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Resumo
O presente artigo destina-se aos profissionais que estão iniciando o
estudo dos métodos estatísticos para atuar na área hospitalar e tem como
principal objetivo servir como roteiro para a implementação de tal serviço e
fornecer dados para a avaliação da instituição e eficiência dos serviços
prestados dentro do menor tempo possível. Há instituições complexas que
não obtêm níveis adequados de eficácia e não possuem aplicação de
normas e procedimentos técnicos. Os dados são tratados como meras
informações, sem um tratamento específico, tornando-se insignificantes.
Procuramos apresentar de maneira simples as técnicas necessárias ao
estudo das ferramentas estatísticas para melhoria da qualidade para
aplicação na área hospitalar e observamos que cada ferramenta tem sua
própria utilização, sendo que não há uma receita adequada para saber qual
a ferramenta que será usada em cada fase do trabalho estatístico. Isto vai
depender do problema envolvido, das informações obtidas, dos dados
históricos disponíveis e do conhecimento do processo em questão em cada
etapa.
1. Introdução
A qualidade tornou-se um fator significativo, conduzindo empresas
nos mercados nacional e internacional ao êxito organizacional e ao
crescimento. O retorno sobre o investimento obtido por meio de rigorosos e
eficazes programas de qualidade está gerando excelente rentabilidade nas
empresas quando acompanhado de melhorias significativas na
produtividade total, com menos custos e significativa liderança competitiva.
Constituindo em sua essência um meio para gerenciar a organização
(Feigenbaum, 1994).
De acordo com Paladine (1990) o controle de qualidade tem como
principal objetivo à busca de melhoria no produto, nos serviços, nas
atividades, na visão do trabalho, na produtividade, entre outros. Esta
melhoria está intimamente ligada aos melhores níveis de qualidade obtidos.
Trazendo os seguintes benefícios: Aumento da produtividade; Redução de
custos e perdas; Redução nos prazos de entrega; Redução na inspeção;
Aumento do prestígio da empresa; Menor número de reclamações; Melhoria
no moral dos empregados; Maior interesse nas atividades; Motivação para
melhorar o trabalho; Aprimoramento de métodos; Otimização do tempo na
realização das tarefas; Melhor disponibilidade dos dados.
5.2. Estratificação
Paciente, especialidade, médico e tipo de cirurgia são fontes de
variação. Desta forma, pacientes atendidos por diferentes médicos e
diversas especialidades, sendo submetidos a determinado tratamento clínico
apresentam diferenças entre si. Por esta razão, só podem ser estabelecidas
características de qualidade em relação a tratamento ou cirurgia se estes
forem de mesma origem, atendidos em uma mesma especialidade, pelo
mesmo profissional e submetidos ao mesmo tratamento.
Estratificar é agrupar elementos com as mesmas características, ou
seja, itens iguais ou muito semelhantes, tendo causas e soluções comuns.
Figura 01 - Estratificação
5.4. Histograma
No controle estatístico da qualidade tentamos descobrir fatos através
da coleta de dados e, então, tomamos a ação necessária baseada naqueles
fatos. Os dados não são coletados como um objetivo final em si, mas como
um meio para descobrir os fatos que estão por trás dos dados. Os dados
obtidos de uma amostra servem como base para uma decisão sobre a
população. Quanto maior o tamanho da amostra, mais informações
obtemos sobre a população e menor é a margem de erro. Porém, um
aumento da amostra também implica em um aumento da quantidade de
dados, tornando-se difícil à compreensão à população a partir destes,
mesmo quando estão organizados em tabelas. Em tal caso, precisamos de
um método que nos possibilite conhecer a população num rápido exame. O
histograma atende às nossas necessidades, permitindo o conhecimento da
população de maneira objetiva.
FIGURA 02 – Histograma
5.5. Diagrama de Causa e Efeito
“É uma representação gráfica que permite a organização das
informações possibilitando a identificação das possíveis causas de um
determinado problema ou efeito” (Oliveira, 1995). Foi originalmente
desenvolvido por Kaoru Ishikawa em 1953, na Universidade de Tóquio, para
representar a relação entre alguns efeitos que poderiam ser mensurados e o
conjunto de possíveis causas que produzem o efeito. É muito importante
que uma equipe ataque um problema para conhecer as suas causas.
As quatro causas principais responsáveis por mais de 95% dos efeitos são:
Mão-de-obra, Máquinas, Métodos e Material, podendo ainda incluir Meio
ambiente e Medição.
∑ x∑ y
∑ xy − n
r=
2 ( x)
∑ x − ∑
2
∑ y 2 −
(∑ y )2
n n
O valor de r varia de –1 a +1, inclusive. Valores de r iguais a –1 e +1
indicam que os pontos estão sobre a reta, isto é, a correlação é perfeita.
Valores próximos de –1 e +1 indicam correlação forte e valores próximos de
zero indicam correlação fraca. O sinal de r indica se a correlação é positiva
ou negativa.
∑ x∑ y
∑ xy −
βˆ = n
(∑ x )2
∑x 2
−
n
Cada ferramenta tem sua própria utilização, sendo que não há uma
receita adequada para saber qual a ferramenta que será usada em cada
fase do trabalho estatístico. Isto vai depender do problema envolvido, das
informações obtidas, dos dados históricos disponíveis e do conhecimento do
processo em questão em cada etapa.
Referências: