nos sistemas de recalque, isto dependerá do comportamento da curva característica da
bomba e da curva do encanamento, como estudaremos adiante.
PARTE IV
CALDEIRAS
PARTE IV – CALDEIRAS
1. INTRODUÇÃO
2. CALDEIRAS
2.1. Descrição
As caldeiras ou geradores de vapor, são equipamentos destinados a transformar água
em vapor.
A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento de calor sensível à água até
alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e
mais o calor de superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada
pela queima de um combustível.
2.2. Classificação
No primeiro caso, os gases quentes passam por dentro de tubos, ao redor dos quais está
a água a ser aquecida e evaporada. Os tubos são montados à maneira dos feixes de
permutadores de calor, com um ou mais passos dos gases quentes através do mesmo.
Na figura 01, podemos ver em corte uma caldeira deste tipo. As caldeiras flamotubulares
são empregadas apenas para pequenas capacidades e quando se quer apenas vapor
saturado de baixa pressão.
Figura 1. Caldeira flamotubular de traseira molhada, com dois passes, para óleo e gás.
O outro tipo, que é o mais empregado, como o próprio nome indica, tem circulação de água por
dentro dos tubos e os gases quentes envolvendo-os. São usados para instalações de maior porte e
na obtenção de vapor superaquecido.
Sendo este tipo o mais importante, veremos com mais detalhes seus componentes.
2.2.2.1. Componentes
A câmara de combustão é a região onde se dá a queima do combustível, com produção dos gases
de combustão que fornecem calor à água.
Os tubos servem para a circulação de vapor e água dentro da caldeira, a fim de permitir a troca de
calor entre os gases quentes de combustão e a água ou vapor.
Os coletores são peças cilíndricas, às quais chegam e saem conjuntos de tubos, cuja finalidade,
como o próprio nome indica, é coletar água ou vapor.
O tubulão é um tambor horizontal, situado no ponto mais alto do corpo principal da caldeira, ao qual
acham-se conectados, através de tubos, os coletores, que se encontram em níveis diferentes dentro
da caldeira.
A água circula várias vezes através do conjunto tubulão-coletores descendo pelos tubos externos e
retornando pelos internos. Essa circulação natural é provocada pela diferença de pressão exercida
pelas colunas líquidas e pelas correntes de convecção formadas. A coluna externa contendo
somente água é mais pesada do que a coluna interna contendo água + vapor, promovendo então a
circulação. A parte vaporizada vai se armazenando no tubulão, enquanto o líquido volta a circular.
Além de acumular o vapor, o tubulão recebe também a água de alimentação, que vem do
economizador. O espaço acima do nível d’água no tubulão, chama-se espaço de vapor.
Para evitar o arraste de gotículas de líquido junto ao vapor no espaço de vapor existem chicanas
com a finalidade de separar o líquido arrastado.
O vapor saturado separado no tubulão passa a outro conjunto de serpentinas, o superaquecedor,
onde é obtido o seu superaquecimento. As serpentinas do superaquecedor têm suas extremidades
ligadas a dois coletores de vapor. O superaquecedor pode situar-se na zona de radiação ou
convecção, conforme o grau de superaquecimento para o qual as caldeiras são projetadas.
O pré-aquecedor de ar é utilizado para, aproveitando parte do calor dos gases residuais de
combustão, aquecer o ar de alimentação das chamas.
No economizador, a água de a1imentação passa por uma serpentina ou feixe tubular, a fim de
aproveitar também o calor dos gases residuais da combustão, para depois ir, então, ao tubulão já
pré-aquecido, o que representa uma economia de energia.
As paredes da caldeira são revestidas internamente de tijolos refratários, resistentes a altas
temperaturas, que protegem as partes metálicas estruturais da caldeira contra deterioração por alta
temperatura e produzem homogeneização da temperatura por reflexão do calor das chamas.
Os maçaricos das caldeiras são semelhantes aos dos fornos.
Os sopradores de fuligem são tubos providos de orifícios, inseridos transversalmente aos tubos das
serpentinas, em diversos locais da caldeira. São ligados, externamente à caldeira, ao sistema de
vapor. Durante a operação da caldeira, há deposição de fuligem nos tubos, o que dificulta a
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 75
transferência de calor. De tempos em tempos, então, é injetado vapor através deste sistema com a
finalidade de remover a fuligem. Para melhorar a atuação dos mesmos, os sopradores geralmente
têm movimento de rotação, atuando assim em maior área.
Os ventiladores têm a finalidade de movimentar o ar de combustão até os queimadores na câmara
de combustão e os gases da câmara de combustão até a chaminé. Existem dois tipos funcionais de
ventiladores: de tiragem forçada, que apanha o ar atmosférico e o envia através dos dutos da
caldeira para os queimadores e o de tiragem induzida, instalado na saída da caldeira, que succiona
os gases de combustão de dentro da câmara e os conduz à chaminé.
A chaminé é a parte que conduz os gases de combustão à atmosfera (em altura suficientemente
grande para que não venham a ser danosos ao meio ambiente).
As válvulas de segurança são válvulas especiais, instaladas no tubulão, cuja finalidade é dar saída
ao vapor no caso deste atingir uma pressão superior a um máximo admitido pelas condições de
segurança operacional.
Veremos a seguir três tipos de males que ocorrem em caldeiras, os quais podem ser agravados pela
ocorrência de mais de um, simultaneamente.
2.3.1. Superaquecimento
• funcionamento anormal
• deficiência de montagem
• defeito do queimador.
_ Circulação deficiente de água devido a:
• Obstruções internas;
• Falha de alimentação.
_ Deterioração do refratário
2.3.2. Corrosão
• Internamente aos tubos, tubulão, coletores etc., devido a deficiência de tratamento da água e,
no caso da presença de oxigênio( O2 )e dióxido de carbono (CO2) dissolvidos, devido a má
desaeração.
• Externamente aos tubos, devido à formação de sais de vanádio, no caso de o mesmo estar
presente no óleo combustível, que agem como catalisadores na formação de ácido sulfúrico a partir
de S02 (formado pela combustão de produtos de enxofre, que se encontram no óleo combustível).
• Na parte externa da caldeira, devido às condições atmosféricas.
Nas caldeiras de tubos verticais, os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico fechado
nas extremidades por placas, chamadas espelhos. A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo
abaixo do espelho inferior. Os gases de combustão sobem através dos tubos, aquecendo e
vaporizando a água que está em volta deles.
As fornalhas externas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de combustíveis
de baixo poder calorífico, tais como: serragem, palha, casca de café e de amendoim e óleo
combustível (1A, 2A ... etc.)
Aa caldeira aLancaster são de construção idêntica à anterior, porém tecnicamente mais evoluída.
Pode ser constituída de dois a quatro tubulões internos e suas características são: área de troca
térmica de 120 a 140m² e vaporização de 15 a 18 kg de vapor/m². Algumas delas apresentam tubos
de fogo e de retorno, o que apresenta uma melhoria de rendimento térmico em relação às anteriores.
Como o próprio nome indica possui vários tubos de fumaça. Podem ser de três tipos:
A caldeira escocesa, criada basicamente para uso marítimo, é o modelo de caldeira industrial mais
difundido no mundo. É destinada à queima de óleo ou gás, tendo ainda pressão máxima de 18
kgf/cm², rendimento térmico em torno de 83% e taxa de vaporização de 30 a 35 kg de vapor/m².
2.4.9.1. Vantagens
2.4.9.2. Desvantagens
O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis pela absorção do calor
contido nos gases de exaustão usados para o aquecimento da água. Ligam o espelho frontal com o
posterior, podendo ser de um, dois ou três passes.
A eficiência de uma caldeira fogotubular não é um cálculo misterioso. esta breve explanação tem o
objetivo de orientar técnicos e engenheiros sobre a eficiência das caldeiras e para os usuários do
programa eficiência steammaster.
e, se para muitos o assunto já é repetitivo, para outros pode ser muito esclarecedor. persistindo
dúvidas entre em contato. eficiência da combustão eficiência de combustão é a indicação da
habilidade do queimador em queimar o combustível.
a quantidade de combustível não queimado e o ar em excesso são usados para definir a eficiência
de combustão de um queimador. a maior parcela das perdas apresentadas por uma caldeira se dá
pelos gases da combustão que são lançados pela chaminé. se um queimador não consegue obter
uma queima limpa com baixo excesso de ar, é então regulado para trabalhar com excesso de ar,
sendo que este excesso de ar só abaixa a temperatura da chama e reduz a capacidade de geração
da caldeira, rebaixando também drasticamente a eficiência.
A eficiência por este método é baseada na proporção da saída e entradas de calor na caldeira. Ela é
calculada em se dividindo a saída da caldeira (Kcal) pela entrada da caldeira (Kcal) e multiplicando
por 100. A entrada atual e saída da caldeira são determinadas pela instrumentação e os dados são
usados nos cálculos que resultam na eficiência combustível para vapor sendo ainda hoje o método
mais difícil de se realizar devido à necessidade de se conhecer com precisão, no mínimo os
seguintes parâmetros: vazão de vapor, água, combustível e a temperatura destes.
Todas as caldeiras têm perdas de convecção e radiação. As perdas representam a radiação do calor
da caldeira para o ambiente.
Radiações e perdas de convecções expressas em Kcal/h, são essencialmente constantes na área de
caldeira, mas variam entre diferentes tipos de caldeiras, tamanhos, pressões de operação e carga de
trabalho. Todas as caldeiras Steammaster FOUR, são isoladas com 100 mm de lã de rocha de alta
densidade, com proteção em aço inoxidável (toda a caldeira é isenta de amianto).
A eficiência da caldeira, quando calculada pelo método de equilíbrio de calor ASME, inclui perdas na
chaminé e radiação e convecções. Mas que fatores têm efeito maior na eficiência de uma caldeira?
Em uma primeira discussão, o projeto da caldeira é o maior fator.
São fatores-chaves para entendermos os cálculos de eficiência da caldeira:Temperatura dos gases
(Temperatura da chaminé); Especificações do combustível; Ar excesso; Temperatura do ar
ambiente; Perdas por radiação e convecção.
A especificação do combustível pode também ter um efeito dramático sobre a eficiência. No caso de
combustíveis gasosos, o maior teor de hidrogênio forma mais vapor de água durante a combustão.
Este vapor de água usa energia assim que muda de fase no processo de combustão. (A água que
acaba de ser formada na combustão do hidrogênio formando H 2O, se evapora exigindo para isto seu
calor de vaporização que é então lançado na chaminé). Esta é a razão porque o óleo combustível
queima em um nível de eficiência maior do que o gás natural.
Quando estiver analisando o cálculo ou eficiência garantida, verifique as especificações do
combustível, é a representação do combustível que você usará na caldeira? A representação da
eficiência da combustão usando baixo teor de hidrogênio poderá não ser uma avaliação apurada do
seu consumo de combustível.
2.7.5.3. Excesso de ar
Perdas de radiação e convecção são também uma função da velocidade do ar na casa de caldeiras.
Uma típica casa de caldeira não tem velocidades de vento altas. Caldeiras operando do lado de fora
no entanto, terão maiores perdas de convecção e radiação.
O termo eficiência da caldeira é freqüentemente substituído por eficiência térmica. E para nós da
Steammaster é importante fazer esta distinção, porque se para uma análise/comparação entre
momentos diferentes do mesmo equipamento, ou entre equipamentos distintos com a mesma
metodologia, a eficiência térmica é aceitável, é bem vinda devido a facilidade em se obter o teor de
CO2 ou O2, e temperatura; Porém para comprovação na entrega técnica das caldeiras é preciso
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 89
definir claramente o que se está e como se esta medindo, afim de se evitar aborrecimentos para
ambas as partes.
Os dados sobre a eficiência, usados para comparação entre caldeiras devem ser baseados em
dados comprovados de performance, para dar uma comparação precisa do combustível usado.
Nem todas as caldeiras são igualmente criadas. Algumas diferenças básicas de projeto podem
mostrar claramente variações na expectativa do nível de performance de eficiência. A maneira com
que afirmam alguns fabricantes de que suas caldeiras apresentam por exemplo 91% de eficiência
não tem valor algum, sem a informação clara e inequívoca das condições em que este número é
obtido, haja visto que há enorme variação da eficiência perante a alteração por exemplo da pressão
de trabalho, da temperatura ambiente e outros. É claro que uma simplificação é bem vinda para uma
olhada rápida, porém devemos ter cuidado ao analisar eficiência das caldeiras pois, uma
determinada caldeira poderá consumir muitas vezes, o capital inicial a ser gasto, somente com o
combustível queimado anualmente.
Verifique seus custos de manutenção cuidadosamente. A caldeira velha está lhe custando dinheiro
de várias formas, seja por manutenções emergenciais; tempo parado; maior tempo em manutenção
(passado e pendentes); dificuldade em encontrar peças e às vezes caras; tempo do operador em
manter a unidade em linha; além de problemas no vaso, queimador e refratários. Muitos destes
custos podem estar escondidos em seu orçamento de manutenção geral. Você está pagando o
preço por ter desatualizado sua casa de caldeira. Mas o custo precisa ser investigado e totalizado.
As caldeiras Steammaster têm um padrão de performance muito maior do que o de projetos antigos
e os ditos “modernos”. Baixo excesso de ar; Operação automática; Projeto de queimador; Controle
da combustão eletrônico; Tecnologia de baixa emissão, e Garantia da alta eficiência; Baixa
manutenção.
Seu representante Steam Master pode ajudá-lo a checar a eficiência de sua caldeira antiga com uma
simples análise da chaminé. Os dados darão a você uma idéia geral da diferença entre o custo do
combustível da caldeira existente e o de uma nova unidade. Baseado nos resultados da avaliação da
chaminé, uma avaliação mais completa das necessidades de sua casa de caldeiras seria formada.
A Steammaster disponibiliza a todos um programa de computador desenvolvido por seus técnicos
que pode ser usado por qualquer um sem dificuldade, para uma correta avaliação de sua casa de
caldeiras.
Espessura do casco, peso, necessidades de turndown, necessidades de troca do tipo de
combustível, necessidade de controles de emissões, tudo deve ser avaliado. O resultado será uma
revisão precisa das economias potenciais em combustíveis, manutenção e eficiência na casa de
caldeira, o que poderá significar melhora de custo substancial.
O número de passes da caldeira representa o número de vezes que a combustão dos gases quentes
passam através da caldeira (existem trocadores de calor com 10 passes dos fluidos ou mais). Uma
caldeira com 03 passes fornece 03 oportunidades para os gases quentes transferirem calor para a
água na caldeira. Uma unidade de 04 passes, fornece 04 oportunidades. Além disto, a velocidade
dos gases permanece alta e uniforme durante todo o trajeto pela caldeira.
Os fatos são claros e incontestáveis. A temperatura da chaminé de uma caldeira 04 passes é mais
baixa do que a temperatura da chaminé de uma caldeira similar de 02 ou 03 passes, operando sob
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 92
as condições similares. A caldeira 04 passes terá sempre eficiência maior e custo menor de
combustível. Isto não é uma opinião. Isto é física básica sobre a troca de calor. O projeto da caldeira
04 passes produz incontestavelmente coeficientes de troca de calor mais altos. Não se engane,
tubos aspiralados e outros artifícios podem ajudar em um teste de eficiência, mas custará a você em
manutenção posteriormente. Na verdade, uma boa caldeira não necessita de manutenção intensiva
nos tubos, se a caldeira foi projetada para trabalhar com a velocidade correta dos gases. Cada
passe da caldeira possui uma área seccional que garante a velocidade correta do gás e alta taxa de
transferência de calor.
Em termos gerais a superfície de aquecimento em metros quadrado é exatamente a porta por onde o
calor gerado na combustão pode ser transmitido para a água, gerando o vapor, de nada adianta um
bom queimador e qualquer outro artifício sem área de aquecimento, não se reduz a área de
aquecimento sem graves prejuízos para a eficiência da caldeira e até para a produção de vapor.
Uma caldeira com pequena área de aquecimento pode produzir o vapor prometido (muitas vezes
não o fazem); porém a durabilidade do equipamento será seriamente afetada, e a eficiência
alcançada pode durar por apenas algumas semanas, A superfície de aquecimento padrão para uma
caldeira fogotubular Steammaster é abaixo de 270cm2 x Kg de vapor.
Porque este padrão? Na Steam Master cada detalhe do projeto é calculado com precisão e na área
de aquecimento não é diferente. A transferência por radiação/convecção na fornalha, a convecção e
radiação gasosa nos tubos, tudo é calculado; o que no caso da área de aquecimento pode resultar
em redução da superfície. Porém nossos testes nos mostram e comprovam ano após ano que
somente nosso padrão adotado - 270cm2/Kg de vapor garante a produção de vapor e eficiência
contínua por toda a vida da caldeira.
Uma caldeira compacta, inclui uma caldeira e um queimador desenvolvidos como uma única
unidade, considerando a geometria da fornalha, a radiação e a transferência de calor por convecção,
e devem ser testados em conjunto exaustivamente.
Somente com estes requisitos podemos assegurar a performance realmente boa.
O queimador comprado de terceiros irá funcionar na caldeira. Mas, terá capacidade, eficiência,
turndown(Capacidade de modular a chama ajustando a queima do combustível a demanda do
vapor), performance de excesso de ar e de Emissões também?
E, quem lhe dará a certeza da performance depois do start-up inicial?
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 93
Haverá um único fabricante responsável pela performance da unidade na primeira colocação?
Queimadores comprados separadamente podem resultar em um nível de performance menor, um
start-up maior e exigências de manutenção. Isto pode custar seu dinheiro toda vez que tiver um
problema e os técnicos da assistência local não puderem lhe dar o suporte da fábrica.
Quando se trata em escolher a caldeira, insista numa montagem simples e num projeto de
queimador acessível para uma verdadeira eficiência e economia real.
O projeto do vaso de pressão também tem importância na condução de uma caldeira, uma
circulação da água adequada proporciona maior durabilidade e eficiência a caldeira, um bom acesso
as partes internas tanto do gás quanto da água, pode facilitar as limpezas e manutenções e
inspeções, o projeto e construção do vaso de pressão também e importante com vista a segurança.
A seleção de uma caldeira com projeto de baixo-custo de manutenção e alta eficiência, pode
realmente retornar através de economias, seu investimento feito na hora da compra .
Quando for avaliar sua caldeira adquirida, peça ao seu vendedor / fabricante para que através dos
cálculos, mostre e prove a eficiência da caldeira. Também verifique o tipo da caldeira e o queimador
que está sendo utilizado.
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
PARTE V
TROCADORES DE CALOR
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 95
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
1. INTRODUÇÃO
. TROCA TÉRMICA
Diversas estruturas dos seres vivos comportam-se como trocadores de calor. Estas diversas
estruturas desenvolveram-se em forma e características no processo evolutivo com crescentes
eficiências nos processos térmicos que controlam e nas trocas térmicas adequadas ao meio que
promovem.
Humanos
Os pulmões humanos, assim como os de diversas espécies homeotermas como outros mamíferos e
as aves, servem como um trocador de calor extremamente eficiente devido a sua grande razão de
área de superfície por volume. Em espécies que tem testículos externos (tais como os humanos e
diversos mamíferos), como as artérias dos testículos são cercadas por uma malha de veias chamada
Elefantes
As orelhas dos elefantes africanos são um exemplo de estrutura desenvolvida pelo processo
evolutivo com vistas à refrigeração pela convecção forçada, especialmente quando abanam as
orelhas, da corrente sanguínea, trocando calor com o ar, operando como trocador de calor líquido-ar
em resfriamento do líquido.
Animais pré-históricos
. CONTATO INDIRETO
. Trocador de armazenamento
Neste trocador os fluidos se misturam, além de troca térmica há também a transferência de massa,
sua aplicação esta limitada a fluidos permissíveis.
Consiste em dois tubos concêntricos, de construção simples onde um fluido escoa pelo tubo interno
e o outro pela parte anular entre tubos em contra fluxo ou contra corrente,geralmente usado para
pequenas capacidades.
. Trocador de serpentina
Este tipo consiste de uma ou mais serpentinas ordenada em uma carcaça,possui alta eficiência e as
expansões térmicas não são problemas ,porém a limpeza é complicada.
. Trocador de placas
a) Tubos: são geralmente de aço carbono comum, quando o meio não é agressivo.Conforme a
agressividade do meio, empregam-se :
b) Casco: geralmente é feito de aço carbono, em chapas, que são calandradas e soldadas, no caso
de não haver tubo nas dimensões desejadas.
O permutador já está para receber determinados líquidos nos tubos e no casco. Isto é escolhido
pelo projetista do permutador de calor. Não há regras fixas que estabeleçam qual o tipo de fluido
deve passar pelos tubos.
a) Líquidos sujos, carregando material em suspensão, porque é mais fácil remover a sujeira dos
tubos do que do casco;
b) Líquidos corrosivos, porque é mais fáci1 substituir os tubos furados do que o casco;
c) Líquidos de alta pressão. O casco não é construído para resistir a pressões muito altas.
h) Líquidos que, passando pelo permutador, devem ter baixa queda de pressão.
I) Entre os líquidos de propriedades semelhantes, deve passar pelos tubos aquele de maior
pressão, maior temperatura e o mais corrosivo.
5. INSTRUMENTAÇÕES DE CONTROLE
A instrumentação relacionada com o permutador de calor está localizada nas tubulações de entrada
e saída do mesmo. Essa instrumentação varia com a finalidade do permutador no processamento.
- Recomendações Gerais
. Condições de Segurança
A temperatura e a pressão limites, nas quais devem trabalhar os tubos e o casco, estão
especificadas na chapinha do fabricante presa ao permutador. Elas não devem ser ultrapassadas.
Assim, nos resfriadores, a temperatura de saída não deve exceder de um certo valor (70°C) para
evitar deposição de sais.
. Aquecimento e Resfriamento
Tanto na partida como na parada, os permutadores de calor devem ser aquecidos ou resfriados
lentamente. Isto é particularmente importante quando as temperaturas de operação são elevadas. A
rápida entrada de um líquido a alta temperatura pode provocar desigualdades de expansão nos
tubos, causando vazamento nos mesmos e deformação do feixe.
. Partida
Entra primeiro o fluido mais frio. Se o fluido mais frio está ligeiramente quente, então deixa-se o
mesmo entrar lentamente. Quanto mais quente o fluido, mais lenta deve ser a sua passagem pelo
permutador de calor.
. Parada
Primeiro fecha-se a entrada do flui do mais quente. Se isto não for observado, pode haver
vazamento nos tubos, O mesmo pode acontecer na partida, se não entrar primeiro o fluido mais frio.
. Suprimento de água
Falha no suprimento de água do resfriador pode trazer serias conseqüências. Quando o fluido a
esfriar é muito quente, a interrupção da água provoca um grande aquecimento, do aparelho. Se a
água volta a circular, haverá um resfriamento brusco do permutador. Esta mudança rápida de
temperatura afrouxa parafusos e abre as juntas. Por isso é necessário um fluxo
contínuo de água.
Sempre se deve drenar a água de um ebulidor ou aquecedor, para evitar o fenômeno chamado
martelo hidráulico. Isto pode ser explicado da seguinte maneira: supondo-se água acumulada nos
tubos do ebulidor e abrindo-se a válvula do vapor d’água, este vai conduzir a água a uma grande
velocidade até encontrar um obstáculo, provocando um grande choque. Este impacto severo
(martelo hidráulico) pode causar ruptura de material .
7. OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO
- Intervenções básicas
. Perda de Eficiência
. Limpeza
- A eficiência do pemutador de calor depende da limpeza dos tubos. durante a operação, sujeira se
acumula dentro e fora dos tubos prejudicando grandemente a troca de calor, como também
aumentando a queda de pressão do fluido. Essa sujeira é formada por depósitos de saiss, ferrugem,
coque, pó de coque, fibras vegetais, camadas de graxa, corpos de microorganismos etc.
- Há vários métodos de limpeza por vapor, limpeza mecânica e por inversão de fluxo.
. Limpeza a vapor
Por este processo o permutador de calor não precisa ser desmontado passa-se vapor pelo casco e
pelos tubos, entrando por um respiradouro e carregando a sujeira, por um dreno. Esse método é
eficiente para remover camadas de graxa ou depósitos agregados frouxamente nos tubos ou no
casco do permutador de calor.
- Usando este método, o permutador de calor necessita ser desmontado. A turma de manutenção
deve retirar a tampa do carretel, a tampa do casco e a tampa do flutuante.
- Camadas de graxa, lama e sedimentos frouxos podem ser removidos dos tubos por meio de
arames, escovas ou jatos de água.
- Se os sedimentos estão duramente agregados nos tubos, entupindo-os, então usam-se máquinas
perfuratrizes. Existem tipos variados dessas máquinas. Constam, essencialmente, de um eixo
metálico que, girando dentro dos tubos, expulsa os sedimentos. Muitas vezes acontece que um feixe
de tubos está muito sujo e numa parada não haverá tempo suficiente para limpá-lo. Então, retira-se
o feixe de tubos do permutador e substitui-se por outro.
. Inversão de Fluxo
De acordo com a prática de operação deve-se fazer a inversão de fluxo por algum tempo,
provocando assim a retirada das sujeiras acumuladas. Normalmente, esta inversão só ocorre em
trocadores com água salgada.
. Limpeza Química
É um método pouco empregado, mas dependendo do fluido e das análises químicas da sujeira, pode
se fazer a limpeza com um solvente adequado.
. Vazamentos
Depois que um permutador de calor entra em serviço o feixe de tubos pode apresentar vazamentos.
Isto é constatado pela mistura do fluido que passa nos tubos com o fluido correndo no casco. Os
vazamentos geralmente ocorrem num dos seguintes lugares :
8. TROCADORES
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 113
PARTE VI
DESTILAÇÃO
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
PARTE VI – DESTILAÇÃO
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 114
1. Introdução
2. Conceitos Fundamentais
Alguns conceitos são fundamentais para a melhor compreensão do mecanismo de separação que
ocorre na destilação, são eles a volatilidade e o equilíbrio líquido – vapor.
. Volatilidade
Ao colocar em recipiente sob vácuo, determinada quantidade de uma mistura líquida, por exemplo,
uma mistura de hidrocarbonetos, mantendo-se constante a temperatura deste recipiente, o líquido
tenderá a vaporizar-se até que alcance a pressão de equilíbrio entre a fase vapor e a fase líquida,
isto é, as moléculas da fase líquida passarão para a fase vapor, aumentando a pressão do recipiente
Montagem : Prof. Luciano Cardoso 115
até que se tenha o equilíbrio entre as fases líquido e vapor. O ponto de equilíbrio é atingido quando o
número de moléculas que abandona o líquido para a fase vapor é exatamente igual ao número de
moléculas que abandona o vapor para a fase líquida. Tem-se, aí, o equilíbrio termodinâmico entre as
fases líquido – vapor.
Conforme é possível observar na figura acima, a carga de líquido é introduzida em um vaso provido
de aquecimento, entrando em ebulição. Os vapores são retirados pelo topo através do condensador,
onde são liquefeitos e coletados em outros recipientes.
A primeira porção do destilado será a mais rica em componentes mais voláteis. A medida que
prossegue a vaporização, o produto vaporizado torna-se mais volátil e o líquido residual torna-se
menos volátil, pois o percentual de componentes leves no líquido residual vai sendo esgotado. O
destilado, que é o vapor condensado, poderá ser coletado em porções separadas denominadas de
cortes. Estes podem produzir uma série de produtos destilados com vários graus de pureza. Então,
considerando-se uma mistura de três substâncias:
O processo de destilação por expansão brusca é uma operação em um único estágio, no qual uma
mistura líquida é parcialmentevaporizada. As fases líquido e vapor resultantes deste processo são
separadas e removidas da coluna. O vapor será muito mais rico na substância mais volátil do que na
carga original ou no líquido residual.
5. Destilação Fracionada
A destilação fracionada é o tipo de destilação mais utilizada em indústrias de grande porte. Nos dois
tipos de destilação abordados anteriormente, destilação em batelada e por expansão brusca, a
separação das diversas substâncias que compõem a mistura é realizada de forma imperfeita ou
incompleta. Na destilação fracionada, é possível a separação em várias frações, em uma mesma
coluna, pois pode-se ter temperaturas, vazões e composições constantes em um dado ponto da
coluna.
A mistura a ser destilada é introduzida num ponto médio da coluna, ponto F, denominado ponto de
alimentação. No seu interior, a mistura irá descer até atingir a base da coluna onde encontrará
aquecimento do refervedor.
O refervedor, um trocador de calor aquecido por vapor d'água ou outra fonte térmica qualquer,
aquecerá a mistura até atingir sua temperatura de ebulição. Neste ponto, a mistura emitirá vapores
que irão circular em sentido ascendente na coluna, em contracorrente com a mistura da alimentação
da coluna. Os vapores ascendentes atingirão o topo da coluna e irão para um condensador, onde
serão liqüefeitos e deixarão a coluna como produto de destilação, D. Na base da coluna, a mistura,
isenta de componentes mais voláteis, deixa o equipamento como produto residual, W.
O processo, resume-se, então, em alimentar a coluna de destilação com a mistura que
se quer separar, F, no ponto médio da coluna; fazer a circulação ascendente do vapor em
contracorrente com o líquido descendente da coluna, com remoção do destilado, D, no topo da torre
e do líquido residual, W, no fundo da coluna.
A volatilidade relativa do produto a ser destilado permite a separação dos componentes mais
voláteis, e o contato íntimo entre as fases líquida e vapor ao longo da coluna promove a perfeita
separação dos componentes desejados.
- Refervedor
É, geralmente, encontrado na base da coluna de destilação, conforme pode ser observado na figura
a seguir:
Os vapores formados na base da coluna circularão de forma ascendente. Parte destes serão
condensados ao longo do percurso na torre, retornando na forma líquida, permitindo, desta forma,
um contato íntimo entre o vapor ascendente e o líquido descendente ao longo da torre. Dependendo
- Condensador
Tem como finalidade proceder à condensação dos vapores leves que atingem o topo da coluna.
Após a condensação, tem-se o produto destilado desejado, D, com a composição especificada.
O processo requer, portanto, dois trocadores de calor, ambos de mudança de fase, refervedor
procedendo a vaporização e o condensador efetuando a condensação das frações. Em alguns
projetos, o refervedor poderá ser substituído por uma injeção de vapord'água no fundo da coluna de
destilação.
Na coluna, há o contato entre as fases líquida e vapor. O problema resume-se em contato perfeito
entre as fases, e conseqüentemente, a altura da torre deve ser adequada ao tipo de separação que
se deseja. A cada mistura corresponderá uma altura definida de coluna, que poderá ser
perfeitamente calculada para a separação desejada. Existem três tipos convencionais de colunas de
destilação: colunas com pratos e borbulhadores, colunas com pratos perfurados e colunas com
recheios. Todas funcionam com o mesmo princípio, ou seja, promover de forma mais perfeita
possível o contato entre as fases líquido e vapor.
São as mais usuais e também podem ser denominadas de “bandejas”. Colunas deste tipo adotam
pratos ou bandejas superpostas e que variam em número e detalhes conforme a mistura que se
pretende destilar. Os pratos são constituídos por borbulhadores, tubos de ascensão e de retorno,
conforme apresentado na figura a seguir.
Os borbulhadores são dispositivos com formato cilíndrico, com aparência de um copo dotado de
ranhuras laterais até certa altura, conforme a figura a seguir.
Os borbulhadores são fixados sobre os tubos de ascensão dos vapores e destinados à circulação
ascendente do vapor de um prato a outro. Sobre cada tubo de ascensão, encontrase um
borbulhador. O tubo de retorno tem como finalidade fazer o retorno, prato a prato, do excedente da
fase líquida condensada sobre o prato. Assim sendo, existe sobre cada prato ou bandeja, um nível
de líquido constante, regulado pela altura do tubo de retorno, e que deve corresponder ao nível do
topo dos borbulhadores.
Os borbulhadores são dispostos de tal forma que fiquem na mesma altura do início do tubo de
retorno de líquido, a fim de que se tenha uma ligeira imersão na camada líquida.
Os vapores devem circular em contracorrente com o líquido, ou melhor, de forma ascendente,
passando pelos tubos de ascensão, borbulhando através das ranhuras dos borbulhadores e
condensando em parte nas bandejas e parte retornando à bandeja imediatamente inferior.
Os tubos de retorno funcionam também como selos hidráulicos, impedindo que o vapor circule
através deles.
Neste tipo de coluna, os pratos com borbulhadores são substituídos por pratos dotados de
perfurações, cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às colunas que
utilizam pratos com borbulhadores.
Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo de retorno e os pratos ocupam toda a seção da
coluna, porém existem projetos em que as colunas com pratos perfurados são dotadas tubo de
retorno.
Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são substituídos por corpos sólidos com formatos
definidos. Estes corpos, denominados recheios, podem ser anéis do tipo Rachig, Pall, Lessing ou
ainda selas do tipo Berl, Intalox e outros. Alguns destes recheios podem ser observados na figura
seguinte.
Os recheios são disponibilizados em seções, sobre suportes de sustentação, o que impede uma
compactação e/ou uma descompactação localizada, que formaria caminhos preferenciais ao longo
da coluna.
O tamanho dos elementos dos recheios, geralmente, variam entre 0,5 e 8 cm.
Como visto anteriormente, em uma coluna de destilação, o vapor da mistura que sai de um prato
atravessa o líquido do prato superior, deixando seus componentes menos voláteis.
O calor liberado pela condensação destes componentes vaporiza, então, os compostos mais voláteis
do líquido contido no prato superior. Existe, portanto, uma troca de calor e massa ao longo das
bandejas da torre e nota-se que, à medida que se sobe na coluna, os vapores tornam-se mais
voláteis (mais leves) e, à medida que se desce na coluna, os líquidos tornam-se menos voláteis
(mais pesados).
Neste processo, o balanço material deverá ser realizado nas várias seções da coluna, conforme
figura a seguir:
Na envoltória I : F = D + W
Na envoltória II : Vm = Lm + D
Na envoltória III : Ln = Vn + W
Na envoltória IV : V = L + D
9. Balanço Térmico
F . qF + Qr = D . qD + W . qW + QC (1)
Como é possível observar na expressão (1), o calor retirado do condensador, QC, depende do calor
introduzido no sistema pelo refervedor, Qr, uma vez que os demais termos da expressão são fixados
por projeto.
V . qV = L . qL + D . qD + QC (2)
Sabe-se que, qL = qD e V = L + D, portanto a equação (2) pode ser reescrita como uma nova
expressão:
(L + D) . qV = L . qL + D . qL + QC ®
(L + D) . qV = (L + D) . qL + QC
(L + D) . qV – (L + D) . qL = QC ®
(L + D) . (qV – qL) = QC
(L + D) = QC / (qV – qL)
(qV – qL) = Calor de condensação do vapor de topo da coluna de destilação.
A figura a seguir será utilizada para que possam ser feitas as observações necessárias sobre a
influência das principais variáveis que ocorrem neste tipo de processo.
Razão de Refluxo
Nas torres de destilação fracionada existem dois tipos de refluxo, externo e o interno, que geram,
desta forma, as razões de refluxo externa e interna. A razão de refluxo interna acontece tanto na
região de absorção, quanto na região de esgotamento. As seguintes expressões podem ser escritas
para as razões de refluxo:
Re = ( L/D)
Na seção de absorção:
(Ri)abs = ( Lm / Vm )
Na seção de esgotamento:
(Ri)esg = ( Vn / Ln )
Existe uma relação entre o número de pratos ou bandejas de uma coluna de destilação e a razão de
refluxo interna ou externa deste equipamento.
Quanto menor for o número de pratos ou bandejas de uma coluna, pior será seu fracionamento.
Podem ser construídas torres com grande número de pratos para operarem com pequena razão de
refluxo interna, assim como torres com pequeno número de pratos e razões de refluxo interno
elevadas, para uma carga com as mesmas características.
Tendo em vista a relação anteriormente descrita, a condição de refluxo ou razão de refluxo mínimo
corresponderá a uma coluna com um número infinito de pratos para que seja atingido o
fracionamento desejado, assim como a condição de refluxo ou razão de refluxo total corresponderá a
uma coluna com um número mínimo de pratos para que o fracionamento desejado seja atingido.
Nenhuma destas condições é satisfatória, uma vez que uma torre com número de pratos infinito é
um projeto totalmente inviável economicamente, bem como a construção de uma coluna que não
produza, pois para o refluxo total não se tem retirada de produtos, como pode ser verificado pelo
cálculo abaixo.
Vm = Lm + D
Lm = Vm – D
(Lm / Vm) = 1 ® Lm = Vm, ou seja, a quantidade de líquido que desce na seção de absorção é igual
à quantidade de vapor que sobe nesta seção, não havendo, portanto, produção.
Ln = Vn + W
Vn = Ln – W
No caso da seção de esgotamento, todo o líquido residual será vaporizado no refervedor, então W =
0, então:
(Vn / Ln) = 1 ® Vn = Ln, isto é, a quantidade de vapor que sobe na seção de esgotamento é igual à
quantidade de líquido que por ela desce e não há produção.
Quando a coluna é operada, portanto, em refluxo total, o fracionamento é praticamente perfeito,
porém o gasto com energia é muito elevado e não há produção na coluna, o que torna o processo
economicamente inviável.
A relação entre o número de pratos ou estágios e a razão de refluxo pode ser observada no gráfico a
seguir:
Propriedades da carga
Como cada carga a ser processada pode exibir uma característica, pois as proporções entre os
componentes a serem separados podem ser diferentes, haverá, então, uma razão de refluxo para
cada carga a ser processada. A diferença de volatilidade entre os componentes da carga, de uma
torre de destilação fracionada, exerce grande influência sobre as variáveis citadas. Como exemplo,
pode-se citar a comparação entre a separação de uma mistura contendo 50% de etano e 50% de
eteno de
outra contendo 50% de hexano e 50% de eteno.
No primeiro caso, a separação entre o etano e o eteno requer tanto uma quantidade de refluxo,
bem como uma quantidade de estágios (pratos) na coluna muito maiores do que na da separação da
mistura entre o hexano e o eteno, pois estes dois últimos compostos possuem grande diferença de
volatilidade.
Problema de arraste
O arraste é o transporte, efetuado pelo vapor, de gotículas de líquido do prato inferior para os pratos
superiores. A quantidade de líquido arrastado depende da velocidade do vapor ao longo da torre. No
arraste, o líquido do prato inferior contamina o líquido do prato superior com compostos pesados
(menos voláteis), piorando o fracionamento ao longo da coluna. O arraste pode ser provocado pelo
aumento da vazão volumétrica do vapor, que, por sua vez, pode ser decorrente da redução da
pressão em alguma região da coluna.
As torres de destilação a vácuo são construídas com um diâmetro muito maior do que as torres de
destilação atmosféricas, pois como suas pressões são muito baixas, provocam vazões volumétricas
muito elevadas.
Problema de Pulsação
Este fenômeno ocorre quando a vazão de vapor, que ascende de um prato inferior para um superior
da coluna, não tem pressão suficiente para vencer continuamente a perda de carga apresentada
pela bandeja em questão. O vapor, então, cessa temporariamente sua passagem por esta bandeja
e, quando sua pressão volta a ser restabelecida, vence a perda de carga no prato de forma brusca.
Assim diminui a pressão do vapor quase que instantaneamente e cessa a passagem do vapor pelo
prato até que seja novamente restabelecida sua pressão.
Esta situação permanece até que seja normalizada a condição de pressão ao longo da coluna.
É o fenômeno da passagem de líquido da bandeja superior para a bandeja inferior, através dos
orifícios dos dispositivos existentes nos pratos e que são destinados à passagemdo vapor. Este
fenômeno ocorre, quando a vazão de vapor é baixa e a vazão de líquido é excessivamente alta.
Problema de inundação
A inundação, em uma torre de destilação, ocorre quando o nível de líquido do tubo de retorno de um
prato atinge o prato superior.
Poderá acontecer em regiões localizadas na torre ou, caso o problema não seja solucionado a
tempo, em uma das seções e até mesmo, na torre como um todo.
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