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PÓS EM ACONSELHAMENTO

BÍBLICO
MÓDULO II

UMA TEOLOGIA BREVE DA EMOÇÃO


Pr. Prof. Me. Manoel Pedro da Silva
DOUTRINA DAS ESCRITURAS
ACONSELHAMENTO E A REVELAÇÃO ESPECIAL
 As Escrituras Descrevem Jesus como Perfeito Conselheiro
 Como Ele se tornou um Perfeito Conselheiro?
 O A.T. forneceu a Jesus todo conhecimento e sabedoria
necessários para que ele aconselhasse pessoas de maneira
inerrante.

Seguindo o Senhor, a igreja (sempre que é fiel à Palavra de Deus)


tem encontrado na Bíblia uma rica e inexaurível fonte de
informação para seu ministério de aconselhamento (Jay Adams)
 Aspectos da Doutrina das Escrituras para o Ministério de
Aconselhamento
• Entender as Implicações da Doutrina Bíblica da Inerrância das
Escrituras para o Ministério de Aconselhamento.
 Livro que é a Palavra do Deus Vivo.
 Livro que foi o Sopro de Deus – “Inspirar” – “soprar para
dentro”.
Quando Deus afirma que inspirou sua Palavra, ele quer dizer que
a Bíblia é sua Palavra na mesma proporção que seria se ele a
tivesse pronunciado audivelmente (Jay Adams).
 O conselheiro quando fundamenta o seu
aconselhamento na Bíblia, ela confere autoridade ao
aconselhamento.
As respostas do conselheiro serão inequívoca, porque ele
não se fundamenta em sua própria opinião a partir das
probabilidades das consequências, a partir da
conveniência ou qualquer outro padrão relativo, mas no
mandamento do Deus vivo, que tem falado (Jay Adams).
 Em sua inerrância, a Bíblia é autoridade Final.
O PODER DAS ESCRITURAS
Há poder na Palavra de Deus. Foi por esta Palavra
que o mundo tomou forma (Gn 1) o próprio Jesus
Cristo é chamado de Palavra (Jo 1, 1Jo 1), e não
devemos pensar que as Escrituras, tendo o nome
de Palavra de Deus (Sl 119.9, etc) tenham menos
poder. A Bíblia não é apenas mais um livro; é
única, porque é a Palavra de Deus (Jay Adams).
 Poder Criador – Deus falou e assim se fez – Palavra Hebraica
“Davar” – “palavra e “coisa” – Deus fala e acontece
 “...as sagradas letras que podem [lit., tem o poder de] de
tornar-te sábio para salvação pela fé em Cristo Jesus” – “ Toda
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm
3.15-16).
 Os textos acima falam sobre o poder da Palavra escrita. O
poder para trazer uma pessoa à fé em Cristo e o poder de
moldá-la na espécie de pessoa que Deus quer que ela se
torne.
 2Tm 3.15,16 nos revela que a Palavra nos foi dada para
transformar o nosso comportamento. Esta transformação
tem duas fases:
• Primeira fase: Um Transformação instantânea – as pessoas
mortas, não-regeneradas, recebem vida do Espírito Santo,
no momento da conversão – quando ouvem o evangelho (a
Palavra) e dependem de Jesus Cristo como Salvador. –
justificação (declaradas justas aos olhos de Deus) –
regeneração (ou transformação de vida que abre o coração
do homem ao evangelho).
• Segunda fase: Uma Transformação Gradual – um processo
de mudança que continua por todo o curso da vida cristã
terrena – santificação – um processo gradual pelo qual o
Espírito Santo capacita o crente a despojar-se de seus
padrões pecaminosos de vida e substituí-los por padrões
santos (Jay Adams).
A Escritura tem o poder de transformar, tanto nosso
status diante de Deus (justificação), quanto nosso
estado (santificação). [...] Na medida em que for
biblicamente fundamentado, o aconselhamento tem o
poder de produzir piedade; na medida em que a
Escritura é ignorada (ou diluída em mistura eclética)
ele perde seu poder. É por isso que aconselhamento
cristão pode (naturalmente) ser chamado de
aconselhamento bíblico (Jay Adams).
RUMO A UMA TEOLOGIA DA EMOÇÃO
• As Escrituras estão repletas de emoção tanto de Deus como
do homem. A Bíblia é uma coleção de livros dirigidos às
pessoas por uma Pessoa. É a revelação de um Deus Pessoal
para pessoas humanas feitas à sua imagem.
• A Bíblia frequentemente revela as emoções de Deus de
maneira que nossas vidas, incluindo nossas emoções, possam
honrá-lo e glorifica-lo em plenitude.
• Deus quer entendamos não apenas o que ele pensa do
pecado, mas também o que Ele sente sobre o pecado (Sam
Williams).
A boa Teologia deveria nos levar não apenas a pensar os
pensamentos de Deus, mas também a sentir os sentimentos de
Deus. Se a semelhança de Cristo é nosso alvo como seguidores,
isso deveria incluir não apenas a semelhança de Cristo em
nosso comportamento e pensamentos, mas também em nossas
emoções. A compaixão, a emoção mais frequentemente
atribuída a Cristo nos evangelhos, facilita o cumprimento do
“uns aos outros” no Novo Testamento. O fruto do Espírito
Santo é caracterizado por atributos – amor, alegria, paz
bondade, mansidão – que são carregados de emoção (Sam
Williams).
• As Escrituras contêm as normas, não apenas para o nosso
comportamento e pensamento, como também para nossas
emoções e afeições.
• Expressões bíblicas: “regozijai-vos”; “alegrai-vos”; “Não
temais”.
Quando as Escrituras não moldam nosso pensamento,
especialmente num assunto como a emoção que é parte
tão importante da natureza das pessoas, alguma outra
coisa o moldará (Sam Williams).
DISTINGUINDO SENTIMENTOS, EMOÇÕES E
AFEIÇÕES
SENTIMENTOS
SENTIMENTO – Definição

 A percepção sensorial de algum evento externo ou interno, que


é tipicamente classificado em categorias binárias de
experiência: bom/mau, agradável/desagradável, suave/áspero,
duro/macio, quente/frio; ou a experiência e relato subjetivos
de uma emoção (Sam Williams).
 Quatro usos diferentes da palavra “sentimento” descritos por
David Powlison:
• Descrever, percepções sensoriais

• Expressar, emoção

• Comunicar, pensamento

• Comunicar, crenças e atitudes.


Deus nos projetou de maneira a desejarmos nosso
próprio bem; nós naturalmente buscamos aquilo que
achamos que nos levará à vida, felicidade e prazer e
evitamos o que achamos que ser ruim, repulsivo,
doloroso ou desagradável. A busca do prazer e felicidade
e a aversão à dor e ao sofrimento é principio básico da
vida, e em si mesmo, dado por Deus. É porque fomos
criados desta maneira que Deus frequentemente nos
motiva nas Escrituras com promessa e bênçãos e
ameaças de castigos (Sam Williams).
“Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o
mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, andes nos seus
caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos,
então, viverás e te multiplicarás, e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra à
qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar
ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires. Então,
hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na
terra à quais vais, passando o Jordão, para possuíres. Os céus e a terra tomo,
hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a
maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu a tua descendência, amando o
Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto
depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o Senhor,
sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (De 30.15-20).
EMOÇÕES
A emoção é uma resposta somática, envolvendo
pensamentos, crenças e julgamentos feitos sobre o
meio ambiente e a si mesmo. A palavra “emoção”
deriva da raiz latina “movere”, que significa
“mover”. As experiências emocionais não são
neutras; ou elas facilitam os propósitos e funções
do indivíduo ou, ainda mais importante, os
propósitos de Deus (Sam Williams).
AFEIÇÃO
As afeições são os movimentos impetuosos e sensíveis do
coração ou da vontade em direção a algo ou fugindo de algo,
dependendo se esse algo é percebido como bem ou mal... As
afeições são os pés da alma... A alma vai com sua afeições para
aquilo que ela ama. A alma não outro caminho para se chegar
àquilo que ama a não ser através das suas afeições... Um homem
é movido pelas afeições: pela raiva ele se move para uma
vingança; pelo desejo ele se move para obter; pelo amor ele se
move para apreciar; pela compaixão ele se move para confortar.
As afeições são os movimentos da alma (William Fenner).
A definição de afeição inclui emoção, que envolve o
intelecto, “pensamentos, crenças e julgamentos” e a
afeição inclui avaliação moral. Podemos desprezar
sumariamente definições reducionistas que tratam a
emoção ou afeição como meros distúrbios somáticos,
biológicos. Estas definições não nos permitem separa
emoções ou afeições da razão, consciência ou volição
(Sam Williams).
 Uma Psicologia Bíblica da emoção deve começar e terminar
em Deus.
 Não podemos conhecer outras coisas adequadamente sem
conhecer a Deus adequadamente, essencialmente porque a
doutrina do conhecimento de Deus implica na doutrina do
conhecimento de todas as coisas (John Frame).
 O conhecimento de nós mesmos é inextrincavelmente
dependente de nosso conhecimento de Deus, e vice-versa (
Calvino – Institutas).
 Sabedoria e conhecimento sobre qualquer coisa começa com
um temor de Deus, uma resposta emocional particular a Ele
(Pv 1.7; 9.10).
ACONSELHAMENTO E O AMBIENTE
BÁSICO DO HOMEM
SENHOR, tu me sondas e me conheces/Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe
penetras os meus pensamentos/Esquadrinha o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus
caminhos/Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda/Tu me cercas por
trás e por diante e sobre mim pões a mão/Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é
sobremodo elevado, não o posso atingir/Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da
tua face?/Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;
se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua
mão, e a tua destra me susterá/Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a lua ao redor de mim
se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa/Pois tu
formastes o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe/Graças te dou, visto que por modo
assombrosamente maravilhoso me formastes; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito
bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas
profundezas da terra/Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos
todos o meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda/Que preciosa
para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem
os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim. (Salmo 139.1-18)
 Deus é o habitat do homem – Todos que não se acham em harmonia
com Deus estão automaticamente em descompasso com seu habitat.

 Deus Criador nos cerca por trás e por diante, por baixo e por cima, nas
trevas e na luz. Não há como escapar de Deus (Jay Adams).

 Tudo é criação Deus. Nada é neutro.

 No aconselhamento seja ele sistemático ou não, um entendimento


bíblico do habitat fará uma radical diferença. O mundo é visto de modos
diferentes pelo cristão e pelo não-cristão. A perspectiva do cristão fará
toda a diferença, quando tiver que pensar num mundo de árvores, de
objetos, de dinheiro, de pessoas (Jay Adams).
 Deus opera neste mundo?
 Os propósitos de Deus estão sendo levados a efeito no
mundo visível e nas vidas humanas?
 Deus de fato tem revelado a verdade a respeito de si
mesmo, a respeito do homem e a respeito deste mundo?
 Deus se preocupa com o homem? Está interessado no
bem-estar de seu povo? Deus tem feito alguma coisa para
aliviar o sofrimento humano e mudar a condição humana?
 A resposta a estas perguntas deveria ser de tremenda
significância para todos os conselheiros, ao ponto de
imaginarmos que nenhum deles jamais devesse cogitar
em aconselhar alguém antes de ter tais respostas.
 Um sistema é planejado sem a menor consideração destas
questões que levantamos no slides anterior.

 Isto não dever surpreender os cristãos; o homem natural está


morto em relação a Deus. Ele não possui vida espiritual
interior da qual nasce tal interesse. Mas o que pensar de
cristãos que entram no aconselhamento como conselheiros e
aconselhados com esta mesma atitude mundana? Como
podem adotar tais sistemas e aconselhar de acordo com seus
princípios, tão oblívios ao seu habitat de aconselhamento
quanto um descrente? (Jay Adams).
 O conceito de Neutralidade do Sistema – o homem
moderno pensa ser capaz de segurar seu cristianismo
numa das mãos e um sistema pagão na outra (Jay
Adams).

 Um ponto de vista que não procede de uma teologia


bíblica.

 Pode-se dizer que este é o problema do aconselhamento


para a igreja dos nossos dias.
As Escrituras nos apresentam uma visão inteiramente
diferente. A vida é sagrada em seu todo; nada é secular. Toda a
vida diz respeito a Deus; nada é neutro. Sistemas, métodos,
atos, valores, atitudes, conceitos, tudo é orientado por Deus ou
pelo pecado. Nada é neutro. A criação nunca foi neutra (Jay
Adams).
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a
honra e o poder, porque todas as coisas tu criastes, sim, por
causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap
4.11).
 Se o Deus das Escrituras existe, a abordagem do cristão ao
aconselhamento será totalmente diferente – a vida não é um
absurdo; a vida tem um significado – Deus é o significado
(Jay Adams).

 Deus está presente nos eventos – nada há de mais


importante do que dizer ao aconselhado que Deus está no
problema. O conselheiro deve bater nesta tecla, até que ela
mude toda a visão do aconselhado (Jay Adams).
Nenhuma outra abordagem honra a Deus...
Todas as demais abordagens são essencialmente
humanistas e não conseguem trazer esperança e
satisfação aos seres humanos. A felicidade não
vem para os que a buscam, mas para os que
buscam em primeiro lugar o reino de Deus e a
sua justiça (Mc 6.33). Este fato condiciona todo
aconselhamento (Jay Adams).
ATRIBUTOS DE DEUS NO
ACONSELHAMENTO
A maneira como o conselheiro ver a Deus será um fator
determinante em seu aconselhamento. E a maneira
como o aconselhado ver a Deus determinará a resposta
que ele dará ao aconselhamento.

Se faz necessário em algum momento ajudar a pessoa


a ganhar ou restabelecer um perspectiva correta de
Deus como ponto de partida para o aconselhamento.
ETERNIDADE DE DEUS
 Deus não tem começo e nem fim – “Antes que os montes
nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a
eternidade, tu és Deus” (Salmo 90.2) – o Deus eterno, que
como o criador, precede o mundo criado, e cuja majestade
dificilmente pode ser compreendida por suas criaturas
(Anderson)

 A eternidade de Deus é um atributo importante para o


aconselhamento – implica num aconselhamento baseado na
Palavra daquele que tem uma perspectiva eterna.
IMUTABILIDADE DE DEUS
 Em Deus não mudança – “Porque eu, o SENHOR, não
mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”
(Ml 3.6).
 As verdades da Palavra de Deus, portanto, aplicam-se a
toda e qualquer situação concreta que o povo de Deus
possa enfrentar em qualquer tempo e qualquer lugar
(Fundamentos do Aconselhamento Bíblico p.135).
 A imutabilidade é vital para o aconselhamento. Ela
comprova que se pode usar os princípios e procedimentos
da Palavra de Deus.
O conselheiro e o aconselhado podem ir adiante e
seguir a Palavra de Deus com a confiança de que
aquilo que Deus disse ser a verdade no passado é
verdade ainda hoje e será verdade amanhã
(Fundamentos do Aconselhamento Bíblico p.135)
ONIPRESENÇA DE DEUS

 DEUS ESTÁ SEMPRE PRESENTE – “Para onde me


ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
Se subo aos céus, lá estás; Se faço a minha cama no mais
profundo abismo, lá estás também (Sl 139.7,8).

 Não há lugar no mundo onde Davi possa estar além do


alcance do cuidado de Deus
ONISCIÊNCIA DE DEUS

 Deus onisciência significa que Ele sabe todas as coisas. Uma


verdade confirmada na Palavra de Deus, por muitas
passagens – “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu
entendimento não se pode medir (Sl 147.5).
 Rm 11.33-36 – diz que Deus é a fonte de toda sabedoria e
todo conhecimento. As soluções para todos os problemas
vêm dele.
 Esse é um atributo essencial para o aconselhamento – Deus
está ciente de tudo o que está acontecendo.
A onisciência de Deus oferece também esperança e ajuda para
o conselheiro e o aconselhado por dar a certeza de que Deus
sabe o que é certo a ser feito em cada situação e que Ele tem
um plano para concretizar o Seu propósito em meio àquela
situação, não importa quão desesperadora ela pareça ou quão
incapazes nós sejamos (Fundamento do Aconselhamento
Bíblico p.137,8).
ONIPOTÊNCIA DE DEUS

 Deus é o Todo-Poderoso. Faz o que quiser, quando quiser.


Muitas passagens bíblicas falam desse atributo divino. Uma
passagem chave: “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os
céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço
estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.

 A onipotência de Deus significa que nenhuma situação e


difícil demais, porque Deus pode fazer aquilo que Ele
deseja.
SOBERANIA DE DEUS

 O Deus Soberano tem o controle total sobre todas as coisas.


Tem total poder e autoridade sobre tudo.

 Um conceito chave para o aconselhamento bíblico.

 Como conselheiro se dependermos de nós mesmo e de nossas


habilidades, não poderemos ajudar ninguém.
Para o aconselhado, a soberania de Deus significa que Ele é
confiável. O aconselhado pode acreditar que Deus está atuando
em sua vida para cumprir um propósito de acordo com Sua
vontade. Ele também pode ter a certeza de que a vontade de
Deus é absolutamente a melhor e que se ele seguir fielmente a
Sua Palavra, Deus cumprirá essa vontade perfeita em sua vida.
Isso gera esperança e confiança no aconselhamento
(Fundamentos do Aconselhamento Bíblico p.140).
AMOR DE DEUS

 Este atributo de Deus significa que Ele é provedor gracioso


de tudo quanto necessitamos.
 Texto Bíblico: 1Jo 4.7-11
 O foco dessa passagem é o amor.
 Ponto principal – o amor de Deus O levou a enviar o Seu
Filho Jesus para morrer pelos nossos pecados.
 O conselheiro deve demonstrar o amor de Deus para com o
aconselhado, em palavras e ações.
Quando compreendemos verdadeiramente o
preço que Deus pagou pelo nosso peado,
começamos a entender quão grande é o Seu
amor por nós e somos movidos a demonstrar
amor aos outros. O amor de Deus torna-Se a
motivação para reagirmos adequadamente aos
nossos aconselhados (Fundamentos do
Aconselhamento Bíblico p.141).
 Para o aconselhado, o amor de Deus significa que Ele só
deseja o que é melhor para ele.

 Vendo no conselheiro esse amor de Deus, o aconselhado


crerá que o conselheiro também deseja o melhor para ele.

 O aconselhado deve acreditar que como conselheiro sou seu


“amigos”, mesmo o confrontando. “Leias são as feridas
feitas pelo que ama, porém, os beijos de quem odeia são
enganosos” (Pv 27.6)
SANTIDADE DE DEUS
 Deus, em seu caráter, distancia-se completamente do pecado
e do mal. “Fala a toda congregação dos filhos de Israel e
dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus,
sou santo” (Lv 19.2).
 Como conselheiros e crentes em Cristo, devemos imita o
caráter de Deus.
 Uma vez que fomos separados para Deus, devemos manter
nosso aconselhados responsáveis pelo mesmo padrão bíblico
de serem separados para Deus (Fundamentos do
Aconselhamento Bíblico p.145).
 A santidade de Deus conduz à Sua justiça.
• “Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos
são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e
reto” (De 32.4).
• “Faz-se conhecido o Senhor, pelo juízo que executa;
enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos (Sl
9.16).
• Deus não deixa a maldade acontecer sem consequências, e é
por isso que Jesus teve de vir e morrer por nossos pecados
(Fundamentos do Aconselhamento Bíblico p.145).
A TRINDADE DE DEUS – O PAI

 Todo-Poderoso, Onisciente, Amoroso, Sábio. Pai dos que


pela fé em Jesus Cristo tornam-se filhos por adoção (Ef 1).
Cabeça da Trindade (Mt 28.19; *Ef 4.6).
 Pai reina com cuidado providencial sobre o p. Seu universo,
as Suas criaturas e sobre o rumo da história humana de
acordo com os propósitos da Sua graça (Fundamentos do
Aconselhamento Bíblico p.146).
 Conduz as pessoas a Jesus Cristo (Jo 6.44)
A TRINDADE DE DEUS – O FILHO
 Cristo é o Filho eterno de Deus.
 É como o Pai
 Jo 1.1 “ No principio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus”.
 Jo 10.30 “Eu e o Pai somos um”.
 Foi plenamente homem: “E o Verbo se fez carna e habitou
entre nós” (Jo 1.14).
 Cumpriu a vontade de Deus, assumindo a natureza humana.
 Teve uma morte substitutiva na cruz.
 Ressuscitou e voltará em poder e glória
A TRINDADE DE DEUS – O ESPÍRITO SANTO
 Ele é o Espírito de Deus, plenamente divino.
 É uma pessoa – (Jo 16.5.7).
 Ele é um com Deus – (At 5.3,4).
 Enviado por Deus a todos os crentes – (Jo 14.16,17).
 A obra do Espírito Santo é crucial no processo de
aconselhamento graças ao trabalho que Ele faz tanto no
aconselhado quanto no conselheiro (Fundamentos do
Aconselhamento Bíblico p.150).
 Ele nos capacita e fortalece para realizarmos aquilo que Ele
ensina e nos orienta, apesar de sermos fracos.
• Ele nos santifica – 2Ts 2.13
Santificação é a obra sobrenatural do Espírito Santo pela qual
os crentes são renovados segunda à imagem de Deus e
capacitados cada vez mais para morrer para o pecado e viver
para a justiça... É uma mudança de coração e de compreensão
que nos leva a agir como Cristo.
O aconselhamento é parte da tarefa de ajudar as pessoas ao
longo desse processo de santificação... O Espírito Santo usa a
Palavra para ajudar o aconselhado a voltar ao caminho da
santificação (Fundamentos do Aconselhamento Bíblico p.152,3)
 Alguns aspectos da obra do Espírito Santo:
• Ele convence do pecado e da necessidade de Deus.
Necessidade de viver de maneira agradável a Deus
• Ele permite que as pessoas sejam capazes de fazer de Jesus o
Senhor.
• Ele produz o fruto que nos permite ministrar – Gl 5.22,23
• Ele dá os dons que nos permitem ministrar – 1Co 12.11
• Ele nos ensina, guia e ilumina

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