Resumo
O suicídio, definido como um ato praticado pelo próprio indivíduo contra a sua vida, podendo apresentar
vários comportamentos até a ocorrência letal é considerado uma epidemia silenciosa que mata anualmente
mais de dez mil pessoas no Brasil, e mais de milhares de pessoas no mundo inteiro, sem mencionar as
diversas tentativas que ocorrem diariamente e deixam pessoas gravemente feridas. Destacam-se como
principais fatores que levam o ser humano a praticar tal ato, os biológicos, psicológicos, sociais e
ambienteis, sendo mais comum os fatores ambientais 1. Este, tem se tornado um problema de saúde
pública, pois a Organização Mundial da Saúde o intitulou como a terceira causa de mortes entre
adolescentes e jovens. Sabendo disso, setembro amarelo é uma campanha de nível nacional desenvolvida
pela Associação Brasileira de Psiquiatria juntamente com o Conselho Federal de Medicina, que tem por
objetivo auxiliar na prevenção ao suicídio por meio do diálogo, incentivando as pessoas a conversarem a
respeito de seus sentimentos e pensamentos para que assim seja possível alcançar o tratamento de
qualquer doença que possa se desenvolver por meio de falhas fisiológicas desencadeadas devido à
pressão do mundo contemporâneo, e possa levar o sujeito a cometer o suicídio. Tal campanha surgiu no
ano de 2014, e desde então tem sido realizadas várias divulgações de materiais que descrevem como
prevenir o suicídio e a necessidade de dialogar a respeito 2. O diálogo é uma importante ferramenta de
auxílio a prevenção ao suicídio, pois é através do mesmo que os profissionais especialistas no assunto
diagnosticam possíveis falhas do corpo humano que podem levar a pessoa a praticar tal ato, o modo como
a pessoa conversa, explica, se expressa e age durante uma simples conversa de como foi seu dia, ou como
estão sendo seus dias, pode ser o indicativo de que há algo de errado com ela, o que leva os profissionais
do caso, a orientar essa pessoa para que a mesma continue procurando ajuda e tratamento 1. Com isso, o
projeto Setembro amarelo: a prevenção ao suicídio abordado nas escolas, foi desenvolvido na Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Presidente Luebke”, pelas alunas bolsistas do PIBID da área de
Ciências Biológicas, durante o mês de setembro, em que contou com a participação de profissionais da
saúde que atuam no Centro Universitário São Camilo – ES, para palestrar a respeito da relação entre o
diálogo e a prevenção ao suicídio, destacando a importância de expor os sentimentos e do desabafo. A
palestra foi desenvolvida para aproximadamente duzentos alunos do ensino médio com faixa etária entre
quatorze e dezessete anos. Tal palestra, expos a falta de conhecimento dos alunos a respeito de doenças
mentais que podem ser de caráter hereditário, devido à genética da pessoa, ou de caráter adquirido, devido
ao stress ou ansiedade, em que as mesmas podem de alguma forma influenciar no desenvolvimento de
pensamentos suicidas e até mesmo de outras doenças. Sendo as mais comuns, depressão, transtorno
bipolar e de personalidade, esquizofrenia, e doenças neurológicas. O fato dos alunos desconhecerem tais
doenças e comportamentos suicidas, mostra como o assunto é pouco ou nada abordado nas escolas e
dentro da sala de aula, demonstrando a importância de desenvolver mais atividades que possam orientar os
alunos a respeito de como agir frente a um comportamento suicida, como procurar ajuda se desenvolver
tais comportamentos e como orientar as pessoas de seu convívio a respeito dessa temática, deixando claro
que o suicídio é um ato que a pessoa pratica em decorrer de algum distúrbio de seu corpo e não pela
simples vontade de deixar de viver.
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ABP - Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. Suicídio: informando para prevenir. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2014.
Disponível em: <https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf>. Acesso em: 20 de set.
2017.
2
TEMPORÃO, José Gomes. Prevenção do Suicídio Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. São Paulo: Universidade
Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas: Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria, 2006. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf>. Acesso em: 20 de set. 2017.