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PARASITA

organismo que vive temporária ou


permanentemente à custa de
outros organismos vivos
FACTORES QUE INFLUENCIAM INCIDÊNCIA E
PREVALÊNCIA DAS PARASITOSES:
 Aumento demográfico
 Aumento das viagens a zonas com maior prevalência da
infecção e deslocamento de populações (migração)
 Alterações nos ecossistemas
 Potencial biótico do próprio parasita (elevado nº de ovos/quistos
eliminados)
 Capacidade de escapar à resposta imunitária do hospedeiro.
 Oportunismo de algumas espécies que se desenvolvem em
doentes com imunossupressão (SIDA ou outra etiologia)
 Resistência aos tratamentos anti-parasitários.
 Resistência dos artrópodes vectores aos insecticidas
PARASITA: TIPO DE PARASITISMO
 Obrigatório – dependem totalmente do hospedeiro
(Toxoplasma gondii; Plasmodium spp)
 Facultativo – não dependem totalmente mas adaptam-se
ao hospedeiro
 Acidentais – invadem e sobrevivem num hospedeiro que
não é o seu hospedeiro natural
 Periódicos ou Esporádicos – parasitam o hospedeiro
conforme as suas necessidades (mosquitos hematófagos)
 Endoparasitas – parasitas dos tecidos e orgãos
(Leishmania)
 Ectoparasitas – Pediculus humanus, Sarcoptes scabiei
PARASITA: ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA
 Oioxeno:
Oioxeno parasita que só admite uma só espécie de hospedeiro
(Plasmodium falciparum/Homem)
 Estenoxeno:
Estenoxeno parasita que admite espécies afins de hospedeiro
(Plasmodium/Primatas)
 Eurixeno:
Eurixeno parasita que admite muitas espécies de hospedeiro
(Toxoplasma gondii/mamíferos e aves)

Especificidade Adaptação
Parasitária Parasita/Hospedeiro
PARASITISMO
Relação entre dois organismos na qual um beneficia em detrimento do outro

Hospedeiro natural – não são prejudicados pelo parasita, há uma relação


de adaptação; permitem a continuidade da espécie e são fonte de
contaminação

Hospedeiro anormal – parasita não possui mecanismos de adaptação


para este hospedeiro, não há equilíbrio biológico; propicia-se o dano
causado ao hospedeiro

Hospedeiro acidental ou ocasional – raramente ocorre relação com o


parasita; não são considerados essenciais no seu ciclo de vida
HOSPEDEIRO
HOSPEDEIRO DEFINITIVO – nos quais o parasita encontra-se em fase de
maturidade sexual; habitualmente são vertebrados; (Plasmodium é o
mosquito – invertebrado)
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – têm um papel temporário mas essencial
para o ciclo de vida; o parasita não atinge maturidade sexual
HOSPEDEIRO DE TRANSPORTE – sem intervenção vital no ciclo de vida,
parasita permanece activo até ser ingerido pelo hospedeiro definitivo;
refúgio e/ou veículo do parasita

VECTOR – artrópodes, moluscos ou outros animais, são hospedeiros


intermediários e/ou de transporte : Biológico se ocorre multiplicação;
Mecânico se só serve de transporte; Fomite se é objecto inanimado

RESERVATÓRIO – animais parasitados fonte de transmissão para a forma


humana da parasitose, hospedeiros naturais ou não (Ex. cães parasitados
com Leishmania spp)
CICLO DE VIDA

Monoxeno: parasita cujo ciclo de vida ocorre em um só


hospedeiro
Dixeno ou Heteroxeno: parasita cujo ciclo de vida ocorre em
dois ou mais hospedeiros

Ciclo de vida directo – o parasita desenvolve-se completamente


em um só hospedeiro; auto-infecção; formas de resistência (ovos
e quistos)
Ciclo de vida indirecto – formas larvares desenvolvem-se no(s)
hospedeiros intermediários; formas adultas ou fase sexuada no
hospedeiro definitivo
FORMAS DE PENETRAÇÃO
Penetração activa Penetração passiva
Pele Ingeridos
Mucosa Inoculados (insectos)

ACÇÃO DO PARASITA/HOSPEDEIRO
Acção Efeito
Espoliativa (consumo de nutrientes/sangue) Grave perda de energia
Tóxica (produção de metabolitos) Reacção alérgica
Mecânica Edemas, obstrução intestina
Hiperplásica (aumento do metabolismo) Engrossamento das estruturas
Neoplásica Tumores
Enzimática Lesão de tecidos
Anóxia Anemias e morte tecidular
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO EM PARASITOLOGIA

 Conhecer os ciclos de vida


 Patogenia da infecção

 Parasitas intestinais: quistos/larvas?;


migração?
 Parasitas tecidulares: periodicidade nocturna?

 Transporte imediato ou em curto espaço de


tempo para o laboratório
CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS
 PROTOZOÁRIOS: parasitas unicelulares
Intestinais e Urogenitais
Sanguíneos
 METAZOÁRIOS: parasitas pluricelulares
Nemátodos
Tremátodos
Céstodos
Intestinais e urogenitais

PROTOZOÁRIOS
ENTAMOEBA HISTOLYTICA
• Amiba (móvel por pseudópodes)
• Distribuição mundial
• Incidência maior nas áreas tropicais e
subtropicais
• Amebiose – diarreia grave – disenteria
amebiana + abcesso hepático (localização
extra-intestinal)
• Trofozoíto (adulto móvel) – invade
mucosa do cólon e cego causando
necrose extensa do intestino (citotoxina)

Forma Quisto
infectante
Via de Fecal-oral (quistos)
transmissão
Diagnóstico Trofozoítos e/ou quistos
laboratorial nas fezes (diagnóstico
directo)
GIARDIA LAMBLIA
• Flagelado (móvel por flagelo)
• Distribuição mundial
• Homem-portador assintomático
• Giardiose – diarreia, náuseas e cólicas –
síndrome de má-absorção (crianças)
• 1Quisto >> 2 Trofozoítos (adulto) – adere
à mucosa intestinal sem invadir
• P. Eurixeno

Forma Quisto (trofozoítos


(trofozoítos não
infectante resistem ao ambiente e ao
pH do estômago)
Via de Fecal-oral
transmissão
Diagnóstico Trofozoítos e/ou quistos
laboratorial nas fezes (diagnóstico
directo) – 3 dias
TRICHOMONAS VAGINALIS
• Flagelado (móvel por flagelo)
• Distribuição mundial
• Frequentemente assintomática
• Tricomoniose – vaginite/uretrite (IST)
• Só trofozoíto (adulto)
• P. Oioxeno

Forma Trofozoíto
infectante
Via de Sexual
transmissão
Diagnóstico Trofozoíto nos exsudados
laboratorial vaginal/uretral
CRYPTOSPORIDIUM PARVUM
• Esporozoário
• Criptosporidiose – diarreia crónica em
individuos imunocomprometidos; diarreia
autolimitada (não crónica) em indivíduos
imunocompetentes
• Problema sanitário na criação de
ruminantes e suinos (resistentes à
cloração das águas) – P. Eurixeno
• Esporozoíto – adere à mucosa intestinal
sem invadir
Forma Ocistos
infectante
Via de Fecal-oral
transmissão
Diagnóstico Observação de ocistos nas
laboratorial fezes (modificação de
Ziehl-Neelsen)
Reprodução assexuada – Esquizogonia
Imunofluorescência
Reprodução sexuada - Gametogonia
(anticorpos monoclonais)
 Ciclos de vida directos
 Ciclos de vida monoxenos

 Parasitas Oioxenos e Eurixenos

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