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APRESENTAÇÃO
O curso de FORMAÇÃO DE ROTEIRISTAS propõe um itinerário para
formação integral e o aprofundamento dos interessados na prática da
escrita do roteiro para o audiovisual. Os cursistas terão a
oportunidade de travar contato com as bases teóricas da dramaturgia
ocidental e também aplicá-las em atividades práticas da escrita de
roteiro.
JUSTIFICATIVA
Considerando-se:
● o aumento da demanda de produção de produtos originais
para o mercado audiovisual brasileiro;
● a exigência de profissionais do roteiro que estejam
qualificados para narrar em diferentes janelas de exibição,
alinhados com as novas perspectivas do mercado;
● a necessidade de capacitação de mão de obra qualificada para
a escrita para o audiovisual em todo território nacional;
● a demanda de atualização e aperfeiçoamento dos profissionais
do roteiro;
● a fundamental importância de investir na formação
continuada e no aperfeiçoamento de roteiristas.
OBJETIVOS
● propor uma formação integral para os interessados em
trabalhar como roteiristas para audiovisual;
● oferecer conteúdo aprofundado que permitirá a atualização de
profissionais do mercado que queiram se atualizarem;
● proporcionar aos participantes um ambiente de formação
colaborativa que permita a troca de experiências exitosas e os
desafios atuais do mercado audiovisual;
● desenvolver conhecimentos que permitam os participantes a
fazerem as melhores escolhas narrativas para as diferentes
janelas de exibição existentes no mercado;
● contribuir para que se desenvolva nos roteiristas uma cultura
de formação continuada, à luz das contribuições teóricas
atuais no campo narrativa, assim como da “epistemologia da
prática”.
MÉTODO
O mé todo que a Roteiraria Escola aplica com exclusividade no
mercado brasileiro está estruturado a partir da exposiçã o de 3
campos narrativos, criados pelo teó rico norte-americano David
Bordwell, em que se configuram o campo representativo (1) como
aquele que confere significaçã o linear a um conjunto de ideias; o
campo estrutural (2), atravé s de elementos que se combinam nã o-
linearmente para criar um todo diferenciado; e o campo ato (3), em
cujo processo dinâ mico de apresentaçã o de uma histó ria a um
receptor, a narrativa encontra um modelo de deslizamento na
superfı́cie que substitui os campos anteriores.
O percurso do aprendizado compreende, em cada mó dulo, uma etapa
de exposiçã o dos conceitos, com cenas de filmes e sé ries que ilustrem
a teoria, uma etapa de aná lise fı́lmica integral, em um corpo a corpo
com a obra que permite consolidar o conhecimento e uma etapa de
exercı́cios para a aplicaçã o do aprendizado.
CONTEÚDO
Mó dulo I – O primeiro campo
O campo mimé tico, transparente e ilusionista; a fixidez do primeiro
campo; alfabetizaçã o narrativa do primeiro campo.
A natureza do drama; a unidade dramá tica; a imitaçã o da açã o; o
mythos; a teleologia do drama; a invençã o do drama na Gré cia; a
poé tica de Aristó teles; a retó rica de Aristó teles; a poé tica de Horá cio;
a moral do drama grego; a tragé dia cı́vica formadora da doxa; a
techné : phronesis + episteme; os gê neros clá ssicos: drama, é pico e
lı́rico; mimesis e diegé sis; a permanê ncia da herança grega na
narrativa audiovisual; o drama burguê s; os cinco nı́veis da
combinaçã o narrativa; as origens remotas do primeiro campo: saga
arquetipal, rito de passagem.
Plot driven e character driven; prot-agon e continuity system; fatia de
vida, arena do drama, backstory; personagem flat e monomito;
qualificaçã o do cará ter; correçã o do cará ter do negativo para o
positivo, o metron; personagens dinâ micos e oponentes; par
româ ntico, buddy e correçã o mú tua; agentes, ajudantes,
comentadores, emblemas; trê s atos e cinco atos; dianoia; pathos,
logos e ethos – conflito, diá logo, moral; estrutura: fá bulas e syuzhets;
beats e windows; o arquiplot; subplots e underplots; foreshadowing,
funçã o imediata e funçã o a termo; a aventura do segundo ato.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARISTO� TELES. Poé tica.
ARISTO� TELES. Retó rica.
BENTLEY, Eric. A Experiê ncia Viva do Teatro.
BOOKER, Christopher. The Seven Basic Plots.
BORDWELL, David. Narration in the Ficcion Film.
BORDWELL, David. “O cinema clá ssico hollywoodiano: normas e
princı́pios narrativos”. In: RAMOS, Fernã o. Teoria Contemporâ nea do
Cinema: documentá rio e narrativa ficcional. BROOKS, Peter. The
Melodramatic Imagination CHATMAN, Seymour. Story and Discourse.
DIDEROT, Denis. Discurso sobre a Poesia Dramá tica. FRYE, Northrop.
Anatomia da Crı́tica. GOETHE e SCHILLER. Correspondê ncia.
HEGEL, G. W. Curso de Esté tica, v. 4.
KANT, Immanuel. Crı́tica da Faculdade de Julgar.
KOVA� CS, Andrá s Bá lint. Screening Modernism.
LAWSON, John Howard. Theory and Technique of Playwriting and
Screenwriting. LEHMANN, Hans-Thies. Teatro Pó s-Dramá tico.
LESKY, Albin. O Teatro Grego.
MACHADO, Roberto. O Nascimento do Trá gico: de Schiller a
Nietzsche. MENDES, Joã o Maria. Culturas Narrativas Dominantes: o
caso do cinema. MENDES, Joã o Maria. Por quê tantas histó rias?
PROFESSORES
Ricardo Tiezzi