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EP 01 – 2018-2 – Gabarito – Polinômios Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito – EP 01
Pré-Cálculo
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Exercício 1: O livro "Al-Jabr Wa’l mugãbalah" escrito pelo matemático árabe al-Khwarizmi, que
morreu antes de 850, tem grande importância na história da Matemática. O nome deste autor
originou a palavra algarismo e a primeira palavra do título do livro, cujo significado, não se sabe ao
certo, originou o termo álgebra, pois foi por esse livro que mais tarde a Europa aprendeu o ramo
da Matemática que hoje tem esse nome. Um dos vários problemas que ilustram tal livro pede que
se divida o número 10 em duas partes de modo que "a soma dos produtos obtidos, multiplicando
cada parte por si mesma, seja igual a 58 ". Resolva-o.

Resolução:

Sejam 𝑥 e 𝑧, tais que 𝑥 + 𝑧 = 10 e 𝑥 2 + 𝑧 2 = 58.

Mas, 𝑥 + 𝑧 = 10 ⟺ 𝑧 = 10 − 𝑥.

Substituindo 𝑧 = 10 − 𝑥 em 𝑥 2 + 𝑧 2 = 58, obtemos: 𝑥 2 + (10 − 𝑥)2 = 58.

Mas, 𝑥 2 + (10 − 𝑥)2 = 58 ⟺ 𝑥 2 + 100 − 20𝑥 + 𝑥 2 = 58 ⟺ 2𝑥 2 − 20𝑥 + 42 = 0 ⟺

10±√(−10)2 −4⋅1⋅21 10±√100−84 10±√16 10±4


𝑥 2 − 10𝑥 + 21 = 0 ⟺ 𝑥= = = =
2⋅1 2 2 2

⟺ 𝑥=7 𝑜𝑢 𝑥 = 3.

Então, dividimos 10 em duas partes, tal que: 10 = 7 + 3 e 72 + 32 = 49 + 9 = 58.


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Exercício 2: Uma fatia com 3 𝑐𝑚 de espessura é cortada paralelamente a uma das faces de um
cubo, deixando um volume de 196 𝑐𝑚2 . Encontre o comprimento do lado do cubo original.
Resolução:

Seja 𝑥 ∈ ℝ, tal que o lado do cubo mede 𝑥 𝑐𝑚. Se uma fatia de 3 𝑐𝑚 de espessura é cortada
paralelamente a uma das faces desse cubo, o novo paralelepípedo tem a seguinte forma: base
quadrada de lado medindo 𝑥 𝑐𝑚. Altura medindo 𝑥 − 3 𝑐𝑚.
O volume desse paralelepípedo é 𝑥 ⋅ 𝑥 ⋅ (𝑥 − 3) = 𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 𝑐𝑚3 .
Resolvendo a equação 𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 :
𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 ⟺ 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 296 = 0

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Como 𝑥 é medida, 𝑥 é positivo. Os divisores positivos do termo independente são 1, 2, 4, 7, 14,


28, 49, 98, 196. Testando se são raízes:
13 − 3 ∙ 12 − 196 = −194 ≠ 0. Logo, 𝑥 = 1 não é solução da equação dada.
23 − 3 ∙ 22 − 196 = −200 ≠ 0. Logo, 𝑥 = 2 não é solução da equação dada.
43 − 3 ∙ 42 − 196 = −180 ≠ 0. Logo, 𝑥 = 4 não é solução da equação dada.
73 − 3 ∙ 72 − 196 = 0. Logo, 𝑥 = 7 é solução da equação dada.
Dividindo 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 296 por 𝑥 − 7 obtemos 𝑥 2 + 4𝑥 + 28. Mas, para esse trinômio
do segundo grau, 𝑥 2 + 4𝑥 + 28, temos 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 42 − 4 ⋅ 1 ⋅ 28 = 16 − 112 < 0. Portanto,
𝑥 2 + 4𝑥 + 28 não tem raízes reais.
Assim, a única solução real da equação 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 296 = 0 é 𝑥 = 7.
Logo, o comprimento do lado do cubo original é 𝑥 = 7 𝑐𝑚.
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Exercício 3: Diga quais das expressões abaixo são polinômios:


1 1
1
a) 𝑝(𝑥) = √2 𝑥 5 + 2 𝑥 3 − 𝑥 + 2 b) 𝑡(𝑥) = 5 c) 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 − 5
4𝑥 5 −𝑥 2 −3
d) 𝑠(𝑥) = 2𝑥 −4 + 𝑥 −3 − 𝑥 −1 + 3 e) 𝑟(𝑥) = 𝑥 3 −5

Resolução:

a) É um polinômio de grau 5 com coeficientes reais.


b) É um polinômio constante, grau zero.
c) Não é um polinômio pois os expoentes da variável 𝑥 são números racionais, não inteiros.
d) Não é um polinômio, pois os expoentes da variável 𝑥 são números inteiros negativos.
e) Não é um polinômio, mas sim um quociente de polinômios.
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Exercício 4: Determine os valores de 𝑎, 𝑏, 𝑐, números reais, que tornam os polinômios 𝑝(𝑥) e


𝑞(𝑥) iguais:
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥(𝑥 + 1) + 𝑏𝑥(𝑥 − 1) + 𝑐(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) e 𝑞(𝑥) = 3𝑥 2 − 5.
Resolução:
Os polinômios 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) são iguais se os seus coeficientes 𝑎𝑖 da i-ésima potência
𝑥 𝑖 , 𝑖 = 0 , 1 , 2, são iguais.
Como,
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥(𝑥 + 1) + 𝑏𝑥(𝑥 − 1) + 𝑐(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) = 𝑎𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 𝑐(𝑥 2 − 1)
𝑝(𝑥) = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐)𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)𝑥 − 𝑐 .
Então, para que os polinômios 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) sejam iguais, é preciso que:

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(𝑎 + 𝑏 + 𝑐)𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)𝑥 − 𝑐 = 3𝑥 2 − 5 ⟺
𝑎+𝑏+𝑐 =3 2𝑎 + 5 = 3
{ 𝑎−𝑏 =0 ⟺ { 𝑎=𝑏 ⟺ 𝑎 = 𝑏 = −1 e 𝑐 = 5.
−𝑐 = −5 𝑐=5
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Exercício 5: Faça as operações indicadas para identificar os coeficientes do polinômio na variável x


e diga quais são os seus coeficientes. Para realizar as operações indicadas, use produtos notáveis
que são casos particulares do Binômio de Newton.

a) −(4𝑥 + 1)3 − 2(4𝑥 + 1)2 b) (𝑥 + ℎ)4 − 𝑥 4


Resolução:

a) −(4𝑥 + 1)3 − 2(4𝑥 + 1)2 = −((4𝑥)3 + 3(4𝑥)2 ⋅ 1 + 3 ⋅ 4𝑥 ⋅ 12 + 13 ) − 2(16𝑥 2 + 8𝑥 + 1) =


= −64𝑥 3 − 48𝑥 2 − 12𝑥 − 1 − 32𝑥 2 − 16𝑥 − 2 = −64𝑥 3 − 80𝑥 2 − 28𝑥 − 3.
Acima foram usados os produtos notáveis:
(𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏 2 e (𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏 2 + 𝑏 3 .
A seguir, apresentamos outra maneira de fazer, usando apenas o produto notável
(𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏 2 .
Para iniciar, podemos colocar o fator comum (4𝑥 + 1)2 em evidência,
−(4𝑥 + 1)3 − 2(4𝑥 + 1)2 = (4𝑥 + 1)2 (−(4𝑥 + 1) − 2)) = (16𝑥 2 + 8𝑥 + 1) (−4𝑥 − 3) =
= −64𝑥 3 − 48𝑥 2 − 32𝑥 2 − 24𝑥 − 4𝑥 − 3 = −64𝑥 3 − 80𝑥 2 − 28𝑥 − 3.
Coeficientes: grau 3 é −64; grau 2 é −80; grau 1 é −28; grau 0 é −3.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) (𝑥 + ℎ)4 − 𝑥 4 = 𝑥 4 + 4𝑥 3 ℎ + 6𝑥 2 ℎ2 + 4𝑥ℎ3 + ℎ4 − 𝑥 4 = 4𝑥 3 ℎ + 6𝑥 2 ℎ2 + 4𝑥ℎ3 + ℎ4 .
Acima foi usado o produto notável (𝑎 + 𝑏)4 = 𝑎4 + 4𝑎3 𝑏 + 6𝑎2 𝑏 2 + 4𝑎𝑏 3 + 𝑏 4
A seguir, apresentamos outra maneira de fazer, usando apenas a propriedade distributiva e o
produto notável (𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏 2 .
(𝑥 + ℎ)4 − 𝑥 4 = (𝑥 + ℎ)2 (𝑥 + ℎ)2 − 𝑥 4 = (𝑥 2 + 2ℎ𝑥 + ℎ2 )(𝑥 2 + 2ℎ𝑥 + ℎ2 ) − 𝑥 4 =
= 𝑥4 + ⏟
2ℎ𝑥 3 + ℎ⏟
2 2
2ℎ𝑥 3 + 4ℎ
𝑥 +⏟ ⏟ 2𝑥2 + ⏟
2ℎ3 𝑥 + ℎ⏟
2 2
2ℎ3 𝑥 + ℎ4 − 𝑥 4 =
𝑥 +⏟
(1) (2) (1) (2) (3) (2) (3)

= 4ℎ𝑥 3 + 6ℎ2 𝑥 2 + 4ℎ3 𝑥 + ℎ4


Coeficientes: grau 3 é 4ℎ ; grau 2 é 6ℎ2 ; grau 1 é 4ℎ3 ; grau 0 é ℎ4 .
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Exercício 6: Determine o quociente e o resto da divisão dos polinômios 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) nos seguintes
casos:

a) 𝑝(𝑥) = 3𝑥 5 − 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 4𝑥 − 3 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 + 1

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b) 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 + 3𝑥 4 − 4𝑥 3 − 𝑥 2 + 11𝑥 + 12 𝑞(𝑥) = 𝑥 2 (𝑥 2 + 4𝑥 + 5)


Resolução:
a) 3𝑥 5 − 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 4𝑥 − 3 𝑥 3 − 2𝑥 + 1
−3𝑥 5 + 6𝑥 3 − 3𝑥 2 3𝑥 2 − 𝑥 + 8
−𝑥 4 + 8𝑥 3 − 3𝑥 2 + 4𝑥 − 3
𝑥4 − 2𝑥 2 + 𝑥
8𝑥 3 − 5𝑥 2 + 5𝑥 − 3
−8𝑥 3 + 16𝑥 − 8
−5𝑥 2 + 21𝑥 − 11

Neste caso, o quociente é 𝑞(𝑥) = 3𝑥2 − 𝑥 + 8 e o resto é 𝑟(𝑥) = −5𝑥2 + 21𝑥 − 11.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) 𝑥 5 + 3𝑥 4 − 4𝑥 3 − 𝑥 2 + 11𝑥 + 12 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 5𝑥 2
−𝑥 5 − 4𝑥 4 − 5𝑥 3 𝑥−1
−𝑥 4 − 9𝑥 3 − 𝑥 2 + 11𝑥 + 12
𝑥 4 + 4𝑥 3 + 5𝑥 2
−5𝑥 3 + 4𝑥 2 + 11𝑥 + 12

Neste caso, o quociente é 𝑞(𝑥) = 𝑥 − 1 e o resto é 𝑟(𝑥) = −5𝑥3 + 4𝑥2 + 11𝑥 + 12.
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Exercício 7: Determine 𝑎 ∈ ℝ, de modo que o polinômio

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + (2𝑎 − 1)𝑥 2 + (3𝑎 − 2)𝑥 + 4𝑎 seja divisível por 𝑠(𝑥) = 𝑥 − 1 e em seguida,
obtenha o quociente da divisão.

Resolução:

O polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + (2𝑎 − 1)𝑥 2 + (3𝑎 − 2)𝑥 + 4𝑎 será divisível por 𝑠(𝑥) = 𝑥 − 1, se e
somente, se 𝑝(1) = 0.
Mas,
0 = 𝑝(1) = 𝑎 ∙ 13 + (2𝑎 − 1) ∙ 12 + (3𝑎 − 2) ∙ 1 + 4𝑎 = 𝑎 + 2𝑎 − 1 + 3𝑎 − 2 + 4𝑎 = 10𝑎 − 3
3
Donde, 𝑎 = 10 , e, portanto,
3 4 11 12
𝑝(𝑥) = 10 𝑥 3 − 10 𝑥 2 − 10 𝑥 + 10

Vamos usar o dispositivo de Briot-Ruffini para dividir 𝑝(𝑥) por 𝑠(𝑥) = 𝑥 − 1.


3 4 11 12
− 10 − 10
10 10
3 1 12
1 − 10 − 10 0
10

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3 1 12
O quociente procurado é: 𝑞(𝑥) = 10 𝑥 2 − 10 𝑥 − 10 .

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Exercício 8: Fatore os seguintes polinômios:

a) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3 b) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3
c) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 1 d) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 + 11𝑥 − 6
e) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 2 + 15 f) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4
g) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 1 h) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 2𝑥 − 1
Resolução: a resolução será feita com detalhes, para que se possa entender os resultados que
foram usados.
a) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3
Buscando as raízes do trinômio do 2º grau 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3 :

−5±√(5)2 −4.2.(−3) −5±√25+24 −5±√49 −5±7 1


𝑥= = = = ⟺ 𝑥 = −3 ou 𝑥= .
2.2 4 4 4 2

1
Portanto, a fatoração do polinômio 𝑝(𝑥) é: 𝑝(𝑥) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 + 3) = (2𝑥 − 1)(𝑥 + 3)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3
Como 𝑝(𝑥) é um polinômio de grau ímpar 3, possui pelo menos uma raiz real.
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente −3, que são:
−1 , +1 , −3 , +3. Calculando 𝑝(−1) , 𝑝(1) , 𝑝(−3) , 𝑝(3), vemos que não são zero. Logo esse
polinômio não tem raízes inteiras.
As possíveis raízes racionais, não inteiras, desse polinômio são os divisores do termo
independente −3 , que são: −1 , +1 , −3 , +3, divididos pelos divisores, diferentes de −1 , +1 , do
1 1
coeficiente do termo de maior grau, que são −2 , +2 . Calculando 𝑝 ( 2 ) , vemos que 𝑝 ( 2 ) = 0.
1
Dividindo 𝑝(𝑥) por 𝑥 − , obtemos:
2
1 1
𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3 = (𝑥 − 2 ) (2𝑥 2 + 2𝑥 + 6) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 2 + 𝑥 + 3).

Como o discriminante do trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 𝑥 + 3 , ∆ = 12 − 4.1.3 < 0 então este


trinômio do segundo grau é irredutível em ℝ . Portanto, a fatoração de 𝑝(𝑥) é:
1
𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3 = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 2 + 𝑥 + 3).

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 1 = (𝑥 2 )2 − 1 = ( 𝑥 2 − 1)( 𝑥 2 + 1) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1).

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Observe que estamos tratando o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 1, como um trinômio do segundo grau
na variável 𝑥 2 e que −1 e + 1 são as raízes desse trinômio do segundo grau. O trinômio do
segundo grau, 𝑥 2 + 1 , não possui raízes reais, pois 𝑥 2 + 1 ≥ 1 , nunca se anula e é, portanto,
irredutível nos reais.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 + 11𝑥 − 6.
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente −6 , que são:
−1 , +1 , −2 , +2 , −3 , +3 , −6 , 6 . Calculando 𝑝(−1), vemos que 𝑝(−1) = 0 ,.
Dividindo 𝑝(𝑥) por 𝑥 + 1 , obtemos,
𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 + 11𝑥 − 6 = (𝑥 + 1)(2𝑥 3 − 11𝑥 2 + 17𝑥 − 6)
Como 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 11𝑥 2 + 17𝑥 − 6 é um polinômio de grau ímpar, 3 , possui pelo menos uma
raiz real.
As possíveis raízes inteiras do polinômio 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 11𝑥 2 + 17𝑥 − 6 são os divisores do
termo independente −6 , que são: −1 , +1 , −2 , +2 , −3 , +3 , −6 , +6. Calculando 𝑝1 (2) , vemos
que 𝑝1 (2) = 0.
Dividindo 𝑝1 (2) por 𝑥 − 2, obtemos, 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 11𝑥 2 + 17𝑥 − 6 = (𝑥 − 2)(2𝑥 2 − 7𝑥 + 3).
Agora é só tentar fatorar o polinômio 𝑝2 (𝑥) = 2𝑥 2 − 7𝑥 + 3.
Buscando as raízes do trinômio do 2º grau 2𝑥 2 − 7𝑥 + 3 :

7±√(−7)2 −4.2.3 7±√49−24 7±√25 7±5 1


𝑥= = = = ⟺ 𝑥=3 ou 𝑥= .
2.2 4 4 4 2

1
Portanto, a fatoração do polinômio 𝑝2 (𝑥) é: 𝑝2 (𝑥) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 − 3) = (2𝑥 − 1)(𝑥 − 3)

Portanto a fatoração do polinômio 𝑝(𝑥) é:


𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 + 11𝑥 − 6 = (𝑥 + 1)(𝑥 − 2)(2𝑥 − 1)(𝑥 − 3)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 2 + 15 = (𝑥 2 )2 − 8 𝑥 2 + 15 = (𝑥 2 − 3)(𝑥 2 − 5) =
= (𝑥 + √3)(𝑥 − √3)(𝑥 + √5)(𝑥 − √5) .
Observe que estamos tratando o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 2 + 15 , como um trinômio do
segundo grau na variável 𝑥 2 e que 3 e 5 são as raízes desse trinômio do segundo grau.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) 𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4.
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente −4 , que são:
−1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4. Calculando 𝑝(−1) , vemos que 𝑝(−1) = 0.
Dividindo 𝑝(𝑥) por 𝑥 + 1, obtemos,
𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4 = (𝑥 + 1)(2𝑥 3 − 𝑥 2 + 8𝑥 − 4).

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Como 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 8𝑥 − 4 é um polinômio de grau ímpar, 3 , possui pelo menos uma


raiz real.
As possíveis raízes racionais do polinômio 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 8𝑥 − 4 são os divisores do termo
independente −4 , que são: −1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4 , divididos pelos divisores do coeficiente
do termo de maior grau, que são −1 , +1 , −2 , +2. Logo, as possíveis raízes racionais de
1 1
𝑝1 (𝑥) são: −1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4 , − , . Aqui estamos incluindo também as raízes
2 2
inteiras, que também são racionais. Calculando:
𝑝1 (−1) = 15 , 𝑝1 (1) = 5 , 𝑝1 (−2) = −40 , 𝑝1 (2) = 24 , 𝑝1 (−4) = −180 ,
1 17 1 1
𝑝1 (4) = 140 , 𝑝1 (− 2 ) = − , 𝑝1 ( 2 ) = 0 , vemos que 𝑥 = é raiz de 𝑝1 (𝑥)
2 2
1 1
Dividindo 𝑝1 (𝑥) por 𝑥 − , obtemos, 𝑝1 (𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 8𝑥 − 4 = (𝑥 − 2 ) (2𝑥 2 + 8) .
2

Como o trinômio do segundo grau, 2𝑥 2 + 8 , não possui raízes reais, pois 2𝑥 2 + 8 ≥ 8 e é,


portanto, irredutível nos reais, nada mais temos a fatorar, logo,
1
𝑝(𝑥) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4 = (𝑥 + 1) (𝑥 − 2) (2𝑥 2 + 8)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

g) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 1
Como esse polinômio tem coeficientes inteiros e é mônico (isso significa que o coeficiente do
termo de maior grau é 1), se tiver raízes racionais, elas têm que ser inteiras e estar entre os
divisores do termo independente +1 , que são: +1 , −1.
Como 𝑝(−1) = 𝑝(1) = 2 ≠ 0 então esse polinômio não tem raízes racionais. Este polinômio
poderá ter raízes irracionais ou não ter raízes reais.
Por outro lado, 𝑥 4 + 1 = 0 ⟺ 𝑥 4 = −1, mas ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 4 ≥ 0, logo essa equação não tem
solução para 𝑥 ∈ ℝ e assim a fatoração de 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 1 só terá fatores quadráticos
irredutíveis.
Podemos tentar a seguinte fatoração, onde 𝑎 e 𝑏 são números reais:
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 1 = (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 1) = 𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 3 + (𝑎𝑏 + 2)𝑥 2 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 + 1.
Da igualdade de polinômios, segue que:
𝑎+𝑏 =0 𝑏 = −𝑎
{ ⟺ { ⟺ −𝑎2 + 2 = 0 ⟺ 𝑎2 = 2 ⟺ 𝑎 = − √2 ou 𝑎 = √2
𝑎𝑏 + 2 = 0 𝑎𝑏 + 2 = 0

Se 𝑎 = − √2 então 𝑏 = √2 e se 𝑎 = √2 então 𝑏 = −√2


Portanto, a fatoração pedida é:
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 1 = (𝑥 2 + √2𝑥 + 1)(𝑥 2 − √2𝑥 + 1).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
h) 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 2𝑥 − 1

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Como esse polinômio tem coeficientes inteiros e é mônico (o coeficiente do termo de maior grau é
1), se tiver raízes racionais, elas têm que ser inteiras e estar entre os divisores do termo
independente −1, que são: +1, −1.
𝑝(1) = 1 − 2 + 2 − 1 = 0 , logo 1 é raiz de 𝑝(𝑥).
𝑝(−1) = (−1)4 − 2(−1)3 + 2(−1) − 1 = 1 + 2 − 2 − 1 = 0 , logo −1 é raiz de 𝑝(𝑥).
Assim, 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 2𝑥 − 1 = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)𝑞(𝑥). Devemos determinar 𝑞(𝑥) que tem
grau 2. Para isso, vamos usar o algoritmo de Briot-Ruffini duas vezes seguidas.

1 −2 0 2 −1
1 1 −1 −1 1 0
−1 1 −2 1 0

Assim, 𝑞(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1. Determinando as raízes de 𝑞(𝑥) :


2±√(−2)2 −4.1.1 2±√4−4 2±0
𝑥= = = 1, donde 𝑥 = 1 é raiz dupla de 𝑞(𝑥) e 𝑞(𝑥) = (𝑥 − 1)2 .
2.1 2 2

Portanto, 𝑝(𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 1)2 = (𝑥 − 1)3 (𝑥 + 1).


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Exercício 9: Será 𝑥 + 3 um fator do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 7 + 2187? Justifique sua resposta.


Resolução:

Se 𝑥 + 3 for um fator do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 7 + 2187 , então 𝑝(𝑥) = (𝑥 + 3)𝑞(𝑥) , e assim,


𝑥 = −3, será uma raiz do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 7 + 2187 . Basta então verificar se 𝑝(−3) = 0.
Calculando:
𝑝(−3) = (−3)7 + 2187 = −2187 + 2187 = 0 .
Portanto, 𝑥 + 3 é um fator do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 7 + 2187 .
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Exercício 10: Considerando o que você aprendeu sobre polinômios, responda: existe algum
número racional que seja igual ao seu cubo mais um?

Resolução:

Consideremos 𝑥 um número racional. Se este número racional 𝑥 , é igual ao seu cubo mais um,
então podemos escrever que 𝑥 = 𝑥 3 + 1 . Mas, 𝑥 = 𝑥 3 + 1 ⟺ 𝑥 3 − 𝑥 + 1 = 0 .
Considerando o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 + 1, sabemos que as possíveis raízes racionais desse
polinômio são inteiras, pois é 𝑝(𝑥) é um polinômio mônico (o coeficiente do termo de maior grau
é 1 ). Essas possíveis raízes inteiras estão entre os divisores do termo independente, 1, que são
−1 e +1.

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EP 01 – 2018-2 – Gabarito – Polinômios Pré-Cálculo

Calculando 𝑝(−1) e 𝑝(1) :


𝑝(−1) = (−1)3 − (−1) + 1 = −1 + 1 + 1 ≠ 0 e
𝑝(1) = (1)3 − (1) + 1 = 1 − 1 + 1 ≠ 0
Vemos, portanto, que esse polinômio não possui raízes racionais.
Concluímos assim, que não existe número racional que seja igual ao seu cubo mais um.

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito – EP 02
Pré-Cálculo
________________________________________________________________________________
Exercício 1: Fatore os polinômios a seguir e estude o seu sinal. Quando possível, apresente as
conclusões na forma de intervalo, isto é, escreva as conclusões como um único intervalo ou como
união de intervalos disjuntos (intervalos disjuntos não têm pontos em comum).
1 1
a) 𝑝(𝑥) = 2 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 𝑥 − 1 b) 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12
c) 𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8.

Resolução:
1 1
a) 𝑝(𝑥) = 2 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 𝑥 − 1.
1 1 1 1
Note que, 𝑝(𝑥) = 2 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 𝑥 − 1 = 2 (𝑥 3 − 2𝑥 2 + 𝑥 − 2), ou seja, 𝑝(𝑥) = 2 𝑞(𝑥),

onde 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 𝑥 − 2 é um polinômio com coeficientes inteiros.


As possíveis raízes racionais de 𝑞(𝑥) são inteiras, pois 𝑞(𝑥) é mônico (o coeficiente do termo de
maior grau é 1) e estão entre os divisores do termo independente −2, que são: −1 , +1 , −2 , +2.
Calculando os valores de 𝑞(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que somente 𝑥 = 2 é raiz de
𝑞(𝑥) , pois 𝑞(2) = 23 − 2 ∙ 22 + 2 − 2 = 8 − 8 + 2 − 2 = 0
e 𝑞(−1) ≠ 0 , 𝑞(1) ≠ 0 e 𝑞(−2) ≠ 0 , portanto 𝑥 = 2 é a única raiz de 𝑝(𝑥) .
Dividindo 𝑞(𝑥) por 𝑥 − 2 obtemos (𝑥 2 + 1), logo, 𝑞(𝑥) = (𝑥 − 2)(𝑥 2 + 1) .
1 1
Portanto, 𝑝(𝑥) = 2 𝑞(𝑥) = 2 (𝑥 − 2)(𝑥 2 + 1) .

Como 𝑥 2 + 1 ≥ 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ , então o sinal de 𝑝(𝑥) depende somente do sinal de 𝑥 − 2.


Logo,
𝑝(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥−2>0 ⟺ 𝑥 > 2 ⟺ 𝑥 ∈ (2 , +∞ ).
𝑝(𝑥) < 0 ⟺ 𝑥−2<0 ⟺ 𝑥 < 2 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , 2) .
𝑝(𝑥) = 0 ⟺ 𝑥−2=0 ⟺ 𝑥=2 .
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12
Vamos, inicialmente, buscar as raízes reais do polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12 .
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente 12, que são:
−1 , +1 , −2 , +2 , −3 , +3 , −4 , +4 , −6 , +6 , −12 , +12 .

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Calculando os valores de 𝑞(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que


q (1)  ( 1) 3  3 ( 1) 2  4 ( 1)  12  1 3  4 12  10  0 . Logo, −1 não é raiz desse
polinômio.
q (1)  13  312  4 1  12  1 3  4 12  20  0 . Logo, 1 não é raiz desse polinômio.

q ( 2)  (  2 ) 3  3 (  2 ) 2  4 (  2 )  12   8 12  8 12  8  0 . Logo, −2 não é raiz desse


polinômio.
q (2)  23  3 2 2  4  2  12  8 12  8 12  40  0 . Logo, 2 não é raiz desse polinômio.

q ( 3)  (  3 ) 3  3 (  3 ) 2  4 (  3 )  12   27  27 12 12  0 . Logo, −3 é raiz desse polinômio.


Dividindo 𝑞(𝑥) por 𝑥 − (−3) = 𝑥 + 3 , obtemos, 𝑥 2 + 4 .
Portanto, 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12 = (𝑥 + 3)(𝑥 2 + 4) .
Como 𝑥 2 + 4 ≥ 4 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ , então esse polinômio nunca se anula, não tem raízes reais.
Assim, 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12 = (𝑥 + 3)(𝑥 2 + 4) é a fatoração de 𝑞(𝑥) em ℝ .
Como 𝑥 2 + 4 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ , então o sinal do polinômio 𝑞(𝑥) = (𝑥 + 3)(𝑥 2 + 4) , depende
apenas do sinal do fator linear 𝑥 + 3 .
Portanto,
𝑞(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥+3>0 ⟺ 𝑥 > −3 ⟺ 𝑥 ∈ (−3 , +∞ ).
𝑞(𝑥) < 0 ⟺ 𝑥+3<0 ⟺ 𝑥 < −3 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −3) .
𝑞(𝑥) = 0 ⟺ 𝑥+3=0 ⟺ 𝑥 = −3 .

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) 𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8
A fatoração do polinômio s ( x ) envolve o estudo de raízes racionais e s ( x ) tem também raízes
irracionais. Para fazer o estudo do sinal desse polinômio será preciso ordenar as raízes encontradas.
É um exercício bem completo, acompanhe todos os passos dessa resolução.
Vamos, inicialmente, buscar as raízes reais do polinômio 𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8.
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente 8 , que são:
−1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4 , −8 , +8.
Calculando os valores de 𝑠(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que
s (1)  3 ( 1) 4 14 ( 1) 3 14 ( 1) 2  8 ( 1)  8  3 14 14  8  8  3  0 . Logo, 1 não é raiz
desse polinômio.
s (1)  3 14  14  13  14  12  8 1  8  3  14  14  8  8  15  0 . Logo, 1 não é raiz desse
polinômio.

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

s ( 2)  3 (  2 ) 4 14 (  2 ) 3 14 (  2 ) 2  8 (  2 )  8  48 112  56 16  8  0 . Logo,  2 é raiz desse

polinômio.
Dividindo 𝑠(𝑥) por 𝑥 − (−2) = 𝑥 + 2 , obtemos, 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4 .
Portanto, 𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 = (𝑥 + 2)( 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4).
Vamos agora buscar as raízes do polinômio 𝑠1 (𝑥) = 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4
As possíveis raízes inteiras desse polinômio, 𝑠1 (𝑥) = 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4 , são os divisores do
termo independente −4 , que são: −1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4. Como −1 e + 1 não são raízes de
𝑠(𝑥) então também não são raízes de 𝑠1 (𝑥) . De fato, como 𝑠(𝑥) = (𝑥 + 2)𝑠1 (𝑥) então o valor
de 𝑥 que anular 𝑠1 (𝑥) , anula também 𝑠(𝑥) .
Vamos testar −2 e + 2 . Calculando:
s1 (  2 )  3 ( 2 ) 3  8 (  2 ) 2  2 (  2 )  4   24  32  4  4  8  0 . Logo, −2 não é raiz desse
polinômio.
s1 ( 2 )  3 23  8  2 2  2  2  4  24  32  4  4  48  0 . Logo, 2 não é raiz desse polinômio.
Vamos testar −4 e + 4 . Calculando:

s1 (  4 )  3 ( 4 )3  8 (  4 ) 2  2 (  4 )  4  192  128  8  4   60  0 . Logo, −4 não é raiz


desse polinômio.

s1 ( 4 )  3  43  8  4 2  2  4  4  192  128  8  4  308  0 . Logo, 4 não é raiz desse


polinômio.
Vamos verificar agora, as possíveis raízes racionais de 𝑠1 (𝑥) .
As possíveis raízes racionais "não inteiras" do polinômio 𝑠1 (𝑥) = 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4 são os
divisores do termo independente −4 , que são: −1 , +1 , −2 , +2 , −4 , +4, divididos pelos
divisores do coeficiente do termo de maior grau, diferentes de −1 e + 1, que são: −3 , +3 . As
possíveis raízes racionais "não inteiras" são:
1 1 2 2 4 4
 , , , , , .
3 3 3 3 3 3
Calculando os valores de 𝑠1 (𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que
1 1 1 1 1 1 2 23
s1 (  )  3 (  ) 3  8 (  ) 2  2 (  )  4   3  3  8  2  4   0. Logo,
3 3 3 3 3 3 3 9

1
 não é raiz desse polinômio.
3

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

1 1 1 1 1 1 2 11 1
s1 ( )  3 ( ) 3  8 ( ) 2  2 ( )  4  3  3  8  2  4   0 . Logo, não é raiz
3 3 3 3 3 3 3 3 3

desse polinômio.
2 2 2 2 8 4 4 2
s1 (  )  3 ( ) 3  8 (  ) 2  2 (  )  4   3  3  8  2   4  0 . Logo,  é raiz
3 3 3 3 3 3 3 3

desse polinômio.
2 2
Dividindo 𝑠1 (𝑥) por 𝑥 − (− 3) = 𝑥 + 3 , obtemos, 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 .
2
Portanto, 𝑠1 (𝑥) = 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4 = (𝑥 + 3 ) (3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 ).

Buscando as raízes de 𝑠2 (𝑥) = 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 :

−6±√(6)2 −4.3.(−6) −6±√108 −6±6√3


𝑥= = = = −1 ± √3 .
2.3 6 6

Portanto, a fatoração do polinômio 𝑠2 (𝑥) é:

𝑠2 (𝑥) = 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 = 3 (𝑥 − (−1 − √3 )) (𝑥 − (−1 + √3 ))

Assim,
2
𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 = 3(𝑥 + 2) (𝑥 + ) (𝑥 − (−1 − √3 )) (𝑥 − (−1 + √3 ))
3
Para analisar o sinal do polinômio 𝑠(𝑥) , devemos analisar o sinal dos fatores lineares:
2
𝑥 + 2 , 𝑥 + 3 , 𝑥 + 1 + √3 , 𝑥 + 1 − √3 e depois multiplicar os sinais.

Vamos fazer a tabela de sinais do polinômio 𝒔(𝒙) , mas para isso é preciso ordenar os números
2
reais: −2 , − 3 , −1 − √3 , − 1 + √3 , que são as raízes do polinômio 𝑠(𝑥) .

Temos que:
3>1 ⟺ √3 > √1 ⟺ √3 > 1 ⟺ √3 − 1 > 0 .
2 2
Os números −2 , − 3 , −1 − √3 são todos negativos e −2 < − 3 .

Vamos comparar −2 e − 1 − √3 .
−1 − √3 < −2 ⟺ 2 < 1 + √3 ⟺ 2 − 1 < √3 ⟺ 1 < √3 .

Como a última afirmação da direita é verdadeira, então pelas equivalências a afirmação −1 −


√3 < −2 também é verdadeira.
2
Portanto, −1 − √3 < −2 < − 3 < −1 + √3

Tabela de sinais do polinômio 𝒔(𝒙)

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

−∞ < 𝑥 < −1 − √3 𝑥 = −1 − √3 −1 − √3 < 𝑥 < −2 𝑥 = −2

𝑥 + 1 + √3 − − − − 0 ++++ +

𝑥+2 − − − −− − − − −− − 0

2
𝑥+ − − − −− − − − − − −
3

𝑥 + 1 − √3 − − − − − − −− − − −

Produto dos ++++ 0 − −− − − 0


sinais

2 2 2
−2 < 𝑥 < − 𝑥=− − < 𝑥 < −1 + √3 𝑥 = −1 + √3 −1 + √3 < 𝑥 < +∞
3 3 3

𝑥 + 1 + √3 ++++ + ++++ + ++++

𝑥+2 ++++ + ++++ + ++++

2
𝑥+ − − − − 0 ++++ + ++++
3

𝑥 + 1 − √3 − − −− − − − − − − 0 ++++

Produto dos ++++ 0 −− − − − 0 ++++


sinais

Concluímos, portanto, que:

2
𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 > 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1 − √3 ) ∪ (−2 , − 3 ) ∪

(−1 + √3 , +∞ ).

2
𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 < 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−1 − √3 , −2) ∪ ( − 3 , −1 + √3 ) .

2
𝑠(𝑥) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 = 0 ⟺ 𝑥 ∈ { −2 , − 3 , −1 − √3 , −1 + √3 } .

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Exercício 2: Determine o conjunto 𝑆 dos números reais tais que o gráfico de 𝑔(𝑥) = 2𝑥 3 + 9𝑥
está acima ou intersecta o gráfico da parábola 𝑦 = 𝑥 2 − 5.

Resolução:

Para responder o que é solicitado, é preciso resolver a inequação 2𝑥 3 + 9𝑥 ≥ 𝑥 2 − 5 , ou seja, a


inequação, 2𝑥 3 + 9𝑥 − 𝑥 2 + 5 ≥ 0 . Este problema geométrico será tratado algebricamente.
Temos então, que estudar o sinal do polinômio 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 9𝑥 + 5.
As possíveis raízes inteiras do polinômio 𝑝(𝑥) são os divisores do termo independente +5 , que
são: −1 , +1 , −5 , +5 .
Calculando os valores de 𝑝(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que,
𝑝(−1) = −7 , 𝑝(1) = 15 , 𝑝(−5) = −315 , 𝑝(5) = 275 . Concluímos que o polinômio 𝑝(𝑥)
não tem raízes inteiras.
As possíveis raízes racionais "não inteiras" do polinômio 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 9𝑥 + 5 são os
divisores do termo independente +5 , que são: −1 , +1 , −5 , +5 , divididos pelos divisores do
coeficiente do termo de maior grau, 2 , diferentes de −1 e + 1, que são: −2 , +2 . As possíveis
1 1 5 5
raízes racionais "não inteiras" são: − 2 , + 2 , − 2 , + 2 .
1 1 19 5 5 105
𝑝 (− 2) = 0 , 𝑝 (2) = , 𝑝 (− 2) = −55 , 𝑝 (2) = .
2 2
1
Concluímos que a única raiz racional do polinômio 𝑝(𝑥) é 𝑥 = − 2.

1 1
Dividindo 𝑝(𝑥) por 𝑥 − (− 2) = 𝑥 + 2 , obtemos 2𝑥 2 − 2𝑥 + 10 .

1
Portanto, 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 9𝑥 + 5 = (𝑥 + 2) (2𝑥 2 − 2𝑥 + 10).

Como o discriminante do trinômio do segundo grau 2𝑥 2 − 2𝑥 + 10 , ∆ = (−2)2 − 4.2.10 < 0 ,


então 2𝑥 2 − 2𝑥 + 10 é irredutível em ℝ e sendo o coeficiente do termo 𝑥 2 , positivo, então
2𝑥 2 − 2𝑥 + 10 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ .Portanto, a fatoração de 𝑝(𝑥) é:
1 1
Assim, o sinal de 𝑝(𝑥) = (𝑥 + 2) (2𝑥 2 − 2𝑥 + 10) depende apenas do sinal de 𝑥 + 2 .

Portanto,
1 1 1
𝑝(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥+2>0 ⟺ 𝑥 > − 2 ⟺ 𝑥 ∈ (− 2 , +∞ ).

1 1 1
𝑝(𝑥) < 0 ⟺ 𝑥+2<0 ⟺ 𝑥 < − 2 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , − 2) .

1 1
𝑝(𝑥) = 0 ⟺ 𝑥+2=0 ⟺ 𝑥 = −2 .

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Portanto, o conjunto 𝑆 dos números reais tais que o gráfico de 𝑔(𝑥) = 2𝑥 3 + 9𝑥 está acima ou
intersecta o gráfico da parábola 𝑦 = 𝑥 2 − 5 é
1
𝑆 = [− 2 , +∞)

Apenas por curiosidade, veja os gráficos de 𝑦 = 2𝑥 3 + 9𝑥


e 𝑦 = 𝑥 2 − 5 . Você ainda vai aprender a traçar o gráfico
de 𝑦 = 2𝑥 3 + 9𝑥 em Cálculo I.

________________________________________________________________________________

𝑥 3 +𝑥 2 +𝑥+1
Exercício 3: Analise o sinal da expressão 𝐸(𝑥) = .
1−𝑥 3

Resolução:
Vamos fatorar o numerador 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 .
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente, 1 , que são:
−1 , +1 .
Calculando os valores de 𝑝(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que,
𝑝(−1) = (−1)3 + (−1)2 + (−1) + 1 = −1 + 1 − 1 + 1 = 0 . Logo, 𝑥 = −1 é raiz do polinômio
𝑝(𝑥). Dividindo 𝑝(𝑥) por 𝑥 − (−1) = 𝑥 + 1 , obtemos 𝑥 2 + 1 .
Portanto, 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1).
Como 𝑥 2 + 1 ≥ 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ , então esse polinômio é irredutível nos reais e
𝑝(𝑥) = (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 ) está completamente fatorado em ℝ .
Vamos fatorar o denominador 𝑞(𝑥) = 1 − 𝑥 3 = −𝑥 3 + 1 .
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente, 1 , que são:
−1 , +1.
Calculando os valores de 𝑞(𝑥) nessas possíveis raízes, verificamos que,
𝑞(1) = −(1)3 + 1 = −1 + 1 = 0 . Logo, 𝑥 = 1 é raiz do polinômio 𝑞(𝑥) = −𝑥 3 + 1.
Dividindo 𝑞(𝑥) por 𝑥 − 1 , obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 1 .
Assim, 𝑞(𝑥) = −𝑥 3 + 1 = −(𝑥 − 1)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1) = (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1) .
Como o discriminante do trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 𝑥 + 1 , ∆ = (1)2 − 4.1.1 < 0 , então
𝑥 2 + 𝑥 + 1 é irredutível em ℝ e sendo o coeficiente do termo 𝑥 2 , positivo, então

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

𝑥 2 + 𝑥 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ . Portanto, a fatoração de 𝑞(𝑥) é 𝑞(𝑥) = (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1).


Assim,
𝑥3 + 𝑥2 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = =
1 − 𝑥3 (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

Vamos fazer a tabela dos sinais para 𝐸(𝑥) . Como já mostramos anteriormente,

𝑥2 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ 𝑒 𝑥2 + 𝑥 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ

(−∞, −1) −1 (−1, 1) 1 (1, ∞)

𝑥+1 −−−− 0 ++++  ++++

𝑥2 + 1 ++++ + ++++  ++++

1−𝑥 ++++ + ++++ 0 −−−−

𝑥2 + 𝑥 + 1 ++++ + ++++  ++++

(𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = −−−− 0 ++++ 𝑛𝑑 −−−−
(1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

Assim:

𝑥3 + 𝑥2 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = = > 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−1 , 1)
1 − 𝑥3 (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

𝑥3 + 𝑥2 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = = < 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1) ∪ (1 , +∞)
1 − 𝑥3 (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

𝑥3 + 𝑥2 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = = = 0 ⟺ 𝑥 = −1
1 − 𝑥3 (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

𝑥3 + 𝑥2 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 )
𝐸(𝑥) = = não pode ser calculado em 𝑥 = 1
1 − 𝑥3 (1 − 𝑥)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1)

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

√𝑥 3 +2𝑥2 +3𝑥+2
Exercício 4: Diga para que valores de 𝑥 ∈ ℝ , a expressão 𝐸(𝑥) = pode ser
𝑥−1

calculada.
Resolução:
√𝑥 3 +2𝑥 2 +3𝑥+2
A expressão 𝐸(𝑥) = pode ser calculada para ∀ 𝑥 ∈ ℝ , tal que,
𝑥−1

(I) x 3  2 x 2  3 x  2  0 , pois para que a raiz quadrada possa ser calculada é preciso que o

radicando seja positivo ou nulo, e


(II) x 1  0 , pois o denominador não pode se anular.

Resolvendo (I):
Vamos fatorar o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2.
Buscando as raízes de 𝑝(𝑥).
As possíveis raízes inteiras da equação são os divisores do termo independente 2 , que são
±1 , ±2. Testando , 𝑥 = −1 , obtemos 𝑝(−1) = (−1)3 + 2(−1)2 + 3(−1) + 2 = 0. Assim, 𝑥 =
−1 é raiz de 𝑝(𝑥).
Dividindo o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 por 𝑥 + 1 obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 2 e
𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 2)
Note que 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑥 + 2 nunca se anula, pois o discriminante
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 12 − 4 ∙ 1 ∙ 2 = −7 < 0 e 𝑥 2 + 𝑥 + 2 > 0 , para  x  IR , pois o coeficiente de

𝑥2 é 1  0 .
Portanto, o sinal do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 2) depende
apenas, do sinal de x  1 .
Logo,
𝑝(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥+1>0 ⟺ 𝑥 > −1 ⟺ 𝑥 ∈ (−1 , +∞ ).

𝑝(𝑥) = 0 ⟺ 𝑥+1=0 ⟺ 𝑥 = −1 .

Portanto, 𝑝(𝑥) ≥ 0 ⟺ 𝑥+1≥0 ⟺ 𝑥 ≥ −1 ⟺ 𝑥 ∈ [−1 , +∞) .


Resolvendo (II):
𝑥−1≠0 ⟺ 𝑥 ≠1
De (I) e (II), concluímos que 𝑥 ∈ [−1 , +∞) 𝑒 𝑥≠1
√𝑥 3 +2𝑥 2 +3𝑥+2
Portanto, concluímos que a expressão 𝐸(𝑥) = pode ser calculada para
𝑥−1

𝑥 ∈ [−1 , 1) ∪ (1 , +∞) .
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Exercício 5: Encontre os valores de 𝑥 ∈ ℝ para os quais é possível calcular a expressão

√(𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4


𝐸(𝑥) =
4 − √(𝑥 − 4)(𝑥 + 2)
Resolução:
Três condições devem ser satisfeitas para encontrarmos os valores de 𝑥 ∈ ℝ para os quais é
possível calcular 𝐸(𝑥) .
(I) O radicando (𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4 ≥ 0
(II) O radicando (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≥ 0 .

(III) O denominador 4 − √(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≠ 0


Precisamos encontrar a solução de cada condição e depois fazer a interseção das três soluções.
Resolvendo cada condição:
(I) (𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4 ≥ 0
Como a potência de (𝑥 − 2) é ímpar, sabemos que:
(𝑥 − 2)5 > 0 ⟺ 𝑥 − 2 > 0 ⟺ 𝑥>2 ;
(𝑥 − 2)5 < 0 ⟺ 𝑥 − 2 < 0 ⟺ 𝑥<2 ;
(𝑥 − 2)5 = 0 ⟺ 𝑥 − 2 = 0 ⟺ 𝑥=2 ;
Como a potência de (𝑥 + 3) é par, sabemos que:
(𝑥 + 3)4 > 0 ⟺ 𝑥 + 3 ≠ 0 ⟺ 𝑥 ≠ −3 ;
(𝑥 + 3)4 = 0 ⟺ 𝑥 + 3 = 0 ⟺ 𝑥 = −3 .
Tabela de sinais de (𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4 :

−∞ < 𝑥 < −3 𝑥 = −3 −3 < 𝑥 < 2 𝑥=2 2 < 𝑥 < +∞

(𝑥 − 2)5 −−−− − −−−− 0 ++++

(𝑥 + 3)4 ++++ 0 ++++ + ++++

(𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4 −−−− 0 −−−− 0 ++++

A solução de (I) é 𝑆1 = {−3} ∪ [2 , +∞)

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

II) (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≥ 0

−∞ < 𝑥 < −2 𝑥 = −2 −2 < 𝑥 < 4 x4 4 < 𝑥 < +∞

𝑥−4 −−−− − −−−− 0 ++++

𝑥+2 −−−− 0 ++++ + ++++

(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ++++ 0 −−−− 0 ++++

A solução de (II) é 𝑆2 = (−∞ , −2] ∪ [4 , +∞)

III) 4 − √(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≠ 0 ⟺ √(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≠ 4 ⟺ (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≠ 16

Vamos resolver a equação de segundo grau: (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) = 16

(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) = 16 ⟺ 𝑥 2 + 2𝑥 − 4𝑥 − 8 = 16 ⟺ 𝑥 2 − 2𝑥 − 24 = 0 ⟺

2±√(−2)2 −4.1.(−24) 2±√4+96 2±√100 2±10


𝑥= = = = ⟹ 𝑥 = −4 ou 𝑥 = 6.
2.1 2 2 2

Resolução de (III) é 𝑆 3 = { 𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ −4 𝑒 𝑥 ≠ 6 }.

Para visualizar melhor a interseção das 3 soluções, vamos visualizar cada uma na reta real:

𝑺𝟏 = {−3} ∪ [2 , +∞) 𝑺𝟐 = (−∞ , −2] ∪ [4 , +∞) 𝑺 𝟑 = { 𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ −4 𝑒 𝑥 ≠ 6 }

𝑺𝟏 :
3
𝑺𝟐 :
2
𝑺 𝟑:

𝑺𝟏 ∩ 𝑺𝟐 ∩ 𝑺 𝟑 :
3 4 6
√(𝑥−2)5 (𝑥+3)4
Portanto, concluímos que a expressão 𝐸(𝑥) = pode ser calculada para
4− √(𝑥−4)(𝑥+2)

𝑥 ∈ {−3} ∪ [4, 6) ∪ (6, +∞) .


________________________________________________________________________________

𝑥 3 −2𝑥 2 +1
Exercício 6: Analise o sinal da expressão 𝐸(𝑥) = e diga para que valores de 𝑥 ∈ ℝ , a
𝑥 2 −2𝑥

𝑥3 −2𝑥2 +1
expressão 𝑬𝟏 (𝑥) = √ 𝑥2 −2𝑥
pode ser calculada.

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Resolução:
𝑥3 −2𝑥2 +1
Para que 𝑬𝟏 (𝑥) = √ 𝑥2 −2𝑥
possa ser calculada é preciso que:

𝑥 3 −2𝑥 2 +1
(I) O radicando, 𝐸(𝑥) = , seja positivo ou nulo, e
𝑥 2 −2𝑥
(II) O denominador x  2 x não se anule.
2

Resolvendo as duas restrições simultaneamente, precisamos fatorar o numerador 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 e


o denominador 𝑥 2 − 2𝑥 e impor que o denominador não se anule.
Começando pelo mais simples, 𝑥 2 − 2𝑥 = 𝑥(𝑥 − 2).
A segunda restrição é 𝑥 2 − 2𝑥 ≠ 0 ⟺ 𝑥(𝑥 − 2) ≠ 0 ⟺ 𝑥 ≠ 0 𝑒 𝑥 ≠ 2.
Para fatorar o numerador, vamos encontrar as raízes da equação 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 = 0.
As possíveis raízes inteiras são os divisores do termo independente 1 , que são : −1 e + 1 .
Testando 𝑥 = 1 , obtemos: 13  2  12  1  1  2  1  0 . Logo, 𝑥 = 1 é raiz da equação.
Dividindo 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 por 𝑥 − 1 encontramos 𝑥 2 − 𝑥 − 1 e portanto,
𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 = (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 𝑥 − 1)
Assim, 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 = 0 ⟺ 𝑥 − 1 = 0 ou 𝑥 2 − 𝑥 − 1 = 0 ,.
Analisando 𝑥 2 − 𝑥 − 1 = 0 :
−(−1) ± √(−1)2 − 4.1. (−1) 1 ± √1 + 4 1 ± √5
𝑥2 − 𝑥 − 1 = 0 ⟺ = =
2.1 2 2

1−√5 1+√5
Assim, 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 = (𝑥 − 1) (𝑥 − ( )) (𝑥 − ( )).
2 2

1−√5 1+√5
(𝑥−1)(𝑥−( ))(𝑥−( ))
2 2
Portanto, o que queremos é que ≥ 0 e 𝑥≠0 e 𝑥≠2 .
𝑥(𝑥−2)

1−√5 1+√5
(𝑥−1)(𝑥−( ))(𝑥−( ))
2 2
Vamos analisar o sinal da expressão 𝐸(𝑥) = :
𝑥(𝑥−2)

Os valores de 𝑥 ∈ ℝ que anulam o numerador ou o denominador são:

1−√5 1+√5
0 , 2 , 1 , , .
2 2

1−√5 1+√5
Ordenando esses números para incluir na tabela: <0<1< <2
2 2

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Tabela de sinais para 𝐸(𝑥) .


1 − √5 1 − √5 1 − √5
−∞ < 𝑥 < 𝑥= <𝑥<0 𝑥=0 0<𝑥<1
2 2 2
𝑥−1 − − − − − − − − − − − − − −
1 − √5
𝑥−( ) − − − − 0 + + ++ + + + ++
2

1 + √5
𝑥−( ) − − − − − − − − − − − − − −
2
𝑥 − − − − − − − − − 0 + + ++
𝑥−2 − − − − − − − − − − − − − −
𝐸(𝑥) − − − − 0 + + ++ 𝑛𝑑 − − − −

1 + √5 1 + √5 1 + √5
𝑥=1 1<𝑥< 𝑥= <𝑥<2 𝑥=2 2 < 𝑥 < +∞
2 2 2

𝑥−1 0 + + ++ + + + ++ + + + ++

1 − √5 + + + ++ + + + ++ + + + ++
𝑥−( )
2

1 + √5 − − − − − 0 + + ++ + + + ++
𝑥−( )
2

𝑥 + + + ++ + + + ++ + + + ++

𝑥−2 − − − − − − − − − − 0 + + ++

𝐸(𝑥) 0 + + ++ 0 − − − − 𝑛𝑑 + + ++

𝑥 3 −2𝑥 2 +1
Logo, o sinal da expressão 𝐸(𝑥) = é o seguinte:
𝑥 2 −2𝑥

𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸(𝑥) = = 0 ⟺ 𝑥 = ou 𝑥 = 1 ou 𝑥=
𝑥 2 − 2𝑥 2 2

𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸(𝑥) = >0 ⟺ ( , 0) ∪ ( 1 , ) ∪ (2 , +∞)
𝑥 2 − 2𝑥 2 2

𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸(𝑥) = <0 ⟺ (−∞ , ) ∪ (0 , 1) ∪ ( , 2)
𝑥 2 − 2𝑥 2 2
𝑥 3 −2𝑥 2 +1
𝐸(𝑥) = não pode ser calculada para 𝑥=0 e 𝑥 = 2.
𝑥 2 −2𝑥

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

𝑥 3 −2𝑥 2 +1
Como queremos que 𝐸(𝑥) = ≥ 0 e 𝑥 2 − 2𝑥 ≠ 0 então
𝑥 2 −2𝑥

1−√5 1+√5
𝑥∈ [ , 0) ∪ [1 , ) ∪ (2 , +∞).
2 2

𝑥3 −2𝑥2 +1
Logo, os valores de 𝑥 ∈ ℝ , para os quais a expressão 𝑬𝟏 (𝑥) = √ 𝑥2 −2𝑥
pode ser calculada são

1−√5 1+√5
os valores reais , tais que, 𝑥∈ [ , 0) ∪ [1 , ) ∪ (2 , +∞) .
2 2

________________________________________________________________________________

Exercício 7: Resolva em ℝ , as seguintes inequações:

𝑥 2 −𝑥−1 2 −2
a) < b) 𝑥 2 ≥
𝑥2 𝑥3 |𝑥|−1

Resolução:
𝑥 2 −𝑥−1 2
a) Para que a inequação < possa ser resolvida é preciso que 𝑥 ≠ 0 , para que
𝑥2 𝑥3
os denominadores não se anulem.

𝑥 2 −𝑥−1 2 𝑥 2 −𝑥−1 2 𝑥(𝑥 2 −𝑥−1)−2


< ⟹ − <0 ⟹ <0 ⟹
𝑥2 𝑥3 𝑥2 𝑥3 𝑥3

𝑥3 − 𝑥2 − 𝑥 − 2
<0
𝑥3
_______________________________________________________________________________
OBSERVAÇÃO: um erro muito comum que os alunos cometem ao resolver esse tipo de inequação é
“multiplicar em cruz”, escrevendo, por exemplo,

𝑥 2 −𝑥−1 2
< ⟹ (𝑥 2 − 𝑥 − 1)𝑥3 < 2 𝑥2
𝑥2 𝑥3

Aqui multiplicamos ambos os lados da inequação por 𝑥 2 e por 𝑥 3 .

Cuidado, isto só é correto sob certas condições: 𝑥 2 > 0 e 𝑥 3 > 0. Mas 𝑥 3 > 0 ⟺ 𝑥 > 0.
_______________________________________________________________________________
𝑥 3 −𝑥 2 −𝑥−2
Vamos fazer uma tabela de sinais para e expressão .
𝑥3

Para isso, vamos fatorar o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 − 2 .

As possíveis raízes inteiras são os divisores do termo independente −2 , que são −1 , +1 , −2 , +2.
Testando 𝑥 = −1 , obtemos: (−1)3 − (−1)2 − (−1) − 2 = −3 ≠ 0 . Logo, 𝑥 = −1 não é raiz
do polinômio 𝑝(𝑥).

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Testando 𝑥 = 1, obtemos: 13 − 12 − 1 − 2 = −3 ≠ 0 . Logo, 𝑥 = 1 não é raiz do polinômio 𝑝(𝑥).


Testando 𝑥 = 2, obtemos: 23 − 22 − 2 − 2 = 0. Logo, 𝑥 = 2 é raiz do polinômio 𝑝(𝑥) .
Dividindo 𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 − 2 por 𝑥 − 2 , obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 1 e assim,
𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 − 2 = (𝑥 − 2)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1 ).

O trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 𝑥 + 1 não tem raízes reais, pois seu discriminante

∆ = 12 − 4 ∙ 1 ∙ 1 = −3 < 0. Como o coeficiente de 𝑥 2 é 1, positivo, então 𝑥 2 + 𝑥 + 1 > 0 ,

∀ 𝑥∈ℝ .

𝑥 3 −𝑥 2 −𝑥−2 (𝑥−2)( 𝑥 2 +𝑥+1 )


Analisando o sinal da expressão: =
𝑥3 𝑥3

−∞ < 𝑥 < 0 𝑥=0 0<𝑥<2 𝑥=2 2 < 𝑥 < +∞

𝑥−2 − − − − − − − − − 0 + + ++

𝑥2 + 𝑥 + 1 + + ++ + + + ++ + + + ++

𝑥3 − − − − 0 + + ++ + + + ++

𝑥3 − 𝑥2 − 𝑥 − 2
+ + ++ 𝑛𝑑 − − − − 0 + + ++
𝑥3

𝑥 3 −𝑥 2 −𝑥−2
Assim, <0 ⟺ 𝑥 ∈ (0 , 2)
𝑥3

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
−2
b) Para que a inequação 𝑥 2 ≥ |𝑥|−1
possa ser resolvida é preciso que o denominador |𝑥| −

1 seja diferente de zero. Mas,


|𝑥| − 1 ≠ 0 ⟺ |𝑥| ≠ 1 ⟺ 𝑥 ≠ −1 e 𝑥≠1
−2
Vamos usar a definição de |𝑥| para estudar a inequação 𝑥 2 ≥ |𝑥|−1
.

𝑥 , 𝑥≥0 −2
Temos que |𝑥| = { . Portanto, de 𝑥 2 ≥ , segue que:
−𝑥 , 𝑥 < 0 |𝑥|−1

(I) Se 𝑥 ≥ 0 , então |𝑥| = 𝑥 e,


−2 −2 −2 𝑥 2 (𝑥 − 1) + 2
𝑥2 ≥ ⟺ 𝑥2 ≥ ⟺ 𝑥2 − ≥ 0 ⟺ ≥ 0
|𝑥| − 1 𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1

𝑥 3 −𝑥2 +2
⟺ 𝑥−1
≥ 0

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

𝒙𝟑 −𝒙𝟐 +𝟐
Portanto, temos que resolver ≥ 𝟎 , para 𝒙 ≥ 𝟎 .
𝒙−𝟏

Vamos fatorar o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 .


As possíveis raízes inteiras são os divisores do termo independente +2 , que são −1 , +1 , −2 , +2 .
Testando 𝑥 = −1 , obtemos: (−1)3 − (−1)2 + 2 = 0. Logo, 𝑥 = −1 é raiz do polinômio 𝑝(𝑥) .
Dividindo 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 por 𝑥 + 1 , obtemos 𝑥 2 − 2𝑥 + 2 . Assim,
𝑥 3 − 𝑥 2 + 2 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 − 2𝑥 + 2).
O trinômio do segundo grau 𝑥 2 − 2𝑥 + 2 não tem raízes reais, pois seu discriminante
∆ = (−2)2 − 4 ∙ 1 ∙ 2 = −4 < 0. Como o coeficiente de 𝑥 2 é 1, positivo, então 𝑥 2 − 2𝑥 + 2 > 0,

∀ 𝑥∈ℝ .
𝑥 3 −𝑥 2 +2 (𝑥+1)(𝑥 2 −2𝑥+2)
Analisando o sinal da expressão: = , para 𝑥 ≥ 0 .
𝑥−1 𝑥−1

𝑥=0 0<𝑥<1 𝑥=1 1 < 𝑥 < +∞

𝑥+1 + + + ++ + + + ++

𝑥 2 − 2𝑥 + 2 + + + ++ + + + ++

𝑥−1 − −− − − 0 + + ++

𝑥3 − 𝑥2 + 2
− −− − − 𝑛𝑑 + + ++
𝑥−1

𝑥 3 −𝑥 2 +2
Logo, para 𝑥 ≥ 0 , temos que ≥ 0 ⟺ 𝑥 ∈ (1 , +∞) .
𝑥−1

(II) Se 𝑥 < 0 , então |𝑥| = −𝑥 e,


−2 −2 2 2
𝑥2 ≥ ⟺ 𝑥2 ≥ ⟺ 𝑥2 ≥ ⟺ 𝑥2 − ≥ 0 ⟺
|𝑥| − 1 −𝑥−1 𝑥+1 𝑥+1

𝑥 2 (𝑥 + 1) − 2 𝑥3 + 𝑥2 − 2
≥ 0 ⟺ ≥ 0
𝑥+1 𝑥+1

𝑥 3 +𝑥 2 −2
Portanto, temos que resolver ≥ 0 , para 𝒙 < 𝟎 .
𝑥+1

Vamos fatorar o polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 − 2 .


As possíveis raízes inteiras são os divisores do termo independente −2 , que são −1 , +1 , −2 , +2 .
Testando 𝑥 = −1 , obtemos: (−1)3 + (−1)2 − 2 = −2 ≠ 0. Logo, 𝑥 = −1 não é raiz do
polinômio 𝑞(𝑥) .

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EP 02 – 2018-2 –Gabarito – Polinômios – Análise de Sinais Pré-Cálculo

Testando 𝑥 = 1 , obtemos: (1)3 + (1)2 − 2 = 0. Logo, 𝑥 = 1 é raiz do polinômio 𝑞(𝑥) .

Dividindo 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 − 2 por 𝑥 − 1 , obtemos 𝑥 2 + 2𝑥 + 2 . Assim,

𝑥 3 + 𝑥 2 − 2 = (𝑥 − 1)(𝑥 2 + 2𝑥 + 2)

O trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 2𝑥 + 2 não tem raízes reais, pois seu discriminante

∆ = (2)2 − 4 ∙ 1 ∙ 2 = −4 < 0. Como o coeficiente de 𝑥 2 é 1, positivo, então 𝑥 2 + 2𝑥 + 2 > 0 ,

∀ 𝑥∈ℝ .

𝑥 3 +𝑥 2 −2 (𝑥−1)(𝑥 2 +2𝑥+2)
Analisando o sinal da expressão: = , para 𝑥 < 0 .
𝑥+1 𝑥+1

−∞ < 𝑥 < −1 𝑥 = −1 −1 < 𝑥 < 0

𝑥−1 −− − − − −− − −

𝑥 2 + 2𝑥 + 2 + + ++ + + + ++

𝑥+1 −− − − 0 + + ++

𝑥3 + 𝑥2 − 2
+ + ++ 𝑛𝑑 −− − −
𝑥+1

𝑥 3 +𝑥 2 −2
Logo, para 𝑥 < 0 , temos que: ≥ 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1)
𝑥+1

E assim, observando as soluções de I) e II), temos que a solução do item b) é:


−2
𝑥2 ≥ |𝑥|−1
⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1) ∪ (1 , +∞).

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito – EP 03
Pré-Cálculo
________________________________________________________________________________
Exercício 1: Um contêiner, sem tampa, de base quadrada e lados retangulares tem volume de 8
metros cúbicos. O material da base custa $5 por metro quadrado e o dos lados, $2 por metro
quadrado.
a) Encontre uma fórmula que expresse o custo total do contêiner como uma função do
comprimento do lado da base.
b) Qual é o domínio da função custo C obtida no item a).

Resolução:

a)

Para o contêiner definimos: 𝑥 a medida do lado do


𝑦
quadrado da base, 𝑦 a medida do outro lado do retângulo
que compõe as laterais do contêiner (são quatro desses
retângulos), 𝑉 o volume, 𝐴𝑏 a área da base, 𝐴𝑖 a área de 𝑥
um dos retângulos que compõe os lados do contêiner e 𝐶 o 𝑥
custo total do contêiner.

Temos:
𝑉 = 8 𝑚3 𝐴𝑏 = 𝑥 2 𝐴𝑖 = 𝑥𝑦 𝑉 = 𝑥2𝑦
O custo total do contêiner será calculado da seguinte forma: 𝐶 = 5𝑥 2 + 2 ∙ 4 ∙ 𝑥𝑦.
8
Como 𝑉 = 𝑥 2 𝑦 = 8 , então 𝑦 = 𝑥 2 .

Portanto,
8 8 64
𝐶 = 5𝑥 2 + 2 ∙ 4 ∙ 𝑥𝑦 = 5𝑥 2 + 2 ∙ 4 ∙ 𝑥 = 5𝑥 2
+ 2 ∙ 4 ∙ = 5𝑥 2
+
𝑥2 𝑥 𝑥
64
Assim, o custo total do contêiner é : 𝐶 = 5𝑥 2 + .
𝑥

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) A função Custo é uma função do lado 𝑥 . O domínio da função Custo é o intervalo (0 , +∞) , já
que 𝑥 é uma medida e deve ser positiva ou nula, mas não se anula por ser um denominador da
função Custo. Uma outra razão para 𝑥 ≠ 0 é o fato de ter sido dado que 𝑉 = 8 𝑚3 , e se 𝑥 = 0
então 𝑉 = 𝑥 2 𝑦 = 0 .

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

________________________________________________________________________________

Exercício 2: Uma caixa sem tampa deve ser construída de um pedaço retangular de papelão com
dimensões 12 por 20 cm. Deve-se cortar quadrados de lados 𝑥 de cada canto e depois dobrar,
conforme mostra a figura.
a) Expresse o volume 𝑉 da caixa
como uma função de 𝑥.
b) Encontre o domínio de 𝑉.

Resolução:

a)..A base da caixa tem lados que medem: 12 − 2𝑥 cm e 20 − 2𝑥 cm.


A área da base é 𝐴 = (12 − 2𝑥)(20 − 2𝑥) = 4𝑥 2 − 64𝑥 + 240 e a altura da caixa mede 𝑥 cm.
Assim o Volume 𝑉 da caixa é 𝑉(𝑥) = 𝑥(4𝑥 2 − 64𝑥 + 240) = 4𝑥 3 − 64𝑥 2 + 240𝑥.
Portanto o volume da caixa pode ser expresso como:
𝑉(𝑥) = 4𝑥 3 − 64𝑥 2 + 240𝑥.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Como 𝑥 é uma medida de comprimento, não pode ser negativa e como não podemos cortar
quadrados de lados maiores que 6 cm então 0 < 𝑥 < 6 . Note que se 𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 6
estaremos construindo caixas degeneradas.
________________________________________________________________________________
Exercício 3: Considere as curvas abaixo com os domínios especificados em cada uma. Indique
quais dessas curvas são gráficos de funções de x com o domínio especificado. Justifique sua
resposta.
a) Domínio: (−∞ , +∞) b) Domínio: ℝ − {𝟎} c) Domínio: (−∞, 𝟑]

d) Domínio: ℝ e) Domínio(−∞ , 𝟎]

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

f) Domínio:ℝ g) Domínio: [−𝟑, 𝟑]

Resolução:

As curvas dos exemplos a), c) e g) não atendem ao Teste da Reta


Vertical, e portanto não são gráficos de função. No exemplo a), a reta
vertical 𝑥 = 2 , por exemplo, corta o gráfico em três pontos distintos,
fazendo corresponder a 𝑥 = 2, três valores distintos de y .

No exemplo c), a reta vertical 𝑥 = 2 , por exemplo, corta o gráfico em


dois pontos distintos, fazendo corresponder a 𝑥 = 2 , dois valores
distintos de 𝑦 .
É fácil ver que no caso g) acontece o mesmo.

As curvas dos exemplos b), d) e f) atendem ao Teste da Reta Vertical, e portanto são gráficos de
função.
A única curva que poderia gerar alguma dúvida é a curva do exemplo e), mas prestando bastante
atenção ao domínio considerado nesse exemplo, vemos que a única parte desta curva que está
sendo considerada é a parte que está no 20 Quadrante, que
atende ao Teste da Reta Vertical.
O gráfico realmente considerado no exemplo e) é:

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

Exercício 4: Considere as três seguintes funções

a) 𝒇: ℝ ⟶ ℝ b) 𝒈: [−1, 5] ⟶ ℝ c) 𝒈: [−3, 6] ⟶ ℝ
2 2
𝒙 ⟼ 𝑥 − 4𝑥 − 5 𝒙 ⟼ 𝑥 − 4𝑥 − 5 𝒙 ⟼ 𝑥 2 − 4𝑥 − 5
Essas funções são distintas? Justifique sua resposta. Faça um esboço do gráfico de cada uma delas
e determine suas respectivas imagens.

Resolução:

Apesar dessas funções terem a mesma lei de formação, o domínio que as define são distintos, o
que torna essas funções distintas. Podemos perceber claramente essas diferenças quando
esboçamos os gráficos dessas funções.

a) f ( x) = x 2 − 4 x − 5 b) f ( x) = x 2 − 4 x − 5 c) f ( x) = x 2 − 4 x − 5

𝐷𝑜𝑚 = ℝ 𝐷𝑜𝑚 = [−1 , 5] 𝐷𝑜𝑚 = [−3 , 6]


𝐼𝑚 = [−𝟗 , +∞) 𝐼𝑚 = [−𝟗 , 0] 𝐼𝑚 = [−𝟗 , 16]
________________________________________________________________________________

Exercício 5: Encontre o domínio, a imagem e esboce o gráfico de cada uma das funções abaixo:

− z , se z  0
3x+ x 
a) f ( x)= b) h ( z ) =  z 2 , se 0  z  1
x  1 , se z  1

 x + 3 , se x  − 1

c) r ( x ) = − 2 x , se x  1
− 2 , se x  1

Resolução:

3x+ x
a) Para que o quociente possa calculado é preciso que o denominador não se anule,
x

assim devemos ter x  0 . Logo, Dom ( f ) = IR − 0  .

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−𝑥, 𝑥 < 0
Analisando x , temos que, |𝑥 | = {
𝑥, 𝑥 ≥ 0
Logo,
 3x+ x  4x
 x , se x .  0  x , se x .  0
3x+ x  
f ( x)= =  f ( x) =  
x  3 x − x , se x  0  2x , se x  0
 x
  x

4 , se x .  0
f ( x) = 
2 , se x  0
Observamos do gráfico que
Im ( f ) =  2 , 4 

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
− z , se z  0

b) h ( z ) =  z 2 , se 0  z  1 . O domínio da função h é a união dos intervalos que estão na
 1 , se z  1

definição da função partida: ( −  , 0 )  [ 0 ,1]  (1 , +  ) = IR . Assim, Dom (h ) = IR .
Observamos do gráfico que
Im ( h ) = [ 0 , +  ) .

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 x + 3 , se x  − 1  x + 3 , se x  − 1
 
c) r ( x ) = − 2 x , se x  1  r ( x ) = − 2 x , se −1  x  1
− 2 , se x  1 − 2 , se x  1
 

O domínio da função 𝑟 é a união dos intervalos que estão na


definição da função partida:
( −  , − 1)  [ − 1, 1]  (1 , +  ) = IR . Assim, Dom (r ) = IR .

Observamos do gráfico que Im (r ) = (− , 2 ] .

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Exercício 6: Considere as funções f , g , h , r , s , t definidas por:

x2 + x −6
f ( x ) = 9 − 2 x −1 g ( x)= h ( x ) = x2 + 2 x −3
x −1

1 1
r ( x)= s( x)= t ( x ) = 1− 1 − x 2
x −16
2
x −x

a) Determine a expressão das funções u ( x ) = f ( x ) + h ( x ) e v ( x ) = h ( x )  r ( x ) .


b) Determine o domínio das funções: f , g , h , r , s , t , u , v .

Resolução:

a) u ( x ) = f ( x ) + h ( x ) = 9 − 2 x −1 + x2 + 2 x −3 .

1
v ( x ) = h ( x )r ( x ) = x2 + 2 x −3  .
x −16
2

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Domínio da função f ( x ) = 9 − 2 x −1 :

Para que essa raiz quadrada possa ser calculada é preciso que o radicando 9 − 2 x −1 seja

positivo ou nulo. Temos que,

9 − 2 x −1  0  2 x −1  9  − 9  2 x −1  9  − 8  2 x  10  − 4  x  5 .

Donde, Dom ( f ) = [ − 4 , 5 ] .
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

x2 + x −6
Domínio da função g ( x ) = :
x −1

x2 + x − 6
Para que essa raiz quadrada possa ser calculada é preciso que o radicando seja positivo
x −1

ou nulo e o denominador da fração não se anule.


x2 + x −6
Assim,  0 e x −1  0 .
x −1

Buscando as raízes do trinômio do 2º grau 𝑥 2 + 𝑥 − 6 :

−1±√12 −4.1.(−6) −1±√25 −1±5


𝑥= = = ⟹ 𝑥 = −3 ou 𝑥 = 2.
2.1 2 2

Assim, 𝑥 2 + 𝑥 − 6 = (𝑥 + 3)(𝑥 − 2) .
𝑥 2 +𝑥−6
Devemos fazer o estudo do sinal da fração :
𝑥−1

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função −   x  −3 x = −3 − 3  x 1 x =1 1  x2 x=2 2  x +

x2 + x − 6 =
++++ 0 −−−− − −−−− 0 ++++
( x + 3) ( x − 2 )
x −1 −−−− − −−−− 0 ++++ + ++++

x2 + x −6
−−−− 0 ++++ nd −−−− 0 ++++
x −1

Da tabela acima concluímos que :


𝑥2 + 𝑥 − 6
≥0 ⟺ 𝑥 ∈ [−3 , 1) ∪ [2 , +∞)
𝑥−1
Observação: n d significa não definido.
Portanto, 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = [−3 , 1) ∪ [2 , +∞)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Domínio da função h ( x ) = x 2 + 2 x − 3 .

Para que essa raiz quadrada possa ser calculada é preciso que o radicando x 2 + 2 x − 3 seja
positivo ou nulo.

Buscando as raízes do trinômio do 2º grau 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 :

−2±√22 −4.1.(−3) −2±√16 −2±4


𝑥= = = ⟹ 𝑥 = −3 ou 𝑥 = 1.
2.1 2 2

Assim, 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = (𝑥 + 3)(𝑥 − 1) e como o coeficiente do termo 𝑥 2 é 1 , positivo, então


essa parábola tem concavidade voltada para cima e, portanto,
𝑥 2 + 2𝑥 − 3 > 0 ⟺ 𝑥 < −3 ou 𝑥 > 1 .

𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0 ⟺ 𝑥 = −3 ou 𝑥 = 1 .

Assim, 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 ≥ 0 ⟺ 𝑥 ∈ ( −∞ , −3] ∪ [1 , +∞)

Assim, estudando o sinal desse trinômio do segundo grau, temos:

Logo, 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = (−∞ , −3] ∪ [1 , +∞)


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
Domínio da função r ( x ) = .
x −16
2

Para que essa fração possa ser calculada é preciso que o denominador seja diferente de zero.
Temos que,

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𝑥 2 − 16 ≠ 0 ⟺ 𝑥 2 ≠ 16 ⟺ 𝑥 ≠ −4 e 𝑥 ≠ 4 .
Logo, 𝐷𝑜𝑚(𝑟) = ℝ − {−4 , 4}
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
Domínio da função s ( x ) =
x −x

1
Para que a fração e a raiz quadrada x − x possam ser calculadas é preciso que o
x −x

radicando x − x seja positivo, ou seja x − x  0 .

Temos que:
Se x = 0 , x − x = 0 − 0 = 0 . Portanto, x = 0 , não satisfaz a condição x − x  0 .

Se x  0 , x = x então x − x = x − x = 0 . Portanto, x  0 , não satisfaz a condição

x −x0 .

Se x  0 , x = − x e − x  0 então x − x = − x − x = − 2 x  0 . Portanto, x  0 , satisfaz a

condição x − x  0 .

Assim, 𝐷𝑜𝑚(𝑠) = (−∞ , 0).


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Domínio da função t ( x ) = 1− 1 − x 2

Para que 1− 1 − x 2 possa ser calculada é preciso que 1− 1 − x 2  0 e 1 − x2  0

Temos que,

1 − x2  0  x2  1  x2  1  x  1  −1  x  1 e
2
1− 1 − x 2  0  1 − x2  1   1 − x 2   (1) 2 
 

1 − x 2  1  − x 2  0  x 2  0   x  IR
Portanto, a única exigência é que −1  x  1 . E assim, 𝐷𝑜𝑚(𝑠) = [−1 , 1].
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Domínio da função u ( x ) = f ( x ) + h ( x ) = 9 − 2 x −1 + x2 + 2 x −3 .

O domínio da função u ( x ) = f ( x ) + h ( x ) é
Dom(u ) = Dom ( f )  Dom ( h ) = [ − 4 , 5 ]  {( −  , − 3 ]  [1, +  ) } =
= { [ − 4 , 5 ]  ( −  , − 3 ] }  { [ − 4 , 5 ]  [1, +  ) } = [ − 4 , − 3 ]  [1, 5 ]

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Usamos acima a propriedade distributiva de conjuntos, a saber,


A  { B  C } = { A  B } { A  C } .

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
Domínio da função v ( x ) = h ( x )  r ( x ) = x 2 + 2 x − 3  .
x 2 −16

O domínio da função v( x ) = h ( x )  r ( x ) é
Dom(v) = Dom ( h )  Dom ( r ) =
[ ( −  , − 3 ] [1, +  ) ]  [ lR -  - 4 , 4 ] = ( −  , − 4 )  ( − 4 , − 3 ]  [ 1 , 4 )  ( 4 , +  ) .

________________________________________________________________________________

Exercício 7: Encontre uma lei de formação (fórmula) para cada uma das funções cujos gráficos
estão abaixo.

a) 𝒚 = 𝑓(𝑥) b) 𝒚 = 𝑔(𝑥)

Resolução:

a) A função y = f ( x ) é uma função definida por partes:

• No intervalo (−  , 0 ) : o gráfico é a semi reta y = 2

• No intervalo [ 0 , 1) : o gráfico é um segmento de reta com extremidade nos pontos


(0 , 2 ) e (1 , 0 ) . Vamos encontrar a equação da reta que contém esses pontos:

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2−0 2
m= = = −2 y = − 2 ( x − 1)  y = −2x +2 .
0 −1 −1

• No intervalo [1 , +  ) : o gráfico é uma semi-reta


que contém os pontos (1 , 0 ) e ( 4 , 3 ) . Vamos encontrar a
equação da reta que contém esses pontos:
3−0 3
m= = =1
4 −1 3

y = 1( x − 1)  y = x −1.

Portanto uma lei de formação da função y = f ( x ) é:

 2 , se x  0

y = f ( x) =  −2 x +2 , se 0  x  1
 x −1 , se x  1

Observação: o ponto (0,2) do gráfico satisfaz as fórmulas y = 2 e y = − 2 x + 2 , que são fórmulas


que compõem a função partida y = f ( x ) . Por esse motivo é indiferente em qual dos dois
intervalos, ( −  , 0) ou (0 ,1) , o valor x = 0 será incluído como extremo do intervalo. O mesmo
comentário vale para o ponto (1 , 0) do gráfico. Assim, existem outras opções para definir a lei de
formação de uma função que possui esse gráfico, uma delas é a encontrada acima, outra delas é:

 2 , se x  0

y = f ( x ) =  − 2 x + 2 , se 0  x 1
 x − 1 , se x  1

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) A função y = g ( x ) é uma função definida por partes:
• No intervalo [0 , 1) : o gráfico é um segmento de reta de extremidade nos pontos
(0 ,1) e (1 , 1) . Sua equação é y = 1 .
• No intervalo [1, 2 ) : o gráfico é um segmento de reta com
extremidade nos pontos (1,1) e ( 2 , 2 ) . Vamos encontrar a
equação desse segmento de reta:
2 −1 1
m= = =1 y −1 = 1( x − 1)  y=x .
2 −1 1

• No intervalo ( 2 , 3 ] : o gráfico é um segmento de reta com extremidade nos pontos


( 2 ,1) e ( 3 , 2 ) . Vamos encontrar a equação da reta que contém esses pontos:
2 −1 1
m= = =1 y −1 = 1 ( x − 2 )  y = x −1 .
3−2 1

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• No intervalo ( 3 , 4 ) : o gráfico é um segmento de reta com extremidade nos pontos


(3 , 2 ) e ( 4 , 2 ) . Sua equação é y = 2 .

Portanto a lei de formação da função y = g ( x ) é:


1 , se 0  x  1
 x se 1  x  2
 ,
y = g ( x) = 
x −1 , se 2  x  3

2 , se 3  x  4

Outra opção de lei de formação da função que possui esse gráfico é, por exemplo:
1 , se 0  x  1
x , se 1  x  2

y = g ( x) = 
 x − 1 , se 2  x  3

2 , se 3  x  4
________________________________________________________________________________
Exercício 8: Dado o gráfico da função y = f ( x ) ao lado:
a) Obtenha os valores de f ( −1) , f ( 3 ) , f ( 0 ) ;
b) Estime o valor de f ( 2 ) ;

Observação: estimar significa apresentar um valor aproximado ou um pequeno intervalo que


contém o valor procurado.
c) Encontre os valores de 𝑥 para os quais f ( x ) = 2 ;
d) Obtenha o domínio e a imagem de f

Resolução:

a) Analisando o gráfico vemos que: f ( −1) = − 2 , f ( 3 ) = 3 , f ( 0 ) = − 1 .

b) Analisando o gráfico vemos que: 2 , 5  f ( 2)  3


c) Para encontrar os valores de 𝑥 para os quais
f ( x ) = 2 , devemos encontrar os pontos de interseção

da reta y = 2 com o gráfico da função f .


Esses pontos são: ( − 3 , 2) , (1, 2) , ( 5 , 2) . Logo, os

valores de x para os quais f ( x) = 2, são:


x = −3 , x = 1 , x =5 .

d) O Dom( f ) = [ − 3 , 5 ] e Im ( f ) = [− 2 , 3 ] .
________________________________________________________________________________

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Exercício 9: Dado o gráfico das funções 𝑦 = 𝑓(𝑥),


𝑦 = 𝑔(𝑥) e 𝑦 = ℎ(𝑥), no mesmo para de eixos, faça o
que se pede:
a) Obtenha os valores de f ( 2 ) , g ( 2 ) , h ( 2 ) ;
b) Para quais valores de x temos f ( x) = g ( x ) ?
c) Obtenha o domínio e a imagem de f ;
d) Obtenha o domínio e a imagem de g ;
e) Para quais valores de x f ( x )  g ( x ) ;
f) Para quais valores de x h ( x )  f ( x ) ;
g) Dê o domínio, a imagem e a lei de formação da
função y = h ( x ) .

Resolução:

a) f (2) = 2 , g (2) = 2 , h(2) = 2 .

b) f ( x) = g ( x ) são iguais para x = − 2 e x=2

c) O Dom( f ) = [ − 4 , 4 ] e Im ( f ) = [ − 4 , 3 ] ;
d) O Dom( g ) = [ − 3 , 3 ] e Im ( g ) = [−1 , g ( 3) ] ;
e) f ( x )  g ( x ) , para  x  ( − 2 , 2 )

f) h ( x )  f ( x ) , para  x  ( − 2 , 2 )

g) O gráfico da função y = h ( x ) é um segmento de reta que une os pontos ( − 2 , 1) e ( 2 , 2 ) .


2 −1 1 1
Encontrando a equação desse segmento de reta: m= = = e
2 − ( − 2) 2 + 2 4

1
y −2 = ( x − 2)
4

1 1 3
y −2 = ( x − 2)  y = x+ .
4 4 2

1 3
Logo, h ( x ) = x+ . Dom( h ) = [ − 2 , 2 ] e Im ( h ) = [1 , 2]
4 2

________________________________________________________________________________

Exercício 10: Dado o gráfico da função y = f ( x ) e da função y = g ( x ) no mesmo par de eixos, faça
o que se pede:

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a) Dê uma lei de formação de cada função;


b) Obtenha o domínio e imagem de cada função;
c) Para quais valores de 𝑥 temos f ( x) = g ( x ) ?
d) Para quais valores de x temos f ( x )  g ( x ) ;
e) Para quais valores de x temos f ( x )  g ( x ) ;
f) Encontre a solução da equação f ( x) = 1 .

Resolução:

a) A função y = f ( x ) é uma função definida por partes:

• No intervalo [ − 4, − 2 ) : o gráfico é um segmento de reta de extremidade nos pontos


( −4 , 2 ) e ( − 2 , 0 ) . Vamos encontrar a equação desse segmento de reta:

2−0 2
m= = =− 1 y = − 1( x − ( − 2 ) )  y = −( x + 2)  y = − x −2 .
− 4 − ( − 2) −2

• No intervalo [ − 2 , 0 ) : o gráfico é um segmento


de reta com extremidade nos pontos (−2 , 0 ) e ( 0 , 2 ) .
Vamos encontrar a equação desse segmento de reta:
2−0 2
m= = =1
0 − ( − 2) 2

y = 1( x − ( − 2 ) )  y = x +2.

• No intervalo [ 0 , 2 ) : o gráfico é um segmento de reta com extremidade nos pontos


(0 , 2 ) e ( 2 , 0 ) . Vamos encontrar a equação da reta que contém esses pontos:

2−0 1
m= = = −1 y = −1 ( x − 2)  y = − x +2.
0− 2 −1

• No intervalo [ 2 , 4 ] : o gráfico é um segmento de reta com extremidade nos pontos


(2 , 0 ) e ( 4 , 2 ) .

Vamos encontrar a equação da reta que contém esses pontos:


2−0 2
m= = =1 y = 1 ( x −2)  y = x −2.
4− 2 2
 −x − 2 , se − 4  x  − 2
 x+2 se − 2  x  0
 ,
Portanto uma lei de formação da função y = g ( x ) é: y = f ( x) = 
−x + 2 , se 0  x  2

 x−2 , se 2  x  4

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O gráfico da função y = g ( x ) é um segmento de reta que contém os pontos (−4 , 2 ) e ( 2 , 0 ) .


Vamos encontrar a equação desse segmento de reta:
2−0 2 1 1
m= = =− y = − ( x −2 ) .
−4 − 2 −6 3 3
1
Portanto, g ( x ) = − ( x −2 ) .
3
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) O domínio da função f é a união dos intervalos que estão na definição da função partida:
[ − 4 , − 2)  [ − 2 , 0 )  [ 0 , 2 )  [ 2 , 4 ] = [ − 4 , 4 ] .

Assim, Dom ( f ) = [ − 4 , 4 ] e Im ( f ) = [ 0 , 2 ] .
1 2 2
Dom( g ) = [ − 4 , 4 ] Calculando g ( 4 ) = − (4 −2 ) = − . Assim, Im ( g ) = [ − , 2] ;
3 3 3

c) Temos que f ( x) = g ( x ) para


x = − 4 , x = −1 e x = 2 ;

d) Temos que f ( x)  g ( x) para


x  ( −1 , 2 )  ( 2 , 4 ] ;

e) Temos que f ( x )  g ( x ) para x  ( − 4 , −1 ) ;


f) Para encontrar os valores de x para os quais
f ( x ) = 1 , devemos encontrar os pontos de interseção da reta y = 1 com o gráfico da função f .

Esses pontos são: (−3 , 1) , (−1 , 1) , (1 , 1) , (3 , 1). Logo, os valores de 𝑥 para os quais 𝑓(𝑥) =
1 , são: 𝑥 = −3 , 𝑥 = −1 , 𝑥 = 1 , 𝑥 = 3.

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Exercício 11: Dado o gráfico da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) abaixo:

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Encontre

a) Domínio de 𝑓 : 𝐷𝑜𝑚(𝑓)

b) Imagem de 𝑓 : 𝐼𝑚(𝑓) ;

c) 𝐷 = { 𝑓(𝑥) ∶ 𝑥 ∈ [−1 , 2) ∪ (2 , 4] ⊂ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) } = 𝑓( [−1 , 2) ∪ (2 , 4] );

d) 𝐸 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) ∈ [−3 , 2) } (e) 𝐴 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) = 3 } ;

f) 𝐵 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶
𝑓(𝑥) > 3 } .

Resolução:
a) Domínio de 𝑓 : 𝐷𝑜𝑚(𝑓)
Projetando o gráfico da função no
eixo 𝒙, vemos que o domínio da
função 𝒇 é o conjunto no eixo 𝑥
indicado na figura em vermelho.
Seu domínio é a seguinte união de
intervalos [−𝟒. 𝟓 , 𝟐) ∪
(𝟐 , 𝟏𝟏].
𝑫𝒐𝒎(𝒇) = [−𝟒. 𝟓 , 𝟐) ∪ (𝟐 , 𝟏𝟏].
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Imagem de 𝑓 : 𝐼𝑚(𝑓)

Projetando o gráfico da função no


eixo 𝒚, vemos que a imagem da
função 𝒇 é o intervalo no eixo 𝑦
indicado na figura em vermelho.
Sua imagem é o intervalo [−𝟒,
𝟖. 𝟑].
𝑰𝒎(𝒇) = [−𝟒, 𝟖. 𝟑].

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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) 𝐷 = { 𝑓(𝑥) ∶ 𝑥 ∈ [−1 , 2) ∪ (2 , 4] ⊂ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) } = 𝑓( [−1 , 2) ∪ (2 , 4] )

Em azul está o intervalo [−𝟏 , 𝟒] do eixo 𝒙 contido no domínio da função 𝒇 .

Parte do gráfico da função restrita ao


intervalo [−𝟏 , 𝟒] ⊂ 𝑫𝒐𝒎(𝒇) , no eixo 𝒙

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Projeção no eixo 𝒚 da parte do

gráfico da função restrita

ao intervalo [−𝟏 , 𝟐) ⊂ 𝑫𝒐𝒎(𝒇)

Logo,

𝑰𝒎 ( [−𝟏 , 𝟐) ) = [−𝟒 , 𝟓)

Projeção no eixo 𝒚 da parte do

gráfico da função restrita ao intervalo

(𝟐 , 𝟒 ] ⊂ 𝑫𝒐𝒎(𝒇) .

Logo, 𝑰𝒎 ( (𝟐 , 𝟒] ) = [−𝟑 , 𝟑)

Portanto, 𝑰𝒎 ([−𝟏 , 𝟐) ∪ (𝟐 , 𝟒] ) = [−𝟒 , 𝟓) ∪ [−𝟑 , 𝟑) = [−𝟒 , 𝟓) .

________________________________________________________________________________

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d) 𝐸 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) ∈ [−3 , 2) }

Em azul está o intervalo [−𝟑 , 𝟐)

do eixo 𝒚 contido na imagem da função 𝒇 .

Parte do gráfico da função restrita ao


intervalo [−𝟑 , 𝟐) ⊂ 𝑰𝒎(𝒇) , no eixo 𝒚

Projeção sobre o eixo 𝒙 da parte


do gráfico da função restrita ao
intervalo [−𝟑 , 𝟐) ⊂ 𝑰𝒎(𝒇) , no
eixo 𝒚 .

Logo,
𝟑𝟒 𝟏𝟒 𝟕
{ 𝒙 ∈ 𝑫𝒐𝒎(𝒇) ∶ 𝒇(𝒙) ∈ [−𝟑 , 𝟐) ⊂ 𝑰𝒎(𝒇) } = (− , −𝟐] ∪ [𝟎 , ) ∪ ( , 𝟗)
𝟏𝟎 𝟏𝟎 𝟑

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

e) 𝐴 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) = 3 }

𝐴 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) = 3 } = {−3.5 , 1.6 , 10 }

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

Gráfico da
função 𝑦 = 𝑓(𝑥)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

f) 𝐵 = { 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ∶ 𝑓(𝑥) > 3 }

A parte do gráfico da função que está acima da reta horizontal 𝒚 = 𝟑 está na figura abaixo

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

Projeção sobre o eixo 𝒙 da parte do gráfico da função que está acima da reta horizontal 𝒚 = 𝟑.

Logo, 𝑩 = { 𝒙 ∈ 𝑫𝒐𝒎(𝒇) ∶ 𝒇(𝒙) > 3 } = [−𝟒. 𝟓 , −𝟑. 𝟓) ∪ (𝟏. 𝟔 , 𝟐) ∪ (𝟏𝟎 , 𝟏𝟏]


________________________________________________________________________________

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

Exercício 12: Para fazer este exercício você deve acessar o APPLET: FUNÇÃO QUADRÁTICA na Sala
da Disciplina de Pré-Cálculo, Aula 3.
Uma das possíveis telas que você verá será esta:

Neste applet temos três controles deslizantes: a , b , c .


a) Clique no controle deslizante horizontal a com o botão esquerdo do mouse, e com o
botão pressionado, arraste o mouse.
Descreva as modificações que o gráfico sofre. O que ocorre quando a > 0 ? Quando a = 0?
Quando a < 0?
b) Clique no controle deslizante horizontal c com o botão esquerdo do mouse, e com o
botão pressionado, arraste o mouse.
Descreva as modificações que o gráfico sofre. O que ocorre quando c > 0 ? Quando c = 0?
Quando c < 0?
Resolução:
(a)
• A concavidade da parábola está
voltada para cima quando 𝑎 > 0 ,
como mostra a tela ao lado.

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

• A concavidade da
parábola está voltada para
baixo quando 𝑎 < 0, como
mostra a tela ao lado.

• Quando 𝑎 = 0 , não temos mais


uma parábola, pois
𝑦 = 0𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 𝑏𝑥 + 𝑐 ,
que é a equação de uma reta, como
mostra a tela ao lado.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b)

• A interseção da
parábola, 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐,
com o eixo 𝑦 , que é no
ponto, (0 , 𝑐) está cima do
eixo 𝑥 quando 𝒄 > 𝟎 ,
como mostra a tela ao lado.

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EP 03 – 2018-2 – Gabarito - Funções Elementares – Leitura Gráfica Pré-Cálculo

• A interseção da parábola,
𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com o eixo 𝑦 ,
que é no ponto (0 , 𝑐) , está sobre
o eixo 𝑥 quando 𝑐 = 0 , como
mostra a tela ao lado.

• A interseção da
parábola, 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐,
com o eixo 𝑦 , que é no ponto
(0 , 𝑐) , está abaixo do eixo 𝑥
quando 𝑐 < 0 , como mostra
a tela ao lado.

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez

CEDERJ
Gabarito EP 04
Pré-Cálculo

Exercício 1: Nos itens a), b) e c) a seguir, esboce o gráfico das funções quadráticas num mesmo
sistema de coordenadas:
1
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = 2 𝑥 2 ; ℎ(𝑥) = 2𝑥 2 . O que acontece com o gráfico da função 𝑓(𝑥) =

𝑥 2 , quando multiplicamos 𝑥 2 por uma constante positiva?


b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)2 ; ℎ(𝑥) = (𝑥 + 1)2 . O que acontece com o gráfico da função
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , quando à variável 𝑥 , somamos ou subtraímos uma constante positiva?
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 2 ; ℎ(𝑥) = 𝑥 2 + 2. O que acontece com o gráfico da função
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , quando à variável 𝑦 , somamos ou subtraímos uma constante positiva? Note que

realmente, a constante foi somada ou subtraída da variável 𝑦 .


d) Levando em consideração as informações obtidas nos itens acima, esboce o gráfico das
funções abaixo, a partir do gráfico da função elementar 𝑦 = 𝑥 2 ,. Explique as transformações que

ocorreram 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)2 + 2 e ℎ(𝑥) = −(𝑥 + 2)2 − 1


Identifique o vértice e o eixo de simetria de cada uma dessas parábolas.

Resolução:
1
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = 2 𝑥 2 ; ℎ(𝑥) = 2𝑥 2 .

Quando multiplicamos 𝑥 2 por uma constante positiva,


modificamos a "abertura" da parábola. Se a constante for
maior que 1, a parábola fica "mais fechada", pois é esticada
verticalmente, se afasta do eixo 𝑥. Se a constante for
positiva e menor que 1, a parábola fica "mais aberta", pois
comprime verticalmente, se aproxima do eixo 𝑥.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)2 ; ℎ(𝑥) = (𝑥 + 1)2 .


Quando somamos uma constante positiva 𝑎 a variável 𝑥, transladamos o gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ,
horizontalmente, 𝑎 unidades para a esquerda.
Quando subtraímos uma constante positiva 𝑎 da variável 𝑥, transladamos o gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ,
horizontalmente, 𝑎 unidades para a direita.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ; 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 2 ; ℎ(𝑥) = 𝑥 2 + 2 .


Observe que
𝑔(𝑥)
⏟ = 𝑥2 − 2 = 𝑓(𝑥)
⏟ −2 e ℎ(𝑥)
⏟ = 𝑥2 + 2 = 𝑓(𝑥)
⏟ +2
𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎
𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜
𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑒𝑚 𝑥 𝑒𝑚 𝑥 𝑒𝑚 𝑥 𝑒𝑚 𝑥

Assim, quando subtraímos uma constante positiva 𝑎 da variável 𝑦 ,


transladamos o gráfico de 𝑦 = 𝑥 2 , verticalmente, 𝑎 unidades para
baixo.
E quando somamos uma constante positiva 𝑎 a variável 𝑦 ,
transladamos o gráfico de 𝑦 = 𝑥 2 , verticalmente,
𝑎 unidades para cima.

----------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------
-------

d) Observando a função 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)2 + 2 , concluímos que a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 foi


transladada horizontalmente 1 unidade para a direita e verticalmente 2 unidades para cima.

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

O gráfico de 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)2 + 2 é uma parábola de vértice


𝑉(1,2) , concavidade voltada para cima e seu eixo de simetria é a
reta vertical 𝑥 = 1.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Observando a função e ℎ(𝑥) = −(𝑥 + 2)2 − 1 , concluímos que a


função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 foi refletida em torno do eixo 𝑥 e depois foi
transladada horizontalmente 2 unidades para a esquerda e
verticalmente 1 unidade para baixo.
O gráfico de ℎ(𝑥) = −(𝑥 + 2)2 − 1 é uma parábola de vértice
𝑉(−2, −1), concavidade voltada para baixo e seu eixo de simetria é a
reta vertical 𝑥 = −2.

____________________________________________________________________________________

Exercício 2: Seja a função 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 , para −1 ≤ 𝑥 ≤ 1 .


Em cada item escreva uma lei para uma função que:
a) Estique verticalmente o gráfico de 𝑓 por um fator multiplicativo 3 . Dê o domínio e a
imagem dessa nova função e esboce o seu gráfico.
1
b) Comprima verticalmente o gráfico de 𝑓 por um fator multiplicativo 2. Dê o domínio e a

imagem dessa nova função e esboce o seu gráfico.


c) Estique horizontalmente o gráfico de 𝑓 por um fator multiplicativo 4 . Dê o domínio e a
imagem dessa nova função e esboce o seu gráfico.
1
d) Comprima horizontalmente o gráfico de 𝑓 por um fator multiplicativo 2. Dê o domínio e a

imagem dessa nova função e esboce o seu gráfico.


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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Resolução:

O gráfico da função dada, 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 , −1 ≤ 𝑥 ≤ 1 é:


Dom ( f )  [  1 ,1]
Im ( f )  [  1 , 0 ]

a) A função 𝑓1 cujo gráfico estica verticalmente o gráfico de 𝑓


por um fator multiplicativo 3 é:
𝑓1 (𝑥) = 3𝑓(𝑥) = −3𝑥 2
O domínio de 𝑓1 é o mesmo domínio de 𝑓, 𝐷𝑜𝑚(𝑓1 ) = [−1 , 1].
Mas, se −1 ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 0, então, multiplicando a desigualdade por 3 ,
obtemos −3 ≤ 3 ∙ 𝑓(𝑥) ≤ 0 e Im(𝑓1 ) = [−3 , 0].

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) A função 𝑓2 cujo gráfico comprime verticalmente o gráfico de 𝑓 por um fator


1
multiplicativo é:
2

1 1
𝑓2 (𝑥) = 𝑓(𝑥) = − 𝑥 2
2 2
O domínio de f 2 é o mesmo domínio de 𝑓,
𝐷𝑜𝑚(𝑓2 ) = [−1 , 1]. Mas, se −1 ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 0, então,
1 1 1 1
multiplicando a desigualdade por , obtemos 2 ∙ (−1) ≤ 2 ∙ 𝑓(𝑥) ≤ 2 ∙ 0 ⟹
2
1 1 1
−2 ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 0 e portanto, Im(𝑓2 ) = [− 2 , 0]
2

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

c) A função 𝑓3 cujo gráfico estica horizontalmente o gráfico de 𝑓 por um fator multiplicativo 4


é:
1 1 2 1
𝑓3 (𝑥) = 𝑓 ( 𝑥) = − ( 𝑥) = − 𝑥 2
4 4 16
Assim,
1 1
𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚( 𝑓3 ) ⟹ 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ⟹ −1 ≤ 𝑥≤1 ⟹ −4 ≤ 𝑥 ≤ 4 ⟹
4 4
𝐷𝑜𝑚(𝑓3 ) = [−4, 4]
Essa transformação não mexe com a imagem da função, pois o esticamento (alongamento) é
horizontal. Assim, Im(𝑓3 ) = Im(𝑓) = [−1 , 0]
𝐷𝑜𝑚(𝑓3 ) = [−4, 4] Im(𝑓3 ) = [−1 , 0]

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) A função f 4 cujo gráfico comprime horizontalmente o gráfico de 𝑓 por um fator


1
multiplicativo é:
2

𝑓4 (𝑥) = 𝑓(2 𝑥) = −(2𝑥)2 = −4𝑥 2


Assim,
1 1
𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚( 𝑓4 ) ⟹ 2 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) ⟹ −1 ≤ 2 𝑥 ≤ 1 ⟹ − ≤ 𝑥≤ ⟹
2 2
1 1
𝐷𝑜𝑚(𝑓4 ) = [− 2 , ].
2

Essa transformação não mexe com a imagem da função,


pois a compressão é horizontal. Assim,
1 1
𝐷𝑜𝑚( 𝑓4 ) = [− 2 , ] e Im( 𝑓4 ) = Im(𝑓) = [−1 , 0]
2

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Exercício 3: Esboce os gráficos das funções listadas abaixo. Eles podem ser obtidos do gráfico da
função 𝑓(𝑥) = |𝑥| por meio de translações horizontais e/ou translações verticais e/ou reflexões
em torno dos eixos coordenados e/ou modulações. Explique as transformações ocorridas.
a) 𝑔(𝑥) = |𝑥 − 4| b) ℎ(𝑥) = |𝑥 + 2| c) 𝑗(𝑥) = |𝑥| + 2

d) 𝑚(𝑥) = −|𝑥 + 2| e) 𝑛(𝑥) = 5 − |𝑥 + 2|

f) 𝑢(𝑥) = |𝑥 − 4| − 3 g) 𝑣(𝑥) = ||𝑥 − 4| − 3|.

Resolução:

a) O gráfico da função 𝑔(𝑥) = |𝑥 − 4| é uma translação horizontal para direita de 4 unidades


do gráfico da função "elementar" 𝑓(𝑥) = |𝑥|:

ATENÇÃO: é interessante observar que


podemos obter pontos do novo gráfico, neste caso o gráfico transladado horizontalmente para
direita, fazendo a mesma translação em pontos do gráfico original.
Transladar um ponto horizontalmente para direita 𝒌 unidades (𝒌 > 0) significa acrescentar 𝒌
unidades a sua abscissa e não modificar a sua ordenada.

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎𝑑𝑎𝑑𝑜
𝑘 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
(𝑘>0)
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
(𝑥1 , 𝑦1 ) → (𝑥1 + 𝑘 , 𝑦1 )

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Observe que os pontos (−1, 1), (0, 0) (1, 1) do gráfico da função 𝑓(𝑥) = |𝑥| quando
transladados 4 unidades horizontalmente para direita se transformam nos seguintes pontos:

(−1 + 4 , 1) = (𝟑 , 𝟏) , (0 + 4 , 0) = (𝟒 , 𝟎) , (1 + 4 , 1) = (𝟓 , 𝟏).
Vamos confirmar que os pontos (𝟑 , 𝟏) , (𝟒 , 𝟎) , (𝟓 , 𝟏) são pontos do gráfico da função 𝑔(𝑥) =
|𝑥 − 4|:
𝑔(3) = |3 − 4| = |−1| = 1 𝑔(4) = |4 − 4| = |0| = 0 𝑔(5) = |5 − 4| = |1| = 1.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) O gráfico da função ℎ(𝑥) = |𝑥 + 2| é uma translação
horizontal para esquerda de 2 unidades do gráfico da função
"elementar" 𝑓(𝑥) = |𝑥| .
ATENÇÃO: é interessante observar que podemos obter pontos
do novo gráfico, neste caso o gráfico transladado
horizontalmente para esquerda, fazendo a mesma translação
em pontos do gráfico original.
Transladar um ponto horizontalmente para esquerda 𝒌 unidades (𝒌 > 0) significa subtrair 𝒌
unidades da sua abscissa e não modificar a sua ordenada.

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎𝑑𝑎𝑑𝑜
𝑘 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
(𝑘>0)
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
(𝑥1 − 𝑘 , 𝑦1 ) ← (𝑥1 , 𝑦1 )

Observe que os pontos (−1, 1), (0, 0) (1, 1) do gráfico da função 𝑓(𝑥) = |𝑥| quando
transladados horizontalmente 2 unidades para esquerda se transformam nos seguintes pontos:
(−1 − 2 , 1) = (−𝟑 , 𝟏) , (0 − 2 , 0) = (−𝟐 , 𝟎) , (1 − 2 , 1) = (−𝟏 , 𝟏).
Vamos confirmar que os pontos (−𝟑 , 𝟏) , (−𝟐 , 𝟎) , (−𝟏 , 𝟏) são pontos do gráfico da função
ℎ(𝑥) = |𝑥 + 2|:
ℎ(3) = |−3 + 2| = |−1| = 1 ℎ(−2) = |−2 + 2| = |0| = 0 ℎ(−1) = |−1 + 2| = |1| = 1

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

c) O gráfico da função 𝑗(𝑥) = |𝑥| + 2 é uma translação vertical para cima de 2 unidades do
gráfico da função "elementar" 𝑓(𝑥) = |𝑥| .
ATENÇÃO: Transladar um ponto verticalmente para cima
𝒌 unidades (𝒌 > 0) significa acrescentar 𝒌 unidades a sua
ordenada e não modificar a sua abscissa.
Observe que os pontos
(−1, 1) , (0, 0) , (1, 1) quando transladados 2
unidades verticalmente para cima são transformados nos
pontos:
(−1 , 1 + 2) = (−𝟏 , 𝟑) , (0 , 0 + 2) = (𝟎 , 𝟐) , (1 , 1 + 2) = (𝟏 , 𝟑),
que são pontos do gráfico da função 𝑗(𝑥) = |𝑥| + 2 , pois
𝑗(−1) = |−1| + 2 = 1 + 2 = 3 𝑗(0) = |0| + 2 = 0 + 2 = 2 𝑗(1) = |1| + 2 = 1 + 2 = 3 .

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) O gráfico da função 𝑚(𝑥) = −|𝑥 + 2| é uma reflexão em torno do eixo 𝑥 do gráfico da função
ℎ(𝑥) = |𝑥 + 2| do item b).
ATENÇÃO: ao refletir um ponto (𝒙, 𝒚) em torno do
eixo 𝒙 , obtemos o ponto (𝒙, −𝒚).
Observe que os pontos
(−3 , 1) , (−2 , 0) , (−1 , 1) do gráfico da função
ℎ(𝑥) = |𝑥 + 2| do item b), quando refletidos em torno
do eixo 𝒙 , são transformados respectivamente nos
pontos:
(−𝟑 , −𝟏) , (−𝟐 , 𝟎) , (−𝟏 , −𝟏), que são pontos do gráfico da função 𝑚(𝑥) = −|𝑥 + 2|, pois
𝑚(−3) = −|−3 + 2| = −|−1| = −1 𝑚(−2) = −|−2 + 2| = −|0| = 0
𝑚(−1) = −|−1 + 2| = −|1| = −1

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

e) O gráfico da função 𝑛(𝑥) = 5 − |𝑥 + 2| é uma translação vertical para cima de 5 unidades


do gráfico da função 𝑚(𝑥) = −|𝑥 + 2| apresentado no item d) acima.
Observe que os pontos (−3 , −1) , (−2 , 0) , (−1 , −1) do gráfico da função 𝑚(𝑥) = −|𝑥 + 2|
são transladados 5 unidades verticalmente para cima para os pontos:

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

(−3 , −1 + 5) = (−𝟑 , 𝟒) ,
(−2 , 0 + 5) = (−𝟐 , 𝟓) , (−1 , −1 + 5) =
(−𝟏 , 𝟒), que são pontos do gráfico
𝑛(𝑥) = 5 − |𝑥 + 2| , pois
𝑛(−3) = 5 − |−3 + 2| = 5 − |−1| = 5 − 1 = 4
𝑛(−2) = 5 − |−2 + 2| = 5 − |0| = 5 − 0 = 5
𝑛(−1) = 5 − |−1 + 2| = 5 − |1| = 5 − 1 = 4 .
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) O gráfico da função 𝑢(𝑥) = |𝑥 − 4| − 3 é uma translação vertical para baixo de 3 unidades
do gráfico de 𝑔(𝑥) = |𝑥 − 4| apresentado no item a) acima.
ATENÇÃO: Transladar um ponto verticalmente para
baixo 𝒌 unidades (𝒌 > 0) significa subtrair 𝒌 unidades
da sua ordenada e não modificar a sua abscissa.
Observe que os pontos
(−3 , 1) , (4 , 0) , (5 , 1) do gráfico da função
𝑔(𝑥) = |𝑥 − 4|
são transladados 3 unidades verticalmente para baixo, respectivamente, para os pontos
(3 , 1 − 3) = (𝟑 , −𝟐) , (4 , 0 − 3) = (𝟒 , −𝟑) , (5 , 1 − 3) = (𝟓 , −𝟐), que são pontos do
gráfico da função gráfico 𝑢(𝑥)𝑏 = |𝑥 − 4| − 3, pois
𝑢(3) = |3 − 4| − 3 = |−1| − 3 = 1 − 3 = −2
𝑢(4) = |4 − 4| − 3 = |0| − 3 = 0 − 3 = −3
𝑢(5) = |5 − 4| − 3 = |1| − 3 = 1 − 3 = −2
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) O gráfico da função 𝑣(𝑥) = ||𝑥 − 4| − 3| é a "modulação" do gráfico da função 𝑢(𝑥) =
|𝑥 − 4| − 3 do item f) acima. Isto significa que foi feito um rebatimento para cima do eixo 𝑥 , da
parte negativa da função (a parte do gráfico que estava abaixo do eixo 𝑥 ) e foi mantida a parte
positiva ou nula da função (a parte do gráfico que estava acima do eixo 𝑥 ou sobre ele).
ATENÇÃO: Quando modulamos o gráfico de uma função, os pontos desse gráfico têm as suas
ordenadas moduladas, assim um ponto (𝒙, 𝒚) do gráfico de uma função 𝒇 , é transformado no
ponto (𝒙, |𝑦|) do gráfico da função |𝑓| .

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Observe que os pontos


(−3 , −2) , (4 , −3) , (5 , −2) do gráfico da função 𝑢(𝑥) = |𝑥 − 4| − 3 são rebatidos
respectivamente para os pontos (3 , |−2|) = (𝟑 , 𝟐) , (4 , |−3|) = (𝟒 , 𝟑) , (5 , |−2|) = (𝟓 , 𝟐),
que são pontos do gráfico da função gráfico 𝜈(𝑥) = ||𝑥 − 4| − 3| , pois
𝜈(3) = ||3 − 4| − 3| = ||−1| − 3| = |1 − 3| = |−2| = 2
𝜈(4) = ||4 − 4| − 3| = ||0| − 3| = |0 − 3| = |−3| = 3
𝜈(5) = ||5 − 4| − 3| = ||1| − 3| = |1 − 3| = |−2| = 2

________________________________________________________________________________

Exercício 4: Considere as parábolas de equações 𝑥 = 𝑦 2 e 𝑥 = −𝑦 2 desenhadas abaixo.

Considere o gráfico da função elementar 𝑓(𝑥) = √𝑥 , que é parte da parábola 𝑥 = 𝑦 2 .


Para cada função:
𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 𝑓2 (𝑥) = √−𝑥 𝑓3 (𝑥) = −√−𝑥 𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| 𝑓5 (𝑥) = −√|𝑥|,

faça o que se pede em cada item.


a) Determine o domínio da função.
b) Esboce o seu gráfico usando reflexões e/ou modulações a partir do gráfico da função 𝑓(𝑥) =

√𝑥.
c) Observe o gráfico e dê a imagem da função.

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

d) O gráfico obtido no item (b) é parte ou união de partes das parábolas de equações 𝑥 = 𝑦 2
e/ou 𝑥 = −𝑦 2 . Relacione o gráfico ou cada parte do gráfico obtido no item (b), com uma das duas
equações, citando em quais intervalos do eixo 𝑥 e do eixo 𝑦 a equação é identificada. Para relacionar
será preciso substituir o nome da função ( 𝑓1 , 𝑓2 , 𝑓3 , 𝑓4 ou 𝑓5 ) por 𝑦 para obter uma equação
nas variáveis 𝑥 e 𝑦, depois elevar essa equação ao quadrado.

Resolução:

a) Como só é possível calcular a raiz quadrada de números positivos ou nulo, então


𝐷𝑜𝑚 (𝑓1 ) = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≥ 0} = [0, ∞)
𝐷𝑜𝑚 (𝑓2 ) = 𝐷𝑜𝑚 (𝑓3 ) = {𝑥 ∈ ℝ; −𝑥 ≥ 0} = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≤ 0} = (−∞, 0]
𝐷𝑜𝑚 (𝑓4 ) = 𝐷𝑜𝑚 (𝑓5 ) = {𝑥 ∈ ℝ; |𝑥| ≥ 0} = ℝ = (−∞, ∞) , pois |𝑥| ≥ 0 para qualquer 𝑥 ∈ ℝ.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Para auxiliar, esboçamos primeiro o


gráfico de 𝑓(𝑥) = √𝑥.

Gráfico de 𝒇𝟏 (𝒙) = −√𝒙 :

Para esboçarmos o gráfico de 𝑦 = −𝑓(𝑥)


devemos refletir no eixo 𝑥 o gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥). Portanto, o
gráfico de 𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 é obtido quando refletimos o gráfico de
𝑓(𝑥) = √𝑥 no eixo 𝑥.

Gráfico de 𝒇𝟐 (𝒙) = √−𝒙 :

Para esboçarmos o gráfico de 𝑦 = 𝑓(−𝑥) devemos refletir o


gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥) no eixo 𝑦. Portanto, o gráfico de
𝑓2 (𝑥) = √−𝑥 é obtido quando refletimos o gráfico de
𝑓(𝑥) = √𝑥 no eixo 𝑦.

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Gráfico de 𝒇𝟑 (𝒙) = −√−𝒙 :


Para esboçarmos o gráfico de 𝒚 = −𝒇(−𝒙) devemos refletir o gráfico
de 𝑦 = 𝑓(𝑥) no eixo 𝑥 para obter o gráfico de 𝑦 = −𝑓(𝑥) e depois
devemos refletir o gráfico de 𝑦 = −𝑓(𝑥) no eixo 𝑦, para obter o
gráfico de 𝑦 = −𝑓(−𝑥). Portanto, o gráfico de 𝑓3 (𝑥) = −√−𝑥 é
obtido quando refletimos o gráfico de 𝑓(𝑥) = √𝑥 no eixo 𝑥 para
obter o gráfico de 𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 e depois, devemos refletir no eixo 𝑦 o gráfico de 𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 ,
para obter o gráfico de 𝑓3 (𝑥) = −√−𝑥 .

Gráfico de 𝒇𝟒 (𝒙) = √|𝒙| :

Para esboçarmos o gráfico de 𝒚 = 𝒇(|𝒙|) , devemos manter o gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥) para 𝑥 ≥ 0 e


devemos refletir essa mesma parte, onde 𝑥 ≥ 0 , em relação ao eixo 𝑦 , pois
𝑓(𝑥) , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
𝑦 = 𝑓(|𝑥|) = {
𝑓(−𝑥) , 𝑠𝑒 𝑥 < 0
Portanto,

√𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| = {
√−𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0

Gráfico de 𝒇𝟓 (𝒙) = −√|𝒙| :

Para esboçarmos o gráfico de 𝒇𝟓 (𝒙) =

−√|𝒙| devemos refletir o gráfico de

𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| no eixo 𝑥

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Observando cada gráfico,

𝐼𝑚 (𝑓1 ) = {𝑦 ∈ ℝ; 𝑦 ≤ 0} = (−∞, 0] 𝐼𝑚 (𝑓2 ) = {𝑦 ∈ ℝ; 𝑦 ≥ 0} = [0, ∞)

𝐼𝑚 (𝑓3 ) = {𝑦 ∈ ℝ; 𝑦 ≤ 0} = (−∞, 0] 𝐼𝑚 (𝑓4 ) = {𝑦 ∈ ℝ; 𝑦 ≥ 0} = [0, ∞)

𝐼𝑚 (𝑓5 ) = {𝑦 ∈ ℝ; 𝑦 ≤ 0} = (−∞, 0]

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

d) Observe que 𝑉 = (0 ,0) é o vértice das parábolas de


equações 𝑥 = 𝑦 2 e 𝑥 = −𝑦 2 .

Função 𝒇𝟏 (𝒙) = −√𝒙 :

𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 ⟹ 𝑦 = −√𝑥, 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≤ 0 ⟹


2
𝑦 2 = (−√𝑥) = 𝑥, 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≤ 0 ⟹ 𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≤ 0
Portanto o gráfico de 𝑓1 (𝑥) = −√𝑥 é a parte da parábola de equação 𝑥 = 𝑦 2 situada no 4º.
quadrante (𝑥 > 0, 𝑦 < 0) ou no eixo 𝑥 (𝑥 = 0, 𝑦 = 0).

Função 𝒇𝟐 (𝒙) = √−𝒙 :

𝑓2 (𝑥) = √−𝑥 ⟹ 𝑦 = √−𝑥, 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≥ 0 ⟹


2
𝑦 2 = (√−𝑥) = −𝑥, 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≥ 0 ⟹
𝑥 = −𝑦 2 , 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≥ 0
Portanto o gráfico de 𝑓2 (𝑥) = √−𝑥 é a parte da parábola de equação 𝑥 = −𝑦 2 situada no 2º.
quadrante (𝑥 < 0, 𝑦 > 0) ou no eixo 𝑥 (𝑥 = 0, 𝑦 = 0).

Função 𝒇𝟑 (𝒙) = −√−𝒙 :

𝑓3 (𝑥) = −√−𝑥 ⟹ 𝑦 = −√−𝑥, 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≤ 0 ⟹ 𝑦 2 =


2
(−√−𝑥) = −𝑥, 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≤ 0 ⟹
𝑥 = −𝑦 2 , 𝑥 ≤ 0, 𝑦 ≤ 0 .
Portanto o gráfico de 𝑓3 (𝑥) = −√−𝑥 é a parte da parábola de equação 𝑥 = −𝑦 2 situada no 3º.
quadrante (𝑥 < 0, 𝑦 < 0) ou no eixo 𝑥 (𝑥 = 0, 𝑦 = 0).

Função 𝒇𝟒 (𝒙) = √|𝒙| :

𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| ⟹ 𝑦 = √|𝑥| , − ∞ < 𝑥 < ∞, 𝑦 ≥ 0 ⟹


2
𝑦 2 = (√|𝑥|) = |𝑥| , − ∞ < 𝑥 < ∞, 𝑦 ≥ 0 ⟹

{𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≥ 0} 𝑜𝑢 {−𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 < 0, 𝑦 > 0} ⟹


{𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≥ 0} 𝑜𝑢 {𝑥 = −𝑦 2 , 𝑥 < 0, 𝑦 > 0}

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Portanto uma parte do gráfico de 𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| é a parte da parábola de equação 𝑥 = 𝑦 2


situada no 1º. quadrante (𝑥 > 0, 𝑦 > 0) ou no eixo 𝑥 (𝑥 = 0, 𝑦 = 0) e outra parte do gráfico de

𝑓4 (𝑥) = √|𝑥| é a parte da parábola de


equação 𝑥 = −𝑦 2 situada no 2º.
quadrante (𝑥 < 0, 𝑦 > 0).

Função 𝒇𝟓 (𝒙) = −√|𝒙| :

𝑓5 (𝑥) = −√|𝑥| ⟹ 𝑦 = −√|𝑥|, −∞ < 𝑥 < ∞, 𝑦 ≤ 0


2
⟹ 𝑦 2 = (√|𝑥|) = |𝑥|, −∞ < 𝑥 < ∞, 𝑦 ≤ 0

⟹ {𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≤ 0} 𝑜𝑢 {−𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 < 0, 𝑦 < 0}


⟹ {𝑥 = 𝑦 2 , 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≤ 0} 𝑜𝑢 {𝑥 = −𝑦 2 , 𝑥 < 0, 𝑦 < 0}
Portanto uma parte do gráfico de 𝑓5 (𝑥) = −√|𝑥| é a parte da parábola de equação 𝑥 = 𝑦 2
situada no 4º. quadrante (𝑥 > 0, 𝑦 < 0) ou no
eixo 𝑥 (𝑥 = 0, 𝑦 = 0) e a outra parte do gráfico de

𝑓5 (𝑥) = −√|𝑥| é a parte da parábola de equação


𝑥 = −𝑦 2 situada no 3º. quadrante (𝑥 < 0, 𝑦 < 0).

Exercício 5: Esboce os gráficos das funções listadas abaixo. Eles podem ser obtidos do gráfico de
uma função "elementar" por meio de translações horizontais e/ou translações verticais e/ou
reflexões em torno dos eixos coordenados e/ou modulações. Identifique essa função "elementar"
e as transformações ocorridas. Determine o domínio e a imagem de cada uma delas.
a) 𝐹(𝑥) = √𝑥 − 3 − 2 b) 𝐺(𝑥) = 1 − √𝑥 + 4
c) 𝐻(𝑥) = √9 − 𝑥 − 2 d) 𝐽(𝑥) = 3 − √4 − 𝑥

e) 𝐾(𝑥) = √|𝑥 − 4| − 3 f) 𝐿(𝑥) = |√|𝑥 − 4| − 3|

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Resolução:

a) O gráfico da função 𝐹(𝑥) = √𝑥 − 3 − 2 é uma translação horizontal para direita de 3


unidades, seguida de uma translação vertical para baixo de 2 unidades do gráfico de 𝑦 = √𝑥 .

𝐷𝑜𝑚(𝐹) = [3 , +∞) e Im(𝐹) = [−2 , +∞)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) O gráfico da função 𝐺(𝑥) = 1 − √𝑥 + 4 é uma translação horizontal para esquerda


de 4 unidades, seguida de uma translação vertical para cima de 1 unidade do gráfico de 𝑦 = −√𝑥 .

𝐷𝑜𝑚(𝐺) = [−4 , +∞) e Im(𝐺) = (−∞ , 1]

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

c) O gráfico da função 𝐻(𝑥) = √9 − 𝑥 − 2 é uma translação horizontal para direita de 9


unidades, seguida de uma translação vertical
para baixo de 2 unidades do gráfico de 𝑦 =

√−𝑥 .

𝐷𝑜𝑚(𝐻) = (−∞ ,9] e Im(𝐻) = [−2 , +∞)

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

ATENÇÃO: para ver exatamente a translação horizontal que está ocorrendo, é preciso colocar o
coeficiente da variável 𝒙 em evidência. Caso contrário podemos nos equivocar.
Fazendo isso nesse exemplo,

𝐻(𝑥) = √9 − 𝑥 − 2 = √−(𝑥 − 9) − 2 , vemos que a translação horizontal será para a direita e


não para a esquerda como poderia parecer inicialmente.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) O gráfico de 𝐽(𝑥) = 3 − √4 − 𝑥 = 3 −

√−(𝑥 − 4)
é uma translação horizontal para direita de 4
unidades, seguida de uma translação vertical para
cima de 3 unidades do gráfico de 𝑦 = −√−𝑥 .
𝐷𝑜𝑚(𝐽) = (−∞ ,4] e Im(𝐽) = [−∞ , 3)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

e) O gráfico de 𝐾(𝑥) = √|𝑥 − 4| − 3 é uma translação horizontal para direita de 4 unidades

seguida de uma translação vertical para baixo de 3 unidades do gráfico de 𝑦 = √|𝑥|.

√𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
O gráfico de 𝑦 = √|𝑥| = {
√−𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 3 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
4 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝑦 = √|𝑥| ⇒ 𝑦 = √|𝑥 − 4 | ⇒ 𝐾(𝑥) = √|𝑥 − 4| − 3

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
4 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 ,𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
3 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜

𝐷𝑜𝑚(𝐾) = ℝ e Im(𝐾) = [−3 , +∞)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

f) O gráfico de 𝐿(𝑥) = |√|𝑥 − 4| − 3| é a "modulação" do gráfico da função

𝐾(𝑥) = √|𝑥 − 4| − 3 do item e) acima. Isto significa que será feito um rebatimento para cima
do eixo 𝑥 , da parte negativa da função (a parte do gráfico que estava abaixo do eixo 𝑥) e será
mantida a parte positiva ou nula da função (a parte do gráfico que estava acima do eixo 𝑥 ou sobre
ele).

Para isso, vamos encontrar os pontos onde o gráfico de 𝐾(𝑥) = √|𝑥 − 4| − 3 intercepta o eixo
𝑥 . Esses pontos têm ordenada 𝑦 = 0, portanto temos:
𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑎𝑚𝑏𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑜𝑠
𝑎𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 2
√|𝑥 − 4| − 3 = 0 ⟹ √|𝑥 − 4| = 3 ⇒ ( √|𝑥 − 4|) = 32 ⟹

|𝑥 − 4| = 9 ⟹ 𝑥 − 4 = −9 𝑜𝑢 𝑥 − 4 = 9 ⟹ 𝑥 = −5 𝑜𝑢 𝑥 = 13

𝐷𝑜𝑚(𝐿) = ℝ e Im(𝐿) = [0 , +∞)


_______________________________________________________________________________
Exercício 6: Esboce os gráficos das funções listadas abaixo. Eles podem ser obtidos do gráfico de
uma função "elementar" por meio de translações horizontais e/ou translações verticais e/ou
reflexões em torno dos eixos coordenados e/ou modulações. Identifique essa função "elementar"
e as transformações ocorridas. Determine o domínio e a imagem de cada uma delas.
1
a) 𝐹(𝑥) = √|𝑥| − 1 − 2 b) 𝐺(𝑥) = |(𝑥 + 1)3 − 1| c) 𝐻(𝑥) = 𝑥+2 + 3
3
d) Esboce os gráficos das funções 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 , 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1 . Além de
identificar as funções "elementares" e as transformações ocorridas, esboce os gráficos
3
intermediários. Esboce num mesmo par de eixos os gráficos das funções 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 ,
𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1 e 𝑦 = 𝑥. Observe a relação que existe entre esses gráficos.

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Resolução:

a)

Consideremos a função 𝑓(𝑥) = √|𝑥| − 1 . O seu domínio é { 𝑥 ∈ ℝ ∶ |𝑥| − 1 ≥ 0 }.


Mas, |𝑥| − 1 ≥ 0 ⟺ |𝑥| ≥ 1 ⟺ 𝑥 ≤ −1 ou 𝑥 ≥ 1 . Portanto,
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = { 𝑥 ∈ ℝ ∶ |𝑥| − 1 ≥ 0 } = (−∞ , −1] ∪ [1 , +∞)

√𝑥 − 1 , 𝑠𝑒 𝑥 − 1 ≥ 0 (𝑥 ≥ 1)
𝑓(𝑥) = √|𝑥| − 1 = {
√−𝑥 − 1 , 𝑠𝑒 − 𝑥 − 1 ≥ 0 (𝑥 ≤ −1)

O gráfico dessa função é:

Para obtermos o gráfico de 𝐹(𝑥) = √|𝑥| − 1 − 2:


𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝑓(𝑥) = √|𝑥| − 1 ⇒ 𝐹(𝑥) = √|𝑥| − 1 − 2

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜

𝐷𝑜𝑚(𝐹) = (−∞ , −1] ∪ [1 , +∞) e Im(𝐹) = [−2 , +∞)


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Construímos o gráfico de 𝐺(𝑥) = |(𝑥 + 1)3 − 1| fazendo as seguintes transformações em
gráficos:
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝑦 = 𝑥3 ⇒ 𝑦 = (𝑥 + 1)3 ⇒ 𝑦 = (𝑥 + 1)3 − 1

Modulando
a função
𝑦=(𝑥+1)3 −1
⇒ 𝐺(𝑥) = |(𝑥 + 1)3 − 1|

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
⇒ ⇒

Modulando
a função
𝑦=(𝑥+1)3 −1

𝐷𝑜𝑚(𝐺) = ℝ e Im(𝐺) = [0 , +∞)


ATENÇÃO: Modulando a função significa que a parte do gráfico dessa função em que 𝑦 < 0 , ou
seja, a parte do gráfico que está abaixo do eixo 𝑥 , deve ser refletida em torno d eixo 𝑥. E a parte
do gráfico em que 𝑦 ≥ 0 , ou seja, a parte do gráfico que está cima do eixo 𝑥 ou sobre ele, deve
ser mantida.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
c) Construímos o gráfico de 𝐻(𝑥) = 𝑥+2 + 3 fazendo as seguintes em gráficos:

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 3 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎 1
ℎ(𝑥) = ,𝑥 ≠ 0 ⇒ 𝑦= , 𝑥 ≠ −2 ⇒ 𝐻(𝑥) = +3
𝑥 𝑥+2 𝑥+2

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
3 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎

𝐷𝑜𝑚(𝐻) = ℝ − {2} e Im(𝐻) = ℝ − {3}


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
d) Esboce os gráficos das funções 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 , 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1 . Além de
identificar as funções "elementares" e as transformações ocorridas, esboce os gráficos
3
intermediários. Esboce num mesmo par de eixos os gráficos das funções 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 ,
𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1 e 𝑦 = 𝑥. Observe a relação que existe entre esses gráficos.
𝟑
Gráfico da função 𝒇(𝒙) = √𝒙 − 𝟏 + 𝟏
3
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 é a seguinte sequência de
transformações em gráficos de funções:
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
3 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 − 1 → 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Gráfico da função 𝒈(𝒙) = (𝒙 − 𝟏)𝟑 + 𝟏


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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1 é a seguinte sequência
de transformações em gráficos de funções:
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑦 = 𝑥3 → 𝑦 = (𝑥 − 1)3 → 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Observando a relação que existe entre os gráficos de


3
𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1 + 1 e de 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 1)3 + 1

𝟑
Os gráficos das 𝒇(𝒙) = √𝒙 − 𝟏 + 𝟏 e 𝒈(𝒙) = (𝒙 − 𝟏)𝟑 + 𝟏 são simétricos com relação à reta
𝒚=𝒙

________________________________________________________________________________

Exercício 7: Faça o gráfico de cada função começando com o gráfico de uma função elementar e
então aplicando as transformações apropriadas: translações horizontais, translações verticais,
alongamentos, compressões, reflexões, modulações. Explique quais são essas transformações.
1 1 1 1
a) 𝑓(𝑥) = 2 √𝑥 + 2 b) 𝑔(𝑥) = √2 𝑥 + 2 c) ℎ(𝑥) = 2 √2 𝑥 + 2

1 1
d) 𝑗(𝑥) = 2√2 𝑥 + 2 e) 𝑟(𝑥) = 2 √2𝑥 + 2 f) 𝑠(𝑥) = 2√2𝑥 + 2

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

Resolução:
1
a) 𝑓(𝑥) = 2 √𝑥 + 2
1
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 2 √𝑥 + 2 é a seguinte sequência de

transformações em gráficos de funções:


𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 1
𝑘= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 2
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑓(𝑥) = √𝑥 + 2
2

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
b) 𝑔(𝑥) = √2 𝑥 + 2
1
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑔(𝑥) = √2 𝑥 + 2 é a seguinte sequência de

transformações em gráficos de funções:


𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 1 1
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 = =2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑘 1
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 2 1
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑔(𝑥) = √ 𝑥 + 2
2

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

1 1
c) ℎ(𝑥) = 2 √2 𝑥 + 2

1 1
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função ℎ(𝑥) = 2 √2 𝑥 + 2 é a seguinte sequência

de transformações em gráficos de funções:


𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 1
𝑘= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 2
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑦 = √𝑥 + 2
2

𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
1 1
= =2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑘 1
2 1 1
→ ℎ(𝑥) = √ 𝑥+2
2 2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
d) 𝑗(𝑥) = 2√2 𝑥 + 2

1 1
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função ℎ(𝑥) = 2 √2 𝑥 + 2 é a seguinte sequência

de transformações em gráficos de funções:

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙


ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑘=2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑦 = 2√𝑥 + 2

𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
1 1
= =2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑘 1
2 1
→ 𝑗(𝑥) = 2√ 𝑥 + 2
2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
e) 𝑟(𝑥) = 2 √2𝑥 + 2
1
Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑟(𝑥) = 2 √2𝑥 + 2 é a seguinte sequência

de transformações em gráficos de funções:

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 1
𝑘= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 2
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑦 = √𝑥 + 2
2

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
1 1
= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
𝑘 2
→ 𝑟(𝑥) = √2𝑥 + 2
2

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) 𝑠(𝑥) = 2√2𝑥 + 2

Uma possibilidade para explicar o gráfico da função 𝑠(𝑥) = 2√2𝑥 + 2 é a seguinte sequência de
transformações em gráficos de funções:

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙


ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑘=2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑦 = √𝑥 → 𝑦 = √𝑥 + 2 → 𝑦 = 2√𝑥 + 2

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
1 1
= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑘 2
→ 𝑠(𝑥) = 2√2𝑥 + 2

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EP 04 – 2018-2 – Transformações em Gráficos – Gabarito Pré-Cálculo

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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

Maria Lúcia Campos


Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito do EP 05
Pré-Cálculo
____________________________________________________________________________

Exercício 1: Nas equações a seguir, complete o quadrado na variável adequada e encontre o vértice e o
eixo de simetria das parábolas definidas por essas equações. Esboce os gráficos dessas parábolas.
Dê e expressão de cada uma das seis funções, cujos gráficos são os ramos superior e inferior dessas três
parábolas a seguir.
a) 𝑥 + 𝑦 2 − 2𝑦 − 3 = 0 b) 𝑦 2 − 4𝑦 + 5 − 𝑥 = 0 c) 𝑦 2 − 𝑥 − 4 = 0

RESOLUÇÃO:

a) 𝑥 + 𝑦 2 − 2𝑦 − 3 = 0 ⟺ 𝑥 = −𝑦 2 + 2𝑦 + 3 ⟺ 𝑥 = −(𝑦 2 − 2𝑦) + 3 ⟺
𝑥 = −(𝑦 2 − 2𝑦 + 1 − 1) + 3 ⟺ 𝑥 = −(𝑦 − 1)2 + 1 + 3 ⟺ 𝑥 = −(𝑦 − 1)2 + 4 ⟺
𝑥 − 4 = −(𝑦 − 1)2 .

O vértice dessa parábola é (4 , 1) e o eixo de simetria é a reta vertical 𝑦 = 1.


Além disso, a equação na forma 𝑥 − ℎ = 𝑎(𝑦 − 𝑘)2 mostra que o coeficiente 𝑎 = −1 < 0, logo a
parábola possui concavidade voltada para a esquerda e o seu gráfico é:

Da equação 𝑥 − 4 = −(𝑦 − 1)2 segue que:

𝑥 − 4 = −(𝑦 − 1)2 ⟺ (𝑦 − 1)2 = 4 − 𝑥 ⟺ √(𝑦 − 1)2 = √4 − 𝑥 ⟺ |𝑦 − 1| = √4 − 𝑥 .

Se 𝑦 − 1 ≥ 0 então 𝑦 ≥ 1 e |𝑦 − 1| = 𝑦 − 1 .

Portanto,

𝑦 − 1 ≥ 0 e |𝑦 − 1| = √4 − 𝑥 ⟺ 𝑦 − 1 = √4 − 𝑥 ⟺ 𝑦 = 1 + √4 − 𝑥 .

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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

A função 𝑓(𝑥) = 1 + √4 − 𝑥 tem como gráfico o ramo da


parábola que está acima do eixo de simetria. O ponto (−5 , 4)
é um ponto do gráfico dessa função.

De fato, 4 = 1 + √4 − (−5) = 1 + √9 = 1 + 3.

Se 𝑦 − 1 ≤ 0 então 𝑦 ≤ 1 e |𝑦 − 1| = −(𝑦 − 1 ) . Portanto,

𝑦 − 1 ≤ 0 e |𝑦 − 1| = √4 − 𝑥 ⟺ −( 𝑦 − 1) = √4 − 𝑥 ⟺ 𝑦 = 1 − √4 − 𝑥 .

A função 𝑔(𝑥) = 1 − √4 − 𝑥 tem como gráfico o ramo


da parábola que está abaixo do eixo de simetria. O ponto
(−5 , −2) é um ponto do gráfico dessa função.

De fato, −2 = 1 − √4 − (−5) = 1 − √9 = 1 − 3 .

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) 𝑦 2 − 4𝑦 + 5 − 𝑥 = 0 ⟺ 𝑥 = 𝑦 2 − 4𝑦 + 5 ⟺ 𝑥 = 𝑦 2 − 4𝑦 + 4 − 4 + 5 ⟹
𝑥 = (𝑦 − 2)2 + 1 ⟺ 𝑥 − 1 = (𝑦 − 2)2

O vértice dessa parábola é (1 , 2) e o eixo de simetria é a reta


horizontal 𝑦 = 2.

Além disso, a equação na forma 𝑥 − ℎ = 𝑎(𝑦 − 𝑘)2 mostra


que o coeficiente 𝑎 = 1 > 0 logo a parábola possui
concavidade voltada para a direita e o seu gráfico é:

Da equação 𝑥 − 1 = (𝑦 − 2)2 segue que:


𝑥 − 1 = (𝑦 − 2)2 ⟺ (𝑦 − 2)2 = 𝑥 − 1 ⟺ √(𝑦 − 2)2 = √𝑥 − 1 ⟺ |𝑦 − 2| = √𝑥 − 1
Se 𝑦 − 2 ≥ 0 então 𝑦 ≥ 2 e |𝑦 − 2| = 𝑦 − 2 .

Portanto,
𝑦 − 2 ≥ 0 e |𝑦 − 2| = √𝑥 − 1 ⟺

𝑦 − 2 = √𝑥 − 1 ⟺ 𝑦 = 2 + √𝑥 − 1 .

A função 𝑓(𝑥) = 2 + √𝑥 − 1 tem como gráfico o ramo da parábola que está acima do eixo de simetria.
O ponto (10 , 5) é um ponto do gráfico dessa função.

De fato, 5 = 2 + √10 − 1 = 2 + √9 = 2 + 3.

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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

Se 𝑦 − 2 ≤ 0 então 𝑦 ≤ 2 e |𝑦 − 2| = −(𝑦 − 2) .

Portanto,

𝑦 − 2 ≤ 0 e |𝑦 − 2| = √𝑥 − 1 ⟺ −( 𝑦 − 2) = √𝑥 − 1 ⟺ 𝑦 = 2 − √𝑥 − 1 .

A função 𝑔(𝑥) = 2 − √𝑥 − 1 tem como


gráfico o ramo da parábola que está acima do
eixo de simetria. O ponto (10 , −1) é um ponto
do gráfico dessa função.
De fato, −1 = 2 − √10 − 1 = 2 − √9 = 2 −
3.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) 𝑦 2 − 𝑥 − 4 = 0 ⟹ 𝑥 + 4 = 𝑦2
Essa é uma parábola voltada para a direita, com vértice no ponto (−4 , 0) e eixo de simetria 𝑦 = 0 (o eixo
𝑥).
Da equação 𝑥 + 4 = 𝑦 2 segue que:
𝑥 + 4 = 𝑦2 ⟺ 𝑦2 = 𝑥 + 4 ⟺ √𝑦 2 = √𝑥 + 4 ⟹ |𝑦 | = √𝑥 + 4 .

Se 𝑦 ≥ 0 temos que: |𝑦| = 𝑦 e assim, temos que |𝑦| = √𝑥 + 4 𝑒 𝑦 ≥ 0 ⟺ 𝑦 = √𝑥 + 4

A função 𝑦 = √𝑥 + 4 tem como gráfico o ramo da parábola que está acima do eixo de simetria. O
ponto (0 , 2) é um ponto do gráfico dessa função.

De fato, 2 = √0 + 4.

Portanto a função é 𝑓(𝑥) = √𝑥 + 4 , com 𝑥 ≥ −4 ,


pois para que essa raiz quadrada possa ser calculada é
preciso que 𝑥 + 4 ≥ 0 , ou seja, 𝑥 ≥ −4

Se 𝑦 ≤ 0 , |𝑦| = −𝑦 e assim, temos que: |𝑦| = √𝑥 + 4 ⟹ −𝑦 = √𝑥 + 4 ⟹ 𝑦 = − √𝑥 + 4


A função 𝑔(𝑥) = −√𝑥 + 4 tem como gráfico o ramo da parábola que está abaixo do eixo de simetria.
O ponto (0 , −2) é um ponto do gráfico dessa função.

De fato, −2 = −√0 + 4.

Portanto a função é 𝑔(𝑥) = −√𝑥 + 4 ,

com 𝑥 ≥ −4 , pois para que essa raiz quadrada

possa ser calculada é preciso que 𝑥 + 4 ≥ 0 , ou seja, 𝑥 ≥ −4

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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

Exercício 2: Encontre a equação reduzida das seguintes circunferências. Identifique o seu centro e o seu
raio.
a) 2𝑥 2 + 2𝑦 2 + 4𝑥 − 4𝑦 = 0 b) 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 = 0
Dê e expressão de cada uma das quatro funções, cujos gráficos são os semicírculos superior e inferior
dessas três circunferências acima.
RESOLUÇÃO:

a) 2𝑥 2 + 2𝑦 2 + 4𝑥 − 4𝑦 = 0 .
Completando os quadrados nas variáveis 𝑥 e 𝑦 :
2(𝑥 2 + 2𝑥) + 2(𝑦 2 − 2𝑦) = 0
2(𝑥 2 + 2𝑥 + 1 − 1) + 2(𝑦 2 − 2𝑦 + 1 − 1) = 0
2(𝑥 + 1)2 − 2 + 2(𝑦 − 1)2 − 2 = 0
2(𝑥 + 1)2 + 2(𝑦 − 1)2 = 4
(𝑥 + 1)2 + (𝑦 − 1)2 = 2

Círculo: centro 𝐶(−1 , 1) e raio 𝑟 = √2 .


Observe do gráfico que −1 − √2 ≤ 𝑥 ≤ −1 + √2 𝑒 1 − √2 ≤ 𝑦 ≤ 1 + √2 .

Como encontrar a expressão que define a função cujo gráfico é o semicírculo superior ao lado?

Vamos explicitar a variável y em função da variável x na equação (𝑥 + 1)2 + (𝑦 − 1)2 = 2 :


(𝑥 + 1)2 + (𝑦 − 1)2 = 2 ⟺ (𝑦 − 1)2 = 2 − (𝑥 + 1)2 ⟺
√(𝑦 − 1)2 = √2 − (𝑥 + 1)2 ⟺ |𝑦 − 1| = √2 − (𝑥 + 1)2

Observe que,
2 − (𝑥 + 1)2 ≥ 0 ⟺ (𝑥 + 1)2 ≤ 2 ⟺ √ (𝑥 + 1)2
≤ √2 ⟺ |𝑥 + 1| ≤ √2
−√2 ≤ 𝑥 + 1 ≤ +√2 ⟺ −1 − √2 ≤ 𝑥 + 1 ≤ −1 + √2 .

Se 𝑦 − 1 ≥ 0 então 𝑦 ≥ 1 e |𝑦 − 1| = 𝑦 − 1 .

Logo, |𝑦 − 1| = √2 − (𝑥 + 1)2 𝑒 𝑦 ≥ 1 ⟺ 𝑦−1 =

√2 − (𝑥 + 1)2 ⟺ 𝑦 = 1 + √2 − (𝑥 + 1)2 .

Esta é a expressão que define o semicírculo superior.

Portanto, a função 𝑓(𝑥) = 1 + √2 − (𝑥 + 1)2 , −1 − √2 ≤ 𝑥 ≤ −1 + √2 𝑒


1 ≤ 𝑦 ≤ 1 + √2 , tem como gráfico o semicírculo superior de centro 𝐶(−1 , 1) e raio 𝑟 = √2 .

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Se 𝑦 − 1 ≤ 0 então 𝑦 ≤ 1 e |𝑦 − 1| = −(𝑦 − 1) .
Logo, |𝑦 − 1| = √2 − (𝑥 + 1)2 𝑒 𝑦 ≤ 1 ⟺ −( 𝑦 − 1 ) =

√2 − (𝑥 + 1)2 ⟺ 𝑦 = 1 − √2 − (𝑥 + 1)2 .

Esta é a expressão que define o semicírculo inferior.

Portanto, a função 𝑔(𝑥) = 1 − √2 − (𝑥 + 1)2 ,


−1 − √2 ≤ 𝑥 ≤ −1 + √2 e 1 − √2 ≤ 𝑦 ≤ 1 tem como
gráfico o semicírculo inferior de centro 𝐶(−1 , 1) e raio 𝑟 = √2 .
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Completando o quadrado na variável 𝑥 :
𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 = 0 ⟺ 𝑦 2 + 𝑥 2 − 4𝑥 = 0 ⟺

𝑦 2 + 𝑥 2 − 4𝑥 + 4 − 4 = 0 ⟺ 𝑦 2 + (𝑥 − 2)2 = 4

Portanto, essa equação define um círculo Centro 𝐶(2 , 0), e raio 𝑟 = 2.

Observe do gráfico que 0 ≤ 𝑥 ≤ 4 e −2 ≤𝑦 ≤ 2.

Vamos encontrar a expressão que define a função cujo gráfico é o semicírculo superior ao lado

Temos que,
𝑥 2 + 𝑦 2 − 4𝑥 = 0 ⟺ 𝑦 2 = −𝑥 2 + 4𝑥 ⟺
√𝑦 2 = √−𝑥 2 + 4𝑥 ⟺ |𝑦| = √4𝑥 − 𝑥 2

Se 𝑦 ≥ 0 então |𝑦| = 𝑦 . Assim,


|𝑦| = √4𝑥 − 𝑥 2 𝑒 𝑦 ≥ 0 ⟺ 𝑦 = √4𝑥 − 𝑥 2 ⟺
𝑦 = √4𝑥 − 𝑥 2 , para 0 ≤ 𝑥 ≤ 4 .

Portanto, a função 𝑓(𝑥) = √4𝑥 − 𝑥 2 , para 0 ≤ 𝑥 ≤ 4, 0 ≤ 𝑦 ≤ 2, tem como gráfico o semicírculo

superior de centro 𝐶(2 , 0), e raio 𝑟 = 2.

Se 𝑦 ≤ 0 então |𝑦| = −𝑦 . Assim,

|𝑦| = √4𝑥 − 𝑥 2 𝑒 𝑦 ≤ 0 ⟺ −𝑦 = √4𝑥 − 𝑥 2 ⟺


𝑦 = −√4𝑥 − 𝑥 2 , para 0 ≤ 𝑥 ≤ 4 .

Portanto, a função 𝑔(𝑥) = −√4𝑥 − 𝑥 2 , para 0 ≤ 𝑥 ≤ 4,


−2 ≤ 𝑦 ≤ 0, tem como gráfico o semicírculo inferior de centro 𝐶(2 , 0), e raio 𝑟 = 2.

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Exercício 3: Sabendo que o gráfico de cada uma dessas funções é parte de uma curva conhecida, esboce
o gráfico de cada uma delas. Explique a construção desses gráficos identificando as curvas que dão origem
aos mesmos. Desenhe essas curvas.

a) 𝑓(𝑥) = −√9 − (𝑥 + 2)2 b) 𝑔(𝑥) = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2

c) ℎ(𝑥) = −√𝑥 + 1 − 1 d) 𝑗(𝑥) = −2√1 − 𝑥 + 3

RESOLUÇÃO:

a) Vamos partir da função 𝑓(𝑥) = −√9 − (𝑥 + 2)2

Consideremos 𝑦 = −√9 − (𝑥 + 2)2 e vamos fazer algumas contas:

2
𝑦 = −√9 − (𝑥 + 2)2 ⟹ 𝑦 2 = (−√9 − (𝑥 + 2)2 ) ⟺ 𝑦 2 = 9 − (𝑥 + 2)2 ⟹

(𝑥 + 2)2 + 𝑦 2 = 9. Esta é a equação reduzida de um círculo de centro


𝐶(−2 , 0), e raio 𝑟 = 3 .
Observe do gráfico que −5 ≤ 𝑥 ≤ 1, −3 ≤ 𝑦 ≤ 3 .

Observe que,
9 − (𝑥 + 2)2 ≥ 0 ⟺ (𝑥 + 2)2 ≤ 9 ⟺ √(𝑥 + 2)2 ≤ √9 ⟺ |𝑥 + 2| ≤ 3 ⟺
−3 ≤ 𝑥 + 2 ≤ 3 ⟺ −3 − 2 ≤ 𝑥 ≤ 3 − 2 ⟺ −5 ≤ 𝑥 ≤ 1 .
Logo, −5 ≤ 𝑥 ≤ 1 para que a raiz quadrada √9 − (𝑥 + 2)2 possa ser calculada.

Observe também que como, 𝑦 = −√9 − (𝑥 + 2)2 então 𝑦 ≤ 0 .

Portanto a função 𝑓(𝑥) = −√9 − (𝑥 + 2)2 é tal que, −5 ≤ 𝑥 ≤ 1,


−3 ≤ 𝑦 ≤ 0.

O seu gráfico é o semicírculo inferior de centro 𝐶(−2 , 0), e raio

𝑟 = 3.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Vamos partir da função 𝑔(𝑥) = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2

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Consideremos 𝑦 = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2 e vamos fazer algumas contas:

𝑦 = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2 ⟹
2
(𝑦 − 2)2 = (√4 − (𝑥 − 1)2 ) ⟺

(𝑥 − 1)2 + (𝑦 − 2)2 = 4.

Esta é a equação reduzida de um círculo de centro 𝐶(1 , −2), e raio


𝑟 =2.

Observe do gráfico que 1 − 2 ≤ 𝑥 ≤ 1 + 2 , −2 − 2 ≤ 𝑦 ≤ −2 + 2 , ou seja, −1 ≤ 𝑥 ≤ 3 , −4 ≤


𝑦 ≤ 0.

Observe que,

4 − (𝑥 − 1)2 ≥ 0 ⟺ (𝑥 − 1)2 ≤ 4 ⟺ √(𝑥 − 1)2 ≤ √4 ⟺ |𝑥 − 1| ≤ 2 ⟺

−2 ≤ 𝑥 − 1 ≤ 2 ⟺ 1−2≤ 𝑥 ≤ 1+2 ⟺ −1 ≤ 𝑥 ≤ 3 .

Logo, −1 ≤ 𝑥 ≤ 3 para que a raiz quadrada √4 − (𝑥 − 1)2 possa ser calculada.

Observe também que,

𝑦 = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2 ⟺ 𝑦 + 2 = √4 − (𝑥 − 1)2 ≥ 0 ⟹ 𝑦 + 2 ≥ 0 ⟺ 𝑦 ≥ −2

Portanto a função 𝑔(𝑥) = √4 − (𝑥 − 1)2 − 2 é tal que, −1 ≤ 𝑥 ≤ 3 e −2≤𝑦 ≤0 .

O seu gráfico é o semicírculo superior de centro 𝐶(1 , −2) e raio


𝑟=2 .

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Vamos partir da função ℎ(𝑥) = −√𝑥 + 1 − 1 .

Consideremos 𝑦 = −√𝑥 + 1 − 1 e vamos fazer algumas contas:


2
𝑦 = −√𝑥 + 1 − 1 ⟹ ( 𝑦 + 1)2 = (−√𝑥 + 1 ) ⟺ ( 𝑦 + 1)2 = 𝑥 + 1 ⟺ 𝑥 + 1 = ( 𝑦 + 1)2

Esta é a equação canônica de uma parábola de vértice no ponto 𝑉(−1 , −1), concavidade voltada para
direita e tem como eixo de simetria a reta 𝑦 = −1.
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Observação: a equação na forma 𝑥 − ℎ = 𝑎(𝑦 − 𝑘)2 mostra que


o coeficiente 𝑎 = 1 > 0 e, por isso a parábola possui
concavidade voltada para a direita.
Observe que,

𝑥+1≥0 ⟺ 𝑥 ≥ −1 . Isto para que a raiz quadrada

√𝑥 + 1 possa ser calculada.

Observe também que,

𝑦 = −√𝑥 + 1 − 1 ⟺ 𝑦 + 1 = −√𝑥 + 1 ≤ 0 ⟹ 𝑦 + 1 ≤ 0 ⟺ 𝑦 ≤ −1

Portanto a função ℎ(𝑥) = −√𝑥 + 1 − 1 é tal que,

−1 ≤ 𝑥 ≤ +∞ e − ∞ ≤ 𝑦 ≤ −1

O seu gráfico é o ramo da parábola que está abaixo do eixo de


simetria. Veja abaixo.

O ponto (0 , −2) é um ponto do gráfico dessa função, como


podemos verificar:

−2 = ℎ(0) = −√0 + 1 − 1 .

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) Vamos partir da função 𝑗(𝑥) = −2√1 − 𝑥 + 3.

Consideremos 𝑦 = −2√1 − 𝑥 + 3 e vamos fazer algumas contas:


2
𝑦 = −2√1 − 𝑥 + 3 ⟹ (𝑦 − 3)2 = (−2√1 − 𝑥 ) ⟺ (𝑦 − 3)2 = 4(1 − 𝑥) ⟺
1
𝑥 − 1 = − 4 (𝑦 − 3)2

Esta é a equação canônica de uma parábola de vértice no ponto


𝑉(1 , 3), concavidade voltada para esquerda e

tem como eixo de simetria a reta 𝑦 = 3 .

Observação: a equação na forma 𝑥 − ℎ = 𝑎(𝑦 − 𝑘)2 mostra que o


1
coeficiente 𝑎 = − 4 < 0 , por isso a parábola possui concavidade
voltada para a esquerda.
Observe que,

1 − 𝑥 ≥ 0 ⟺ 𝑥 ≤ 1 . Isto para que a raiz quadrada √1 − 𝑥 possa ser calculada.

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Observe também que,

𝑦 = −2√1 − 𝑥 + 3 ⟺ 𝑦 − 3 = −2√1 − 𝑥 ≤ 0 ⟹ 𝑦 − 3 ≤ 0 ⟺ 𝑦 ≤ −3 .

Portanto a função 𝑗(𝑥) = −2√1 − 𝑥 + 3 é tal que, 𝑥 ≤


1 e 𝑦≤3 .

O seu gráfico é o ramo da parábola que está abaixo do


eixo de simetria. Veja ao lado.

O ponto (0 , 1), é um ponto do gráfico dessa função,

como podemos verificar: 𝑗(0) = −2√1 − 0 + 3 = 3 −


2√1 = 3 − 2 = 1.
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Exercício 4: Esboce os gráficos das funções listadas abaixo. Eles podem ser obtidos do gráfico de uma
função "elementar" por meio de translações horizontais e/ou translações verticais e/ou reflexões em
torno dos eixos coordenados e/ou modulações. Identifique essa função "elementar" e as transformações
ocorridas. Determine o domínio e a imagem de cada uma delas.
1
a) 𝑔(𝑥) = 2√1 − 𝑥 2 b) 𝑔(𝑥) = 2 √1 − 𝑥 2

1 2 1 1 2
c) 𝑔(𝑥) = √1 − (2𝑥)2 d) 𝑔(𝑥) = √1 − (2 𝑥) e) 𝑔(𝑥) = 2 √1 − (2 𝑥)

RESOLUÇÃO:

a) Considerando 𝑓(𝑥) = √1 − 𝑥 2 ,

𝑔(𝑥) = 2√1 − 𝑥 2 = 2𝑓(𝑥) = 2√1 − 𝑥 2

O gráfico da função 𝒇 é esticado verticalmente, com fator multiplicativo

2, para produzir o gráfico da função 𝑔(𝑥) = 2√1 − 𝑥 2 .


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Considerando 𝑓(𝑥) = √1 − 𝑥 2 ,
1
O gráfico da função 𝒇 é comprimido verticalmente, com fator multiplicativo ,
2
1
para produzir o gráfico da função 𝑔(𝑥) = 2 √1 − 𝑥 2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c) Considerando 𝑓(𝑥) = √1 − 𝑥 2 ,

𝑔(𝑥) = √1 − (2𝑥)2 = 𝑓(2𝑥) = √1 − (2𝑥)2

O gráfico da função 𝑓 é reduzido horizontalmente, com fator


1
multiplicativo 2 , para produzir o gráfico da função

𝑔(𝑥) = √1 − (2𝑥)2 .

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

d) Considerando 𝑓(𝑥) = √1 − 𝑥 2 ,

1 2 1 1 2
𝑔(𝑥) = √1 − (2 𝑥) = 𝑓 (2 𝑥) = √1 − (2 𝑥)

O gráfico da função 𝑓 é esticado horizontalmente, com fator


1
multiplicativo 1
= 2 , para produzir o gráfico da função
2

1 2
𝑔(𝑥) = √1 − (2 𝑥) .

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

e) Considerando 𝑓(𝑥) = √1 − 𝑥 2 ,

1 1 2 1 1 1 1 2
𝑔(𝑥) = 2 √1 − (2 𝑥) = 2 𝑓 (2 𝑥) = 2 √1 − (2 𝑥)

O gráfico da função 𝑓 é comprimido verticalmente,


1
com fator multiplicativo e esticado
2
1
horizontalmente, com fator multiplicativo 1
=2 ,
2

1 1 2
para produzir o gráfico da função 𝑔(𝑥) = 2 √1 − (2 𝑥) .

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Exercício 5: Complete a tabela a seguir e dê os domínios das respectivas (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥).

𝑔(𝑥) 𝑓(𝑥) (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥)

a) 𝑥−7 √𝑥 ?

𝑥 𝑥
b) ?
𝑥−1 𝑥−1

1
c) ? 𝑥
𝑥

d) ? 2𝑥 + 1 2𝑥 2 + 4𝑥 + 1

e) 𝑥 2 − 4𝑥 ? |𝑥 − 2|

RESOLUÇÃO:
a) (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 − 7) = √𝑥 − 7 .

𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = (−∞ , +∞ ). Para que √𝑥 − 7 possa ser calculada é preciso que 𝑥 − 7 ≥ 0 ,
donde 𝑥 ≥ 7 . Logo, 𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) = [7 , +∞) ⊂ (−∞ , +∞ ).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑥 𝑥
𝑥 𝑥−1 𝑥−1 𝑥
b) (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓 (𝑥−1) = 𝑥 = 1 =1=𝑥
−1
𝑥−1 𝑥−1

𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {1} , pois o denominador 𝑥 − 1 da função 𝑔 dever ser diferente de zero.


𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {1} . Como a expressão de 𝑓 ∘ 𝑔 , não exige restrições, então
𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {1}.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
c) Temos que (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑥 e 𝑔(𝑥) = 𝑥
1
Assim, 𝑥 = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓 (𝑥 ) .

1 1 1 1
Portanto 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 . Fazendo = 𝑧, temos que 𝑥 = 𝑧 . Assim 𝑓(𝑧 ) = 𝑧.
𝑥

1
Como a variável usada na lei de formação não importa, podemos trocar 𝑧 por 𝑥 e assim, 𝑓(𝑥 ) = 𝑥.

𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {0} , pois o denominador 𝑥 da função 𝑔 dever ser diferente de zero.

𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {0} . Como a expressão de 𝑓 ∘ 𝑔 , não exige restrições, então


𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) = 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {0}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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d) Temos que (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 2𝑥 2 + 4𝑥 + 1 e 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1


Assim,
(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 2𝑔(𝑥) + 1 ⟹ 2𝑥 2 + 4𝑥 + 1 = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 2𝑔(𝑥) + 1 ⟹
2𝑥 2 + 4𝑥 = 2𝑔(𝑥) ⟹ 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 + 2𝑥 .
De fato, conferindo: (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 2 + 2𝑥 ) = 2(𝑥 2 + 2𝑥) + 1 = 2𝑥 2 + 4𝑥 + 1 .
𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ , pois 𝑔 é um polinômio.
𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ .
Como a expressão de 𝑓 ∘ 𝑔 , não exige restrições, pois 𝑓 ∘ 𝑔 é um polinômio, então
𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) = 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) Temos que (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = |𝑥 − 2 | 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 .
Assim, |𝑥 − 2 | = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 2 − 4𝑥).

Portanto, 𝑓(𝑥 2 − 4𝑥) = |𝑥 − 2 | = √(𝑥 − 2)2 = √𝑥 2 − 4𝑥 + 4 .


Fazendo 𝑧 = 𝑥 2 − 4𝑥 , temos 𝑓(𝑧) = √𝑧 + 4 .

Uma solução alternativa:

Temos que (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = |𝑥 − 2 | 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 .


Assim, |𝑥 − 2 | = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 2 − 4𝑥).
Fazendo 𝑧 = 𝑥 2 − 4𝑥 , temos que 𝑓(𝑧) = |𝑥 − 2 | . Da equação 𝑥 2 − 4𝑥 = 𝑧 , segue que:

𝑥 2 − 4𝑥 = 𝑧 ⟺ 𝑥 2 − 4𝑥 + 4 = 𝑧 + 4 ⟺ (𝑥 − 2)2 = 𝑧 + 4 ⟺ √(𝑥 − 2)2 = √𝑧 + 4 ⟺


|𝑥 − 2 | = √𝑧 + 4 .
Logo, como 𝑓(𝑧) = |𝑥 − 2 | conclui-se que 𝑓(𝑧) = √𝑧 + 4 .
Como a variável usada na lei de formação não importa, podemos trocar 𝑧 por 𝑥 e assim,
𝑓(𝑥) = √𝑥 + 4 .
𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ , pois 𝑔 é um polinômio.
𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ .
Como a expressão de 𝑓 ∘ 𝑔 , não exige restrições, então 𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) = 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ .
_____________________________________________________________________________________
Exercício 6: Para cada uma das funções abaixo, escreva 𝑗(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) , com 𝑓 e 𝑔 diferentes da
identidade.
2
1
a) 𝑗(𝑥) = (1 + 𝑥 4 )3 b) 𝑗(𝑥) = 5
√𝑥−𝑥 3

c) 𝑗(𝑥) = |𝑥 − 4 | − 1 d) 𝑗(𝑥) = 𝑥 2 + |𝑥 | − 6

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RESOLUÇÃO:
2 2
a) Se 𝑗(𝑥) = (1 + 𝑥 4 )3 então 𝑔(𝑥) = 1 + 𝑥 4 e 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 . De fato:
2
𝑗(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(1 + 𝑥 4 ) = (1 + 𝑥 4 )3 .
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 1
b) Se 𝑗(𝑥) = 5 então 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 𝑥 3 e 𝑓(𝑥) = 5 . De fato:
√𝑥−𝑥 3 √𝑥
1
𝑗(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 − 𝑥 3 ) = 5 .
√𝑥 − 𝑥 3
5 1
Outra possível escolha de 𝑓 e 𝑔 é: 𝑔(𝑥) = √𝑥 − 𝑥 3 e 𝑓(𝑥) = 𝑥. De fato:

5 1
(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓( √𝑥 − 𝑥 3 ) = 5
√𝑥−𝑥 3

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Se 𝑗(𝑥) = |𝑥 − 4 | − 1 então 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 𝑥 4 e 𝑓(𝑥) = |𝑥 | − 1 . De fato:

(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 − 4) = |𝑥 − 4 | − 1 .

Outra possível escolha de 𝑓 e 𝑔 é: 𝑔(𝑥) = |𝑥 − 4| e 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1. De fato:

(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(|𝑥 − 4|) = |𝑥 − 4| − 1.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Se 𝑗(𝑥) = 𝑥 2 + |𝑥 | − 6 então 𝑔(𝑥) = |𝑥 | e 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 𝑥 − 6 . De fato:

𝑗(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(|𝑥|) = |𝑥|2 + |𝑥| − 6 = 𝑥 2 + |𝑥| − 6 .

Lembre que |𝑥|2 = |𝑥| ∙ |𝑥| = |𝑥 2 | = 𝑥 2 , pois 𝑥 2 ≥ 0 .

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Exercício 7:
2𝑥−1 1
I) Sejam 𝑓(𝑥) = e 𝑔(𝑥) =
𝑥+1 𝑥−1

a) Encontre 𝑓 ∘ 𝑔 e 𝑔 ∘ 𝑓
3−𝑥
b) O domínio natural da função ℎ(𝑥) = é o mesmo da função 𝑓 ∘ 𝑔 ? Explique.
𝑥

II) Sejam 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1 e 𝑔(𝑥) = 5 ∙ (𝑔 ∘ 𝑓 )(𝑥) . Se 𝑔(1) = 2 , obtenha os valores de:

a) 𝑔(2) b) 𝑔(3) c) 𝑔(0) d) 𝑔(−1).

e) Conhecendo os valores de 𝑔(3) , 𝑔(2) , 𝑔(1) , 𝑔(0) , 𝑔(−1), você é capaz de intuir uma
fórmula para 𝑔(𝑛) , ∀ 𝑛 ∈ ℤ ?

Nesse momento do curso, você ainda não pode provar uma lei para 𝑔(𝑛) , ∀ 𝑛 ∈ ℤ , mas é importante
tentar fazer uma conjectura, uma proposta, já é um primeiro passo.
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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

RESOLUÇÃO:

I)
a)
1 2 2 − (𝑥 − 1) 3−𝑥
1 2( )−1 −1
(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓 ( )= 𝑥 − 1 = 𝑥 − 1 = 𝑥 − 1 −1 = 3−𝑥
= 𝑥𝑥
𝑥−1 1 1 1 + (𝑥 − 1) 𝑥
+1 +1 𝑥−1
𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1

𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {1} , pois o denominador 𝑥 − 1 da função 𝑔 deve ser diferente de zero.

𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {1}.

A lei de formação da função 𝑓 ∘ 𝑔 exige que 𝑥 ≠ 0.

Portanto, 𝐷𝑜𝑚(𝑓 ∘ 𝑔) = ℝ − {0 , 1} .

2𝑥 − 1 1 1 1 𝑥+1
(𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔 ( )= = = =
𝑥+1 2𝑥 − 1 2𝑥 − 1 − (𝑥 + 1) 𝑥−2 𝑥−2
𝑥+1 −1 𝑥+1 +1 𝑥+1

𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−1} , pois o denominador 𝑥 + 1 da função 𝑓 deve ser diferente de zero.

𝐷𝑜𝑚(𝑔 ∘ 𝑓) ⊆ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−1}.

A lei de formação da função 𝑔 ∘ 𝑓 exige que 𝑥 ≠ 2.

𝐷𝑜𝑚(𝑔 ∘ 𝑓) = ℝ − {−1 , 2}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) Temos que 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = ℝ − { 0} , pois a variável 𝑥 do denominador da função ℎ não pode ser zero
3−𝑥
Portanto, o domínio natural da função ℎ(𝑥) = 𝑥 não é o mesmo da função 𝑓 ∘ 𝑔 , que é ℝ − { 0} ,
como justificamos no item a) acima.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
II) Sejam 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1 e 𝑔(𝑥) = 5 ∙ (𝑔 ∘ 𝑓 )(𝑥) .
Logo, 𝑔(𝑥) = 5 ∙ (𝑔 ∘ 𝑓 )(𝑥) ⟹ 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑓(𝑥)) ⟹ 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1) .
a) Fazendo 𝑥 = 2 na igualdade 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1) , temos que:
𝑔(2) = 5 ∙ 𝑔(2 − 1) ⟹ 𝑔(2) = 5 ∙ 𝑔(1).
Como 𝑔(1) = 2 , então 𝑔(2) = 5 ∙ 𝑔(1) = 5 × 2 = 2 × 5. Logo, 𝒈(𝟐) = 𝟐 × 𝟓.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Fazendo 𝑥 = 3 na igualdade 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1) , temos que:
𝑔(3) = 5 ∙ 𝑔(3 − 1) ⟹ 𝑔(3) = 5 ∙ 𝑔(2).
Como pelo item (a) 𝑔(2) = 10, então 𝑔(3) = 5 ∙ 𝑔(2) = 5 × 10 = 2 × 5 × 5 = 2 × 52 . Logo,
𝒈(𝟑) = 𝟐 × 𝟓𝟐 .
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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c) Para calcular 𝑔(0) , vamos fazer 𝑥 = 1 na igualdade 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1).


Assim,
1
𝑔(1) = 5 ∙ 𝑔(1 − 1) ⟹ 𝑔(1) = 5 ∙ 𝑔(0) ⟹ 𝑔(0) = 5 ∙ 𝑔(1) . Como por hipótese, 𝑔(1) = 2 ,
1 2
então 𝑔(0) = 5 × 2 = 5 = 2 × 5−1 . Assim, 𝒈(𝟎) = 𝟐 × 𝟓−𝟏 .

OBSERVE que:
Se para calcular 𝑔(0) tivéssemos feito 𝑥 = 0 na igualdade 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1) teríamos encontrado
𝑔(0) = 5 ∙ 𝑔(−1) e não teria resolvido o problema porque ainda não temos o valor 𝑔(−1).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Para calcular 𝑔(−1) , vamos fazer 𝑥 = 0 na igualdade 𝑔(𝑥) = 5 ∙ 𝑔(𝑥 − 1).
Assim,
1 2
𝑔(0) = 5 ∙ 𝑔(0 − 1) ⟹ 𝑔(0) = 5 ∙ 𝑔(−1) ⟹ 𝑔(−1) = 5 ∙ 𝑔(0) . Como pelo item c), 𝑔(0) = 5 ,

1 1 2 2
então 𝑔(−1) = ∙ 𝑔(0) = × = = 2 × 5−2. Assim, 𝒈(−𝟏) = 𝟐 × 𝟓−𝟐 .
5 5 5 52

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) Observemos os seguintes valores da função 𝑔 :
𝑔(3) = 2 × 52 , 𝑔(2) = 2 × 5 , 𝑔(1) = 2 = 2 × 50 , 𝑔(0) = 2 × 5−1 , 𝑔(−1) = 2 × 5−2 .
Assim, a nossa conjectura, a nossa suposição é que 𝑔(𝑛) = 2 × 5𝑛−1 , ∀ 𝑛 ∈ ℤ .
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Exercício 8: Considere as funções:

−𝑥 + 1 , 𝑠𝑒 𝑥 < 1 −√−𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0


𝑓(𝑥) = { 𝑔(𝑥) = {
−(𝑥 − 1)2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 1 𝑥+2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0

a) Encontre as expressões das funções ℎ(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) e 𝑗(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) .


b) Esboce os gráficos de 𝑓 , 𝑔 , 𝑓 ∘ 𝑔 , 𝑔 ∘ 𝑓 .

RESOLUÇÃO:

a) Vamos encontrar a expressão de ℎ(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥).


Para iniciar a composição, temos que começar a observar os valores de 𝑥 na partição do domínio da
função 𝑔 , a função que inicia a composição:
▪ Se 𝑥 < 0 :
ℎ(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(−√−𝑥 ) = −(−√−𝑥 ) + 1 = √−𝑥 + 1 , pois se 𝑥 < 0,
então −𝑥 > 0 , podemos calcular √−𝑥 e também −√−𝑥 < 0 . Logo, −√−𝑥 < 0 < 1 .
▪ Se 𝑥 > 0 :
2
ℎ(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 + 2 ) = −((𝑥 + 2) − 1) = −(𝑥 + 1)2 , pois se 𝑥 > 0 ,
então 𝑥 + 2 > 2 > 1

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▪ Se 𝑥 = 0:

ℎ(0) = (𝑓 ∘ 𝑔)(0) = 𝑓(𝑔(0)) = 𝑓(0 + 2) = 𝑓(2) = −(2 − 1)2 = −1 . Logo,

−𝑥 + 1 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0
Assim, ℎ(𝑥) = (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = { √ 2
−(𝑥 + 1) , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Para iniciar a composição, temos que começar a observar os valores de x na partição do domínio da
função 𝑓 , a função que inicia a composição

▪ Se 𝑥 < 1 :
𝑗(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(−𝑥 + 1) = (−𝑥 + 1) + 2 = −𝑥 + 3 , pois se 𝑥 < 1 então

−𝑥 > −1 , donde, −𝑥 + 1 > 0 e temos que usar a lei de formação da função 𝑔 para valores
positivos.

▪ Se 𝑥 > 1:

𝑗(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(−(𝑥 − 1)2 ) = − √−(−(𝑥 − 1)2 ) = −√(𝑥 − 1)2

= −|𝑥 − 1| , pois como (𝑥 − 1)2 > 0 , então −(𝑥 − 1)2 < 0 e temos que usar a lei de
formação da função 𝑔 para valores negativos.

▪ Se 𝑥 = 1:
𝑗(1) = (𝑔 ∘ 𝑓)(1) = 𝑔(𝑓(1)) = 𝑔(0) = 0 + 2 = 2 . Logo,
−𝑥 + 3 , 𝑠𝑒 𝑥 < 1
𝑗(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = { 2 , 𝑠𝑒 𝑥 = 1 ⟹
−|𝑥 − 1| , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
−𝑥 + 3 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
𝑗(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = {
−|𝑥 − 1| , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Vamos esboçar os gráficos:

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EP 05 – 2018-2 – Função Parte de Círculo ou Parábola – Função Composta – Gabarito Pré-Cálculo

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Exercício 9:
Use os gráficos das funções 𝑓 e 𝑔 dados a seguir e determine o valor de cada uma das expressões
apresentadas nos itens abaixo. Justifique sempre que não for possível determinar algum desses valores.

a) (𝑓 ∘ 𝑔)(2) b) (𝑓 ∘ 𝑔)(0)

c) 𝑔(𝑓(3)) d) (𝑔 ∘ 𝑓)(5)

e) 𝑔(𝑔(−2)) f) 𝑓(𝑓(5))

RESOLUÇÃO:

As informações para resolver os itens acima serão


encontradas nos gráficos das funções 𝑓 e 𝑔 ao lado.
Dado um valor para a abscissa 𝑥 é só procurar a
ordenada 𝑓(𝑥) ou 𝑔(𝑥) correspondente, conforme
seja o caso e se existir, é claro!

a) (𝑓 ∘ 𝑔)(2) = 𝑓(𝑔(2)) = 𝑓(0) = 3

b) (𝑓 ∘ 𝑔)(0) = 𝑓(𝑔(0)) = 𝑓(2) = 4

c) 𝑔(𝑓(3)) = 𝑔(3) = −1

d) (𝑔 ∘ 𝑓)(5) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(−5). Como 𝑥 = −5 ∉ 𝐷𝑜𝑚(𝑔) , então (𝑔 ∘ 𝑓)(5) não pode ser
calculada.

e) 𝑔(𝑔(−2)) = 𝑔(4) = −2

f) 𝑓(𝑓(5)) = 𝑓(−5) . Como 𝑥 = −5 ∉ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) , então ( f  f ) (5 ) não pode ser calculada.

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo
Profa. Maria Lúcia Campos
Profa. Marlene Dieguez
Gabarito EP 06
Pré-Cálculo
____________________________________________________________________________
Exercício 1:
Dê o ponto simétrico dos pontos: I) 𝑃(1, 4) II) 𝑄(−2, 3) em relação:
a) ao eixo 𝑥 b) ao eixo 𝑦 c) à origem d) à reta 𝑦 = 𝑥.
RESOLUÇÃO:

I) 𝑃(1,4)
a) O ponto simétrico do ponto 𝑃(1, 4) em
relação ao eixo 𝑥 é o ponto (1, −4).
b) O ponto simétrico do ponto 𝑃( 1, 4) em
relação ao eixo 𝑦 é o ponto (−1, 4).
c) O ponto simétrico do ponto 𝑃( 1, 4) em
relação à origem é o ponto (−1, −4).

d) O ponto simétrico do ponto 𝑃(1, 4) em


relação à reta 𝑦 = 𝑥 é o ponto (4, 1).

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
II) 𝑄(−2, 3)
a) O ponto simétrico do ponto 𝑄(−2, 3) em relação ao
eixo 𝑥 , é o ponto (−2, −3).
b) O ponto simétrico do ponto 𝑄(−2, 3) em relação ao
eixo 𝑦 é o ponto (2, 3).
c) O ponto simétrico do ponto 𝑄(−2, 3) em relação à
origem é o ponto (2, −3).

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo

d) O ponto simétrico do ponto 𝑄(−2, 3) em relação à reta


y  x é o ponto (3, −2).

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Exercício 2:
1
a) Se o ponto (− 7 , −√3) estiver no gráfico de uma função par, 𝑓, que outro ponto também deverá
estar no gráfico?
b) E se este ponto estiver no gráfico de uma função ímpar, 𝑔, que outro ponto também deverá estar no
gráfico?
RESOLUÇÃO:
1 1 1
a) Se a função f é par então 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) . Logo, 𝑓 (7) = 𝑓 (− 7) . Como (− 7 , −√3) está no
1 1
gráfico da função f , então 𝑓 (− 7) = −√3 . Concluímos então, que o par ordenado (− 7 , −√3)
também está no gráfico da função par, 𝑓.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 1
b) Se a função 𝑔 é ímpar então 𝑔(−𝑥) = −𝑔(𝑥). Logo, 𝑔 (7) = −𝑔 (− 7) = −(−√3) = √3 donde
𝟏
concluímos, que o par ordenado (𝟕 , √𝟑) também está no gráfico da função ímpar, 𝑔.
_____________________________________________________________________________________

Exercício 3:
Uma função 𝑓 tem domínio [−𝑥6 , 𝑥6 ] e a
parte do seu gráfico para x  [ 0 , x6 ] 𝑥 ∈
[0, 𝑥6 ] está mostrada ao lado.

a) Complete o gráfico de 𝑓 supondo que ela é uma função par e 𝑓(0) = 𝑦1.
b) Complete o gráfico de 𝑓 supondo que ela é uma função ímpar e 0 ∉ 𝑑𝑜𝑚 (𝑓).

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo

RESOLUÇÃO:
a) Sabendo que 𝑓 é uma função par, para completar o gráfico de 𝑓, basta refletir a parte dada, com
relação ao eixo 𝑦.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Sabendo que 𝑓 é uma função ímpar para completar o gráfico de 𝑓 , basta refletir a parte dada com
relação à origem.
Observe que esta função ímpar apresenta um "salto" em 𝑥 = 0. Note que os pontos (0, 𝑦1 ) e (0, −𝑦1 )
NÃO pertencem ao seu gráfico, já que 0 ∉ 𝑑𝑜𝑚 (𝑓).

Observe que:
A reflexão em relação à origem corresponde a uma reflexão no eixo 𝑦 seguida de uma reflexão no eixo 𝑥 ,
pois:
(𝑥, 𝑦) → (−𝑥, 𝑦) → (−𝑥, −𝑦)
𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑦 𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑥
____________________________________________________________________________
Exercício 4: Nas funções a seguir, dê a sua paridade, ou seja, determine as que são pares, as que são
ímpares e, nos casos em que a função não for nem par nem ímpar, escreva-a como uma soma de uma
função par com uma função ímpar.

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo
1
a) 𝑓(𝑥) = 5𝑥 7 − 3𝑥 4 + 4 𝑥 3 + 7𝑥 − 6 b) 𝑔(𝑥) = √2|𝑥| − 𝑥 4
2𝑥 3 𝑥
c) ℎ(𝑥) = 1−𝑥 2 d) 𝑗(𝑥) = 1+𝑥 2 + 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1
e) 𝑘(𝑥) = 5 − 𝑥 3 √1 + 𝑥 4 f) 𝑙(𝑥) = √𝑥 − 4
3 4
5 5
g) 𝑚(𝑥) = 𝑥 = √𝑥 35 h) 𝑛(𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 4
3
4
i) 𝑜(𝑥) = 𝑥 4 = √𝑥 3
RESOLUÇÃO:
a) 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ. ℝ é um conjunto simétrico em relação à origem da reta numérica.
1
A função 𝑓(𝑥) = 5𝑥 7 − 3𝑥 4 + 4 𝑥 3 + 7𝑥 − 6 é um polinômio e como apresenta monômios de grau par
e monômios de grau ímpar não é uma função par nem ímpar.
1 1 1 85
𝑓(−1) = 5(−1)7 − 3(−1)4 + 4 (−1)3 + 7(−1) − 6 = −5 − 3 − 4 − 7 − 6 = −21 − 4 = − 4
7 4 1 1 1 13
𝑓(1) = 5(1) − 3(1) + 4 (1)3 + 7(1) − 6 = 5 − 3 + 4 + 7 − 6 = 3 + 4 = 4
Logo, como 𝑓(−1) ≠ 𝑓(1), 𝑓 não é par, e como 𝑓(−1) ≠ −𝑓(1), 𝑓 não é ímpar.
Portanto vamos escrevê-la como a soma de uma função par com uma função ímpar.
Defina,
1
𝑓𝑖 (𝑥) = 5𝑥 7 + 4 𝑥 3 + 7𝑥 e 𝑓𝑝 (𝑥) = −3𝑥 4 − 6
1 1 1
Como 𝑓𝑖 (−𝑥) = 5(−𝑥)7 + 4 (−𝑥)3 + 7(−𝑥) = −𝑥 7 − 4 𝑥 3 − 7𝑥 = − (5𝑥 7 + 4 𝑥 3 + 7𝑥) = −𝑓𝑖 (𝑥),
então 𝑓𝑖 é uma função ímpar.
Como 𝑓𝑝 (−𝑥) = −3(−𝑥)4 − 6 = −3𝑥 4 − 6 = 𝑓𝑝 (𝑥), então 𝑓𝑝 é uma função par.
Portanto,
1 1
𝑓(𝑥) = 5𝑥 7 − 3𝑥 4 + 4 𝑥 3 + 7𝑥 − 6 = (5𝑥 7 + 4 𝑥 3 + 7𝑥) + (−3𝑥 4 − 6) = 𝑓𝑖 (𝑥) + 𝑓𝑝 (𝑥).

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Seja 𝑔(𝑥) = √2|𝑥| − 𝑥 4 . 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ , pois 2|𝑥| ≥ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ . ℝ é um conjunto simétrico em
relação à origem da reta numérica.
Como |−𝑥| = |𝑥| e (−𝑥)4 = 𝑥 4 , temos que,
𝑔(−𝑥) = √2| − 𝑥| − (−𝑥)4 = √2|𝑥| − 𝑥 4 = 𝑔(𝑥).
Donde, a função 𝑔 é uma função par.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2𝑥 3
c) Seja ℎ(𝑥) = 1−𝑥 2 . Como o denominador deve ser diferente de zero, então, 1 − 𝑥 2 ≠ 0 donde, 𝑥 ≠
−1, portanto 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = ℝ − {−1, 1}, que é um subconjunto simétrico em relação à origem da reta
numérica.
Sendo (−𝑥)2 = 𝑥 2 e (−𝑥)3 = −(𝑥)3 , então,
2(−𝑥)3 −2𝑥 3 −2(𝑥)3 2(𝑥)3
(−𝑥) = = 1−𝑥 2 = 1−(𝑥)2 = − 1−(𝑥)2 = −ℎ(𝑥).
1−(−𝑥)2

Donde, a função ℎ é uma função ímpar.


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo
𝑥
d) Seja 𝑗(𝑥) = 1+𝑥 2 + 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1 . Para que a raiz quadrada √𝑥 2 − 1 possa ser calculada, é preciso
que 𝑥 2 − 1 ≥ 0 logo 𝑥 ≤ −1 ou 𝑥 ≥ 1. Portanto 𝐷𝑜𝑚(𝑗) = (−∞, −1] ∪ [1, ∞), que é um subconjunto
simétrico em relação à origem da reta numérica.
−𝑥 −𝑥 𝑥
𝑗(𝑥) = 1+(−𝑥)2 + (−𝑥)6 + √(−𝑥)2 − 1 = 1+𝑥 2 + 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1 = − 1+𝑥 2 + 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1.

Esta equação mostra que a função j não é par nem ímpar. Portanto vamos escrevê-la como a soma de
uma função par com uma função ímpar.
Defina:
𝑥
𝑗𝑖 (𝑥) = 1+𝑥 2 e 𝑗𝑝 (𝑥) = 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1
Vemos que,
−𝑥 −𝑥 𝑥
𝑗𝑖 (−𝑥) = 1+(−𝑥)2 = 1+𝑥 2 = − 1+𝑥 2 = −𝑗𝑖 (𝑥), donde concluímos que a função 𝑗𝑖 é uma função ímpar e

𝑗𝑝 (−𝑥) = (−𝑥)6 + √(−𝑥)2 − 1 = 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1 = 𝑗𝑝 (𝑥), donde concluímos que a função 𝑗𝑝 é uma


função par.
Portanto,
𝑥 𝑥
𝑗(𝑥) = 1+𝑥 2 + 𝑥 6 + √𝑥 2 − 1 = (1+𝑥 2 ) + (𝑥 6 + √𝑥 2 − 1) = 𝑗𝑖 (𝑥) + 𝑗𝑝 (𝑥).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) Seja 𝑘(𝑥) = 5 − 𝑥 3 √1 + 𝑥 4 . 𝐷𝑜𝑚(𝑘) = ℝ , pois 1 + 𝑥 4 ≥ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ. ℝ é um conjunto simétrico
em relação à origem da reta numérica.

𝑘(𝑥) = 5 − (−𝑥)3 √1 + (−𝑥)4 = 5 + 𝑥 3 √1 + 𝑥 4 .


Esta equação mostra que a função 𝑘 não é par nem ímpar. Portanto vamos escrevê-la como a soma de
uma função par com uma função ímpar. Lembre-se que essa decomposição é única.
Embora, depois dos exemplos feitos acima, não seja difícil descobrir a decomposição da função k como
a soma de uma função par com uma função ímpar, vamos nesse exemplo, usar o fato lembrado no início
desse EP que diz,
𝑘(𝑥)+𝑘(−𝑥) 𝑘(𝑥)−𝑘(−𝑥)
𝑘(𝑥) = + = 𝑘𝑝 (𝑥) + 𝑘𝑖 (𝑥)
2 2

Assim,
𝑘(𝑥)+𝑘(−𝑥) (5−𝑥 3 √1+𝑥4 )+(5+𝑥 3 √1+𝑥4 ) 10
𝑘𝑝 (𝑥) = = = = 5.
2 2 2
𝑘(𝑥)−𝑘(−𝑥) (5−𝑥 3 √1+𝑥4 )−(5+𝑥 3 √1+𝑥 4 )
𝑘𝑖 (𝑥) = = = −𝑥 3 √1 + 𝑥 4 .
2 2

Portanto,
𝑘(𝑥) = 5 − 𝑥 3 √1 + 𝑥 4 = 5 + (−𝑥 3 √1 + 𝑥 4 ) = 𝑘𝑝 (𝑥) + 𝑘𝑖 (𝑥).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) 𝑙(𝑥) = √𝑥 − 4
Para que a raiz quadrada √𝑥 − 4 possa ser calculada, é preciso que 𝑥 − 4 ≥ 0, logo 𝑥 ≥ 4 . Portanto
𝐷𝑜𝑚(𝑙) = [4, ∞), que não é um subconjunto simétrico em relação à origem da reta numérica. Portanto
𝑙(𝑥) = √𝑥 − 4 não pode ser analisada para função par, nem para função ímpar, nem ser escrita como
soma de uma função par com uma função ímpar.
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
5
g) 𝑚(𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 3
5
A raiz √𝑥 3 pode ser calculada para ∀𝑥 ∈ ℝ, pois é uma raiz de índice ímpar. Logo 𝐷𝑜𝑚(𝑚(𝑥)) = ℝ. ℝ
é um conjunto simétrico em relação à origem da reta numérica.
3 3
5 5 5 5
𝑚(−𝑥) = (−𝑥)5 = √(−𝑥)3 = √−𝑥 3 = − √𝑥 3 = −𝑚(𝑥) . Portanto, 𝑚(𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 3 é uma função
ímpar.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4
5
h) 𝑛(𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 4
5
A raiz √𝑥 4 pode ser calculada para ∀𝑥 ∈ ℝ , pois é uma raiz de índice ímpar. Logo 𝐷𝑜𝑚(𝑛(𝑥)) = ℝ. ℝ
é um conjunto simétrico em relação à origem da reta numérica.
4 4
5 5 5
𝑛(−𝑥) = (−𝑥)5 = √(−𝑥)4 = √𝑥 4 = 𝑛(𝑥) . Portanto, 𝑛(𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 4 é uma função par.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
4
i) 𝑜(𝑥) = 𝑥 4 = √𝑥 3 .
4
Para que a raiz √𝑥 3 possa ser calculada, é preciso que 𝑥 3 ≥ 0 ⟹ 𝑥 ≥ 0, pois é uma raiz de índice par.
Logo 𝐷𝑜𝑚(𝑜(𝑥)) = [0, ∞), que não é um subconjunto simétrico em relação à origem da reta numérica.
3
4
Portanto 𝑜(𝑥) = 𝑥 4 = √𝑥 3 não pode ser analisada para função par, nem para função ímpar, nem ser
escrita como soma de uma função par com uma função ímpar..
____________________________________________________________________________

Exercício 5: As figuras a seguir representam gráficos de funções. Identifique entre elas aquelas que
representam gráficos de funções invertíveis e, nestes casos, esboce sobre a própria figura o gráfico da
função inversa
Gráfico de 𝑓 Gráfico de 𝑔

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Gráfico de ℎ Gráfico de 𝑗

RESOLUÇÃO:
A única função que não é invertível é a função 𝑗, pois ela não é uma função um a um. Basta observar que
ela não satisfaz o Teste da Reta Horizontal.
As funções 𝑓, 𝑔, ℎ satisfazem o Teste da Reta Horizontal e são portanto funções um a um e
consequentemente, invertíveis.
Vamos esboçar os gráficos dessas funções e das suas inversas no mesmo sistema de coordenadas.

Gráfico de 𝑓 e 𝑓 −1 Gráfico d 𝑔 e 𝑔−1

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Gráfico de ℎ e ℎ−1

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Exercício 6: As funções a seguir são invertíveis. Em cada caso, determine a função inversa, dando o
domínio, a imagem e a lei de formação. Em cada caso, esboce os gráficos da função, da sua inversa, da
reta y  x usando o mesmo sistema de coordenadas.

a) 𝑔: ℝ − {1} ⟶ ℝ − {1} b) : [−4, +∞) ⟶ [−3, ∞) c) ℎ: ℝ ⟶ ℝ


𝑥+1
𝑥 ⟼ 𝑥 ⟼ √𝑥 + 4 − 3 𝑥 ⟼ 𝑥3 − 1
𝑥−1

RESOLUÇÃO:
𝑥+1
a) Seja 𝑔(𝑥) = 𝑥−1
𝑥+1
Escrevemos a equação 𝑦 = 𝑥−1 e resolvemos essa equação para 𝑥:
𝑥+1
𝑦 = 𝑥−1 ⟹ 𝑦(𝑥 − 1) = 𝑥 + 1 ⟹ 𝑦𝑥 − 𝑦 = 𝑥 + 1 ⟹ 𝑦𝑥 − 𝑥 = 1 + 𝑦 ⟹
1+𝑦
⟹ 𝑥(𝑦 − 1) = 1 + 𝑦 ⟹ 𝑥 = 𝑦−1
𝑥+1
Trocando 𝑥 por 𝑦 temos 𝑦 = 𝑥−1 .
𝑥+1
Logo, 𝑔−1 (𝑥) = 𝑥−1 = 𝑔(𝑥) e 𝑔−1 : ℝ − {1} ⟶ ℝ − {1}
Vamos esboçar os gráficos de 𝑦 = 𝑔(𝑥) e 𝑔−1 (𝑥) no mesmo sistema de coordenadas:
𝑥+1
Para construir o gráfico de 𝑦 = 𝑥−1 precisamos simplificar a expressão, fazendo uma divisão de

polinômios ou somando e subtraindo 1 no numerador, com a intenção de simplificar até chegar a uma
expressão que possamos reconhecer como uma transformação sobre uma função elementar cujo gráfico
conhecemos. Façamos isso,
𝑥+1 𝑥−1+1+1 𝑥−1+2 𝑥−1 2 2
𝑦= = = = + = 1+
𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1 𝑥−1
O gráfico dessa função pode ser obtido pela seguinte sequência de transformações em gráficos:

1 (1) 2 (2) 2 (3) 2


𝑦= → 𝑦= → 𝑦= → 𝑦 =1+
𝑥 𝑥 𝑥−1 𝑥−1
1
(1) Esticamento do gráfico da função elementar 𝑦 = por
𝑥
um fator multiplicativo 2.
(2) Translação horizontal de 1 unidade para a direita do
2
gráfico de 𝑦 = 𝑥 .
(3) Translação vertical de 1 unidade para cima do gráfico de
2
𝑦 = 𝑥−1 .

𝑥+1
OBSERVE: Já vimos anteriormente que 𝑔−1 (𝑥) = 𝑥−1 = 𝑔(𝑥). Se tivéssemos iniciado o exercício
esboçando o gráfico de 𝑔, poderíamos tirar essa conclusão do próprio gráfico, já que o gráfico de 𝑔 é
simétrico em relação à reta y  x 𝑦 = 𝑥.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Seja 𝑟(𝑥) = √𝑥 + 4 − 3.
Escrevemos a equação 𝑦 = √𝑥 + 4 − 3 e resolvemos essa equação para 𝑥 :
𝑦 = √𝑥 + 4 − 3 ⟹ 𝑦 + 3 = √𝑥 + 4 ⟹ (𝑦 + 3)2 = 𝑥 + 4 ⟹ 𝑥 = (𝑦 + 3)2 − 3
Trocando 𝑥 por 𝑦 temos 𝑦 = (𝑥 + 3)2 − 3.
Logo, 𝑟 −1 (𝑥) = (𝑥 + 3)2 − 3 e 𝑟 −1 : [−3, +∞) ⟶ [−4, +∞).
Esboçando os gráficos de 𝑦 = 𝑟(𝑥) = √𝑥 + 4 − 3 e 𝑦 = 𝑟 −1(𝑥) = (𝑥 + 3)2 − 3 no mesmo sistema
de coordenadas:

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Seja ℎ(𝑥) = 𝑥 3 − 1.
Escrevemos a equação 𝑦 = 𝑥 3 − 1 e resolvemos essa equação para 𝑥:
𝑦 = 𝑥3 − 1 ⟹ 𝑦 + 1 = 𝑥3 𝑥 = 3√𝑦 + 1.
3
Trocando 𝑥 por 𝑦 temos 𝑦 = √𝑥 + 1.
3
Logo, ℎ−1 (𝑥) = √𝑥 + 1 e ℎ−1 : ℝ ⟶ ℝ

Esboçando os gráficos de
3
𝑦 = ℎ(𝑥) = 𝑥 3 − 1 e 𝑦 = ℎ−1 (𝑥) = √𝑥 + 1
no mesmo sistema de coordenadas:

_____________________________________________________________________________________
Exercício 7: Seja 𝑓: (−∞, 0] ⟶ [1, +∞)
𝑥 ⟼ 𝑥2 + 1

a) Determine a inversa 𝑓 −1 e verifique que (𝑓 ∘ 𝑓 −1 )(𝑥) = (𝑓 −1 ∘ 𝑓)(𝑥).


b) Esboce os gráficos de 𝑓, 𝑓 −1 , 𝑦 = 𝑥 usando o mesmo sistema de coordenadas.

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RESOLUÇÃO:

Sabemos que 𝐷𝑜𝑚(𝑓 −1 ) = 𝐼𝑚(𝑓) e 𝐼𝑚(𝑓 −1 ) = 𝐷𝑜𝑚(𝑓), portanto:


𝐷𝑜𝑚(𝑓 −1 ) = [1, +∞) e 𝐼𝑚(𝑓 −1 ) = (−∞, 0].
Escrevemos 𝑦 = 𝑥 2 + 1 e resolvemos essa equação para 𝑥:

𝑦 = 𝑥2 + 1 ⟹ 𝑥2 = 𝑦 − 1 ⟹ √𝑥 2 = √𝑦 − 1 ⟹ |𝑥| = √𝑦 − 1

⟹ 𝑥 = √𝑦 − 1 ou 𝑥 = −√𝑦 − 1.

Trocando 𝑥 por 𝑦 temos 𝑦 = √𝑥 − 1 ou 𝑦 = −√𝑥 − 1.


Como 𝐼𝑚(𝑓 −1 ) = (−∞, 0] então 𝑦 ≤ 0 e assim a função inversa de 𝑓
será 𝑦 = 𝑓 −1 (𝑥) = −√𝑥 − 1 , que é um número negativo ou nulo.

Vamos fazer as composições:


2
(𝑓 ∘ 𝑓 −1 )(𝑥) = 𝑓(𝑓 −1 (𝑥)) = 𝑓(−√𝑥 − 1) = (−√𝑥 − 1) + 1 = (𝑥 − 1) + 1 = 𝑥.

(𝑓 −1 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑓 −1 (𝑓(𝑥)) = 𝑓 −1 (𝑥 2 + 1) = −√(𝑥 2 + 1) − 1 = −√𝑥 2 = −|𝑥| = −(−𝑥) = 𝑥, pois


como 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = (−∞, 0] , então 𝑥 ≤ 0 e, portanto, |𝑥| = −𝑥.
Esboçando os gráficos de 𝑦 = 𝑓(𝑥) e 𝑦 = 𝑓 −1 (𝑥) no mesmo sistema de coordenadas:

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Exercício 8: Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 3𝑥 ,para −2 ≤ 𝑥 ≤ 2.


a) Explique por que a função 𝑓, cujo gráfico está na
figura ao lado, não tem inversa em seu domínio.
b) Subdivida o domínio em três intervalos adjacentes
sobre cada um dos quais a função 𝑓 tem uma inversa.

RESOLUÇÃO:
a) A função f , do gráfico dado, não tem inversa em
seu domínio, pois não satisfaz o Teste da Reta
Horizontal, não é um a um.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Podemos subdividir o domínio em três intervalos adjacentes sobre cada um dos quais a função f
tem uma inversa. Esses intervalos são: [  2 , 1] , [ 1, 1] , [ 1, 2] .
Esses intervalos foram escolhidos, pois em cada um deles a função é um a um, satisfaz
Teste da Reta Horizontal.
f : [2 , 1]  [ 2 , 2 ]

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f : [1,1]  [ 2 , 2 ] f : [1, 2 ]  [ 2 , 2 ]

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Exercício 9: Dê o domínio das funções a seguir e esboce os seus respectivos gráficos. Essas funções
definem parte de uma curva já estudada . Elas são inversíveis?

a) 𝑓(𝑥) = −√16 − 𝑥 2 b) 𝑔(𝑥) = −√4 − 𝑥 − 1

RESOLUÇÃO:

a) Seja f ( x)   16  x 2

Para que a raiz quadrada 16  x 2 possa ser calculada é preciso que 16  x 2  0 . Mas,

16  x 2  0  x 2  16  x 2  16  x  4  4  x  4 .

Portanto, Dom ( f )  [  4 , 4 ] .
Para saber qual a curva que deu origem a esta função, vamos fazer alguns cálculos.

Considere a equação y   16  x 2 . Então,


2
y 16  x 2  y 2    16  x 2   y 2  16  x 2  x 2  y 2  16
 
Esta é a equação de um círculo de centro C (0 , 0 ) e raio r  4 .

Como em f ( x )   16  x 2 , y  0 , então o gráfico desta

função é o semicírculo, que está nos 3º. e 4º.quadrantes e mais os


pontos A ( 4 , 0 ) e B ( 4 , 0 ) sobre o eixo 𝑥 :
Esta função não é invertível, pois não é “um-a-um”.

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É fácil ver graficamente que retas horizontais, como por exemplo, y   1, y   3 , cortam a curva em
dois pontos.

g ( x)   4  x 1
b) Seja

Para que a raiz quadrada 4  x possa ser calculada é preciso que 4  x  0  x  4 .

Consideremos y   4  x  1 e vamos fazer algumas contas:

y 4  x 1  ( y 1) 2   4x 2  ( y  1) 2  4  x  x  4   ( y  1) 2 .

Esta é a equação canônica de uma

parábola de vértice no ponto V  4 ,  1  ,

concavidade voltada para esquerda e

tem como eixo de simetria a reta y  1 .

Observação: a equação na forma x  h  a ( y  k ) 2 mostra que o coeficiente a   1  0 , por isso a


parábola possui concavidade voltada para a esquerda.

Observe que,

y 4  x 1  y  1   4  x  0  y  1  0  y  1

Portanto a função g ( x)   4  x  1 é tal que, x  4 e y  1 .

O seu gráfico é o ramo da parábola que está abaixo do eixo de simetria.

Veja ao lado.

O ponto (0 ,3 ) é um ponto do gráfico dessa função,


como podemos verificar:

g ( 0)   4  0  1   4  1   2  1   3
Esta função é invertível, pois é “um-a-um”.
É fácil ver graficamente que retas horizontais, cortam a curva
em no máximo um ponto.
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𝑥3
Exercício 10: Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 +4 uma função invertível.
a) Encontre 𝑥 se 𝑓 −1 (𝑥) = 3 b) Ache o valor de 𝑓 −1 (1) .
RESOLUÇÃO:

1
a) Sabemos que f ( x )  3  f ( 3)  x .
33 27 27
Assim, x  f ( 3 )    .
3 4
2
94 13
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
b) Suponha f (1)  x .
1
Sabemos que f (1)  x  f ( x)  1 .
Mas,

x3
f ( x)  1  1  x3  x2  4  x3  x2  4  0 .
x2  4
Como f é uma função invertível então f é uma função um-a-um e, portanto, existe um único valor
de x , tal que f ( x )  1 .
Pelo que afirmamos acima, existirá uma única raiz real para o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 − 4 .
Começamos buscando as possíveis raízes inteiras desse polinômio, que estão entre os divisores do termo
independente  4 , e são:
1, 1,  2 ,  2 ,  4 ,  4
Testando esses valores, verificamos que 𝑝(2) = 23 − 22 − 4 = 8 − 4 − 4 = 0 . Assim, 𝑥 = 2 é raiz do
polinômio 𝑝(𝑥) e será, portanto, o único valor de x , tal que f ( x )  1 .
1
Logo, f (1)  2 .
Ainda não aprendemos em Pré-Cálculo como construir o
gráfico dessa função, mas em Cálculo I será possível construí-
lo, ele está desenhado ao lado.

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Exercício 11:
A figura ao lado apresenta o gráfico do polinômio
𝑝(𝑥) = 3𝑥 4 − 4𝑥 3 − 12𝑥 2 + 5 , restrito a um intervalo
𝐼 ⊂ ℝ.
a) Diga qual é o domínio dessa função. Responda na
forma de intervalo.
b) Esta função é monótona? Justifique sua resposta!
c) Marque no eixo 𝑥 os intervalos onde essa função é
decrescente. Diga quais são esses intervalos.
d) A função é monótona no intervalo [−1,2]?
Justifique sua resposta.
e) Marque no eixo 𝑥 os intervalos onde essa função é
crescente. Diga quais são esses intervalos.
f) Diga qual é a imagem dessa função. Responda na forma de intervalo.

RESOLUÇÃO:

(a) Observando o gráfico vemos que Dom ( f )  [2, 3] .

(b) Essa função não é monótona, pois, por exemplo, ela é decrescente no intervalo [2,  1] e é
crescente no intervalo [1, 0] .

(c) Essa função é decrescente nos intervalos: [2,  1] ,


[0, 2 ]

(d) Essa função não é monótona no intervalo [1, 2] , pois, ela é crescente no intervalo [1, 0 ] e é
decrescente no intervalo [0, 2 ] .

(e) Essa função é crescente nos intervalos: [1, 0 ] , [ 2 , 3 ]

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(f) Observando o gráfico vemos que Im ( f )  [ f (2) , f ( 2) ]  [  27 , 37] .

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Exercício 12:
Desenhe, caso exista, o gráfico de uma função 𝑔 que satisfaz (simultaneamente) as seguintes
condições:
a) O domínio de 𝑔 é 𝐷 = [−3, −1] ∪ [1, 3]
b) A função 𝑔 é decrescente em [−3, −1].
c) A função 𝑔 é decrescente em [1, 3].
d) A função 𝑔 é não é decrescente em 𝐷 = [−3, −1] ∪ [1, 3].

RESOLUÇÃO:

b) Essa função é decrescente no intervalo


[ 3 ,  1] .

c) A função g é decrescente em [1, 3 ] .


d) A função g é não é decrescente em
D  [ 3 ,  1]  [1, 3 ] . De fato, temos por
exemplo, que;
 2  2 e f (  2 )  2  6  f (2 )

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Exercício 13:
1
a) Usando a definição de função decrescente, mostre que a função ℎ(𝑥) = 𝑥 é decrescente no intervalo
(0, +∞) .
1
b) Usando a definição de função decrescente, mostre que a função ℎ(𝑥) = 𝑥 é decrescente no intervalo
(−∞, 0).
1
c) A função ℎ(𝑥) = 𝑥 é decrescente no seu domínio, que é (−∞, 0) ∪ (0, ∞)? Justifique sua resposta!

RESOLUÇÃO:
a) De fato:
Sejam x1 , x2  A  (0 ,  ) , com x1  x2 .
1 1
Assim, 0  x1  x2  0   f ( x2 )  f ( x1 ) ,
x2 x1
Mostramos então que,  x1 , x2  A , x1  x2  f ( x2 )  f ( x1 ) .
Ou, escrita de outra forma,  x1 , x2  A , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 ) .
1
Portanto, concluímos que a função f ( x)  é decrescente no intervalo A  (0 ,  ) .
x
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Sejam x1 , x2  B  ( , 0 ) , com x1  x2 .
x1 1 1
Assim, x1  x2  0 e x2  0   1 e x1  0    f ( x2 )  f ( x1 ).
x2 x2 x1
Mostramos então que,  x1 , x2  B , x1  x2  f ( x2 )  f ( x1 ) .
Ou, escrita de outra forma,  x1 , x2  B , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 ) .
1
Portanto, concluímos que a função f ( x)  é decrescente no intervalo B  ( , 0) .
x
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 1
c) Observe que  2  0  2  0
2 2
1
Portanto, a função h( x )  não é decrescente no seu
x
domínio, que é (  , 0 )  ( 0 ,  ).
Para ilustrar, apresentamos ao lado o gráfico da função
citada.

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Exercício 14:
Usando a definição de função decrescente, mostre que a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 é decrescente no intervalo
𝐴 = (−∞, 0].
RESOLUÇÃO:
De fato:
Sejam x1 , x2  B  ( , 0] , com x1  x2 .
Assim, x1  x2  0 , donde x1  0 e x1  x2  0 . Como x1  0 e x 2  0 então x2  x1  0 .
Sendo o produto de dois números reais negativos, um número real positivo, segue que:

( x1  x2 ) ( x2  x1 )  0  x1   x2   0  x1   x2   f ( x1 )  f ( x2 )


2 2 2 2

Mostramos então que,  x1 , x 2  A , x1  x 2  f ( x1 )  f ( x 2 ) .

Portanto, concluímos que a função f ( x)  x 2 é decrescente no


intervalo B  ( , 0] .
Para ilustrar, apresentamos ao lado o gráfico da função citada.

__________________________________________________________________________________
Exercício 15:
Mostre que se 𝑦 = 𝑓(𝑥) é uma função crescente em um intervalo [𝑎, 𝑏] então 𝑦 = 𝑔(𝑥) = −𝑓(𝑥) é
uma função decrescente neste mesmo intervalo.

RESOLUÇÃO:
Se y  f (x) é uma função crescente em um intervalo [a , b] então
 x1 , x2  [a , b] , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )   f ( x1 )   f ( x2 ) 
g ( x1 )  g ( x2 ) . Provamos assim que,  x1 , x2  [a , b] , x1  x2  g ( x1 )  g ( x2 ) .

Logo, y  g ( x )   f ( x) é uma função decrescente no intervalo [a , b] .


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Exercício 16:

−|𝑥 + 3| + 2 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −2
Esboce o gráfico da função: 2
𝑦 = 𝑓(𝑥) = { 𝑥 − 3 𝑠𝑒 − 2 < 𝑥 ≤ 2
−|𝑥 − 3| + 2 𝑠𝑒 𝑥≥2

a) Determine os intervalos onde 𝑓 é crescente, onde 𝑓 é decrescente.


b) Determine os intervalos onde 𝑓(𝑥) ≤ −2. Mostre no gráfico, a parte do gráfico que satisfaz essa
condição.
c) A função 𝑓 é invertível? Justifique sua resposta!
d) Se a sua resposta para o item c) foi não, escolha dois possíveis intervalos onde é possível inverter a
função 𝑓. Justifique sua escolha.

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RESOLUÇÃO:

O gráfico da função

 x  3  2 , se x   2

y  f (x )   x2  3 , se  2  x  2
 x  3  2 , se x  2

O gráfico de y   x  3  2 pode ser construído a partir das seguintes transformações em gráficos de
funções:
y x    y   x translação
reflexão em
  horizontal

 y   x  3 translação
  vertical
 y   x  3  2
torno do esquerda cim a
exixo x 3 unidades 2 unidades

Este gráfico será considerado no intervalo ( ,  2) .

O gráfico de y   x  3  2 pode ser construído a partir das seguintes transformações em gráficos de


funções:
y x    y   x translação
reflexão em
  horizontal

 y   x  3 translação
  vertical
 y   x  3  2 .
torno do direita cim a
exixo x 3 unidades 2 unidades

Este gráfico será considerado no intervalo (2 ,  ) .

O gráfico de 𝑦 = 𝑥 2 − 3 pode ser construído a partir das seguintes transformações em gráficos de


funções:
y  x2 translação
  vertical
 y  x 2  3
baixo
3 unidades

Este gráfico será considerado no intervalo [2 , 2] .


a) Determine os intervalos onde f é crescente, onde f é
decrescente.
f é crescente nos intervalos: ( ,  3] , [0 , 3] (parte em
vermelho no gráfico ao lado).
f é decrescente nos intervalos: [3, 0] , [3,  )
(parte em vermelho no gráfico ao lado).
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b) Determine os intervalos onde f ( x)   2 . Mostre no gráfico, a parte do gráfico que satisfaz essa
condição.

Pelo gráfico, observamos que temos que considerar as três expressões que fazem parte da definição da
função f (x) .

1) y   x  3  2   2 para x   2 .
 x 3  2  2   x 3  4  x  3  4  x  3   4 ou x  3  4  x   7 ou x 1 .

Como x   2 , então y   x  3  2   2 , para x   7 .

2) y  x 2  3   2 para  2  x  2 .
x 2  3   2  x 2 1  0  1  x  1.

Como  2  x  2 , então y  x 2  3   2 para 1  x  1 .

3) y   x  3  2   2 para x  2 .
 x 3  2   2   x 3   4  x  3  4  x  3   4 ou x  3  4  x   1 ou x  7 .

Como x  2 , então y   x  3  2  2 , para x  7 .

Concluímos que f ( x)   2 em: ( ,  7]  [1,1]  [7 ,   ) (parte em verde no gráfico acima)


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) A função f é invertível? Justifique sua
resposta!
Não, a função não é invertível. Essa função não é
um-a-um, não é “aprovada” no Teste da Reta
Horizontal.
Do gráfico observamos que;
f (3)  2  f (3 ) , f (5)  0  f (5 ) .

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EP 06 – 2018-2 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções – GABARITO Pré-Cálculo

d) Se a sua resposta para o item c) foi não, escolha dois possíveis intervalos onde é possível inverter a
função f . Justifique sua escolha.
Podemos escolher, por exemplo, os seguintes intervalos:

1) ( ,  3] , onde a função f é um-a-um. Observe que nesse intervalo f é crescente (parte em
verde no gráfico abaixo).
2) [3, 0] , onde a função f é um-a-um. Observe que nesse intervalo f é decrescente (parte em
vermelho no gráfico abaixo).
3) [0 , 3] , onde a função f é um-a-um. Observe que nesse intervalo f é crescente (parte em azul no
gráfico abaixo).
4) [3 , ) , onde a função f é um-a-um. Observe que nesse intervalo f é decrescente (parte em
preto no gráfico abaixo).

____________________________________________________________________________

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EP 07 – 2018-2 – Gabarito – Círculo trigonométrico - seno e cosseno Pré-Cálculo
Profa. Maria Lúcia Campos
Profa. Marlene Dieguez

CEDERJ
Gabarito EP 07
Pré-Cálculo
____________________________________________________________________________________
Exercício 1: Faça o que se pede em cada item.
a) Calcule o comprimento do arco de uma circunferência de raio 2, cujo ângulo central é 30°.
𝜋 𝜋
Resolução: 𝑙 = 2.30. 180 = 3 .
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Dê a medida em radianos dos ângulos 72°, 210°, 270° e 315°.
𝜋 2𝜋 𝜋 7𝜋 𝜋 3𝜋
Resolução: 72° = 72. 180 = rad; 210° = 210. 180 = rad; 270° = 270. 180 = rad:
5 6 2
𝜋 7𝜋
315° = 315 180 = 4 rad.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Determine o valor do raio 𝑟, tal que o comprimento do arco subtendido ao ângulo de 60° seja 3𝜋.
𝜋
Resolução: 3𝜋 = 60 180 . 𝑟 ⟹ 𝑟 = 9.
____________________________________________________________________________________
Exercício 2:
a) Se sen 𝑥 = 3/5 e 𝑥 é um ângulo do 2º quadrante, determine cos 𝑥.

3 2 3 2 3 2
Resolução: (5) + cos 2 𝑥 = 1 ⟹ cos2 𝑥 = 1 − (5) ⟹ cos 𝑥 = ±√1 − (5)

3 2 4
cos 𝑥 = −√1 − (5) = − 5 , pois no 2º quadrante o cosseno é negativo.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Determine o sinal de I) sen 282° II) cos 241° III) sen 148°
Resolução: I) 180° < 282° < 360° ⟹ 𝑠𝑒𝑛 282° < 0 ; II) 180° < 241° < 270° ⟹ cos 241° < 0;
III) 90° < 148° < 180° ⟹ sen 148° > 0.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
19𝜋 5𝜋
c) Determine o seno e o cosseno de I) II) 1530° III) −
6 4
19𝜋 7𝜋 19𝜋 7𝜋 7𝜋 𝜋 7𝜋
Resolução: I) = 2𝜋 + ⟹ cos = cos , como = 𝜋 + 6 , temos por simetria, que cos =
6 6 6 6 6 6
𝜋 √3 7𝜋 𝜋 1
− cos 6 = − e sen = − sen 6 = − 2 .
2 6

II) 1530° = 4 × 360° + 90°, logo cos 1530° = cos 90° = 0 e 𝑠𝑒𝑛 1530° = 𝑠𝑒𝑛 90° = 1.
5𝜋 3𝜋 5𝜋 3𝜋 √2 5𝜋 3𝜋 √2
III) − = −2 𝜋 + , logo cos (− ) = cos ( )=− e sen (− ) = sen = .
4 4 4 4 2 4 4 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 07 – 2018-2 – Gabarito – Círculo trigonométrico - seno e cosseno Pré-Cálculo

d) Localize os ângulos no círculo trigonométrico e coloque os valores


em ordem crescente:
sen70°, sen160°, sen250°, sen300°. (Não precisa calcular os valores
exatos!)
Resolução: sen 250° < sen 300° < sen 160° < sen 70° .

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3:
Resolva as equações em [0,4𝜋]:
√3
a) sen 𝑥 = b) cos 𝑥 = −1.
2

Resolução: a) Por simetria no círculo trigonométrico,


dando 2 voltas, temos
𝜋 2𝜋 𝜋 2𝜋 𝜋 2𝜋 7𝜋 8𝜋
𝑆 = {3 , , + 2𝜋 , + 2𝜋} = { 3 , , , }.
3 3 3 3 3 3

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) 𝑆 = {𝜋 , 𝜋 + 2𝜋} = {𝜋, 3𝜋}.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4:
Calcule o que se pede em cada item.
a) Calcule k, tal que sen 𝑥 = 1 + 4𝑘 𝑒 cos 𝑥 = 1 + 2𝑘.
Resolução: Usando a identidade trigonométrica fundamental, temos:

sen2 (𝑥) + cos2 (𝑥) = 1 ⟹ (1 + 4𝑘)2 +(1 + 2𝑘)2 = 1 ⟺

(16 𝑘 2 + 8𝑘 + 1) + (4𝑘 2 + 4𝑘 + 1) = 1 ⟺ 20𝑘 2 + 12𝑘 + 2 = 1 ⟺


−12 ± √122 − 4.20.1 −12 ± 8
20𝑘 2 + 12𝑘 + 1 = 0 ⟹ 𝑘 = ⟹ 𝑘= ⟹
2.20 40
1 1
𝑘 = − 𝑜𝑢 𝑘 = −
2 10
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 07 – 2018-2 – Gabarito – Círculo trigonométrico - seno e cosseno Pré-Cálculo

b) Se sen 𝑥 + cos 𝑥 = 1 + 3𝑎 e sen 𝑥 − cos 𝑥 = 1 − 𝑎, calcule a.


Resolução: Somando as duas equações, temos 2 sen 𝑥 = 2 + 2𝑎 ⟹ sen 𝑥 = 1 + 𝑎.
Usando a 1ª equação, temos cos 𝑥 = 1 + 3𝑎 − sen 𝑥 = 1 + 3𝑎 − (1 + 𝑎) = 2𝑎.
Pela identidade trigonométrica fundamental, segue que
2
(1 + 𝑎)2 + 4𝑎2 = 1 ⟺ 5𝑎2 + 2𝑎 + 1 = 1 ⟺ 5𝑎2 + 2𝑎 = 0 ⟺ 𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑎 = − 5 .
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Se cos 𝑥 = 2 sen 𝑥, calcule sen 𝑥.
Resolução: Pela identidade trigonométrica fundamental, segue que
√5 √5
4 sen2 𝑥 + sen2 𝑥 = 1 ⟺ 5 sen2 𝑥 = 1 ⟺ sen 𝑥 = 5 ou sen 𝑥 = − 5 .
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Se sen2 𝑥 − sen 𝑥 = 2 cos2 𝑥, calcule cos 𝑥.
Resolução: Pela identidade trigonométrica fundamental, sen2 𝑥 + cos 2 𝑥 = 1 , segue que
sen2 𝑥 − sen 𝑥 = 2 − 2 sen2 𝑥 ⟺ 3 sen2 𝑥 − sen 𝑥 − 2 = 0.
Fazendo 𝑡 = sen 𝑥 na equação acima, e resolvendo a equação do 2º grau 3𝑡 2 − 𝑡 − 2 = 0, as raízes são
2 2
𝑡 = 1 ou 𝑡 = − 3. Assim, sen 𝑥 = 1 𝑜𝑢 sen 𝑥 = − 3 .

Se sen 𝑥 = 1, temos da equação original que cos 𝑥 = 0.


E se sen 𝑥 = −2/3, temos da equação original que:
4 2 10 5
+ 3 = 2 cos2 𝑥 ⟺ cos2 𝑥 = 18 ⟺ cos 𝑥 = ±√9 .
9
5
Os possíveis valores do cos 𝑥 são 0 ou ±√9
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) Se sen 𝑥 . cos 𝑥 = 𝑎, calcule o valor de 𝑦 = (sen 𝑥 + cos 𝑥)2 em função de 𝑎.
Resolução: 𝑦 = (sen 𝑥 + cos 𝑥)2 = sen2 𝑥 + 2 sen 𝑥 cos 𝑥 + cos 2 𝑥 = 1 + 2 sen 𝑥 cos 𝑥 = 1 + 2𝑎.
_____________________________________________________________________________________
Exercício 5:
O que você acha sobre a igualdade cos 3𝑥 = 3 cos 𝑥, é falsa ou verdadeira em ℝ?
Resolução: Podemos dar vários exemplos em que a igualdade acima é falsa, escolhendo um deles,
𝜋 𝜋 𝜋 1 3
𝑥 = 3 , temos que cos 3 ∙ 3 = cos 𝜋 = −1, mas 3cos 3 = 3 ∙ 2 = 2 .
_____________________________________________________________________________________
Exercício 6:
Calcule o valor de sen4 𝑥 − cos 4 𝑥 + cos 2𝑥 .
Resolução:
sen4 𝑥 − cos4 𝑥 + cos 2𝑥 = (sen
⏟ 2 𝑥 + cos2 𝑥) (sen
⏟ 2 𝑥 − cos 2 𝑥) + cos 2𝑥 = − cos 2𝑥 + cos 2𝑥 = 0.
=1 =−(cos2 𝑥−sen2 𝑥)
_____________________________________________________________________________________

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EP 07 – 2018-2 – Gabarito – Círculo trigonométrico - seno e cosseno Pré-Cálculo

Exercício 7:
Simplifique as expressões abaixo:
cos2 𝑥−sen2 𝑥
a) cos2 𝑥−sen 𝑥 cos 𝑥
π π
cos( − x)sen( − x)cos(π+x)
2 2
b) π
sen(π − x) cos(x − 2π)cos( + x)
2

Resolução:
cos2 𝑥−sen2 𝑥 (cos 𝑥− sen 𝑥)(cos 𝑥+sen 𝑥) (cos 𝑥+sen 𝑥) sen 𝑥
a) = = = 1 + cos 𝑥 .
cos2 𝑥−sen 𝑥 cos 𝑥 cos 𝑥(cos 𝑥−sen 𝑥) cos 𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝜋 𝜋
cos( − 𝑥) sen( − 𝑥)cos(𝜋+𝑥) sen 𝑥 cos 𝑥(− cos 𝑥) cos 𝑥
2 2
b) 𝜋 = sen 𝑥 cos 𝑥(− sen 𝑥) = sen 𝑥 .
sen(𝜋 − 𝑥) cos(𝑥 − 2𝜋)cos( + 𝑥)
2

_____________________________________________________________________________________

Exercício 8:
a) Calcule sen 105° .
Resolução:
Uma resolução:
√3 √2 √2 1 √6+√2
sen 105° = sen(60° + 45°) = sen 60° cos 45° + sen 45° cos 60° = ∙ 2 + ∙ = .
2 2 2 4
Outra resolução:
√3
1−cos 210° 1−cos(180°+30°) 1−(− cos(30°)) 1+ 2+√3
Pela fórmula do arco metade, sen2 105° = = = = 2
= ,
2 2 2 2 4
2+√3
assim sen 105° = ±√ , mas como o ângulo 105° é do 2º quadrante, sen 105° > 0, logo sen 105° =
4
√2+√3
2
.

Aparentemente as respostas são diferentes, mas vamos verificar que as duas respostas são iguais. Como
ambas são positivas, basta verificar que os seus quadrados são iguais.
2 2
√2+√3 2+√3 √6+√2 6+2√12+2 8+2∙2√3 8+4√3 4(2+√3) 2+√3
( ) = e ( 4 ) = = = = = .
2 4 16 16 16 16 4

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Calcule cos 15°.
Resolução

Uma resolução:
1 √2 √3 √2 √6+√2
cos 15° = cos(60° − 45°) = cos 60° cos 45° + sen 60° sen 45° = 2 ∙ + ∙ 2 = .
2 2 4

Outra resolução:

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EP 07 – 2018-2 – Gabarito – Círculo trigonométrico - seno e cosseno Pré-Cálculo
√3
1+cos 30° 1+ 2+√3
Pela fórmula do arco metade, cos2 15° = = 2
= , e como o ângulo é do 1º quadrante,
2 2 4
√2+√3
cos 15° > 0, logo cos 15° = .
2
√2+√3 √6+√2
Já foi mostrado no item a) que os valores e são iguais.
2 4
_____________________________________________________________________________________
Exercício 9:
𝜋
Mostre que sen 𝑥 + cos 𝑥 = √2 cos (𝑥 − 4 ).

Resolução:
𝜋 𝜋 𝜋 √2 √2
√2 cos (𝑥 − 4 ) = √2 cos 𝑥 cos (4 ) + √2 sen 𝑥 sen ( 4 ) = √2. 2
. cos 𝑥 + √2.
2
. sen 𝑥 =
√2
√2. . (sen 𝑥 + cos 𝑥) = sen 𝑥 + cos 𝑥.
2

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo
Profa. Maria Lúcia Campos
Profa. Marlene Dieguez

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Gabarito EP 08
Pré-Cálculo
____________________________________________________________________________
Exercício 1: Nos exercícios a seguir, encontre a solução e marque no círculo trigonométrico.
a) sen 3𝑥 = −1, 𝑥 ∈ [−𝜋, 2𝜋].

b) sen 𝑥 . cos(2𝑥 − 𝜋) = 0.

c) 2 sen 4𝑥 − 1 = 0, 𝑥 ∈ [0,2𝜋].

d) sen 3𝑥 − sen(−3𝑥) = −1.

e) sen2 𝑥 + cos 𝑥 + 1 = 0.

f) sen 2𝑥 + sen 4𝑥 = 0.
1
g) sen2 𝑥 −cos2 𝑥 = 2 , 𝑥 ∈ [0,2𝜋].

h) 2sen2 𝑥 + sen 𝑥 − 1 = 0, 𝑥 ∈ [−𝜋, 3𝜋].

i) cos 2𝑥−cos2 𝑥 = 0.
1
j) = 5 − 8 sen2 𝑥, em [0,2𝜋].
sen2 𝑥

Resolução:
a) sen 3𝑥 = −1, mudando a variável, fazendo 𝑡 = 3𝑥, temos sen 𝑡 = −1.
3𝜋
Resolvendo em 𝑡, temos que sen 𝑡 = −1 ⟺ 𝑡 = + 2𝑘𝜋.
2
3𝜋 3𝜋 2𝑘𝜋 𝜋 2𝑘𝜋
Voltando à variável 𝑥 original, 3𝑥 = + 2𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 = 2∙3 + ⟺ 𝑥=2+
2 3 3
𝜋 2𝑘𝜋
Agora vamos atribuir valores inteiros para 𝑘 e verificar se 𝑥 = 2 + ∈ [−𝜋, 2𝜋].
3

𝜋 2∙0∙𝜋 𝜋 𝜋 2∙1∙𝜋 7𝜋
𝑥=2+ = ∈ [−𝜋, 2𝜋]., 𝑥=2+ = ∈ [−𝜋, 2𝜋],
3 2 3 6

𝜋 2∙(2)∙𝜋 11𝜋 𝜋 2∙(3)∙𝜋 15𝜋 5𝜋


𝑥=2+ = ∈ [−𝜋, 2𝜋], 𝑥=2+ = = ∉ [−𝜋, 2𝜋],
3 6 3 6 2

𝜋 2∙(−1)∙𝜋 𝜋 𝜋 2∙(−2)∙𝜋 5𝜋
𝑥=2+ = − 6 ∈ [−𝜋, 2𝜋], 𝑥=2+ =− ∈ [−𝜋, 2𝜋]
3 3 6

𝜋 2∙(−3)∙𝜋 9𝜋 3𝜋
𝑥=2+ =− =− ∉ [−𝜋, 2𝜋].
3 6 2

Logo, o conjunto solução é:


5𝜋 𝜋 𝜋 7𝜋 11𝜋
𝑆 = {− 6 , − 6 , 2 , 6 , 6 }
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

b) sen 𝑥 . cos(2𝑥 − 𝜋) = 0 ⟺ sen 𝑥 = 0 𝑜𝑢 cos(2𝑥 − 𝜋) = 0.


Resolvendo cada equação acima, sen 𝑥 = 0 ⟺ 𝑥 = 𝑘𝜋.
Para resolver cos(2𝑥 − 𝜋) = 0, fazemos uma mudança de variável, fazendo 𝑡 = 2𝑥 − 𝜋.
𝜋
Resolvendo a equação na nova variável, temos cos 𝑡 = 0 ⟺ 𝑡 = 2 + 𝑘𝜋.
𝜋 𝜋 𝜋
Voltando à variável 𝑥 original, 2𝑥 − 𝜋 = 2 + 𝑘𝜋 ⟺ 2𝑥 = 2 + 𝜋 + 𝑘𝜋 ⟺ 2𝑥 = 2 + (𝑘 + 1)𝜋.
Como {(𝑘 + 1)𝜋, 𝑘Î ℤ} = {𝑘𝜋, 𝑘Î ℤ}, podemos simplificar acima
𝜋
escrevendo 2𝑥 = 2 + 𝑘𝜋
𝜋 𝜋 𝑘𝜋
E, agora, resolvendo a última equação, temos 2𝑥 = 2 + 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 = 4 + .
2

Logo os valores de 𝑥 que resolvem a equação equação original,


𝜋 𝑘𝜋
sen 𝑥 . cos(2𝑥 − 𝜋) = 0 são: 𝑥 = 𝑘𝜋 ou 𝑥=4+ .
2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
c) 2 sen 4𝑥 − 1 = 0 ⟺ sen 4𝑥 = 2. Fazendo 𝑡 = 4𝑥 e resolvendo em 𝑡,
1 p p 5p
sen 𝑡 = 2 ⟺ 𝑡 = 6 + 2𝑘p ou 𝑡 = (p − 6) + 2𝑘p = + 2𝑘p.
6
p 5p
Voltando à variável 𝑥 original, 4𝑥 = 6 + 2𝑘p ou 4𝑥 = + 2𝑘p.
6

Resolvendo cada uma,


p p 𝑘p
4𝑥 = 6 + 2𝑘p ⟺ 𝑥 = 24 + Ou
2
5p 5p 𝑘p
4𝑥 = + 2𝑘p ⟺ 𝑥 = 24 + .
6 2
p 𝑘p 5p 𝑘p
Vamos examinar para quais valores inteiros de 𝑘 os valores 𝑥 = 24 + e 𝑥 = 24 + pertencem ao
2 2
intervalo solicitado, [0,2𝜋].
p 0∙p p p 1∙p 13p p 2∙p 25p
+ = 24 ∈ [0,2𝜋], + = ∈ [0,2𝜋], + = ∈ [0,2𝜋],
24 2 24 2 24 24 2 24

p 3∙p 37p p 4∙p 49p 5p 0∙p 5p


+ = ∈ [0,2𝜋], 24 + = ∉ [0,2𝜋] , + = ∈ [0,2𝜋],
24 2 24 2 24 24 2 24

5p 1∙p 17p 5p 2∙p 29p 5p 3∙p 41p


+ = ∈ [0,2𝜋] + = ∈ [0,2𝜋], 24 + = ∈ [0,2𝜋],
24 2 24 24 2 24 2 24

5p 4∙p 53p
+ = ∉ [0,2𝜋].
24 2 24

p 5p 13p 17p 25p 29p 37p 41p


Assim, a solução é: 𝑆 = {24 , 24 , , , , , , }
24 24 24 24 24 24

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

d) sen(3𝑥) − sen(−3𝑥) = −1.


Sabemos que sen(−3𝑥) = − sen(3𝑥), substituindo na equação acima,
1
sen(3𝑥) + sen(3𝑥) = −1 ⟺ 2sen(3𝑥) = −1 ⟺ sen(3𝑥) = − 2.
Fazendo mudança de variável, 𝑡 = 3𝑥 e resolvendo a equação em 𝑡,
1 p 7p
sen(𝑡) = − 2 ⟺ 𝑡 = (p + 6) + 2kp = + 2kp ou
6
1 p 11p
sen(𝑡) = − 2 ⟺ 𝑡 = (2p − 6) + 2kp = + 2kp,
6
7p 11p
Voltando à variável 𝑥 original, 3𝑥 = + 2kp ou 3𝑥 = + 2kp.
6 6
7p 7p 2kp
Resolvendo-as, 3𝑥 = + 2kp ⟺ 𝑥 = 18 + ou
6 3
11p 11p 2kp
3𝑥 = + 2kp ⟺ 𝑥 = +
6 18 3
7p 2kp 11p 2kp
Solução 𝑆 = {𝑥 = 18 + ou 𝑥 = + , 𝑘Î ℤ}.
3 18 3

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) sen2 𝑥 + cos 𝑥 + 1 = 0
Usando a identidade trigonométrica fundamental sen2 𝑥 + cos2 𝑥 = 1 ⟺ sen2 𝑥 = 1 − cos2 𝑥 ,
então 1 − cos2 𝑥 + cos 𝑥 + 1 = 0 , logo −cos 2 𝑥 + cos 𝑥 + 2 = 0.
Fazendo a mudança 𝑡 = cos 𝑥 e resolvendo a equação do 2º grau,
−𝑡 2 + 𝑡 + 2 = 0, temos: 𝑡 = 2 (não serve porque t = cos 𝑥 ≤ 1) ou
𝑡 = −1. Logo cos 𝑥 = −1,
portanto 𝑆 = {p + 2𝑘 p; 𝑘 Îℤ}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) Pela identidade do arco duplo, temos sen 2𝑥 + sen 4𝑥 = 0 ⇔ sen 2𝑥 + 2 sen 2𝑥 cos 2𝑥 = 0.
1
sen 2𝑥 (1 + 2 cos 2𝑥) = 0 ⇔ sen 2𝑥 = 0 𝑜𝑢 cos 2𝑥 = − 2
𝑘p
Resolvendo a primeira equação, sen 2𝑥 = 0 ⇔ 2𝑥 = 𝑘p ⇔ 𝑥 = .
2
Resolvendo a segunda equação,
1 2p 2p
cos 2𝑥 = − 2 ⇔ 2𝑥 = 3 + 2kp ou 2𝑥 = − 3 + 2kp ⇔
p p
⇔ 𝑥 = 3 + kp ou 𝑥 = − 3 + kp
𝑘p p p
Logo, {𝑆 = ou + 𝑘p ou − 3 + 𝑘p, 𝑘Î ℤ}.
2 3

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

g) Como cos 2𝑥 = cos 2 𝑥 − sen2 𝑥 = −(sen2 𝑥 −cos2 𝑥 ), temos que a equação dada
1 1
sen2 𝑥 −cos2 𝑥 = 2 é equivalente a cos 2𝑥 = − 2, portanto,
2𝜋 𝜋 𝜋
2𝑥 = ± 3 + 2𝑘𝜋 ⟹ 𝑥 = 3 + 𝑘1 𝜋 ou 𝑥 = − 3 + 𝑘2 𝜋.
Os valores de 𝑘1 , tais que os x correspondentes pertencem a [0,2π] são
0 e 1; os de 𝑘2 são 1 e 2.
π 2π 4π 5π
Portanto, S = { 3 , , , }.
3 3 3

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
h) 2sen2 𝑥 + sen 𝑥 − 1 = 0. Fazendo 𝑡 = sen 𝑥 e resolvendo a equação 2𝑡 2 + t − 1 = 0, obtemos as
1
raízes t= −1 ou 𝑡 = 2.
1 3𝜋 𝜋
Logo, sen 𝑥 = −1 ou sen 𝑥 = 2 . Portanto, 𝑥 = + 2𝑘𝜋, ou 𝑥 = 6 + 2𝑘𝜋
2
5𝜋
ou 𝑥= + 2𝑘𝜋. Escolhendo os valores de k , tais que as soluções
6
π π 5π 3π 13π 17π
pertençam a [−π, 3π], obtemos S = {− 2 , 6 , , , , }.
6 2 6 6

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
cos 2𝑥=cos2 𝑥−sen2 𝑥
2
i) cos 2𝑥−cos 𝑥 = 0 ⇔ cos2 𝑥 − sen2 𝑥 −cos 2 𝑥 = 0 ⇔ − sen2 𝑥 = 0 ⇔.

⇔ sen 𝑥 = 0. Logo, 𝑆 = {𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 1
j) = 5 − 8 sen2 𝑥. Mudando a variável, fazendo 𝑡 = sen 𝑥, obtemos = 5 − 8𝑡 2 . Resolvendo
sen2 𝑥 𝑡2
1
em 𝑡 ≠ 0, = 5 − 8𝑡 2 ⇔ 1 = 5𝑡 2 − 8𝑡 4 ⇔ 8𝑡 4 − 5𝑡 2 + 1 = 0.
𝑡2

Mudando para uma terceira variável, fazendo 𝑦 = 𝑡 2 , obtemos 8𝑦 2 − 5𝑦 + 1 = 0. Resolvendo a


equação de segundo grau em 𝑦, o discriminante ∆= 25 − 32 = −7 < 0. Logo a equação não tem
solução na variável 𝑦. Portanto também não tem solução na variável 𝑡 e na variável 𝑥. Solução 𝑆 = ∅.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2: Nos exercícios de 1) a 5) resolva e marque o conjunto solução no círculo trigonométrico.
1
a) sen 𝑥 ≥ 2 , 𝑥 ∈ [0,2𝜋].
√3
b) cos 𝑥 < , 𝑥 ∈ [0,2𝜋].
2

c) 2 cos2 𝑥 + cos 𝑥 − 1 < 0.


d) cos 2𝑥 − 6 cos 𝑥 + 5 ≥ 0, 𝑥 ∈ [0,2𝜋].

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Resolução:
1 𝜋 5𝜋
a) A equação associada é sen 𝑥 = 2 , e as soluções no intervalo [0,2𝜋] são 𝑥 = 6 e 𝑥 = 6 .

Agora podemos marcar no círculo os pontos correspondentes aos valores de


1
ordenadas maiores ou iguais ao valor (marcados em vermelho). Observamos
2

que esses pontos se situam no arco de círculo marcado em verde e


𝜋 5𝜋
correspondem aos ângulos 𝑥 que estão compreendidos entre e ou
6 6
𝜋 5𝜋 𝜋 5𝜋
coincidem com ou com . Portanto ≤ 𝑥≤ , ou seja a solução é
6 6 6 6
𝜋 5𝜋
𝑆 = [6 , ].
6

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
√3 𝜋 11𝜋
A equação associada é cos 𝑥 = , e as soluções no intervalo [0,2𝜋] são 𝑥 = e 𝑥= .
2 6 6

Agora podemos marcar no círculo os pontos correspondentes aos valores de


√3
abscissas menores que o valor (marcados em vermelho). Observamos que
2

esses pontos se situam no arco de círculo marcado em verde e correspondem


𝜋 11𝜋
aos ângulos 𝑥 que estão compreendidos entre 6 e .
6
𝜋 11𝜋 𝜋 11𝜋
Portanto < 𝑥< , ou seja a solução é 𝑆 = ( 6 , ).
6 6 6

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2 cos 2 𝑥 + cos 𝑥 − 1 < 0. Fazendo a mudança de variável, 𝑡 = cos 𝑥, obtemos a inequação 2 𝑡 2 + 𝑡 −
1
1 < 0. A equação associada é 2 𝑡 2 + 𝑡 − 1 = 0, cujas soluções são 𝑡 = −1 e 𝑡 = 2.

1
Como o coeficiente de 𝑡 2 é igual a 2 > 0, o trinômio é negativo entre as raízes, ou seja, −1 < 𝑡 < 2.

1
Voltando à variável original 𝑥, temos que resolver a inequação −1 < cos 𝑥 < 2.

Para todo número real 𝑥, sabemos que cos 𝑥 ≥ −1.


1
Logo temos que resolver as inequações cos 𝑥 ≠ −1 e cos 𝑥 < 2 .

A equação associada à inequação cos 𝑥 ≠ −1 é cos 𝑥 = −1, resolvendo-a, 𝑥 = 𝜋 + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.


1 1 𝜋 5𝜋
A equação associada à inequação cos 𝑥 < 2 é cos 𝑥 = 2 , as soluções em [0,2𝜋] são 𝑥 = e𝑥 = ,
3 3
𝜋 5𝜋
em todos os reais são 𝑥 = 3 + 2𝑘𝜋 e 𝑥 = + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
3

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

Agora podemos marcar no círculo os pontos correspondentes aos valores de abscissas diferentes de −1
1
e menores que o valor (marcados em vermelho). Observamos que esses
2

pontos se situam no arco de círculo marcado em verde, sem o ponto (−1, 0),
𝜋
e correspondem aos ângulos 𝑥 que estão compreendidos entre + 2𝑘𝜋 e
3
5𝜋
+ 2𝑘𝜋 e são diferentes de 𝜋 + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
3

𝜋 5𝜋
Portanto + 2𝑘𝜋 < 𝑥 < + 2𝑘𝜋 e 𝑥 ≠ 𝜋 + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ , ou seja a
3 3
𝜋 5𝜋
solução é: 𝑆 = (3 + 2𝑘𝜋 , 𝜋 + 2𝑘𝜋) ∪ (𝜋 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋)
3

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
cos 2𝑥=cos2 𝑥−sen2 𝑥
d) cos 2𝑥 − 6 cos 𝑥 + 5 ≥ 0 ⇔ cos2 𝑥 − sen2 𝑥 − 6 cos 𝑥 + 5 ≥ 0 ⟺
sen2 𝑥=1−cos2 𝑥
⇔ cos 2 𝑥 − (1 − cos 2 𝑥) − 6 cos 𝑥 + 5 ≥ 0 ⟺ 2cos2 𝑥 − 6 cos 𝑥 + 4 ≥ 0 .
Fazendo 𝑡 = cos 𝑥, temos 2𝑡 2 − 6𝑡 + 4 ≥ 0, resolvendo 2𝑡 2 − 6𝑡 + 4 = 0, encontramos 𝑡 = 1 ou 𝑡 =
2.

Como o coeficiente de 𝑡 2 é igual a 2 > 0, o trinômio é positivo ou nulo se 𝑡 ≤ 1 ou 𝑡 ≥ 2.

Voltando a variável original, cos 2𝑥 − 6 cos 𝑥 + 5 ≥ 0 ⟺ cos 𝑥 ≤ 1 ou cos 𝑥 ≥ 2.

Mas cos 𝑥 ≤ 1 para todo 𝑥 ϵ ℝ. Logo a solução é 𝑆 = (−∞, ∞) = ℝ.


________________________________________________________________________
Exercício 3: Determine o domínio das funções
sen 𝑥
a) 𝑓(𝑥) = 1−cos 𝑥

b) 𝑓(𝑥) = √1 − 2 cos 𝑥

Resolução:

a) 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ; 1 − cos 𝑥 ≠ 0}.


1 − cos 𝑥 = 0 ⟺ cos 𝑥 = 1 ⟺ 𝑥 = 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
Logo, 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} .
𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ; 1 − 2cos 𝑥 ≥ 0}.
1
1 − 2cos 𝑥 ≥ 0 ⟺ 1 ≥ 2cos 𝑥 ⟺ cos 𝑥 ≤ 2.

1 𝜋
A equação associada é cos 𝑥 = 2 , e as soluções em [0,2𝜋] são 𝑥 = e
3
5𝜋 𝜋 5𝜋
𝑥= e na reta real são 𝑥 = 3 + 2𝑘𝜋 e 𝑥 = + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ . Agora
3 3

podemos marcar no círculo os pontos correspondentes aos valores de

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1
abscissas menores ou iguais ao valor (marcados em vermelho). Observamos que esses pontos se
2

situam no arco de círculo marcado em verde e correspondem aos ângulos 𝑥 que estão compreendidos
𝜋 5𝜋 𝜋 5𝜋
entre + 2𝑘𝜋 e + 2𝑘𝜋 , ou coincidem com + 2𝑘𝜋 ou com + 2𝑘𝜋.
3 3 3 3

𝜋 5𝜋 𝜋 5𝜋
Portanto 𝐷𝑜𝑚 𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ; 3 + 2𝑘𝜋 ≤ 𝑥 ≤ + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} = [ 3 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋] , 𝑘 ∈ ℤ.
3 3

________________________________________________________________________
Exercício 4: Esboce os gráficos das funções listadas abaixo. Use pelo menos o domínio [ 0 , 2p ] .
a) 𝑓(𝑥) = 3 sen(𝑥 − 𝜋)

b) 𝑔(𝑥) = 1 + 2 sen(4𝑥)

c) ℎ(𝑥) = −2 + 4cos(2𝑥)

d) 𝑗(𝑥) = |3 sen(𝑥 − 𝜋) |

𝑥
e) 𝑘(𝑥) = 2 − 3 cos ( 2 − 𝜋)

Resolução:
a) 𝑓(𝑥) = 3 sen(𝑥 − 𝜋)
Ao multiplicarmos a função seno por um número real, modificamos a sua amplitude.
Como o número real que multiplicado a função 𝑦 = sen 𝑥 é igual a 3 > 1, o gráfico da função seno será
ampliado verticalmente, por um fator multiplicativo 3.

O fato de subtrairmos 𝜋 da variável 𝑥, significa que o gráfico da função 𝑦 = 3 sen 𝑥 será transladado
horizontalmente, 𝜋 unidades para direita.
Um esboço do gráfico de 𝑓 é:
Também podemos ver que para qualquer
ângulo,

−1 ≤ sen(𝑥 − 𝜋) ≤ 1 ⟺ −3 ≤
3sen(𝑥 − 𝜋) ≤ 3. Isto significa que Im(𝑓) = [−3, 3].

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b) 𝑔(𝑥) = 1 + 2sen(4𝑥)
Uma possível sequência de transformações no gráfico da função seno até obter o gráfico da função 𝑓 é:
(1) (2) (3)
𝑦 = sen 𝑥 → 𝑦 = sen(4𝑥) → 𝑦 = 2sen(4𝑥) → 𝑔(𝑥) = 1 + 2sen(4𝑥)

(1) Como o número real que está multiplicando a variável 𝑥 é igual a 4 > 1, haverá uma redução
1
horizontal no gráfico da função seno, com fator multiplicativo 4.
1
Portanto, multiplicamos por o período 2p da função seno, e o período da função 𝑔 será igual a
4
1 p
× 2p = .
4 2

(2) Como o número real que está multiplicando sen(4𝑥) é igual a 2 > 1, haverá uma ampliação
vertical no gráfico de y = sen(4𝑥), com fator multiplicativo 2.

(3) O gráfico de 𝑔 será uma translação vertical do gráfico de y = 2sen(4𝑥), de 1 unidade para cima.
Um esboço desse gráfico é:
Observe que para qualquer ângulo,
−1 ≤ sen(4𝑥) ≤ 1 ⟹ −2 ≤ 2sen(4𝑥) ≤ 2 ⟹ −2 + 1 ≤ 1 + 2sen(4𝑥) ≤ 2 + 1
Logo −1 ≤ 1 + 2sen(4𝑥) ≤ 3 . Isto significa que Im(𝑔) = [−1, 3].

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

c) ℎ(𝑥) = −2 + 4cos(2𝑥)
Uma possível sequência de transformações no gráfico da função cosseno até obter o gráfico da função 𝑓
(1) (2) (3)
é: 𝑦 = cos 𝑥 → 𝑦 = cos(2𝑥) → 𝑦 = 4cos(2𝑥) → ℎ(𝑥) = −2 + 4cos(2𝑥)

(1) Como o número real que está multiplicando a variável 𝑥 é igual a 2 > 1, haverá uma redução
1
horizontal no gráfico da função cosseno, com fator multiplicativo 2.
1
Portanto, multiplicamos por o período 2𝜋 da função cosseno, e o período da função ℎ será igual a
2
1
× 2p = p .
2

(2) Como o número real que está multiplicando cos(2𝑥) é igual a 4 > 1, haverá uma ampliação vertical
no gráfico de y = cos(2𝑥), com fator
multiplicativo 4.

(3) O gráfico de ℎ será uma translação vertical do gráfico de y = 4cos(2𝑥), de 2 unidades para baixo.
Um esboço desse gráfico é:
Observe que para qualquer ângulo, − 1  cos( 2 x )  1  − 4  4 cos( 2 x )  4
 − 2 − 4  − 2 + 4 cos( 2 x )  − 2 + 4 . Logo − 6  − 2 + 4 cos ( 2 x )  2 .
Isto significa que Im(ℎ) = [−6, 2].

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo

d) 𝑗(𝑥) = |3 sen(𝑥 − 𝜋)|


Esta função é o módulo da função f do item a).
Para esboçar o seu gráfico, devemos preservar a parte do gráfico da função 𝑓(𝑥) = 3 sen(𝑥 − 𝜋), onde
𝑓(𝑥) ≥ 0 (a parte do gráfico que está acima do eixo O x e os pontos que estão sobre o eixo O x ) e

considerar o gráfico da função − f ( x ) , onde f ( x)  0 (fazemos uma reflexão com relação ao eixo

Ox , da parte do gráfico da função 𝑓(𝑥) = 3 sen(𝑥 − 𝜋), que está abaixo do eixo Ox ).
Um esboço desse gráfico é:

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑥
e) 𝑘(𝑥) = 2 − 3 cos ( 2 − 𝜋)
Primeiramente vamos usar uma identidade trigonométrica para simplificar a função:
𝑥 𝑥
𝑘(𝑥) = 2 − 3 cos ( 2 − 𝜋) =
⏟ 2 + 3 cos ( 2 )
cos(𝑎−𝜋)=− cos(𝑎)

Uma possível sequência de transformações no gráfico da função cosseno até obter o gráfico da função 𝑘
(1) 𝑥 (2) 𝑥 (3) 𝑥
é: 𝑦 = cos 𝑥 → 𝑦 = cos (2) → 𝑦 = 3cos (2) → 𝑘(𝑥) = 2 + 3cos (2)

1
(1) Como o número real que está multiplicando a variável 𝑥 é igual a < 1, haverá uma ampliação
2

horizontal no gráfico da função cosseno, com fator multiplicativo 2.

Portanto, multiplicamos por 2 o período 2𝜋 da função cosseno, o período da função 𝑘 será igual a
2 × 2 p = 4𝜋.

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EP 08 – 2018-2 – Equações, inequações e gráficos – seno e cosseno GABARITO Pré-Cálculo
𝑥
(2) Como o número real que está multiplicando cos (2) é igual a 3 > 1, haverá uma ampliação vertical
𝑥
no gráfico de 𝑦 = cos (2), com fator multiplicativo 3.

𝑥
(3) O gráfico de 𝑘 será uma translação vertical do gráfico de 𝑦 = 3cos (2), de 2 unidades para cima. Um

esboço desse gráfico é:

𝑥 𝑥
Observe que para qualquer ângulo, −1 ≤ cos (2) ≤ 1 ⟹ −3 ≤ 3cos (2) ≤ 3 ⟹ −3 + 2 ≤ 2 +
𝑥
3cos (2) ≤ 3 + 2 . Logo −1 ≤
𝑥
2 + 3cos (2) ≤ 5 . Isto

significa que Im(𝑘) = [−1, 5].

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EP 09 – 2018-2 – GABARITO – Tan, Sec, Cot e Csc no Círculo. Equações-Inequações-Gráfico - Pré-Cálculo

CEDERJ
Gabarito – EP 09
Pré-Cálculo
_____________________________________________________________________________________

Exercício 1 Determine o sinal de:


11𝜋
a) tan ( ) b) sen(21°) × cos (90°1′ ) × tan(181°)
5

Resolução:

11𝜋 10𝜋+𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
a) = = 2𝜋 + ≡ e 0< < , ou seja, é um ângulo do 1º. quadrante.
5 5 5 5 5 2 5
11𝜋 𝜋
Portanto, tan = tan 5 é positivo.
5

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) 21° está no 1º. quadrante, logo sen(21°) é positivo.


90°1′ está no 2º. quadrante, logo cos (90°1′ ) é negativo.
181° está no 3º. quadrante, logo tan(181°) é positivo.
Produto de dois positivos por um negativo, o resultado é negativo.
_____________________________________________________________________________________
Exercício 2 Para que ângulos, no intervalo [−3𝜋, 5𝜋], a tangente não está definida? E a cotangente?
Resolução:
𝜋
Sabemos que tan 𝜃 não está definida quando 𝜃 = 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 é um inteiro.

Uma maneira de resolver é substituir os valores de 𝑘 e verificar se 𝜃 está no intervalo [−3𝜋, 5𝜋].
𝜋
Para 𝑘 = 0, temos 𝜃 = ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 3𝜋
Para 𝑘 = 1, temos 𝜃 = 2 + 𝜋 = ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 𝜋
Para 𝑘 = −1, temos 𝜃 = 2 − 𝜋 = − 2 ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
𝜋 5𝜋
Para 𝑘 = 2, temos 𝜃 = 2 + 2𝜋 = ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 3𝜋
Para 𝑘 = −2, temos 𝜃 = 2 − 2𝜋 = − ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 7𝜋
Para 𝑘 = 3, temos 𝜃 = 2 + 3𝜋 = ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 5𝜋
Para 𝑘 = −3, temos 𝜃 = 2 − 3𝜋 = − ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 9𝜋
Para 𝑘 = 4, temos 𝜃 = 2 + 4𝜋 = ∈ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 7𝜋
Para 𝑘 = −4, temos 𝜃 = 2 − 4𝜋 = − ∉ [−3𝜋, 5𝜋]
2
𝜋 11𝜋
Para 𝑘 = 5, temos 𝜃 = 2 + 5𝜋 = ∉ [−3𝜋, 5𝜋]
2
5𝜋 3𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋 7𝜋 9𝜋
Portanto, a tangente não está definida em − , − , −2, , , , , .
2 2 2 2 2 2 2

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Outra maneira:
resolver uma inequação na incógnita 𝑘 e depois substituir os valores de 𝑘.
𝜋
Sabemos que tan 𝜃 não está definida quando 𝜃 = 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 é um inteiro.
𝜋 𝜋 𝜋 7𝜋 9𝜋 7 9
−3𝜋 ≤ + 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 ⟺ −3𝜋 − 2 ≤ 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 − 2 ⟺ − ≤ 𝑘𝜋 ≤ ⟺ − 2 ≤ 𝑘 ≤ 2.
2 2 2

Como 𝑘 é número inteiro, concluímos que os valores possíveis de 𝑘 são: −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4.
𝜋 5𝜋 𝜋 3𝜋
Logo os correspondentes valores de 𝜃 são: − 3𝜋 = − ; − 2𝜋 = − ;
2 2 2 2
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 𝜋 5𝜋 𝜋 7𝜋 𝜋 9𝜋
−𝜋 = −2 ; ; +𝜋 = ; + 2𝜋 = ; + 3𝜋 = ; + 4𝜋 = .
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
5𝜋 3𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋 7𝜋 9𝜋
Portanto, a tangente não está definida em − , − , −2, , , , , .
2 2 2 2 2 2 2

Agora, para a cotangente.


Sabemos que cot 𝜃 não está definida quando 𝜃 = 𝑘𝜋, 𝑘 é um inteiro.
−3𝜋 ≤ 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 ⟺ −3 ≤ 𝑘 ≤ 5.
Como 𝑘 é número inteiro, concluímos que os valores possíveis de 𝑘 são: −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5.
Portanto, a cotangente não está definida em −3𝜋, −2𝜋, −𝜋, 0, 𝜋, 2𝜋, 3𝜋, 4𝜋, 5𝜋.
_____________________________________________________________________________________
5 3𝜋
Exercício 3 Calcule tan 𝑥, sabendo que cos 𝑥 = − 6 e que 𝜋 < 𝑥 < .
2

Resolução:
25
Pela identidade trigonométrica fundamental, sen2 𝑥 + cos2 𝑥 = 1, temos que sen 𝑥 = ± √1 − 36 =

√11 √11 √11


± , como 𝑥 é um ângulo do 3º quadrante, sen 𝑥 = − , . Logo, tan 𝑥 = .
6 6 5

_____________________________________________________________________________________

Exercício 4 Simplifique as expressões:

sec2 𝑥 sen4 𝑥−cos4 𝑥 tan 𝑥+cot 𝑥


a) b) c)
1+tan2 𝑥 1−√2 cos 𝑥 csc2 𝑥

Resolução:
1 1
sec2 𝑥 cos2 𝑥 cos2 𝑥
a) = cos2 𝑥+sen2 𝑥
= 1 =1
1+tan2 𝑥
cos2 𝑥 cos2 𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

sen4 𝑥−cos4 𝑥 (sen2 𝑥−cos2 𝑥)(sen2 𝑥+cos2 𝑥) (sen2 𝑥−cos2 𝑥).1 1−cos2 𝑥−cos2 𝑥 1−2cos2 𝑥
b) = = = = 1−√2 cos x =
1−√2 cos 𝑥 1−√2 cos 𝑥 1−√2 cos 𝑥 1−√2 cos 𝑥

(1−√2 cos 𝑥)(1+√2 cos 𝑥)


= 1 + √2 cos 𝑥.
(1−√2 cos 𝑥)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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sen 𝑥 cos 𝑥 sen2 𝑥+cos2 𝑥


tan 𝑥+cot 𝑥 + 1
c) = cos 𝑥 𝑠en 𝑥
1 = cos 𝑥 sen 𝑥
1 = cos 𝑥 sen 𝑥 . sen2 𝑥 = tan 𝑥.
csc2 𝑥
sen2 𝑥 sen2 𝑥

_____________________________________________________________________________________

√5
Exercício 5 Dado cos 𝑥 = e tan 𝑥 > 0, calcule 𝑦 = tan2 𝑥 + 2sen 𝑥.
3

Resolução:
Observe que 𝑥 é um ângulo do 1º quadrante, pois cos 𝑥 > 0 e tan 𝑥 > 0. Assim, pela identidade
5 2
trigonométrica fundamental, sen2 𝑥 + cos 2 𝑥 = 1, temos que sen 𝑥 = √1 − 9 = 3 e
2
sen 𝑥 3 2 3 2
consequentemente, tan 𝑥 = = √5
= × = .
cos 𝑥 3 √5 √5
3

4 2 32
Portanto, 𝑦 = tan2 𝑥 + 2sen 𝑥 = 5 + 2. 3 = 15.

_____________________________________________________________________________________

Exercício 6 Simplifique as expressões abaixo:


𝜋 𝜋
cot 𝑥+csc 𝑥 cos2 𝑥− sen2 𝑥 cos( − 𝑥)sen( − 𝑥)cos(𝜋+𝑥)
2 2
a) b) c) 𝜋
sen 𝑥 cos2 𝑥− sen𝑥 cos𝑥 sen(𝜋 − 𝑥) cos(𝑥 − 2𝜋)cos( + 𝑥)
2

Resolução:
cos 𝑥 1
cot 𝑥+csc 𝑥 + cos 𝑥 +1 cos 𝑥+1 1+cos 𝑥 1
sen 𝑥 sen 𝑥
a) = = = 1−cos2𝑥 = (1+cos 𝑥)(1−cos 𝑥) = .
sen 𝑥 sen 𝑥 sen2 𝑥 1−cos 𝑥

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
cos2 𝑥− sen2 𝑥 (cos 𝑥−sen 𝑥)(cos 𝑥+sen 𝑥) cos 𝑥+sen 𝑥
b) = = = 1 + tan 𝑥.
cos2 𝑥−sen 𝑥 cos 𝑥 cos 𝑥(cos 𝑥−sen 𝑥) cos 𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝜋 𝜋
cos( − 𝑥) sen( − 𝑥)cos(𝜋+𝑥) sen 𝑥 cos 𝑥(− cos 𝑥)
2 2
c) 𝜋 = = cot 𝑥.
sen(𝜋 − 𝑥) cos(𝑥 − 2𝜋)cos( + 𝑥) sen 𝑥 cos 𝑥(−𝑠𝑒𝑛𝑥)
2
_____________________________________________________________________________________

Exercício 7 Demonstre as identidades:


tan 𝛼+tan 𝛽
a) tan(𝛼 + 𝛽) = para todo 𝛼 ∈ ℝ e todo 𝛽 ∈ ℝ tais que 1 − tan 𝛼 tan 𝛽 ≠ 0.
1−tan 𝛼 tan 𝛽
tan 𝛼−tan 𝛽
b) tan(𝛼 − 𝛽) = . para todo 𝛼 ∈ ℝ e todo 𝛽 ∈ ℝ tais que 1 + tan 𝛼 tan 𝛽 ≠ 0.
1+tan 𝛼 tan 𝛽

Resolução:
sen(𝛼+𝛽) sen 𝛼 cos 𝛽+sen 𝛽 cos 𝛼 tan 𝛼+tan 𝛽
a) tan(𝛼 + 𝛽) = = cos 𝛼 cos 𝛽−sen 𝛼 sen 𝛽 = 1−tan 𝛼 tan 𝛽, onde a última igualdade foi obtida
cos(𝛼+𝛽)

dividindo-se o numerador e o denominador da fração anterior por cos 𝛼 cos 𝛽.


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b) Idem à anterior ou substitua em a) 𝛽 𝑝𝑜𝑟 − 𝛽.


_____________________________________________________________________________________
6
Exercício 8 Se tan 𝑥 = 5, qual o valor de tan 2𝑥 ?

(Sugestão: use o exercício 7) anterior ou a identidade (5) já provada.


Resolução:
2×6
2 tan 𝑥 5 60
Pelo item a) do ex. 7 com 𝑥 = 𝛼 = 𝛽, temos tan 2𝑥 = 1−tan2 𝑥 = 6 2
= − 11.
1−( )
5
Muito cuidado, não é correto simplificar assim: 𝐭𝐚𝐧 𝟐𝒙 = 𝟐 𝐭𝐚𝐧 𝒙. Se fosse correto, teríamos tan 2𝑥 =
6 12 12 60
2 tan 𝑥 = 2 × 5 = 5 , mas 5 ≠ − 11 (obtido acima). Sabe por que fizemos esse comentário? Porque
muitos alunos cometem esse tipo de erro na prova, e não gostaríamos que você fosse mais um!
_____________________________________________________________________________________

Exercício 9 Mostre que tan(22°30′ ) = √2 − 1.


Resolução:
2 tan(22°30′ )
Pelo item a) do ex. 7, ou pela identidade 5, com 𝑥 = 22°30′, temos 1 = tan(45°) = 1−tan2(22°30′ ).
2𝑡
Chamemos 𝑡 = tan(22°30′ ), então devemos resolver a equação 1= 1−𝑡 2 , logo 1 − 𝑡 2 = 2𝑡, donde 𝑡 é

solução da equação do 2° grau 𝑡 2 + 2𝑡 − 1 = 0.


As raízes dessa equação são −1 ± √2 e como 𝑡 > 0 (1° quadrante), temos 𝑡 = −1 + √2.
_____________________________________________________________________________________

𝜋 𝜋
Exercício 10 Se 𝑥 ∈ [12 , 6 ], encontrar o intervalo de variação de 𝑓(𝑥) = 2 + √3 tan(2𝑥).

Resolução:
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
𝑥 ∈ [12 , 6 ] ⟹ ≤𝑥≤ ⟹ ≤ 2𝑥 ≤ 3 .
12 6 6
𝜋 𝜋
Mudando a variável, fazendo 𝜃 = 2𝑥, temos que ≤ 𝜃 ≤ 3.
6

Podemos analisar a variação de 𝜃 e do correspondente valor de tan 𝜃


no círculo trigonométrico.
𝜋 1 𝜋 √3
𝜋 sen( ) 1 𝜋 sen( )
6 2 3 2
tan ( 6 ) = 𝜋 = √3
= e tan ( 3 ) = 𝜋 = 1 = √3,
cos( ) √3 cos( )
6 2 3 2

podemos marcar esses valores da tangente na reta orientada 𝑡,


tangente ao círculo trigonométrico.
1
Observando a variação da tan 𝜃 na reta orientada 𝑡, temos que ≤ tan 𝜃 ≤ √3.
√3
1
Voltando à variável original 𝑥, temos que ≤ tan 2𝑥 ≤ √3.
√3

1 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 √3 𝑠𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 2


≤ tan 2𝑥 ≤ √3 ⇒ 1 ≤ √3 tan 2𝑥 ≤ 3 ⇒
√3
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3 ≤ 2 + √3 tan 2𝑥 ≤ 5.
Portanto 𝑓(𝑥) = 2 + √3 tan(2𝑥) ∈ [3, 5].

_____________________________________________________________________________________

Exercício 11 Em cada item, encontre a solução e marque-a no círculo trigonométrico.


a) tan 𝑥 = −1 em [𝜋, 5𝜋].
2 3𝜋
b) sec 𝑥 = em [ 2 , 2𝜋]
√3

c) √3 |cot 2𝑥| = 1 em ℝ.
d) 2csc 2 𝑥 = 9 − 4 sen2 𝑥, em [0,2π].

Solução:
a) Observando no círculo trigonométrico, na figura ao lado, temos que
𝜋
𝑥 = − 4 é um ângulo do 4º. quadrante tal que tan(𝑥) = −1.

Como a tangente tem período igual a 𝜋, as soluções da equação devem


𝜋
ser da forma 𝑥 = − 4 + 𝑘𝜋 , onde 𝑘 é um inteiro.
𝜋
Para determinar os valores de 𝑘 para os quais − 4 + 𝑘𝜋 ∈ [𝜋, 5𝜋],

precisamos resolver a inequação:


𝜋 𝜋 𝜋 5𝜋 21𝜋 5 21
𝜋 ≤ − 4 + 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 ⟺ 𝜋 + 4 ≤ 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 + 4 ⟺ ≤ 𝑘𝜋 ≤ ⟺ ≤𝑘≤
4 4 4 4
𝑘 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜
⇒ 2 ≤ 𝑘 ≤ 5.
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 7𝜋 11𝜋 15𝜋 19𝜋
Logo a solução é: 𝑆 = {− 4 + 2𝜋, − 4 + 3𝜋, − 4 + 4𝜋, − 4 + 5𝜋} = { 4 , , , }.
4 4 4

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OBSERVAÇÃO: outra forma de resolver é:


3𝜋
Observando no círculo trigonométrico, na figura acima, temos que 𝑥 = é um ângulo do 2º. quadrante
4

tal que tan(𝑥) = −1.


3𝜋
Como a tangente tem período igual a 𝜋, as soluções da equação devem ser da forma 𝑥 = + 𝑘𝜋 ,
4

onde 𝑘 é um inteiro.
3𝜋
Para determinar os valores de 𝑘 para os quais + 𝑘𝜋 ∈ [𝜋, 5𝜋], precisamos resolver a inequação:
4

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3𝜋 3𝜋 3𝜋 𝜋 17𝜋 1 17
𝜋≤ + 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 ⟺ 𝜋− ≤ 𝑘𝜋 ≤ 5𝜋 − ⟺ ≤ 𝑘𝜋 ≤ ⟺ ≤𝑘≤
4 4 4 4 4 4 4
𝑘 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜
⇒ 1 ≤ 𝑘 ≤ 4.
3𝜋 3𝜋 3𝜋 3𝜋 7𝜋 11𝜋 15𝜋 19𝜋
Logo a solução é: 𝑆 = { 4 + 𝜋, + 2𝜋, + 3𝜋, + 4𝜋} = { 4 , , , }.
4 4 4 4 4 4

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2 3𝜋
b) sec 𝑥 = em [ 2 , 2𝜋]
√3
1 𝜋
sec 𝑥= , 𝑥≠ +𝑘𝜋
2 cos 𝑥 2 1 2 √3
sec 𝑥 = ⇔ = ⟺ cos 𝑥 =
√3 cos 𝑥 √3 2
𝜋 𝜋 11𝜋
Observando no círculo trigonométrico, na figura ao lado, temos que 𝑥 = ou 𝑥 = 2𝜋 − = são os
6 6 6

√3
ângulos do 1º e 4º. quadrantes para os quais cos 𝑥 = .
2
3𝜋 11𝜋
Como foi pedido 𝑥 ∈ [ 2 , 2𝜋], a única solução é 𝑥 = .
6

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 𝜋
cot 2𝑥= , 2𝑥≠𝑘𝜋, 2𝑥≠ +𝑘𝜋
1 tan 2𝑥 2 1 1
c) √3 |cot 2𝑥| = 1 ⟺ |cot 2𝑥| = ⇔ |tan 2𝑥| = ⟺ |tan 2𝑥| = √3 .
√3 √3

Mudando a variável, fazendo 2𝑥 = 𝑦, temos que resolver a equação |tan 𝑦| = √3.

Para resolver, vamos usar o círculo trigonométrico para o ângulo 𝑦.


|tan 𝑦| = √3 ⟺ tan 𝑦 = √3 𝑜𝑢 tan 𝑦 = −√3.
𝜋 √3 𝜋 1 𝜋
Como sen 3 = e cos 3 = 2, concluímos que o ângulo 𝑦 = é um
2 3

ângulo do 1º. quadrante tal que tan(𝑦) = √3.


𝜋
Pelas simetrias no círculo trigonométrico, na figura ao lado, 𝑦 = − 3 é

um ângulo do 4º. quadrante tal que tan(𝑦) = −√3.


Como a tangente tem período igual a 𝜋, as soluções da equação são:
π π
y = − 3 + k1 π ou y = 3 + k 2 π, onde k1 , k 2 são inteiros.

Voltando à variável original 𝑥, as soluções são:


π π
2x = − 3 + k1 π ou 2x = 3 + k 2 π, onde k1 , k 2 são inteiros.
π π π π
Solução final: x = − 6 + k1 2 ou x = 6 + k 2 2 , onde k1 , k 2 são inteiros.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) 2csc 2 𝑥 = 9 − 4 sen2 𝑥, em [0,2π]
1
csc 𝑥= , 𝑥≠𝑘𝜋
2 2 sen 𝑥 1
2csc 𝑥 = 9 − 4 sen 𝑥 ⇔ 2 ∙ sen2 𝑥 = 9 − 4 sen2 𝑥 ⟹ 2 = 9 sen2 𝑥 − 4 sen4 𝑥.

Mudando a variável, fazendo 𝑦 = sen2 𝑥 , temos que 2 = 9y − 4y 2 .

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Resolvendo a equação em 𝑦,:

−(−9)±√(−9)2 −4(4)(2)
2 = 9y − 4y 2 ⟺ 4y 2 − 9y + 2 = 0 ⟺ 𝑦= 2∙4

9±√81−32 9±√49 9+7 9−7 1


𝑦 = = ⟺y= =2 ou y = = 4.
8 8 8 8

1
Voltando à variável original 𝑥, temos que sen2 𝑥 = 4 ou sen2 𝑥 = 2. Resolvendo cada equação:

 sen2 𝑥 = 2 não tem solução pois sabemos que – 1 ≤ sen 𝑥 ≤ 1, logo 0 ≤ sen2 𝑥 ≤ 1.
1 1 1
 sen2 𝑥 = 4 ⟺ sen 𝑥 = 2 ou sen 𝑥 = − 2.

Logo, observando no círculo trigonométrico, temos que, para


𝑥 ∈ [0,2π], as soluções são:
1 𝜋 5𝜋
sen 𝑥 = 2 ⟺ 𝑥 = 𝑜𝑢 𝑥=
6 6

1 7𝜋 11𝜋
sen 𝑥 = − 2 ⟺ 𝑥 = 𝑜𝑢 𝑥=
6 6

𝜋 5𝜋 7𝜋 11𝜋
Portanto, obtemos 𝑆 = { 6 , , , }.
6 6 6

__________________________________________________________________________________

Exercício 12 Dê o domínio de cada função.


1
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 b) 𝑔(𝑥) = √2 − sec 2 𝑥
1−tan
2

Solução:
1
a) Temos duas restrições para o domínio de 𝑓(𝑥) = 𝑥 :
1−tan
2
𝜋 𝑥 𝜋
I) A tangente está definida em ℝ − { 2 + 𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}, logo, devemos ter; ≠ 2 + 𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
2

Para explicitar a variável 𝑥 podemos multiplicar tudo por 2 𝑥 ≠ 𝜋 + 2𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.


Logo a solução dessa restrição é 𝑆𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 𝜋 + 2𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ }

𝑥
II) O denominador deve ser não nulo, logo devemos ter: 1 − tan (2) ≠ 0.
𝑥 𝑥 𝜋
Resolvendo a equação associada, tan (2) = 1 ⟺ = 4 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
2
𝜋
Para explicitar a variável 𝑥 podemos multiplicar tudo por 2 𝑥 = 2 + 2𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
𝜋
Logo a solução dessa restrição é 𝑆𝐼𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2 + 2𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ }.

Portanto:
𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = 𝑆𝐼 ∩ 𝑆𝐼𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 𝜋 + 2𝑘 𝜋 𝑒 𝑥 ≠ 2 + 2𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ }
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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b) Temos duas restrições para o domínio de 𝑔(𝑥) = √2 − sec 2 𝑥.


𝜋
I) A secante está definida em ℝ − {2 + 𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}.
𝜋
Logo a solução dessa restrição é 𝑆𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2 + 𝑘 𝜋, 𝑘 ∈ ℤ }

II) O radicando deve ser positivo ou nulo, ou seja, 2 − sec 2 𝑥 ≥ 0.


Simplificando a inequação,
1
sec 𝑥=
2 2 cos 𝑥 1 1 1
2 − sec 𝑥 ≥ 0 ⟺ sec 𝑥 ≤ 2 ⇔ ≤2 ⟺ ≤ cos2 𝑥 ⟺ cos2 𝑥 ≥ 2
cos2 𝑥 2

1 1 √2 √2 √2
⟺ √cos2 𝑥 ≥ √2 ⟺ |cos 𝑥| ≥ = ⟺ cos 𝑥 ≥ 𝑜𝑢 cos 𝑥 ≤ −
√2 2 2 2

√2 √2
As equações associadas são: cos 𝑥 = ou cos 𝑥 = − , resolvendo-as no intervalo [0, 2𝜋],
2 2

√2 𝜋 7𝜋
cos 𝑥 = ⟺ 𝑥= 𝑜𝑢 𝑥 = .
2 4 4

√2 3𝜋 5𝜋
cos 𝑥 = − ⟺ 𝑥= 𝑜𝑢 𝑥 = .
2 4 4

Podemos marcar as soluções dessas equações no círculo


trigonométrico e marcar os segmentos no eixo horizontal, que
√2 √2
correspondem às inequações cos 𝑥 > ou cos 𝑥 < − .
2 2

Para escrever as soluções na forma de intervalos precisamos prestar muita atenção se estamos
escrevendo intervalos de forma que o extremo esquerdo seja menor que o extremo direito, por exemplo,

√𝟐 𝟕𝝅 𝝅 𝟕𝝅 𝝅
para 𝐜𝐨𝐬 𝒙 > 𝟐
NÃO É CORRETO escrever 𝟒
<𝑥< 𝟒
𝒐𝒖 𝒙 ∈ [ 𝟒 , 𝟒 ] , o correto é considerar o
𝟕𝝅 𝝅
ângulo do extremo esquerdo como o maior ângulo congruente com , que é menor do que 𝟒 , isto é, o
𝟒
𝟕𝝅 𝝅 𝟕𝝅
ângulo − 𝟐𝝅 = − ≡ .
𝟒 𝟒 𝟒

1 𝜋 𝜋
Assim, podemos concluir que as soluções da inequação cos2 𝑥 ≥ 2 estão em um dos intervalos [− 4 , 4 ]
3𝜋 5𝜋
ou [4 , ] ou qualquer outro intervalo congruente com um desses intervalos.
4

𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋
Portanto a solução da restrição (II) é 𝑆𝐼𝐼 = [− 4 + 2𝑘𝜋, 4 + 2𝑘𝜋] ∪ [ 4 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋], 𝑘 é um inteiro.
4

Como 𝐷𝑜𝑚 (𝑔) = 𝑆𝐼 ∩ 𝑆𝐼𝐼 , concluímos:

𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋
𝐷𝑜𝑚 (𝑔) = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2 + 𝑘 𝜋, 𝑥 ∈ [− 4 + 2𝑘𝜋, 4 + 2𝑘𝜋] ∪ [ 4 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋] , 𝑘 ∈ ℤ}
4

𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋
Como + 𝑘𝜋 ∉ [− 4 + 2𝑘𝜋, 4 + 2𝑘𝜋] e + 𝑘 𝜋 ∉ [ 4 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋]
2 2 4

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𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋
𝐷𝑜𝑚 (𝑔) = [− 4 + 2𝑘𝜋, 4 + 2𝑘𝜋] ∪ [ 4 + 2𝑘𝜋, + 2𝑘𝜋] 𝑘∈ℤ
4

__________________________________________________________________________________

Exercício 13 Para cada função, faça o que se pede.

(i) Se preciso, use identidades trigonométricas para simplificar a função.


(ii) Encontre o domínio da função contido no intervalo 𝐼 dado.
(iii) Descreva uma possível sequência de transformações para obter o gráfico da função.
(iv) Esboce o gráfico marcando pelo menos 6 (seis) pontos, 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3, 𝑥4 , 𝑥5 , 𝑥6 no eixo 𝑥 em que é
possível identificar pontos no gráfico da função.
(v) Dê a imagem da função.
1
a) 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) − cot(𝜋−𝑥) 𝐼 = [−3𝜋, 3𝜋].
𝜋
b) 𝑔(𝑥) = 3sec (𝑥 + 5 ) 𝐼 = [0,4𝜋].

4 sen 𝑥
c) 𝑝(𝑥) = 1−cos 𝑥 − 4 cot 𝑥 𝐼 = [0,3𝜋]

Sugestão: para simplificar, multiplique por (1 + cos 𝑥) tanto o numerador quanto o denominador da fração
contida na expressão de 𝑝(𝑥).

d) 𝑞(𝑥) = 4 − | cot 2𝑥 | 𝐼 = [0,2𝜋]


𝜋
−1 + tan 𝑥 se 0 ≤ 𝑥 < 2
e) 𝑟(𝑥) = { 𝜋 𝐼 = [0, 𝜋]
1 − tan 𝑥 se <𝑥≤𝜋
2

Solução:
1
a) 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) − cot(𝜋−𝑥) 𝐼 = [−3𝜋, 3𝜋].

1 cot(x)tem período π, cot(𝜋−𝑥)=cot(−𝑥) 1


(i) 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) − cot(𝜋−𝑥) ⇒ 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) − cot(−𝑥)

1
cot(x)é ímpar, cot(−𝑥)=−cot 𝑥 tan(𝑥)=
1 cot 𝑥
⇒ 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) + cot(𝑥) ⇒ 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) + tan(𝑥).

Logo, 𝑓(𝑥) = 2 + 2 tan(𝑥).

1
(ii) O domínio de 𝑓(𝑥) = 2 + tan(𝑥) − cot(𝜋−𝑥) tem três restrições:

𝜋
I) A função tan(𝑥) está definida para 𝑥 ≠ 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 é um inteiro.

𝜋
Logo a solução da restrição (I) é 𝑆𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}

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II) A função cot(𝜋 − 𝑥) está definida para 𝜋 − 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 é um inteiro.

𝜋 − 𝑥 ≠ 𝑘𝜋 ⟺ −𝑥 ≠ −𝜋 + 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 ≠ 𝜋 − 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 ≠ (1 − 𝑘)𝜋

Observe que:

{𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 = (1 − 𝑘)𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} = {(1 − 0)𝜋} ∪ {(1 − 1)𝜋, (1 − 2)𝜋, (1 − 3)𝜋, (1 − 4)𝜋, ⋯ } ∪

{(1 − (−1))𝜋, (1 − (−2))𝜋, (1 − (−3))𝜋, (1 − (−4))𝜋, ⋯ } =

{𝜋} ∪ {0, −𝜋, −2𝜋, −3𝜋, ⋯ } ∪ {2𝜋, 3𝜋, 4𝜋, 5𝜋, ⋯ } = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 = 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}.

Logo, {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ (1 − 𝑘)𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}.

Logo a solução da restrição (II) é 𝑆𝐼𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}

III) O denominador deve ser não nulo, isto é, cot(𝜋 − 𝑥) ≠ 0.


𝜋
cot(𝜋 − 𝑥) = 0 ⟺ 𝜋 − 𝑥 = 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ

𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
𝜋 − 𝑥 = 2 + 𝑘𝜋 ⟺ −𝑥 = −𝜋 + 2 + 𝑘𝜋 ⟺ −𝑥 = − 2 + 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 = 2 − 𝑘𝜋.

𝜋 𝜋
Mas, {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 = 2 − 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 = 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}

𝜋
Logo a solução da restrição (III) é 𝑆𝐼𝐼𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}

Como foi pedido o domínio contido em 𝐼 = [−3𝜋, 3𝜋], temos que

𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = {𝑥 ∈ [−3𝜋, 3𝜋]; 𝑥 ≠ 2 + 𝑘𝜋 𝑒 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ} =

5𝜋 3𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 5𝜋
[−3𝜋, 3𝜋] − {−3𝜋, − , −2𝜋, − , −𝜋, − 2 , 0, , 𝜋, , 2𝜋, , 3𝜋},
2 2 2 2 2

5𝜋 5𝜋 3𝜋 3𝜋 𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = (−3𝜋, − ) ∪ (− , −2𝜋) ∪ (−2𝜋, − ) ∪ (− , −𝜋) ∪ (−𝜋, − 2 ) ∪
2 2 2 2

𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 3𝜋 5𝜋 5𝜋
(− 2 , 0) ∪ (0, 2 ) ∪ (2 , 𝜋) ∪ (𝜋, ) ∪ ( 2 , 2𝜋) ∪ (2𝜋, ) ∪ ( 2 , 3𝜋)
2 2

(1) (2)
(iii) y = tan 𝑥 → y = 2 tan 𝑥 → 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 2 + 2 tan(𝑥)

(1) Como 2 > 0, alongamento vertical do gráfico de y = tan 𝑥, por um fator multiplicativo 2.

(2) Translação vertical do gráfico de y = 2 tan 𝑥, de 2 unidades para cima.

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(iv)

(v) Imagem de 𝑓 é ℝ − {2}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝜋
b) 𝑔(𝑥) = 3sec (𝑥 + 5 ) 𝐼 = [0,4𝜋].

(i) Não é preciso simplificar.


𝜋
(ii) A função secante está definida em ℝ − {2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ},

𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋
Logo, 𝑥 + 5 ≠ 2 + 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 ≠ 2 − 5 + 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥 ≠ + 𝑘𝜋.
10

Como foi pedido o domínio contido em 𝐼 = [0,4𝜋], temos que


3𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑔) = {𝑥 ∈ [0,4𝜋]; 𝑥 ≠ + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}
10

3𝜋 13𝜋 23𝜋 33𝜋


𝐷𝑜𝑚(𝑔) = [0,4𝜋] − {10 , , , }
10 10 10

(1) (2) 𝜋
(iii) 𝑦 = sec 𝑥 → 𝑦 = 3 sec 𝑥 → y = 3 sec (𝑥 + 5 )

(1) Como 3 > 0, alongamento vertical do gráfico de 𝑦 = sec 𝑥, por um fator multiplicativo 3.

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𝜋
(2) Translação horizontal do gráfico de 𝑦 = 3 sec 𝑥, de unidades para esquerda.
5

(iv)

(v) 𝐼𝑚(ℎ) = (−∞, −3] ∪ [3, ∞)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4 sen 𝑥
c) 𝑝(𝑥) = 1−cos 𝑥 − 4 cot 𝑥 𝐼 = [0,3𝜋]
4 sen 𝑥 (4 sen 𝑥)(1+cos 𝑥) 4 cos 𝑥 (4 sen 𝑥)(1+cos 𝑥) 4 cos 𝑥 (4 sen 𝑥)(1+cos 𝑥) 4 cos 𝑥
(i) − 4 cot 𝑥 = (1−cos 𝑥)(1+cos 𝑥) − = − = − =
1−cos 𝑥 sen 𝑥 (1−cos2 𝑥) sen 𝑥 sen2 𝑥 sen 𝑥

4(1+cos 𝑥) 4 cos 𝑥 4+4cos 𝑥 4 cos 𝑥 4


− = − = sen 𝑥 = 4 csc 𝑥
sen 𝑥 sen 𝑥 sen 𝑥 sen 𝑥

Logo 𝑝(𝑥) = 4 csc 𝑥.

(ii) O domínio de 𝑝(𝑥) tem 2 restrições:

I) cot 𝑥 está definida para 𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ

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II) O denominador deve ser não nulo, 1 − cos 𝑥 ≠ 0

1 − cos 𝑥 = 0 ⟺ cos x = 1 ⟺ 𝑥 = 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ .

Logo, 𝐷𝑜𝑚(𝑝) = {𝑥 ∈ [0,3𝜋]; 𝑥 ≠ 𝑘𝜋 𝑒 𝑥 ≠ 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}

𝐷𝑜𝑚(𝑝) = [0,3𝜋] − {0, 𝜋, 2𝜋, 3𝜋}.


(1)
(iii) 𝑦 = csc 𝑥 → 𝑦 = 4 csc 𝑥

(1) Como 4 > 0, alongamento vertical do gráfico de 𝑦 = csc 𝑥, por um fator multiplicativo 4.

(iv) figuras ao lado

(v) 𝐼𝑚(𝑝) = (−∞, −4] ∪ [4, ∞)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) 𝑞(𝑥) = 4 − | cot 2𝑥 | 𝐼 = [0,2𝜋]

(i) Não é preciso simplificar a função.

(ii) A cotangente está definida em ℝ − {𝑥 = 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}.


𝑘𝜋
Logo, para 𝑞(𝑥) = 4 − | cot 2𝑥 |, devemos ter que para 𝑘 ∈ ℤ, 2𝑥 ≠ 𝑘𝜋 ⟺ 𝑥≠ .
2

Como queremos o domínio de 𝑞(𝑥) contido em 𝐼 = [0,2𝜋], temos que


𝑘𝜋 𝜋 3𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑞) = {𝑥 ∈ [0,2𝜋]; 𝑥 ≠ , 𝑘 ∈ ℤ } = {𝑥 ∈ [0,2𝜋]; 𝑥 ≠ 0, 𝑥 ≠ 2 , 𝑥 ≠ 𝜋, 𝑥 ≠ , 𝑥 ≠ 2𝜋 }
2 2

𝜋 𝜋 3𝜋 3𝜋
𝐷𝑜𝑚(𝑞) = (0, 2 ) ∪ (2 , 𝜋) ∪ (𝜋, ) ∪ ( 2 , 2𝜋)
2

(1) (2) (3) (4)


(iii) 𝑦 = cot 𝑥 → 𝑦 = cot(2𝑥) → 𝑦 = |cot(2𝑥)| → 𝑦 = −|cot(2𝑥)| → 𝑦 = 4 − |cot(2𝑥)|

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1
(1) Como 2 > 0, redução horizontal do gráfico de 𝑦 = cot 𝑥 com fator multiplicativo .
2
1
Note que o período da cotangente, que é igual a 𝜋 também será multiplicado pelo fator 2 , logo o período
𝜋
da função 𝑦 = cot 2𝑥 será 2 .
(2) Reflexão no eixo 𝑥, da parte negativa do gráfico de 𝑦 = cot(2𝑥). Note que nesse caso o período não
se altera.
(3) Reflexão no eixo 𝑥, do gráfico de 𝑦 = |cot(2𝑥)|. Note que nesse caso o período não se altera.
(4) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = −|cot(2𝑥)| de 4 unidades para cima. Note que
nesse caso o período não se altera.

Pela observações sobre o período em cada transformação, concluímos que o período da função 𝑞(𝑥) =
𝜋
4 − | cot 2𝑥 | será igual ao período de 𝑦 = cot 2𝑥, que é igual a 2 .

Além disso, foi pedido que o domínio da função 𝑞(𝑥) deverá estar contido em 𝐼 = [0,2𝜋], ou seja, 0 ≤
𝑥 ≤ 2𝜋, onde 𝑥 é a variável do domínio de 𝑞. Qual será o intervalo da função inicial 𝑦 = cot 𝑥, para
atender essa exigência do domínio de q?
Como a variável do domínio só será alterada na 1ª. transformação, basta analisar essa transformação.
Vamos denominar a função inicial, 𝑦 = 𝑓(𝑥) = cot 𝑥 e a função transformada 𝑦 = 𝑔(𝑥) = cot 2𝑥 , nesse
caso, 𝑔(𝑥) = cot 2𝑥 = 𝑓(2𝑥) .
O domínio de 𝑔 é igual ao domínio de 𝑞 e deverá estar contido em 𝐼 = [0,2𝜋], ou seja, 0 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋,
onde 𝑥 é a variável do domínio de 𝑔 e do domínio de 𝑞.
Então, fazendo uma mudança de variável, 𝑧 = 2𝑥, temos que 𝑔(𝑥) = cot 2𝑥 = 𝑓(𝑧) e o domínio da
função inicial 𝑦 = 𝑓(𝑧) = cot 𝑧, deverá estará contido em 𝐼 = [0,4𝜋], já que 0 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋 ⟹ 0 ≤
2𝑥 ≤ 4𝜋 ⟹ 0 ≤ 𝑧 ≤ 4𝜋.
Agora, se substituirmos o nome da variável da função inicial, trocando 𝑧 por 𝑥, podemos responder:
o intervalo da função inicial 𝑦 = 𝑓(𝑥) = cot 𝑥, será 𝐼 = [0,4𝜋],

(iv)

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(v) 𝐼𝑚(𝑞) = (−∞, 4]

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝜋
−1 + tan 𝑥 se 0 ≤ 𝑥 < 2
e) 𝑟(𝑥) = { 𝜋 𝐼 = [0, 𝜋]
1 − tan 𝑥 se <𝑥≤𝜋
2

(i) Não precisa simplificar.


𝜋
(ii) A tangente não é definida em 𝑥 = 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ
𝜋 𝜋
Como 𝑥 ∈ [0, 𝜋], temos que 𝐷𝑜𝑚(𝑟) = [0, 2 ) ∪ ( 2 , 𝜋]

𝜋 (1)
(iii) Para 0 ≤ 𝑥 < 2 : temos 𝑦 = tan 𝑥 → 𝑦 = −1 + tan 𝑥

(1) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = tan 𝑥, de 1 unidade para baixo.

𝜋 (1) (2)
Para 2 < 𝑥 ≤ 𝜋, temos 𝑦 = tan 𝑥 → 𝑦 = − tan 𝑥 → 𝑦 = 1 − tan 𝑥

(1) Reflexão do gráfico de 𝑦 = tan 𝑥, em torno do eixo 𝑥.

(2) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = −tan 𝑥, de 1 unidade para cima.

(iv)

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EP 09 – 2018-2 – GABARITO – Tan, Sec, Cot e Csc no Círculo. Equações-Inequações-Gráfico - Pré-Cálculo

Gráfico de 𝑦 = 𝑟(𝑥):

(v) 𝐼𝑚(𝑟) = [−1, ∞)

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito do EP 12
Pré-Cálculo
___________________________________________________________________________________

Exercício 1: Faça o que se pede:

a) Resolva em ℝ a seguinte equação 3. 2𝑥+3 = 192. 3𝑥−3

b) Se 𝑥 ∈ ℝ e 2𝑥 + 2−𝑥 = 10 , encontre o valor de 4𝑥 + 4−𝑥 .

Resolução:

a) 3. 2𝑥+3 = 192. 3𝑥−3 ⟺ 3. 2𝑥 . 23 = 26 . 3 . 3𝑥 . 3−3 ⟺ 2𝑥 . 23 = 26 . 3𝑥 . 3−3 ⟺

2𝑥 26 −3 2𝑥 23 2 𝑥 2 3
= 3.3 ⟺ = 3 ⟺ ( ) = ( ) ⟺ 𝑥=3
3𝑥 2 3𝑥 3 3 3

O conjunto solução é {𝟑}.


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b) Observe que 4𝑥 + 4−𝑥 = (22 )𝑥 + (22 )−𝑥 = (2𝑥 )2 + (2−𝑥 )2 .

Como sabemos que 2𝑥 + 2−𝑥 = 10 , vamos elevar a soma 2𝑥 + 2−𝑥 ao quadrado, pois faremos
aparecer a soma (2𝑥 )2 + (2−𝑥 )2. Então,

2𝑥 + 2−𝑥 = 10 ⇒ (2𝑥 + 2−𝑥 )2 = 102 ⟺ (2𝑥 )2 + 2. 2𝑥 . 2−𝑥 + (2−𝑥 )2 = 100 ⟺

(22 )𝑥 + 2. 2𝑥−𝑥 + (22 )−𝑥 = 100 ⟺ (22 )𝑥 + 2. 20 + (22 )−𝑥 = 100 ⟺

(22 )𝑥 + (22 )−𝑥 = 100 − 2. 1 ⟺ 4𝑥 + 4−𝑥 = 98


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Exercício 2: Resolva em ℝ as seguintes inequações:


2
1 𝑥 −4
a) (2) >8 b) 22𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0

Resolução:
2
1 𝑥 −4 2 −4 2 +4 𝑏𝑎𝑠𝑒 >1 ,𝑒𝑥𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒
a) (2) >8 ⟺ (2−1 )𝑥 > 23 ⟺ 2−𝑥 > 23 ⇔

−𝑥 2 + 4 > 3 ⟺ 𝑥 2 < 1 ⟺ √𝑥 2 < √1 ⟺ | 𝑥| < 1 ⟺ −1 < 𝑥 < 1.

O conjunto solução é 𝑺 = (−𝟏 , 𝟏).


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b) 22𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0
22𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0 ⟺ (2𝑥 )2 − 6. 2𝑥 + 8 < 0 .
Fazendo a substituição 𝑦 = 2𝑥 , obtemos: 𝑦 2 − 6𝑦 + 8 < 0 .
Resolvendo a equação associada 𝑦 2 − 6𝑦 + 8 = 0 :

−(−𝟔) ± √(−𝟔)𝟐 − 𝟒. 𝟏. 𝟖 𝟔 ± √𝟑𝟔 − 𝟑𝟐 𝟔 ± √𝟒 𝟔±𝟐


𝒚 = = = = ⟺ 𝑦 = 4 𝑜𝑢 𝑦 = 2
𝟐. 𝟏 𝟐 𝟐 𝟐
Logo,
𝑏𝑎𝑠𝑒 >1 ,𝑒𝑥𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒
𝑦 2 − 6𝑦 + 8 < 0 ⟺ 2 < 𝑦 < 4 ⟺ 21 < 2𝑥 < 22 ⇔ 1 < 𝑥 < 2.

O conjunto solução é 𝑺 = (𝟏 , 𝟐).


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Exercício 3: Resolva em ℝ as seguintes equações:

a) ln(2𝑥 − 1) = 3 b) ln(ln(𝑥)) = 1 c) ln(𝑥) + ln(𝑥 − 1) = 1.

Resolução:
a) ln(2𝑥 − 1) = 3
Para que o ln possa ser calculado é preciso que 2𝑥 − 1 > 0.
1
Mas, 2𝑥 − 1 > 0 ⟺ 2𝑥 > 1 ⇒ 𝑥 > 2 .
Resolvendo a equação:
𝑒 ln 𝑦 = 𝑦 , 𝑦 > 0 1 + 𝑒3
ln(2𝑥 − 1) = 3 ⟺ 𝑒 ln(2𝑥−1) = 𝑒 3 ⇒ 2𝑥 − 1 = 𝑒 3 ⟺ 𝑥 =
2
1+ 𝑒 3 1 1+𝑒 3 1
É preciso saber se, > . Mas, 𝑒 3 > 0 ⇒ 1 + 𝑒 3 > 1 ⇒ > .
2 2 2 2
𝟏+𝒆𝟑
O conjunto solução é 𝑺 = { 𝟐 }.
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b) ln(ln(𝑥)) = 1
Para que ln(ln(𝑥)) possa ser calculado é preciso que : 𝑥 > 0 𝑒 ln(𝑥) > 0 .
Então,
𝑥 > 0 𝑒 ln(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥>0 𝑒 𝑥>1 ⟺ 𝑥>1
Resolvendo a equação:
𝑒 ln 𝑧 = 𝑧 , 𝑧 > 0
ln(ln(𝑥)) 1
ln(ln(𝑥)) = 1 ⟺ 𝑒 = 𝑒 ⇔ ln(𝑥) = 𝑒 ⟺ 𝑒 ln(𝑥) = 𝑒 𝑒
𝑒 ln 𝑥 = 𝑥 , 𝑥 > 0
⇔ 𝑥 = 𝑒𝑒 .
Como 𝑒 𝑒 > 1 então o conjunto solução é 𝑺 = { 𝑒 𝑒 }.
Vamos testar 𝒙 = 𝑒 𝑒 na equação:
ln(ln(𝑒 𝑒 )) = ln(𝑒 ∙ ln(𝑒)) = (ln(𝑒 ∙ 1)) = ln(𝑒) = 1.
Atenção: já que observamos que 𝑒 𝑒 > 1 , não era preciso fazer esse teste. Foi apenas para fazer
mais uma atividade com ln.
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c) ln(𝑥) + ln(𝑥 − 1) = 1

Para que ln(𝑥) possa ser calculado é preciso que: 𝑥 > 0 .

Para que ln(𝑥 − 1) possa ser calculado é preciso que: 𝑥 − 1 > 0 , ou seja, que: 𝑥 > 1.

Logo, para que ln(𝑥) + ln(𝑥 − 1) possa ser calculado é preciso que 𝑥 > 0 𝑒 𝑥 > 1 , ou seja, é
preciso que 𝑥 > 1 .
Resolvendo a equação:
𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑒𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 ln
ln(𝑥) + ln(𝑥 − 1) = 1 ⇒ ln(𝑥(𝑥 − 1)) = 1 ⟺ 𝑒 ln(𝑥(𝑥−1)) = 𝑒 1

𝑒 ln 𝑧 = 𝑧 , 𝑧 > 0
⇔ 𝑥(𝑥 − 1) = 𝑒 ⟺ 𝑥2 − 𝑥 − 𝑒 = 0 .
Resolvendo a equação 𝑥 2 − 𝑥 − 𝑒 = 0:

−(−1)±√(−1)2 −4.1.(−𝑒) 1±√1+4𝑒 1−√1+4𝑒 1+√1+4𝑒


𝑥= = ⟺ 𝑥= 𝑜𝑢 𝑥= .
2.1 2 2 2

1−√1+4𝑒 1+√1+4𝑒
É preciso saber se > 1 e se > 1.
2 2

Temos que:
1+√1+4𝑒 2
▪ > 1 ⇔ 1 + √1 + 4𝑒 > 2 ⇔ √1 + 4𝑒 > 1 ⇔ (√1 + 4𝑒) > 12 ⇔
2

1 + 4𝑒 > 1 ⇔ 4𝑒 > 0 .
Como a desigualdade 4𝑒 > 0 é verdadeira , então pelas equivalências, a desigualdade
1+√1+4𝑒 1+√1+4𝑒
> 1 é verdadeira e 𝑥 = é solução da equação dada.
2 2
1−√1+4𝑒
▪ > 1 ⇔ 1 − √1 + 4𝑒 > 2 ⇔ −√1 + 4𝑒 > 1
2

Como a desigualdade −√1 + 4𝑒 > 1 não é verdadeira, pois, −√1 + 4𝑒 é um número


negativo, logo não pode ser maior que 1
1−√1+4𝑒
Pelas equivalências, concluímos que > 1 não é verdadeira e, portanto, 𝑥 =
2
1−√1+4𝑒
não é solução da equação dada.
2
1+√1+4𝑒 1+√1+4𝑒
então pelas equivalências, a desigualdade > 1 é verdadeira e 𝑥 = é solução da
2 2
equação dada.
1+√1+4𝑒
Então o conjunto solução é 𝑺 = { }.
2
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Exercício 4: Determine o domínio de cada uma das seguintes funções:
𝑥
1
a) 𝑓(𝑥) = 𝑒 2𝑥2−5𝑥+3 b) 𝑔(𝑥) = ln(𝑥 2 − 4) c) ℎ(𝑥) = ln(𝑥−1)
1
d) 𝑗(𝑥) = ln(𝑥)−1 e) 𝑘(𝑥) = 𝑒 √2−3𝑥 f) 𝑙(𝑥) = ln(5 − |𝑥|)
𝑥 2𝑥+1
g) 𝑚(𝑥) = √ln(𝑥) − 1 h) 𝑛(𝑥) = 1−𝑒 𝑥 i) 𝑔(𝑥) = ln ( 𝑥−2 )
√|𝑥|−3
( 2 )
j) ℎ(𝑥) = 𝑒 𝑥 −16

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Resolução:
𝑥
a) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑒 2𝑥2−5𝑥+3 . Como a função exponencial está definida para todos os números reais,
o domínio da função 𝑓 depende apenas do expoente. Como o expoente é uma função racional, a
única exigência é que o denominador seja diferente de zero.
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 ≠ 0}.
3
Mas, 2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0 ⟺ 𝑥=2 𝑜𝑢 𝑥 = 1
3
Assim, 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {1, 2}.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Seja 𝑔(𝑥) = ln(𝑥 2 − 4). Como a função logaritmo está definida para os números positivos
então,
𝐷𝑜𝑚(𝑔) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 2 − 4 > 0}.
Mas,

𝑥2 − 4 > 0 ⟺ 𝑥2 > 4 ⟺ √𝑥 2 > √4 ⟺ |𝑥| > 2 ⟺ 𝑥 < −2 𝑜𝑢 𝑥 > 2.


Assim,
𝐷𝑜𝑚(𝑔) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 2 − 4 > 0} = (−∞, −2) ∪ (2, ∞).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
c) Seja ℎ(𝑥) = ln(𝑥−1).

Para que ln(𝑥 − 1) possa ser calculado é preciso que 𝑥 − 1 > 0. Como ln(𝑥 − 1) está no
denominador, é preciso também, que ln(𝑥 − 1) ≠ 0.
Mas,
ln(𝑥 − 1) = 0 ⟺ 𝑥−1=1 ⟺ 𝑥 = 2.
Portanto,
𝐷𝑜𝑚(ℎ) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 − 1 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 2} = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 > 1 𝑒 𝑥 ≠ 2} = (1, 2) ∪ (2, ∞).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
d) Seja. 𝑗(𝑥) = ln(𝑥)−1.
Para que o ln 𝑥 possa ser calculado é preciso que 𝑥 > 0. Como ln(𝑥) − 1 está no denominador, é
preciso também, que ln(𝑥) − 1 ≠ 0.
Mas, ln(𝑥) − 1 = 0 ⟺ ln(𝑥) = 1 ⟺ 𝑥 = 𝑒.
Portanto,
𝐷𝑜𝑚(𝑗) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 𝑒} = (0, 𝑒) ∪ (𝑒, ∞).
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e) Seja 𝑘(𝑥) = 𝑒 √2−3𝑥 . Como a função exponencial está definida para todos os números reais, o
domínio da função 𝑘 depende apenas do expoente. Como o expoente é uma raiz quadrada, é preciso
que o radicando seja maior ou igual a zero.
Assim,
2 2
𝐷𝑜𝑚(𝑘) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 2 − 3𝑥 ≥ 0} = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≤ 3} = (−∞, 3].

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f ) Seja 𝑙(𝑥) = ln(5 − |𝑥|).

𝐷𝑜𝑚(𝑙) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 5 − |𝑥| > 0} = {𝑥 ∈ ℝ ∶ |𝑥| < 5} = {𝑥 ∈ ℝ ∶ −5 < 𝑥 < 5} = (−5, 5).


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) Seja 𝑚(𝑥) = √ln(𝑥) − 1.
Para que o ln 𝑥 possa ser calculado é preciso que 𝑥 > 0. Para que a raiz quadrada possa ser
calculada, é preciso que ln(𝑥) − 1 ≥ 0.
Mas,
ln(𝑥) − 1 ≥ 0 ⟺ ln(𝑥) ≥ 1 ⟺ 𝑥 ≥ 𝑒.
Esta afirmação acima pode ser observada no gráfico da função
𝑦 = ln(𝑥).
Portanto,
𝐷𝑜𝑚(𝑚) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 > 0 𝑒 𝑥 ≥ 𝑒} = [𝑒, ∞).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑥
h) Seja 𝑛(𝑥) = 1−𝑒 𝑥. É preciso que o denominador 1 − 𝑒 𝑥 ≠ 0.

Mas,
1 − 𝑒𝑥 = 0 ⟺ 1 = 𝑒𝑥 ⟺ 𝑥 = 0.
Portanto,
𝐷𝑜𝑚(𝑛) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ 0} = (−∞, 0) ∪ (0, ∞).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2𝑥+1 2𝑥+1
i) Seja 𝑔(𝑥) = ln ( 𝑥−2 ). Para que o ln ( 𝑥−2 ) possa ser calculado é preciso que
2𝑥+1
>0 e 𝑥 − 2 ≠ 0.
𝑥−2
2𝑥+1
Analisando o sinal da fração e lembrando que 𝑥 ≠ 2, temos:
𝑥−2

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1 1 1
−∞ < 𝑥 < − 2 𝑥 = −2 −2 < 𝑥 < 2 𝑥=2 2 < 𝑥 < +∞
2𝑥 + 1 −−−− 0 ++++ + ++++
𝑥−2 −−−− − −−−− 0 ++++
2𝑥+1
𝑥−2
++++ 0 −−−− 𝑛𝑑 ++++
2𝑥+1
> 0 //////////////// 𝑛𝑑 ////////////////
𝑥−2

Assim,
2𝑥+1 1
>0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞, − 2) ∪ (2, ∞).
𝑥−2
1
Portanto o 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = (−∞, − 2) ∪ (2, ∞).

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
√|𝑥|−3
( 2 )
j) Seja ℎ(𝑥) = 𝑒 𝑥 −16 . Como a função exponencial está definida para todos os números reais, o
domínio da função ℎ depende apenas do expoente. Como o expoente é um quociente e no
numerador temos uma raiz quadrada, é preciso que o radicando seja maior ou igual a zero e que o
denominador não se anule.
Assim,
𝐷𝑜𝑚(ℎ) = {𝑥 ∈ ℝ ∶ |𝑥| − 3 ≥ 0 𝑒 𝑥 2 − 16 ≠ 0}
Mas,
|𝑥| − 3 ≥ 0 ⟺ |𝑥| ≥ 3 ⟺ 𝑥 ≤ −3 𝑜𝑢 𝑥≥3 e,
𝑥 2 − 16 ≠ 0 ⟺ 𝑥 2 ≠ 16 ⟺ 𝑥 ≠ −4 𝑒 𝑥 ≠ 4.
Assim, 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = (−∞, −4) ∪ (−4, −3] ∪ [3, 4) ∪ (4, ∞).
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Exercício 5: Resolva em ℝ as seguintes inequações:

2𝑥+1
a) ln(1 − 𝑥) < 3 b) ln(𝑥 2 − 4) > 1 c) ln ( 𝑥−2 ) < 0 d) log 2 (𝑥) < log 𝑥 2
Resolução:

a) ln(1 − 𝑥) < 3
Para que ln(1 − 𝑥) possa ser calculado é preciso que 1 − 𝑥 > 0 , ou seja que 𝑥 < 1.
𝑦=𝑒 𝑥 é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒 ln 𝑧 = 𝑧 , 𝑧 > 0
ln(1 − 𝑥) < 3 ⇔ 𝑒 ln(1−𝑥) < 𝑒 3 ⇔ 1 − 𝑥 < 𝑒3 ⟺ 𝑥 > 1 − 𝑒3 .

Como 𝑒 3 > 1 ⟺ 𝟏 − 𝑒 3 < 0 . Como também devemos ter 𝑥 < 1 então o


conjunto solução é 𝑺 = (𝟏 − 𝒆𝟑 , 𝟏).
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b) ln(𝑥 2 − 4) > 1
Para que ln(𝑥 2 − 4) possa ser calculado é preciso que 𝑥 2 − 4 > 0. O item b) do Exercício 4 calculou o
domínio da função 𝑔(𝑥) = ln(𝑥 2 − 4) e concluiu que 𝑥 ∈ (−∞ , −2) ∪ (2 , +∞).

𝑦=𝑒 𝑥 é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 2 −4) 𝑒 ln 𝑧 = 𝑧 , 𝑧 > 0


ln(𝑥 2 − 4) > 1 ⇔ 𝑒 ln(𝑥 > 𝑒1 ⇔ 𝑥2 − 4 > 𝑒 ⟺

𝑥 2 > 𝑒 + 4 ⟺ √𝑥 2 > √𝑒 + 4 ⟺ |𝑥| > √𝑒 + 4 ⟺ 𝒙 > √𝒆 + 𝟒 𝒐𝒖 𝒙 < −√𝒆 + 𝟒

Vamos comparar essa solução com o domínio de ln(𝑥 2 − 4).


Temos que 𝑒 > 0 ⇒ 𝑒 + 4 > 4 ⇒ √𝑒 + 4 > √4 ⇒ √𝑒 + 4 > 2 ⇒ −√𝑒 + 4 < −2 .
Portanto, a solução da inequação ln(𝑥 2 − 4) > 1 é:
𝑺 = (−∞ , −√𝒆 + 𝟒 ) ∪ (√𝒆 + 𝟒 , +∞).
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2𝑥+1
c) ln ( 𝑥−2 ) < 0
2𝑥+1 2𝑥+1
Para que ln ( 𝑥−2 )possa ser calculado é preciso que > 0. No item item i) do Exercício 4 foi
𝑥−2
2𝑥+1 1
calculado o domínio da função 𝑔(𝑥) = ln ( 𝑥−2 ) e concluiu-se que 𝑥 ∈ (−∞ , − 2) ∪ (2 , +∞).

2𝑥+1 𝑦=𝑒 𝑥 é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 2𝑥+1 𝑒 ln 𝑧 = 𝑧 , 𝑧 > 0 2𝑥+1


ln ( 𝑥−2 ) < 0 ⇔ 𝑒 ln( 𝑥−2 ) < 𝑒 0 ⇔ <1 ⟺
𝑥−2
2𝑥+1 2𝑥+1−(𝑥−2) 𝑥+3
−1 <0 ⟺ <0 ⟺ < 0.
𝑥−2 𝑥−2 𝑥−2

𝑥+3
Temos que fazer a tabela de sinais da fração .
𝑥−2

−∞ < 𝑥 < −3 𝑥 = −3 −3 < 𝑥 < 2 𝑥=2 2<𝑥<∞


𝑥+3 − − − − − 0 + + + + + + + + ++
𝑥−2 − − − − − − − − − − − 0 + + ++
𝑥+3
+ + ++ 0 − − − − − 𝑛𝑑 + + ++
𝑥−2
𝑥+3
Da tabela de sinais concluímos que 𝑥−2 < 0 ⇔ −3 < 𝑥 < 2.
2𝑥+1 1
Temos que comparar essa solução com o domínio de ln ( 𝑥−2 ), que é (−∞ , − 2) ∪ (2 , +∞).
2𝑥+1
Fazendo essa comparação concluímos que a solução da inequação ln ( ) <0é
𝑥−2
1
𝑆 = (−3 , − 2).
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d) log 2 (𝑥) < log 𝑥 2
Para que log 2 (𝑥) possa ser calculado é preciso que 𝑥 > 0.

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Para que log 𝑥 2 possa ser calculado é preciso que a base 𝑥 , seja positiva e diferente de 1, isto é,
𝑥 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 1. Portanto, essa inequação pode ser resolvida para 𝑥 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 1 .

Vamos trabalhar na mesma base e para isso vamos escrever o lado direito da inequação na base 2 .

log 2 1
Temos que log 𝑥 2 = log2 𝑥 = log 𝑥.
2 2

Note acima que log 2 (𝑥) ≠ 0, pois 𝑥 ≠ 1 e lembre que log 𝑎 (𝑎) = 1 , donde log 2 (2) = 1 .

Assim,
1 1 (log2 (𝑥))2 −1
log 2 (𝑥) < log 𝑥 2 ⟺ log 2 (𝑥) < log ⟺ log 2 (𝑥) − log <0 ⟺ < 0.
2 (𝑥) 2 (𝑥) log2(𝑥)

Para facilitar o estudo dessa inequação, vamos fazer uma mudança de variável. Vamos fazer

log 2 (𝑥) = 𝑡. Lembre que log 2 (𝑥) ≠ 0, logo 𝑡 ≠ 0 . Temos que resolver a seguinte inequação:
𝑡2 − 1
<0.
𝑡
𝑡 2 −1
A tabela de sinais da fração é:
𝑡
−∞ < 𝑡 < −1 𝑡 = −1 −1 < 𝑡 < 0 𝑡=0 0<𝑡<1 𝑡=1 1 < 𝑡 < +∞
𝑡2 − 1 + + + + + 0 − − − − − − − − − − 0 + + + + +
𝑡 − − − − − − − − − − − 0 + + ++ + ++ + ++
𝑡2 − 1
− − − − − 0 + + + + + 𝑛𝑑 − − − − 0 + + + + +
𝑡

𝑡 2 −1
Portanto, <0 ⇔ 𝑡 < −1 𝑜𝑢 0 < 𝑡 < 1
𝑡
(log2 (𝑥))2 −1
Logo, <0 ⇔ log 2 (𝑥) < −1 𝑜𝑢 0 < log 2 (𝑥) < 1
log2 (𝑥)

Vamos resolver cada inequação separadamente, lembrando que 𝑦 = 2𝑥 é uma função crescente,
pois a base 2 > 1 .
𝑦=𝑎𝑥 é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑠𝑒 𝑎>1 𝑎log𝑎 (𝑥) =𝑥 , 𝑎>0 𝑎≠1
▪ log 2 (𝑥) < −1 ⇔ 2log2(𝑥) < 2−1 ⇔
1
𝑥 < 2−1 ⟺ 𝑥 < . Como para a inequação ser resolvida é preciso que 𝑥 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 1, então
2

1
log 2 (𝑥) < −1 ⟺ 0<𝑥< .
2
𝑦=𝑎𝑥 é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑠𝑒 𝑎>1 𝑎log𝑎(𝑥) =𝑥 , 𝑎>0 𝑎≠1
▪ 0 < log 2 (𝑥) < 1 ⇔ 20 < 2𝑙𝑜𝑔2 (𝑥) < 21 ⇔
1 < 𝑥 < 2 . Como para a inequação ser resolvida é preciso que 𝒙 > 0 𝑒 𝑥 ≠ 1, então
0 < log 2 (𝑥) < 1 ⟺ 1 < 𝑥 < 2 .
1
Assim, a solução de log 2 (𝑥) < log 𝑥 (2) é (0 , 2) ∪ (1 , 2) .

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Exercício 6: Estude o sinal da função 𝑓(𝑥) = ln(5 − |𝑥|). Para isso encontre os valores reais de 𝑥 tais
que 𝑓(𝑥) = 0 , 𝑓(𝑥) > 0 , 𝑓(𝑥) < 0 .
Resolução:
Vamos encontrar o domínio da função 𝑓(𝑥) = ln(5 − |𝑥|). Para isso é preciso que 5 − |𝑥| > 0.
Mas, 5 − |𝑥| > 0 ⇔ |𝑥| < 5 ⇔ −5 < 𝑥 < 5 .
Logo, 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = [−5 , 5].
▪ 𝑓(𝑥) = ln(5 − |𝑥|) = 0 ⇔ 5 − |𝑥| = 1 ⇔ |𝑥| = 4 ⇔ 𝑥 = −4 𝑜𝑢 𝑥 = 4
▪ 𝑓(𝑥) = ln(5 − |𝑥|) > 0 ⇔ 5 − |𝑥| > 1 ⇔ |𝑥| < 4 ⇔ −4 < 𝑥 < 4
▪ Portanto, levando em consideração o domínio da função 𝑓 , concluímos que,
𝑓(𝑥) = ln(5 − |𝑥|) < 0 ⇔ 𝑥 ∈ (−5 , −4) ∪ (4 , 5).
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Exercício 7: Use as propriedades das funções exponencial e logaritmo para simplificar as seguintes
expressões:
1 𝑒 2𝑥−1 𝑒 4𝑥
a) ln(𝑥) + ln(𝑥 − 1) b) ln ( ) c)
2 𝑒𝑥 𝑒 3𝑥+2 ∙𝑒 3𝑥−2
1
d) ln (𝑥) + ln(2𝑥 3 ) − ln 2 e) ln(𝑥 2 − 9) − ln(𝑥 + 3).

Resolução:
1
1
a) ln(𝑥) + 2 ln(𝑥 − 1) = ln(𝑥) + ln [(𝑥 − 1)2 ] = ln(𝑥) + ln(√𝑥 − 1) = ln(𝑥 ∙ √𝑥 − 1)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑒 2𝑥−1 𝑒 2𝑥 ∙𝑒 −1
b) ln ( ) = ln ( ) = ln(𝑒 2𝑥 ∙ 𝑒 −1 ) − ln(𝑒 𝑥 ) = ln(𝑒 2𝑥 ) + ln(𝑒 −1 ) − ln(𝑒 𝑥 ) =
𝑒𝑥 𝑒𝑥

= ln((𝑒 𝑥 )2 ) − 1 ∙ ln(𝑒) − ln(𝑒 𝑥 ) = 2 ∙ ln(𝑒 𝑥 ) − ln(𝑒) − ln(𝑒 𝑥 ) = 2𝑥 − 1 − 𝑥 = 𝑥 − 1.


Aqui, além das propriedades dos logaritmos, foram usados os seguintes resultados:
ln(𝑒 𝑥 ) = 𝑥, ∀𝑥 ∈ ℝ e ln(𝑒) = 1
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑒 4𝑥 𝑒 4𝑥 𝑒 4𝑥 𝑒 4𝑥 𝑒 4𝑥
c) = 𝑒 3𝑥 ∙𝑒 2 ∙𝑒 3𝑥 ∙𝑒 −2 = 𝑒 3𝑥+3𝑥 ∙ 𝑒 2−2 = 𝑒 6𝑥 ∙ 𝑒 0 = = 𝑒 4𝑥−6𝑥 = 𝑒 −2𝑥 .
𝑒 3𝑥+2 ∙𝑒 3𝑥−2 𝑒 6𝑥

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
d) ln (𝑥) + ln(2𝑥 3 ) − ln 2 = − ln(𝑥) + ln(2) + ln(𝑥 3 ) − ln 2 = − ln(𝑥) + 3 ln(𝑥) = 2 ln(𝑥).

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑥 2 −9 (𝑥−3)(𝑥+3)
e) ln(𝑥 2 − 9) − ln(𝑥 + 3) = ln ( 𝑥+3 ) = ln ( ) = ln(𝑥 − 3).
𝑥+3

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Exercício 8: Resolva as seguintes equações:


4
b) 𝑒 (𝑥−𝑥) = 1
2 −3𝑥
a) 𝑒 2𝑥 = 4 c) 𝑒 −2+√𝑥 =1

d) ln(𝑥 2 − 1 + 𝑒) = 1 e) ln(𝑥 2 − 2) − ln(𝑥) = 0 f) (2𝑥 2 − 𝑥 − 3) ∙ 𝑒 √𝑥−1 = 0

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g) 2𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 = 1 h) 𝑒 (√4𝑥−3 − 𝑥)
=1 i) ln(|𝑥 − 2| − 3) = 0.
Resolução:
a) 𝑒 2𝑥 = 4 ⟺ ln(𝑒 2𝑥 ) = ln(4) ⟺ ln((𝑒 𝑥 )2 ) = ln(22 ) ⟺ 2 ln(𝑒 𝑥 ) = 2 ln(2) ⟺
ln(𝑒 𝑥 ) = ln(2) ⟺ 𝑥 = ln(2).

O conjunto solução da equação é o conjunto unitário {ln(2)}.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4
b) 𝑒 (𝑥−𝑥) = 1.
4
O domínio da expressão 𝑒 (𝑥−𝑥) é {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ≠ 0}. Temos que lembrar que 𝑒 𝑧 = 1 ⟺ 𝑧 = 0.
Assim,
4
4 𝑥 2 −4
𝑒 (𝑥−𝑥) = 1 ⟺ 𝑥 − 𝑥 = 0 ⟺ = 0 ⟺ 𝑥 2 − 4 = 0 ⟺ 𝑥 2 = 4 ⟺ 𝑥 = −2 𝑜𝑢 𝑥 = 2.
𝑥

O conjunto solução é o conjunto {−2, 2}.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2 −3𝑥
c) 𝑒 −2+√𝑥 = 1.
2 −3𝑥
O domínio da expressão 𝑒 −2+√𝑥 é {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 2 − 3𝑥 ≥ 0}.

Mas, 𝑥 2 − 3𝑥 ≥ 0 ⟺ 𝑥(𝑥 − 3) ≥ 0 ⟺ 𝑥 ≤ 0 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 3.
2 −3𝑥
Assim, o domínio da expressão 𝑒 −2+√𝑥 é {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ≤ 0 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 3}.

Portanto,

2 −3𝑥
𝑒 −2+√𝑥 =1 ⟺ −2 + √𝑥 2 − 3𝑥 = 0 ⟺ √𝑥 2 − 3𝑥 = 2 ⟺ 𝑥 2 − 3𝑥 = 4 ⟺
𝑥 2 − 3𝑥 − 4 = 0 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 4.

Como 𝑥 = −1 e 𝑥=4 pertencem ao domínio, {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ≤ 0 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 3}, então o conjunto


solução é {−1, 4}.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) ln(𝑥 2 − 1 + 𝑒) = 1.
Como 𝑒 > 1, então 𝑒 − 1 > 0 e portanto 𝑥 2 − 1 + 𝑒 > 0. Assim, a expressão ln(𝑥 2 − 1 + 𝑒) pode
sempre ser calculada.
Devemos lembrar que ln(𝑧) = 1 ⟺ 𝑧 = 𝑒.
Assim,
ln(𝑥 2 − 1 + 𝑒) = 1 ⟺ 𝑥 2 − 1 + 𝑒 = 𝑒 ⟺ 𝑥 2 − 1 = 0 ⟺ 𝑥 2 = 1 ⟺ 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 1.

Portanto o conjunto solução da equação é {−1, 1}.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

e) ln(𝑥 2 − 2) − ln(𝑥) = 0.

O domínio da expressão ln(𝑥 2 − 2) − ln(𝑥) é: {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 2 − 2 > 0 𝑒 𝑥 > 0}.


Mas,
𝑥2 − 2 > 0 ⟺ 𝑥2 > 2 ⟺ |𝑥| > √2 ⟺ 𝑥 < −√2 𝑜𝑢 𝑥 > √2.
Portanto,
𝑥 2 − 2 > 0 𝑒 𝑥 > 0 ⟺ (𝑥 < −√2 𝑜𝑢 𝑥 > √2) 𝑒 𝑥 > 0 ⟺ 𝑥 > √2.

Assim, o domínio da expressão é: {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > √2} = (√2, ∞).

Lembre que ln(𝑧) = 0 ⟺ 𝑧 = 1.

Resolvendo a equação:

𝑥 2 −2 𝑥 2 −2
ln(𝑥 2 − 2) − ln(𝑥) = 0 ⟺ ln ( )=0 ⟺ =1 ⟺ 𝑥2 − 2 = 𝑥 ⟺
𝑥 𝑥

𝑥2 − 𝑥 − 2 = 0 ⟺ 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 2.

Como o domínio exige que 𝑥 > √2, então o conjunto solução da equação é {2}.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) (2𝑥 2 − 𝑥 − 3) ∙ 𝑒 √𝑥−1 = 0.

O domínio da expressão (2𝑥 2 − 𝑥 − 3) ∙ 𝑒 √𝑥−1 é:


{𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 − 1 ≥ 0} = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ≥ 1} = [1, +∞).

Lembre que 𝑒 √𝑥−1 > 0 𝑒 𝑥 ≥ 1.

Resolvendo a equação:
3
(2𝑥 2 − 𝑥 − 3) ∙ 𝑒 √𝑥−1 = 0 ⟺ (2𝑥 2 − 𝑥 − 3) = 0 ⟺ 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 2.
3
Como 𝑥 ≥ 1, então esta equação tem uma única solução: 𝑥 = 2.
𝟑
O conjunto solução é {𝟐}.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) 2𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 = 1.
O domínio da expressão 2𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 é ℝ.

Resolvendo a equação:
1
2𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 = 1 ⟺ 2𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 = 1 ⟺ 2𝑒 𝑥 ∙ 𝑒 𝑥 − 1 = 𝑒 𝑥 ⟺

2𝑒 2𝑥 − 𝑒 𝑥 − 1 = 0 ⟺ 2(𝑒 𝑥 )2 − 𝑒 𝑥 − 1 = 0.

Fazendo 𝑒 𝑥 = 𝑧 transformamos a equação 2𝑒 2𝑥 − 𝑒 𝑥 − 1 = 0, na seguinte equação do segundo grau


na variável 𝑧: 2𝑧 2 − 𝑧 − 1 = 0.

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

Resolvendo essa equação,


1
2𝑧 2 − 𝑧 − 1 = 0 ⟺ 𝑧 = −2 𝑜𝑢 𝑧 = 1.
1
Portanto, 𝑒 𝑥 = − 2 𝑜𝑢 𝑒 𝑥 = 1.

Como,
1
• não existe 𝑥 ∈ ℝ, tal que 𝑒 𝑥 = − 2, pois 𝑒 𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ.
• 𝑒 𝑥 = 1 ⟺ 𝑥 = 0.
Concluímos então, que 𝑥 = 0 é a única solução dessa equação.
Conjunto solução: { 0 }.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
h) 𝑒 (√4𝑥−3 − 𝑥) = 1.
É importante encontrar o domínio da expressão 𝑒 (√4𝑥−3 − 𝑥)
. O domínio dessa expressão depende
apenas do expoente. Como no expoente temos uma raiz quadrada, é preciso que o radicando seja

positivo ou nulo. Portanto, o domínio da expressão 𝑒 (√4𝑥−3 − 𝑥)


é
3
{𝑥 ∈ ℝ: 4𝑥 − 3 ≥ 0} = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ≥ }.
4

Temos que lembrar que 𝑒 𝑧 = 1 ⟺ 𝑧 = 0.

Assim, 𝑒 (√4𝑥−3−𝑥) = 1 ⟺ √4𝑥 − 3 − 𝑥 = 0 ⟺ √4𝑥 − 3 = 𝑥


𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜
⇒ 4𝑥 − 3 = 𝑥 2 ⟺ 𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 0 ⟺ 𝑥 = 1 𝑜𝑢 𝑥 = 3.

Temos que os valores 𝑥 = 1 e 𝑥 = 3 estão no domínio, mas como elevamos uma expressão ao
quadrado é preciso saber se esses valores satisfazem a equação √4𝑥 − 3 − 𝑥 = 0. Basta testar os
valores e observar que eles satisfazem a equação, sim.

Portanto, o conjunto solução é {1, 3}.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

i) ln(|𝑥 − 2| − 3) = 0 .
Devemos lembrar que ln(𝑧) = 0 ⟺ 𝑧 = 1. Assim,
ln(|𝑥 − 2| − 3) = 0 ⟺ |𝑥 − 2| − 3 = 1 ⟺ |𝑥 − 2| = 4 ⟺ 𝑥 − 2 = 4 𝑜𝑢 𝑥 − 2 = −4

⟺ 𝑥 = 6 𝑜𝑢 𝑥 = −2.
Portanto o conjunto solução da equação é {−2, 6}.
___________________________________________________________________________________

Exercício 9: Esboce o gráfico das seguintes funções:


a) 𝑓(𝑥) = 𝑒 |𝑥| b) 𝑔(𝑥) = 𝑒 |𝑥+1| c) 𝑗(𝑥) = −4 + 𝑒 𝑥+2

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

d) ℎ(𝑥) = 1 − 𝑒 −𝑥+1 e) 𝑘(𝑥) = ln(|𝑥|) f) 𝑙(𝑥) = ln(|𝑥 − 1|)


g) 𝑚(𝑥) = ln(𝑥 − 1) h) 𝑛(𝑥) = ln(−𝑥 − 1) i) 𝑟(𝑥) = ln(|𝑥| − 1)
3
j) 𝑠(𝑥) = 6 ln( √𝑥 + 2).

Resolução:
𝑒𝑥, 𝑥≥0
a) 𝑓(𝑥) = 𝑒 |𝑥| ⟹ 𝑓(𝑥) = 𝑒 |𝑥| = {
𝑒 −𝑥 , 𝑥<0
O gráfico da função 𝑓, coincide com o gráfico da função 𝑦 = 𝑒 𝑥 , para 𝑥 ≥ 0 e coincide com o gráfico
da função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 , para 𝑥 < 0.
Gráficos das funções 𝑦 = 𝑒 𝑥 e 𝑦 = 𝑒 −𝑥
num mesmo sistema de coordenadas.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) 𝑔(𝑥) = 𝑒 |𝑥+1| . Começamos com o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑒 |𝑥| e transladamos esse gráfico
1 unidade para esquerda.

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) 𝑗(𝑥) = −4 + 𝑒 𝑥+2 = 𝑒 𝑥+2 − 4
Começamos com o gráfico da função 𝑦 = 𝑒 𝑥 . Transladamos esse gráfico 2 unidades para esquerda,
construindo o gráfico da função 𝑦 = 𝑒 𝑥+2 . Finalmente transladamos este último gráfico 4 unidades
para baixo, chegando ao gráfico pedido de 𝑗(𝑥) = −4 + 𝑒 𝑥+2 .

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑑𝑢𝑎𝑠
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) ℎ(𝑥) = 1 − 𝑒 −𝑥+1 = −𝑒 −𝑥+1 + 1.
Começamos com o gráfico da função 𝑦 = 𝑒 𝑥 . Refletimos esse gráfico em torno do eixo 𝑦, chegando
ao gráfico da função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 . Em seguida, refletimos o gráfico da função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 em torno do eixo 𝑥,
construindo o gráfico da função 𝑦 = −𝑒 −𝑥 . Transladamos esse gráfico 1 unidade para direita,
chegando ao gráfico da função 𝑦 = −𝑒 −(𝑥−1) = −𝑒 −𝑥+1. Finalmente transladamos este último gráfico
1 unidade para cima, chegando ao gráfico pedido, ℎ(𝑥) = 1 − 𝑒 −𝑥+1.

𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑦 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑥
→ →

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
→ →

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ln(𝑥) , 𝑥>0
e) 𝑘(𝑥) = ln(|𝑥|) ⟹ 𝑘(𝑥) = ln(|𝑥|) = {
ln(−𝑥) , 𝑥<0
O gráfico da função 𝑘, coincide com o gráfico da função 𝑦 = ln(𝑥), para 𝑥 > 0 e com o gráfico da
função 𝑦 = ln(−𝑥), para 𝑥 < 0.

𝑦 = 𝑘(𝑥) = ln(|𝑥|)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

f) 𝑙(𝑥) = ln(|𝑥 − 1|)


Começamos com o gráfico da função 𝑘(𝑥) = ln(|𝑥|) e transladamos esse gráfico 1 unidade para
direita.

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) 𝑚(𝑥) = ln(𝑥 − 1)
Começamos com o gráfico da função 𝑦 = ln(𝑥) e transladamos esse gráfico 1 unidade para direita.

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
h) 𝑛(𝑥) = ln(−𝑥 − 1) = ln(−(𝑥 + 1))
Começamos com o gráfico da função 𝑦 = ln(𝑥), refletimos esse gráfico em torno do eixo 𝑦 obtendo o
gráfico da função 𝑦 = ln(−𝑥). Finalmente, transladamos o gráfico obtido 1 unidade para esquerda,
obtendo o gráfico de 𝑛(𝑥) = ln(−(𝑥 + 1)) = ln(−𝑥 − 1).

𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑦

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 10– 2018-2– Exponencial e Logaritmo – Gabarito Pré-Cálculo

i) 𝑟(𝑥) = ln(|𝑥| − 1).


𝐷𝑜𝑚(𝑟) = {𝑥 ∈ ℝ: |𝑥| − 1 > 0}
Mas,
|𝑥| − 1 > 0 ⟺ |𝑥| > 1 ⟺ 𝑥 < −1 𝑜𝑢 𝑥 > 1.
Assim, 𝐷𝑜𝑚(𝑟) = {𝑥 ∈ ℝ: |𝑥| − 1 > 0} = (−∞, −1) ∪ (1, ∞).
Temos que,
ln(𝑥 − 1), 𝑥>1
𝑟(𝑥) = ln(|𝑥| − 1) = {
ln(−𝑥 − 1), 𝑥 < −1
O gráfico da função 𝑟, coincide com o gráfico da função
𝑦 = ln(𝑥 − 1), para 𝑥 > 1 e com o gráfico da função 𝑦 =
ln(−𝑥 − 1), para 𝑥 < −1. Estes gráficos foram feitos nos
dois itens anteriores.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
j) 𝑠(𝑥) = 6 ln( √𝑥 + 2) .
Usando as propriedades da função logaritmo, concluímos que:
1
3 1
𝑠(𝑥) = 6 ln( √𝑥 + 2) = 6 ln ((𝑥 + 2)3 ) = 6 3 ln(𝑥 + 2) = 2 ln(𝑥 + 2).
3
Portanto, para esboçar o gráfico de 𝑠(𝑥) = 6 ln( √𝑥 + 2) , basta esboçar o gráfico da função
𝑦 = 2 ln(𝑥 + 2). Começamos com o gráfico da função 𝑦 = ln(𝑥), esticamos verticalmente esse
gráfico, multiplicando por um fator 2 e depois fazemos uma translação horizontal para esquerda de 2
unidades.

𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑟
𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 2

𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑑𝑢𝑎𝑠
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito – EP 11
Pré-Cálculo

3 5 3
Exercício 1 Considere as potências 𝑥 2 , √𝑥 4 , √𝑥 7 .
a) Coloque essas potências em ordem crescente para 𝑥 ∊ (1 , +∞).
b) Dê os domínios, estude a paridade e esboce, num mesmo par de eixos, os gráficos das funções
3 5 3
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , 𝑔(𝑥) = √𝑥 4 , ℎ(𝑥) = √𝑥 7 .

Resolução:
3 4 7
a) Vamos colocar os expoentes 2 , , 3 em ordem crescente.
5

4 3 7
Vamos provar que < 1 < < . De fato,
5 2 3

4 3 3 7
<1 ⇔ 4< 5; 1< 2 ⇔ 2< 3; <3 ⇔ 3 × 3 < 2 × 7 ⇔ 9 < 14 .
5 2

4
Pelas equivalências acima e o fato das desigualdades da direita serem verdadeiras então a ordem <
5
3 7
1 < 2 < 3 está correta.

Pela Propriedade 6, sabemos que se a base 𝑥 for maior que 1, quanto maior o expoente, maior será a
5 3 3
potência, assim temos a seguinte ordenação para 𝑥 ∊ (1 , +∞): √𝑥 4 < 𝑥 2 < √𝑥 7 .
3 3 5
Pela mesma Propriedade 6, √𝑥 7 < 𝑥 2 < √𝑥 4 para 𝑥 ∊ (0 , 1), pois quanto maior o expoente, menor
será a potência.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b)
3
 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 = √𝑥 3 está definida para 𝑥 ≥ 0 , pois a raiz é de índice par e no radicando 𝑥 está
elevado a um expoente ímpar que se 𝑥 < 0 então 𝑥 3 < 0. Portanto 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = [0 , +∞).
5
 𝑔(𝑥) = √𝑥 4 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ , pois a raiz é de índice ímpar. Portanto 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ.
3
 ℎ(𝑥) = √𝑥 7 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ , pois a raiz é de índice ímpar. Portanto 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = ℝ.

 Observe que apenas os domínios das funções 𝑔 e ℎ são simétricos em relação à origem da reta
numérica.
3
 Justificativa do gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 :
3
Como o expoente 2 > 1, no seu domínio [0, ∞), o gráfico de 𝑦 = 𝑔(𝑥) tem o mesmo
comportamento do gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 , para 𝑥 ≥ 0, ou seja, a função é crescente (pela
propriedade 4) e o gráfico tem concavidade para cima (pela propriedade 5).

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

5 5

5
𝑔(−𝑥) = √(−𝑥)4 = √𝑥 4 = 𝑔(𝑥) , ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Isto mostra que 𝑔(𝑥) = √𝑥 4 é uma função par.
4
5
 Justificativa do gráfico de 𝑔(𝑥) = √𝑥 4 = 𝑥 5 no intervalo [0, ∞) do seu domínio:
4
Como o expoente 0 < 5 < 1, o gráfico de 𝑦 = 𝑔(𝑥) tem o mesmo comportamento do gráfico da
função 𝑦 = √𝑥, ou seja, a função é crescente (pela propriedade 4) e o gráfico tem concavidade para baixo
(pela propriedade 5)
3 3

3
ℎ(−𝑥) = √(−𝑥)7 = √−𝑥 7 = − √𝑥 7 = −ℎ(𝑥). Isto
3
mostra que ℎ(𝑥) = √𝑥 7 é uma função ímpar.
7
3
 Justificativa do gráfico de ℎ(𝑥) = √𝑥 7 = 𝑥 3 no
intervalo [0, ∞) do seu domínio:
7
Como o expoente 3 > 1 > 0, o gráfico de 𝑦 = 𝑔(𝑥)
tem o mesmo comportamento do gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 ,
𝑥 ≥ 0 , ou seja, a função é crescente (pela propriedade 4) e
o gráfico tem concavidade para cima (pela propriedade 5)

____________________________________________________________________________________
1 1
Exercício 2 Considere as funções 𝑓(𝑥) = |𝑥| e 𝑔(𝑥) = 3 .
√𝑥 4

a) Dê os domínios, estude a paridade e esboce num mesmo par de eixos os gráficos dessas funções.
b) Dê os intervalos onde a função 𝑓 é maior que a função 𝑔.
c) Dê os intervalos onde a função 𝑓 é menor que a função 𝑔.
d) Dê os pontos onde as duas funções coincidem.

Resolução:
a)
1
 𝑓(𝑥) = |𝑥|,. É preciso que 𝑥 ≠ 0 para que o denominador não se anule. Logo,

𝐷𝑜𝑚(𝑓) = (−∞ , 0) ∪ (0 , +∞) = ℝ − {0}.


1 3
 𝑔(𝑥) = 3 . Temos que √𝑥 4 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ , pois a raiz é de índice ímpar. Como
√𝑥4
3
√𝑥 4 está no denominador então temos que ter 𝑥 ≠ 0, para que o denominador não se anule.
Portanto, 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = (−∞ , 0) ∪ (0 , +∞) = ℝ − {0}.
1 1
 𝑓(−𝑥) = |−𝑥| = |𝑥|
= 𝑓(𝑥). Lembre que |𝑥| = |−𝑥|, para ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Como ℝ − {0} é um conjunto
1
simétrico relação à origem 𝑂 e 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) para ℝ − {0}, então 𝑓(𝑥) = |𝑥| é uma função par.
1
 Justificativa do gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥| no intervalo (0, ∞) do seu domínio:

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

1
Para 𝑥 > 0, temos que |𝑥| = 𝑥, logo 𝑔(𝑥) = 𝑥, para 𝑥 > 0 e já sabemos que o gráfico é um ramo da
hipérbole.
1 1
 𝑔(−𝑥) = 3 = 3 = 𝑔(𝑥). Como ℝ − {0} é um conjunto simétrico em relação à origem 𝑂 e
√(−𝑥)4 √𝑥 4
1
𝑔(−𝑥) = 𝑔(𝑥) para ℝ − {0}, então 𝑔(𝑥) = 3 é uma função par.
√𝑥4
4
1
 Justificativa do gráfico de 𝑔(𝑥) = 3 = 𝑥 −3 no intervalo
√𝑥4
(0, ∞) do seu domínio:
4
4
Como o expoente − 3 < 0, o gráfico de 𝑦 = 𝑔(𝑥) = 𝑥 −3
tem o mesmo comportamento do gráfico da função 𝑦 =
1
, 𝑥 > 0 , ou seja, a função é decrescente (pela
𝑥
propriedade 4) e o gráfico tem concavidade para cima
(pela propriedade 5)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
b) c) d) Para 𝑥 > 0, |𝑥| = 𝑥 e 𝑓(𝑥) = 𝑥 = 𝑥 −1
4
Logo, para 𝒙 > 0 temos as seguintes potências: 𝑥 −1 e 𝑥 −3 .
4
4
Para 𝒙 > 1, 𝑥 −3 < 𝑥 −1 , pois − 3 < −1 e a base 𝒙 > 1. (Propriedade 6)
4
4
Para 𝟎 < 𝑥 < 1, 𝑥 −1 < 𝑥 −3 , pois − 3 < −1 e a base 𝟎 < 𝑥 < 1. (Propriedade 6)
1 1
Temos que 𝑓(1) = |1| = 1 e 𝑔(1) = 3 = 1.
√14

Portanto, para 𝒙 > 0:


4
𝑓(𝑥) = 𝑥 −1 < 𝑥 −3 = 𝑔(𝑥) ⇒ 𝒇(𝒙) < 𝑔(𝑥) , para 𝟎 < 𝑥 < 1 e
4
𝑔(𝑥) = 𝑥 −3 < 𝑥 −1 = 𝑓(𝑥) ⇒ 𝒈(𝒙) < 𝑓(𝑥) , para 𝒙 > 1.
Como 𝑓 e 𝑔 são funções pares então:
4
𝑓(𝑥) = 𝑥 −1 < 𝑥 −3 = 𝑔(𝑥) ⇒ 𝒇(𝒙) < 𝑔(𝒙) , para −𝟏 < 𝑥 < 0 e
4
𝑔(𝑥) = 𝑥 −3 < 𝑥 −1 = 𝑓(𝑥) ⇒ 𝒈(𝒙) < 𝑓(𝒙) , para 𝒙 < −1.
____________________________________________________________________________________

Exercício 3 Encontre os intervalos da reta real para os quais as expressões a seguir estão bem
definidas para todo 𝑥 nesses intervalos:
4 −4 9 −9
a) (𝑥 − 1)9 b) (𝑥 − 1) 9 c) (𝑥 − 1)4 d) (𝑥 − 1) 4
e) (𝑥 − 1)4,2 f) (𝑥 − 1)4,3 g) (𝑥 − 1)4,2 h) (𝑥 − 1)4,25

Resolução:

Vamos lembrar que:


 𝑆𝑒 𝑎 ∈ ℝ , 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟 , 𝑎𝑛 ≥ 0 ⇔ 𝑎≥0 .

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

 ∀ 𝑎 ∈ ℝ , 𝑛 𝑝𝑎𝑟 , 𝑎𝑛 ≥ 0
4 9
a) 𝑦 = (𝑥 − 1)9 = √(𝑥 − 1)4. Como a raiz é de índice ímpar, (𝑥 − 1)4 pode ser qualquer número
4
real, portanto (𝑥 − 1)9 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4 1 1
b) 𝑦 = (𝑥 − 1)−9 = 4 = 9 4
. . Como a raiz é de índice ímpar, (𝑥 − 1)4 pode ser qualquer
(𝑥−1)9 √(𝑥−1)

9
número real. Mas, como √(𝑥 − 1)4 está no denominador, 𝑥 − 1 ≠ 0 , donde 𝑥 ≠ 1 . Portanto
4
(𝑥 − 1)−9 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ − {1}.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
9 4
c) 𝑦 = (𝑥 − 1)4 = √(𝑥 − 1)9 . Como a raiz é de índice par, (𝑥 − 1)9 deve ser positivo ou nulo. Logo,
9
(𝑥 − 1)9 ≥ 0 ⇔ 𝑥−1 ≥0 ⇔ 𝑥 ≥1 . Portanto (𝑥 − 1)4 está definida para ∀ 𝑥 ∈
[1 , +∞).

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
−9 1 1
d) 𝑦 = (𝑥 − 1) 4 = 9 = 4 9
. Como a raiz é de índice par, (𝑥 − 1)9 deve ser positivo ou
(𝑥−1)4 √(𝑥−1)

nulo. Logo, (𝑥 − 1)9 ≥ 0 ⇔ 𝑥−1 ≥0 ⇔ 𝑥 ≥ 1 . Mas, (𝑥 − 1)9 está no denominador e,


portanto, deve ser diferente de zero. Logo, (𝑥 − 1)9 ≠ 0 ⇔ 𝑥−1 ≠0 ⇔ 𝑥 ≠ 1 . Portanto
−9
(𝑥 − 1) 4 está definida para ∀ 𝑥 ∈ (1 , +∞).

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
42 21 5
e) 𝑦 = (𝑥 − 1)4,2 = (𝑥 − 1)10 = (𝑥 − 1) 5 = √(𝑥 − 1)21. Como a raiz é de índice ímpar, (𝑥 − 1)21
pode ser qualquer número real. Portanto, (𝑥 − 1)4,2 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
43 10
f) 𝑦 = (𝑥 − 1)4,3 = (𝑥 − 1)10 = √(𝑥 − 1)43 . Como a raiz é de índice par, (𝑥 − 1)43 deve ser
positivo ou nulo. Logo, (𝑥 − 1)43 ≥ 0 ⇔ 𝑥−1 ≥0 ⇔ 𝑥 ≥ 1 . Portanto (𝑥 − 1)4,3 está
definida para ∀ 𝑥 ∈ [1 , +∞).

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) 𝑦 = (𝑥 − 1)4,2.

Talvez você nunca tenha visto essa notação de dízimas periódicas: 4, 2 = 4,2222 …
𝑝
Vamos escrever 4, 2 na forma , onde 𝑝 , 𝑞 são números inteiros, primos entre si.
𝑞

Fazendo 𝑧 = 4,222 …, temos 10 ∙ 𝑧 = 42,222 …. Logo, 10𝑧 − 𝑧 = 42,222 … − 4,222 … = 38.

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38
Assim, 9𝑧 = 38 ⇒ 𝑧= .
9

9 38
Logo, 𝑦 = (𝑥 − 1)4,2 = (𝑥 − 1) 9 = √(𝑥 − 1)38 . Como a raiz é de índice ímpar, (𝑥 − 1)38 pode ser

qualquer número real, portanto (𝑥 − 1)4,2 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
h) 𝑦 = (𝑥 − 1)4,25

Lembre que 4, 25 = 4,25252525 …,


𝑝
Vamos escrever 4, 25 na forma , onde 𝑝 , 𝑞 são números inteiros, primos entre si.
𝑞

Fazendo 𝑧 = 4,2525 …, temos 100. 𝑧 = 425,2525 …. Logo,

100. 𝑧 − 𝑧 = 425,2525 … − 4,2525 … = 421.


421
Assim, 99𝑧 = 421 ⇒ 𝑧= .
99

421 99
Logo, 𝑦 = (𝑥 − 1)4,25 = (𝑥 − 1) 99 = √(𝑥 − 1)421 . Como a raiz é de índice ímpar, (𝑥 − 1)421 pode
ser qualquer número real, portanto (𝑥 − 1)4,25 está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
____________________________________________________________________________________

Exercício 4
Considere os gráficos abaixo. Admita que sejam gráficos de funções com expoente constante e inteiro. O
domínio e o contradomínio dessas funções são subconjuntos dos reais e o contradomínio coincide com
a imagem.

𝒇(𝒙) = 𝒙𝒂 𝒕(𝒙) = 𝒙𝒎 𝒉(𝒙) = 𝒙𝒄

𝒈(𝒙) = 𝒙𝒃 𝒔(𝒙) = 𝒙𝒌 𝒋(𝒙) = 𝒙𝒅

a) Para cada função, diga se o expoente é par ou se o expoente é impar.


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b) Para cada função, diga se o expoente é positivo, negativo ou nulo.


c) Sabendo-se que gráficos de funções injetoras só podem ser cortados uma única vez por retas
horizontais, diga quais dos gráficos representam funções injetoras.
d) Diga para quais subintervalos dos seus domínios as funções são crescentes, decrescentes ou
constantes.
e) Considerando como domínio o conjunto dos números reais ou o conjunto dos reais sem o zero,
identifique quais dessas funções admite inversa. Encontre a expressão da inversa.
f) Para as funções do item anterior que não admitem inversa, encontre, se possível, um subconjunto
𝐴 no qual a função admite inversa. Encontre a expressão da função inversa nesse subconjunto.
g) Lembrando que o gráfico da função inversa é o simétrico do gráfico da função direta em relação à
reta 𝑦 = 𝑥 , esboce o gráfico da cada inversa dos itens e) e f).

Resolução:
a)
 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎 tem expoente ímpar, pois se fosse par, 𝑓(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 no seu domínio.
 𝑡(𝑥) = 𝑥 𝑚 tem expoente nulo, pois 𝑡(𝑥) = 1 = 𝑥 0 , portanto tem expoente par.
 ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑐 tem expoente par, pois 𝑔(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 no seu domínio.
 𝑔(𝑥) = 𝑥 𝑏 tem expoente ímpar, pois se fosse par, 𝑔(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 no seu domínio.
 𝑠(𝑥) = 𝑥 𝑘 tem expoente ímpar, pois se fosse par, 𝑠(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 no seu domínio.
 𝑗(𝑥) = 𝑥 𝑑 tem expoente par, pois 𝑔(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 no seu domínio.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b)
 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎 tem expoente positivo, pois está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Se o expoente fosse negativo,
a função não estaria definida para 𝑥 = 0.
 𝑡(𝑥) = 𝑥 𝑚 tem expoente nulo, pois 𝑡(𝑥) = 1 = 𝑥 0 .
 ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑐 tem expoente positivo, pois está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Se o expoente fosse negativo,
a função não estaria definida para 𝑥 = 0.
 𝑔(𝑥) = 𝑥 𝑏 tem expoente negativo, pois a função não está definida para 𝑥 = 0.
 ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑐 tem expoente positivo, pois está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Se o expoente fosse negativo,
a função não estaria definida para 𝑥 = 0.
 𝑠(𝑥) = 𝑥 𝑘 tem expoente positivo, pois está definida para ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Se o expoente fosse negativo,
a função não estaria definida para 𝑥 = 0.
 𝑗(𝑥) = 𝑥 𝑑 tem expoente negativo, pois a função não está definida para 𝑥 = 0.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) As funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎 , 𝑔(𝑥) = 𝑥 𝑏 , 𝑠(𝑥) = 𝑥 𝑘 são injetoras, pois seus gráficos atendem o
“Teste da Reta Horizontal”.
Já as funções ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑐 , 𝑡(𝑥) = 𝑥 𝑚 , 𝑗(𝑥) = 𝑥 𝑑 não são injetoras, pois seus gráficos não são
“aprovados” no “Teste da Reta Horizontal”.

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d)
 A função 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎 é sempre crescente.
 A função 𝑡(𝑥) = 𝑥 𝑚 é constante, 𝑡(𝑥) = 1 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
 A função ℎ(𝑥) = 𝑥 𝑐 é decrescente no intervalo (−∞, 0] e é crescente no intervalo [0, +∞).
 A função 𝑔(𝑥) = 𝑥 𝑏 é decrescente nos intervalos ( −∞, 0) e ( 0, +∞).
 A função 𝑠(𝑥) = 𝑥 𝑘 é sempre crescente.
 A função 𝑗(𝑥) = 𝑥 𝑑 crescente no intervalo ( −∞, 0) e é decrescente no intervalo ( 0, +∞).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) As funções que admitem inversa são: 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒂 , 𝒈(𝒙) = 𝒙𝒃 , 𝒔(𝒙) = 𝒙𝒌 . Note que os
gráficos dessas funções são “aprovados” no Teste da Reta Horizontal”.

 𝒇(𝒙) = 𝒙𝒂 , 𝒂 > 0 , 𝑎 é í𝑚𝑝𝑎𝑟 , 𝒙 ∈ ℝ


1 1 1 1 1
𝑦 = 𝑥 𝑎 ⇔ 𝑦 𝑎 = (𝑥 𝑎 )𝑎 ⇔ 𝑦𝑎 = 𝑥 ⇔ 𝑦 𝑎 = 𝑥 ⇔ 𝑥 = 𝑦 𝑎 = 𝑎√𝑦 . Logo, a expressão da
1 1 𝑎
inversa é 𝑓 −1 (𝑦) = 𝑦 𝑎 = 𝑎√𝑦 ou 𝑓 −1 (𝑥) = 𝑥 𝑎 = √𝑥 .

Exemplo: 𝑓(𝑥) = 𝑥 5 , 5 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 , 5 é í𝑚𝑝𝑎𝑟 , 𝑥 ∈ ℝ.


A expressão da inversa é
1 5
𝑓 −1 (𝑥) = 𝑥 5 = √𝑥 , 𝑥 ∈ ℝ.

 𝒈(𝒙) = 𝒙𝒃 , 𝒃 < 0 , 𝑏 é í𝑚𝑝𝑎𝑟 , 𝒙 ∈ ℝ − {𝟎}.


1 1 1 1 1
𝑦 = 𝑥 𝑏 ⇔ 𝑦 𝑏 = (𝑥 𝑏 )𝑏 ⇔ 𝑦𝑏 = 𝑥 ⇔ 𝑦𝑏 = 𝑥 ⇔ 𝑥 = 𝑦𝑏 .
1 1
Mas, 𝑏 < 0 , segue que, 𝑏 < 0 ⇔ −𝑏 > 0 , 𝑏 = −(−𝑏) . Assim, 𝑥 = 𝑦 𝑏 = 𝑦 −(−𝑏) =
1 1 1
= 𝑦 −−𝑏 = 1 = (−𝑏) .
𝑦 −𝑏 √𝑦

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1 1 1
Logo, a expressão da inversa é: 𝑔−1 (𝑦) = 𝑦 𝑏 = (−𝑏) ou 𝑔−1 (𝑥) = (−𝑏) .
√𝑦 √𝑥

Exemplo: 𝑔(𝑥) = 𝑥 −5 , − 5 < 0 , −5 é í𝑚𝑝𝑎𝑟, 𝑥 ∈ ℝ − {0}.


A expressão da inversa é
1 1 1
𝑔−1 (𝑦) = 𝑦 −5 = 5 ou 𝑔−1 (𝑥) = 5
√𝑦 √𝑥

 𝒔(𝒙) = 𝒙𝒌 , 𝒌 > 0 , 𝒌 é í𝒎𝒑𝒂𝒓 , 𝒙 ∈ ℝ .


A função 𝒇 tem essas mesmas características, portanto, a expressão da inversa da função 𝒔 é 𝑠 −1 (𝑦) =
1 1 𝑘
𝑦 𝑘 = 𝑘√𝑦 ou 𝑠 −1 (𝑥) = 𝑥 𝑘 = √𝑥 .
Observe que, que 𝒌 = 𝟏, o gráfico da função 𝒔 é uma reta que
passa pelos pontos (0,0) 𝑒 (1,1).
1
Assim, 𝑠(𝑥) = 𝑥 e 𝑠 −1 (𝑥) = 𝑥 1 = 𝑥. Portanto,
𝑠(𝑥) = 𝑠 −1 (𝑥) , ∀ 𝑥 ∈ ℝ.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) As funções 𝑡 , ℎ , 𝑗 não admitem inversa, seus gráficos “não são aprovados” no “teste da Reta
Horizontal”.
 𝒕(𝒙) = 𝟏 = 𝒙𝟎 . Seu gráfico é uma reta paralela ao eixo 𝑂𝑥 e passa pelo ponto (0 , 1).Em qualquer
subconjunto dos reais, a função 𝑡(𝑥) = 1 não será injetora, logo não será possível encontrar um
subconjunto dos reais onde a função admite inversa.

 𝒉(𝒙) = 𝒙𝒄 , 𝑐 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 , 𝑐 𝑝𝑎𝑟 , é decrescente no intervalo (−∞ 0] e é crescente no intervalo


[0, +∞).
Para inverter a função ℎ , podemos escolher, por exemplo, o intervalo onde ℎ é decrescente, que é o
intervalo (−∞, 0] ou escolher o intervalo onde ℎ é crescente, que é o intervalo [0, +∞).
Vamos escolher o intervalo onde ℎ é decrescente, o intervalo (−∞, 0]:
1 1 𝑐 é 𝑝𝑎𝑟 1 𝑥<0 1 1
Temos que 𝑦 = 𝑥 𝑐 ⇔ 𝑦 𝑐 = (𝑥 𝑐 )𝑐 ⇔ 𝑦𝑐 = | 𝑥 | ⇔ 𝑦 𝑐 = −𝑥 ⇔ 𝑥 = − 𝑦 𝑐 .
1 𝑐
Portanto a inversa é ℎ−1 (𝑦) = − 𝑦 𝑐 = − 𝑐√𝑦 . Na variável 𝑥 , podemos escrever ℎ−1 (𝑥) = − √𝑥 .

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Exemplo: ℎ(𝑥) = 𝑥 4 , 4 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 , 4 é 𝑝𝑎𝑟 ,


𝑥 ∈ (−∞ 0].
A expressão da inversa é
4
ℎ−1 (𝑥) = − √𝑥 , 𝑥 ∈ [0 , +∞).

 𝑗(𝒙) = 𝒙𝒅 , 𝑑 < 0 , 𝑑 𝑝𝑎𝑟 , é crescente no intervalo ( −∞, 0) e é decrescente no intervalo


( 0, +∞).

Para inverter a função 𝑗 , podemos escolher, por exemplo, o intervalo onde 𝑗 é decrescente, que é o
intervalo (0 , +∞) ou escolher o intervalo onde ℎ é crescente, que é o intervalo (−∞ , 0):.

Vamos escolher o intervalo onde 𝑗 é crescente, o intervalo (−∞ 0):


1 1 𝑑 é 𝑝𝑎𝑟 1 𝑥<0 1 1
Temos que 𝑦 = 𝑥 𝑑 ⇔ 𝑦 𝑑 = (𝑥 𝑑 )𝑑 ⇔ 𝑦𝑑 = | 𝑥 | ⇔ 𝑦 𝑑 = −𝑥 ⇔ 𝑥 = − 𝑦 𝑑 .
1 1
Mas, 𝑑 < 0 , segue que, 𝑑 < 0 ⇔ −𝑑 > 0 , 𝑑 = −(−𝑑) . Assim, 𝑥 = − 𝑦 𝑑 = − 𝑦 −(−𝑑) =
1 1 1
= − 𝑦 −−𝑑 = − 1 = − (−𝑑) .
𝑦 −𝑑 √𝑦
1
1 1
Logo, a expressão da inversa é: 𝑗 −1 (𝑦) = − 𝑦 𝑑 = − (−𝑑) ou 𝑗 −1 (𝑥) = − (−𝑑) .
√𝑦 √𝑥

Exemplo: 𝑗(𝒙) = 𝒙−𝟒 , −4 < 0 , −4 é 𝑝𝑎𝑟 , 𝑥 ∈ (−∞ 0).


1 1
A expressão da inversa é 𝑗 −1 (𝑦) = − 𝑦 −4 = − 𝑦 −4 =
1 1
−4𝑦 ou 𝑗 −1 (𝑥) = − 4 ..
√ √𝑥

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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g)

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Exercício 5 Estão esboçados, ao lado, os gráficos de:

𝑦 = 𝑥 −6 ; 𝑦 = 𝑥 −2 ; 𝑦 = 𝑥 −1 ; 𝑦 = 𝑥 −3
𝑦 = 𝑥 0 ; 𝑦 = 𝑥1 ; 𝑦 = 𝑥 3 ; 𝑦 = 𝑥13 ; 𝑦 = 𝑥 6 .
Para os valores de 𝑥 do domínio de cada função,
identifique os gráficos nos seguintes intervalos;
a) 𝑥≥1 b) 0≤𝑥<1
c) 𝑥 ≤ −1 d) −1 < 𝑥 < 0

Resolução:

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A ordem das funções nos intervalos (1, ∞) e (0, 1) são dadas pela Propriedade 3:
Se 𝒙 > 1 então −𝟔 < −3 < −2 < −1 < 0 < 1 < 3 < 6 < 13 ⇒

𝒙−𝟔 < 𝒙−𝟑 < 𝒙−𝟐 < 𝒙−𝟏 < 𝒙𝟎 < 𝒙𝟏 < 𝒙𝟑 < 𝒙𝟔 < 𝒙𝟏𝟑

Se 𝟎 < 𝒙 < 1 então −𝟔 < −3 < −2 < −1 < 0 < 1 < 3 < 6 < 13 ⇒

𝒙𝟏𝟑 < 𝒙𝟔 < 𝒙𝟑 < 𝒙𝟏 < 𝒙𝟎 < 𝒙−𝟏 < 𝒙−𝟐 < 𝒙−𝟑 < 𝒙−𝟔
Usamos a paridade das funções para identificar os gráficos nos intervalos (−∞ , −1) e (−1 , 0).
____________________________________________________________________________________

Exercício 6
a) Escreva em ordem crescente a seguinte lista de números racionais:
1 2 3 5 6 4 1 8 1 2 7 12 5
; ; ; ; ; ; ; 0 ; 1 ; −1 ; − 12 ; − 2 ; − ;− ;− ;−
2 3 5 4 4 6 2 5 4 8 2

b) Considere as funções com domínio e contradomínio contidos em ℝ , dadas a seguir:


1 2 3 5 6 4
𝑦 = 𝑥2 ; 𝑦 = 𝑥3 ; 𝑦 = 𝑥5 ; 𝑦 = 𝑥4 ; 𝑦 = 𝑥4 ; 𝑦 = 𝑥6 ; 𝑦 = 𝑥 ; 𝑦 = 1 = 𝑥0
Considerando 𝑥 no domínio de cada função, esboce os gráficos dessas funções. Para cada um dos
intervalos a seguir, faça os gráficos de todas as funções em uma única figura.
i). 𝑥 ∈ [1 , +∞) ii). 𝑥 ∈ [0 , 1) iii). 𝑥 ∈ (−∞ , −1] iv). 𝑥 ∈ (−1, 0)

c) Considere as funções com domínio e contradomínio contidos em ℝ , dadas a seguir:


8 1 2 7 5 12
𝑦 = 𝑥 −12 ; 𝑦 = 𝑥 −2 ; 𝑦 = 𝑥 −5 ; 𝑦 = 𝑥 −4 ; 𝑦 = 𝑥 −2 ; 𝑦 = 𝑥 − 8 ; 𝑦 = 𝑥 −1 ; 𝑦 = 1 = 𝑥 0
Considerando 𝑥 no domínio de cada função, esboce os gráficos dessas funções. Para cada um dos
intervalos a seguir, faça os gráficos de todas as funções em uma única figura.
i). 𝑥 ∈ [1 , +∞) ii). 𝑥 ∈ [0 , 1) iii). 𝑥 ∈ (−∞ , −1] iv). 𝑥 ∈ (−1, 0)
Resolução:
a) Dada a sequência,
1 2 3 5 6 4 1 8 1 2 7 12 5
; ; ; ; ; ; ; 0 ; 1 ; −1 ; − 12 ; − 2 ; − ;− ;− ;− ,
2 3 5 4 4 6 2 5 4 8 2
6 3 4 2 8 2 12 3
observe que: = , = , − = − , − = −
4 2 6 3 12 3 8 2
Portanto podemos trabalhar com a sequência:
1 2 3 5 3 2 1 2 7 3 5
; ; ;
; 2 ; 0 ; 1 ; −1 ; − 3 ; − 2 ; − ;− ;− ;−
2 3 5 4 5 4 2 2

Colocando em ordem:
5 7 3 2 1 2 1 3 2 5 3
− < − < − < −1 < − 3 < − 2 < − < 0 < < < < 1< < 2.
2 4 2 5 2 5 3 4

Para colocar em ordem usamos a seguinte propriedade dos números reais:


𝑎 𝑐
< 𝑑 ⇔ 𝑎 × 𝑑 < 𝑏 × 𝑐 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 , 𝑏 , 𝑐 , 𝑑 ∈ ℝ , 𝑏𝑑 > 0
𝑏
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Considere as funções com domínio e contradomínio contidos em ℝ , dadas a seguir:
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1 2 3 5 6 4
𝑦 = 𝑥2 ; 𝑦 = 𝑥3 ; 𝑦 = 𝑥5 ; 𝑦 = 𝑥4 ; 𝑦 = 𝑥4 ; 𝑦 = 𝑥6 ; 𝑦 = 𝑥 ; 𝑦 = 1 = 𝑥0

i). 𝑥 ∈ [1 , +∞)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ii). 𝑥 ∈ [0 , 1)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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iii). 𝑥 ∈ (−∞ , −1]

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
iv). 𝑥 ∈ (−1, 0)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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c)
i). 𝑥 ∈ [1 , +∞)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ii). 𝑥 ∈ [0 , 1)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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iii). 𝑥 ∈ (−1, 0)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

iv). 𝑥 ∈ (−∞ , −1]

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Exercício 7 Quais das seguintes afirmações são verdadeiras? Quais são falsas? Justifique!
7
0,3 0,4 1 0,5 1 0,6 0 0,2 1 4 1 1,4
a) 2 <2 b) (2) < (2) c) 3 <3 d) (3) > (3)
1 −5 1 5 1
3 −1,5
e) 𝜋 −2 < 𝜋 2 f) (5) > (5) g) 3−5 > 1 h) (7) <1
1 2 3 3
i) (7) > 1 j) 3−0,0001 < 0 k) √11 < √5 l) √2 < √3

Resolução:

a) 20,3 < 20,4 Pela Propriedade 4(a):

Se a base 𝑏 = 2 > 1 e os expoentes 0,3 < 0,4 então 20,3 < 20,4.

Essa propriedade também pode ser escrita como: para base maior do que 1, se os expoentes crescem
então a base elevada aos expoentes também crescem.
Portanto a desigualdade é verdadeira.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 0,5 1 0,6
b) (2) < (2) Pela Propriedade 4(b):
1 1 0,5 1 0,6
Se a base 𝑏 = 2, 0 < 𝑏 < 1 e os expoentes 0,5 < 0,6 então (2) > (2) .

Essa propriedade também pode ser escrita como: para base maior do que 0 e menor do que 1, se os
expoentes crescem então a base elevada aos expoentes decrescem.
Portanto a desigualdade é falsa.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) 30 < 30,2

Verdadeira, pois a base é maior do que 1 e os expoentes estão em ordem crescente.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
7
1 4 1 1,4
d) (3) > (3)
7
Sabemos que = 1,75 > 1,4. Pela Propriedade 4(b):
4
1 7 1 1,4 1 1,75
Se a base 𝑏 = 3, 0 < 𝑏 < 1 e os expoentes 1,4 < 4 então (3) > (3) .

Portanto a desigualdade é falsa.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) 𝜋 −2 < 𝜋 2 .

Verdadeira, pois a base 𝑏 = 𝜋 > 1 é maior do que 1 e os expoentes estão em ordem crescente (−2 <
2).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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1 −5 1 5
f) (5) > (5) Verdadeira, pois pela Propriedade 4(b):
1 1 −5 1 5
Se a base 𝑏 = 5, 0 < 𝑏 < 1 e os expoentes −5 < 5 então (5) > (5) .
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
g) 3− 5 > 1
1
Sabemos que 1 = 30 , a base 𝑏 = 3 > 1, e os expoentes −1 < 0, logo 3− 5 < 30 = 1.

Portanto a desigualdade é falsa.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3 −1,5
h) (7) <1
3 3 −1,5 3 0
Sabemos que 1 = 30 , a base 𝑏 = 7 , 0 < 𝑏 < 1, e os expoentes −1,5 < 0, logo (7) > (7) = 1.

Portanto a desigualdade é falsa.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 2
i) (7) > 1

1 2 1 1
(7) = 72 , mas 72 > 1 ⟹ 72 < 1 . Portanto a desigualdade é falsa.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
j) 3−0,0001 < 0
1 1
3−0,0001 = 30.0001 e sabemos que 3 > 0 ⟹ 30.0001 > 0 ⟹ 30.0001 > 0 ⟹ 3−0,0001 > 0.

Portanto a desigualdade é falsa.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
k) √11 < √5
3
Sabemos que a função 𝑦 = 𝑥 6 é crescente no intervalo [0, ∞), √11 > 0 e √5 > 0 , logo:

6 6 1 6 1 6
3 3
√11 < √5 ⟺ ( √11 ) < (√5) ⟺ (113 ) < (52 ) ⟺ 112 < 53 ⟺ 121 < 125.

Essa última desigualdade é claramente verdadeira. Como há equivalência entre as desigualdades,


conclui-se que a primeira desigualdade também é verdadeira.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
l) √2 < √3
3
Sabemos que a função 𝑦 = 𝑥 6 é crescente no intervalo [0, ∞), √3 > 0 e √2 > 0 , logo:

6 6 1 6 1 6
3 3
√2 < √3 ⟺ (√2) < ( √3 ) ⟺ (22 ) < (33 ) ⟺ 23 < 32 ⟺ 8 < 9.

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Essa última desigualdade é claramente verdadeira. Como há equivalência entre as desigualdades,


conclui-se que a primeira desigualdade também é verdadeira.
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Exercício 8 Resolva as equações. Dê a resposta na forma mais simples possível.
3 1 1 1
a) (4𝑥 2 − 1)4 = 27 b) 6𝑥 2 − 𝑥 4 = 1 (Sugestão: use a substituição 𝑢 = 𝑥 4 ).

Resolução:
4
3 3 3 3 4
a) (4𝑥 2 − 1) = 27 ⟺
4 (4𝑥 2 − 1) = 3
4 3
⟺ ((4𝑥 − 1) ) = (33 )3 ⟺ 4𝑥 2 − 1 =
2 4

41 41 41
34 ⟺ 4𝑥 2 = 81 + 1 ⟺ 4𝑥 2 = 82 ⟺ 𝑥 2 = ⟺ 𝑥 = √2 ou 𝑥 = −√ 2 .
2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 1
b) 6𝑥 2 − 𝑥 4 = 1
1 1 2 1
Usando a substituição sugerida, 𝑢 = 𝑥 4 , temos também que 𝑢2 = (𝑥 4 ) = 𝑥 2 .

Logo a equação em 𝑢 fica 6𝑢2 − 𝑢 = 1. Resolvendo,


1±√1+24 1±5 1 4 1
6𝑢2 − 𝑢 = 1 ⟺ 6𝑢2 − 𝑢 − 1 = 0 ⟺ 𝑢= = ⟺ 𝑢=2 𝑜𝑢 𝑢 = − 12 = − 3
2∙6 12
4
1 1
1 1
1 4 1 1
Quando 𝑢 = 2 , temos 𝑥 4 = 2. Resolvendo, (𝑥 4 ) = (2) ⟺ 𝑥 = 24 ⟺ 𝑥 = 16
1
1 1
Quando 𝑢 = − 3 , temos 𝑥 4 = − 3. , não há solução real.
1
Logo a única solução da equação é 𝑥 = 16.
____________________________________________________________________________________

Exercício 9 Dê o domínio e esboce o gráfico das funções a seguir. Explique, usando transformações em
gráficos de funções, como obter o gráfico dessas expressões a partir do gráfico da primeira delas.
3 3 3
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −5 b) 𝑔(𝑥) = 𝑥 −5 − 1 c) 𝑗(𝑥) = (−𝑥)−5

3 3 3
d) ℎ(𝑥) = |𝑥|−5 e) 𝑘(𝑥) = (2 − 𝑥)−5 f) 𝑙(𝑥) = (2 + |𝑥|)−5
3
g) 𝑟(𝑥) = −(𝑥 + 1)−5 + 1

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

Resolução:
3
1 1
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 = 3 = 5
𝑥5 √𝑥 3

𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {0} .
Esta função é uma função ímpar:
1 1 1
𝑓(−𝑥) = 5 = 5 = 5 = =
√(−𝑥)3 √−(𝑥)3 − √𝑥 3
1
− 5 = −𝑓(𝑥).
√𝑥 3

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
1
b) 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 5 − 1 = 5 − 1
√𝑥 3

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
3 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3
𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 ⇒ 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 5 − 1

𝐷𝑜𝑚(𝑔) = ℝ − {0}. Esta função não é par nem ímpar.

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

3
1
c) 𝑗(𝑥) = −𝑥 − 5 = − 5 = −𝑓(𝑥)
√𝑥 3

𝐷𝑜𝑚(𝑗) = ℝ − {0}
Esta função é uma função ímpar:
𝑗(−𝑥) = −𝑓(−𝑥) = −(− 𝑓(𝑥)) = 𝑓(𝑥) = −𝑗(𝑥)
𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
3 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥 3

𝑓(𝑥) = 𝑥 5 ⇒ − 𝑓(𝑥) = −𝑥 − 5 = 𝑗(𝑥)

𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3 3

3 𝑥− 5 , 𝑠𝑒 𝑥 > 0 𝑥− 5 ,
𝑠𝑒 𝑥 > 0
d) ℎ(𝑥) = |𝑥| 5 = { 3 = { 3
− −
(−𝑥) 5 , 𝑠𝑒 𝑥<0 −(𝑥 5 ) , 𝑠𝑒 𝑥<0

Podemos pensar também que, modular a variável 𝑥 , significa:


3
 Manter o gráfico da função original 𝑦 = 𝑥 − 5 para os pontos com abscissa 𝑥 ≥ 0 .

 Refletir a parte do gráfico com pontos de abscissa 𝑥 ≥ 0 em torno do eixo 𝑂𝑦 .

Observe que a parte do gráfico original cujos pontos têm abscissa 𝑥 < 0 não é usada quando
modulamos a variável 𝑥.
3 1 3
ℎ(𝑥) = |𝑥|− 5 = 3 . 𝐷𝑜𝑚(ℎ) = ℝ − {0} . A função ℎ(𝑥) = |𝑥|− 5 é uma função par:
|𝑥| 5

3 3
ℎ(−𝑥) = |−𝑥|−5 = |𝑥|−5 = ℎ(𝑥) , pois |−𝑥| = |𝑥| , 𝑝𝑎𝑟𝑎 ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
3 𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑥 3
𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 ⇒ ℎ(𝑥) = |𝑥|− 5

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑎𝑟
𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3 3
1
e) 𝑘(𝑥) = (2 − 𝑥)− 5 = −(𝑥 − 2)− 5 = − 3
(𝑥−2) 5

1
Esta função não é par nem ímpar. Para que 3 possa ser calculada é preciso que 𝑥 − 2 ≠ 0 para
(𝑥−2) 5

que o denominador não se anule. Logo, devemos ter 𝑥 ≠ 2. Assim 𝐷𝑜𝑚(𝑘) = ℝ − {2}

Uma possível sequência de transformação é a seguinte:

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
3 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥 3 𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 3
𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 ⇒ 𝑦 = −𝑥 − 5 = −𝑓(𝑥) ⇒ 𝑘(𝑥) = −(𝑥 − 2)− 5

𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3 3

3 (2 + 𝑥)− 5 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 (2 + 𝑥)− 5 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
f) 𝑙(𝑥) = (2 + |𝑥|) 5 = { 3 = { 3 =
− −
(2 − 𝑥) 5 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0 (−(𝑥 − 2)) 5 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0
3
(𝑥 + 2)− 5 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
={ 3

−(𝑥 − 2) 5 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0

Como 2 + |𝑥| ≥ 2 , 𝑝𝑜𝑖𝑠 |𝑥| ≥ 0 então 𝐷𝑜𝑚(𝑙) = ℝ.

1ª. Forma de resolver:

Vamos esboçar os gráficos das funções:


3 3
1) 𝑙1 (𝑥) = (𝑥 + 2)− 5 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 > 0 2) 𝑙2 (𝑥) = −(𝑥 − 2)− 5 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 < 0

Para a função 1):

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
3 𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 3
𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 ⇒ 𝑙1 (𝑥) = (𝑥 + 2)− 5 . Para 𝑥 ≥ 0

Para a função 2):


3
Observe que 𝑙2 (𝑥) = −(𝑥 − 2)− 5 = 𝑘(𝑥) do item e). Neste caso vamos usar 𝑥 < 0

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

Finalmente, o gráfico de
3
𝑙(𝑥) = (2 + |𝑥|)− 5

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2ª. Forma de resolver:
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑎𝑟
3 𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 3 𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑥 3
− −
𝑓(𝑥) = 𝑥 5 ⇒ 𝑙1 (𝑥) = (𝑥 + 2) 5 ⇒ 𝑙(𝑥) = (2 + |𝑥|)− 5

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠

𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑎𝑟
𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑥

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 11 – 2018-2 – GABARITO – Função Potência de Expoente Racional Pré-Cálculo

3
1
g) 𝑟(𝑥) = −(𝑥 + 1)− 5 + 1 = 1 − 3
(𝑥+1)5
1
Para que 𝑟(𝑥) = 1 − 3 possa ser calculada é preciso que 𝑥 + 1 ≠ 0 , para que o denominador
(𝑥+1)5

não se anule. Assim, é preciso que 𝑥 ≠ −1 . Logo, 𝐷𝑜𝑚(𝑟) = ℝ − {−1} .


Uma possível sequência de transformações é:
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
3 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥 3 3
𝑑𝑒 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑓(𝑥) = 𝑥 − 5 ⇒ − 𝑓(𝑥) = −𝑥 − 5 ⇒ 𝑦 = −(𝑥 + 1)− 5
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
3
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
⇒ 𝑟(𝑥) = −(𝑥 + 1)− 5 + 1

𝑅𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜
𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑑𝑒 1 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

Profa. Maria Lúcia Campos


Profa. Marlene Dieguez

CEDERJ
Gabarito – EP 12
Pré-Cálculo
_________________________________________________________________________
Exercício 1
(a) Desenhe o círculo trigonométrico e marque o semicírculo que corresponde aos possíveis resultados
da função 𝜃 = arcsen 𝑥. Marque os ângulos notáveis nesse semicírculo e os correspondentes valores do
seno desses ângulos. Confira se você acertou, esse desenho está na página 2 desse EP11. Se não acertou,
corrija os seus erros, isso é muito importante para fazer os cálculos dos próximos exercícios.
(b) Faça a mesma coisa que fez no exercício anterior, agora para a função 𝜃 = arccos 𝑥.
Resolução:
(a) (b)

_________________________________________________________________________
Exercício 2: Calcule, se possível, os seguintes valores:
√2 √3 1
(a) arcsen ( 2 ) (b) arccos (− ) (c) arcsen (− 2)
2
√3 √2
(d) arccos(−1) (e) sen (arccos (− )) (f) sen (arcsen (− ))
2 2
7𝜋 2√5
(g) arccos (cos ) (h) sen(arcsen(0,8)) (i) cos (arccos ( ))
2 5

Resolução:
√2 𝜋 √3 5𝜋 1 𝜋
(a) arcsen ( 2 ) = (b) arccos (− ) = (c) arcsen (− 2) = − 6 (d) arccos(−1) = 𝜋
4 2 6

√3 5𝜋 𝜋 1
(e) sen (arccos (− )) = sen ( 6 ) = sen ( 6 ) = 2
2

√2 √2 √2
(f) sen (arcsen (− )) =− , pois −1 < − < 0 < 1 e sen(arcsen 𝑥) = 𝑥 para todo −1 ≤ 𝑥 ≤ 1.
2 2 2

7𝜋 7𝜋 7𝜋
(g) Primeiro observe que arccos (cos )≠ pois ∉ [0, 𝜋].
2 2 2
7𝜋 7𝜋 3𝜋 𝜋
arccos (cos ) = arccos (cos ( 2 − 2𝜋)) = arccos (cos ( 2 )) = arccos 0 =
2 2

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

(h) sen(arcsen(0,8)) = 0,8 pois −1 < 0 < 0,8 < 1 e sen(arcsen 𝑥) = 𝑥 para todo −1 ≤ 𝑥 ≤ 1.

2√5 2√5 2√5


(i) Primeiro precisamos verificar se −1 < < 1, sabemos que > 0, verificando se < 1,
5 5 5

2√5 2
< 1 ⟺ 0 < 2√5 < 5 ⟺ (2√5) < 52 ⟺ 4 ∙ 5 < 25 ⟺ 20 < 25 . Com a última
5
2√5
desigualdade é verdadeira, e todas são equivalentes, então, a primeira, < 1, também é verdadeira.
5

2√5 2√5 2√5


Logo, cos (arccos ( )) = , pois −1 < < 1 e cos(arccos(𝑥)) = 𝑥 para todo −1 ≤ 𝑥 ≤ 1.
5 5 5

_________________________________________________________________________
Exercício 3:
1
Se 𝛼 = arcsen (− 3), calcule: (a) tan(𝛼) (b) sec(𝛼) (c) cot(𝛼) (d) csc(𝛼).
Resolução:
sen(𝛼)
(a) tan(𝛼) = . Precisamos calcular sen(𝛼) e cos(𝛼).
cos(𝛼)
1 1 𝜋
𝛼 = arcsen (− 3) ⟹ sen 𝛼 = − 3 e − 2 < 𝛼 < 0, isto é, 𝛼 é um ângulo do 4º. quadrante.
1 1 1 8
Da relação sen2 𝛼 + cos2 𝛼 = 1 𝑒 sen 𝛼 = − 3 ⟹ + cos 2 𝛼 = 1 ⟹ cos 2 𝛼 = 1 − 9 = 9.
9
8 √8 2√2
⟹ cos 2 𝛼 = 9 ⟹ cos 𝛼 = ± =± . Como 𝜃 é um ângulo do 4º. quadrante, cos 𝛼 > 0,
3 3
1
2√2 − 1 √2
3
concluímos que cos 𝛼 = . Portanto, tan(𝛼) = 2√2
= − 2√2 = − .
3 4
3
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2√2
1 3 3√2 3√2 3 1
(b) sec(𝛼) = 2√2
= 2√2 = 2√2√2 = (c) cot(𝛼) = 1 = −2√2. (d) csc(𝛼) = 1 = −3.
4 − −
3 3 3

_________________________________________________________________________
Exercício 4: Determine o domínio das seguintes funções:
𝑥
(a) 𝑓(𝑥) = arcsen (2) (b) 𝑔(𝑥) = arccos(3𝑥 + 1)
1
(c) ℎ(𝑥) = √arccos(2𝑥) (d) 𝑘(𝑥) =
√arcsen(2𝑥)
Resolução:
𝑥
(a) 𝑓(𝑥) = arcsen (2). Como o domínio da função arco seno é [−1, 1], temos que
𝑥
−1 ≤ 2 ≤ 1 ⟺ −2 ≤ 𝑥 ≤ 2. Portanto, 𝐷𝑜𝑚 (𝑓) = [−2, 2].
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

(b) 𝑔(𝑥) = arccos(3𝑥 + 1). Como o domínio da função arco cosseno é [−1, 1], temos que
2
−1 ≤ 3𝑥 + 1 ≤ 1 ⟺ −1 − 1 ≤ 3𝑥 ≤ 1 − 1 ⟺ −2 ≤ 3𝑥 ≤ 0 ⟺ − 3 ≤ 𝑥 ≤ 0
2
Portanto, 𝐷𝑜𝑚 (𝑔) = [− 3 , 0].

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

(c) ℎ(𝑥) = √arccos(2𝑥) . Temos duas restrições:


1 1
I) O domínio da função arco cosseno é [−1, 1], logo, temos que −1 ≤ 2𝑥 ≤ 1 ⟺ − 2 ≤ 𝑥 ≤ 2.

II) O radicando deve ser positivo ou nulo, logo, é preciso que arccos(2𝑥) ≥ 0.
Mas, sabemos que a imagem da função arco cosseno é [0, 𝜋], logo 0 ≤ arccos(2𝑥) ≤ 𝜋, donde
1 1 1 1
arccos(2𝑥) ≥ 0 para todo − 2 ≤ 𝑥 ≤ 2 e, portanto, 𝐷𝑜𝑚 (ℎ) = [− 2 , 2].
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
(d) 𝑘(𝑥) = Temos duas restrições:
√arcsen(2𝑥)
1 1
I) O domínio da função arco seno é [−1, 1], logo, temos que −1 ≤ 2𝑥 ≤ 1 ⟺ − 2 ≤ 𝑥 ≤ 2.

II) O radicando deve ser positivo ou nulo e denominador não nulo, donde é preciso que arcsen(2𝑥) > 0.
𝜋 𝜋 𝜋
Sabemos que a imagem da função arco seno é [− 2 , 2 ], logo, precisamos que, 0 < arcsen(2𝑥) ≤ 2 .

Para resolver essa inequação, fazemos uma mudança de variável,


𝜋
fazendo 𝑡 = 2𝑥, e, portanto temos que 0 < arcsen(𝑡) ≤ 2 .

Observando no círculo trigonométrico ao lado, vemos que:


arcsen(𝑡) > 0 ⟺ 0 < 𝑡 ≤ 1.
1
Voltando à variável original, 0 < 2𝑥 ≤ 1 ⟺ 0 < 𝑥 ≤ 2
1
Portanto 𝐷𝑜𝑚 (𝑘) = ( 0, 2].
_________________________________________________________________________
Exercício 5: Resolva:
𝜋 3 2𝜋
(a) arcsen(2𝑥 2 − 1) = − 6 (b) arccos (9𝑥 2 − 2) = 3
π 𝜋 3𝜋
(c) − 3 ≤ arcsen(2𝑥) ≤ (d) arccos(√2 𝑥 − √2) ≤
3 4

Resolução:
𝜋
(a) arcsen(2𝑥 2 − 1) = − 6
𝜋
Mudando a variável, fazendo 𝑡 = 2𝑥 2 − 1, temos que arcsen 𝑡 = − 6 , resolvendo em 𝑡,
𝜋 1
arcsen 𝑡 = − 6 ⟺ 𝑡 = − 2 (ver no círculo do Exercício1a )

Voltando à variável original 𝑥,


1 1 1 1 1 1 1
2𝑥 2 − 1 = − 2 ⟺ 2𝑥 2 = 1 − 2 ⟺ 2𝑥 2 = 2 ⟺ 𝑥 2 = 4 ⟺ 𝑥 = ± 2. Solução 𝑆 = {− 2 , 2}

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3 2𝜋
(b) arccos (9𝑥 2 − 2) = 3
3 2𝜋
Mudando a variável, fazendo 𝑡 = 9𝑥 2 − 2, temos que arccos 𝑡 = , resolvendo em 𝑡,
3

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo
2𝜋 1
arccos 𝑡 = ⟺ 𝑡 = −2 (ver no círculo do Exercício1b)
3

Voltando à variável original 𝑥,


3 1 3 1 1 1 1 1
9𝑥 2 − 2 = − 2 ⟺ 9𝑥 2 = 2 − 2 ⟺ 9𝑥 2 = 1 ⟺ 𝑥 2 = 9 ⟺ 𝑥 = ± 3 Solução 𝑆 = {− 3 , 3}.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
π 𝜋
(c) − 3 ≤ arcsen(2𝑥) ≤ 3
π 𝜋
Mudando a variável, fazendo 𝑡 = 2𝑥, temos que − 3 ≤ arcsen 𝑡 ≤ 3 , resolvendo em 𝑡,
π 𝜋 √3 √3
− 3 ≤ arcsen 𝑡 ≤ ⟺ − ≤𝑡≤ (ver no círculo do Exercício 1a)
3 2 2

Voltando à variável original 𝑥,


√3 √3 √3 √3
− ≤ 2𝑥 ≤ ⟺ − ≤𝑥≤
2 2 4 4
√3 √3
Solução 𝑆 = [− , ]
4 4

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3𝜋
(d) arccos(√2 𝑥 − √2) ≤ 4
3𝜋
Mudando a variável, fazendo 𝑡 = √2 𝑥 − √2, temos que arccos 𝑡 ≤ , resolvendo em 𝑡,
4
3𝜋 √2
arccos 𝑡 ≤ ⟺ − ≤𝑡≤ 1 (ver no círculo do Exercício1b)
4 2

Voltando à variável original 𝑥,


√2 √2 √2
− ≤ √2 𝑥 − √2 ≤ 1 ⟺ − + √2 ≤ √2 𝑥 ≤ 1 + √2 ⟺ ≤ √2 𝑥 ≤ 1 + √2
2 2 2
√2 1 √2 1 √2
⟺ ≤ 𝑥≤ + ⟺ ≤ 𝑥≤ +1
2√2 √2 √2 2 2
1 √2
Solução 𝑆 = [2 ,1 + ]
2

_________________________________________________________________________
Exercício 6: Esboce o gráfico de cada função, dê o domínio e imagem, verifique se a função é par ou
ímpar, ou nenhuma delas.
𝜋
(a) 𝑓(𝑥) = 2 − arccos(2𝑥) (b) 𝑔(𝑥) = 2𝜋 − | arcsen 𝑥 |

Resolução:

(a) Abaixo apresentamos uma possível sequência de transformações em gráficos para obter o gráfico de
𝜋
𝑓(𝑥) = 2 − arccos(2𝑥) é:
(1) (2) (3) 𝜋
𝑦 = arccos(𝑥) → 𝑦 = arccos(2𝑥) → 𝑦 = −arccos(2𝑥) → 𝑦 = 2 − arccos(2𝑥)

1
(1) Como 2 > 0, redução horizontal do gráfico de 𝑦 = arccos(𝑥) com fator multiplicativo .
2

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

Isso significa que o domínio da função arco cosseno, que é igual a [−1,1] também será multiplicado pelo
1 1 1
fator 2 , logo 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = [− 2 , 2].
(2) Reflexão no eixo 𝑥, do gráfico de 𝑦 = arccos(2𝑥).
𝜋
(3) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = − arccos(2𝑥) de 2 unidades para cima.

𝜋 𝜋
Pelo gráfico, 𝐼𝑚(𝑓) = [− 2 , 2 ].

Observando o gráfico, vemos que há simetria em relação à origem, donde, podemos concluir que a
função 𝑓 é ímpar.
Mas vamos fazer contas para determinar o domínio, a imagem e para provar que é ímpar.
𝜋
A expressão da função é 𝑓(𝑥) = 2 − arccos(2𝑥)

Domínio de 𝒇: como o domínio de arco cosseno é [−1, 1], temos que


1 1 1 1
−1 ≤ 2𝑥 ≤ 1 ⟺ − 2 ≤ 𝑥 ≤ 2 . Portanto, 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = [− 2 , 2]

Imagem de 𝒇: como a imagem de arco cosseno é [0, 𝜋], temos que


0 ≤ arccos(2𝑥) ≤ 𝜋 ⟹ 0 ≥ −arccos(2𝑥) ≥ − 𝜋 ⟹ − 𝜋 ≤ −arccos(2𝑥) ≤ 0
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
⟹ − 𝜋 + 2 ≤ + 2 − arccos(2𝑥) ≤ 0 + 2 ⟹ − ≤ + 2 − arccos(2𝑥) ≤ ,
2 2
𝜋 𝜋
Portanto, 𝐼𝑚(𝑓) = [− 2 , 2 ]

Paridade: como o domínio é simétrico em relação à origem da reta numérica e podemos observar que o
gráfico aparentemente é simétrico em relação à origem (0,0), parece que a função é ímpar. Para provar
que a função 𝑓 de fato é impar, precisamos provar que 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥).
𝜋 𝜋 𝜋
𝑓(−𝑥) = 𝑦 = 2 − arccos(−2𝑥) ⟺ arccos(−2𝑥) = 2 − 𝑦 ⟺ cos(arccos(−2𝑥)) = cos ( 2 − 𝑦)
−1≤−2𝑥 ≤1
⇔ −2𝑥 = sen(𝑦) ⟺ 2𝑥 = − sen(𝑦) ⟺ 2𝑥 = sen(−𝑦) ⟺
𝜋 𝜋 𝜋
2𝑥 = cos ( 2 − (−𝑦)) ⟺ 2𝑥 = cos ( 2 + 𝑦) ⟺ arccos(2𝑥) = arccos (cos ( 2 + 𝑦))
𝜋
0 ≤ + 𝑦 ≤𝜋
2 𝜋 𝜋
⇔ arccos(2𝑥) = 2 + 𝑦 ⟺ 𝑦 = − + arccos(2𝑥) = −𝑓(𝑥).
2

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

(b) 𝑔(𝑥) = 2𝜋 − | arcsen 𝑥 |


(1) (2) (3)
𝑦 = arcsen(𝑥) → 𝑦 = |arcsen(𝑥)| → 𝑦 = −|arcsen(𝑥)| → 𝑦 = 2𝜋 − |arcsen(𝑥)|

(1) Reflexão no eixo 𝑥, da parte do gráfico de 𝑦 = arcsen(𝑥) que está abaixo do eixo 𝑥.
(2) Reflexão no eixo 𝑥, do gráfico de 𝑦 = |arcsen(𝑥)|.
(3) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = −|arcsen(𝑥)| de 𝜋 unidades para cima.
Domínio: o domínio da função 𝑔 coincide com o domínio da função arco seno, pois não há nenhuma
restrição na expressão de 𝑔. Portanto, 𝐷𝑜𝑚(𝑔) = [−1,1].

3𝜋
Pelo gráfico, 𝐼𝑚(𝑔) = [ 2 , 𝜋].
𝜋 𝜋
Imagem de 𝒈: como a imagem de arco seno é [− 2 , 2 ], temos que
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
− 2 ≤ arcsen 𝑥 ≤ ⟹ 0 ≤ |arcsen 𝑥| ≤ ⟹ 0 ≥ −|arcsen 𝑥| ≥ − 2
2 2
𝜋 𝜋
⟹ − ≤ −|arcsen 𝑥| ≤ 0 ⟹ 2𝜋 − ≤ 2π − |arcsen 𝑥| ≤ 2𝜋 ⟹
2 2
3𝜋
≤ 2π − |arcsen 𝑥| ≤ 2𝜋
2
3𝜋
Portanto, 𝐼𝑚(𝑔) = [ 2 , 𝜋].

Paridade:
Observando o gráfico, vemos que há simetria em relação ao eixo 𝑦, donde, podemos concluir que a
função 𝑔 é par.
De fato, o domínio [−1,1] é simétrico em relação á origem, falta provar que 𝑔(−𝑥) = 𝑔(𝑥).
𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑠𝑒𝑛𝑜 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
𝑔(−𝑥) = 2𝜋 − | arcsen(−𝑥) | ⇒ 𝑔(−𝑥) = 2𝜋 − | −arcsen(𝑥) |
|−𝑎|=|𝑎|
⇒ 𝑔(−𝑥) = 2𝜋 − |arcsen(𝑥)| = 𝑔(𝑥) c.q.d.

Exercício 7

a) Desenhe o círculo trigonométrico e marque o semicírculo que corresponde aos possíveis


resultados da função 𝜃 = arctan 𝑥. Marque os ângulos notáveis nesse semicírculo e os correspondentes
valores da tangente desses ângulos. Confira se você acertou, esse desenho está na página 2 desse EP11.

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

Se não acertou, corrija os seus erros, isso é muito importante para fazer os cálculos dos próximos
exercícios.
b) Faça a mesma coisa que fez no exercício anterior, agora para a função 𝜃 = arccot 𝑥.

Resolução:
a) b)

Exercício 8: Calcule, se possível, os seguintes valores:

√3 𝜋
a) arctan(1) b) arctan ( 3 ) c) arctan (sen (− 2 ))
3
d) arctan(−√3) e) sec(arctan(−1)) f) arccot (− )
√3
g) arcsec(−2) h) sen(arccsc 10) i) cos(arcsec(−10))

Resolução:
𝜋 √3 𝜋
a) arctan(1) = b) arctan ( 3 ) =
4 6

𝜋 𝜋 𝜋
c) arctan (sen (− 2 )) = arctan(−1) = − 4 d) arctan(−√3) = − 3

𝜋 1 1 2 2√2
e) sec(arctan(−1)) = sec (− 4 ) = cos(−𝜋/4) = = = = √2
√2/2 √2 2

3 3√3 5𝜋
f) arccot (− ) = arccot (− ) = arccot(−√3) =
√3 3 6

1 2𝜋
g) arcsec(−2) = arccos (−2) = 3

1 1 1
h) sen(arccsc 10) = sen (arcsen (10)) = 10 , pois 10 ∈ [−1,1] e sen(arcsen(𝑥)) = 𝑥 ∀𝑥 ∈ [−1,1].

1 1 1
i) cos(arcsec(−10)) = cos (arccos (−10)) = − 10 , pois − 10 ∈ [−1,1] e
cos(arccos(𝑥)) = 𝑥, ∀𝑥 ∈ [−1,1].

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Exercício 9: Resolva:

3𝑥−12 𝜋 𝜋
a) arctan ( )= b) arccot(2𝑥 2 + 𝑥) = c) arcsec(sec(𝑥 4 )) = 1/16
√3 3 4

Resolução:
3𝑥−12 𝜋 3𝑥−12 𝜋 3𝑥−12
a) arctan ( )= ⟺ = tan ( 3 ) ⟺ = √3 ⟺ 3𝑥 − 12 = √3 √3 ⟺
√3 3 √3 √3

3𝑥 − 12 = 3 ⟺ 3𝑥 = 15 ⟺ 𝑥 = 5. Solução 𝑆 = {5}.

𝜋 𝜋
b) arccot(2𝑥 2 + 𝑥) = ⟺ 2𝑥 2 + 𝑥 = cot ( 4 ) ⟺ 2𝑥 2 + 𝑥 = 1 ⟺ 2𝑥 2 + 𝑥 − 1 = 0 ⟺
4

−1±√12 −4∙2∙(−1) −1±√9 −1±3 2 4 1


𝑥= = = ⟺ 𝑥=4 𝑜𝑢 𝑥 = − 4 ⟺ 𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = −1.
2∙2 4 4
1
Solução 𝑆 = {−1, 2}.

1
c) arcsec(sec(𝑥 4 )) = .
16
𝜋 𝜋
Sabemos que arcsec(sec 𝑦) = 𝑦 para todo 𝑦 ∈ [0, 2 ) ∪ ( 2 , 𝜋].
1 𝜋 1 1
Como ∈ [0, 2 ) , temos que arcsec(sec(𝑥 4 )) = 16 ⟹ 𝑥 4 = 16 .
16
1 1 1 1
Resolvendo: 𝑥 4 = 16 ⟺ (𝑥 2 )2 = ⟺ 𝑥 2 = 4 ou 𝑥 2 = − 4.
16
1 1
Mas, 𝑥 2 = − 4 não tem solução pois − 4 < 0 𝑒 𝑥 2 ≥ 0 para todo 𝑥 ∈ ℝ.
1 1 1 1
Logo, só temos a opção 𝑥 2 = , donde segue que, 𝑥 2 = ⟺ 𝑥= 𝑜𝑢 𝑥 = − .
4 4 2 2
1 1
Portanto a solução é 𝑆 = {− 2 , 2}.

Exercício 10: Verifique que as seguintes propriedades são verdadeiras:

1
a) arccot(𝑥) = arctan (𝑥) para todo 𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 > 0
1
b) arctan(𝑥) = arccot (𝑥) para todo 𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 > 0
1
c) arccot(𝑥) = π + arctan (𝑥) para todo 𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 < 0
1
d) arctan(𝑥) = −π + arccot (𝑥) para todo 𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 < 0

Resolução:
Esse exercício é teórico, não se preocupe caso não tenha conseguido provar nenhuma das quatro
propriedades, o importante é você conhecer cada propriedade no intervalo adequado. Observe com
cuidado as provas das propriedades, preste atenção nos intervalos.

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1
a) Queremos provar: arccot(𝑥) = arctan (𝑥) , se 𝑥 > 0.
1 1
Primeiro observe que 𝑥 ≠ 0, logo podemos calcular 𝑥 e consequentemente podemos calcular arctan (𝑥).
𝜋
Agora, se 𝑦 = arccot(𝑥) 𝑒 𝑥 > 0, então, temos que cot(𝑦) = 𝑥, 𝑥 > 0, 0 < 𝑦 < 2 .

Assim, temos as seguintes informações, que serão usadas a seguir:


𝜋 1
𝑥 > 0, 0 < 𝑦 < 2 , tan(𝑦) > 0, cot(𝑦) > 0 e cot(𝑦) = tan(𝑦).

Logo,
1
cot(𝑦) = 𝑥≠0
tan(𝑦) 1 1
𝑦 = arccot(𝑥) , 𝑥 > 0 ⟹ cot(𝑦) = 𝑥 ⇒ =𝑥 ⇒ tan(𝑦) = 𝑥 ⟹
tan(𝑦)
𝜋
𝑦∈(0, ), arctan(tan(𝑦))=𝑦
1 2 1
arctan(tan(𝑦)) = arctan (𝑥) ⇒ 𝑦 = arctan (𝑥),
1
Portanto, 𝑦 = arccot(𝑥) = arctan (𝑥) se 𝑥 > 0.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
b) Queremos provar: arctan(𝑥) = arccot (𝑥) , se 𝑥 > 0.
1 1
Primeiro observe que 𝑥 ≠ 0, logo podemos calcular 𝑥 e consequentemente podemos calcular arccot (𝑥).
𝜋
Agora, se 𝑦 = arctan(𝑥) 𝑒 𝑥 > 0, então, temos que tan(𝑦) = 𝑥, 𝑥 > 0, 0 < 𝑦 < 2 .

Assim, temos as seguintes informações, que serão usadas a seguir:


𝜋 1
𝑥 > 0, 0 < 𝑦 < 2 , tan(𝑦) > 0, cot(𝑦) > 0 e tan(𝑦) = cot(𝑦).

Logo,
1
tan(𝑦) = 𝑥≠0
cot(𝑦) 1 1
𝑦 = arctan(𝑥) , 𝑥 > 0 ⟹ tan(𝑦) = 𝑥 ⇒ =𝑥 ⇒ cot(𝑦) = 𝑥 ⟹
cot(𝑦)
𝜋
𝑦∈(0, ), arccot(cot(𝑦))=𝑦
1 2 1
arccot(cot(𝑦)) = arccot (𝑥) ⇒ 𝑦 = arccot (𝑥),
1
Portanto, 𝑦 = arctan(𝑥) = arccot (𝑥) se 𝑥 > 0.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1
c) Queremos provar: arccot(𝑥) = 𝜋 + arctan (𝑥) , se 𝑥 < 0.
1 1
Primeiro observe que 𝑥 ≠ 0, logo podemos calcular 𝑥 e consequentemente podemos calcular arctan (𝑥).
𝜋
Agora, se 𝑦 = arccot(𝑥) 𝑒 𝑥 < 0, então, temos que cot(𝑦) = 𝑥, 𝑥 < 0, < 𝑦 < 𝜋.
2
𝜋 𝜋 𝜋
Também temos que: <𝑦<𝜋 ⟹ − 𝜋 < 𝑦 − 𝜋 < 𝜋 − 𝜋 ⟹ − 2 < 𝑦 − 𝜋 < 0.
2 2

Como a função cotangente tem período igual a 𝜋, sabemos que cot(𝑦) = cot(𝑦 − 𝜋).
Assim, temos as seguintes informações, que serão usadas a seguir:

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𝜋 1
𝑥 < 0, − < 𝑦 − 𝜋 < 0, tan(𝑦 − 𝜋) < 0, cot(𝑦) = cot(𝑦 − 𝜋) < 0 e cot(𝑦 − 𝜋) = tan(𝑦−𝜋).
2

Logo,
1
cot(𝑦)=cot(𝑦−𝜋) cot(𝑦−𝜋) =
tan(𝑦−𝜋)
𝑦 = arccot(𝑥) , 𝑥 < 0 ⟹ cot(𝑦) = 𝑥 ⇒ cot(𝑦 − 𝜋) = 𝑥 ⇒

1 𝑥≠0 1 1
=𝑥 ⇒ tan(𝑦 − 𝜋) = 𝑥 ⟹ arctan(tan(𝑦 − 𝜋)) = arctan (𝑥)
tan(𝑦−𝜋)

𝜋
(𝑦−𝜋) ∈(− , 0), arctan(tan(𝑦−𝜋))=𝑦−𝜋
2 1 1
⇒ 𝑦 − 𝜋 = arctan (𝑥) ⟹ 𝑦 = 𝜋 + arctan (𝑥),

1
Portanto, 𝑦 = arccot(𝑥) = 𝜋 + arctan (𝑥) se 𝑥 < 0.

1
d) Queremos provar: arctan(𝑥) = −𝜋 + arccot (𝑥), se 𝑥 < 0.
1 1
Primeiro observe que 𝑥 ≠ 0, logo podemos calcular 𝑥 e consequentemente podemos calcular arccot (𝑥).
𝜋
Agora, se 𝑦 = arctan(𝑥) 𝑒 𝑥 < 0, então, temos que tan(𝑦) = 𝑥, 𝑥 < 0, − 2 < 𝑦 < 0.
𝜋 𝜋 𝜋
Também temos que: − 2 < 𝑦 < 0 ⟹ − 2 + 𝜋 < 𝑦 + 𝜋 < 0 + 𝜋 ⟹ < 𝑦 + 𝜋 < 𝜋.
2

Como a função tangente tem período igual a 𝜋, sabemos que tan(𝑦) = tan(𝑦 + 𝜋).
Assim, temos as seguintes informações, que serão usadas a seguir:
𝜋 1
𝑥 < 0, < 𝑦 + 𝜋 < 𝜋, cot(𝑦 + 𝜋) < 0, tan(𝑦) = tan(𝑦 + 𝜋) < 0 e tan(𝑦 + 𝜋) = cot(𝑦+𝜋).
2

Logo,
1
tan(𝑦)=tan(𝑦+𝜋) tan(𝑦+𝜋) =
cot(𝑦+𝜋)
𝑦 = arctan(𝑥) , 𝑥 < 0 ⟹ tan(𝑦) = 𝑥 ⇒ tan(𝑦 + 𝜋) = 𝑥 ⇒

1 𝑥≠0 1 1
=𝑥 ⇒ cot(𝑦 + 𝜋) = 𝑥 ⟹ arccot(cot(𝑦 + 𝜋)) = arccot (𝑥)
cot(𝑦+𝜋)

𝜋
(𝑦+𝜋) ∈( , 𝜋), arccot(cot(𝑦+𝜋))=𝑦+𝜋
2 1 1
⇒ 𝑦 + 𝜋 = arccot (𝑥) ⟹ 𝑦 = −𝜋 + arccot (𝑥),
1
Portanto, 𝑦 = arctan(𝑥) = − 𝜋 + arccot (𝑥) se 𝑥 < 0.

Exercício 11: Calcule os seguintes valores:

𝜋 1
a) arctan (cot (3 )) b) cot (arctan (− 15)) c) cos(arccsc(−10))
Resolução:
𝜋 √3 𝜋
a) arctan (cot (3 )) = arctan ( 3 ) = 6 .
𝜋
Outra maneira de resolver é usando a propriedade cot(𝑥) = tan ( 2 − 𝑥), como está resolvido a seguir,

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𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
arctan (cot (3 )) = arctan (tan ( 2 − 3 )) = arctan (tan ( 6 )) = 6

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Podemos resolver esse exercício usando a propriedade provada no exercício (4d),
(∗)
1 1 1
cot (arctan (− 15)) = cot (−𝜋 + arcot ( 1 )) ⏞
= cot (arcot ( 1 )) = cot(arcot(−15)) = −15.
− −
15 15

(*) usamos cot(−𝜋 + 𝜃) = cot(𝜃).


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Podemos resolver esse exercício usando inicialmente a propriedade provada no EP11,
1
arccsc(𝑥) = arcsen ( ) , para todo 𝑥 ∈ (−∞, −1] ∪ [1, ∞). Logo,
𝑥
1
cos(arccsc(−10)) = cos (arcsen (−10)).
1 1
Atribuindo uma letra para arcsen (−10), temos: θ = arcsen (−10), precisamos calcular cos(𝜃).
1 1
θ = arcsen (−10) ⟹ sen(θ) = − 10

Da equação trigonométrica fundamental,

1 2 1 99 √99
cos(𝜃) = ±√1 − sen2 (𝜃) = ±√1 − (− 10) = ±√1 − 100 = ±√100 = ± .
10

√99
Temos que decidir qual dos sinais, + ou −, devemos considerar em ± .
10
1 𝜋
θ = arcsen (−10), logo sabemos que θ ∈ (− 2 , 0), isto é, θ está no 4º. quadrante, donde cos(𝜃) > 0.

√99
Portanto, cos(𝜃) = .
10

Exercício 12: Determine o domínio de cada função:


1
a) 𝑓(𝑥) = arccot(2𝑥 − 3) b) 𝑔(𝑥) =
√− arctan 𝑥

c) 𝑝(𝑥) = arcsec(𝑥 − 3) d) 𝑞(𝑥) = √arccot 𝑥


2
e) 𝑟(𝑥) = π+4arccsc(2𝑥−√2) f) 𝑠(𝑥) = √4 − (arctan 𝑥)2

Resolução:
a) 𝑓(𝑥) = arccot(2𝑥 − 3).
Sabemos que o domínio da função arco cotangente é o intervalo (−∞, ∞), logo não há restrição para a
expressão 2𝑥 − 3, portanto 𝐷𝑜𝑚 (𝑓) = (−∞, ∞).

1
b) 𝑔(𝑥) = . Sabemos que o domínio da função arco tangente é o intervalo (−∞, ∞) portanto
√− arctan 𝑥

as restrições do domínio são:


I) O radicando deve ser positivo ou nulo, ou seja, − arctan(𝑥) ≥ 0.

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

II) O denominador deve ser não nulo, ou seja,

√− arctan 𝑥 ≠ 0 ⟺ − arctan 𝑥 ≠ 0
Podemos escrever as duas restrições como uma única
restrição, − arctan(𝑥) > 0.
Resolvendo, − arctan(𝑥) > 0 ⟺ arctan(𝑥) < 0.
Visualizando no círculo trigonométrico ao lado, concluímos que
𝜋
arctan(𝑥) < 0 ⟺ − 2 < arctan(𝑥) < 0 ⟺ 𝑥 < 0.

Portanto, 𝐷𝑜𝑚 (𝑔) = (−∞, 0).

c) 𝑝(𝑥) = arcsec(𝑥 − 3)
Sabemos que o domínio da função arco secante é o conjunto (−∞, −1] ∪ [1, ∞). Logo,
𝑥 − 3 ≤ −1 𝑜𝑢 𝑥−3≥1 ⟺ 𝑥 ≤ 3−1 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 3 + 1 ⟺ 𝑥≤2 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 4
Portanto, 𝐷𝑜𝑚 (𝑝) = (−∞, 2] ∪ [4, ∞).

d) 𝑞(𝑥) = √arccot 𝑥
Sabemos que 0 < arccot 𝑥 < 𝜋, para todo 𝑥 ∈ (−∞, ∞), logo o radicando será positivo.
Portanto 𝐷𝑜𝑚 (𝑞) = (−∞, ∞).

2
e) 𝑟(𝑥) = π+4arccsc(2𝑥−√2). Temos duas restrições para o domínio:

I) o domínio da função arco cossecante é o conjunto (−∞, −1] ∪ [1, ∞), ou seja,
2𝑥 − √2 ≤ −1 ou 2𝑥 − √2 ≥ 1.
II) o denominador deve ser não nulo, ou seja, π + 4arccsc(2𝑥 − √2) ≠ 0.
Resolvendo-as:
I) 2𝑥 − √2 ≤ −1 𝑜𝑢 2𝑥 − √2 ≥ 1 ⟺ 2𝑥 ≤ √2 − 1 𝑜𝑢 2𝑥 ≥ √2 + 1 .
√2−1 √2+1 √2 1 √2 1
𝑥≤ 𝑜𝑢 𝑥 ≥ ⟺ 𝑥≤ − 𝑜𝑢 𝑥 ≥ +2
2 2 2 2 2

√2 1 √2 1
Logo a solução de (I) é: 𝑆𝐼 = (−∞, − 2] ∪ [ 2 + 2 , ∞).
2

𝜋 𝜋
II) π + 4arccsc(2𝑥 − √2) ≠ 0 ⟺ arccsc(2𝑥 − √2) ≠ − ⟺ 2𝑥 − √2 ≠ csc (− ) ⟺
4 4
1 1
2𝑥 − √2 ≠ 𝜋 ⟺ 2𝑥 − √2 ≠ √2
⟺ 2𝑥 − √2 ≠ −√2 ⟺ 2𝑥 ≠ 0 ⟺ 𝑥 ≠ 0.
sen(− ) −
4 2

Logo a solução de (II) é: 𝑆𝐼𝐼 = (−∞, 0) ∪ (0, ∞).

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

O domínio da função 𝑟 é 𝑆𝐼 ∩ 𝑆𝐼𝐼 temos que verificar se o valor 0 pertence a um dos intervalo𝑠 de 𝑆𝐼 .
√2 1 1 √2
Verificando, 0 < −2 ⟺ < ⟺ 1 < √2 . Como a última desigualdade é verdadeira e todas são
2 2 2

equivalentes, podemos concluir que a primeira é verdadeira.


√2 1 √2 1
Portanto 𝐷𝑜𝑚 (𝑟) = (−∞, 0) ∪ (0, − 2] ∪ [ 2 + 2 , ∞).
2

f) 𝑠(𝑥) = √4 − (arctan 𝑥)2


A única restrição é o radicando positivo ou nulo, ou seja: 4 − (arctan 𝑥)2 ≥ 0.
Resolvendo,

4 − (arctan 𝑥)2 ≥ 0 ⟺ −(arctan 𝑥)2 ≥ −4 ⟺ (arctan 𝑥)2 ≤ 4 ⟺ √(arctan 𝑥)2 ≤ 2 ⟺


|arctan 𝑥| ≤ 2 ⟺ −2 ≤ arctan 𝑥 ≤ 2.
𝜋 𝜋
Sabemos que arctan 𝑥 ∈ (− 2 , 2 ) para todo 𝑥 ∈ ℝ e também sabemos que 3 < 𝜋 < 4.
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
Logo, 3 < 𝜋 < 4 ⟹ < 2 𝑒 − > −2 , donde (− , ) ⊂ (−2,2).
2 2 2 2
𝜋 𝜋
Conclusão: arctan 𝑥 ∈ (− 2 , 2 ) ⊂ (−2,2) ⟹ arctan 𝑥 ∈ (−2,2) para todo 𝑥 ∈ ℝ.

Portanto 𝐷𝑜𝑚 (𝑠) = (−∞, ∞).

Exercício 13: Esboce o gráfico de cada função, dê o domínio e imagem:


1 𝜋
a) 𝑓(𝑥) = 2 (2 – arccot 𝑥) b) 𝑔(𝑥) = 𝜋 − 2 arctan(𝑥) c) ℎ(𝑥) = arcsec(1 − 𝑥)
Resolução:
𝜋
a) Sabemos que: – arccot 𝑥 = arctan 𝑥 para todo 𝑥 ∈ (−∞, ∞),
2
1 𝜋 1
podemos simplificar a função: 𝑓(𝑥) = 2 ( 2 – arccot 𝑥) = 2 arctan 𝑥.

Domínio: como não há restrição no domínio da função arco tangente, 𝑫𝒐𝒎 (𝒇) = (−∞, ∞).
𝜋 𝜋 π π
Imagem: a imagem da função arco tangente é o intervalo (− 2 , 2 ), ou seja, , − 2 < arctan 𝑥 < 2 .
𝜋 π π 1 1 π 1 π 1 π
Agora, − 2 < arctan 𝑥 < 2
⟹ − 2 ∙ 2 < 2 arctan 𝑥 < 2
∙ 2 ⟹ − 4 < 2 arctan 𝑥 < 4
.
𝝅 𝝅
Portanto, 𝑰𝒎 (𝒇) = (− 𝟒 , 𝟒 ).
1 1
Como < 1, o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2 arctan 𝑥, é obtido por uma redução vertical do gráfico de 𝑦 =
2
1
arctan 𝑥, e o fator multiplicativo é igual a .
2

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

b) 𝑔(𝑥) = 𝜋 − 2 arctan(𝑥)
Domínio: como não há restrição no domínio da função arco tangente, 𝑫𝒐𝒎 (𝒈) = (−∞, ∞).
𝜋 𝜋 π π
Imagem: a imagem da função arco tangente é o intervalo (− 2 , 2 ), ou seja, , − 2 < arctan 𝑥 < 2 .
π π π π
Agora, − 2 < arctan 𝑥 < ⟹ − 2 ∙ 2 < 2 arctan 𝑥 < ∙ 2 ⟹ −π < 2arctan 𝑥 < π ⟹ .
2 2

−π + π < 𝜋 + 2arctan 𝑥 < π + π ⟹ 0 < 𝜋 + 2arctan 𝑥 < 2π .


Portanto, 𝑰𝒎 (𝒇) = (𝟎, 𝟐𝝅)
Uma possível sequência de transformações para obter o gráfico de 𝑔(𝑥) = 𝜋 − 2 arctan(𝑥), é:
(1) (2) (3)
𝑦 = arctan(𝑥) → 𝑦 = 2 arctan(𝑥) → 𝑦 = −2 arctan(𝑥) → 𝑦 = 𝜋 − 2 arctan(𝑥)

(1) Como 2 > 1, há um alongamento vertical no gráfico de 𝑦 = arctan(𝑥), por fator multiplicativo 2.
(2) Reflexão no eixo 𝑥, do gráfico de 𝑦 = 2arctan(𝑥).
(3) Translação vertical do gráfico de 𝑦 = −2arctan(𝑥) de 𝜋 unidades para cima.

c) ℎ(𝑥) =
arcsec(1 − 𝑥)
Domínio: o domínio da função arco secante é o conjunto (−∞, −1] ∪ [1, ∞), ou seja,
1 − 𝑥 ≤ −1 𝑜𝑢 1 − 𝑥 ≥ 1 ⟺ −𝑥 ≤ −2 𝑜𝑢 − 𝑥 ≥ 0 ⟺ 𝑥 ≥ 2 𝑜𝑢 𝑥 ≤ 0.
Portanto, 𝑫𝒐𝒎(𝒉) = (−∞, 𝟎] ∪ [𝟐, ∞).
𝜋 𝜋
Imagem: a imagem da função arco secante é o conjunto [0, 2 ) ∪ (2 , 𝜋] , ou seja,
𝜋 𝜋
0 ≤ arcsec(1 − 𝑥) < 𝑜𝑢 ≤ arcsec(1 − 𝑥) < 𝜋.
2 2
𝝅 𝝅
Portanto, 𝑰𝒎(𝒉) = [𝟎, 𝟐 ) ∪ (𝟐 , 𝝅].

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EP 12 – 2018-2 – GABARITO – Trigonométricas Inversas Pré-Cálculo

Uma possível sequência de transformações para obter o gráfico de ℎ(𝑥) = arcsec(1 − 𝑥), é:
(1) (2)
𝑦 = arcsec(𝑥) → 𝑦 = arcsec(𝑥 + 1) → 𝑦 = arcsec(−𝑥 + 1) = arcsec(1 − 𝑥)

(1) Translação horizontal do gráfico de 𝑦 = arcsec(𝑥) de 1 unidade para esquerda.

(2) Reflexão no eixo 𝑦, do gráfico de 𝑦 = arcsec(𝑥 + 1).

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EP 13 – 2018-2 – GABARITO – Números Complexos Pré-Cálculo
Profa. Maria Lúcia Campos
Profa. Marlene Dieguez
CEDERJ
Gabarito – EP 13
Pré-Cálculo

Exercício 1:

Considere a seguinte lista de números complexos


𝑧=𝑖, 𝑧=3 , 𝑧 = 2−𝑖 , 𝑧 = −2 − 3𝑖 , 𝑧 = −𝑖 + √2
(a) Represente geometricamente cada número complexo 𝑧 da lista, bem como o conjugado ̅
𝑧 de
cada z.
(b) 𝑧 , isto é, calcule |𝑧| e |𝑧̅| para cada 𝑧 ∈ ℂ.
Dê o valor absoluto de cada 𝑧 e ̅
𝑧
(c) Encontre 𝑤 = |𝑧| para cada 𝑧 dessa lista. Verifique que |𝑤| = 1 . Represente geometricamente
𝑧
𝑤 = |𝑧| para cada 𝑧 dessa lista.

Solução:

(a)

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

(b) 𝑧 = 𝑖 = 0 + 1𝑖 ⇒ |𝑧| = |𝑖 | = √02 + 12 = 1


𝑧̅ = −𝑖 = 0 − 1𝑖 ⇒ | ̅ 𝑧 | = |−𝑖 | = √02 + (−1)2 = 1
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 = 3 = 3 + 0𝑖 ⇒ |𝑧| = |3 | = √32 + 02 = 3
̅ 𝑧 | = |3 | = √32 + 02 = 3
𝑧 = 3 = 3 + 0𝑖 ⇒ | ̅
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EP 13 – 2018-2 – GABARITO – Números Complexos Pré-Cálculo

𝑧 = 2 − 𝑖 ⇒ |𝑧| = |2 − 𝑖 | = √22 + (−1)2 = √5


𝑧 | = |2 + 𝑖 | = √22 + 12 = √5
𝑧̅ = 2 + 𝑖 ⇒ | ̅
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 = −2 − 3𝑖 ⇒ |𝑧| = |−2 − 3𝑖| = √(−2)2 + (−3)2 = √13
̅ 𝑧 | = |−2 + 3𝑖| = √(−2)2 + 32 = √13
𝑧 = −2 + 3𝑖 ⇒ | ̅
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2
𝑧 = −𝑖 + √2 ⇒ |𝑧| = |−𝑖 + √2 | = √(√2) + (−1)2 = √3

2
𝑧̅ = −𝑖 − √2 𝑧 | = | 𝑖 + √2 | = √(√2) + 12 = √3
⇒ |̅

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 𝑖 𝑧
(c) 𝑤1 = = = 𝑖 ⇒ |𝑤1| = | | = |𝑖 | = √02 + 12 = 1
|𝑧| |𝑧|
1
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 3 𝑧
𝑤2 = = =1 ⇒ |𝑤2 | = | | = |1 | = √02 + 12 = 1
|𝑧| 3 |𝑧|

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 2−𝑖 2 1 𝑧 2 1
𝑤3 = = = − 𝑖 ⇒ |𝑤3 | = | | = | − 𝑖|=
|𝑧| √5 √5 √5 |𝑧| √5 √5

2 2 1 2 4 1 5
√( ) + (− ) = √5 + 5 = √5 = 1
√5 √5

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 −2−3𝑖 2 3 𝑧 −2 3
𝑤4 = =|𝑧|
=− − 𝑖 ⇒ |𝑤4 | = | | = | − 𝑖|= |𝑧|
√13 √13 √13 √13 √13

2 2 3 2 4 9 13
= √(− ) + (− ) =√ + =√ =1
√13 √13 13 13 13
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝑧 −𝑖+√2 √2 1 𝑧 √2 1
𝑤5 = = = − 𝑖 ⇒ |𝑤5 | = | | = | − 𝑖|=
|𝑧| √3 √3 √3 |𝑧| √3 √3
2 2
√2 1 2 1
= √( ) + ( ) = √3 + 3 =
√3 √3
3
√ =1
3

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Exercício 2:
𝑧
Prove que ||𝑧|| = 1 , para ∀ 𝑧 ∈ ℂ , 𝑧 ≠ 0.
Solução:
Seja 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 , 𝑧 ≠ 0. Sendo 𝑧 ≠ 0 então |𝑧| ≠ 0.
𝑧 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑎 𝑏
|𝑧| = √𝑎2 + 𝑏 2 𝑒 = = + 𝑖
|𝑧| √𝑎2 + 𝑏 2 √𝑎2 + 𝑏 2 √𝑎2 + 𝑏 2
Logo,
2
𝑧 𝑎 2 𝑏 𝑎2 𝑏2 𝑎2 + 𝑏 2
| | = √( ) +( ) = √ 2 + = √ =1
|𝑧| √𝑎2 + 𝑏 2 √𝑎2 + 𝑏 2 𝑎 + 𝑏 2 𝑎2 + 𝑏 2 𝑎2 + 𝑏 2

______________________________________________________________________________________
Exercício 3:
Calcule a expressão e escreva na forma 𝑎 + 𝑏𝑖
2+3𝑖 1
(a) (3 − 𝑖). (4 + 𝑖) (b) (c)
1−5𝑖 1+𝑖
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
1
(d) 2𝑖 (2 − 𝑖) (e) √−25 (f) 𝑖3

Solução:

(a) (3 − 𝑖). (4 + 𝑖) =
⏟ 3.4 + (−𝑖). 𝑖 + 3𝑖 − 4𝑖 = 13 − 𝑖
𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
2+3𝑖 (2+3𝑖)(1+5𝑖) 2.1+(3𝑖)(5𝑖)+2.(5𝑖)+(3𝑖).1 −13+13𝑖 1 1
(b) = = = = −2 + 𝑖
1−5𝑖 (1−5𝑖)(1+5𝑖) 12 +52 26 2

1 1−𝑖 1−𝑖 1 1
(c) = = =2−2 𝑖
1+𝑖 (1+𝑖)(1−𝑖) 12 +12

̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
1 ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
1−2𝑖
(d) 2𝑖 (2 − 𝑖) = 2𝑖 ( 2 ) = 𝑖(1 − 2𝑖) = ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ 𝑖 − 2(𝑖2 ) = ̅̅̅̅̅̅̅
2+𝑖 = 2−𝑖

(e) √−25 = √25 √−1 = 5𝑖 = 0 + 5𝑖

(f) 𝑖 3 = 𝑖. 𝑖 2 = −𝑖 = 0 − 𝑖
______________________________________________________________________________________
Exercício 4:
2+𝑖
Determine 𝑎 ∈ ℝ de modo que 𝑧 = 3−𝑎𝑖 seja imaginário puro.
Solução:
2+𝑖 (2 + 𝑖)(3 + 𝑎𝑖) 2.3 + 𝑎. 𝑖 2 + 2. 𝑎𝑖 + 𝑖. 3 (6 − 𝑎) + (2𝑎 + 3)𝑖
𝑧= = = 2 2
= =
3 − 𝑎𝑖 (3 − 𝑎𝑖)(3 + 𝑎𝑖) 3 + (−𝑎) 9 + 𝑎2
(6 − 𝑎) (2𝑎 + 3)
+ 𝑖
9 + 𝑎2 9 + 𝑎2

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(6−𝑎) (2𝑎+3)
Para 𝑧 = + 𝑖 ser um imaginário puro é preciso que a sua parte real seja nula, assim,
9+𝑎2 9+𝑎2
temos:
(6 − 𝑎)
= 0 ⇔ 6−𝑎 =0 ⇔ 𝑎 =6
9 + 𝑎2
______________________________________________________________________________________
Exercício 5:
Os números complexos 𝑧 e 𝑧̅ tais que 𝑧 + ̅ 𝑧 = 4 e 𝑧. ̅ 𝑧 = 13 são representados no plano Argand –
Gauss pelos pontos 𝐴 e 𝐵 . Qual é a área do triângulo 𝐴𝐵𝑂 , sendo 𝑂 , a origem do plano.

Solução:

Seja 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 e, portanto ̅
𝑧 = 𝑎 − 𝑏𝑖.
𝑧 = (𝑎 + 𝑏𝑖) + (𝑎 − 𝑏𝑖) = 2𝑎
4=𝑧+ ̅ ⟺ 𝑎=2
𝑧 = (𝑎 + 𝑏𝑖)(𝑎 − 𝑏𝑖) = 𝑎2 + 𝑏 2 .
13 = 𝑧. ̅
Substituindo 𝑎 = 2 , na equação 𝑎2 + 𝑏 2 = 13 , temos:
22 + 𝑏 2 = 13 ⟺ 𝑏 2 = 13 − 4 ⟺ 𝑏 2 = 9 ⟺ 𝑏 = −3 𝑜𝑢 𝑏 = 3 .
Sejam então, 𝐴(2, −3) , 𝐵(2 , 3).
𝑏𝑎𝑠𝑒 ×𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 6 ×2
A área do triângulo 𝐴𝐵𝑂 é = =6
2 2

______________________________________________________________________________________
Exercício 6:
Quais os possíveis valores reais de 𝑥 e 𝑦 que satisfazem a igualdade (𝑥 + 𝑦𝑖)2 = 8𝑖

Solução:
(𝑥 + 𝑦𝑖)2 = 8𝑖 ⟺ 𝑥 2 + (𝑦𝑖)2 + 2𝑥𝑦𝑖 = 8𝑖 ⟺ 𝑥 2 − 𝑦 2 + 2𝑥𝑦𝑖 = 8𝑖 ⇒
𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜𝑠

𝑥2 − 𝑦2 = 0 𝑒 2𝑥𝑦 = 8 ⟺ = 𝑦 2 𝑒 2𝑥𝑦 = 8 ⟺ ( 𝑥 = 𝑦 𝑜𝑢 𝑥 = −𝑦 ) 𝑒 2𝑥𝑦 = 8


Assim, temos duas possibilidades:
 𝑥 = 𝑦 𝑒 2𝑥𝑦 = 8 ⟺ 2𝑥 2 = 8 ⟺ 𝑥 2 = 4 ⟺ 𝑥 = −2 𝑜𝑢 𝑥 = 2 .
Neste caso temos duas soluções: 𝑥 = 𝑦 = −2 𝑒 𝑥=𝑦=2
 𝑥 = −𝑦 𝑒 2𝑥𝑦 = 8 ⟺ −2𝑥 2 = 8 ⟺ 𝑥 2 = −4 . Mas, ∄ 𝑥 ∈ ℝ 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑥 2 = −4.
Neste caso não temos soluções reais.
Os possíveis valores reais de 𝒙 e 𝒚 que satisfazem a igualdade (𝒙 + 𝒚𝒊)𝟐 = 𝟖𝒊 são : 𝒙 = 𝒚 = −𝟐 𝒆 𝒙=
𝒚=𝟐
______________________________________________________________________________________

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Exercício 7:
Dado o número complexo 𝑧 = 2√3 + 2𝑖 , transforme 𝑧 para a forma polar e determine os dois
menores valores naturais de 𝑛 , para os quais 𝑧 𝑛 é imaginário puro.

Solução:
𝑛
𝑧 𝑛 = (2√3 + 2𝑖) .

Vamos escrever o número complexo 𝑧 = 2√3 + 2𝑖 na forma polar.


2 2√3 √3 2 1
|𝑧| = √(2√3 ) + 22 = √12 + 4 = 4 cos 𝜃 = = sen 𝜃 = 4 =
4 2 2

Como cos 𝜃 > 0 e sen 𝜃 > 0 então o argumento principal de 𝑧 é do 1º. Quadrante e pelos valores
𝜋
encontrados temos 𝜃 = 6 .
𝜋 𝜋
Assim, 𝑧 = 4 [cos + 𝑖sen ], donde, pelo Teorema de De Moivre
6 6
𝜋 𝜋
𝑧 𝑛 = 4𝑛 [cos (n 6 ) + 𝑖sen (n 6 ) ] .
𝜋 𝜋
Portanto, para que 𝑧 𝑛 = 4𝑛 [cos (n 6 ) + 𝑖sen (n 6 ) ] , seja um imaginário puro é preciso que
𝜋
cos (n 6 ) = 0 .
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋
Mas, cos (n 6 ) = 0 ⇔ n6 = 𝑒 n6 = ⇔ 𝑛=3 𝑒 𝑛=9
2 2

______________________________________________________________________________________
Exercício 8:
1
Mostre que a expressão representa um número complexo (ou mais de um), e escreva-o(s)
√−5+5√3 𝑖
na forma 𝑥 + 𝑦𝑖. Sugestão: primeiro transforme (−5 + 5√3 𝑖) para a forma polar.

Solução:
1
Seja 𝑧 = . Vamos escrever o número complexo 𝑤 = −5 + 5√3 𝑖 na sua forma polar.
√−5+5√3 𝑖

2
|𝑤| = √(−5)2 + (5√3) = √25 + 75 = √100 = 10
5 1 5√3 √3
cos 𝜃 = − 10 = − sen 𝜃 = =
2 10 2

Como cos 𝜃 < 0 e sen 𝜃 > 0 então o argumento principal de 𝑤 é do 2º. Quadrante e pelos valores
2𝜋
encontrados temos 𝜃 = 3 .
2𝜋 2𝜋
Assim, 𝑤 = 10 [cos + 𝑖sen ]
3 3
2𝜋 2𝜋
Com queremos calcular a raiz quadrada de 𝑤 = 10 [cos + 𝑖sen ] , pela fórmula
3 3
1
𝜃+2𝑘𝜋 𝜃+2𝑘𝜋
𝑤𝑘 = 𝑟 𝑛 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] , onde 𝑘 = 0, 1, 2, … , 𝑛 − 1 , temos: 𝑛 = 2, 𝑘 = 0, 𝑘 = 1.
𝑛 𝑛

Como queremos a raiz quadrada, há duas raízes,

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2𝜋 2𝜋
𝜋 𝜋
 3
para 𝑘 = 0 𝑤0 = √10 [cos ( 2 ) + 𝑖sen ( 2 )] = √10 [cos ( 3 ) + 𝑖sen ( 3 )]3

2𝜋 2𝜋
+2𝜋 +2𝜋 8𝜋 8𝜋
 para 𝑘 = 1 𝑤1 = √10 [cos ( 3 ) + 𝑖sen ( 3 )] = √10 [cos ( 6 ) + 𝑖sen ( 6 )] =
2 2

4𝜋 4𝜋
√10 [cos ( 3 ) + 𝑖sen ( 3 )]
Agora, queremos calcular o inverso dos números complexos 𝑤0 e 𝑤1 .
Usando a fórmula
𝟏 𝟏 𝟏
= [𝐜𝐨𝐬(− 𝛉) + 𝒊𝐬𝐞𝐧(− 𝛉)] = [𝐜𝐨𝐬 𝛉 − 𝒊𝐬𝐞𝐧 𝛉] 𝒛≠𝟎 ,
𝒛 𝒓 𝒓
temos:
1 1 𝜋 𝜋 1 𝜋 𝜋 1 1 √3
= [cos(− ) + 𝑖sen(− )] = [cos − 𝑖sen ] = ( − 𝑖)
𝑤0 √10 3 3 √10 3 3 √10 2 2
1 1 4𝜋 4𝜋 1 4𝜋 4𝜋 1 1 √3
= [cos(− ) + 𝑖sen(− )] = [cos − 𝑖sen ]= (− − (− ) 𝑖) =
𝑤1 √10 3 3 √10 3 3 √10 2 2
1 1 √3
= (− 2 + 𝑖).
√10 2

Portanto,
1 𝟏 𝟏 √3 1 𝟏 𝟏 √3
= (𝟐 − 𝑖) ou = (− 𝟐 + 𝑖).
√−5+5√3 𝑖 √10 2 √−5+5√3 𝑖 √10 2

______________________________________________________________________________________
Exercício 9:
̅ = 1 . Encontre o argumento 𝛼 ∈ [0,2𝜋) de zw .
Se 𝑧 = 1 + 𝑖√3 , z w
Solução:
Seja 𝑤 = 𝑥 + 𝑦𝑖 , então 𝑤
̅ = 𝑥 − 𝑦𝑖 .
𝑥 + 𝑦√3 = 1
𝑧w
̅ =1 ⟺ 1 = (1 + 𝑖√3 )(𝑥 − 𝑦𝑖) ⟺ 1 = (𝑥 + 𝑦√3) + (−𝑦 + 𝑥√3)𝑖 ⟺ {
−𝑦 + 𝑥√3 = 0

De −𝑦 + 𝑥√3 = 0 , segue que 𝑦 = 𝑥√3 . Substituindo o valor de 𝑦 na equação 𝑥 + 𝑦√3 = 1 ,


1
obtemos 𝑥 + 𝑥√3 . √3 = 1, donde 𝑥 + 3𝑥 = 1 ⇒ 4𝑥 = 1 ⇒ 𝑥 = 4 .

1 1 √3
De 𝑦 = 𝑥√3 e 𝑥 = 4 , segue que 𝑦 = 4 . √3 = .
4

1 √3
Assim, 𝑤 = 𝑥 + 𝑦𝑖 = + 𝑖.
4 4

1 √3 1 √3 √3 1 1 3 √3 √3
zw = (1 + 𝑖√3) ( + 𝑖) = (1. − √3 . ) + (1. + √3 . ) 𝑖 = ( − ) + ( + )𝑖
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

1 √3
Logo, 𝑧𝑤 = − 2 + 𝑖. Segue que,
2

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2
1 2 √3 1 3 4

|𝑧𝑤| = (− ) + ( ) = √ + = √ = 1
2 2 4 4 4

1 √3
1 √3
cos 𝛼 = − 12 = − 2 sen 𝛼 = 2
=
1 2

Como cos 𝛼 < 0 e sen 𝛼 > 0 então o argumento principal de 𝑧𝑤 é do 2º. Quadrante e pelos valores
2𝜋
encontrados temos 𝛼 = 3 .

UMA OUTRA SOLUÇÃO POSSÍVEL

Sabemos que arg(𝑤


̅) = − arg(𝑤) donde arg(𝑧𝑤
̅) = arg(𝑧) + arg(𝑤
̅) = arg(𝑧) − arg(𝑤) (*)
Foi dado que z w
̅ = 1 = 1 + 0𝑖 , logo cos(arg(𝑧𝑤
̅)) = 1 e sen(arg(𝑧𝑤
̅)) = 0 e arg(𝑧𝑤
̅) = 0 (**)
Logo, de (*) e (**), arg(𝑧) − arg(𝑤) = 0 , assim, arg(𝑧) = arg(𝑤).
Queremos calcular α = arg(𝑧𝑤) = arg(𝑧) + arg(𝑤). Mas, como vimos acima, arg(𝑧) = arg(𝑤),
Concluímos que α = arg(𝑧𝑤) = 2 arg(𝑧).
1 √3
𝑧 = 1 + 𝑖√3 ⟺ cos(arg(𝑧)) = 𝑒 sen(arg(𝑧)) = ⟺
2 2
√12 +(√3) √12 +(√3)

1 √3 𝜋 2𝜋
cos(arg(𝑧)) = 2 𝑒 cos(arg(𝑧)) = ⟺ arg(𝑧) = ⟺ 𝛼 = arg(𝑧𝑤) =
2 3 3

______________________________________________________________________________________
Exercício 10:
Considere os seguintes números complexos na forma polar:
𝜋 𝜋 7𝜋 7𝜋
𝑧1 = 4 [cos 3 + 𝑖 sen 3 ] 𝑧3 = cos + 𝑖 sen
6 6
1 2𝜋 2𝜋 7𝜋 7𝜋
𝑧2 = 2 [cos + 𝑖 sen ] 𝑧4 = √2 [cos + 𝑖 sen ]
9 9 6 6
𝑧2 .𝑧3 𝑧1
Calcule e represente no plano complexo: (a) (b)
| 𝑧2 𝑧3 | 𝑧4

Solução:

Vamos usar o a forma polar da multiplicação e divisão de números complexos.


1 2𝜋 2𝜋 7𝜋 7𝜋
(a) 𝑧2 . 𝑧3 = [cos + 𝑖 sen ] × [cos + 𝑖 sen ] =
2 9 9 6 6
1 2𝜋 7𝜋 2𝜋 7𝜋
[cos ( 9 + ) + sen ( 9 + ) 𝑖] =
2 6 6

1 25𝜋 25𝜋
= [cos ( 18 ) + sen ( 18 ) 𝑖].
2
1
Dessa forma polar segue que | 𝑧2 . 𝑧3 | = 2.
𝑧 .𝑧 1 1 25𝜋 25𝜋
Logo, | 𝑧2 𝑧3 | = 1 . 2 [cos ( 18 ) + sem ( 18 ) 𝑖] =
2 3
2

25𝜋 25𝜋
= cos ( ) + sen ( )𝑖
18 18

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25𝜋
Sabemos que .corresponde a 250º. E não há fórmula simples para calcular o valor exato de
18
25𝜋 25𝜋
cos ( 18 ) e de sen ( 18 ) . Neste caso deixamos indicado.

𝑧
ATENÇÃO: No exercício 2 mostramos que ||𝑧|| = 1 , para ∀ 𝑧 ∈ ℂ , 𝑧 ≠ 0. Poderíamos ter usado esse
resultado neste exercício aqui e bastava então, encontrar o argumento principal do número complexo
𝑧2 . 𝑧3 .

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
𝜋 𝜋
𝑧1 4[cos +𝑖 sen ] 4 𝜋 7𝜋 𝜋 7𝜋
3 3
(b) = 7𝜋 7𝜋 = [cos ( 3 − ) + sen ( 3 − )] =
𝑧4 √2 [cos +𝑖 sen ] √2 6 6
6 6

4 5𝜋 5𝜋 4 5𝜋 5𝜋 4 3 1
[cos (− ) + sen ( − ) 𝑖] = [ cos (− ) − sen ( ) 𝑖] = [− − 2 𝑖] =
√2 6 6 √2 6 6 √2 √2
2
−6 − 𝑖 = −6 − √2 𝑖.
√2

______________________________________________________________________________________
Exercício 11:
Escreva os seguintes números complexos na forma polar:
1 √3
(a) 4√3 + 4𝑖 (b) −3+ 𝑖 (c) −𝑖
3

Solução:
(a) 𝑤1 = 4√3 + 4𝑖
2
|𝑤1 | = √(4√3) + 42 = √48 + 16 = √64 = 8
4√3 √3 4 1
cos 𝜃 = = sen 𝜃 = 8 =
8 2 2

Como cos 𝜃 > 0 e sen 𝜃 > 0 então o argumento principal de 𝑤 é do 1º. Quadrante e pelos valores
𝜋
encontrados temos 𝜃 = 6 .
𝜋 𝜋
Assim, 𝑤1 = 8 [cos + 𝑖sen ]
6 6

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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1 √3
(b) 𝑤2 = − + 𝑖
3 3
2
1 2 √3 1 3 4 2
|𝑤2 | = √(− ) + ( ) = √ + = √ =
3 3 9 9 9 3
1 √3
− 1 √3
3 3
cos 𝜃 = 2 = −2 sen 𝜃 = 2 = 2
3 3

Como cos 𝜃 < 0 e sen 𝜃 > 0 então o argumento principal de 𝑤 é do 2º. Quadrante e pelos valores
2𝜋
encontrados temos 𝜃 = 3 .
2 2𝜋 2𝜋
Assim, 𝑤2 = [cos + 𝑖sen ]
3 3 3

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(c) 𝑤3 = −𝑖 = 0 − 1𝑖
0 1
|𝑤3 | = |−𝑖| = 1 e cos 𝜃 = 1 = 0 sen 𝜃 = − 1 = − 1. Pelos valores encontrados temos 𝜃 =
3𝜋
.
2
3𝜋 3𝜋
+ 𝑖sen ] 𝑤3 = 1 [cos
2 2
______________________________________________________________________________________
Exercício 12:
Resolva as equações, considerando 𝑧 ∈ ℂ :
(a) 𝑧 4 = 4√3 + 4𝑖 (b) 𝑧3 = 1 + 𝑖
(c) 𝑧 5 = −𝑖 (d) 𝑧 2 = −5 − 12𝑖

Solução:

Neste exercício vamos usar a fórmula para calcular Raízes de um Número Complexo:
1
𝜃+2𝑘𝜋 𝜃+2𝑘𝜋
𝑤𝑘 = 𝑟 𝑛 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] onde 𝑛 um inteiro positivo e 𝑘 = 0, 1, 2, … , 𝑛 − 1, obtemos:
𝑛 𝑛

(a) 𝑧 4 = 4√3 + 4𝑖
O que queremos encontrar são as quatro raízes complexas quartas de 𝑤 = 4√3 + 4𝑖 ,

4 4
𝑧 = √𝑧 4 = √4√3 + 4𝑖

Vamos encontrar a forma polar do número complexo 𝑤 = 4√3 + 4𝑖 .


2 4√3 √3
r = |w| = √𝑎2 + 𝑏 2 = √(4√3) + 42 = √48 + 16 = √64 = 8 e cos θ = = ,
8 2
4 1
sen θ = = . Como cos θ > 0 e sen θ > 0 , então θ é um ângulo do 1º. Quadrante e pelos
8 2
𝜋
valores temos θ = .
6
𝜋 𝜋
Logo, 𝑤 = 8 (cos + 𝑖sen 6 ).
6

Vamos usar a fórmula:

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1 𝜋 𝜋
+2𝑘𝜋 +2𝑘𝜋
𝑤𝑘 = 𝑟 4 [cos (6 ) + 𝑖sen (6 )] , 𝑘 = 0, 1, 2, 3 para determinar as 4 raízes quartas de 𝑤 =
4 4
4√3 + 4𝑖 obtemos:
1 𝜋 𝜋
𝜋 𝜋
 6 6 4
para 𝑘 = 0 : 𝑤0 = 8 [cos ( 4 ) + 𝑖sen ( 4 )] = √8 [cos (24) + 𝑖sen (24)]
4

1 𝜋 𝜋
+2𝜋 +2𝜋 13𝜋 13𝜋

4
para 𝑘 = 1 : 𝑤1 = 84 [cos ( 6 ) + 𝑖sen (6 )] = √8 [cos ( 24 ) + 𝑖sen ( 24 )]
4 4
1 𝜋 𝜋
+4𝜋 +4𝜋 25𝜋 25𝜋
 6 6 4
para 𝑘 = 2: 𝑤2 = 8 [cos (
4 ) + 𝑖sen ( )] = √8 [cos ( 24 ) + 𝑖sen ( 24 )]
4 4
1 𝜋 𝜋
+6𝜋 +6𝜋 37𝜋 37𝜋

4
para 𝑘 = 3: 𝑤2 = 84 [cos (6 ) + 𝑖sen (6 )] = √8 [cos ( 24 ) + 𝑖sen ( 24 )]
4 4

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(b) 𝑧 3 = 1 + 𝑖
O que queremos encontrar são as raízes complexas cúbicas de 𝑤 = 1 + 𝑖 ,
3 3
𝑧 = √𝑧 3 = √1 + 𝑖

Vamos encontrar a forma polar do número complexo 𝑤 = 1 + 𝑖 .

1 √2 1 √2
r = |w| = √12 + 12 = √2 e cos θ = = , sen θ = = . Como cos θ > 0 e
√2 2 √2 2
𝜋
sen θ > 0 , então θ é um ângulo do 1º. Quadrante e pelos valores temos θ = .
4

𝜋 𝜋
Logo, 𝑤 = √2 (cos + 𝑖sen 4 ).
4

Vamos usar a fórmula:

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1 𝜋 𝜋
+2𝑘𝜋 +2𝑘𝜋
𝑤𝑘 = 𝑟 3 [cos (4 ) + 𝑖sen (4 )], 𝑘 = 0, 1, 2 para obter as 3 raízes cúbicas de 𝑤 = 1 + 𝑖 :
3 3

1 𝜋 𝜋
𝜋 𝜋

6
para 𝑘 = 0 : 𝑤0 = (√2 )3 [cos ( 34 ) + 𝑖sen ( 34 )] = √2 [cos (12) + 𝑖sen (12)]

1 𝜋 𝜋
+2𝜋 +2𝜋 9𝜋 9𝜋

6
para 𝑘 = 1 : 𝑤1 = (√2 )3 [cos ( 4 3 ) + 𝑖sen ( 4 )] = √2 [cos (12 ) + 𝑖sen (12 )]
3

1 𝜋 𝜋
+4𝜋 +4𝜋 17𝜋 17𝜋

6
para 𝑘 = 2: 𝑤2 = (√2 )3 [cos ( 4 ) + 𝑖sen ( 4 )] = √2 [cos ( 12 ) + 𝑖sen ( 12 )]
3 3

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(c) 𝑧 5 = −𝑖
O que queremos encontrar são as cinco raízes complexas quintas de 𝑤 = 0 − 𝑖 ,
𝟓𝟓
𝒛 = √𝒛𝟓 = √𝟎 − 𝒊

Vamos encontrar a forma polar do número complexo 𝑤 = 0 − 1. 𝑖 .


0 −1
r = |w| = √02 + (−1)2 = √1 = 1 e cos θ = = 0 , sen θ = = −1 . Pelos valores temos
1 1
3𝜋
θ= .
2

3𝜋 3𝜋
Logo, 𝑤 = cos + 𝑖sen .
2 2

Vamos usar a fórmula:

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1 3𝜋 3𝜋
+2𝑘𝜋 +2𝑘𝜋
2 2
𝑤𝑘 = 𝑟 [cos (
5 ) + 𝑖sen ( )], 𝑘 = 0, 1, 2, 3 , 4 para obter as 5 raízes quíntuplas de 𝑤 =
5 5

0 − 1. 𝑖 = −𝑖:

1 3𝜋 3𝜋
3𝜋 3𝜋
 para 𝑘 = 0 : 2 2
𝑤0 = 1 [cos ( 5 ) + 𝑖sen ( 5 )] = cos ( 10 ) + 𝑖sen ( 10 )
5

1 3𝜋 3𝜋
+2𝜋 +2𝜋 7𝜋 7𝜋
 para 𝑘 = 1 : 𝑤1 = 15 [cos ( 2 ) + 𝑖sen ( 2 )] = cos ( 10 ) + 𝑖sen (10 )
5 5

1 3𝜋 3𝜋
+4𝜋 +4𝜋 11𝜋 11𝜋
 para 𝑘 = 2: 𝑤2 = 1 [cos (
5 2
) + 𝑖sen ( 2
)] = cos ( ) + 𝑖sen ( )
5 5 10 10

1 3𝜋 3𝜋
+6𝜋 +6𝜋 15𝜋 15𝜋
 para 𝑘 = 3: 𝑤3 = 15 [cos ( 2 ) + 𝑖sen ( 2 )] = cos ( 10 ) + 𝑖sen ( 10 ) =
5 5

3𝜋 3𝜋
cos ( 2 ) + 𝑖sen ( 2 ) = 0 − 𝑖 = −𝑖

1 3𝜋 3𝜋
+8𝜋 +8𝜋 19𝜋 19𝜋
 para 𝑘 = 4: 𝑤4 = 1 [cos (
5 2
) + 𝑖sen ( 2
)] = cos ( 10 ) + 𝑖sen ( 10 )
5 5

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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(d) 𝑧 2 = −5 − 12𝑖
O que queremos encontrar são as duas raízes complexas quadradas de 𝑤 = −5 − 12𝑖 ,

𝑧 = √𝒛𝟐 = √−5 − 12𝑖


Vamos encontrar a forma polar do número complexo 𝑤 = −5 − 12𝑖.
5 12
r = |w| = √(−5)2 + (−12)2 = √25 + 144 = √169 = 13 e cos θ = − , sen θ = − .
13 13
12
3𝜋 𝒔𝒆𝒏𝛉 − 12
13
Como cos θ < 0 e sen θ < 0 , então 𝜋 < 𝜃 < e 𝐭𝐚𝐧 𝛉 = = 5 = .
2 𝐜𝐨𝐬 𝛉 − 5
13

3𝜋 3𝜋 𝜋
Mas, 𝜋 < 𝜃 < ⇒ 𝜋−𝜋 <𝜃−𝜋 < −𝜋 ⇒ 0<θ−π< .
2 2 2

12 𝜋
Sabemos que tan( θ − 𝜋) = tan θ = . e como 0 < θ − π < ,
5 2

12 12
então θ − π = arctan ( ) ⇒ 𝛉 = 𝛑 + 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐚𝐧 ( ).
5 5

12 12
Logo, 𝒘 = 𝟏𝟑 [𝐜𝐨𝐬 (𝛑 + 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐚𝐧 ( )) + 𝒊𝐬𝐞𝐧 (𝛑 + 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐚𝐧 ( ))] .
5 5

Vamos usar a fórmula:

1 12 12
𝛑+ 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐚𝐧( )+2𝑘𝜋 𝛑+ 𝐚𝐫𝐜𝐭𝐚𝐧( )+2𝑘𝜋
5 5
𝑤𝑘 = 𝑟 [cos (
2 ) + 𝑖sen ( )] onde 𝑘 = 0, 1 para obter as 2 raízes
2 2

complexas quadradas de 𝑤 = −5 − 12𝑖 :


1
1 12 1 12
 para 𝑘 = 0 : 𝑤0 = 132 [cos (2 [π + arctan ( )]) + 𝑖sen (2 [π + arctan ( )])] =
5 5

1
1 12 1 12
 para 𝑘 = 1 : 𝑤1 = 132 [cos (2 [3π + arctan ( )]) + 𝑖sen (2 [3π + arctan ( )])]
5 5

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Exercício 13:
Determine em ℂ todas as soluções da equação:

(a) 𝑥 2 − 8𝑥 + 17 = 0 (b) 𝑧 2 + 𝑧 + 2 = 0 (c) 𝑥4 = 1

Solução:

(a) 𝑥 2 − 8𝑥 + 17 = 0
8 − √(−8)2 − 4.1.17 8 + √(−8)2 − 4.1.17
𝑥1 = 𝑒 𝑥2 =
2.1 2.1
8− √64−68 8− √−4 8+ √64−68 8+ √−4
Donde, 𝑥1 = = 𝑒 𝑥2 = = ,
2 2 2 2
8− √4 𝑖 8− 2𝑖 8+ √4 𝑖 8+ 2𝑖
e assim 𝑥1 = = = 4−𝑖 𝑒 𝑥2 = = =4+𝑖
2 2 2 2

Logo, as duas soluções dessa equação são: 𝑥1 = 4 − 𝑖 𝑒 𝑥2 = 4 + 𝑖


Observe que, 𝑥
̅̅̅1 = 𝑥2

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EP 13 – 2018-2 – GABARITO – Números Complexos Pré-Cálculo

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(b) 𝑧 2 + 𝑧 + 2 = 0
−1 − √12 − 4.1.2 −1 + √12 − 4.1.2
𝑧1 = 𝑒 𝑧2 =
2.1 2.1

−1− √1−8 −1− √−7 −1+ √1−8 −1+ √−7


Donde, 𝑧1 = = 𝑒 𝑧2 = = ,
2 2 2 2
−1− √7 𝑖 1 √7 −1+ √7 𝑖 1 √7
e assim 𝑧1 = = −2− 𝑖 𝑒 𝑧2 = = −2 + 𝑖
2 2 2 2
1 √7 1 √7
Logo, as duas soluções dessa equação são: 𝑧1 = − 2 − 𝑖 𝑒 𝑧2 = − 2 + 𝑖
2 2

Observe que, 𝑧̅1 = 𝑧2


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(c) 𝑥4 = 1
O que queremos encontrar são as quatro raízes complexas quartas da unidade, 𝑤 = 1 = 1 + 0𝑖 ,
4 4
𝑥 = √𝑥 4 = √1
Vamos encontrar a forma polar do número complexo 𝑤 = 1 + 0𝑖 .
1 0
r = |w| = √12 + 02 = 1 e cos θ = = 1 , sen θ = = 0 . Pelos valores temos θ = 0 .
1 1

Logo, 𝑤 = cos 0 + 𝑖sen 0.


Vamos usar a fórmula:
1
0+2𝑘𝜋 0+2𝑘𝜋
𝑤𝑘 = 𝑟 4 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] , 𝑘 = 0, 1, 2, 3 para determinar as 4 raízes quartas de 𝑤 = 1
4 4
obtemos:

1
0 0
 para 𝑘 = 0 : 𝑤0 = 14 [cos (4) + 𝑖sen (4)] = cos(0) + 𝑖sen(0) = 1 + 0𝑖 = 1

1
0+2𝜋 0+2𝜋 𝜋 𝜋
 para 𝑘 = 1 : 𝑤1 = 14 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] = cos ( 2 ) + 𝑖sen ( 2 ) = 0 + 1𝑖 = 𝑖
4 4

1
0+4𝜋 0+4𝜋
 para 𝑘 = 2: 𝑤2 = 14 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] = cos 𝜋 + 𝑖sen 𝜋 = −1 + 0i = −1
4 4

1
0+6𝜋 0+6𝜋 3𝜋 3𝜋
 para 𝑘 = 3: 𝑤2 = 14 [cos ( ) + 𝑖sen ( )] = cos + 𝑖sen = 0 − 1i = −i
4 4 2 2

Logo, as quatro soluções dessa equação são:

𝑤0 = 1 + 0𝑖 = 1 , 𝑤1 = 0 + 1𝑖 = 𝑖 , 𝑤2 = −1 + 0𝑖 = −1 , 𝑤3 = 0 − 1𝑖 = −𝑖

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Exercício 14:
Determine as potências indicadas usando o Teorema de De Moivre
5
(a) (1 + 𝑖)20 (b) (2√3 + 2𝑖)
Solução:

(a) (1 + 𝑖)20
𝜋 𝜋
A forma polar do número complexo 𝑤 = 1 + 𝑖 é 𝑤 = √2 (cos + 𝑖sen 4 ), encontrada no Exercício 12
4
(b).
Pelo Teorema de De Moivre temos:
20 20
𝜋 𝜋
(1 + 𝑖)20 = (√2) (cos 20. 4 + 𝑖sen20. 4 ) = 2 2 (cos 5𝜋 + 𝑖sen 5𝜋) =

= 210 (cos(5𝜋 − 4𝜋) + 𝑖sen (5𝜋 − 4𝜋)) = 210 (cos 𝜋 + 𝑖sen 𝜋) = 210 (−1 + 𝑖. 0) = −210
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5
(b) (2√3 + 2𝑖)
𝜋 𝜋
A forma polar do número complexo 𝑤 = 2√3 + 2𝑖 é 𝑧 = 4 [cos + 𝑖sen ] encontrada no Exercício
6 6
7
Pelo Teorema de De Moivre temos:
5 𝜋 𝜋 5𝜋 5𝜋 √3 1
(2√3 + 2𝑖) = 45 [cos 5. 6 + 𝑖sen 5. 6 ] = 45 [cos + 𝑖sen ] = 45 [− + 𝑖 ]
6 6 2 2
45 √3 45
=− + 𝑖
2 2

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Exercício 15:
𝜋 3𝜋
Escreva o número na forma 𝑎 + 𝑏𝑖 : (a) 𝑒𝑖2 (b) 𝑒𝑖 4 (c) 𝑒 1+2𝑖

Solução:
𝜋
(a) 𝑒𝑖2 , Pela Fórmula de Euler, 𝑒 𝑖𝑦 = cos 𝑦 + 𝑖sen 𝑦
𝜋
𝜋 𝜋
Assim, 𝑒 𝑖 2 = cos 2 + 𝑖sen = 0 + 1. 𝑖 = 𝑖
2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3𝜋
(b) 𝑒𝑖 4
Pela Fórmula de Euler, 𝑒 𝑖𝑦 = cos 𝑦 + 𝑖sen 𝑦
3𝜋
3𝜋 3𝜋 √2 √2
Assim, 𝑒 𝑖 4 = cos + 𝑖sen =− + 𝑖
4 4 2 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(c) 𝑒 1+2𝑖
Sabemos que se 𝑧 = 𝑥 + 𝑦𝑖 então 𝑒𝑧 = 𝑒𝑥+𝑦𝑖 = 𝑒𝑥 . 𝑒𝑦𝑖 = 𝑒𝑥 (cos 𝑦 + 𝑖sen 𝑦)
Então, 𝑒 1+2𝑖 = 𝑒 1 . 𝑒 2𝑖 = 𝑒(cos 2 + 𝑖sen 2) = 𝑒 cos 2 + 𝑖 𝑒 sen 2

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