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FONTES DE FINANCIAMENTO DO ESTADO:

1. Contribuintes;

2. Parceiros de Apoio Programático;

3. Financiadores; e

4. Outros Credores.
OBJECTIVOS

Os Objectivos do relato financeiro


são determinados em função dos
seus utilizadores e das suas
necessidades de informação.
CRITÉRIOS DE INTERESSE

Numa situação de financiamento do défice, quanto


maior for o volume de recursos alocados, maior será o
volos dos passivos incorridos e em consequência,
maior será o impacto económico ou social das
atividades.

Paralelamente,
Maior será a probabilidade de que existam
destinatários dos serviços e fornecedores de recursos
que estão dependentes do relato financeiro, para
obterem informação para efeitos de prestação de
contas e tomada de decisões.
UTILIZADORES INTERNOS

 As entidades que exercem funções de tutela, por forma a


avaliarem o desempenho em termos de recursos aplicados e
serviços prestados;

 A entidade responsável pelo orçamento, de modo a realizar


as suas funções de controlo orçamental;

 O Controlo Interno, como parceiro estratégico do governo e


o Controlo Externo, no âmbito da fiscalização e julgamento
das contas dos gestores públicos; e

 O INE, entidade responsável pela produção e


disponibilização dos elementos estatísticos necessários a
definição de políticas.
OBJECTIVO PRIMÁRIO

Responder as necessidades de informação dos


destinatários dos serviços e dos fornecedores
dos recursos, que não possuam autoridade para
solicitar a divulgação de informação que
necessitam para avaliar o desempenho dos
responsáveis da entidade e o processo de
tomada de decisão.
OBJECTIVO PRIMÁRIO

 Para os membros do Parlamento poderem realizar as


análises detalhadas e contínuas sobre a informação
prestada, quando agem na qualidade de
representantes dos interesses dos destinatários dos
serviços e dos fornecedores dos recursos;

 Para os Cidadãos na medida em que recebem


serviços e fornecem recursos ao Governo e outras
entidades do Sector Público.
NATUREZA
O cumprimento das obrigações de prestação de
contas, exige que sejam disponibilizadas
informações, sobre a gestão da entidade referentes
a:
 Recursos que lhe foram confiados para a prestação
de serviços aos contribuintes e a respectiva
conformidade com as Leis;

 A evolução da actividade da entidade durante o


período de relato e a sua capacidade para
continuar a prestar serviços em períodos futuros.
FINALIDADE
A prestação de contas permite avaliar:

 O desempenho da entidade;

 A Liquidéz;

 A sustentabilidade na prestação de serviços;

 A capacidade de adaptação da entidade as


mudanças no meio envolvente.
FINALIDADE
E suma, pretende-se tomar decisões nas seguintes matérias:

 Em que medida os responsáveis da entidade cumpripram com


as suas obrigações gestão e salvaguarda dos recursos da
entidade;

 Em que medida os recursos estão disponíveis para financiar


as actividades que suportarão os serviços a prestar no futuro;

 A sustentabilidade na prestação de serviços;

 O montante e o calendário dos fluxos de caixa futuros


necessários á prestação de serviços e pagamento das dívidas
actuais.
É NOSSO!

É DE TODOS NÓS!

NINGUÉM SE VAI METER!

PODEMOS DISPOR E USAR AO NOSSO


JEITO!
“ACCOUNTABILITY”
PRESTAÇÃO DE CONTAS

Acto administrativo através do qual o


ordenador de despesas justifica
formalmente, seja anualmente, no fim da
gestão ou em outras épocas, o bom e
regular emprego dos recursos públicos
em conformidade das leis, regulamentos
e demais normas administrativas,
orçamentárias e financeiras.
PRESTAÇÃO DE CONTAS

Em direito Administrativo, entende-se


como: “acto pelo qual os responsáveis por
uma gestão (governadores,
administradores,directores, secretários,
tesoureiros, etc.) demonstram as despesas
feitas para atender a uma finalidade
pública. trata-se da apresentação
documental feita pelos administradores
públicos sobre o emprego de fundos de
interesse público”
Todo aquele que utiliza dinheiro
público, têm o dever de justificar
seu bom e regular emprego, de
conformidade com as Leis,
regulamentos e normas emanadas
das autoridades administrativas
competentes.
A prestação de contas deve atender, no
mínimo, três objetivos:

 demonstrar a legalidade dos actos que


resultaram na realização das despesas;

 demonstrar a correção funcional dos agentes


públicos; e

 demonstrar que estão sendo atendidas as


metas prescritas no programa de trabalho,
expressas na realização de obras e na
prestação de serviços públicos.
CONTROLO INTERNO E EXTERNO E O PROCESSO
DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NO SECTOR PÚBLICO
Abordagens
diferentes Avaliar o Sistema de
Confirmar a fiabilidade Controlo/Gestão
da Contabilidade Anual

FIABILIDADE, Realizar objectivos


SIM ou NÃO Informação fiável
Correspondência com
Ponto de saída Cumprir com as leis
-acontecimentos Activos salvaguardados
subjacentes Uso económico dos
-Leis, regras e praticas recursos

Objectivo da auditoria: Riscos,


Pontos fracos
Opinião Opinião
sobre a sobre o
Relatório Controlo
Financeiro Interno

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CONTROLO INTERNO E EXTERNO E O PROCESSO
DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NO SECTOR PÚBLICO

CONTROLO INTERNO (Ministério


de Economia e Finanças)

i. DNCP, 1º Nível. Como órgão de


Supervisão do SCP.

ii. IGF, 2º Nível. Como órgão de


Supervisão do SCI
CONTROLO INTERNO E EXTERNO E O PROCESSO
DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NO SECTOR PÚBLICO

CONTROLO INTERNO; (SCI), Organização


(art. 62 da Lei nº9/2002)

O Subsistema de Controlo Interno,


designado abreviadamente por SCI,
compreende órgãos e entidades que
intervêm na inspecção e auditoria dos
processos de arrecadação, cobrança e
utilização dos recursos públicos e abrange
ainda as respectivas normas e
procedimentos.
CONTROLO INTERNO; (SCI), Competências (art. 63
da Lei nº9/2002)

 Compete aos órgãos que integram o SCI, exercer as


actividades de verificação da aplicação dos
procedimentos estabelecidos e o cumprimento da
legalidade, regularidade, eficiência e eficácia tendo
em vista a boa gestão na utilização dos recursos
postos à disposição dos órgãos e instituições do
Estado.

 O Governo, por intermédio do Ministro que


superintende a área de Finanças, pode submeter à
auditoria independente , pontual ou sistemática,
aos órgãos e instituições do Estado.
 CONTROLO INTERNO; (SCI), Objecto (art. 64 da Lei
nº9/2002)

a. Fiscalizar a correcta utilização dos recursos públicos.


exactidão e fidelidade dos dados contabilísticos;

b. Garantir, através da fiscalização, a uniformização da


aplicação das regras e métodos contabilísticos; e

c. Verificar o cumprimento das normas legais e


procedimentos aplicáveis.
CONTROLO INTERNO; (SCI), Princípios e
regras especificas (art. 65 da Lei nº9/2002)

O CI rege-se pelos princípios de


independência e isenção e ainda dos
princípios e regras das organizações
internacionais de auditoria
aplicáveis.
Programação do Controlo Interno (PCI)
(Decreto nº 23/2004, de 20 de Agosto)

Estruturação (art.91)
A programação do CI deve ser
estruturada de forma a estabelecer as
acções de controlo a serem
desenvolvidas no exercício económico
pelas unidades integrantes do SCI.
Programação do Controlo Interno (PCI) (Decreto nº
23/2004, de 20 de Agosto)

Objectivos e Finalidades (art.92)

a. Estabelecimento de acções de controlo com vista a


avaliação dos resultados da gestão dos administradores
públicos e da aplicação dos recursos públicos por
entidades de direito público ou privado, num
determinado período; e

b. Deve contemplar acções que visem:


(PCI) Objectivos e Finalidades -Cont (art.92)

a. Avaliar o cumprimento das metas previstas nos planos


e a execução dos programas e dos orçamentos do
Estado;

b. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto


a eficiência e eficácia na gestão orçamental, financeira e
patrimonial, nos órgãos e instituições do Estado, bem
como nas entidades privadas que utilizam recursos
públicos; e

c. Exercer o controlo sobre as operações de crédito, avais


e garantias, bem como dos direitos e haveres do
Estado.
(PCI), Princípios Orientadores (art.93)

a. Suficiência dos órgãos de controlo, pelo qual se assume


que o conjunto de acções realizadas que todas as áreas
sejam cobertas pelo controlo ;

b. Complementaridade, nos termos do qual a actuação


dos órgãos de controlo observa o respeito pelas áreas
de intervenção, pelos níveis em que se situam e pelos
critérios e metodologias utilizadas; e

c. Relevância , segundo o qual o planeamento e a


realização das intervenções baseia-se na avaliação do
risco e na materialidade das situações objecto de
controlo.
NATUREZA E ATRIBUIÇÕES (Artigo2 da Lei nº14/2014)

 Jurisdição e Controlo Financeiro no âmbito de toda a


ordem jurídica da República de Moçambique, tanto em
território nacional como no estrangeiro.

 É o orgão supremo independente do control externo da


legalidade e eficiencia das receitas e despesas públicas,
julgamento das contas que a lei mandar submeter a
efectivação da responsabilidade financeira por eventuais
infracções financeiras.

 Apreciação da legalidade financeira dentro ou fora dos


processos de julgamentos de contas, integra a análise de
conformidade à lei, bem como da regularidade de
critérios de economia, eficácia e eficiência.
Tribunal Administrativo
Jurisdição e controlo financeiro(Artigo3 da Lei nº14/2014)

Estão sujeitos a jurisdição do tribunal Administrativo:

 O estado e todos os seus serviços;

 Os serviços e os organismos autónomos;

 Os órgãos locais representativos do Estado;

 As autarquias locais nos termos da lei;

 As empresas públicas e as sociedades de capitais


exclusiva ou maioritariamente públicas;
Jurisdição e controlo financeiro do TA(Artigo3 da Lei nº14/2014)

Estão sujeitos a jurisdição do tribunal Administrativo (Cont):

 Os responsáveis pela guarda ou administração do dinheiro


público;

 Responsáveis pela gestão de receitas e financiamentos


provenientes de organizações internacionais;

 Conselhos administrativos e comissões administrativos;

 Os administradores, gestores ou responsáveis por dinheiros


públicos ou outros activos do Estado; e

 Outras entidades ou organismos determinados por lei.


Colaboração de outras entidades (Artigo4 da Lei nº14/2014)

 Todas as entidades públicas ou privadas são


obrigadas a fornecer, com toda a urgência e de
preferência a qualquer outro serviço, as informações e
processos que lhe forem pedidos;

O TA, os TA´s Provinciais e o TA da Cidade de Maputo


podem determinar a requisição de serviços de
inspecção e auditoria aos órgãos de CI e, bem assi,
como a contratação de empresas especializadas, com
esse mesmo objectivo; e

As entidades públicas devem comunicar ao TA, aos


TA´s Provinciais e o TA da Cidade de Maputo as
irregularidades que tomem conhecimento no exercício
das suas funções, sempre que a apreciação das
mesmas caiba no âmbito das respectivas atribuições e
competências;
Competências da Secção de Contas
Públicas do TA (Artigo15 da Lei nº14/2014)
 Dar parecer sobre a conta geral do estado;

 Fiscalizar, previamente, de modo sistemática, a


legalidade e a cobertura orçamental dos actos e
contratos de que resulte receita ou despesa para algumas
entidades expressamente reservadas por lei como sendo
da competência do TA;

Fiscalizar, sucessiva e concomitantemente, as entidades


definidas por Lei e julgar as respectivas contas;
 Fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros externos,
nomeadamente através de empréstimos, subsídios,
avales e donativos;
Competências da Secção de Contas
Públicas do TA (Artigo15 da Lei nº14/2014)

 Aprovar relatórios de verificação de contas ou de


auditorias;

 Ordenar a reposição de recursos irregularmente


utilizados;

 Aplicar multas aos responsáveis das quantias em falta; e

 Efectivar, reduzir ou revelar a responsabilidade financeira


decorrente de infracções financeiras, contabilisticas e
administrativas.
No Âmbito do parecer a CGE, aprecia, dentre outros
Aspectos o TA aprecia:

 A actividade financeira do Estado no ano a que a Conta se


reporta, nos domínios patrimonial, das receitas e despesas;

 Cumprimento da Lei do Orçamento e de legislação


complementar;

 O inventário do património do estado; e


 As subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e
outras formas de apoio, concedidos directa ou
indirectamente.
Competência complementar do TA (Artigo16 da Lei nº14/2014)

Aprovar os regulamentos internos necessários ao


seu funcionamento;

Emitir e publicar, com carácter imperative, as


instruções indispensáveis ao exercicio da sua
competência, nomeadamente no que se refere no
modo como as contas e processos devem ser
submetidas a sua apreciação; e

Propor medidas legislativas e administrativas que


julgue necessárias e intervir nos processos
legislativos na sua área de actuação.
 Verificação do 1º grau (preliminar)

Consiste em certificar se as contas se fazem acompanhar


dos documentos exigidos pelas respectivas instruções, se os
mesmos estão correctamente escriturados e se em exame
sumário, as operações e registos que integram essas contas
respeitam a legalidade e a regularidade financeira e
contabilistica.

 Verificação do 2º grau

Consiste na análise de documentos de despesa; Forma de


instrução da conta, do ponto de vista formal e material
incluindo a verificação da consistência dos documentos;
Correcção contabilistica e a Legaliadde e regularidade dos
registos.
 Inspecção
Fiscalização que visa suprir as omissões e lacunas de
informação, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto a
legalidade e legitimidade dos factos da Administração Pública
e dos actos praticados, por qualquer responsável sujeito a
jurisdição do TA, dos TA´s Provinciais e do TA da Cidade de
Maputo.

 Auditoria
É um procedimento de fiscalização utilizado pelo TA,pelos
TA´s Provinciais e pelo TA da Cidade de Maputo para
funadmentar a instrução, a certificação e o julgamento das
contas públicas ou a apreciação da economia, eficácia e
eficiência do uso de dinheiros públicos.
 Certificação
Conciste na apreciação positiva da legalidade e
regularidade das contas apresentadas, que tenham
sido objecto de verificação interna de 1º e 2º Grau,
Inspecção ou Auditoria.

 Julgamento
Traduz-se na apreciação da legalidade da actividade das
entidades sujeitas a prestação de contas, bem como da
respectiva gestão económico-financeira e patrimonial e no
apuramento e eventual efectivação da inerente
responsabilidade financeira
Um bom controlo interno e a
gestão do risco são partes
integrantes da Boa
Governação!

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