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178 GEOGRAFIA A 11.

O ANO

T e m a 3 - U n idade 3
Avaliurbaanaçsãeoas no- vas relações cidade/campo
As áreas

I. Selecione a letra da chave que corresponde a cada uma das afirmações seguintes.

AFIRMAÇÕES CHAVE
1. Área influenciada pela cidade à qual presta serviços e fornece produtos e mão de obra. A. Rede urbana
2. São de utilização bastante frequente e, por isso, encontram-se facilmente acessíveis.
B. Funções centrais
3. Desenvolvimento das cidades de forma integrada e articulada com a rede urbana regional
e nacional. C. Área complementar
4. Cidades e suas periferias, integradas num dado território, que estabelecem entre si rela-
ções de ordem hierárquica, de dependência ou complementaridade. D. Bens vulgares
5. Só podem ser encontradas em determinados locais, obrigando a população a deslocar- E. Economia de escala
-se para usufruir delas.
6. Os investimentos procuram conseguir o menor custo unitário e obter o máximo lucro. F. Policentrismo

II. Classifique, como verdadeira ou falsa, cada uma das afirmações seguintes.
1. O desequilíbrio da rede urbana portuguesa manifesta-se apenas pela distribuição geográfica das cidades.
2. Nas grandes concentrações urbanas não se aplica o princípio das economias de escala.
3. Apenas oito cidades portuguesas têm mais de 100 mil habitantes, sendo em maior número as que têm menos
de 25 mil habitantes.
4. Uma forte concentração de funções de nível superior num pequeno número de cidades denota um desequilíbrio
da rede urbana, situação que se verifica em Portugal.
5. A Política de Cidades, POLIS XXI, não considera o desenvolvimento de cidades de média dimensão como fator
relevante para o desenvolvimento regional e para a coesão nacional.

III. Selecione a opção de resposta correta para as seguintes questões.


1. As áreas mais urbanizadas do nosso país localizam-se... 2. A primeira cidade portuguesa a integrar a
A. em todo o litoral português. rede europeia de cidades verdes foi...
A. Lisboa.
B. no litoral, desde Setúbal a Viana do Castelo.
B. Coimbra.
C. no interior, sobretudo nas regiões autónomas. C. Funchal.
D. na Grande Lisboa e no litoral do Algarve. D. Porto.

IV. Responda às questões seguintes.


1. Caracterize a rede urbana portuguesa, do ponto de vista da repartição geográfica, da dimensão demográfica e
das funções que oferece.
2. Explique como se processa a aplicação do princípio das economias de escala ao espaço urbano.
3. Defenda o reforço das acessibilidades interurbanas como meio de dinamizar o desenvolvimento de uma rede
urbana mais coesa e mais eficaz.
4. Justifique a afirmação: «O desenvolvimento de cidades de média dimensão é fundamental para a coesão regio-
nal e territorial do nosso país.»
5. Mencione um dos instrumentos da Política de Cidades, explicitando os seus principais objetivos.
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des do setor terciário, nomeadamente o comércio da população. Existe também maior representativi-
especializado e os níveis mais altos de decisão, quer dade e maior taxa de natalidade na AML, o que, em
da administração pública (ministérios, tribunais supe- parte, se deve à imigração cuja tendência é fixar-se
riores, etc.), como da vida económica (sedes de ban- nas maiores cidades, sobretudo em Lisboa. Verifica-
cos, de companhias de seguro, etc.). Ao centro da -se, também, um maior peso económico da AML: nas
cidade também se encontram associadas atividades NUTS II e III em que se inserem os concelhos da AMP, a
de animação lúdica e cultural (salas de espetáculo indústria transformadora tem uma grande importân-
mais importantes, galerias de exposições., etc.). Todas cia, enquanto na Grande Lisboa, cujos concelhos fa-
estas funções do CBD encontram-se organizadas no zem todos parte da AML, são mais importantes as ati-
espaço, tanto horizontalmente, como em altura, de vidades terciárias.
acordo com os pisos dos edifícios. As funções mais 5. O planeamento é um processo essencial na preven-
nobres ou raras e os estabelecimentos de maior pres- ção e resolução dos problemas urbanos. Foram defini-
tígio ocupam as ruas centrais e os primeiros pisos dos dos instrumentos de ordenamento do espaço urbano,
edifícios, enquanto as funções mais comuns ou com tais como os Planos Diretores Municipais, que estabe-
menor necessidade de contacto com o público de pas- lecem as linhas gerais dos usos do solo no território
sagem localizam-se nas ruas menos centrais e nos municipal; os Planos de Urbanização, que definem a
últimos andares dos edifícios. Porém, as funções do organização espacial da parte do território municipal
CBD e a sua organização espacial não se mantêm sem- que se integra no perímetro urbano; e os Planos do
pre iguais, verificando-se uma constante dinâmica de Pormenor, que desenvolvem e concretizam propostas
sucessão das diversas funções. Na segunda metade de organização espacial de qualquer área específica do
do século XX, deu-se a substituição da função indus- concelho, definindo com detalhe as formas de ocupa-
trial e residencial pelo comércio e outras atividades ção.
terciárias. Mais recentemente, a tendência é para 6. Entre os vários problemas que se relacionam com o
uma descentralização desse tipo de funções. Esta espaço urbano, podemos citar a degradação dos edifí-
dinâmica é provocada pela especulação fundiária e cios antigos, mais premente no centro das cidades e,
pelo congestionamento do centro da cidade, que vai geralmente, também associada ao envelhecimento
criando dificuldades de acesso, uma vez que este se dos seus ocupantes. A revitalização urbana procura
localiza, geralmente, na área mais antiga, onde as dar resposta a estes e a outros problemas. Por exem-
ruas são estreitas. Assim, as funções associadas ao plo, as ações de Reabilitação Urbana, que promovem a
CBD tendem a deslocalizar-se para outras áreas que, intervenção em áreas degradadas com vista a melho-
devido à acessibilidade, se vão constituindo como rar as condições físicas dos edifícios, procedem ao
novas centralidades. restauro e conservação dos imóveis, mantendo os
3. O crescimento das cidades dá-se pelo crescimento usos do solo e o estatuto dos residentes e das ativida-
demográfico e pode ocorrer em altura, através do des. Um dos programas que concede ajudas, através
aumento do número de pisos dos edifícios, ou em das autarquias locais, para apoiar projetos de reabili-
extensão, em direção às áreas periféricas da cidade. A tação ou recuperação de áreas urbanas degradadas é
este movimento de expansão das cidades em direção à o Programa de Reabilitação das Áreas Urbanas
periferia atribui-se a designação de suburbanização, Degradadas (PRAUD), que inclui apoios à preparação e
ou seja, a ocupação urbana dos subúrbios. A suburbani- acompanhamento dos projetos. Outros programas e
zação é o efeito da chamada fase centrífuga – movi- iniciativas, como o RECRIA, o REHABITA, o RECRIPH e o
mento de desconcentração urbana para as áreas peri- SOLARH, apoiam financeiramente o restauro e a con-
féricas, devido ao aumento dos preços do solo urbano, servação de edifícios degradados com ocupação resi-
muito disputado pelas diversas funções –, que provoca dencial nas áreas antigas das cidades, pretendendo
a migração da função residencial e das atividades eco- fazer face ao problema da degradação de edifícios de
nómicas. A indústria é uma das funções que sai da rendas baixas.
cidade e se difunde no espaço suburbano, sobretudo as
mais poluentes, as que consomem mais espaço e as
que geram maior tráfego de veículos pesados. Na ci- UNIDADE 3 – A rede urbana e as novas
dade permanecem as indústrias pouco poluentes e relações cidade/campo (pág. 178)
menos exigentes em espaço e em energia; as que utili-
zam matérias-primas leves e pouco volumosas; as que I
fornecem bens de consumo diário ou frequente e as 1–C
que se associam a produtos especializados, como as 2–D
oficinas de joalharia e de alta-costura. 3–F
4. Na AML existe maior dinamismo demográfico porque 4–A
a sua população ainda tende a aumentar, enquanto 5–B
na AMP verifica-se uma tendência para a estagnação 6–E
Soluções 237

II aumentar a articulação da rede urbana, o que pressu-


1 – Falsa põe também a especialização funcional, que permitirá
2 – Falsa uma gestão mais eficaz dos recursos disponíveis,
3 – Verdadeira sobretudo no que se refere às funções mais raras e
4 – Verdadeira especializadas. Por isso, o Programa Nacional de
5 – Falsa Política de Ordenamento do Território, de 2006, prevê o
reforço das acessibilidades interurbanas, bem como
III dos eixos de ligação terrestre à Europa, contribuindo
1–B para o desenvolvimento de áreas urbanas com dina-
2–D mismo económico e social e capacidade competitiva,
no interior do país.
IV 4. O desenvolvimento de cidades de média dimensão é
1. A rede urbana nacional caracteriza-se por um acen- fundamental para o equilíbrio da rede urbana e para a
tuado desequilíbrio no que respeita à distribuição redução das assimetrias regionais, pois contribuem
espacial, à dimensão demográfica e ao número e para a dinamização de relações de interdependência e
importância das funções urbanas. A grande maioria complementaridade mais ricas e mais produtivas entre
das cidades localiza-se no litoral, encontrando-se as as diferentes áreas urbanas, favorecendo a economia
de maior dimensão na faixa territorial de Setúbal a nacional e são fatores de desenvolvimento regional, não
Viana do Castelo. No interior, além de haver menor só porque atraem atividades económicas e população,
número de cidades, a maioria tem uma pequena mas também porque promovem o desenvolvimento das
dimensão demográfica. Apenas oito cidades têm mais respetivas áreas de influência. As cidades de média
de 100 mil habitantes, destacando-se Lisboa e Porto dimensão podem, ainda, estender o seu desenvolvimento
que, no entanto, apresentam uma grande diferença às áreas rurais envolventes, oferecendo serviços essen-
entre si. A grande maioria das cidades portuguesas ciais à melhoria da qualidade de vida.
tem menos de 25 mil habitantes, pelo que as cidades 5. A Política das Cidades, POLIS XXI, tem como objetivos
de média dimensão são em número reduzido. No que fazer com que as cidades portuguesas sejam «territó-
respeita às funções urbanas, tanto em número como rios bem planeados e governados; de inovação e com-
em importância, verifica-se uma forte concentração petitividade; de cidadania e coesão social e que ofere-
de funções de nível superior num pequeno número de çam qualidade ambiental e de vida». Estes objetivos
cidades, sobressaindo claramente Lisboa. também fazem parte da Estratégia de Desenvolvimento
2. As cidades atraem as atividades e estas, por sua vez, Nacional, designadamente no que respeita ao seu quin-
contribuem para a expansão das áreas urbanas, pois to objetivo – melhor conetividade internacional do país
geram emprego e aumentam o número e a diversifica- e valorização equilibrada do território. Neste âmbito, o
ção de funções, bens e serviços. Deste modo, no espaço instrumento de política Redes Urbanas para a
urbano também se aplica o princípio da economia de Competitividade e a Inovação pretende valorizar o poli-
escala – economias em que os investimentos procuram centrismo, ou seja, o desenvolvimento das cidades de
conseguir o menor custo unitário e obter o máximo forma integrada e articulada com a rede urbana regio-
lucro, rentabilizando os investimentos em equipamen- nal e nacional.
tos e infraestruturas que só serão lucrativos se vierem a
ter um grande número de utilizadores. As grandes con-
centrações urbanas funcionam como economias de Tema 4
aglomeração, ou seja, a população e as várias empresas A população: como se movimenta e comunica
utilizam as mesmas infraestruturas de transportes, de (pág. 201)
comunicação, de distribuição de água, energia, etc., tor-
nando-as, assim, mais rentáveis. Além disso, podem I
estabelecer relações de complementaridade entre si, o 1–D
que também trará benefícios tanto para as empresas 2–E
como para a população da área onde se inserem. 3–A
3. Para se conseguir um maior equilíbrio territorial é 4–B
necessário desenvolver uma rede urbana policêntrica 5–C
e articulada, ou seja, com uma distribuição mais equili-
brada da dimensão demográfica e do ponto de vista II
das funções que as cidades oferecem, de modo a valo- 1 – Verdadeira
rizar e potencializar a complementaridade funcional 2 – Falsa
entre os diferentes centros urbanos. As redes de trans- 3 – Falsa
porte desempenham, aqui, um papel fundamental, 4 – Verdadeira
pois só com o reforço da acessibilidade será possível 5 – Verdadeira

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