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Relação entre os textos trabalhos em aula –

“Colônia, Religião e ações da metrópole”


Taymara da Silva

03242701

Segundo Bosi, em dialética da colonização a palavra colonização vem do latim


colo (eu moro, eu cultivo). Colo gerou palavras derivadas como colonia (terra que esse
pode trabalhar e sujeitar), colonus (quem cultiva uma propriedade rural no lugar do seu
feitor).¹
No período em que os colonizadores chegaram ao Novo Mundo ainda era muito
presente o imaginário do século XV, pois exploradores medievais em seus escritos
falavam de terras além do mar onde se encontrava o paraíso e muitas outras lendas. O
homem do século XV preferia escutar (história de exploradores medievais) a ver, e
quando via ainda continuava acreditando no que tinha escutado. “[...] numa época em
que ouvir valia mais do que ver, os olhos enxergavam primeiro o que se ouvira dizer;
tudo quanto se via era filtrado pelos relatos de viagens fantásticas, de terras longínquas,
de homens monstruosos que habitavam os confins do mundo conhecido [...]” ²
O período colonial foi marcado por uma intensa religiosidade, onde os
colonizadores sempre buscavam justificar suas decisões (a cristianização dos povos
originários, e até a intolerância) baseadas na fé e em Deus. Para o português foi Deus
quem os conduziu até o Novo mundo onde acreditavam ser o paraíso terrestre. Para Jean
de Léry a beleza do novo mundo reforçava a existência de Deus não apenas por ser belo
mas também por ser diferente ³, porém, à medida que o tempo passava e exploravam cada
vez mais o novo continente perceberam que não era o que tinham imaginado devido as
novas plantas venenosas, temporais, animais diferentes, culturas diferentes e até povos
canibais.4
O comércio português se estruturou a partir do “Exclusivo Comercial
Metropolitano” onde a metrópole explorava os recursos e tirava lucro da colônia. Com o
tratado de alcáçovas (1479), Portugal ficou com a maior parte do território da África negra

¹ ver BOSI. Alfredo (2000), Dialética da Colonização p. 11


² Souza. Laura de Melo (2005), O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 21
³ Visão calvinista de Jean de Léry, O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 36
4
Degradação da visão edênica, O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 41
5
O escopo do comercio português, O trato dos viventes, p. 29
o que seria essencial para o tráfico negreiro. Durante suas relações comerciais os
portugueses perceberam que lucravam mais vendendo escravos do que com a escravidão,
é quando fundam a casa dos escravos em Lisboa.5

¹ ver BOSI. Alfredo (2000), Dialética da Colonização p. 11


² Souza. Laura de Melo (2005), O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 21
³ Visão calvinista de Jean de Léry, O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 36
4
Degradação da visão edênica, O diabo e a terra de Santa Cruz, p. 41
5
O escopo do comercio português, O trato dos viventes, p. 29

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