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INTRODUÇÃO

O Estágio de observação e participação tem como objetivo geral, conhecer o


ambiente educacional no qual se realizará o estágio, bem como seu sistema de avaliação,
programas e planejamentos. E os Objetivos específicos, consistem em observar as
atividades desenvolvidas em sala de aula pelo professor regente; entender as escolhas
pedagógicas do docente, que contribuem para o crescimento intelectual dos estudantes;
elaborar e ministrar aula de Filosofia na turma do primeiro ano do Ensino Médio,
considerando o processo ensino aprendizagem.
O estágio é extremamente importante para o acadêmico em seu processo de
licenciatura, para que sua formação profissional seja concluída com excelência. Nesta
perspectiva, o Estágio de observação e participação, foi realizado presencialmente na
E.E.E.M.P.G, situada na Rua da Praça 28 de Março, nº 73, no Município de Augusto
Corrêa, Nordeste Paraense. Com modalidade de ensino regular, conta com 1083 alunos
matriculados. É considerada uma escola inclusiva, pois sua infraestrutura apresenta
acessibilidade como banheiros adaptados para cadeirantes e corredor com piso tátil. Há
ainda em suas dependências, quatro banheiros, uma cozinha, um laboratório de
informática, uma sala de leitura, um refeitório, uma quadra de esportes, sala da gestão,
sala dos professores, nove salas de aula. Apresenta aula nos turnos primeiro, segundo e
terceiro, com uma média de quarenta estudantes, contudo, nesse período pandêmico, as
turmas foram divididas em dois grupos, que se reversam presencialmente.
Esta escola apresenta PPP, formulado em comum participação com o corpo
docente e representantes da comunidade, dos pais dos alunos menores e alunos maiores
de idade, no qual orienta as ações escolares. É importante ressaltar que uma das
propostas pedagógicas dessa instituição de Ensino, são projetos de ações que estimulam
a leitura nos estudantes, bem como aulas e simulados preparatórios para o ENEM,
direcionados aos discentes dos terceiros anos. Pois o Ensino Médio foi pensado e
organizado no PPP da Escola, para que as habilidades e competências expressas na
base curricular sejam desenvolvidas na formação geral básica.
O estágio foi estruturado metodologicamente em: Observação das aulas de
Filosofia, na primeira série do Ensino Médio. Na sequência, organização da aula de
regência de classe, que foi desenvolvida em quatro momentos.
Pode-se observar, dentre tantas outras questões, que esse período pandêmico
influenciou negativamente no desenvolvimento das aulas, principalmente no período
crítico da pandemia, onde as aulas aconteceram de forma remota online, sendo que a
maioria dos alunos não conseguia acompanhar as aulas online, porque a internet ou o
servidor não eram suficientes para carregar o link das aulas, acarretando em um número
grande de estudantes que não acompanharam as atividades.
Aulas paralisadas pelo pânico provocado pela pandemia da Covid-19, professores
e estudantes adoeceram, outros, não resistiram a essa doença, opiniões divididas a
respeito de quem aceita ou não ser vacinados. Esses foram e ainda são, alguns
problemas que as pessoas em todo o mundo estão sofrendo e é provável que tudo isso,
traga consequências para a aprendizagem dos alunos, diante desse cenário de situações
de paralisação, uso do tempo e impacto de tecnologias no desempenho escolar.
DESENVOLVIMENTO

Esta produção consiste em descrever, de forma panorâmica, o desenvolvimento do


Estágio em Docência e suas contribuições para a formação de Licenciatura em Filosofia.
Esta experiência rica em produção e aquisição de conhecimentos, nos proporciona o
contato qualitativo das ações no cotidiano escolar dos sujeitos em seu aspecto histórico e
social. É importante ressaltar que, apesar de estarmos atravessando um período
pandêmico, as aulas já estavam em períodos intercalados entre aulas remotas e
presenciais. Desta maneira, o foco inicial foram nas observações das aulas e o
movimento durante o processo ensino aprendizagem, bem como, a busca em relacionar
condições para desenvolver a docência, tentando explorar aquilo que se refere às
diversas formas de conhecimento do passado, que embasam a atualidade e está
impregnado de projeção futura.
No acompanhamento das aulas de Filosofia, percebeu-se que, apesar das
dificuldades enfrentadas pelo momento em que estamos atravessando, de pandemia, a
docente, em seus planejamentos e ações, apresentava opções criativas para promover as
aprendizagens em seus alunos, o que lhes proporcionava oportunidades no acesso às
tecnologias, trocas de experiências sobre o estudo e aprovação no ENEM, e também
questionamentos para se construir um olhar aprimorado sobre as relações cotidianas para
um bom desenvolvimento social.
No final do ano 2019, os brasileiros assistiam alguns países tomando medidas
drásticas, como o fechamento de instituições escolares e recolhimento da população em
seus domicílios, a chamada quarentena. Mas acreditava-se que o Brasil não seria
atingido. Porém, quando os primeiros casos começaram se manifestar, a mudança
repentina de pensamento e a decisão de mudar para o ensino remoto, exigiu uma rápida
adaptação dos professores e alunos, para garantir a continuidade do ensino. Assim, os
docentes tiveram que reinventar suas atividades e estratégias pedagógicas para executar
suas aulas de forma eficaz no aprendizado dos alunos durante a pandemia da Covid-19.
No estágio, foi possível perceber que, alguns professores arcaram com os custos para
adquirir equipamentos adequados para a realização das aulas remotas, como por
exemplo, cursos de editor de texto.
A regência de classe, foi desenvolvida em quatro momentos, a seguir descritas: no
primeiro momento, houve conversa formal com a turma, a respeito do Tema: Filosofia e
conhecimento. O que entendem sobre “Filosofia”? E conhecimento? No segundo
momento, a estagiária falou sobre conhecimento e a capacidade humana de entender,
apreender e compreender quaisquer assuntos, que a partir dele, pode-se aplicar, criar e
experienciar o novo. Esta forma de se relacionar com o conhecimento é fascinante e
desde os primórdios das civilizações, a humanidade busca-o, perpassando pelos
primeiros filósofos, até hoje, com os aperfeiçoamentos e criações de novas tecnologias.
No terceiro momento, a explicação foi sobre os tipos de conhecimentos, como
sendo a busca incessante por entender e explicar os fenômenos ocorrentes. O
conhecimento Empírico ou de senso comum, que consiste nos repasses de
conhecimentos de geração em geração, que apesar de serem muito úteis para a
comunidade, não intenciona a comprovação científica. Um excelente conhecimento
empírico foi o fogo, onde não havia a preocupação de provar cientificamente,
simplesmente, era usado e se tornou indispensável para a sobrevivência. O conhecimento
religioso ou teológico, atribui explicações sobrenaturais a fenômenos naturais
incompreensíveis, designando a Deus ou a deuses as referidas causas, bem como a
busca por uma vida mais tranquila ou plena, de acordo com a vontade da divindade, nesta
forma de conhecimento, acredita-se na hierarquia de Deus como o criador e o humano,
como a criatura, feita pelas mãos do criador. O conhecimento filosófico, consiste
basicamente em questionar a realidade de maneira racional, entender que não basta
acreditar no que está diante dos olhos e sim, ir além do questionamento e na busca pelas
respostas. Conhecimento científico, corresponde aos métodos de experiências
comprovadas.
No quarto momento, realizou-se a análise do vídeo/documentário, referente aos
tipos de conhecimentos, (disponível em https://.www.bing.com/videos). Por conseguinte,
a turma foi dividida em quatro grupos para a organização de um painel integrado e a
explanação do conteúdo referente aos tipos de conhecimentos. Finalmente, a aplicação
da avaliação formativa da aprendizagem, na qual objetiva a verificação do progresso e as
dificuldades ocorridas nesse processo que os alunos vivenciaram, tornando mais
produtiva a relação de ensinar e aprender.

ESTADO DA ARTE

Para o desenvolvimento desse trabalho, foram realizadas pesquisas sobre o tema


desenvolvido no estágio. Observe na tabela abaixo:

Tabela 01: Número de Artigos pesquisados.


Número total de Números Analisados Temas Analisados Ano das Pesquisas
trabalhos
encontrados
Quinze (15) Doze (12) Oito (8) Entre os anos 2010 e
2020
A interpretação da
Filosofia Kantiana
em Michel Foucault.

A aula de filosofia
como criação
conceitual e
laboratório conceitual

Noções sobre a
Filosofia da Arte
como experiência
durante a pandemia
em 2020.

De que
Conhecimento sobre
Natureza da Ciência
Estamos Falando?

Sobre a filosofia e
seu método

Saberes
encruzilhados:
(de)colonialidade,
racismo epistêmico e
ensino de filosofia

Teoria do
conhecimento de
John Dewey e o
lugar do professor
no processo
educativo

Efeitos da crise da
Covid 19 na
Educação

Para a elaboração das aulas, foi necessário buscar conhecimentos acadêmicos, a


partir de análises de textos que conversem com o tema escolhido, referente aos
conhecimentos filosóficos. A seguir, descreveremos alguns artigos que contribuíram como
base para o desenvolvimento da aula sobre Conhecimento e Filosofia.
O primeiro Artigo escolhido, tem como tema: A interpretação da Filosofia Kantiana
em Michel Foucault. Escrito por Isabela Vicente Monti e Letícia Negrão Chamma, 2020.
Cujo objetivo é apresentar, de forma introdutória, a interpretação e a apropriação do
pensamento kantiano na filosofia desenvolvida por Michel Foucault (1926-1984), na qual,
apresentam duas de suas obras, nas quais podemos citar: Palavras e as coisas (1966) e
O governo de si e dos outros, sendo este último resultado de um curso ministrado no
Collége de France, entre os anos de 1982 e 1983. A partir dessas obras, as autoras
abordam de forma sucinta a constituição do homem enquanto objeto de saber e sujeito do
conhecimento na passagem para a modernidade, onde é possível entender que, para
Foucault, Kant assume uma dualidade entre aquele que estabeleceu o limiar da
modernidade, com o que teria inaugurado uma reflexão crítica referente ao seu próprio
tempo presente. Pode-se dizer, portanto, que Foucault rompe com a ideia de
conhecimento cumulativo e estabelece uma correlação entre o discurso científico e o
sistema institucional que lhe permite uma sustentação histórica, econômica e política, haja
vista que o homem é um ser sócio histórico e político que está em constante mudança e
também modifica a sociedade.
o outro artigo pesquisado foi: A aula de filosofia como criação conceitual e
laboratório conceitual, que tem como objetivo evidenciar as contribuições dos filósofos no
ensino de Filosofia, que proporcionem aos estudantes, a habilidade de relacionar a
Filosofia com a experiência cotidiana. É evidenciado que o enfoque teórico adotado neste
estudo, aponta para o desenvolvimento de habilidades como experiência filosófica,
distanciando-se de um ensino meramente enciclopédico e doutrinário. Esta é uma
pesquisa bibliográfica, que tem como resultados a importância de considerar-se a aula
como laboratório conceitual em que o estudante pode relacionar os conceitos filosóficos
da tradição com os problemas da sociedade contemporânea em que está inserido.
Neste período de Pandemia do Covid 19, O artigo de Wosniak; Lamert (2020), com
a temática, Noções sobre a Filosofia da Arte como experiência durante a pandemia em
2020, nos proporciona analisar soluções para novos desafios nos processos de ensino
aprendizagem na Educação Brasileira e no contexto mundial. Por ocasião desta
pandemia, foi prudente o autoisolamento, que no período mais crítico, não se podia sair
das residências. Com isso, escolas e universidades suspenderam suas atividades
presenciais, passando assim, a realizarem suas funções de maneira remota (ensino
remoto). Essa nova prática foi uma novidade para a maioria dos professores e estudantes
de todas as modalidades da Educação. E todos precisaram se adequar a nova forma de
ensino remoto. Contudo, nem todos conseguiram acompanhar essas mudanças, pois
alguns estudantes não têm acesso a uma internet eficaz que conseguisse suprir ao
acesso de qualidade. Diante deste cenário, o objetivo deste artigo é traçar uma primeira
análise das R. Inter. Interdisc. Art&Sensorium, Curitiba, v.7, n.2, p. 142 – 152 Jul.- Dez.
2020 144 atividades remotas, denominadas encontros virtuais, desenvolvidas pelo grupo
de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke, promovidos pelo periódico online Revista
Apotheke, entre os meses de maio a julho, bem como, demais ações de extensão que
envolvem o contexto de ensino e aprendizagem em artes visuais. O foco será o de pensar
na articulação do que o Grupo vinha desenvolvendo de forma presencial, ancorado na
filosofia da experiência, como proposta por John Dewey (1859-1952), buscando
compreender as artes visuais e sua interlocução com a educação.
o Artigo de Paula Cristina Cardoso Mendonça: “De que Conhecimento sobre
Natureza da Ciência Estamos Falando?”, é rico na abordagem do conhecimento e
propicia o entendimento da natureza da Ciência. Este tem como objetivo proporcionar o
letramento científico para a Educação em Ciências. Esta discussão se mostra
especialmente indispensável, haja vista que há uma divergência de posicionamento na
área. Como o intuito de tal finalidade, a autora explica que é possível considerar como
abordagem integrada de NdC: a análise pelos estudantes das práticas dos cientistas a
partir do uso de estudos de caso da ciência, e a participação dos estudantes nas práticas
científicas e a reflexão metacognitiva sobre os processos de justificação e validação do
conhecimento. Essa pesquisadora defende que as duas situações são importantes
porque capacitam a compreensão do trabalho dos cientistas em si, e o desenvolvimento
do raciocínio científico ao aplicá-lo e analisá-lo em contexto.
A obra Sobre a filosofia e seu método, primeiro volume, de Arthur Schopenhauer,
na qual busca determinar o âmbito específico da reflexão filosófica entre os diversos
ramos do conhecimento humano, contribuiu consideravelmente para a construção da aula
sobre conhecimento filosófico. Schopenhauer expõem neste exemplar, que a filosofia tem
como objetivo a experiência em geral, isto é, sua possibilidade, seu domínio, seu
conteúdo essencial, seus elementos internos e externos, sua forma e matéria.
Outro Artigo que contribuiu como base neste trabalho foi “Saberes encruzilhados:
(de)colonialidade, racismo epistêmico e ensino de filosofia” de Diego dos Santos Reis,
que tem como objetivo apresentar o debate a respeito da modernidade/colonialidade e
sua crítica ao racismo epistêmico. Foram discutidos desde a perspectiva teórica do
pensamento colonial, os efeitos, os rastros, as estruturas persistentes da colonialidade na
formação docente brasileira, e de modo especial, nos currículos de filosofia. Ao final, o
projeto, nos convida a pensar no ensino de filosofia baseada em decoloniais e
antirracistas.
Teoria do conhecimento de John Dewey e o lugar do professor no processo
educativo, é um artigo escrito por Jones Meneses e tem como objetivo desvelar o lugar do
professor no processo educativo a partir das reflexões teóricas de John Dewey (1859-
1952). Para ter êxito nos objetivos e a relação entre teoria e prática, foi realizado revisão
teórica, a partir de pesquisa bibliográfica. Identificou-se nos princípios norteadores desse
filósofo que o lugar do professor em um processo educativo, onde o ensino é inclusivo e a
escola é ativa, é auxiliar a condução do aluno conforme a complexidade da sociedade,
buscando habilitá-lo para desenvolver a consciência e adquirir condições para superar os
desafios apresentados na conivência social. Ao professor concerne o desafiador papel de,
simultaneamente, oferecer auxílio ao aluno, apresentando-lhe a realidade do mundo
circundante, e permitir que ele busque caminhar independentemente, construindo o seu
próprio ser.
No ano de 2019, alguns países iniciaram medidas para controlar o avanço do
coronavírus, dentre tais medidas, estava a suspensão das aulas em todos os níveis e
modalidades, bem como a circulação das pessoas em lugares públicos. Contudo, apenas
em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde no Brasil, tornou público a situação
de emergência mundial na saúde pública ocasionada pelo CODIV-19. Pesquisas
realizadas por David Earn da Universidade McMaster e publicada pela revista Annals on
Internal Medicine, analisa a epidemia de gripe de 2009 na província canadiana de Alberta,
mostrando que o encerramento das escolas reduz o contágio em 50% e foi vital para a
superação da crise. É importante ressaltar que essa epidemia de gripe, não foi tão
devastadora quanto a pandemia do Covid 19, contudo, elucida que o afastamento das
aulas, pode conter o avanço da doença, evitando o colapso no sistema de saúde. Porém,
essa decisão de mudanças no processo ensino aprendizagem, também põem à prova os
nossos sistemas educativos que enfrentam o desafio de continuar a formação de milhões
de estudantes confinados nos seus domicílios e que em alguns casos, não dispõem de
tecnologias favoráveis ao acompanhamento das aulas.
Diante de todas as pesquisas acima citadas, esta produção consiste em descrever,
de forma panorâmica, o desenvolvimento do Estágio em Docência e suas contribuições
para a formação de Licenciatura em Filosofia. Esta experiência rica em produção e
aquisição de conhecimentos, nos proporciona o contato qualitativo das ações no cotidiano
escolar dos sujeitos em seu aspecto histórico e social. É importante ressaltar que, apesar
de estarmos atravessando um período pandêmico, as aulas já estavam em períodos
intercalados entre aulas remotas e presenciais. Desta maneira, o foco inicial foram nas
observações das aulas e o movimento durante o processo ensino aprendizagem, bem
como, a busca em relacionar condições para desenvolver a docência, tentando explorar
aquilo que se refere às diversas formas de conhecimento do passado, que embasam a
atualidade e está impregnado de projeção futura.
Nas observações das aulas de Filosofia, percebeu-se que, apesar das dificuldades
enfrentadas pelo momento em que estamos atravessando, de pandemia, a docente, em
seus planejamentos e ações, apresentava opções criativas para promover as
aprendizagens em seus alunos, o que lhes proporcionava oportunidades no acesso às
tecnologias, trocas de experiências sobre o estudo e aprovação no ENEM, e também
questionamentos para se construir um olhar aprimorado sobre as relações cotidianas para
um bom desenvolvimento social.
No final do ano 2019, os brasileiros assistiam alguns países tomando medidas
drásticas, como o fechamento de instituições escolares e recolhimento da população em
seus domicílios, a chamada quarentena. Mas acreditava-se que o Brasil não seria
atingido. Porém, quando os primeiros casos começaram se manifestar, a mudança
repentina de pensamento e a decisão de mudar para o ensino remoto, exigiu uma rápida
adaptação dos professores e alunos, para garantir a continuidade do ensino. Assim, os
docentes tiveram que reinventar suas atividades e estratégias pedagógicas para executar
suas aulas de forma eficaz no aprendizado dos alunos durante a pandemia da Covid-19.
No estágio, foi possível perceber que, alguns professores arcaram com os custos para
adquirir equipamentos adequados para a realização das aulas remotas, como por
exemplo, cursos de editor de texto.

2.2. ANÁLISE IMAGÉTICA


O tema central do documentário analisado para o desenvolvimento do estágio de
docência no Ensino Médio é: Tipos de Conhecimento, sendo que este referido
documentário é de cunho social. Passa-se no contexto urbano e rural, mas com
predominância no meio urbano. O ambiente que predomina neste documentário é o
social, pois as personagens desenvolvem diálogos entre amigos e familiares para
exemplificar os tipos de conhecimentos.
A introdução do documentário citado, é realizada por uma estudante sobre os
quatro tipos de conhecimento, que são: Empírico, Filosófico, Científico e Teológico, que
nos quais os humanos buscavam, desde os primórdios entendê-los, produzi-los,
desenvolvê-los incessantemente para hoje tenhamos a sociedade atual. Em sua
apresentação introdutória, nos instiga a imaginar, como seríamos se não acreditássemos
em Deus, ou na Ciência e nem naqueles “remedinhos”, passados de geração em
geração? Afinal, todos esses, são conhecimentos que fazem parte de nossas vidas. No
decorrer do documentário, foram apresentados diálogos que exemplificaram o tipos de
conhecimentos, que apesar de ser em forma teatral, mostravam experiências reais, não
ficção.
A narrativa é desencadeada de forma lógica e linear. E como os conhecimentos
foram sendo desenvolvidos gradativamente pelos grupos humanos, o documentário
buscou mostrar esse movimento de descobertas, apresentando diferentes
temporalidades.
Neste documentário, há alguns exemplos de conhecimentos e cada cena se passa
em um ambiente distinto e apesar de ser bem significativo para o enredo, não é
detalhadamente apresentado, pois são destacados os aspectos emocionais e
psicológicos das personagens. A produção desse documentário, no primeiro exemplo de
conhecimento empírico, se passa em uma instituição, onde a personagem liga para sua
mãe e diz que está com dor de garganta e sua mãe a aconselha a fazer gargarejo com
limão, vinagre e sal, esta pergunta à mãe se este remédio funciona, que responde que
não sabe, mas ela quando faz, fica boa da garganta. No exemplo de conhecimento
científico, o cenário é uma casa antiga, onde dois jovens dialogam sobre biogênese. Para
apresentar o conhecimento Filosófico, um jovem explica que a Física, Óptica, astronomia,
Química, Biologia, Politica, dentre outras ciências, tiveram início nos questionamentos
Filosóficos, que com o passar dos tempos, passaram a ser estudadas separadamente. E
finalmente, o Conhecimento Teológico, é exemplificado em um senário arborizado onde
duas amigas conversam sobre fé e uma fala para a outra que Deus vai ajudar e vai dar
tudo certo.
As personagens apresentadas são de boa índole, calmas, serenas e desenvolvem
diálogos amigáveis e bondosos. Essas características psicológicas das personagens,
contribuem para exemplificar os tipos de conhecimentos. Alguns elementos possíveis de
se destacar para o andamento da narrativa são pesquisas para o embasamento teórico,
harmonia, autocontrole e organização da equipe, tanto pessoal, quanto tecnológica.
Esse documentário subsidiou o desenvolvimento da regência, pois apresentou de
forma sucinta e de linguagem acessível, os quatro tipos de conhecimentos, nos quais
embasaram o estágio no Ensino Médio.
O uso deste, está diretamente relacionado ao Curso de Filosofia, pois sua temática
se refere aos tipos de Conhecimento, no qual foi desenvolvido no Estágio de Regência do
Ensino Médio. Dentre tantas contribuições para a unidade curricular de estágio, podemos
citar, proposta pedagógica, pesquisas sobre o tema proposto, realização de debates,
produção e aquisição do conhecimento, planejamento e elaboração das aulas. O tema
Filosofia e conhecimento é um campo amplo e pode ser usado em temas do curso como,
Ética, Filosofia da Educação, Didática e Metodologia do Ensino de Filosofia, Filosofia da
Religião. É importante ressaltar que este favoreceu o desenvolvimento do estágio, bem
como a produção deste trabalho, porque foi utilizado como embasamento teórico e
colaborou com a ampliação dos conhecimentos da estudante e estagiária.

FICHA TÉCNICA
Nome do Documentário: Tipos de Conhecimento
Ano do Documentário: 2017 País de Origem: Brasil
Palavras chave: Conhecimento, Filosofia, Idade recomentada /documentário: Livre.
Homem.
Gênero/documentário: Expositivo Cor do Documentário: colorido
Direção do Documentário: Eduarda Freitas, Idioma do Documentário: Português
Pelé. brasileiro.
Elenco principal do Documentário: Ana Beatriz Neves Wanderley Fuly, Sarah Christina de
Oliveira Souza, Gabriel Duarte de Oliveira, Rhenso José Nogueira, Paolla Aparecida
Paula Araújo.
Identificação – imagem e categoria do espaço visitado: Virtual.
Composição do acervo do espaço visitado (salas, temas, principais obras): pesquisas e
estudos sobre as quatro formas de conhecimento.
Importância local/regional/nacional/mundial do espaço visitado: Espaço virtual visitado,
tem importância nacional.
Duração do documentário: Dez minutos
Informações de Produção ou Histórico do espaço visitado: Apresentação: Sarah Christina
de Oliveira Souza. Locução: Conhecimento Empírico: Ana Beatriz Neves Wanderley Fuly.
Conhecimento Científico: Andreza Waack Melo. Conhecimento Filosófico: Gabriel Duarte
de Oliveira, João Eduardo da Silva. Conhecimento Teológico: Gustavo Ferreira Coutinho,
Feijó. Resumo: Rhenso José Nogueira.
Restrições: Tempo
Sinopse do filme/documentário ou resumo do que é possível conhecer no espaço
cultural: O documentário é iniciado por uma estudante que explica sobre os quatro tipos
de conhecimento, que são: Empírico, Filosófico, Científico e Teológico, que nos quais os
humanos buscavam, desde os primórdios entendê-los, produzi-los, desenvolvê-los
incessantemente para hoje tenhamos a sociedade atual. Em sua apresentação
introdutória, nos instiga a imaginar, como seríamos se não acreditássemos em Deus, ou
na Ciência e nem naqueles “remedinhos”, passados de geração em geração? Afinal,
todos esses, são conhecimentos que fazem parte de nossas vidas. No decorrer do
documentário, foram apresentados diálogos que exemplificaram o tipos de
conhecimentos, que apesar de ser em forma teatral, mostravam experiências reais, não
ficção.
A narrativa é desencadeada de forma lógica e linear. E como os conhecimentos
foram sendo desenvolvidos gradativamente pelos grupos humanos, o documentário
buscou mostrar esse movimento de descobertas, apresentando diferentes
temporalidades.
Conteúdos explícitos: O Documentário foi Conteúdos implícitos: Nos diálogos,
produzido por estudantes da área filosófica, algumas personagens não apareceram,
que explicam sobre as quatro formas de porém, foram citadas em duas cenas
conhecimentos, citam exemplos, de formas referentes aos conhecimentos Empírico e
clara, objetiva e linguagem acessível. Teológico e contribuíram com seus
conhecimentos e apesar de não
aparecerem, fizeram parte do elenco.
Interdisciplinariedade com outras áreas: Esse tema está relacionado a muitas áreas de
conhecimentos como Biologia, Química, Política, dentre outros conhecimentos, é o que
se pode chamar de tema transversal, pois pode ser trabalhado de forma interdisciplinar.
Observações:

MATERIAL DIDÁTICO: CRIAÇÃO E REFLEXÃO

O recurso didático criado, chama-se “caixa da sabedoria”. Feita com material


reciclado (caixa de papelão, encapada com papel preto), que consiste em uma caixa,
escrita na tampa “sabedoria”, nas laterais, contém as imagens dos conhecimentos e em
seu interior, frases referentes às quatro formas de conhecer. Esse recurso é usado em
uma dinâmica, onde os estudantes sentam-se em círculo e a caixa vai passando de mão
em mão e ao comando do professor, a caixa deve parar de ser repassada e quem estiver
com a caixa na mão, abriria e escolheria uma frase e ao término da leitura, precisava
responder a que tipo de conhecimento a frase faz referência e exemplificar, a partir de seu
conhecimento, mas, caso ainda apresentasse dúvidas a respeito do tema, o colega
poderia ajudar e isso aconteceu algumas vezes, ou seja, quando o estudante que lia a
frase, não conseguia responder, um colega o ajudava. O objetivo da dinâmica é responder
corretamente a qual tipo de conhecimento a frase faz referência e para isso, os
estudantes precisam se concentrar e coordenar os seus movimentos. Como essa
dinâmica pode acontecer, em um local com bastante espaço, foi realizada na própria sala
de aula, pois como as aulas estavam ocorrendo em forma de rodízio, por conta da
pandemia do covid 19, tinha bastante espaço na sala.
Essa proposta foi escolhida para desenvolver habilidades de compreensão do tema
proposto. Sendo assim, a dinâmica proporcionou um momento de descontração e
entendimento do referido tema. Neste contexto, foi possível a exemplificação de
acontecimentos no ambiente social do aluno.
As imagens abaixo, mostram o material didático que foi construído.

CONHECIMENTO TEOLÓGICO
PRÁTICA DO CAMPO E AS TEORIAS: PRÁXIS
A sociedade atual por ser social e historicamente construída pelo homem necessita
de linguagens plurais para dialogar e interagir com a diversidade. Nesse sentido, a
educação reproduz a sociedade por também ser social e historicamente construída pelo
homem e, em conseqüência disto, historicamente sempre teve a obrigatoriedade de dar
respostas e interferir nas demandas que os contextos depositaram e colocam.
Ao analisarmos as práticas pedagógicas, cabe-nos inquietarmos com a dicotomia
que existe entre a teoria e a prática, como se elas não fossem as duas faces de uma
mesma moeda. Constatamos, através de estudos feitos que, a formação docente é
construída historicamente antes e durante o caminho profissional do docente, e que, se
faz também no social. Cria-se então um círculo vicioso, onde a formação docente
depende basicamente, tanto das teorias, quanto das práticas desenvolvidas na vida
escolar. De acordo com o currículo por competências, a nova ênfase educacional baseia-
se na mobilização dos saberes construídos para solucionar problemas específicos.
Quando o docente se apropria do conhecimento e se beneficia das contribuições
teóricas referentes às compreensões de aprendizagem, escolhe as melhores formas de
trabalhar, vence as dificuldades e vê com clareza as novas possibilidades de uma atuação
com qualidade. Assim sendo, as probabilidades de reflexão e crítica sobre as práticas
docentes surgem com maior coerência.

Pimenta (2005, p.26) afirma que o saber docente não é formado apenas da prática, sendo
também nutrido pelas teorias da educação. Mediante esta afirmação fica claro que, a
teoria tem importância fundamental, pois ao nos apropriarmos de fundamentação teórica
nos beneficiamos de variados pontos de vista para uma tomada de decisão dentro de
uma ação contextualizada, adquirindo perspectivas de julgamento para compreender os
diversos contextos do cotidiano. A interação dialógica entre saberes gera o
desenvolvimento de uma prática pedagógica autônoma e emancipatória.
Nós, professores, precisamos refletir sobre a constituição e interação dos saberes, que
ratificam a prática do fazer docente.

O desafio fundamental para o profissional da educação é distinguir e compreender as


teorias subentendidas na sua própria prática e, originar condições para que diante das
teorias, modifique seus pontos de vista, atitudes, posturas e atuação no exercício
educacional.
A Teoria e Prática da Educação tem como missão ajudar os professores e
colaboradores da educação a seguir um modelo de ensinar, podendo expandir de maneira
que torne-se contagiante. Para compreendermos como acontece a aprendizagem é
preciso direcionar a ação educativa na direção de conhecimentos teóricos aprofundados.
Para isso é necessário haver estudos teóricos que possam direcionar o professor ao
conhecimento dos mecanismos de aprendizagemA educação passa por grandes
transformações em sua metodologia e também na forma de transmissão e assimilação de
conhecimento. Nas sociedades tribais, a educação era difusa, ou seja, transmitida de pai
para filho através da prática e da vivência diárias. Na Antiguidade Oriental, a educação
passa a ser tradicionalista, e o ensino privilégio de uma pequena elite, ficando a grande
massa excluída e restrita à educação familiar informal. Já a educação grega, buscava a
formação integral, corpo-espírito e o debate intelectual. Na Grécia nascem a Filosofia, da
Grécia vêm os sofistas, o diálogo socrático, a utopia de Platão e a pedagogia aristotélica,
que, embora apresentasse algumas semelhanças com a grega, ao contrário desta, era
mais literária do que filosófica. Foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia
Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura
enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que
viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofonte, bem como
pelas peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes. Muitos defendem que os diálogos
de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates a ter perdurado da Antiguidade
aos dias de hoje.
Muitas vezes o professor não é capaz de descrever com exatidão a teoria que o orienta,
todavia, as suas ações podem mostrar evidenciar essa teoria. Já que, seu conceito de
aprendizagem e seu posicionamento teórico estão presentes na forma como ele traça os
objetivos e as técnicas que irá utilizar na sua ação didática.

A Teoria é utilizada em dias atuais com bestante frequência, para o uso de diversos
instrumentos em sala de aula, para explicarmos melhor, sem a teoria da educação o
professor e pessoas que trabalham na escola não teriam um caminho a seguir se
tornando bem mais difícil, o ensino.
A prática pedagógica é uma prática social, uma prática política, pois não se pode
conceber a educação sem um vínculo sócio histórico. Segundo Aranha (1996), a
educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-social concreto,
sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.
De acordo com Freire, o homem em suas relações, criando e recriando, integrando-se às
condições de seu contexto, respondendo a seus desafios, objetivando-se a si próprio,
discernindo, transcendendo, lança-se num domínio que lhe é exclusivo, o da História e o
da Cultura. A integração do homem ao seu contexto o enraíza e o torna um ser situado e
datado. Para Freire, a grande luta dos homens seria a de superar os fatores que o faziam
acomodado ou ajustado, era a luta por sua humanização, ameaçada constantemente pela
opressão que o esmagava. Paulo Freire relata que a educação que ele propunha era
totalmente afastada da alfabetização puramente mecânica. Pelo contrário, seria uma
alfabetização de tomada de consciência, direta e ligada à democratização da cultura, que
fosse, em si, um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores. Mas como
realizar essa educação? Para Freire, a resposta estava em um método ativo, dialogal,
crítico e criticizador, na modificação do conteúdo programático da educação, no uso de
técnicas como a da redução e codificação. Para Freire, o diálogo era indispensável no
caminho dessa nova formação e começaria pelo conceito antropológico de cultura; a
cultura como resultado de seu trabalho, do seu esforço criador e recriador, o sentido
transcendental de suas relações, a dimensão humanista da cultura, a democratização da
cultura, o aprendizado da escrita e da leitura como uma chave com que o analfabeto
iniciaria a sua introdução no mundo da comunicação escrita. A partir daí, o analfabeto
começaria a operação de mudança de suas atitudes anteriores, descobrindo-se como
fazedor desse mundo da cultura. Entre as contribuições do autor está a percepção de que
cada estudante leva consigo a sua cultura para a sala de aula, e essa não deve ser
considera da melhor nem pior que a do
professor. Nesse sentido, o respeito à cultura do aluno se revelou como uma das
maneiras de tornar a educação mais afetiva e democrática, considerando que todos são
fontes de conhecimento. Na pedagogia freiriana, todos têm direito a se manifestar
criticamente.
O Nós somos o nosso cérebro afirma que nós somos o nosso cérebro, pois todo processo
que ocorre no organismo humano passa por esse órgão, que sofre mudança estrutural,
não apenas genética, como também se segue uma interpelação com estímulos
ambientais e externos.
Tais princípios são desenrolados no decorrer claro que a utilização dessas ferramentas
como coadjuvantes em sala de aula certamente traz em melhoras significativa que diz
respeito à aprendizagem, especialmente em relação à memória. Enquanto o cérebro do
professor ainda trabalha de forma analógica, o cérebro dos alunos, sejam eles do ensino
fundamental, médio ou superior
digital ou seja, a falta de conhecimento do funcionamento cerebral dos alunos implica em
grandes problemas na relação ensino-aprendizagem. Como forma de superar as mazelas
das metodologias tradicionais, Codea oferece um rápido vislumbre sobre novas formas de
se trabalhar em sala utilizando as chamadas “metodologias ativas”, que visam
proporcionar o ensino-aprendizagem por meio da problematização e solução de
problemas utilizando atividades lúdicas e desafios.
Codea apresenta uma didática que vai além da preocupação em “como se ensina”, mas
mergulha nas formas de “como se aprende”, estabelecendo relações entre as
metodologias de ensino existentes e os conhecimentos acerca do funcionamento da
cognição humana, afunilando assim um dos vários campos que abordam a interface entre
neurociência e educação, especificamente na prática docente.

O saber docente não é formado apenas da prática, sendo também nutrido pelas teorias
da educação. Mediante esta afirmação fica claro que, a teoria tem importância
fundamental, pois ao nos apropriarmos de fundamentação teórica nos beneficiamos de
variados pontos de vista para uma tomada de decisão dentro de uma ação
contextualizada, adquirindo perspectivas de julgamento para compreender os diversos
contextos do cotidiano. A interação entre saberes gera o desenvolvimento de uma prática
pedagógica autônoma e emancipatória.

É importante lembrar que um bom professor não se constitui apenas de teoria, embora ela
tenha sua importância. Um professor vai se formando na relação teoria e prática, pois é a
partir da ação e da reflexão que o professor se constrói enquanto indivíduo em pleno
estado de mudança.

Entender as diferentes concepções de aprendizagem não significa apenas ler o que


diferentes teóricos e pensadores falaram ou escreveram sobre o ensino e a
aprendizagem, significa também buscar melhor compreender a prática educativa vigente
de forma que ao refletir sobre a mesma possamos discutir e agir para transformá-la. A
aproximação entre teoria e prática nos mostra novos horizontes que nos possibilitam
buscar novas práticas de ensino que facilitem a aprendizagem dos educandos.

O educador somente poderá ensinar quando aprender e, para isso, é preciso ter
conhecimento, que é adquirido com diálogo, troca de experiências e pesquisa científica.
Para tanto, é necessário ter humildade para admitir que não se sabe tudo e avaliar
atitudes positivas e negativas.

Ao analisarmos as práticas pedagógicas, cabe-nos inquietarmos com a separação que


existe entre a teoria e a prática, cria-se então um círculo vicioso onde constatamos que a
formação docente é construída antes e durante o caminho profissional do docente, e que
se faz também no social onde a formação docente depende tanto das teorias, quanto das
práticas desenvolvidas na vida escolar.

O desafio fundamental para o profissional da educação é distinguir e compreender as


teorias subentendidas na sua própria prática e originar condições para que diante das
teorias modifique seus pontos de vista, atitudes, posturas e atuação no exercício
educacional.

Compreender que o processo de ensino e aprendizagem, apesar da formação oferecida


em sala de aula ser fundamental, só ela não é suficiente para preparar os alunos para o
pleno exercício de sua profissão. Faz-se necessário a inserção na realidade do cotidiano
escolar com a prática pedagógica.

Quando o docente se apropria do conhecimento e se beneficia das contribuições teóricas


referentes às compreensões de aprendizagem, escolhe as melhores formas de trabalhar,
vence as dificuldades e vê com clareza as novas possibilidades de uma atuação com
qualidade. Assim sendo, as probabilidades de reflexão e crítica sobre as práticas
pedagógicas surgem com maior coerência.

O passeio pelos fundamentos da educação através de disciplinas é fundamental para


articular a teoria com a prática pedagógica. A reflexão sobre práticas educativas e as
relações entre sujeitos dessa práxis no seu processo de construção de conhecimento,
evidencia o despertar do desejo de promover transformações necessárias para que essa
atuação venha a contribuir positivamente na vida e na formação de novos sujeitos.

A fase do estágio nos permite aos poucos perceber como se da à prática da instituição,
pois coincide com a realidade do cotidiano dos alunos e isso, deverá sempre acontecer de
maneira bem fundamentada e para isso é preciso considerar cada realidade onde
ocorrerá a prática pedagógica, com suas características emocionais, culturais,
socioeconômicas e tudo que o ambiente proporciona.

O desenvolvimento e a transformação do mundo somente serão possíveis quando os


educadores tiverem consciência de seu papel na sociedade e da importância de valorizar
o aluno como um todo.

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