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UNIVERSIDADE PAULISTA

ANDREYNNA ZARESKI DE OLIVEIRA


DAVI NATALINO CESER
ERIK HENRIQUE SANTOS LOPES
ELIANDRA DA SILVA LIMA
HENRIQUE FALCÃO DE MELO
JONATHAN LUCAS GOMES DA SILVA
JULYANA GONÇALVES RODRIGUES PEREIRA
KARINA APARECIDA DOS SANTOS
NATALIA APARECIDA PEREIRA
MILENA FOGAÇA DE JESUS

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA -


Eletrocardiograma

Nota 9,5

BAURU
2021
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO
2. METODOS
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

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1. INTRODUÇÃO

A ciência não tem fronteiras, e seus pioneiros, pessoas irrequietas e curiosas,


muitas vezes produzem grandes avanços ao juntar ideias e conceitos. Os
responsáveis pela criação do aparelho ECG, instrumento que revolucionou o
entendimento do funcionamento do coração, são exemplos disso.
Os estudos deram início em 1791, quando o médico e físico italiano Luigi Galvani
publicou um trabalho relatando como conseguiu movimentar, com estímulo elétrico,
o músculo da perna de um sapo morto. Após esse estudo, vários outros grandes
nomes foram somando artigos e ideias até que em 1887, Augustus Waller, um
fisiologista britânico, criou o pronto aparelho de ECG usando um termômetro capilar
e eletrodos colocados no peito de um voluntário, demonstrando que uma atividade
elétrica precedia a contração do coração.

Neste trabalho serão abordados temas mais detalhados de como surgiu o exame,
como funciona, como interpretá-lo entre outros tópicos.

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2. MÉTODO
O método realizado para fazer este trabalho foi através de pesquisa
bibliográficas, cada membro desde grupo fez sua respectiva pesquisa, onde todas
as partes foram discutidas e colocada no trabalho.

- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO-

Será abordado neste trabalho as diversas atuações que o exame


eletrocardiograma e sua importância em diagnóstico médico.

O SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS MAQUINAS DE ELETROCARDIOGRAMA

Luigi Galvani em 1971 descobriu fenômenos elétricos com preparo neuromuscular


usando uma rã com os nervos expostos, um fio metálico era colocado na metade
inferior da rã exposta sobre uma mesa e ele, mantendo uma certa distância de uma
máquina eletrostática. Quando tocado com a ponta de um escalpelo o nervo interno
da rã os músculos das pernas da rã contraíram-se vilolentamente, foi então atribuída
por Luigi Galvani a ¨eletricidade animal¨, (apud PICCOLINO, 1997; FISCH, 2000, p.
1738)

Matteucci percebeu que quando o, preparado neuromuscular, estudado por Galvani


era posicionado sobre um coração pulsátil, o preparo neuromuscular pulsava em
sincronismo como a pulsão cardíaca, contudo seguindo a mesma linha kolliker e
Muller em 1856 replicaram o experimento descrito por Matteucci observaram que era
possível a visualização de dois pulsos sincronizados com sístole e diástole cardíacas

Em 1872 foi que Gabriel Lippmann desenvolveu o equipamento com um tubo


preenchido de mercúrio imerso em ácido furico chamado de manômetro capilar, esse
processo provocava variações na superfície do mercúrio sendo então registrada em
papel fotográfico, tal dispositivo emitia sinais elétricos produzido pelo coração, mas
ainda não apresentava informações fidedignas

Em 1887 Augustos D. Waller, obteve sucesso com o sinal eletrocardiograma na


superfície da pele, Augustos D. waller construí um aparelho chamado

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eletrocardiográfico, fixando um eletrômetro capilar de lippmann a um projetor, usando
um trem de brinquedo, o traçado era projetado numa placa fotográfica,

Com a participação de Willem Einthovem que possivelmente desenvolveu ou


aperfeiçoou um galvanômetro de corda, um balde com soluções salinas como
eletrodos fazia parte do equipamento, esse equipamento era manuseado por cinco
pessoas

Willem Einthoven era professor de fisiologia na universidade de Leiden, na Holanda,


no início do século XX melhorou matematicamente a distorção do ecg, melhorou
também o registro com a introdução do galvometro de cordas no ano de 2002 marca
o centenário da primeira gravação de ecg de Willem Einthoven de forma clinicamente
aplicável com o galvometro de corda, o equipamento era imóvel, exigia transmissão
trens telefônica de um quilometro recebeu prêmio Nobel, foi então reconhecida a
importância do ecg, como uma ferramenta de investigação e de diagnostico se
tornando então fundador da eletrocardiografia moderna.

Essa era assim que os pacientes eram posicionados, nos baldes continha água
salina que servia como eletrodo

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ELETROCARDIOGRAMA

O eletrocardiograma é bastante antigo, ele é do começo do século passado,


mais mesmo assim é um exame bastante utilizado na cardiologia. Ele serve para
registrar o batimento do coração que uma pessoa deitada normal, sem ter nenhum
problema de saúde.

Eletrocardiograma é um dos exames mais comuns e importantes para


avaliação da saúde do coração, ele é feito de maneira bem simples. Existem
basicamente três tipos de eletrocardiograma padrão, de esforço e holter. O
eletrocardiograma padrão é feito com o paciente deitado sobre uma maca e dura em
média cinco minutos. Já o eletrocardiograma de esforço é feito com o paciente em
uma esteira ou bicicleta ergométrica submetida a esforço físico e o holter é
eletrocardiograma registrada por 24 horas.

Para a realização do eletrocardiograma devem ser seguidos alguns passos,


comunique o paciente como será realizado o exame e sua duração. Oriente para o
paciente que remova objetos metálicos como relógios ou pulseiras. Ofereça um lugar
para deixar os seus pertences. Importante, sobretudo para as mulheres. Peça a ela
também retirar a roupa intima de cima que pode atrapalhar na colocação correta dos
eletrodos, com o paciente deitado na maca realiza a desinfecção do local onde serão
colocados os eletrodos.

O fator importante, principalmente para pacientes do sexo masculino, é raspar a área


onde será colocado o eletrodo, por duas razões, primeiro melhor colocação do
eletrodo e melhor contato com a pele e segunda a retirada do mesmo sem machucar
o paciente. A realização de um exame de eletrocardiograma efetivo é na colocação
exata dos eletrodos no paciente. Cada aparelho de eletrocardiograma possui dez
cabos que são ligados ao paciente sendo seis cabos conectados eletrodos precordiais
e quatro são colocados nos quatro membros do paciente.

Os seis cabos são conectados aos eletrodos precordiais, de V1 a V6 que formam o


plano horizontal. O V1 na borda esternal no quarto espaço intercostal direito, v2 na
borda esternal do quarto espaço intercostal esquerdo o V3 eletrodo entre V2 e V4 e
V4 no quinto espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular. O V5 no mesmo
nível que o V4 na linha axilar anterior e o V6 no mesmo nível que V5 na linha axilar
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media. É possível que colocando o V4 antes que o V3 facilita, a posição correta dos
leitores precordiais é o mais importante que as cores, para achar o espaço intercostal
bastam achar a margem do esterno e contar as costelas até chegar ao quarto espaço
entre elas.

Para o posicionamento dos eletrodos nos membros, basta seguir a


padronização das cores para a colocação correta, braço direito é o vermelho, braço
esquerdo o amarelo, perna direita que é a Terra é o preto e a perna esquerda o verde.
Quando o paciente não tem um membro é utilizado o coto ou a região mais próxima
do tronco.

(Figura 1: Posições das peras nas posições precordiais.)


(Fonte: Google Imagens)

Orientar ao paciente que mantenha se quieto enquanto o eletrocardiograma é


realizado, reveja o exame antes de remover os eletrodos do paciente. Observe-se
que as derivações estão bem observadas. Se caso houver necessidade, repita o
exame novamente.

(Figura 2: Resultado do Eletrocardiograma)


(Fonte: Google Imagens)

Isso serve para registrar os estímulos elétricos do coração que funciona


através de choques. Esses impulsos chegam ao coração, átrios e ventrículos, sendo

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captados por eletrodos que vão fazer as derivações serem impressas na folha. Com
isso o cardiologista vai ser capaz de diagnosticar uma arritmia, infarto ou uma
pericardite que é a inflamação do músculo cardíaco.

(Imagem 3: Aparelho Eletrocardiograma)


(Fonte: Google Imagens)

ANÁLISE DO RESULTADO DO EXAME DE ELETROCARDIOGRAMA


Segundo a escritora Thalita Azevedo, portadora do blog Jaleko.com o exame
Eletrocardiograma (ECG), nada mais é do que o bom funcionamento elétrico do
coração, que, ao final dos testes pode nos dar as informações referentes ao ritmo e a
frequência cardíaca do paciente, e caso haja alguma alteração na condução do
estímulo elétrico durante o ciclo cardíaco.
Assim como todo exame tem o resultado alterado, normal e o baixo, se tratando
do ECG o normal, dentro da fisiologia do ciclo da estimulação elétrica do coração, é
quando mostra um ótimo regular, sinusal, com a frequência variando entre 60 a 100
batimentos por minuto (BPM), sem apresentar qualquer alteração no padrão de
condução.
Para o Dr. Eric Rulli a interpretação do resultado do exame de
eletrocardiograma, necessita de uma base sólida acerca da eletrofisiologia cardíaca:
é necessário que seja compreendido o funcionamento das células autorrítimicas e das
células contrateis cardíacas para uma análise completa da forma de funcionamento e
do resultado do ECG sejam avaliadas.
Considerando então, esse fundamento sobre as atividades realizadas pelo
coração, o próximo passo para entender o eletrocardiograma, tem por início as
posições onde os eletrodos são colocados nos pacientes. O Dr Rulli refere-se à
importância de compreender que cada parte do exame avaliará a mesma situação,

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porém de um diferente ângulo, uma vez que, são distribuídos os eletrodos em 12
partes diferentes do corpo do examinado, e cada um terá a função de descrever o
caminho do estímulo elétrico de acordo com a sua posição em relação ao coração.
Os pontos do plano frontal se limitam aos eletrodos que serão colocados nas
extremidades dos membros inferiores e superiores dos pacientes. Eles registram as
seis ondas frontais, que se iniciam com DI, DII e DIII que representam o olhar do
estímulo cardíaco de maneira a abranger todo o órgão. Entretanto, os pontos
restantes irão estabelecer a visão de maneira mais precisa a locais específicos do
coração, pois terão o seu caminho ligado diretamente ao centro do coração, e esses
são denominados AVL, AVR e AVF.
Derivações periféricas e triângulo de Einthoven

As últimas seis ondas são denominadas primordiais, elas circundam o órgão cardíaco
com uma visão do coração de forma superior e são divididos em V1, V2, V3, V4, V5 e
V6. Os eletrodos são colocados no paciente na região torácica, o V1 é o ponto que
vai ao quarto espaço intercostal direito ao lado da borda do esterno, o V2 vai ao quarto
espaço intercostal esquerdo na borda do esterno, o V3 no intervalo do V2 e V4, o V4
no quinto espaço intercostal esquerdo na altura da linha hemiclavicular, o V5 no
espaço intercostal e na mesma altura do eletrodo anterior e por último, o V6 na linha
axilar média no quinto espaço intercostal.

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Então se entende que os eletrodos que compreendem a parede inferior são os
DII, DIII e AVF, os da lateral V5 e V6 e os da lateral alta AVL e DI. Os que competem
à parte septal do coração são os eletrodos V1 e V2 e por fim, os que ficam na parte
anterior os V3 e V4.
Com esse entendimento o Dr Eric Rulli explica que o coração em repouso
estará sempre polarizado e que ele se despolariza com o movimento de contração, se
repolarizando no final do ciclo. Então se torna mais preciso ao compreender que a
onda P se refere à despolarização dos átrios, ou seja, a contração deles; o intervalo
PR corresponde ao fim da contração dos átrios e a comunicação dos estímulos
enviados pelo nó sinoatrial ao nó atrioventricular; o complexo QRS se divide em Q a
primeira onda negativa, R onda positiva e S segunda onda negativa, que ocorrem com
a despolarização dos ventrículos, ou seja, a contração ventricular; já o intervalo ST
corresponde ao tempo de espera da finalização do movimento de contração dos
átrios; se finalizando na onda T onde ocorre a repolarização dos ventrículos. A
repolarização dos átrios ocorre simultaneamente a contração ventricular, todavia o
exame registra apenas o complexo QRS

Lembrando sempre que a onda P tem a representatividade da contração


arterial, e o complexo QRS a contração ventricular, se preparando para um novo ciclo,
segundo Thalita a portadora do blog, o exame ECG é realizado a uma velocidade de
25mm/s a uma voltagem de 10mV, em uma papel milimetrado ( cada quadradinho que
é apresentado na folha de resultados corresponde a 0,4ms).
Thalita Azevedo diz também, que para entender melhor o resultado que o
profissional vai ter em mãos é preciso saber os espaços entre uma onda R e outra
logo em sequência: esses espaços devem ter o mesmo tamanho para que assim o

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ritmo seja regular, depois de feito isso, conte quantos “quadradinhos” tem entre uma
onda e a próxima em sequência: tendo o valor em mão, divida 1500 pelo número de
quadradinhos encontrados, e com esse valor terá a frequência cardíaca do paciente.
Para ter a conclusão que o ritmo presente na fila de resultados é sinusal, ou seja, o
ritmo cardíaco é normal, deve se observar as ondas P, elas devem ser positivas (para
cima) em DII, DIII e AVF, e negativa (para baixo) em AVR.
O intervalo PR, tendo início da onda P até o início do complexo QRS, é o
espaço de tempo entre a contração arterial e a contração ventricular, e tem duração
de cerca de 120 a 200ms, ou seja, de 3 a 5mm. Podendo ter alterações nesse intervalo
pode indicar bloqueios na condução ou repolarização precoce. O segmento ST, no
final do complexo QRS até o início da onde T, é de suma importância no diagnóstico
das síndromes coronárias agudas, quando há algum tipo de desnivelamento para
cima (supra) ou para baixo (infra), o padrão normal é que o segmento se mantenha
neutro, na linha de base.

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CONCLUSÃO

Apesar da continua renovação das tecnologias utilizadas para os diagnósticos


médicos, o eletrocardiograma (ECG), disponível desde o início do século passado,
ainda mantém um papel central na investigação de várias doenças cardíacas.
O eletrocardiograma, assim como qualquer meio diagnóstico complementar, deve ser
encarado como apenas uma peça no quebra-cabeça de um diagnóstico. Não se
completa um quebra-cabeça com apenas uma peça. O ECG deve ser interpretado
por um médico que tenha experiência com o exame, levando sempre em consideração
outros dados, como história clínica, sintomas, exame físico, análises laboratoriais e
outros exames complementares.

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REFERÊNCIAS
DESCONHECIDO. Eletrocardiograma. 1016. Disponível em:
http://aprendis.gim.med.up.pt/index.php/Eletrocardiograma. Acesso em: 29 abr. 2021.
LAPA, Eduardo. Você sabe colocar os eletrodos do ECG de forma correta? Tem
certeza? 2017. Disponível em: https://cardiopapers.com.br/voce-sabe-colocar-os-
eletrodos-do-ecg-de-forma-correta-tem-certeza/. Acesso em: 29 abr. 2021.
DESCONHECIDO. Derivações do Eletrocardiograma. 2013. Disponível em:
https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/derivacoes-ecg.html. Acesso em: 29 abr.
2013.
PINHEIRO, Pedro. ELETROCARDIOGRAMA (ECG): ENTENDA OS
RESULTADOS. 2008. Disponível em: https://www.mdsaude.com/cardiologia/exame-
eletrocardiograma-ecg/. Acesso em: 29 abr. 2021.
ECG - NOÇÕES BÁSICAS DE UM JEITO QUE VOCÊ NUNCA VIU!. São Paulo:
Médico na Prática, 2020. (99 min.), color. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3IXzxbqbrWg. Acesso em: 28 abr. 2021.
ELETROFISIOLOGIA Cardíaca. Direção de Vanessa Novaes. Rio de Janeiro, 2020.
(31 min.), son. color. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3IXzxbqbrWg. Acesso em: 20 abr. 2021.
https://fdocumentos.tips/document/artigo-de-revisao-eletrocardiograma.html

https://www.clinicaceu.com.br/blog/o-que-e-eletrocardiograma-e-como-e-feito/

https://telemedicinamorsch.com.br/blog/como-e-feito-o-eletrocardiograma-para-que-
serve

https://www.mobiloc.com.br/blog/eletrocardiograma-para-que-serve/

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